Manual Nutricosmeticos Ana Paula Pujol

1 2 Ana Paula Pujol Nutricionista graduada pela Universidade do Vale do Itajaí-SC. Aperfeiçoamento em Nutrição Estét

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Ana Paula Pujol Nutricionista graduada pela Universidade do Vale do Itajaí-SC. Aperfeiçoamento em Nutrição Estética. Pós Graduada em Nutrição e Qualidade de Vida. Pós Graduanda em Obesidade e Emagrecimento. Presidente da Associação Brasileira de Nutrição Estética (ABNES). Doutora em Educação pela Universidade Católica de Santa Fé – Argentina. Coordenadora da Pós Graduação em Nutrição Aplicada à Estética (Instituto Ana Paula Pujol/Faculdade Inspirar). Co-autora do livro: Nutrição Estética, Editora Atheneu. Autora do livro: Nutrição Aplicada à Estética, Editora Rúbio. Presidente da Associação Brasileira de Nutrição Estética (ABNES) Diretora de Ensino do Instituto Ana Paula Pujol.

3

NUTRICOSMÉTICOS: Receitas e Formulações para a Beleza Copyright© 2012 IEPN – Instituto de Ensino e Pesquisa em Nutrição LTDA ISBN 978-85-912838-2-8 Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução desta obra, no todo ou em partes, sem a autorização por escrito do IEPN – Instituto de Ensino e Pesquisa em Nutrição LTDA. Produção e Capa IEPN – Instituto de Ensino e Pesquisa em Nutrição LTDA. Correção Ortográfica Márcia Elisa Haeser Editoração Djoni Borges de Carvalho Fotos Cid Moreira Fotografias CNPJ05.591.311/0001-96

IEPN - Instituto de Ensino e Pesquisa em Nutrição Rua Getúlio Vargas, 112, sala 105 - Centro Camboriú, SC - CEP: 88340-000 Telefone: (47) 3365 5531 E-mail: [email protected]

Instituto Ana Paula Pujol Ltda ME Rua Getúlio Vargas, 112, sala 106 - Centro Camboriú, SC - CEP: 88340-000 Telefone: (47) 3365 5531 E-mail: [email protected] www.iappshop.com.br

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Dedicatória

Dedico esta obra aos amores e inspiração da minha vida: minha filha Maria Eduarda e meu esposo Djoni

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Agradecimento

Aos Mercadinhos São Luiz, Fortaleza, CE, por viabilizar a execução das receitas com o fornecimento dos insumos.

6

Colaboradores

Criação e execução das Receitas: Nívea Maria Albuquerque Dias Nutricionista clínica, formada pela Universidade de Fortaleza Unifor. Extensão universitária no Programa Interdisciplinar de Nutrição aos Transtornos Alimentares e Obesidade – PRONUTRA. Pós graduada em Nutrição Aplicada à Estética pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci- Instituto Catarinense de Pós Graduação, João Pessoa, PB. Kesley Almeida de Oliveira Acadêmica do Curso Bacharelado em Nutrição da Faculdade Estácio do Ceará. Capítulo Prescrição Nutricional: Leandro Medeiros Farmacêutico graduado pela Universidade Federal de Pernambuco. Especialista em Docência do Ensino Superior pela Universidade Gama Filho. Especialista em Manipulação Alopática Magistral pela Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Inovação Terapêutica, pela Universidade Federal de Pernambuco, com linha de pesquisa em tecnologia farmacêutica de nutracêuticos. Docente e coordenador acadêmico dos núcleos de farmácia e nutrição do IDE Cursos-PE/Faculdade Redentor-RJ. Docente titular das disciplinas de Fitoterapia e Suplementação Nutricional dos cursos de pós-graduação em nutrição clínica e estética dos instituto de ensino Instituto Ana Paula Pujol-SC e faculdades FAVIP-PE, FIP-PB e FARN -RN. Colaboração: Pâmella Cristine Duarte Nutricionista graduada pela Universidade do Vale do Itajaí-SC Mestranda em Ciências Farmacêuticas pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), SC, área de concentração Produtos naturais e substâncias bioativas. Nutricionista do Núcleo de Atenção a Saúde da Família - NASF - Balneário Piçarras, SC. Andrielle Petry Acadêmica do Curso de Nutrição da Universidade do Vale do Itajaí, SC Estagiária do Departamento de Ensino do Instituto Ana Paula Pujol. Luana Bertamoni Acadêmica do Curso de Nutrição da Universidade do Vale do Itajaí, SC Estagiária do Departamento de Ensino do Instituto Ana Paula Pujol.

7

Apresentação

A

necessidade de pertencer ao grupo social, possuindo traços e contornos corporais condizentes com os

padrões existentes, tão necessários para o equilíbrio psíquico do indivíduo, faz da imagem pessoal um elemento fundamental para a caracterização da saúde plena e, do ponto de vista econômico, para sua inserção no mercado de trabalho. Assim, neste mundo orientado pelo mercado, não ficaria fora do sistema o culto ao corpo, que passa a ser objeto de manipulação por parte do mercado, com suas atuais estruturas de produção e consumo, alimentado pela mídia de massa. Estimulados pelo crescimento considerável deste mercado da beleza, surgem os “nutricosméticos”, que possuem na formulação compostos bioativos de origem vegetal, sais minerais, aminoácidos, vitaminas e fitoterápicos, os quais atuam isoladamente ou em sinergia, promovendo a beleza por meio de um corpo saudável. A rigor, não poderíamos chamá-los de nutricosméticos, pois esta terminologia não é reconhecida do ponto de vista legal. No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) enquadra os produtos nutricosméticos na categoria de alimentos funcionais, substância bioativa, suplementos nutricionais ou fitoterápicos, dependendo da natureza do produto. Um projeto para definir padrões e harmonizar os apelos mercadológicos dos benefícios desses complementos ainda está em discussão, mas embora a Anvisa não classifique ou registre nenhum produto como nutricosmético e esse nome seja apontado por especialistas na área da beleza como mais uma invenção de marketing, a comunidade científica reforça que o conceito de que “beleza começa de dentro” cresce a cada dia. Este conceito surgiu da hipótese de que esta não pode ser nutrida somente por meio da utilização de cremes hidratantes e soluções tópicas. Esta hipótese é fortalecida por inúmeros estudos científicos de revisão e experimentais que relacionam o consumo de suplementos e fitoterápicos com a melhora da pele, celulite, flacidez, fortalecimento de cabelos e unhas e fotoproteção oral. Prova do crescimento dos “nutricosméticos” é o desenvolvimento e lançamento de produtos nutricionais com fins estéticos por grandes empresas do ramo da alimentação como Nestlé®, Danone® e Unilever®. Paralelo a este fato, indústrias como L´Oréal® e Racco®, antes produtoras de produtos cosméticos, investem nos últimos anos em pesquisas e desenvolvimento de produtos nutricionais orais com apelo estético. Apesar do constante crescimento do mercado de nutricosméticos e dos suplementos nutricionais de forma geral, o profissional nutricionista possui conhecimentos direcionados aos alimentos e técnica dietética, que por sua vez podem ter o seu uso e consumo direcionados para a saúde e beleza no âmbito da Nutrição Aplicada à Estética.

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Apresentação

Neste contexto, receitas contendo alimentos detentores de compostos bioativos capazes de prevenir ou tratar desordens estéticas devem ser incentivadas primariamente. O Manual de Nutricosméticos: Receitas e Formulações para a Beleza nasceu da necessidade de disseminar conhecimentos associados à prática clínica em nutrição aplicada à estética, contribuindo para o fortalecimento do tema e para rápida consulta em uso clínico. É uma obra indispensável e que pretende, de forma simples e objetiva, auxiliar a prática clínica do profissional nutricionista, médico e do farmacêutico, ampliando e enriquecendo a visão clínica e acadêmica sobre este tema ainda tão carente de publicações. A obra busca preencher uma lacuna na área através de receitas e formulações, recomendando tratamentos a base de alimentos, suplementos, fitoterápicos e compostos bioativos para vários tipos de desordens estéticas, inserido da proposta de ser um guia prático em nível de consultório para nutricionistas, médicos e farmacêuticos. O Manual de Nutricosméticos: Receitas e Formulações para a Beleza discorre, na primeira parte, sobre as justificativas para a suplementação, a legislação que embasa a prescrição das substâncias citadas na obra pelo profissional nutricionista, as bases para prescrição nutricional, as possíveis interações nutricionais nas formulações, os efeitos colaterais e contraindicações dos ativos e fontes alimentares das substâncias citadas nas formulações. A segunda parte contempla receitas seguidas de sugestões de formulações e a fundamentação teórica que embasa a prescrição nas desordens estéticas faciais e corporais, além de receitas e fórmulas direcionadas situações comumente encontradas na prática clínica como a redução da ansiedade, compulsão por doces, e melhora dos sintomas característicos do período pré-menstrual. As fórmulas descritas no manual, são sugeridas somente para adultos (18 a 64 anos) e devem ser prescritas de forma individualizada, considerando aspectos clínicos, bioquímicos e socioeconômicos. Faz-se necessário também, o acompanhamento do paciente/cliente, associado ao Plano Alimentar individualizado. Meu desejo é que os profissionais nutricionistas possam encontrar na obra uma ferramenta de consulta prática em consultório para nortear as prescrições nutricionais aplicadas à estética, que os pacientes/clientes possam usufruir das receitas e formulações prescritas para melhora da saúde física e psíquica e que os interessados ou entusiastas no tema encontrem na obra um guia culinário na elaboração de receitas promotoras da estética e saúde.

9

SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 — Por que suplementar?

16

CAPÍTULO 2 — Legislação

19

Suplementos Fitoterápicos Liberados para Prescrição por Nutricionista

20

Fitoterápicos

28

Referências

32

CAPÍTULO 3 — Prescrição Nutricional

34

Formas Farmacêuticas

35

Formas Farmacêuticas Sólidas Para Via Oral

36

Formas Farmacêuticas Nutricionais Contemporâneas: Sucos, Sopas, Sorvetes, Frapês, Leites, Iogurtes Caldas e Mousses

42

Formas Farmacêuticas Liquidas Via Oral

45

Flaconetes: Formas Farmacêuticas?

47

Formas Farmacêuticas Semissólidas Via Oral

48

Formas Farmacêuticas para Via Sublingual

49

Tópicos Especiais para Prescrição Nutricional

50

CAPÍTULO 4 — Interações Nutricionais Referências

CAPÍTULO 5 — Efeitos Colaterais Referências

CAPÍTULO 6 — Fontes Alimentares

54 58

61 88

101

10

CAPÍTULO 7 — Acne

106

Mix de Fibras

108

Coquetel Antiacne

110

Suco Antiacne

112

Formulações

114

Fundamentação Teórica

120

Referências

122

CAPÍTULO 8 — Ansiedade

124

Creme de Maracujá

126

Sopa Anti ansiedade

128

Maionese de Maracujá

130

Formulações

132

Fundamentação Teórica

135

Referências

137

CAPÍTULO 9 — Envelhecimento Cutâneo

139

Batida Antioxidante

141

Suco Antioxidante

144

Patê Antioxidante

146

Formulações

149

Fundamentação Teórica

158

Referências

163

CAPÍTULO 10 — Estímulo da Melanogênese

168

Salada de Quinua com Linhaça

170

Salada de Brócolis com Tomate e Milho

173

Wrap de Cottage com Cenoura

176

Formulações

178

Fundamentação Teórica

180

Referências

181

11

CAPÍTULO 11 — Hidratação Cutânea

182

Suco refrescante

184

Atum Crocante com Linhaça

186

Suco Hidratante

189

Formulações

191

Fundamentação Teórica

193

Referências

194

CAPÍTULO 12 — Fortalecimento de Cabelos e Unhas

195

Grape de Nozes

197

Frapê Fresh

199

Suco Hair Shine

201

Formulações

203

Fundamentação Teórica

215

Referências

220

CAPÍTULO 13 — Celulite

224

Creme Flocado de Cacau

226

Patê de Tomate

228

Patê de Cenoura

230

Formulações

232

Fundamentação Teórica

238

Referências

242

CAPÍTULO 14 — Clareadores da Pele

246

Batida Refrescante de Romã

248

Flã de Romã

251

Salada Color com Romã

254

Formulações

257

Fundamentação Teórica

260

Referências

261

12

CAPÍTULO 15 — Constipação

262

Coquetel Laxante I

264

Coquetel Laxante II

266

Formulações

268

Fundamentação Teórica

270

Referências

272

CAPÍTULO 16 — Disbiose

274

Mousse de Maracujá

276

Creme de Papaia com Cassis

278

Salada de Frutas com Cubos de Frozen

280

Formulações

282

Fundamentação Teórica

284

Referências

285

CAPÍTULO 17 — Diuréticos

286

Suco Mix

288

Sopa Diurética

290

Suco Verde Diurético

293

Formulações

295

Fundamentação Teórica

296

Referências

297

CAPÍTULO 18 — Flacidez Dérmica

298

Suco de Maçã com Uva

300

Carne de Soja ao Molho

302

Formulações

305

Fundamentação Teórica

307

Referências

308

CAPÍTULO 19 — Fotoproteção Oral Suco Refrescante

310 312

13

Salada Fotoprotetora

314

Coquetel de Salada

317

Formulações

319

Fundamentação Teórica

321

Referências

323

CAPÍTULO 20 — Inibição da Compulsão por Doces

325

Crepe de Banana Passa com Calda de Laranja

327

Bolinhas de Banana Passa com Calda de Chocolate

330

Smoothie de Maracujá

332

Formulações

334

Fundamentação Teórica

336

Referências

338

CAPÍTULO 21 — Modulação Glicêmica e Melhora da Resistência Insulínica

340

Sopa de Amaranto

342

Shake do Bem

344

Arroz Integral com Berinjela

346

Formulações

349

Fundamentação Teórica

352

Referências

354

CAPÍTULO 22 — Pré e Pós Peeling

356

Patê de Alho

358

Escondidinho de Abóbora

360

Milk Shake de Whey Protein

362

Formulações

364

Fundamentação Teórica

367

Referências

369

CAPÍTULO 23 — Saciedade

370

Sopa Sacietógena

374

14

Salada de Soja

372

Crepe Vegetariano

379

Formulações

382

Fundamentação Teórica

384

Referências

386

CAPÍTULO 24— Síndrome pré-menstrual

388

Shake Anti TPM

390

Salada Calmante

392

Tarte de Leite Creme

394

Formulações

397

Fundamentação Teórica

399

Referências

401

CAPÍTULO 25— Termogênicos

403

Arroz Termogênico

405

Sopa Verde

408

Chá Termogênico

411

Formulações

413

Fundamentação Teórica

419

Referências

423

APÊNDICE — Legislação

428

15

1 - POR QUE SUPLEMENTAR?

16

Por que Suplementar?

A

variabilidade nutricional em um mesmo alimento pode ser significativa e diversas causas podem contribuir para esta diferença, entre elas, a concentração de nutrientes no solo, as condições climáticas, o tempo

entre colheita e consumo efetivo, a modificação genética e o grau de maturação dos vegetais. Além disso, há também as perdas nutricionais devido a operações de processamento como descascamento, lavagem, trituração, armazenamento em temperaturas inadequadas, cocção e oxidação. O armazenamento de frutos sob altas temperaturas, por exemplo, aumenta a respiração e o metabolismo, alterando suas qualidades organolépticas por mais tempo. Esse desequilíbrio pode resultar em alterações físicas e químicas nos alimentos. O cenário de variabilidade nutricional é elucidado na divergência da composição nutricional de alimentos que encontramos em distintas tabelas de composição química dos alimentos. Um trabalho realizado por Ribeiro et al em 2003, objetivou avaliar a concordância entre os valores de macronutrientes e energia de alimentos analisados em laboratório com os dados apresentados em tabelas e softwares de composição de alimentos em uso no Brasil. Foram analisados 11 alimentos totalizando 701 amostras. Verificou-se que, dependendo do alimento, do nutriente estudado e da tabela ou software escolhido para a comparação, ocorreram diferenças estatisticamente significantes entre os dados analisados em laboratório e os dados de tabelas e softwares (Menezes et. al, 2003). Há também o limitante da biodisponibilidade, ou seja, interação entre nutrientes que reduzem a absorção de determinada substância seja na composição do alimento ou no lúmen intestinal. Neste ínterim, a própria microbiota intestinal também pode contribuir para maior absorção de nutrientes como cálcio, ferro e vitaminas do complexo B, em especial ácido fólico. Um intestino disbiótico pode reduzir a eficiência na mobilidade e função intestinal na digestão e absorção de nutrientes. É importante destacar que ainda são restritos na literatura estudos que descrevam o nível ótimo para ingestão de diferentes nutrientes. As ingestões dietéticas de referência (DRI) estabeleceram as recomendações para ingestão de vitaminas e minerais tendo como alvo a deficiência e, não, o nível excelente de ingestão (IOM, 2004). Assim, seguir as riscas as recomendações nutricionais como base para prescrição nutricional pode, em longo prazo, gerar deficiências nutricionais, considerando que além dos limitantes que promovem a variabilidade nutricional citados acima, há uma lacuna denominada ADESÃO ALIMENTAR ao Plano Dietoterápico prescrito. O cenário atual do mesmo modo é composto por um repertório cada vez menor, especialmente de frutas e verduras, no mundo onde a falta de tempo predomina, instigando ao consumo de fast foods, em geral muito ricos em carboidratos, gorduras e energia, mas pobres nutricionalmente.

17

Por que Suplementar? Independentemente destes limitantes, o profissional da nutrição deve promover a educação nutricional e estimular hábitos alimentares saudáveis através da orientação dietética, podendo ver nas formulações uma forma de preencher as lacunas nutricionais provenientes destes limitantes. Assim, a reeducação alimentar deve ser priorizada e a suplementação deve ser uma alternativa para suprir carências nutricionais ou reduzir os sinais clínicos, físicos e bioquímicos que levam a queixas de saúde e estética dos pacientes/clientes. Os alimentos são fontes de nutrientes e fitoquímicos, em geral são menos onerosos e a composição sinérgica dos compostos bioativos presentes dos alimentos podem muitas vezes conferir o seu poder funcional, especialmente na prevenção de doenças crônico degenerativas. A prescrição nutricional das formulações pode ser realizada com o auxílio do profissional farmacêutico, pois apesar da prescrição nutricional ser vedada a nutricionistas e médicos, é ao farmacêutico que cabe selecionar o preparo a partir de uma prescrição. Por isto, a integração entre estes profissionais permite o estabelecimento do sucesso terapêutico no âmbito da adesão ao tratamento por parte do paciente, a integridade e as características sensoriais do produto.

18

2 - LEGISLAÇÃO

19

Legislação para prescrição de suplementos e fitoterápicos

Suplementos e Fitoterápicos liberados para prescrição por nutricionista A prescrição de nutrientes é pertinente a médicos e nutricionistas e estes são os únicos profissionais legalmente habilitados para tal procedimento. As legislações relacionadas à prescrição de suplementos estão descritas a saber: Lei nº 8.234, de 17 de setembro de 1991; Portaria nº 32, de 13 de janeiro de 1998; Resolução Conselho Federal de Nutricionistas nº 390 de 22 de novembro de 2006.

Alguns importantes trechos na legislação pertinente: LEI Nº 8.234, DE 17 DE SETEMBRO DE 1.991 Art. 4º Atribuições do profissional nutricionista: VII - prescrição de suplementos nutricionais, necessários à complementação da dieta. PORTARIA Nº 32, DE 13 DE JANEIRO DE 1998 Classificam-se como Suplementos: Vitaminas isoladas ou associadas entre si; Minerais isolados ou associados entre si; Associações de vitaminas com minerais. RESOLUÇÃO CFN N° 390 de 22 de novembro de 2006 Art 4º- O nutricionista, ao realizar a prescrição dietética de suplementos nutricionais, deverá:

20

Por que Suplementar? I considerar o indivíduo globalmente, respeitando suas condições clínicas, socioeconômicas, culturais e religiosas. III avaliar quais nutrientes possam eventualmente estar em falta no organismo por deficiência de consumo ou distúrbios na biodisponibilidade. IV considerar que, após a correção de hábitos alimentares, poderá haver necessidade de suplementação nutricional para suprir possíveis deficiências de nutrientes. Art 5º - A prescrição de suplementos nutricionais basear-se-á nas seguintes premissas: Adequação do consumo alimentar; Definição do período de utilização da suplementação; Reavaliação sistemática do estado nutricional e do plano alimentar.

Prescrição por nutricionista O nutricionista pode prescrever nutrientes (vitaminas, sais minerais, carboidratos, proteínas, gorduras, fibras e aminoácidos), desde que respeitados níveis máximos de segurança. A Portaria nº 40, de 13 de janeiro de 1998, determina que sejam respeitados os níveis máximos de segurança determinados pela Anvisa, sendo estes valores máximos permitidos de suplementação. Na ausência desses valores, o profissional poderá basear-se naqueles correspondentes à UL (Limite superior tolerável de ingestão, do inglês tolerable upper intake). Caso não haja UL, o profissional deve basear-se nos níveis sugeridos em estudos experimentais publicados em revistas científicas indexadas.

21

Legislação para prescrição de suplementos e fitoterápicos

A tabela 2.1 descreve os níveis máximo de segurança para o consumo de vitaminas e sais minerais segundo Anvisa (1998).

Componente

Dose diária para adultos

Vitamina A

10.000 UI

Betacaroteno

25 mg

Vitamina D

800 UI

Vitamina E

1.200 UI

Vitamina C

1.000 mg

Vitamina B6

200 mg

Vitamina B2

200 mg

Vitamina B5

500 mg

Vitamina B1

200 mg

Vitamina B12

1.000 µg

Ácido Fólico

1 mg

Vitamina K

25 mg

Ácido Pantotênico

1.000 mg

Biotina

2,5 mg

Cálcio

1.500 mg

Fósforo

1.500 mg

Magnésio

700 mg

Ferro

65 mg

Flúor

4,0 mg

Zinco

30 mg

Cobre

9 mg

Manganês

10 mg

Molibdênio

350 µg

Selênio

150 µg

Cromo

1.000 µg

Iodo

600 µg

FONTE: Adaptado da Portaria n º 40, de 13 de janeiro de 1998, ANVISA

22

Legislação para prescrição de suplementos e fitoterápicos

O Limite Superior Tolerável de Ingestão (UL, do inglês tolerable upper intake level) é o valor mais alto de ingestão diária continuada de um nutriente que aparentemente não oferece nenhum efeito adverso à saúde em quase todos os indivíduos de um estágio de vida ou gênero. À medida que a ingestão aumenta para além do UL o risco potencial de efeitos adversos também aumenta. Os valores dos UL enfocam os riscos de um excesso na ingestão inadequada de nutrientes e são estabelecidos a partir de evidências qualitativas e quantitativas em estudos que avaliam a associação entre a ingestão de nutrientes e a probabilidade de efeitos adversos. Portanto, o UL é determinado a partir da avaliação dos níveis de ingestão, elegendo-se aquele nível em que não se observa nenhum efeito adverso, ou o nível mais baixo de ingestão que não esteja associado a efeitos negativos. Este valor compreende a ingestão do nutriente proveniente dos alimentos que constituem a dieta, uso de suplementos e água. O UL ainda não foi estabelecido para todos os nutrientes, dentre eles o cromo, vitamina K, tiamina, vitamina B12, riboflavina, ácido pantotênico e biotina. Neste caso, deve-se consultar dose máxima estabelecida pela Anvisa conforme descrito na tabela 2.1. A tabela 2.2 descreve a UL para homens e mulheres de 19 a 70 anos.

23

Legislação para prescrição de suplementos e fitoterápicos

Tabela 2.2 UL para homens e mulheres de 19 a 70 anos

Magnésio

Flúor

Boro

Níquel

Vanádio

Cobre

Iodo

Molibdênio

Selênio

Manganês

Homens 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Homens 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Homens 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Homens 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Homens 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Homens 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Homens 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Homens 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Homens 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Homens 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos

UL (mg) 350 350 350 UL (mg) 10 10 10 UL (mg) 20 20 20 UL (mg) 1 1 1 UL (mg) 1,8 1,8 1,8 UL (µg) 10.000 10.000 10.000 UL (µg) 1.100 1.100 1.100 UL (µg) 2.000 2.000 2.000 UL (µg) 400 400 400 UL (mg) 11 11 11

Mulheres 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Mulheres 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Mulheres 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Mulheres 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Mulheres 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Mulheres 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Mulheres 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Mulheres 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Mulheres 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Mulheres 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos

UL (mg) 350 350 350 UL (mg) 10 10 10 UL (mg) 20 20 20 UL (mg) 1 1 1 UL (mg) 1,8 1,8 1,8 UL (µg) 10.000 10.000 10.000 UL (µg) 1.100 1.100 1.100 UL (µg) 2.000 2.000 2.000 UL (µg) 400 400 400 UL (mg) 11 11 11

24

Legislação para prescrição de suplementos e fitoterápicos

Tabela 2.2 UL para homens e mulheres de 19 a 70 anos (continuação)

Vitamina C

Niacina

Vitamina B6

Folato (DFE)

Vitamina E

Vitamina D

Colina

Vitamina A

Tiamina

Riboflavina

Homens 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Homens 19 a 30 anos 31 a 50 anos

UL (mg) 2.000 2.000 2.000 UL( mg) 35 35

Mulheres 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Mulheres 19 a 30 anos 31 a 50 anos

UL (mg) 2.000 2.000 2.000 UL (mg) 35 35

51 a 70 anos Homens 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Homens 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Homens 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Homens 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Homens 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Homens 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Homens 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Homens 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos

35 UL (mg) 100 100 100 UL (µg) 1000 1000 1000 UL (mg) 1000 1000 1000 UL (µg) 50 50 50 UL (g) 3,5 3,5 3,5 UL (µg) 3.000 3.000 3.000 UL ND ND ND UL ND ND ND

51 a 70 anos Mulheres 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Mulheres 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Mulheres 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Mulheres 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Mulheres 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Mulheres 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Mulheres 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos Mulheres 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos

35 UL (mg) 100 100 100 UL( µg) 1000 1000 1000 UL (mg) 1000 1000 1000 UL (µg) 50 50 50 UL (g) 3,5 3,5 3,5 UL (µg) 3.000 3.000 3.000 UL ND ND ND UL ND ND ND

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Legislação para prescrição de suplementos e fitoterápicos Tabela 2.2 UL para homens e mulheres de 19 a 70 anos (continuação)

Cálcio

Fósforo

Ferro

Zinco

Homens

UL (g)

Mulheres

UL (g)

19 a 30 anos

2,5

19 a 30 anos

2,5

31 a 50 anos

2,5

31 a 50 anos

2,5

51 a 70 anos

2,5

51 a 70 anos

2,5

Homens

UL (mg)

Mulheres

UL (mg)

19 a 30 anos

4

19 a 30 anos

4

31 a 50 anos

4

31 a 50 anos

4

51 a 70 anos

4

51 a 70 anos

4

Homens

UL (mg)

Mulheres

UL (mg)

19 a 30 anos

45

19 a 30 anos

45

31 a 50 anos

45

31 a 50 anos

45

51 a 70 anos

45

51 a 70 anos

45

Homens

UL (mg)

Mulheres

UL (mg)

19 a 30 anos

40

19 a 30 anos

40

31 a 50 anos

40

31 a 50 anos

40

51 a 70 anos

40

51 a 70 anos

40

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Legislação para prescrição de suplementos e fitoterápicos

Tabela 2.2 UL para homens e mulheres de 19 a 70 anos (continuação)

Cromo, vitamina K, vitamina B12, ácido pantotênico e biotina.

Homens 19 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 70 anos

ND ND

Mulheres 19 a 30 anos 31 a 50 anos

UL ND ND

ND

51 a 70 anos

ND

FONTE: Adaptado de Food and Nutrition Board. Instituto of Medicine. National Academies ND: não foi possível estabelecer este valor

Para prescrição de suplementos alimentares por nutricionista, é necessário também que o composto vitamínico não esteja registrado no Ministério da Saúde como Medicamento. O site para consulta é http:// www7.anvisa.gov.br/datavisa/Consulta_Produto/consulta_medicamento.asp O profissional nutricionista também prescreve substâncias bioativas e probióticos isolados com alegação de propriedades funcionais e/ou saúde, apresentadas como formas farmacêuticas (cápsulas, comprimidos, tabletes, pós, granulados, pastilhas, suspensões e soluções). Os produtos são classificados em: carotenóides, fitoesteróis, flavonóides, fosfolipídios, organossulfurados, polifenóis e probióticos, de acordo com a Resolução nº 2 de 07 de janeiro de 2002. Alguns trechos em destaque (nosso) Resolução nº 2 de 07 de janeiro de 2002. Resolução Nº 2 DE 07 DE JANEIRO DE 2002.

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Legislação para prescrição de suplementos e fitoterápicos

Substância Bioativa: é o nome da substância bioativa, seguido do nome da fonte da qual foi extraída a substância bioativa, acompanhada da forma de apresentação do produto. Probiótico: é o nome do probiótico, acompanhado da forma de apresentação do produto.3.1.1. A substância bioativa deve estar presente em fontes alimentares. Pode ser de origem natural ou sintética,desde que comprovada a segurança para o consumo humano. A substância bioativa deve ser segura para o consumo humano, sem necessidade de orientação e ou acompanhamento médico, a não ser que seja dirigido a grupos populacionais específicos. Vitaminas e ou Minerais podem ser adicionados, desde que o consumo diário do produto indicado pelo fabricante não ultrapasse 100% da IDR e não prejudique a biodisponibilidade de qualquer dos componentes do produto. O produto sujeito a esta norma deve ser apresentado nas formas sólida, semi-sólida ou líquida, tais como tabletes, comprimidos, drágeas, pós, cápsulas, granulados, pastilhas, soluções e suspensões. Substâncias ativas classificadas como medicamento não podem ser prescritos por nutricionista. Um exemplo é a isoflavona, princípio ativo da soja (Glycine max L.) e 5 -hidroxitriptofano ou 5HTP (derivado do triptofano e registrado no medicamento).

Fitoterápicos

Legislação A Resolução publicada pelo Conselho Federal de Nutrição nº 402 de 06 de agosto de 2007 regulamenta a prescrição de fitoterápicos pelo profissional nutricionista. Alguns trechos importantes da resolução: Resolução do Conselho Federal de Nutrição N 402 de 06 de Agosto de Art. 4º

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Legislação para prescrição de suplementos e fitoterápicos

O nutricionista terá total autonomia para prescrever os produtos objetos desta Resolução, quando julgar conveniente a necessidade de complementação da dieta de indivíduos ou grupos, atuando isoladamente ou como membro integrante de uma equipe multiprofissional de saúde. As formas farmacêuticas permitidas para o uso pelo profissional nutricionista são exclusivamente as de uso oral, tais como: I – infuso; II – decocto; III – tintura; IV – alcoolatura; V – extrato. Art. 6°. O nutricionista não poderá prescrever aqueles produtos cuja legislação vigente exija prescrição médica. A Resolução que regulamente esta prática pelo nutricionista classifica Fitoterapia baseada na Portaria 971/ MS/2006 “Terapêutica caracterizada pelo uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal” Substâncias ativas isoladas ou misturas obtidas pela adição de substâncias ativas isoladas não são consideradas produtos fitoterápicos.

Prescrição por nutricionista A Resolução nº 402 de 06 de agosto de 2007 publicada pelo Conselho Federal de Nutrição explicita que o nutricionista pode prescrever fitoterápicos que: a) tenham estudos clínicos comprovando sua eficácia; b) sem prescrição de princípio ativo isolado da planta; c) que não estejam na lista de fitoterápicos sob prescrição médica.

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Legislação para prescrição de suplementos e fitoterápicos

Conforme Resolução nº 89, de 16 de março de 2004; Resolução nº 5, de 11 de dezembro de 2008;Resolução nº10, de 09de março de 2010 e Resolução n.º 17, de 24 de fevereiro de 2000), os fitoterápicos que estão classificados “sob prescrição médica” são: Arctostaphylos uva-ursi Spreng / Uva-ursi; Cimicifuga racemosa (L.) Nutt. / Cemicifuga; UrbEchinacea purpurea Moench / Equinácea; Ginkgo biloba L. / Ginkgobiloba; Hypericum perforatum L. / Hipérico; Piper methysticum Forst. f. / Kava-kava; Valeriana officinalis / Valeriana. Recomenda-se ao nutricionista o acompanhamento das publicações da Anvisa, que atualizam com frequência a relação de drogas vegetais notificadas e a lista de medicamentos fitoterápicos de registro simplificado.

O nutricionista pode prescrever fitoterápico em cápsula? Esta é uma dúvida que ainda cerca os profissionais nutricionistas. A resolução do CFN 402, de 2007, regulamenta a prescrição de fitoterápicos pelo profissional nutricionista e não trata de derivados de droga vegetal, mas somente de plantas in natura frescas ou como droga vegetal. Portanto, a Resolução do CFN nº 402/2007 regulamenta a prescrição fitoterápica de plantas in natura frescas, ou como droga vegetal/planta medicinal nas diferentes formas farmacêuticas e não abrange os Medicamentos Fitoterápicos, pois estes são regulamentados pelas resoluções da Anvisa, inclusive a prescrição. A distinção entre medicamento, drogas vegetais ou plantas medicinais não é feita pela forma de apresentação (cápsulas, comprimidos, etc), tampouco na forma de preparo, mas pela matéria-prima de fabricação do conteúdo, concentração do princípio ativo, e UL (Tolerable Upper Intak Levels), além de sua alegação terapêutica. Quanto aos derivados de drogas vegetais, devemos observar que, se considerados tais como: infuso, decocto, tintura, alcoolatura e extrato, incluídos como formas farmacêuticas, têm permitida a sua prescrição por nutricionis-

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Legislação para prescrição de suplementos e fitoterápicos

tas, desde que não estejam catalogados pela Anvisa com seu uso restrito sob prescrição médica, pois neste caso são considerados como medicamentos fitoterápicos de uso restrito.

Registro dos Suplementos e Fitoterápicos Industrializados Produtos fitoterápicos ou suplementos alimentares industrializados devem ser registrados no Ministério da Saúde. O número de registro pode servir como consulta não somente para verificar aprovação do produto frente aos órgãos regulamentadores, mas também para verificar se a prescrição está liberada para prescrição por nutricionista. Os números de registro definitivos devem ter 13 (treze) dígitos, mas na embalagem pode contar somente 9 (nove) dígitos, já que o fabricante não é obrigado a colocar na embalagem os últimos quatro números. É o primeiro dígito que vai classificar o produto. Caso o produto inicie com o número 1 está registrado como medicamento e não deve ser prescrito por nutricionistas. Se iniciar com número 4, 5 ou 6 pode ser prescrito por nutricionistas.

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Legislação para prescrição de suplementos e fitoterápicos

REFERÊNCIAS

1. BRASIL.Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Lei nº 8.234, de 17 de setembro de 1991. Regulamenta a profissão de nutricionista e determina outras providências. Disponível em HTTP:// www.anvisa.gov.br 2. BRASIL.Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Portaria nº 32, de 13 de janeiro de 1998. Fixar a identidade e as características mínimas de qualidade a que devem obedecer os Suplementos Vitamínicos e ou de Minerais. Disponível em HTTP://www.anvisa.gov.br 3. BRASIL.Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Resolução Conselho Federal de Nutricionistas nº 390 de 22 de novembro de 2006. Regulamenta a prescrição dietética de suplementos nutricionais pelo nutricionais e dá outras providências. Disponível em HTTP://www.anvisa.gov.br 4. BRASIL.Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Resolução do Conselho Federal de Nutrição nº 402 de 06 de agosto de 2007. Regulamenta a prescrição fitoterápica pelo Nutricionista de plantas in natura frescas, ou como droga vegetal nas suas diferentes formas farmacêuticas, e dá outras providências. Disponível em HTTP://www.anvisa.gov.br 5. BRASIL.Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Portaria 971/ MS/2006 . Aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. Disponível em HTTP://www.anvisa.gov.br6. BRASIL.Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Resolução nº 89, de 16 de março de 2004. Determinar a publicação da "LISTA DE REGISTRO SIMPLIFICADO DE FITOTERÁPICOS".Disponível em HTTP://www.anvisa.gov.br 7. BRASIL.Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Resolução nº10, de 09de março de 2010. Dispõe sobre a notificação de drogas vegetais junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e dá outras providências. Disponível em HTTP://www.anvisa.gov.br 8. BRASIL.Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Resolução n.º 17, de 24 de fevereiro de 2000 . Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos. Disponível em HTTP://www.anvisa.gov.br

32

Legislação para prescrição de suplementos e fitoterápicos 9. BRASIL.Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Portaria n º 40, de 13 de janeiro de 1998 . Regulamento que estabelece normas para Níveis de Dosagens Diárias de Vitaminas e Minerais em Medicamentos. Disponível em HTTP://www.anvisa.gov.br 10. BRASIL.Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária RDC nº 2 de 07 de janeiro de 2002. Aprovar o Regulamento Técnico de Substâncias Bioativas e Probióticos Isolados com Alegação de Propriedades Funcional e ou de Saúde, constante do anexo desta Resolução. Disponível em HTTP://www.anvisa.gov.br 11. CERQUEIRA, F.M.; MEDEIROS, M.H.G.;AUGUSTO, O. Antioxidantes dietéticos: controvérsias e perspectivas. Quim. Nova, v. 30, n.2, p.441-449, 2007 12. INSTITUTE OF MEDICINE (IOM). National Research Council. Dietary reference intakes (DRIs): recommended intakes for individual, vitamins for vitamina C, vitamin E, selenium and carotenoids. Washington (DC): National Academy Press; 2004.

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3 - PRESCRIÇÃO NUTRICIONAL

Leandro Medeiros Ana Paula Pujol

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Prescrição nutricional

U

ma formulação nutricional e/ou fitoterápica é composta por princípios ativos e coadjuvantes técnicos.

a) Princípios ativos: responsáveis pela ação farmacológica, ou seja, a(s) substância(s) responsável(is) pelo

“efeito” desejado do suplemento; b) Coadjuvantes técnicos: conhecidos como excipientes ou adjuvantes, são substâncias em geral inertes, cuja função é estabilizar a fórmula em nível químico, físico ou microbiológico, além de garantir processabilidade de fabricação e modificar a solubilidade dos princípios ativos (a fim de reduzir toxicidade ou aumentar sua absorção). São adicionados a quase todas as fórmulas disponíveis no mercado, industrializadas ou manipuladas, salvo raras exceções e/ou conforme critério do nutricionista. Exemplos: diluentes, flavorizantes, edulcorantes, antioxidantes, conservantes, corantes, agentes umedecedores, lubrificantes etc.

Formas farmacêuticas

Forma ou base farmacêutica é a apresentação final do produto farmacêutico, que será utilizado para administrar o fármaco, através de uma determinada via biológica de administração. Exemplos: cápsula, pó, “shake”, pós-efervescentes, goma, tintura, xarope, solução, suspensão, flaconete, pastilha, gotas, entre outras. Existem diversas formas farmacêuticas disponíveis no mercado, porém o nutricionista pode prescrever somente aquelas utilizadas de uso oral, conforme legislação vigente. A via sublingual também é uma via importante para administração de vitaminas conforme estudos de biodisponibilidade de nutrientes, como a vitamina B12, e que serve como alternativa às condições adversas à via oral, porém não está regulamentada do ponto de vista legal, ficando a critério de o nutricionista fazer uso ou não. A indústria farmacêutica cada vez mais diferencia suas formas farmacêuticas e torna a administração de suplementos e fitoterápicos mais "agradáveis" ao uso, tornando mais confortável a posologia e, assim, contribuindo para adesão ao tratamento. A escolha da forma farmacêutica depende principalmente da natureza físico-química do fármaco, do mecanismo de ação, do local de ação do medicamento e da dosagem – quantidade de fármaco na forma farmacêutica. Para escolha da forma farmacêutica também é necessário verificar as vantagens e desvantagens que cada uma oferece, bem como a melhor aceitação organoléptica e a disponibilidade financeira do paciente.

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Prescrição nutricional

Tabela 3.1 Formas farmacêuticas de uso oral e sublinguais

Formas farmacêuticas de uso oral

Formas farmacêuticas sublinguais

Sólidas

Cápsulas Comprimidos Drágeas Pós Pastilhas/jujubas Pirulitos

Comprimidos Pastilhas

Líquidas

Soluções Xaropes Suspensões

Solução/gotas

Semissólidas

Géis

Formas farmacêuticas sólidas para via oral Cápsulas São formas farmacêuticas sólidas de forma e capacidade variáveis, contendo normalmente uma dose unitária de um ou mais ingredientes ativos. Estas podem, ainda, ser de consistência dura (cápsulas gelatinosas duras) ou mole (cápsulas gelatinosas moles), se apresentadas de consistência flexível e elástica. Estas, ao contrário das cápsulas duras, podem acondicionar soluções oleosas, suspensões e emulsões. Independentemente do tipo de cápsulas, na produção do invólucro de gelatina, devem ser adicionados conservantes devido à natureza da sua composição que pode sofrer degradação microbiana. O preenchimento das cápsulas gelatinosas duras pode ser manual, com auxílio de pequenos encapsuladores manuais, semiautomáticos, ou ainda, com máquinas totalmente automatizadas. Em contrapartida, o preenchimento das cápsulas moles envolve uma etapa de soldagem de duas metades das unidades, o que é possível com o uso de máquinas próprias para esse fim. Por esse motivo, nas farmácias de manipulação e em pequenos laboratórios são mais comumente empregadas cápsulas duras. As farmácias de manipulação adquirem cápsulas oleosas de laboratórios específicos e realizam o envase e rotulagem do produto.

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Prescrição nutricional

Vantagens: 

Fácil deglutição;



Número de adjuvantes reduzidos;



Boa estabilidade em relação às demais formas farmacêuticas;



Protege contra luz, ar e outros pós (não contra umidade);



Fácil identificação (cor ou impressão serigrafada);



Mascaram de forma eficaz o sabor e odor desagradável de alguns fármacos;



Limitado potencial de incompatibilidades;



Boa biodisponibilidade (de 10 a 20 minutos para absorção);



Versatilidade para o preparo de fórmulas em pequenas quantidades e/ou com doses individualizadas.

Desvantagens: 

Maior custo de produção;



Fácil adesão à parede do esôfago;



Não pode ser partida (não-fracionável);



Restrição de uso a pacientes com dificuldades de deglutição;



Comporta volume reduzido em uma formulação;



Corante utilizado nas cápsulas.

Exemplo de prescrição: Posologia: Tomar 1 dose com o almoço. Vitamina C

100 mg

Zinco quelado

50 mg

Aviar em cápsulas

30 doses

As cápsulas possuem diversos tamanhos e compreendem diferentes capacidades conforme demonstrado na 37

Prescrição nutricional

As cápsulas possuem diversos tamanhos e compreendem diferentes capacidades conforme demonstrado na tabela 3.2. Tabela 3.2 Capacidade média de cápsulas de acordo com o tamanho. Tamanho

Capacidade média

000

750 mg

00

500 mg

0

400 mg

01

350 mg

02

250 mg

03

200 mg

04

150 mg

Fonte: Adaptado de Tecnologia Farmacêutica (2004)

Uma dose equivale a uma cápsula? Como cada cápsula possui um volume específico, portanto limitado, a partir da prescrição da formulação, a farmácia de manipulação irá identificar se todos os componentes da fórmula prescrita poderão ser comportados em uma cápsula apenas. Caso não seja possível, deverá ocorrer o que chamamos de fracionamento ou aviamento da dose, reduzindo proporcionalmente a concentração dos componentes pela metade, terço, quarto ou a mínima fração possível, ajustando então o número de cápsulas a serem ingeridas e inserindo excipientes complementares como descrito na Tabela 3.3. A escolha dos excipientes para preenchimento dependerá da composição da fórmula, que vai determinar as suas características físico-químicas, químicas e microbiológicas, ficando o farmacêutico responsável por esta etapa e, assim, garantir a qualidade do produto. Em caso de dúvidas, ele deve informar ao nutricionista sobre esta composição de excipientes. A farmácia informará de forma clara ao paciente a mudança da relação cápsulas-doses, expresso em etiquetas no próprio produto manipulado.

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Prescrição nutricional

Tabela 3.3 Exemplo de fracionamento ou aviamento da dose

Fórmula prescrita pelo nutricionista Vitamina C.................. 700 mg Vitamina E .................... 400 UI

Produto manipulado final

Aviar em cápsulas ..... 30 doses

Vitamina C ............... 350 mg Vitamina E ................ 200 UI Contém .................60 cápsulas

Equivalência

1 dose = 1 cápsula?

1 dose = 2 cápsulas!

Posologia

Tomar 1 cápsula ao dia

Por motivos técnicos, tomar 2 cápsulas ao invés de 1

Fórmula

Pós É a forma farmacêutica sólida contendo um ou mais princípios ativos secos e com tamanho de partícula reduzido, com ou sem excipientes. Esta forma farmacêutica possibilita trabalhar com doses elevadas que são limitadas pelo volume de cápsulas e tamanho de comprimidos. Em termos gerais, uma fórmula na qual a dosagem de princípios ativos em que sua soma supere 500mg, pode viabilizar a manipulação desta fórmula em pó, que pode se apresentar como base comum, efervescente ou na consistência de “shakes”. Estes pós podem ser acondicionados diretamente em potes (quando não há necessidade de precisão da dose e/ou menor baixo potencial de instabilidade físico-químico/microbiológico) ou em sachês, também conhecidos como envelopes (quando existir necessidade de precisão de dose e/ou risco potencial de instabilidade físico-químico/microbiológico significativo).

Efervescentes É o pó contendo, em adição aos ingredientes ativos, substâncias ácidas e carbonatos ou bicarbonatos, os quais liberam dióxido de carbono quando o pó é dissolvido em água. É destinado a ser dissolvido ou disperso em água antes da administração.

Vantagens: 

Com a presença do CO2 livre, pode mascarar o sabor desagradável leve a moderado de princípios ativos salgados e/ou amargos;

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Prescrição nutricional



São de fácil deglutição;



Apresentação diferenciada, o que pode melhorar a adesão à terapia;



Melhor complacência do paciente;



Em geral, apresenta boa palatabilidade;



Os componentes ativos veiculados são mais rapidamente absorvidos pelo trato gastrointestinal em relação às formas sólidas de cápsulas e comprimidos de liberação imediata (comprimidos comuns).

Desvantagens: 

Baixa estabilidade físico-química e química (prazo de validade curto);



Pouco tolerado em pacientes com refluxo gastresofágico;



A dispersão ou dissolução em água ou bebidas aumenta a percepção do sabor dos componentes, por isto, princípios ativos com sabor desagradável forte não devem ser veiculados nesta forma. O uso de pós-efervescentes com dosagens superiores a 10g de princípios ativos não é recomendado, pois

aumenta a necessidade de excipientes efervescentes, o que promove ingestão de conteúdo cítrico e de bicarbonato, gerando possivelmente desequilíbrio eletrolítico.

Formas de prescrição: L-Glutamina

5g

Aviar em base efervescente qsp

30 doses

Posologia: Tomar 1 dose 3 vezes ao dia 1. O sabor variará de acordo com a viabilidade farmacotécnica. Por esta razão, deve-se consultar o farmacêutico para saber quais as opções de sabores sensorialmente viáveis para a fórmula em questão. 2. O termo “q.s.p.” significa “quantidade suficiente para”, que é um termo utilizado em fórmulas farmacêuticas para determinar o número de doses ou volume ou quantidade total do produto farmacêutico. Convencionalmente, é utilizado na prescrição de todas as formas farmacêuticas, exceto cápsulas e comprimidos.

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Prescrição nutricional

“Shakes” Esse nome é oficialmente não reconhecido pelas autoridades sanitárias, mas assim conhecidos pelo mercado como produtos de maior espessura após sua dispersão em água ou bebidas. São misturas de pós, que consistem de princípios ativos adicionados a veículo que contém valor nutricional agregado e consistência física mais espessa. São indicados para veicularem nutrientes e fitoterápicos. Fornecidos na forma de pó, o paciente utiliza uma dose recomendada do produto, seja utilizando um medidor padronizado (quando não há necessidade de precisão da dose), ou mesmo utilizando sachês/envelopes (quando há necessidade de precisão da dose), dispersa na água, homogeneizada, para posterior ingestão.

Vantagens: 

Os componentes ativos veiculados são mais rapidamente absorvidos pelo trato gastrointestinal em relação às formas sólidas de cápsulas e comprimidos;



São de fácil deglutição;



Podem possuir valor nutricional agregado, sendo também um complemento/suplemento alimentar;



Pode mascarar o sabor desagradável leve a moderado de princípios ativos.

Desvantagens: 

Se manipulado ou fabricado em potes, são mais difíceis de transportar;



A dispersão ou dissolução em água ou bebidas aumenta a percepção do sabor dos componentes, por isto, princípios ativos com sabor desagradável forte não devem ser veiculados nesta forma;



Apresentam menor estabilidade físico-química e microbiológica quando comparadas às formas sólidas;



Paciente fica exposto a sistema de medida caseira (não preciso).

Exemplo de prescrição: Citrus aurantium (extrato seco)

300 mg

Camellia sinesis (extrato seco)

500 mg

Garcinia Camboja (extrato seco)

250 mg

Phaseolus vulgaris (extrato seco)

1.000 mg

Aviar em base shake qsp*

30 doses

Posologia: Tomar 2 doses ao dia (10:00h e 16:00h).

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Prescrição nutricional 

O sabor variará de acordo com a viabilidade farmacotécnica. Por esta razão, deve-se consultar o farmacêutico para saber quais as opções de sabores sensorialmente viáveis para a fórmula em questão.

Formas farmacêuticas nutricionais contemporâneas: sucos, sopas, sorvetes, frappés, leites, iogurtes, caldas e mousses. Com o desenvolvimento do mercado nutricional para farmácias de manipulação nos últimos anos, houve uma retomada na pesquisa, desenvolvimento e inovação de formas farmacêuticas que apresentem aspecto físico de alimento ou bebida, na finalidade de reduzir o impacto do aspecto medicamentoso que as formulações apresentam, favorecendo assim a adesão do tratamento pelo paciente. Do ponto de vista farmacotécnico, os sucos, sopas, sorvetes, frappés, leites, iogurtes, caldas e mousses são manipulados, dispensados e, portanto, classificados como forma farmacêutica pó, para serem reconstituídos em água, leite ou sucos de frutas, tornando o aspecto final do produto um alimento ou bebida. Portanto, mesmo o nutricionista prescrevendo nestas formas farmacêuticas, a farmácia de manipulação deve, por razões legais e sanitárias, rotular o produto como pó para reconstituição (uso oral). É muito importante que o nutricionista se certifique com o farmacêutico se a fórmula que é pretendida a prescrição nestas formas farmacêuticas apresentam comprovação de testes de estabilidade e sensoriais, seja por estudos próprios ou por literatura farmacêutica confiável, uma vez que, conforme legislação vigente é de responsabilidade da farmácia garantir a qualidade do produto farmacêutico no prazo de validade determinado e, dessa forma, favorecer a eficácia e segurança do tratamento.

Pastilhas É a forma farmacêutica sólida que contém um ou mais princípios ativos, usualmente, em uma base adocicada e com sabor. É utilizada para dissolução ou desintegração lenta na boca. Pode ser preparada por modelagem, ou por compressão, que podem ter ação local (cavidade bucal) ou sistêmica (via oral). Existem três tipos de pastilhas: duras, mastigáveis e gomosa, as quais permitem a adição de quantidades de fármacos que totalizem até 2 a 3 g.

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Prescrição nutricional

Pastilhas gomosas: gomas de colágeno/gelatina Gomas são formas farmacêuticas classificadas como pastilhas mastigáveis ou gomosas, pois são ricas em gelatina, e possuem característica macia e flexível, o que dá a sua característica mastigável. Dependendo da farmácia de manipulação, pode possuir de um a dois gramas de colágeno hidrolisado e de até um grama de gelatina. Esta quantidade de colágeno hidrolisado na composição promove a suplementação deste nutriente que possui propriedades benéficas para as articulações, ossos, pele e anexos, pois estimula a produção endógena do colágeno nestes tecidos, pelo aumento do aporte de precursores de sua síntese, como peptídeos (prolilglicina, hidroxiprolilglicina, lisilprolina) e de aminoácidos (prolina, glicina, lisina, e derivados hidroxilados).

Vantagens: 

Mascaram facilmente o sabor de fármacos de sabor leves a moderados;



Menos irritantes para a mucosa bucal;



Possuem atrativo sensorial de cor, odor, paladar e consistência, favorecendo a adesão à terapia;



Proporcionam a inclusão de colágeno hidrolisado simultaneamente.

Desvantagens: 

Não permitem a veiculação de fármacos termos sensíveis ou de sabor desagradável forte;



Possuem custo de produção elevado.

Exemplo de prescrição: Colágeno Hidrolisado

2g

Glicina

200 mg

Ascorbato de cálcio

300 mg

Vitamina D3

400 UI

Aviar em gomas de colágeno qsp

15 doses

Sabores: Morango, Tutti-Frutti, Creme Menta, Abacaxi e Limão*. * O sabor variará de acordo com a viabilidade farmacotécnica. Por esta razão, deve-se consultar o farmacêutico para saber quais as opções de sabores sensorialmente viáveis para a fórmula em questão.

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Prescrição nutricional

Pastilhas mastigáveis: chocolates Com estudos experimentais farmacêuticos é possível fazer uso de suplementos nutricionais e fitoterápicos em tabletes de chocolates (pastilhas mastigáveis), evitando o gosto amargo de algumas substâncias e proporcionando os benefícios do cacau simultaneamente. Os chocolates para manipulação, em geral, devem possuir quantidade elevada de cacau (mínimo 50%) de fornecedores de insumos com autorização para comercializar estes chocolates como insumos farmacêuticos. Algumas farmácias disponibilizam a base farmacêutica sem lactose e sem açúcar, direcionados a pacientes com restrições. Os tabletes de chocolate pesam 5 ou 10g e podem comportar até 2g de compostos ativos.

Exemplo de prescrição: Glucomanan

500 mg

Aviar em chocolates*

10 doses

Posologia: Comer 1 unidade, 1 vez ao dia, antes das refeições. *O peso do chocolate vai depender do processo de manipulação, das propriedades físicas, físico-químicas e organolépticas do insumo. Por esta razão, sugere-se deixar que a farmácia defina o tamanho e peso do chocolate.

Vantagens: 

Mascaram facilmente o sabor de fármacos de sabor leves a moderados;



Menos irritantes para a mucosa bucal;



Possuem atrativo sensorial de cor, odor, paladar e consistência, favorecendo a adesão terapêutica;



Geram aporte dos compostos bioativos e nutrientes do cacau.

Desvantagens: 

Não permitem a veiculação de fármacos termossensíveis ou de sabor desagradável forte;



Possuem custo de produção elevado.

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Prescrição nutricional

Formas farmacêuticas líquidas para via oral Solução Oral É a forma farmacêutica líquida, límpida e homogênea, que contém um ou mais princípios ativos dissolvidos em um solvente adequado ou numa mistura de solventes miscíveis.

Vantagens: 

Os componentes ativos veiculados são mais rapidamente absorvidos pelo trato gastrointestinal em relação às formas sólidas;



Possui homogeneidade da dose e não requer agitação mecânica;



São mais fáceis de deglutir, condição importante para pacientes pediátricos ou geriátricos, ou para aqueles em condições crônicas que afetam a capacidade de deglutição de formas sólidas.

Desvantagens: 

Mais difíceis de transportar;



A solubilização realça o sabor dos fármacos (princípios ativos com sabor desagradável moderado a forte não devem ser veiculados nesta forma);



Apresentam menor estabilidade físico-química e microbiológica (relacionado às formas sólidas);



Paciente pode ficar exposto a sistema de medida caseira (não preciso).

Xaropes São preparações aquosas concentradas à base de açúcar ou um substituto do açúcar, com ou sem agentes flavorizantes e substâncias medicinais ou nutricionais. Apresentam não menos que 45% de sacarose ou outros açúcares em sua composição.

Vantagens: 

Apresentam boa conservação microbiológica (meio hipertônico);

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Prescrição nutricional



Possibilitam correção de sabor da formulação (efeito edulcorante).

Desvantagem: 

Contra indicados para pacientes diabéticos. Neste caso, deve-se utilizar o xarope dietético.

Suspensões Orais São preparações que contém partículas finamente divididas da substância ativa dispersa de forma relativamente uniforme em um veículo no qual essa substância apresente solubilidade mínima. As partículas sólidas são insolúveis na fase líquida e tendem a sedimentar. Porém, devem ser facilmente dispersas com agitação.

Vantagens: 

Forma farmacêutica ideal para veicular ingredientes ativos insolúveis;



Opção para veicular fármacos de sabor desagradável (a suspensão realça menos o gosto quando comparada com a solução);



Ideal para converter formas farmacêuticas sólidas (comprimidos) em uma forma líquida, para pessoas com dificuldades de deglutição;



O fármaco encontra-se finamente dividido, portanto sua dissolução pode ocorrer mais rapidamente nos fluidos do trato gastrointestinal do que formas farmacêuticas sólidas.



Possibilidade de formulações extemporâneas (com uso em até 48h após o preparo).

Desvantagem: Fármacos potentes insolúveis empregados em pequenas doses não devem ser preferencialmente veiculados na forma de suspensão devido ao maior risco de erro na sua administração;

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Prescrição nutricional

Exemplo de prescrição: Vitamina E Vitamina C

100 UI 200 mg

Zinco (quelado)

15 mg

Vitamina D3

400 UI

Cobre (quelado)

1 mg

Veículo qsq

5 ml

Aviar

30 doses

Posologia: Tomar 2 doses ao dia. 1. Caberá ao farmacêutico analisar qual o melhor tipo de veículo e assim, a forma farmacêutica adequada (se solução, xarope ou suspensão oral), para a manipulação da fórmula prescrita, baseando-se na solubilidade e compatibilidade físico-química dos princípios ativos prescritos pelo nutricionista. 2. O sabor variará de acordo com a viabilidade farmacotécnica. Por esta razão, deve-se consultar o farmacêutico para saber quais as opções de sabores sensorialmente viáveis para a fórmula em questão.

Flaconetes: formas farmacêuticas? Flaconetes são comumente e erroneamente classificados como formas farmacêuticas. São, na verdade, embalagens primárias do produto farmacêutico, que comportam soluções ou suspensões orais. É, portanto a embalagem que está em contato direto com seu conteúdo durante todo o tempo. Considera-se material de embalagem primária: ampola, bisnaga, envelope, estojo, flaconete, frasco de vidro ou de plástico, frasco-ampola, cartucho, lata, pote, saco de papel e outros. Porém, podem ser solicitados conforme viabilidade farmacotécnica.

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Prescrição nutricional

Exemplo de prescrição: DL-metionina Cynara scolymus L (extrato seco)

200mg 100mg

Betaina anidra

50mg

Cloridrato de Colina

20mg

Veículo qsq

5 ml

Aviar em flaconetes

30 doses

Posologia: Tomar 1 doses 2 vezes ao dia, antes das refeições.

Formas farmacêuticas semissólidas para via oral O exemplo de forma farmacêutica semissólida destinada para administração de fármacos pela via oral é o gel comestível, muito utilizado em produtos com aplicação na nutrição esportiva. É composto basicamente por água, agentes espessantes (gelatina e/ou polímeros) e demais adjuvantes que contribuem sensorialmente (sabor, cor, odor). Podem ser incorporadas grandes quantidades de insumos farmacêuticos ativos, geralmente, até 25% da quantidade total do produto.

Vantagens: 

Forma farmacêutica ideal para veicular ingredientes ativos em grandes concentrações e de forma alternativa aos pós;



Os componentes ativos veiculados são mais rapidamente absorvidos pelo trato gastrointestinal em relação às formas sólidas;



Possui homogeneidade e individualização da dose;



São mais fáceis de deglutir, condição importante para pacientes pediátricos ou geriátricos, ou para aqueles em condições crônicas que afetam a capacidade de deglutição de formas sólidas;



São de fácil transporte.

Desvantagens: 

A solubilização na base gelificada realça o sabor dos fármacos (princípios ativos com sabor desagradável

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Prescrição nutricional

moderado a forte não devem ser veiculados nesta forma); 

Apresentam menor estabilidade físico-química e microbiológica (relacionado às formas sólidas).

Exemplo de prescrição: Maltodextrina

5g

BCAA

2g

Aviar em gel oral qsp

30 doses

Posologia: Consumir 1 a 2 doses, 1 hora antes do treino.

Formas farmacêuticas para via sublingual São formas farmacêuticas sólidas ou líquidas, destinadas à administração de nutrientes pela via sublingual. Não atravessa o trato gastrointestinal (TGI), lançado diretamente na circulação pela artéria carotídea. Por não atravessar o TGI, não sofre efeito de primeira passagem hepática. Com isso, o início da ação é mais rápido e permite a absorção de nutrientes sensíveis à metabolização pré-sistêmica. Por falta de evidências científicas e segundo a legislação vigente, os fitoterápicos não devem ser utilizados por esta via de administração. Uma vez que o comportamento farmacocinético da via sublingual é distinto da via oral, no qual o pico de concentração plasmática geralmente é maior e alcançado com maior rapidez, havendo o risco de toxicidade sistêmica com nutrientes, faz-se necessária a aplicação dos três critérios para o uso racional desta via de administração, baseados em evidências científicas, que são os seguintes: 

Instabilidade conhecida do nutriente aos fluidos do TGI e sua microbiota;



Metabolização pré-sistêmica (enteral e/ou hepática) que inative o fármaco;



Baixa biodisponibilidade por via oral do(s) nutriente(s) (gerada pelas características de absorção destes e/ ou estado fisiopatológico do paciente) associada à comprovação de biodisponibilidade clinicamente significativa pela via sublingual (exemplo: vitamina B12);



Necessidade

de

rápida reposição nutricional

(estados carenciais emergenciais)

associada à

indisponibilidade de administração pela via parenteral.

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Prescrição nutricional

Assim, a determinação da forma farmacêutica estará em função da preferência posológica do paciente.

Exemplo de prescrição de forma farmacêutica líquida: L-taurina

150 mg

Veículo SL* qsp

10 gotas

Aviar

30 doses

Posologia: Aplicar 10 gotas na cavidade sublingual, 2 vezes ao dia, entre as refeições. *SL é a sigla oficial para o termo ‘sublingual’.

Exemplo de prescrição de forma farmacêutica sólida: Vitamina B12

200 mcg

Aviar em comprimidos SL qsp

30 doses

Posologia: Inserir 1 comprimido na cavidade sublingual, 1 vezes ao dia, entre as refeições.

Tópicos especiais da prescrição nutricional Substâncias queladas Um quelato ou quelado é um composto químico formado por um íon metálico associado a várias ligações covalentes a uma estrutura heterocíclica de compostos orgânicos, como aminoácidos, peptídeos ou polissacarídeos. O nome quelado provém da palavra grega chele, que significa garra ou pinça, referindo-se à forma pela qual os íons metálicos são “aprisionados” no composto.

Figura 3.1: Mineral (M) quelado com grupamento orgânico de aminoácido.

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Prescrição nutricional

Os minerais quelados são importantes especialmente do ponto de vista da biodisponibilidade. Por isto, tratando -se da suplementação de minerais, em que ocorre maior comprometimento na biodisponibilidade, pode ser um alternativa para evitar competição intraluminal. Também não dependem do ácido clorídrico para absorção, sendo uma interessante alternativa para indivíduos com hipocloridria e possuem a vantagem de não interagir com nutrientes da dieta e medicamentos. Dentre as limitações do uso dos minerais quelados está o custo. Por envolverem maior tecnologia e complexidade no processo de produção, substâncias queladas tornam-se mais onerosas que substâncias não queladas. Outra limitação é a manipulação. A maioria dos minerais quelados são higroscópicos, retendo água com facilidade. Na manipulação de cápsulas torna-se necessária a adição de agentes absorventes para evitar que o mineral endureça. O fator de correção também pode limitar o uso de minerais quelados, pois, em geral, aumenta muito o volume da formulação, restringindo a utilização da forma farmacêutica cápsulas, devido ao número excessivo das mesmas. O sabor dos minerais quelados pode ser também uma barreira para a utilização de formas farmacêuticas de uso extemporâneo (pós), líquidos ou semissólidos de uso oral, pois, no geral, podem apresentar sabores desagradáveis com percepção amarga, salgada e/ou metálica. Em uma prescrição nutricional, a quantidade prescrita do mineral deve referir-se ao mineral puro quelado. Logo, o farmacêutico deve calcular a quantidade do mineral quelado correspondente à dosagem do mineral puro, utilizando o cálculo do fator de correção. O cálculo é feito dividindo a quantidade do mineral prescrito pela concentração do produto e multiplicando por 100 conforme tabela 3.4. Tabela 3.4 Cálculo da quantidade total por dose do insumo a partir do fator de correção de minerais quelados. Dosagem prescrita

Teor do mineral no insumo

Fator de correção

Cálculo

Quantidade total por dose do insumo

Cálcio (quelado)

100 mg

20% (1/5)

5

100 x 5

500 mg

Magnésio (quelado)

100 mg

25% (1/4)

4

100 x 4

400 mg

As quantidades de minerais quelados inseridas por dose posológica variará, portanto, de acordo com o teor do

51

Prescrição nutricional As quantidades de minerais quelados inseridas por dose posológica variará, portanto, de acordo com o teor do mineral no insumo, além de outros aspectos físicos (como densidade aparente) e físico-químicos (como higroscopia), estando então sob responsabilidade do laboratório tais cálculos de correção e procedimentos de manipulação e o profissional nutricionista, responsável apenas pela dosagem do elemento (aspecto clínico). Uma formulação de minerais quelados pode resultar em um volume grande de cápsulas, sendo mais indicado, portanto na manipulação de outras formas farmacêuticas sólidas (pós), líquidas (suspensão, solução, xarope) ou semissólidas (géis), conforme viabilidade farmacotécnica.

Receituário O receituário do profissional nutricionista deve conter o nome e dados da clínica e do profissional, incluindo o número de registro no Conselho Regional de Nutrição. O A receita deve ser preenchida com a data; fórmula, que deve conter os insumos ativos e suas respectivas dosagens, forma farmacêutica e número de doses; posologia; tempo determinado de utilização da fórmula; carimbo e assinatura do profissional conforme apresentado na figura 3.2. A grafia deve ser a mais clara possível e a letra legível. O paciente deve também ser orientado a não repetir a formulação sem o consentimento do profissional, uma vez que o uso não indicado de uma fórmula por um indivíduo sadio ou enfermo, mesmo contendo apenas nutrientes e/ou fitoterápicos, pode apresentar riscos à sua saúde. Esta informação deve estar claramente registrada na receita. A formulação deve ser explicada ao paciente pessoalmente pelo nutricionista sobre aspectos de eficácia (uso indicado e posologia), segurança (possíveis efeitos adversos, precauções, contraindicações, interações com medicamentos e/ou alimentos, riscos de toxicidade em caso de sobre dose) e qualidade (armazenamento, prazo de validade), estando também à farmácia responsável por orientar o paciente em caso de dúvidas.

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Prescrição nutricional

Figura 3.2 Exemplo de uma prescrição nutricional

Drª Ana Paula Pujol Nutricionista CRN10 XXXX

26/05/2012 Maria Clara da Silva Complementação Nutricional—Uso Oral Colágeno Hidrolisado

2g

Glicina

200 mg

Ascorbato de cálcio

300 mg

Vitamina D3

400 UI

Aviar em gomas de colágeno qsp

15 doses

__________________________________ Ana Paula Pujol Nutricionista CRN10 XXXX

Rua Ladeira da Silva, 35, Bairro Centro. Camboriú, SC. Telefones (47) 5555 5555

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4 - INTERAÇÕES NUTRICIONAIS

54

Interações nutricionais

U

m dos fatores que interferem na biodisponibilidade dos minerais diz respeito às interações que ocorrem entre os mesmos. De acordo com Couzi et al. (1993), as interações entre minerais podem ocorrer de forma

direta ou indireta. As interações diretas são geralmente fenômenos competitivos que ocorrem durante a absorção intestinal ou utilização tecidual, enquanto que as indiretas ocorrem quando um mineral está envolvido no metabolismo do outro, de modo que a deficiência de um acarreta num prejuízo de função do outro. Os riscos potenciais de interações adversas entre nutrientes aumentam quando existe um desequilíbrio na ingestão destes. A ingestão excessiva de um nutriente pode interferir com a absorção, excreção, transporte, armazenamento, função ou metabolismo de um segundo nutriente (COZOLINO,2009). Os fatores alimentares influenciam na absorção dos nutrientes e, portanto, na biodisponibilidade. Os nutrientes são divididos em dois grupos: facilitadores ou inibidores da absorção, podendo atuar distintamente de acordo com o nutriente. Pela mucosa intestinal, alguns facilitadores podem contribuir para melhora da captação de nutrientes e os inibidores para redução da absorção dos nutrientes (REIS, 2004). A tabela 4.1 descreve os nutriente facilitadores e inibidores da absorção de vitaminas e sais minerais através de um compilado de estudos científicos acerca do assunto. Tabela 4.1 Nutrientes facilitadores e inibidores da absorção de vitaminas e sais minerais

Nutriente

Facilitadores

Inibidores

Cálcio

Vitamina D, lactose, magnéFerro, excesso de proteínas, fibras solúsio, vitamina C, lisina, arginiveis e sódio, fosfatos, fitatos, zinco, cena e vitaminas do complexo B lulose, arginatos

Cobre

*NE

Níveis elevados de cálcio, ferro, zinco, cádmio, molibdênio, vitamina C e frutose , fitatos e taninos

Ferro

Cobre, vitamina C, vitamina A,ácidos orgânicos, aminoácidos, proteína de carne, arginina, histidina, lipídeos, TCM (Triglicerídeos de Cadeia Média) e frutose

Cálcio, cobalto, níquel, manganês, zinco, cádmio, fibra alimentar, oxalatos, fosfatos, polifenóis, proteína de soja e do ovo, fibras, fitatos, tanino

Folacina

*NE

Fibras solúveis, vitamina C e zinco

55

Interações nutricionais

Tabela 4.1 Nutrientes facilitadores e inibidores da absorção de vitaminas e sais minerais

Nutriente

Selênio

Facilitadores Inibidores Proteínas, aminoácios sulfurados, metionina, vitamina E, arginina, histidina, lipídeos, Triglicerídeo de Cadeia MéEnxofre e metais pesados dia, frutose vitaminas. A e C em altas doses e também outros antioxidantes. Gorduras, proteínas e vitamina E, ferro** e zinco.

Pectina, goma guar, celulose e farelo de trigo

Gorduras, principalmente Triglicerídeos de Cadeia Média (TCM) Vitamina A, peptídeos, histidina, ácido glutâmico, triptofano e cobre

Ácidos graxos poli-insaturados (PUFA, do inglês polyunsaturated fatty acid), vitamina A, farelo de trigo e pectina. Ferro, cálcio, fitatos, fósforo, cádmio, cromo, selênio, fosfato, oxalatos, fibras, excesso de ácido fólico e taninos

Manganês

*NE

Cálcio, fósforo e ferro

Cromo

*NE

Ferro

Iodo

Selênio

Cloro

Molibdênio

*NE

Sulfato

Potássio

Magnésio

*NE

Tiamina (Vitamina B1)

Sódio, potássio e outras vitaminas do complexo B

*NE

Biotina

*NE

Ácido alfa lipóico

Vitaminas do complexo B

*NE

Vitaminas do complexo B

*NE

Tiamina, riboflavina e triptofano

Proteína

Vitamina A e beta caroteno

Vitamina E Zinco

Riboflanina (Vitamina B2) Niacina (Vitamina B3) Piridoxina (Vitamina B6)

56

Interações nutricionais

Tabela 4.1 Nutrientes facilitadores e inibidores da absorção de vitaminas e sais minerais

Nutriente

Facilitadores

Inibidores

Ácido Fólico (Vitamina B9)

Vitamina B12 e vitamina B6

*NE

Ácido Pantotênico (Vitamina B5)

Outras vitaminas do complexo B

*NE

Vitamina C

Ferro, flavonóides cítricos e quercetina

Ingestão elevada pode causar depleção de cobre.

Vitamina D

Cálcio e fósforo

Ferro, cobre e manganês

Vitamina E

TCM

Ácidos graxos poliinsaturados

Vitamina K

*NE

Vitaminas A e E

Folato

*NE

Zinco

Ômega 3 (ácido linolênico)

Vitamina E

*NE

*NE– Não encontrado na literatura **A deficiência de ferro reduz a mobilização de vitamina A no fígado e o seu transporte para circulação

Fonte: Adaptado de PUJOL, 2011

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Interações nutricionais

REFERÊNCIAS

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60

5 - EFEITOS COLATERAIS

61

Possíveis efeitos colaterais Açaí extrato seco: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

Ácido alfa lipoico: quando consumido em doses superiores podem provocar efeitos gastrointestinais. Seus efeitos colaterais são raros, porém incluem erupção cutânea e hipoglicemia em pacientes diabéticos. Pessoas que tenham deficiência de vitamina B1, como, por exemplo, alcoólatras, devem tomar vitamina B1 atrelada ao ácido alfa-lipoico.1, 2 O uso do ácido lipóico tem sido associado a alguns casos de Síndrome da Insulina Auto-Imune, uma condição caracterizada por hipoglicemia com altos níveis de insulina e produção de auto anticorpos contra a insulina.3 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 600 mg

Ácido fólico: é provavelmente seguro para a maioria das pessoas. Altas doses de ácido fólico podem causar cólicas abdominais, diarreia, erupção cutânea, distúrbios do sono, irritabilidade, náuseas, dores de estômago, mudanças de comportamento, reações alérgicas, convulsões, flatulência, excitabilidade e outros efeitos colaterais. Não é tóxico, porém altas doses podem mascarar anemia perniciosa. Um estudo com 2928 gestantes com suplementação de 5 mg de ácido fólico aumentou em 70% o risco de mortalidade por câncer, principalmente de mama. Porém, mais estudos ainda são necessários para comprovar tal relação.

4, 5, 6, 7

Algumas pesquisas sugerem

que a ingestão de ácido fólico em doses de 800-1200 mcg pode aumentar o risco de ataque cardíaco em pessoas que têm problemas cardíacos. Outra pesquisa sugere que tomar essas altas doses podem também aumentar o risco de câncer cólon8 e de próstata.9 DOSE DIÁRIA MÁXIMA UL e ANVISA - 1000 mcg

Agar Agar: é um produto não tóxico, não oferecendo perigo, pois não é absorvido no Trato Gastrointestinal.

10

Pode ocasionar desconforto gastrointestinal e flatulência especialmente se não for consumido com água. 11 DOSE DIÁRIA MÁXIMA: Não estabelecida

62

Possíveis efeitos colaterais Antocianinas/ mirtilo/ Vaccinium myrtillus/ LingoMAX® - possibilidade de interferir com inibidores da agregação plaquetária (aspirina) e anticoagulantes. Em caso de gastrite ou úlcera gastroduodenal, os taninos podem provocar agravamento. Doses elevadas ou o uso prolongado das folhas podem causar intoxicações crônicas que, em animais de laboratório, originam caquexia, anemia, icterícia, agitação aguda e distonia. 12, 13 DOSE DIÁRIA MÁXIMA: Não estabelecida

Arginina: não deve ser ingerido por pessoas com glaucoma ou herpes vulgar (labial ou genital), em virtude da possibilidade de que a arginina pode estimular a replicação do vírus. Também não é recomendado para pessoas que tenham sofrido infarto do miocárdio ou com doença da artéria coronária estabelecida e pessoas com hipotensão arterial. Devido à ação vasodilatadora, também se deve evitar o uso concomitante com anticoagulantes e pode potencializar medicamentos hipotensores. O excesso na suplementação pode elevar a produção do óxido nítrico indutível, ocasionando um efeito adverso, como elevação da pressão arterial e vasoconstrição. Um estudo com doses entre 20-30g demonstrou que pode proporcionar desconforto abdominal, vômitos e diarreia.

14, 15, 16

DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 15 mg

Agnus castus (Vitex agnus castus): é um fitoterápico seguro17. Pode ocasionar raramente problemas gastrointestinais, dor de cabeça, vertigem, cansaço e boca seca

18

, além de acne, distúrbios menstruais, prurido,

eritema e rash cutâneo19. Estudos realizados em humanos e animais determinaram que o Vitex agnus castus é seguro para a maioria das mulheres em idade fértil, não devendo ser usado durante a gravidez e lactação. A segurança não foi determinada em crianças e os efeitos colaterais são raros e observados apenas em 1-2% dos pacientes monitorados; algumas mulheres observaram apenas aumento do fluxo menstrual durante o tratamento. Devido aos efeitos dopaminérgicos do fitoterápico, poderá ocorrer interação medicamentosa, com o enfraquecimento da ação dos antagonistas da dopamina (antipsicóticos) administrados conjuntamente. Também não recomenda-se o seu uso em conjunto com terapia de reposição hormonal ou em mulheres com baixa produção de FSH (Hormônio Folículo Estimulante) . 20, 21 DOSE DIÁRIA MÁXIMA*: 200 mg (extrato seco)

63

Possíveis efeitos colaterais Betacaroteno: ingestão de altas doses ou alteração genética no metabolismo do betacaroteno pode causar carotenodermia, caracterizada pela coloração alaranjada da pele, principalmente nas palmas das mãos e nas plantas dos pés.22 A carotenodermia não é prejudicial, mas pode contribuir para um diagnóstico errado de icterícia. A suplementação de 30 mg/dia de betacaroteno e palmitato de retinil 25. 000 (UI/dia) durante 4 anos, disponibilizada para 18.314 indivíduos com elevado risco de câncer de pulmão, mostrou elevação em 28 % da incidência da doença em fumantes, sem nenhum efeito sobre qualquer outro tipo de neoplasia. 23 Alguns estudos em animais têm mostrado que a suplementação de betacaroteno associada ao consumo excessivo de álcool pode aumentar o volume do fígado.24 Por isto, pessoas que ingerem álcool diariamente e alcoólatras devem evitar a suplementação com betacaroteno.25 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 100 mg

Betaglucanas: alguns estudos mostram não apresentar hepatotoxicidade importante em humanos e modelos animais. Por ser estimulante de células de defesa imunitária, há possibilidade de que doenças com características inflamatórias podem ser agravadas pelo consumo de betaglucanas como, por exemplo, na aterosclerose. No entanto, são necessários mais estudos. 26, 27 DOSE DIÁRIA MÁXIMA*– 10 g

Bioflavonoides cítricos: sem efeitos adversos consistentes. O uso de catequinas tem sido associado a anemia, destruição das células vermelhas do sangue e urticária. Estes efeitos diminuíram quando o tratamento foi interrompido. 28, 29 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 800 mg

Biotina: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura.30 DOSE DIÁRIA MÁXIMA ANVISA* – 2,5 mg

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Possíveis efeitos colaterais Bio- Arct®: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. Porém, por ser rico em arginina, deve ter as precauções indicadas para o uso do aminoácido. DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 1000 mg

Boro: ingestões excessivas podem causar náusea, vômito, diarreia, erupções de pele e fadiga, rubor na pele, excitação, convulsões, depressão e colagem vascular. Dose letal reportada para adultos tem sido de 15 a 20 g/dia e para crianças 3 a 6 g/dia.31 Baixas doses não foram ligadas à toxicidade. Um estudo duplo-cego de 2,5 mg de boro por dia, durante dois meses, causou piora nos suores noturnos em 21 de 43 mulheres, embora os mesmos sintomas melhoraram em outras 10 mulheres do estudo. 32 Outro estudo mostrou que 3 mg diariamente resultou em aumento de estrogênio e testosterona. Elevação do estrogênio também foi observada em mulheres tomando 2,5 mg/dia. Esse aumento pode ser preocupante, em virtude de aumentar a probabilidade do risco de neoplasias. Entretanto, nenhum risco de câncer tem sido relatado em áreas do mundo que ingerem altas doses de boro. 33 Suplementos de boro devem ser evitados no caso de insuficiência renal.34 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 20 mg

Brocolinol®: em estudo clinico randomizado, placebo controlado, duplo cego de fase I de segurança, tolerância e farmacocinética de doses repetidas de um extrato de brócolis contendo glucorafanina ou sulforafano, não revelou qualquer evento sistêmico clinico ou adverso significativo que poderiam ser atribuídos aos extratos.35 Um estudo de segurança dose escalonado não indicou qualquer reação adversa quando doses tão elevadas quanto 340 nmol de sulforafano sob a forma de extrato de brócolis foram aplicados topicamente no antebraço de humanos sadios.35 De qualquer forma, há alguns relatos na literatura que as brássicas, em geral, podem exercer uma atividade antitireoidiana por inibir a TPO – Tireoperoxidase. A hidrólise de alguns glicosinalatos encontrados nos vegetais crucíferos pode levar à produção de goitrina, uma sustância capaz de interferir na síntese dos hormônios tireoidianos. 36 Porém, ainda não há um consenso na literatura que justifique a exclusão destes alimentos e suplementos para indivíduos com alterações tireoidianas. DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 2000 mg

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Possíveis efeitos colaterais Cacau em pó (Theobroma cacao): o único efeito adverso do cacau pode estar relacionado a doses elevadas por suas sementes conterem cafeína que pode causar efeitos secundários relacionados, tais como nervosismo, aumento da frequência urinária, insônia e um aumento no batimento cardíaco.37 DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

Cafeína: acredita-se que a ação estimulante da cafeína no Sistema Nervoso Central envolva a estimulação do sistema nervoso simpático, aumentando a liberação e a ação das catecolaminas, que, por sua vez, levam a taquicardia, sudorese, dilatação dos brônquios e pupilas. Após o consumo da bebida contendo cafeína, algumas pessoas relatam sintomas de inquietação e estimulação simpática exacerbada, como insônia, tremor e taquicardia, portanto doses mais elevadas poderiam afetar o sistema nervoso central, gerando efeitos adversos em indivíduos mais sensíveis à cafeína. Alimentos e suplementos que contenham cafeína não são indicados para pacientes hipertensos e indivíduos com gastrite. O uso de cafeína parece influenciar, também, o padrão de consumo de cocaína e anfetamina, podendo aumentar a vulnerabilidade ao abuso destes psicoestimulantes. hsrA cafeína também não deve ser associada a levotiroxina, pois pode reduzir a absorção do fármaco. 38, 39, 40, 41, 42 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 420 mg

Cálcio: até 1.200 mg por dia não provoca efeitos colaterais. 43 Distúrbios no metabolismo do cálcio resultam em efeitos colaterais, como formação de litíase, insuficiência renais e síndrome da hipercalemia. 44 Pacientes com hiperparatireoidismo, doença renal crônica ou litíase renal não devem exceder a suplementação de cálcio. Uma metanálise constatou que em longo prazo a suplementação de cálcio foi associada ao aumento de aproximadamente 30% na incidência de infartos do miocárdio,45 porém uma pesquisa mais recente mostrou que a suplementação de cálcio em um período prolongado não resultou em aumento da incidência de morte relacionada à doença cardiovascular.46 Podem ocorrer relatos de obstipação e flatulência com o uso de suplementos de cálcio. DOSE DIÁRIA MÁXIMA UL – 2.500 mg | ANVISA - 1.500 mg

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Possíveis efeitos colaterais Camellia sinensis: pode haver o aparecimento dos seguintes efeitos secundários: nervosismo, insônia taquicardia. Os taninos podem provocar moléstias gástricas, náuseas e vômitos, principalmente em infusões concentradas. É contraindicado o uso em pacientes que possuam gastrite, úlceras gastroduodenais, ansiedade, insônia, taquicardia e aumento da pressão arterial sistólica. A presença de taninos no chá também pode interferir a absorção de nutrientes, minerais (ferro) ou com as atividades de enzimas digestivas. 47 As bases xantínicas, sobretudo a cafeína, apresentam uma ação diurética e estimulante do sistema nervoso e cardiorrespiratório. A teoflina tem ação inotrópica positiva. Por seu conteúdo em taninos, o extrato etanólico de chá verde pode provocar náuseas e vômitos. Estudo mostrou que o consumo de Camellia sinensis foi associado a três casos de desordens hepáticas, com elevação de ALT, bilirubina e fosfatase alcalina. Todos os pacientes se recuperaram. Há ainda treze relatos de hepatite em mulheres que tomaram o mesmo extrato por 9 dias a 5 meses.48, 49, 50 É importante ressaltar que nos casos em que houve hepatotoxicidade havia histórico de doença hepática pregressa e/ou uso de medicamentos hepatotóxicos associados ao tratamento com o fitoterápico. 51 Alguns estudos identificaram efeitos adversos leves para o consumo de produtos à base de catequinas do chá verde, tais como: gases, irritação gástrica e queimação. Outros pesquisadores sugerem a possibilidade de uma reação alérgica a componentes do extrato de Camellia sinensis ou a uma idiossincrasia metabólica. A contaminação durante o crescimento das folhas ou durante o processo de produção do extrato também é sugerida. 159 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 1000 mg (extrato seco)

Capsiate TG®/ capsaiscina: os efeitos colaterais podem incluir irritação do estômago, sudorese, rubor e corrimento nasal. São contraindicados em casos de hipersensibilidade a alguns componentes para a preparação dos capsinóides. Altas doses de drogas que contenham componentes concentrados de capsaiscina, se administrados por longos períodos, podem causar gastrite crônica e úlcera duodenal por ser irritante de mucosas, hepatotoxidade, prejuízo na função renal e efeitos neurotóxicos. Pode interferir na absorção de medicamentos inibidores da MAO (monoamina oxidase) e de anti-hipertensivos.52 DOSE DIÁRIA MÁXIMA*– 30 mg (extrato seco)

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Possíveis efeitos colaterais Cassiolamina (Cassia nomame): assim como todos os inibidores da lipase, o extrato de Cassia nomame pode inibir a absorção de vitaminas lipossolúveis, como vitaminas A, D, E e de carotenóides como betacaroteno e licopeno. Quando estes nutrientes são suplementados, devem ser ingeridos pelo menos duas horas antes ou após o uso do fitoterápico. Hipertensos, portadores de doenças cardíacas, gestantes e lactantes devem evitar o consumo do fitoterápico.53 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 1000 mg (extrato seco)

Castanha da índia (Aesculus hippocastanum L.) – reações como espasmo muscular, náusea moderada, vômito e urticária raramente podem ocorrer. Doses adequadas em geral são bem toleradas, enquanto que a escina (princípio ativo do fitoterápico) ocasionalmente pode provocar gastrite, quando administrada na forma de infusão ou extrato fluido. Em altas doses pode causar efeitos colaterais como tonturas, dor de cabeça, dores de estômago e prurido, além de irritar o trato gastrointestinal. Pacientes com insuficiência renal, hepática ou com lesões da mucosa digestiva não devem consumir o fitoterápico. Não deve ser utilizado em casos de distúrbios hemorrágicos conhecidos e recomenda-se não administrar via oral por períodos superiores a seis meses.54 Também não se recomenda associar com sais alcalinos, ferro, iodo e taninos, já que podem interferir com a absorção. DOSE DIÁRIA MÁXIMA - 600 mg (extrato seco) ou 120 mg de escina

Cavalinha (Equisetum arvenses): é contraindicado nas disfunções cardíacas e renais, em casos de gastrite e úlcera duodenal. Deve-se evitar o uso por períodos longos, pois pode ocasionar dores de cabeça, tenesmo (sensação dolorosa na bexiga ou na região anal, provocada pela necessidade frustrada de urinar ou defecar), anorexia e disfagia. Equisetum arvenses também pode ocasionar a deficiência de tiamina e diminuir os níveis de glicose sérica em pessoas com diabetes.55 DOSE DIÁRIA MÁXIMA - 1000 mg (extrato seco)

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Possíveis efeitos colaterais Cardo Mariano (Silymbum marianum): pode provocar um efeito laxante. Outros efeitos colaterais menos comuns são náusea, diarreia, indigestão, flatulência, inchaço, plenitude ou perda de apetite. Quando administrado conjuntamente com a iombina ou com a fentolamina tem efeito antagonista. DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 35 mg/kg de peso corporal

Carotenoides (licopeno, luteína, zeaxantina): em doses elevadas, os carotenoides podem ter o seu efeito próoxidante. Altas concentrações podem alterar as propriedades de membranas biológicas, influenciando a permeabilidade a toxinas, ao oxigênio ou metabólitos.56, 57 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* LICOPENO – 90 mg LUTEÍNA – 20 mg ZEAXANTINA – 5 mg

Centella asiática: de modo geral a Centella é bem tolerada nas doses adequadas. Altas doses por via oral pode provocar cefaleias, vertigens, hipotensão arterial e estados narcóticos leves a moderados. Tem apresentado, em alguns casos, efeitos hepatotóxicos e depressores do Sistema Nervoso Central (SNC). Quando consumida em doses acima de 50 mg por Kg de peso, há uma possível implicação de carcinogênese de pele, dermatite alérgica, prurigem e fotosensibilidade. É contraindicada a pessoas alérgicas às plantas angiospérmicas da família Apiaceae; Esta família inclui espécies como a salsa e a cenoura.58 Em alguns pacientes se observou uma elevação do colesterol total e desta forma deve-se prescrever com muita cautela nos casos de hipercolesterolemia familiar. 59 Indivíduos com alterações hepáticas como hepatite também devem evitar o uso. DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - No uso interno, recomenda-se não ultrapassar da dose de 500-600 mg do pó da droga, ou dez gotas do extrato, três vezes ao dia. Máximo de 13,6 mg de asiaticosídeos.

69

Possíveis efeitos colaterais Chapéu de couro (Echinodorus macrophelum): não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. Essa planta ainda precisa de mais estudos toxicológicos para afirmar os seus efeitos adversos. 60 DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

Citrus aurantium/ sinetrol®: por ter ação adrenérgica não específica, pode atuar em diversos sistemas (cardiovascular, músculo-esquelético, gastrointestinal e respiratório). Efeitos adversos de ordem cardiovascular podem ocorrer com mais frequência, como aumento da pressão arterial, arritmias ventriculares, agitação e insônia. Não deve ser utilizado em pacientes com doenças cardiovasculares, hipertensão, doenças hepáticas, renais, gastrite, úlceras gastroduodenais, colite ulcerosa, doença de Crohn, epilepsia, doença de Parkinson ou outras enfermidades neurológicas.61 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 1200 mg

Cobre: os efeitos colaterais de suplementos de cobre ainda não são claros, mas, em combinação com o zinco, até 3 mg por dia é considerado seguro.62 Em excesso pode promover dor epigástrica, gosto metálico na boca, salivação excessiva, náuseas, vômitos, diarreia, câimbras, além de lesões hepáticas. Pode também ocorrer dor de estômago, redução da pressão arterial diastólica, anemia, hemólise, necrose hepática, taquicardia, convulsões e coma.62 DOSE DIÁRIA MÁXIMA UL – 100O µg

ANVISA – 9 mg

Colágeno: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. Porém, pode-se observar em alguns casos desconforto gastrointestinal revertido pela suspensão do produto.63 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 20 g

70

Possíveis efeitos colaterais Coleus forskohlii/forskolina: pode promover hipercloridria gástrica. Indivíduos com gastrite ou úlcera não devem usar. Por elevar a testosterona também não é indicado nos casos de hiperandrogemia. 64 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 500 mg do extrato seco padronizado a 18% de forskolin

Crisina: não deve ser utilizada nos casos de hipoestrogenismo e/ou excesso de hormônios andrógenos. 65 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 7 mg/kg de peso corpora

Cistina/Cisteína: dose diária de cisteína superior a 1,2 gramas pode levar a um aumento do estresse oxidativo. Grandes quantidades de cisteína, aminoácido do qual é derivado NAC (N-acetil-cisteína) pode ser tóxico para as células nervosas e este efeito foi demonstrado em ratos. 66 Outro fator é o aumento de excreção urinária do zinco e cobre.67 Portanto, zinco e cobre devem ser adicionados na suplementação com cisteína quando este aminoácido for utilizado por períodos prolongados.68, 69 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 2 g

Coenzima Q10: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 100 mg

Cromo: evitar em pacientes com anemia já que o cromo reduz absorção de ferro pela ligação da transferrina. Altas concentrações por longo tempo podem causar danos mitocondriais, apoptose e efeitos mutagênicos. 70 DOSE DIÁRIA MÁXIMA ANVISA - 1.000 µg

71

Possíveis efeitos colaterais Dente de leão (Taraxacum officinales): evitar em indivíduos com cálculos biliares. Pode causar raras reações alérgicas por contato devido às lactonas sesquiterpênicas.71 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 2 g (extrato seco)

Eurot BT®: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - Não estabelecida

Erva mate/Pholia Magra®/Ilex paraguariensis: pode gerar ansiedade, insônia, taquicardia, hipertensão, aumento da frequência cardíaca e respiratória, dor de cabeça e zumbido nos ouvidos devido à cafeína. Gastroenterites, úlceras gastroduodenais podem ser ocasionadas pelos taninos. As xantinas podem ser responsáveis por distúrbios hepáticos.72, 73 DOSE DIÁRIA MÁXIMA: 600 mg Extrato de cassis (Ribes nigrum L): não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. DOSE DIÁRIA MÁXIMA: 600 mg

Extrato de semente de uva (Vitis vinífera): não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. DOSE DIÁRIA MÁXIMA*: 720 mg ou 50 mg de flavonóides totais

Extrato seco camu camu (Myrciaria dúbia): não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

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Possíveis efeitos colaterais Ferro: pode causar efeitos colaterais, incluindo dores de estômago, constipação, diarreia, náuseas e vômitos. Nos casos de hemocromatose, hemossiderose, policetemia e anemia falciforme é contraindicada suplementação com ferro. O excesso de ferro (hemocromatose) ocorre geralmente em homens e pode causar doenças cardíacas (especialmente em indivíduos com fatores de risco), disfunções no fígado, pâncreas e baço. 74, 75, 76, 77, 78, 79 DOSE DIÁRIA MÁXIMA UL: 45 mg ANVISA – 65 mg

Fucus vesiculosos: o ácido algínico pode reduzir a absorção de sódio e potássio e por consequência promover diarreia. Pode haver redução da absorção de ferro (pela presença de fucoidano), com redução de hemoglobina e ferro séricos. Por ser rico em iodo, pode ocorrer risco de alterações tireoidianas. Por isto, não se deve prescrever o fitoterápico para pessoas que estejam fazendo tratamento com hormônios tireoidianos. Há também um risco para o surgimento ou agravamento de acne pré-existente (proveniente do iodo). Não utilizar em gestantes, crianças, idosos ou pacientes nefropatas ou hepatopatas. Em virtude da possibilidade de conter metais pesados na alga e a dificuldade de quantificar o iodo exatamente, recomenda-se a prescrição somente de formas galênicas estandarizadas e especialidades com o devido controle sanitário, preferivelmente em forma de cápsulas ou comprimidos entéricos.80 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 1 g (extrato seco)

Fosfatidilserina: pode causar efeitos colaterais, incluindo insônia e dores de estômago, particularmente em doses superiores a 300 mg. É considerada segura pelo FDA e os estudos com doses de 300 a 600mg/dia não relataram efeitos colaterais. A fosfatidilserina pode aumentar os níveis de acetilcolina e, portanto, interagir com medicamentos anticolinérgicos e colinérgicos, assim como medicamentos utilizados no tratamento do mal de Parkson.80 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 600 mg

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Possíveis efeitos colaterais Fruto-oligossacarídeos: ainda não há nenhum relato de efeito colateral em longo prazo e não há uma dose estabelecida como tóxica. Pode ocorrer flatulência e distensão abdominal. 80 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 10 g

Koubo® (Cereus peruvianus): não é indicado para pacientes diabéticos, em virtude de poder aumentar a glicemia sanguínea.81 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 800 mg (extrato seco)

Garcínia Camboja: pode haver náuseas, dores de cabeça e dores gástricas.82 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 2 g (extrato seco)

Glucomanan (Amorphophallus konjac): indivíduos com distúrbio do esôfago não devem ingerir qualquer suplemento de fibra em forma de pílula, já que o complemento pode expandir-se no esôfago e levar à obstrução. Há relatos de pessoas que são sensíveis ao pó de glucomanan. Em virtude da fermentação das fibras pelas bactérias intestinais ocorrem muitos gases intestinais e desconforto abdominal em pacientes que não estejam acostumados a ingerirem dietas ricas em fibras.83, 84 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 3 g (pó)

Glucosamina: há alguns estudos que demonstram que a glucosamina sulfato interfere no metabolismo da glicose. No entanto, as evidências da literatura não sugerem que o consumo de glucosamina desencadeie ou agrave a resistência à insulina. De qualquer modo, deve-se utilizar com cautela e controlar a glicemia em pacientes diabéticos ou resistentes à insulina.85, 86 Pelo fato da glucosamina ser produzida a partir das cascas de camarão, lagosta e caranguejo, pessoas alérgicas a crustáceos devem ter critério na administração, apesar de não haver relatos por alérgicos a crustáceos que consumiram glucosamina. DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 1,5g

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Possíveis efeitos colaterais Gymnena silvestre: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 1000 mg

Glutamina: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura.87 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 20 g

Gody Berry (Lycium barbarum L.): não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 1000 mg

Goma guar: pode gerar efeitos adversos, tais como dores abdominais, flatulência, diarreia e cãibras. 88 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 0,2 g/kg de peso corporal

Glycoxil®/carcinina: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 400 mg

Griffonia simplicifolia: não utilizar associado a medicamentos inibidores da MAO (monoamina oxidase), antidepressivos, no caso de doenças cardiovasculares e na insuficiência renal grave. Pode gerar sonolência, náuseas, tontura e cefaleia sendo que o efeito adverso mais comum é náusea. 89 Alguns trabalhos também revelam a desinibição sexual com o uso concomitante de triptofano e neurolépticos ou inibidores MAO. Em estudos animais, o uso de triptofano em altas doses (1,6 g/Kg de peso em ratos) ocasionou sintomas de toxicidade, levando à morte em virtude do acúmulo de produtos de seu metabolismo, e os que sobreviveram ficaram com sequelas. Outro efeito foi o aumento do nível de ácido xanturênico, que possui ação diabetogênica nos animais. Em ruminantes, a utilização por via oral do triptofano esteve relacionada com edema pulmonar e enfisema, em virtude disso surge preocupação quanto ao uso de triptofano em pacientes com conteúdo bacteriano gastrointestinal

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Possíveis efeitos colaterais elevado. Há outros relatos de que produtos do metabolismo do triptofano podem promover a ação de certos carcinógenos. Além disso, a foto-oxidação do triptofano e de certos metabólitos pode estar envolvida na formação de catarata, se houver exposição à luz ultravioleta. É importante destacar que esses relatos foram encontrados quando utilizadas altas doses além das recomendadas normalmente.90 DOSE DIÁRIA MÁXIMA *– 1 mg/kg de peso corporal (extrato seco)

Inulina: testes padrões de toxicidade conduzidos com frutanos do tipo inulina, em doses bastante superiores às recomendadas, não detectaram evidências de toxicidade, carcinogenicidade ou genotoxicidade. Como no caso dos demais tipos de fibra, o consumo de quantidades excessivas de prebióticos como a inulina pode resultar em diarreia, flatulência, cólicas, inchaço e distensão abdominal, estado este reversível com a interrupção da ingestão.91, 92 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 20 g

Iodo: a toxicidade ocorre com a ingestão de doses superiores a 1g, sendo as reações mais comuns: dor abdominal, febre, náuseas, vômito e diarreia. Pode também ocorrer hipotireoidismo, especialmente em pessoas com uma história prévia de problemas de tireoide. 93 Além disso, erupções cutâneas, comichão ou lesões na pele e sintomas gastrointestinais.94 DOSE DIÁRIA MÁXIMA UL – 1100 g ANVISA – 600 µg

Irvingia garbonensis: os únicos efeitos colaterais relatados são flatulência, cefaleia e insônia. Utilizar com precaução em pacientes diabéticos e/ou hipertensos que estejam em tratamento.95 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 1 g (extrato seco)

Lactobacillus casei: os efeitos colaterais geralmente são leves e incluem gases ou distensão abdominal. 96 DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

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Possíveis efeitos colaterais

Lactobacillus rhamnosus: efeitos adversos incluem aumento na produção de gases, desconforto abdominal e até mesmo diarreia, porém esses sintomas desaparecem com o tempo. Reações mais severas foram observadas em pacientes internados em unidades de terapia intensiva e com o estado imunológico debilitado e alta permeabilidade intestinal, ocorrendo translocação bacteriana e bacteremia. 97 DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

L-glicina: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. DOSE DIÁRIA MÁXIMA - 4g

Licorice/Extrato do alcaçuz (Glycyrhiza glabra L.): podem ocorrer efeitos adversos semelhantes com uso de mineralocorticoides, aumento da pressão arterial e arritmias. Contraindicado para hipertensos e nas doenças cardiovasculares.98 Há relatos que o alcaçuz pode aumentar o risco de sangramento em pacientes utilizando o anticoagulante varfarina.99 O consumo de 30g ou mais de alcaçuz diariamente durante várias semanas pode causar efeitos secundários graves, incluindo elevação da pressão arterial, fraqueza, paralisia e danos ocasionalmente cerebrais em pessoas saudáveis. Em pessoas com alto consumo de sódio ou com doença cardíaca, renal ou pressão alta doses superiores a 5 g/dia já podem causar estes efeitos. DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 4 g ou 2,29 mg/kg de peso corporal de glicirrizina 100

Linumlife: apesar de conter glicosídeos cianogênicos, doses únicas de até 150-300 g de pó da semente não são tóxicas. Pode causar efeitos gastrointestinais secundários, tais como inchaço, gases, dor abdominal, constipação, diarreia, náuseas, dor de estômago.101 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 2 g

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Possíveis efeitos colaterais L-lisina: em animais, altas quantidades de lisina têm sido associadas ao aumento do risco de cálculos biliares, elevação de LDL colesterol, dor de estômago e diarreia. 102,103 Em doses elevadas, problemas consistentes não têm sido relatados em seres humanos, apenas cólicas abdominais e diarreia transitória em altas doses. 104 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 3 g

L-prolina: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

Manganês: o excesso acumulado no fígado e no sistema nervoso central pode produzir sintomas semelhantes ao Mal de Parkinson, produzindo demência, desordens psiquiátricas e neurológicas. 105 DOSE DIÁRIA MÁXIMA UL– 11 mg ANVISA – 10 mg

Magnésio: com a elevação dos níveis de magnésio no plasma, os efeitos adversos são náuseas, vômitos, hipotensão, bradicardia, sonolência, dupla visão e fraqueza. A toxicidade também pode ocorrer em pacientes com falência renal tratados com magnésio, os quais podem ter hipotensão, depressão do Sistema Nervoso Central, diminuição dos reflexos do tendão e mesmo paralisia. O excesso de magnésio causa diarreia, pois ocorre elevação do peristaltismo, sem retenção de água.106 DOSE DIÁRIA MÁXIMA UL – 350 mg | ANVISA – 700 mg

Melissa officinalis: não provoca efeitos colaterais nem sintomas de toxicidade. O linalol e o terpineol produzem um efeito depressor do sistema nervoso central provocando sonolência.. 107 Ocasionalmente pode produzir hipertensão arterial em doses normais por vasodilatação periférica. DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

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Possíveis efeitos colaterais Metionina: a sobrecarga de metionina leva à maior produção de homocisteína. A elevação desta proteína pode estar relacionada a doenças cardiovasculares como aterosclerose. 108 Ingestão excessiva de metionina, juntamente com ingestão inadequada de ácido fólico, vitamina B6 e vitamina B12, pode elevar a conversão de metionina de substância homocisteína ligada a doenças cardíacas e AVC (Acidente Vascular Cerebral). 109 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 5 g

MSM (metil-sulfonil-metano): alguns relatos afirmam que o MSM tem sido utilizado em pesquisas com seres humanos por muitos anos em quantidades acima de 2000 mg por dia, sem efeitos adversos significativos.

110

No

entanto, náuseas, edema, diarreia, erupções cutâneas, dor de cabeça, insônia e fadiga podem ser sentidos em menos de 20% das pessoas, de acordo com outros relatos. 111 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 6 g

NAC (N-acetilcisteína): em excesso, pode ser tóxica, e não há um consenso quanto à quantidade ideal utilizada na suplementação.112 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 1 g

Ômega 3/óleo de peixe: as cápsulas de ômega 3 podem causar eructação, flatulência, distensão abdominal, náuseas e diarreia.113, 114 Dose diária acima de 3g de Ômega 3 pode promover aumento da glicemia e do colesterol, já as doses menores diariamente têm sido benéficas para pacientes com doenças cardíacas e diabetes.115, 116, 117 O comprometimento do metabolismo de açúcar causado por suplementação com óleo de peixe tem sido evitado pela adição de meia hora de exercícios moderados três vezes por semana. Enquanto a suplementação com óleo de peixe diminui consistentemente triglicérides, o efeito do óleo de peixe na redução do LDL colesterol varia, sendo que em algumas pessoas a suplementação de óleo de peixe aumentou os níveis de LDL, por interferir no mecanismo de coagulação sanguínea quando consumido doses diárias superiores a 3g. O consumo deve ser suspenso antes de um procedimento cirúrgico e deve-se ter critério ao associar com medicamentos anticoagulantes.118 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 6 g

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Possíveis efeitos colaterais

Óleo de cártamo (Carthamus tinctorius): a longo prazo pode promover aumento da resistência à insulina, elevação da glicose e insulina de jejum, elevação da peroxidação lipídica e redução de HDL-colesterol em indivíduos com síndrome metabólica (dislipidemia, hipertensão). 119 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 6 g

Óleo de prímula (Primula officinalis): não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura.120 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 6 g

Oxxynea®: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

Pantotenato de Cálcio (Vitamina B5): efeitos adversos são nefrolitíase, síndrome de hipercalcemia e insuficiência renal com ou sem alcalose e interação negativa entre cálcio e outros minerais, como o ferro e o zinco.121 DOSE DIÁRIA MÁXIMA UL— Não estabelecida

Pimenta cayena/ pimenta vermelha (Capsicum frutescens): não deve ser administrada em portadores de hemorroidas ou problemas digestivos. O uso em excesso pode provocar irritação no sistema digestório, dores gastrointestinais, náuseas, úlceras, colite, sudorese, rubor, corrimento nasal e câncer de cólon intestinal. 122 DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

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Possíveis efeitos colaterais Phaseolus vulgaris (Faseolamina): pode provocar dores abdominais, gases e diarreia, quando utilizada em doses excessivas, além de hipoglicemia, por reduzir significativamente a glicemia sanguínea. Por isto, pode haver necessidade de ajustar as doses de insulina ou de antidiabéticos orais quando administrados com a faseolamina.123. Contra indicada nos tratamentos cardiotônicos pela ação diurética excretora de potássio. DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 1 g (extrato seco)

Plantago ovata (Psyllium): é uma planta de baixa toxicidade, apenas apresentando em alguns casos reações de hipersensibilidade e em doses elevadas diminui a absorção de minerais como o cálcio, o ferro e o magnésio; de vitaminas B12 e certos medicamentos, como cardiotônicos e cumarinas. Um aumento na formação de gases e flatulência é observado como efeito colateral. É contraindicada em cólicas abdominais e em estenoses esofágica, pilórica ou intestinal.124, 125 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 15 g

Potássio: o excesso desse nutriente pode ser excretado ou armazenado no intestino como reserva, no entanto a toxicidade pode resultar em falência renal, mau funcionamento da glândula adrenal, além de sintomas como queimação ou formigamento, fraqueza generalizada, paralisia, apatia, tonturas, confusão mental, redução da pressão arterial, ritmo cardíaco irregular, confusão mental, dormência nas extremidades e respiração cansada. 126 DOSE DIÁRIA MÁXIMA - 2000 mg

Polypodium leucotomos: os extratos dos rizomas de polypodium são geralmente bem tolerados 127 É contraindicado na diabetes por induzir a hiperglicemia e em pacientes com úlcera duodenal. A composição de heterosídeos do rizoma pode interferir com o emprego simultâneo de heterosídeos cardiotônicos. Alguns pacientes relatam dor no estômago com o uso do fitoterápico. DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 750 mg (extrato seco)

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Possíveis efeitos colaterais Prunus africana: pode produzir ligeiras perturbações gástricas como diarreia, dor gástrica, náuseas, atribuídas aos taninos. Podem ocorrer efeitos no metabolismo de androgênio e estrogênio. 128 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 300 mg (extrato seco) Punica granatum extrato seco (romã): em doses elevadas podem ocasionar hepatotoxicidade (relacionada com o elevado conteúdo de tanino), provocando náuseas, reações de hipersensibilidade e vômitos. Pode interferir no controle da pressão arterial durante e após cirurgias. Também não é recomendado para pacientes com asma e atopia.129 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 1,5 g (extrato seco)

Pycnogenol®: foi bem tolerado em estudos clínicos, com apenas ocasionais queixas gastrointestinais, tonturas e cefaléia relatadas. 130, 131 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 300mg - (extrato seco)

Polifenóis/catequinas: raramente causa anemia, febre e desnutrição das células vermelhas. Esses efeitos diminuíram quando o tratamento foi interrompido.132, 133 DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

Paullinia cupana/guaraná: seus efeitos colaterais são inquietação, insônia, tremor e taquicardia. 134 DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

Passiflora incarnata (maracujá): em altas doses, pode causar reações adversas. A mais comum é torpor (entorpecimento/adormecimento), mas há relatos de reações alérgicas, náusea, vômito e taquicardia severos. 135 DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

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Possíveis efeitos colaterais Quercetina: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. Contra indicada para indivíduos com insuficiência renal.136 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 1 g Resveratrol: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

Rutina: o teste de toxidade aguda realizado em um estudo mostra que a rutina não apresentou efeitos deletérios.137 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 800 mg

Selênio/ selenometionina: a ingestão deste mineral em excesso promove fadiga muscular, contribui para colapso vascular periférico, congestão vascular interna, unhas fracas, queda de cabelo, dermatite, alteração do esmalte dos dentes e vômitos. Existem relatos de associação do uso de selênio em altas doses com a ocorrência de inflamações cutâneas, náuseas e fadiga.138 DOSE DIÁRIA MÁXIMA UL– 400 µg | ANVISA – 150 µg

Silício/Exsynutriment®: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 10 mg de silício elementar ou 1g de Exsynutriment®

Slendesta®: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. 139 DOSE DIÁRIA MÁXIMA*: 600 mg

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Possíveis efeitos colaterais Soja: ausência de efeitos tóxicos hepáticos e renais pelo uso crônico de isofavonas de soja nas quantidades e tempo do estudo. A soja é contraindicada para mulheres com histórico de câncer de mama e alterações tireoidianas.140, 141 Há receio de que o consumo de doses elevadas pode causar crescimento de tecido anormal no útero. DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida Rhodiola rosae: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. 142 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 700 mg (extrato seco) Taurina: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 2 g

L-teanina: a teanina possui efeitos redutores na pressão arterial, motivo pelo qual pode potencializar os efeitos de diversos medicamentos anti-hipertensivos. A teanina também pode reduzir o efeito de drogas que estimulam o SNC (Sistema Nervoso Central), como a dietilpropiona e fetermina. 143 DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

Tirosina: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 500 mg

Urucum: em excesso pode diminuir a pressão arterial, ser tóxico para o fígado e pâncreas e causar variações na taxa de glicose.144 DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

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Possíveis efeitos colaterais Vanádio: provoca frequentemente efeitos secundários indesejáveis incluindo desconforto abdominal, diarreia e náuseas. Pode ser neurotóxico, nefrotóxico, o excesso pode causar depressão do crescimento e do consumo alimentar e diarreia. Está relacionado a irritações locais nos olhos e no trato respiratório superior. O pó de vanádio está associado a renite, asma, hemorragia nasal, conjuntivite e tosse. Não deve ser utilizado vanádio em casos de insuficiência renal grave ou pacientes em tratamento de hemodiálise. 145 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* – 1,8 mg

Vitamina A: altas doses na forma aguda podem causar náuseas, vômitos, alterações mentais e dor de cabeça. Já no uso crônico, afeta o Sistema Nervoso Central, causando dor de cabeça, náusea, ataxia, anorexia, hepatomegalia, hiperlipidemia, dores articulares, espessamento dos ossos longos, hipercalcemia, calcificação de tecidos moles, secura excessiva, escamação e rachaduras, descamação e alopecia. Não deve ser associada a isotretinoína (Roacutam®). 146 DOSE DIÁRIA MÁXIMA - UL - 3000 µg | ANVISA – 3000 µg

Vitamina B2 (Riboflavina): não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. 147 Quando consumida em doses elevadas pode deixar a urina mais escura e provocar diarreia. DOSE DIÁRIA MÁXIMA UL – Não disponível

Vitamina B3 (Niacina): seu excesso pode causar rubor intenso, prurido, manifestações cutâneas diversas, gota, úlceras, redução da tolerância à glicose, náuseas e vômitos.146 DOSE DIÁRIA MÁXIMA UL – 25 mg |

ANVISA – 500 mg

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Possíveis efeitos colaterais Vitamina B6 (Piridoxina): não há nenhuma toxicidade associada com vitamina B6. Entretanto, quando ingerida em altas doses, tem sido associada a efeitos que incluem formigamento de mãos e pés, redução da coordenação muscular e dificuldade de caminhar. Alguns estudos revelam que, em doses elevadas, a vitamina B6 pode causar sonolência, distúrbios neurológicos e entorpecimento. A piridoxina deve ser evitada em pacientes parkinsonianos em tratamento com levodopa pura.148, 149 DOSE DIÁRIA MÁXIMA UL – 100 mg | ANVISA- 200 mg

Vitamina C: doses superiores a 1.000 miligramas por dia podem causar diarreia e alterações do ciclo menstrual. Além do que alta dose de vitamina C podem afetar a biodisponibilidade de vitamina B12.

150

Pessoas com litíase

renal devem evitar os suplementos de vitamina C, pois ela pode ser convertida em oxalato e aumentar oxalato urinário.151, 152 DOSE DIÁRIA MÁXIMA UL – 2000 mg | ANVISA- 100 µg

Vitamina D: ingerida em excesso pode elevar o nível sérico de cálcio além de causar lesão renal por depósito de cálcio, aumento da diurese e polidipsia. Sua ingestão excessiva pode causar fraqueza, náusea, perda de apetite, dor de cabeça, dores abdominais, diarreias e cãibras.153 Hipercalemia foi observada em indivíduos com consumo diário de doses superiores a 50.000UI/dia. Adicionalmente, a ingestão prolongada de altas doses (50.000 UI/dia a 20.000 UI/dia) pode causar calcificação de tecidos moles como os rins, vasos sanguíneos, coração e pulmões. DOSE DIÁRIA MÁXIMA ANVISA – 2,5 mg

Vitamina E/ alfa acetato de tocoferol: quando ingerida em excesso, pode, eventualmente, competir na absorção e reduzir a disponibilidade das outras vitaminas lipossolúveis, além do ferro dos alimentos, e, assim, colaborar para o desencadeamento de anemias. O consumo deve ser suspenso antes de um procedimento cirúrgico e deve-se ter critério ao associar com medicamentos anticoagulantes.154 DOSE DIÁRIA MÁXIMA UL – 1000 mg | ANVISA – 1200 UI

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Possíveis efeitos colaterais Whey Protein: não há evidências de efeitos colaterais descritos na literatura. Porém, sabe-se que a ingestão excessiva de proteína e aminoácidos, através dos alimentos ou suplementos proteicos, tem demonstrado efeitos danosos à saúde. Proteínas em níveis acima de 15% das calorias totais pode levar à cetose, gota e sobrecarga renal, aumentar gordura corporal, desidratação, promover balanço negativo de cálcio e induzir perda de massa óssea. 155 Pessoas que são alérgicas aos produtos lácteos poderiam reagir a proteína de soro e devem, portanto, evitá-lo.156 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 40 g (deve ser contabilizada no teor protéico diário da dieta) Ioimbina: pode ocorrer aumento de pressão arterial, tontura, taquicardia, tremores, aumento da sudorese, alteração do sono, cefaleia, irritabilidade, nervosismo, depressão, alteração de paladar, náuseas, boca seca, pirose, epigastralgia, dores abdominais, diarreia, obstipação, aumento ou diminuição da fome ou compulsão por doces, cansaço, prurido e alterações em relação à diurese.157 DOSE DIÁRIA MÁXIMA* - 12 mg

Zinco: altas doses podem causar náuseas, vômitos, dores abdominais e diarreia. Em excesso também pode levar a anemia, febre e distúrbios do SNC em pacientes renais em hemodiálise. 158 Ingestão superior a 300 mg por dia tem sido relatada como prejudicial na função imunológica.

Cunningham e colaboradores demonstraram que a

suplementação de 50mg/dia de zinco, durante 28 dias, para indivíduos diabéticos e um grupo controle levou a aumento significativo da Hemoglobina Glicada, o que sugere que altas doses desse mineral podem ter efeitos prejudiciais no diabetes. Doses diárias acima de 15 mg deve-se suplementar cobre.159 DOSE DIÁRIA MÁXIMA UL – 40 mg | ANVISA – 30 mg

Zingiber officinalis/gengibre: nenhum efeito tóxico foi reportado. DOSE DIÁRIA MÁXIMA - Não estabelecida

* Não há recomendação diária preconizada na DRI ou ANVISA. Dose usual descrita em publicações científicas.

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Possíveis efeitos colaterais

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SIDES

EFECTS.

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100

6 - FONTES ALIMENTARES

101

Fontes alimentares Tabela 6.1 Fontes alimentares de nutrientes e compostos bioativos

Nutrientes / Compostos Bioativos

Fontes Alimentares

Ácido elágico

Amora, cereja, morango.

Ácido fólico/folato

Fígado, lentilha, tomate, cogumelo, ervilha, brócolis, espinafre, feijão, carne bovina magra, folhas verde-escuras como brócolis, espinafre e aspargo.

Ácido pantotênico (vitamina B5)

Antocianinas (Mirtilo/Vaccinium myrtillus) Arginina Betacaroteno Beta-glucan

Bioflavonóides cítricos Boro Cacau (Theobeoma cacao) Cafeína Cálcio Capsiate TG®/capsaiscina Carotenóides

Semente de girassol, cogumelos, salmão, fígado de galinha, farinha de soja, gema de ovo, rim, fígado, leveduras, brócolis, carne bovina magra, leite desnatado, batata doce e melaço. Cerejas, uvas, uvas vermelhas, morangos, chá e peles de frutas com pigmentos escuros. Chocolate, semente de girassol, amendoim, gelatina, café e linhaça. Abóbora, mamão, melão, pêssego, damasco, cenoura e pimentão. Frutas, verduras, aveia, cevada, leguminosas (feijão, lentilha, soja, grão de bico). Frutas cítricas, frutas vermelhas, cebola, (particularmente cebola vermelha), chá (chá especialmente branco e verde), vinho tinto e chocolate amargo. Água, frutas, legumes, castanhas, grãos e cereais. Achocolatado, chocolate. Café, chá, chocolate, refrigerantes de guaraná ou de cola. Leite, queijo, iogurte, agrião, alface, aveia, salsa salsão, beterraba, gergelim, batata doce, brócolis, cebola, couve e espinafre. Pimenta vermelha e malagueta. Cenoura, batata-doce, abóbora, damasco, melão, mamão papaia, manga, carambola, nectarina, pêssego, espinafre, brócolis, endívia, couve, chicória, escarola e agrião.

Catequinas

Catequinas do chá verde, cacau e vinho.

Cistina

Alho, cebola, brócolis, couve de bruxelas, aveia e gérmen de trigo.

Cobre

Fígado, ostra, cereais integrais, rim, chocolate, noz, leguminosas secas, frutas secas e aves.

102

Fontes alimentares Tabela 6.1 Fontes almentares de nutrientes e compostos bioativos (continuação) Nutrientes / Compostos Bioativos

Fontes Alimentares

Coenzima Q10

Farelo de arroz, gérmen de trigo, soja, semente de gergelim, algas, oleaginosas, brócolis, repolho, espinafre, rabanete, couve-flor e peixes (sardinha).

Colágeno hidrolisado

Gelatina, ossos de animais (ex.: rabada).

Crisina

Maracujá.

Cromo

Brócolis, feijão verde, batata, suco de laranja, carne vermelha, peito de peru, banana e maçã.

Curcumina—Curcuminoide

Cúrcuma, açafrão, pimenta do reino.

Extrato de uva (Vitis vinífera)

Uva, vinho, uva passas e vinagre.

Faseolamina (Phaseolus vulgaris)

Feijão branco.

Ferro

Marisco, ostra, fígado, semente de abóbora, fígado, tofu, pistache e melado.

Fosfatidilserina

Soja, coração, fígado, sardinha, atum e feijão branco.

Frutooligossacarídeos / Inulina

Alcachofra, soja, alho, alho poró, aspargo, chicória, cebola, bardana e banana, e a biomassa de banana verde.

Genisteína

Soja.

Gingerol

Gengibre.

Ilex paraguariensis / Pholia magra®

Erva mate e chá mate.

Indol-3-carbinol

Todas as crucíferas: Brócolis, couve-flor, couve manteiga, couve de bruxelas e repolho.

Iodo

Moluscos, lagosta, ostra, sardinha, outros peixes de água salgada e água.

Isoflavonas / Extrato de soja

Farinha de soja, grão de soja, tofu, broto de alfafa, sementes de linhaça, grão-de-bico, lentilha e feijão branco.

103

Fontes alimentares Tabela 6.1 Fontes almentares de nutrientes e compostos bioativos (continuação) Nutrientes / Compostos Bioativos

Fontes Alimentares

L-glicina

Peixes, carnes, feijão e lacticínios.

Lactobacillus casei

Iogurte, probióticos e coalhada.

L-cisteína

Alimentos com pigmentos vermelhos, alho, cebola, brócolis, couve, aveia e gérmen de trigo.

Licopeno

Tomate, goiaba, melancia, beterraba e pimentão.

L-lisina

Carne vermelha, de porco e frango, queijo, determinados peixes (bacalhau e sardinha), nozes, ovos, tofu, proteína isolada de soja desengordurada e farinha de soja.

L-prolina

Carnes, principalmente carne vermelha e gelatina.

L-tirosina

Peixes, carnes magras, aves sem pele, ovos, leguminosas, nozes e castanhas, leite e iogurte desnatados, queijos magros e tofu.

Luteína

Repolho, agrião, espinafre, couve-flor, ervilha e brócolis.

Magnésio

Folhosos, legumes, produtos marinhos, noz, cereais e derivados do leite

MSM (metil-sulfonil-metano)

Carnes, leite e derivados, ovos, peixes, alho, amêndoas, aveia, arroz, couve, castanha, feijão, lentilha e trigo.

Ômega 3

Peixes gordos (salmão, sardinha, atum) e óleo de linhaça.

Paulínea cupana

Guaraná.

Polifenóis / catequinas

Cebola, maçã, chá, vinho tinto, uvas vermelhas, suco de uva, morango e noz.

Potássio

Quercetina

Alimentos não processados como frutas (banana, frutas secas, laranja), vegetais (espinafre, brócolis, tomate) e carnes frescas. Frutas cítricas, maçã, cebolas (principalmente a roxa), chá, feijão marrom, brócolis preferencialmente crus e vinho tinto.

Resveratrol

Vinho, casca de uva, vinho tinto, maçã e casca de frutas vermelhas.

Rutina

Chás, cebola, maçã, tomate e feijão vermelho, pimentão, frutas cítricas, amora, casca de uva e vinho tinto.

Selênio / Selenometionina

Castanha de caju, castanha do Brasil, cogumelos, alfafa, frutos do mar, fígado, cereais e pão integral.

Silício

Aveia, milho, arroz, cevada, trigo, frango, miúdos do frango (coração e moela), vegetais, algas, frutos do mar e cogumelos.

104

Fontes alimentares Tabela 6.1 Fontes alimentares de nutrientes e compostos bioativos (continuação) Nutrientes / Compostos Bioativos

Fontes Alimentares

L-taurina

Carnes e produtos animais.

L-theanina

Chás.

Tirosol

Azeite de oliva.

L-triptofano

Carnes magras, peixes, leite e iogurte desnatados, queijos brancos e magros, nozes e leguminosas.

Vanádio

Frutas e legumes, peixes, crustáceos e nozes.

Vitamina A (retinol)

Fígado, gema de ovos, leite integral, queijos, manteiga, abóbora, manga, cenoura, mamão, pimentão, couve, agrião e espinafre.

Vitamina B2 (riboflavina)

Abacate, amendoim, nozes, castanhas, levedo de Cerveja, soja, brócolis, espinafre, leite e carnes.

Vitamina B6 (piridoxina)

Fígado, banana, salmão, frango, carne vermelha, batata e ameixa.

Vitamina C (Palmitato de ascorbila)

Laranja, acerola, kiwi, goiaba, mamão, salsinha e pimentão verde.

Vitamina D Vitamina E (tocoferol), alfa acetato de tocoferol

Óleo de fígado de peixe, peixes gordurosos (salmão, bagre, sardinha, atum, cavalinha), leite e derivados, cogumelos e ovos. Óleo de germe de trigo, óleo de girassol, sementes, amêndoa, amendoim, gema de ovo, espinafre e grão de soja.

Zeaxantina

Gema de ovo, milho e pimentão amarelo.

Zinco

Carnes, ovos, nozes, leite, frutas secas e cereais integrais.

105

7 - ACNE

106

Acne

A

cne é uma doença de pele, multifatorial, que se manifesta por quadro inflamatório das unidades pilos sebáceas (pelos e glândulas de gordura) em algumas áreas do corpo como, rosto, peito e costas. A fisiopato-

logia da acne abrange quatro principais fatores: produção excessiva de sebo pelas glândulas sebáceas, hiperqueratinização folicular, colonização bacteriana do folículo e liberação dos mediadores de inflamação no folículo e na derme adjacente, sendo que todos estes fatores encontram-se bastante inter-relacionados. Existem três tipos de classificação para a acne: o comedonal (presença de comedão aberto e ou fechado), o papilopustular (presença de pápulas e ou pústulas) e o nodular (presença de nódulos). Cada tipo resulta de um processo de fisiopatologia multifatorial na unidade pilo-sebácea: produção de sebo, hiperqueratinização folicular, proliferação e colonização por Propionibacterium acnes bem como liberação de mediadores inflamatórios. A dieta pode colaborar para redução da atividade das glândulas sebáceas, redução do estresse oxidativo, reposição de nutrientes cuja patologia gera deficiência como zinco e vitamina A, bem como modular a resposta inflamatória. A ingestão de alimentos com propriedades anti-inflamatórias, que melhoram a permeabilidade intestinal, o controle dos níveis de micronutrientes como o zinco, selênio, cobre, vitamina A, entre outros, poderá contribuir de forma positiva para amenizar os sintomas da acne.

107

Acne

108

Acne

Mix de Fibras

Ingredientes 6 colheres (sopa) de farelo de arroz 1 colher (sopa) de semente de abóbora moída 3 colheres (sopa) de semente de linhaça marrom inteira 3 colheres (sopa) de cacau em pó 2 colheres (sopa) de farinha de semente de uva

Modo de fazer Misturar todos os ingredientes, acondicionar em vasilhame com tampa na geladeira

Sugestão de Consumo Usar 1 colher (sopa) ao dia sobre uma fruta picada ou adicionado a um suco.

Rendimento: 13 porções

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 20g/ 1 colher de sopa) KCAL

CARBOIDRATO (g)

PROTEÍNA (g)

LIPÍDIO (g)

FIBRAS (g)

117,2

15,43

2,97

3,3

1,37

109

Acne

110

Acne

Coquetel Antiacne

Ingredientes 2 fatias finas de abacaxi ½ unidade de pepino médio ½ maçã sem semente

Modo de fazer 1.

Higienizar frutas e vegetais, em seguida lavar em água corrente

2.

Cortar o abacaxi, retirando a casca, fatiar finas rodelas e reservar

3.

Cortar o pepino ao meio e reservar

4.

Cortar a metade de maçã, retirar a semente e reservar

5.

Juntar todos os ingredientes com o mínimo de água possível e bater aproximadamente por 3 minutos em liquidificador, mix ou centrífuga

6.

Beber imediatamente após o preparo.

Obs.: Este coquetel estimula a produção das secreções digestivas e é uma excelente fonte de antioxidante!

Rendimento: 1 porção

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 200ml /1 copo) KCAL

CARBOIDRATO (g)

PROTEÍNA (g)

LIPÍDIO (g)

FIBRAS (g)

98,3

21,6

1,4

0,7

3,7

111

Acne

112

Acne

Suco Antiacne Ingredientes 1 folha grande de couve 3 unidades de maçã verde 1 rodela fina de laranja lima 150 ml água de coco

Modo de fazer 1.

Lavar bem os vegetais e frutas em solução sanitizante

2.

Enxaguar em água corrente

3.

Liquidificar as maçãs e a couve com água de coco

4.

Enfeite o copo com a rodela de laranja lima

5.

Consumir imediatamente

Rendimento: 2 porções

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 200ml / 1 copo) KCAL 114,9

CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) 26,83

0,76

LIPÍDIO (g)

FIBRAS (g)

0,5

0,56

113

Acne

FORMULAÇÕES

Acne 1 Componentes da fórmula Zinco quelado — 20 mg Selênio quelado — 50 µg Vitamina E — 50 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose 2 vezes ao dia.

114

Acne

Acne 2 Componentes da fórmula Magnésio glicina—120 mg Vitamina C — 200 mg Alfa-tocoferol— 50 UI Seleniometionina — 50 µg

Acne Zinco quelado —10 mg Vitamina A — 1000 µg Resveratrol— 20 mg Cobre quelado — 1 mg Vitamina B6 — 10 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose 2 vezes ao dia longe das refeições.

Acne inflamatória (pápulas e pústulas) 3 Componentes da fórmula Zinco quelado —20 mg Vitamina C —200 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose ao dia longe das refeições com ferro.

115

Acne

Acne 4 Componentes da fórmula Alfa-tocoferol — 50 mg Vitamina A — 2000 UI Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose ao dia.

Acne 5 Componentes da fórmula Zinco quelado — 15 mg Piridoxina — 20 mg Riboflavina — 10 mg Selênio quelado — 50 µg Vitamina A — 1000 µg Vitamina E — 50 mg Vitamina C — 200 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose ao dia.

116

Acne

Acne por resistência insulínica Componentes da fórmula Cromo quelado — 100 µg Cobre quelado—1 mg Inositol—200 mg Ácido fólico—400 µg Biotina—1 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 vez ao dia 1 hora antes do almoço.

Erupções Acneicas no período pré-menstrual I Componentes da fórmula Piridoxina — 10 mg Zinco — 15 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose 2 vezes ao dia do 14º ao 28º dia do ciclo menstrual.

117

Acne

Acne por excesso de testosterona Componentes da fórmula Prunus Africana — 100 mg Extrato de soja (40% de Isoflavona) — 100 mg Camellia sinensis — 200 mg Cobre — 1 mg Zinco — 10 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose uma vez ao dia.

Acne 9 Componentes da fórmula Ômega 3—1 a 3 g (totalizando 1g de EPA e DHA) Cápsula gelatinosa mole qsp Aviar X doses em cápsulas

Posologia Tomar 2 doses ao dia junto com as refeições Obs: esta fórmula pode ser associada a qualquer outra fórmula para acne.

118

Acne

Acne aguda Componentes da fórmula Ácido fólico — 400 µg Zinco quelado — 15 mg Piridoxina — 20 mg Riboflavina — 10 mg Selênio quelado — 50 µg Vitamina A — 1000 µg Vitamina E — 50 mg Vitamina C — 200 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose ao dia.

119

Acne

Fundamentação Teórica

Magnésio: a deficiencia de magnesio aumenta a produção de IL-1 e IL-6, que estão envolvidas com a produção de proteínas de fase aguda na inflamação.1 Selênio : indivíduos com acne têm menores níveis sanguíneos de selênio. O selênio, em estudos-piloto, apresentou ser efetivo no tratamento de pústulas devido à redução do processo inflamatório. Indivíduos nos quais os níveis sanguíneos de peroxidase de glutationa (enzima selênio-dependente) estavam baixos, com a suplementação de selênio, aumentou e melhorou o aspecto da acne.. 2 Zinco : indivíduos com acne possuem níveis reduzidos de zinco sérico. O mineral inibe a 5 alfa redutase, enzima que converte a testosterona em dihidrotestosterona, contribuindo, assim, para redução da produção de sebo, além de ser anti-inflamatório (produção de citocinas anti-inflamatórias) e antimicrobiano (inibição de folfolipase de Propinianum bacterium acnes)3,4 Vitamina C e E: em indivíduos com acne pápulo pustulosa há aumento do estresse oxidativo e o aporte antioxidante está reduzido. Por isso a importância do consumo de antioxidantes como vitaminas C e E. A vitamina E também pode contribuir na modulação da inflamação. 5,6 Cobre: possui ação antibiótica local, estimula os processos de defesa orgânicos e aumenta a resistência às infecções virais e microbianas 7 Vitamina B6: diminui erupções acneicas do período pré-menstrual.8 Vitamina A: os pacientes com acne revelam níveis inferiores de vitamina A e zinco e estes eram menores ainda nos que apresentavam acne grave. A vitamina A reduz a queratinização ductal folicular e promove o controle da secreção sebácea. 9 Ômega 3: apresenta propriedade anti-inflamatória e pode auxiliar no tratamento da acne. 10, 11. Resveratrol: anti-inflamatório e, pela presença dehydroxystilbeno, é capaz de inibir o crescimento Propinianum bacterium acnes. 12 Extrato de Soja: rico em isoflavonas, parece aumentar a produção de estrógenos que por sua vez reduz a atividade das glândulas sebáceas. 13

120

Acne

Ácido fólico: a deficiência de ácido fólico pode desencadear erupções acneicas.14 Riboflavina: apresenta papel importante em suas funções coenzimáticas no metabolismo de macronutrientes, em especial de carboidratos. Sob a forma de flavina-adenina-dinucleotídeo (FAD), atua nos processo de transferência de hidrogênio e no metabolismo de ácidos graxos e aminoácidos. 15 Cromo: a ligação da insulina ao seu receptor ativa cromodulina, que melhora os receptores. A alteração dos receptores insulínicos pode levar à hiperinsulinemia e esta, por sua vez, contribui para o desencadeamento da acne. 16 Ácido pantotênico: interage no metabolismo dos ácidos graxos, hormônios sexuais e adrenocorticais. A sua deficiência pode causar um desequilíbrio no metabolismo dos ácidos graxos, levando ao surgimento da acne. 17 Prunus africana (Pigeum): camellia sinensis, zinco, cobre e estrato de soja são fitoterápicos antiandrogênicos por inibirem a 5 alfa redutase. Os hormônios androgênicos são importantes desencadeadores da acne por estimularem a produção sebácea e a divisão celular glândulas sebáceas. Quando a causa da acne possui relação com hiperandrogenismo, fitoterápicos antiandrogênicos, como Prunus africana, pode reduzir a produção sebácea. 18

121

Acne

REFERÊNCIAS 1. AMORIM, A. G.; TIRAPEGUI, J. Aspectos atuais da relação entre exercício físico, estresse oxidativo e magnésio. Revista de Nutrição, Campinas, v. 21, n. 5, p. 563-575, set./out., 2008. 2. KATZMAN, M.; LOGAN, A.C. Acne vulgaris: nutritional factors may be influencing psychological sequelae. Elsevier, v. 69, p. 1080-1084, 2007. 3. FILGUEIRA, A. L.; FILGUEIRA, M. V. F. S. L. Avaliação do zinco sérico em portadores de acne. An. bras. dermatol., v. 59, n. 6, p. 267-270, 1984. 4. VOWELS, BR.;YANG,S.; LEYDEN,J.J.Induction ofproinflammatory cytokines by soluble factor of Propionibacterium acnes implications for chronic inflammatory acne. Infect immune, v. 63, p. 3158-65, 1995. 5. CUZZIet al.,Vitamin C. Continuing Medical Education. An.Bras Dermatologia, 2003 6. RILEY, P. A. Free radicals in biology: oxidative stress and the effects of onizing radiation. Internacional Journal of Radiation Biology, London, v.65, n.1, p. 27-33, 1994 7. KELLEY D. S., DAUDU P. A., TAYLOR, P. C. ; MACKEY B.E.; TURNLUND JR. Effects of low-copper diets on human immune response. American Journal of Clinical Nutrition, v. 62, p. 412-416, 1995. 8. DAL BOSCO, S. Nutrição da Mulher: Uma abordagem Nutricional da Saúde à Doença. Editora Metha, 2010. 9. COSTA A., LAGE D., MOISÉS T. A. Acne e dieta: verdade ou mito? An Bras Dermatol.; v. 85, n. 3, p. 346-53, 2010. 10. KREMER J. M. n-3 Fatty acid supplements in rheumatoid arthritis. Am J Clin Nutr v.71, p. 349–351, 2000. 11. James MJ, Proudman SM, Cleland LG. Dietary n-3 fats as adjunctive therapy in a prototypic inflammatory disease: issues and obstacles for use in rheumatoid arthritis. Prostaglandins Leukot Essent Fatty Acids., v.68, n.6, p. 399-405, 2003 12. JOHN J. DOCHERTY; HEATHER A. MCEWEN; THOMAS J. SWEET; ERIN BAILEY AND TRISTAN D. BOOTH. Resveratrol inhibition of Propionibacterium acnes. J. Antimicrob. ChemotherapyChemother. v. 59, n.6, p. 11821184, 2007.

122

Acne 13. SÜDEL, K.M.; VENZKE, K.; MIELKE, H.; et al. Novel aspects of intrinsic and extrinsic aging of human skin: beneficial effects of soy extract. Photochem Photobiol; v. 81, n.3, p. 581-7, 2005. 14. THYS-JACOBS, S. Micronutrient supplement combination for acne treatment and prevention. United States Application. Larchmont, NY(US), set./2005. 15. VANNUCCHI, H. CHIARELLO, P. G. Vitamina B2 (riboflavina). In: COZZOLINO, S. M. F. In: Biodisponibilidade de Nutrientes. São Paulo: Manole, 2007. 16. GOMES, M. R.; ROGERO, M.M.; TIRAPEGUI, J. Considerações sobre cromo, insulina e exercício físico. Rev. Bras. Med. Esporte, v. 11, n. 5, set/out, 2005. 17. MORESCHI, E. C. P.; ALMEIDA-MURANDIAN, L. B. Comparação de métodos de análise para o ácido pantotênico em alimentos. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas. v. 43, n. 2, abr./jun., 2007. 18. WALTON S, WYATT E, CUNLIFFFE WJ. Genetic control of sebum excretion and acne. A twin study. Br J Dermatol., v. 118, n.3, p. 393-396, 1998.

123

8 - ANSIEDADE

124

Ansiedade

A

redução da ansiedade contribui indiretamente para o emagrecimento, já que uma das causas mais comuns na prática clínica são pessoas que aumentar o consumo alimentar por ansiedade. Caso a ansiedade

esteja presente no comportamento alimentar e não for identificada e tratada, há significativa chance do paciente não aderir ao plano alimentar. A partir disso, torna-se importante sugerir receitas, nutrientes e fitoterápicos envolvidos na redução da ansiedade, os quais visam estimular a formação de neurotransmissores como a serotonina, uma das responsáveis pela sensação de prazer e relevante no controle da ingestão alimentar.

125

Ansiedade

126

Ansiedade

Creme de maracujá

Ingredientes 2 xícaras (chá) de gelatina de maracujá 2 xícaras (chá) de água quente ½ xícara (chá) de suco de maracujá 2 xícaras (chá) de leite desnatado 1 xícara (chá) de leite condensado 1 xícara (chá) de creme de leite sem soro

Modo de fazer 1.

Dissolver a gelatina com a água quente

2.

Misturar todos os ingredientes no liquidificador, bater bem até misturar tudo

3.

Colocar em uma travessa para gelar

Rendimento: 10 porções

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 120ml / ½ copo ) KCAL

CARBOIDRATO (g)

PROTEÍNA (g)

LIPÍDIO (g)

FIBRAS (g)

247,96

37,72

5,91

8,16

0

127

Ansiedade

128

Ansiedade

Suco antiansiedade Ingredientes 1 couve média (sem talo) 1 colher (sobremesa) de mel 1 colher (sopa) de gérmen de trigo Maracujá (polpa) Água o quanto baste

Modo de fazer 1.

Lavar bem a couve e tirar os talos

2.

Peneirar a polpa do maracujá, de modo que só fique o suco, sem as sementes

3.

Colocar tudo no liquidificador e bater bem.

4.

Acrescentar a água até ficar na consistência de suco

Rendimento: 2 porções

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 100ml/ 1 copo) KCAL 44,85

CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) 8,15

1,6

LIPÍDIO (g)

FIBRAS (g)

0,65

1,1

129

Ansiedade

130

Ansiedade

Maionese de maracujá

Ingredientes 150 g de maionese light 2 colheres (sopa) de açúcar Maracujá (polpa) 80 ml de suco de maracujá concentrado 150 g de nata

Modo de fazer 1.

Misturar bem todos os ingredientes

2.

Mexer bem a polpa para soltar as sementes

Rendimento: 20 porções

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 20g/ 1 colher de sopa) KCAL 48,47

CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) 2,36

0,23

LIPÍDIO (g)

FIBRAS (g)

4,2

0,03

131

Ansiedade

FORMULAÇÕES

Ansiedade 1 Componentes da fórmula L-triptofano — 500 mg Vitamina B6 — 20 mg Vitamina B3 — 10 mg Griffonia simplicifolia — 50 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose à noite ou no final da tarde.

132

Ansiedade

Ansiedade 2 Componentes da fórmula Vitamina B6 — 20 mg Vitamina B3 — 10 mg Vitamina B5 — 10 mg Ácido fólico — 400 µg L-triptofano — 500 mg Aviar X doses em cápsulas.

Posologia Consumir 1 dose ao dia.

Ansiedade 3 Tintura Componentes da fórmula Maracujá (Passiflora incarnata) — 50% Melissa oficinalis — 50% Frasco 60 ml

Posologia Gotejar 30 gotas em um copo com água e beber diariamente pela manhã e/ou a noite.

133

Ansiedade

Ansiedade 4 Componentes da fórmula L-theanina — 100mg Taurina — 200 mg Rhodiola rosea — 340 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose ao dia pela manhã.

134

Ansiedade

Fundamentação Teórica

Triptofano: o L- triptofano é precursor da serotonina e a sua deficiência se relaciona com depressão e agressividade. A serotonina é um importante neurotransmissor para redução da ansiedade. 1,2 Vitaminas B6 e B3: atuam como coenzimas na produção dos neurotransmissores monoamina, sendo também necessárias para a conversão do triptofano em serotonina. Ao invés de produzir serotonina na ausência dos cofatores como vitamina B6 e B3, pode ocorrer produção de 5 hidroxitriptamina ao invés de 5 hidroxitriptofano. 3, 4. Complexo B: ácido fólico é um micronutriente que pode aumentar a eficácia de antidepressivos devido a sua capacidade de doação de grupamentos metila para os neurotransmissores, especialmente, a serotonina. Vitamina B6 e B12, juntamente com o ácido fólico, podem reduzir os níveis de homocisteína, que correlaciona-se com a redução da síntese de neurotransmissores. 5, 6, 7 Griffonia simplicifolia: fitoterápico com mais de 90% de 5 hidroxitriptofano (5 HTP). É uma alternativa para prescrição já que a prescrição de 5 hidroxitriptofano é vedada ao profissional nutricionista. O uso oral do fitoterápico promove redução significante da vontade de ingerir carboidrato e gordura juntamente com diminuição do peso, já que o 5-HTP aumenta a síntese de serotonina cerebral. 8, 9 Maracujá (Passiflora incarnata): o extrato de passiflora é eficaz no controle de desordem de ansiedade generalizada e baixa incidência de incapacidade no desempenho do trabalho. 10, 11 Rhodiola Rosea: suas propriedades adaptogênicas, ajudam a aumentar a tolerância aos vários tipos de estresse (mental, físico, ambiental). A Rhodiola Rosea mostrou contribuir para regular a resposta hormonal do organismo ao estresse, não só pela atuação nas glândulas suprarrenais, mas também no hipotálamo. Além disto, tem um efeito protetor dos neurotransmissores serotonina e dopamina, aumentando a sua atividade, por inibição da sua destruição enzimática e prevenindo a sua diminuição, causada pela excessiva liberação dos hormônios do estresse. No que se diz respeito aos níveis de serotonina, vários estudos demonstram que, através do fitoterápico, pode ocorrer aumento de cerca de 30% do neurotransmissor. Esta planta aumenta ainda o transporte dos precursores da serotonina (triptofano e 5-hidroxitriptofano) no cérebro. Apresenta habilidade em otimizar os níveis de serotonina e dopamina, devido à inibição da MAO (Enzima Monoamina Oxidase), além de promover influência sobre os peptídeos opióides como as beta-endorfinas. 12, 13, 14

135

Ansiedade

L-theanina: segundo estudo em ratos, theanina antagoniza os efeitos estimulantes da cafeína no SNC. Segundo outro estudo, theanina aumenta a atividade das ondas cerebrais alfa, um sinal de relaxamento induzido favorecendo liberação de dopamina e serotonina. 15, 16. Melissa oficinalis: extremamente usada como adstringente, calmante e refrescante. Ajuda a relaxar, combatendo a ansiedade, insônia e agitação. Melissa apresenta várias propriedades medicinais: é calmante, sedativa, digestiva, age contra a insônia, enxaqueca, tensão nervosa e ansiedade. 17 L-taurina: é um dos aminoácidos não-essenciais mais abundantes, principalmente no SNC. Age com a glicina e o ácido gama-aminobutírico (GABA) como um neurotransmissor inibidor, além de atuar como emulsionante dos lipídios, no intestino delgado, promovendo a sua absorção intestinal. Previne o estresse oxidativo e produz efeito ansiolítico. 18

136

Ansiedade

REFERÊNCIAS

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Ansiedade

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9- ENVELHECIMENTO CUTÂNEO

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Envelhecimento Cutâneo

O

envelhecimento cutâneo representa apenas uma parte do processo de envelhecimento e atualmente, muitas pessoas se preocupam com a pele e buscam intervenções que ajudem a melhorar a aparência, re-

vertendo ou prevenindo os sinais do envelhecimento. Este é um processo biológico complexo que afeta várias camadas da pele especialmente na derme. A pele exerce importantes funções estéticas e sensoriais, sendo influenciada por diversos fatores, como: estilo de vida, hábitos alimentares, tabagismo, hipertensão, sedentarismo, fatores hormonais, estresse, exposição solar e envelhecimento intrínseco e extrínseco. Sua integridade é de grande importância psicológica, social e fisiológica. Entretanto, com o passar do tempo, inicia-se um paralelo com o decréscimo da síntese de colágeno e/ou aumento da atividade da enzima colagenase, entrando em evidência os primeiros sinais do envelhecimento. Os principais sinais são as rugas, hipercromias, pele seca, perda de luminosidade e ptose tissular. O colágeno, além de desempenhar seu papel na hidratação cutânea, possui uma importante função em nosso organismo, pois tem como função manter a elasticidade e estrutura da pele. Aliado ao colágeno, para evitar esse processo de depleção celular, compostos exógenos como enzimas, antioxidantes e compostos fenólicos reforçam a proteção natural pela limitação das reações oxidativas, já que com o tempo a pele perde certas defesas, dentre elas enzimas e vitaminas.

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Envelhecimento Cutâneo

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Envelhecimento Cutâneo

Batida antioxidante

Ingredientes 1 maçã pequena ½ cenoura pequena 1 xícara (chá) de leite de soja 1 colheres (sopa) rasa de gérmen de trigo 1 laranja (retirar o suco somente na hora de fazer a preparação) 2 colheres (sopa) de mel

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Envelhecimento Cutâneo

Modo de fazer 1.

Lavar bem a maçã em água corrente

2.

Retirar o miolo e as sementes, picar e reservar

3.

Raspar a casca da cenoura, lavar e picar

4.

Bater no liquidificador a maçã, a cenoura, o leite de soja e o gérmen de trigo

5.

Acrescentar o suco de laranja e o mel

6.

Bater por 3 minutos ou até obter uma mistura homogênea

7.

Servir gelado

8.

Consumir imediatamente após preparo

Rendimento: 3 porções

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 150ml/ 1 copo pequeno) KCAL 124

CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) 24,6

2,8

LIPÍDIO (g)

FIBRAS (g)

1,6

2,66

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Envelhecimento Cutâneo

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Envelhecimento Cutâneo

Suco Antioxidante Ingredientes ½ cenoura 1 kiwi médio 1 copo de água de coco de 240 ml 1 colher (sopa) de gelatina hidrolisada (colágeno) sem sabor

Modo de fazer 1.

Higienizar bem as frutas e vegetais em solução de hipoclorito

2.

Lavar bem a cenoura e o kiwi e reservar

3.

Adicionar água de coco

4.

Acrescentar 1 colher de sopa de colágeno hidrolisado sem sabor

5.

Bater todos os ingredientes no liquidificador

6.

Consumir imediatamente após o preparo

Dica: Experimente congelar a água de coco em forminhas de gelo, desta forma o se preserva o sabor dos nutrientes e deixa as preparações ainda mais geladas!

Rendimento: 2 porções

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 200ml/ 1 copo) KCAL

CARBOIDRATO (g)

PROTEÍNA (g)

LIPÍDIO (g)

FIBRAS (g)

67,7

14

1,9

0,4

2,1

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Envelhecimento Cutâneo

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Envelhecimento Cutâneo

Purê Antioxidante

Ingredientes 4 colheres (sopa) de abóbora cozida 3 folhas médias de couve manteiga 1 filé de frango pequeno 1 colher (sobremesa) de espinafre picado 1 colher (sopa) cheia de cream cheese 1 colher (sobremesa) cheia de azeite 1 dente de alho amassado 1 colher (chá) de gergelim

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Envelhecimento Cutâneo

Modo de fazer 1.

Cozinhar a abóbora no vapor e amassar na forma de purê e reservar

2.

Cortar a couve manteiga em tirinhas e refogar no azeite e alho e reservar

3.

Temperar o filé de frango com sal e pimenta

4.

Grelhar em chapa antiaderente

5.

Picar o frango em cubos e reservar

Montagem Dispor o purê de abóbora no fundo de um pequeno vasilhame de porção individual Acomodar os cubos de frango dentro do purê de abóbora Dispor uma camada de couve manteiga em tiras refogada sobre o frango em cubos Acrescentar uma colher de sopa de cream cheese Salpicar o espinafre picado e o gergelim para finalizar Gratinar por 15 minutos Servir quente

Rendimento: 4 porções

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 60g/ 3 colheres de sopa) KCAL

CARBOIDRATO (g)

PROTEÍNA (g)

LIPÍDIO (g)

FIBRAS (g)

79,8

3,9

6,36

4,29

1,05

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Envelhecimento Cutâneo

FORMULAÇÕES

Cápsula Rejuvenescedora Componentes da fórmula LingonMAX- ® — 150 mg Exsynutriment ® — 150 mg Zinco quelado— 15 mg Licopeno — 10 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose 1 vez ao dia em horário distante das refeições.

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Envelhecimento Cutâneo

Prevenção do Envelhecimento Cutâneo Componentes da fórmula Glycoxil® — 100 mg Exsynutriment ® — 100mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose 2 vezes ao dia longe das refeições.

Formulação estimulante da síntese de colágeno e antioxidante Componentes da fórmula Arginina — 500 mg Exsynutriment® — 150 mg Colágeno hidrolisado — 5 g Vitamina C — 200 mg Coenzima Q 10 — 50 mg Ácido alfa lipoico — 150 mg Vitamina D — 800 UI Aviar X doses em sachê

Posologia 1 dose ao dia antes de dormir. Misturar o conteúdo do sachê com água ou suco de frutas. Não usar em preparações quentes.

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Envelhecimento Cutâneo

Formulação estimulante da síntese de colágeno na mulher com hipoestrogenismo (menopausa )

Componentes da fórmula Arginina — 500 mg Exsynutriment ®— 150 mg Colágeno hidrolisado — 5 g Vitamina C — 200 mg Cobre quelado — 1 mg Zinco quelado — 8 mg Manganês — 2 mg Vitamina D — 800 UI Aviar X doses em base shake qsp

Posologia Consumir 1 dose ao dia antes de dormir. Misturar o conteúdo do sachê com água ou suco de frutas. Não usar preparações quentes.

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Prevenção de envelhecimento cutâneo na mulher com hipoestrogenismo (menopausa)

Componentes da fórmula Soja, extrato seco padronizado a 40% de isoflavona — 150 mg Laxtobacillus casei — 1 bilhão Resveratrol — 15 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose pela manhã.

Prevenção envelhecimento cutâneo/ Antiglicação Componentes da fórmula Glycoxil® — 100 mg Exsynutriment® — 100 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose duas vezes ao dia.

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Envelhecimento Cutâneo

Prevenção do envelhecimento cutâneo e Antioxidante Componentes da fórmula Glucosamina sulfato — 150 mg Zinco quelado — 14 mg Bioflavonoides cítricos — 50 mg Coenzima Q10 — 15 mg Extrato de camellia sinensis — 150 mg Betacaroteno — 10 mg Alfa acetado de tocoferol — 10 UI Extrato de vittis vinifera — 25 mg Selenometionina — 100 µg Picnogenol®— 20 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose ao dia.

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Envelhecimento Cutâneo

Formulação estimulante da síntese de colágeno e antioxidante Componentes da fórmula Arginina — 1 g Silício orgânico — 5 g Taurina — 200 mg Vitamina C — 200 mg Coenzima Q10 — 50 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose ao dia.

Antioxidante básico Componentes da fórmula Manganês quelado — 2 mg Selênio quelado — 50 µg Vitamina C — 100 mg Vitamina E — 20 mg Cobre quelado — 1 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 2 doses ao dia.

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Envelhecimento Cutâneo

Antioxidante potencializado Componentes da fórmula Ácido Alfa lipoico — 50 mg Cobre quelado — 1 mg Coenzima Q10 — 50 mg L-cisteína — 500 mg Manganês — 2 mg Pycnogenol®— 50 mg Selênio — 50 mg Vitamina C — 200 mg Vitamina E — 50 mg Zinco quelado — 30 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose ao dia.

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Envelhecimento Cutâneo

Eurol BT®Oliva (Olea Europaea) Componentes da fórmula Eurol BT®—15 ml Aroma de Morango —0,5 ml Base Xarope qsp — 30 g Aviar X doses de 0,5 ml

Posologia Consumir 1 dose ao dia.

Envelhecimento cutâneo completo Componentes da fórmula Palmitato de ascorbila — 50 mg Vitamina C revestida — 200 mg Vitamina E — 10 mg Vitamina D3 — 1000 UI Betacaroteno—10 mg Vitamina B2 — 5 mg Vitamina B3 — 20 mg Vitamina B5 — 30 mg Vitamina B6 — 10 mg Folato — 800 µg

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Envelhecimento Cutâneo

Envelhecimento cutâneo completo continuação Biotina — 300 µg Zinco quelado — 15 mg Selênio quelado — 50 µg Manganês quelado — 1 mg Boro quelado — 1 mg Cromo Quelado — 200 µg Coenzima Q10 — 30 mg Ácido alfa lipoico — 50 mg Camellia sinensis — 75 mg N-acetil-cisteína — 200 mg Quercetina — 50 mg Indol — 3carbinol — 100 mg Extrato de cassis (Active Cassis Extract 30®) Ribes nigrum L. — 200 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose ao dia fracionada em 3 vezes.

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Envelhecimento Cutâneo

Fundamentação Teórica Colágeno: com o passar do tempo, o colágeno vai tornando-se mais rígido, tendo um declínio anualmente. As fibras elásticas perdem força, associada a uma redução da água, que por sua vez diminui a adesão, migração e desenvolvimento celular. O consumo do colágeno hidrolisado promove melhora da elasticidade, hidratação e redução das rugas. 1, 2, 3 Silício/Exsynutriment®: uma forma estabilizada e concentrada de Silício Orgânico, atua no tecido conjuntivo, reestruturando as fibras de colágeno e elastina, resultando na reestruturação e firmeza da pele. Fazem parte da estrutura do colágeno e elastina, proteoglicanas e glicoproteínas. Com o envelhecimento, o teor de Silício no indivíduo diminui, portanto sua reposição é essencial para regeneração dos tecidos danificados, além de evitar alguns danos como: degradação da membrana celular, desidratação dos tecidos, aparecimento de rugas, envelhecimento precoce, processo lento de cicatrização, entre outros. É imprescindível na formação de hidroxiprolina, na estimulação da ornitina aminotransferase (enzima importante na formação de colágeno), na reparação e combate ao envelhecimento da pele.4 Zinco, Vitamina C: são importantes cofatores para síntese de colágeno. Derivados de vitamina C melhoraram e promoveram a síntese de colágeno tipo I em fibroblastos na pele. 5 Cobre: formação de tecido conjuntivo é dependente de cobre, a enzima lisil oxidase atua sobre as cadeias laterais da lisina e hidroxilisina do colágeno. 9 Ácido alfa lipoico: coenzima antioxidante combate os radicais livres e regenera os antioxidantes oxidados. Encontrado em todas as células do organismo, o ácido alfa lipoico é capaz de potencializar os efeitos antioxidantes de outras vitaminas, como o ácido ascórbico. É um antioxidante que protege as células e pode estimular o organismo a reciclar outros antioxidantes, como as vitaminas C e E. ⁶ Vitamina D: pode estar envolvida com a telomerase na prevenção do encurtamento de telômeros. Segundo um estudo em 2160 mulheres, entre os 18 e os 79 anos, as que tinham os níveis mais elevados de vitamina D eram as que tinham os telômeros mais longos, equivalendo a menos 5 anos de envelhecimento celular. Também observouse que a vitamina D modula o crescimento epidérmico, modula a queratinização e inflamação epidérmica. 7

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Envelhecimento Cutâneo Soja: a soja é rica em prolina e hidroxiprolina, aminoácidos presentes no colágeno da pele. Além disso, sabe-se que o hipoestrogenismo é uma importante contribuição para envelhecimento cutâneo, sendo que a soja possui propriedade fitohormonal. 8 Glycoxil®/carcinina: a carcinina reverte a glicação (ligação que forma as rugas) do colágeno mesmo quando já formada a ruga. As moléculas de glicose naturalmente presentes na pele aderem às fibras de colágeno e elastina. Estes açúcares criam pontes rígidas entre as fibras de colágeno e elastina chamadas de A.G.Es (Advanced Glycation and Products). Carcinina estabilizada apresenta propriedades antiglicação/glicoxidação, demonstradas em estudos in vitro, além de propriedades transglicantes. Esse, por sua vez, apresenta melhoras notáveis no processo de rejuvenescimento celular. As células, em seu cliclo de divisão, ao chegar ao fim, têm estabelecido o aspecto normal, prolongando o período de vida celular. 10 Indol 3 Carbinol: proveniente dos vegetais crucíferos. Este composto contém substâncias sulfuradas que são transformadas em glucosinolatos (composto encontrado nas plantas), que após sofrer metabolização liberam um amplo espectro de isocianato. A vantagem do uso do Indol 3 carbinol, sobre os outros produtos que possuem somente o isocianato proveniente do glucosinolato, deve-se ao alto nível de glucosinolato presente na substância.Sendo ele o precussor de isocianato, aumenta o espectro natural. Estimulam a atividade de enzimas da fase II (enzimas P450, responsáveis por processos de desintoxicação), alteram o metabolismo de estrogênios pelo desvio do sítio de hidroxilação e diminuem a metilação do DNA. 11 Resveratrol: além de importante antioxidante, possui atividade estrogênica e ativadoras das sirtuínas. Em humanos, sirtuínas foram implicadas nos benefícios saudáveis da restrição calórica, que é conhecida como extensor da expectativa de vida e as enzimas são ativadas quando são expostas ao resveratrol. 12 Arginina: aminoácido não essencial sintetizado pelo corpo, porém em quantidades pequenas. Precussora da prolina e hidroxiprolina e possui ação estimulante da secreção do GH (somatrofina), causando um efeito anabólico positivo. O IGF-I, decorrente do GH, umenta a expressão da cadeia pró-alfa 1 (I) e da pró-alfa 1 (III) do procolágeno em cultura de fibroblastos da derme. 13 Licopeno: a exposição solar é a principal causa do envelhecimento cutâneo extrínsico. Além do licopeno ser um importante antioxidante, promove fotoproteção por aumentar a resistência da pele quando exposta à radiação UVB. 14

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Envelhecimento Cutâneo Lingomax®: lingomax é um ativo nutricosmético Hvegetal obtido do extrato de lingoberry, padronizado em 35% de proantocianidinas, 10% de resveratrol e 10% de antocianinas, que promove a redução das rugas e manchas, ao mesmo tempo em que aumenta o clareamento, maciez, elasticidade e a hidratação de pele. Indicado para fotoenvelhecimento e hiperpigmentação cutânea. 15 Lactobacillus casei: estimula alfa-glucosidade intestinal, que aumenta a biodisponibilidade da isoflavona, por isto deve ser associada ao extrato seco de soja para aumento da biodisponibilidade 16 Pycnogenol®: potente antioxidante, é um extrato de cortiça de pinheiro-marítimo, que contém entre 65 e 75% de proantocianidinas. Este flavonoide, além do alto potencial antioxidante, possui forte afinidade com o colagéno. 17

Taurina: hidratante e eficaz na promoção da hidratação e na homeostase do volume em queratinócitos da epiderme humana e combate a desidratação. Antioxidante, combate o estresse oxidativo e previne o envelhecimento.

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Esse aminoácido mostra uma influência positiva na concentração de hidroxiprolina na

colagênese e atua como antioxidante por regenerar o conteúdo da glutationa e catalase celular o estresse oxidativo.19 Coenzima Q10— também conhecida como ubiquinona, é produzida pelo nosso corpo e atua na transformação dos nutrientes em energia para as células e também como fator antioxidante. Os níveis de coenzima Q10 diminuem com a idade. Alguns estudos já realizados associam a sua diminuição durante a exposição solar e demonstram que essa substância também tem papel protetor contra os danos causados pelo sol à pele. Até 95% dos requisitos de energia do corpo parecem ser fornecidos pela CoQ10. Estudos in vitro demostraram que a CoQ10 suprimiu a expressão da colagenase que aparece após radiação ultravioleta A (RUVA). 20 A CoQ10 tem uma ação importante sobre os lipídios superficiais da pele, uma mistura muito complexa de sebo misturada a pequenas quantidades de lipídios da epiderme, o manto da epiderme humana, representando assim uma proteção exterior do organismo contra insultos exógenos oxidativos.21 Eurol BT®: esse produto é elaborado a partir do óleo de oliva, ajuda no combate aos radicais livres e auxilia a devolver a elasticidade da pele após algum tempo de uso. 22, 23 Palmitato de Ascorbila: é um antioxidante sintético, derivado do éster de ácido ascórbico, com eficiência em retardar a oxidação lipídica 24

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Envelhecimento Cutâneo Quercetina: composto flavonóide do grupo flavonóis. Potente antioxidante, parece aumentar atividade enzimáticace atua na atividade anti-inflamatória.25 Vitamina E/ Alfa acetato de tocoferol: impede ou minimiza os danos provocados pelos radicais livres associados a doenças específicas, incluindo o envelhecimento cutâneo. 26 Vitamina A: possui ação antioxidante, age no gene da queratina, colágeno e colagenase (manutenção citoesqueleto), gene do fator de crescimento da epiderme, formação de colágeno, ligação cruzada entre fibras de colágeno, principalmente, quando associados a Zn, Fe, Cu, Mn e renovador da pele. 27 Antocianinas/Mirtilo: as antocianinas são potentes antioxidantes naturais que ajudam na proteção contra danos do meio ambiente à pele, pois promovem ação contra os radicais livres durante o processo de inflamação. Associadas aos ácidos graxos e fitosteróis, promovem benefícios à pele, tais como hidratação e regeneração. 28 Manganês: cofator para síntese de colágeno e mucopolissacarídeos, importante para a matriz celular; crescimento, manutenção e formação de tecido conectivo e cartilagem; cofator da superóxido dismutase (SOD) mitocondrial. 29 Açaí extrato seco: o açaí tem elevado teor de antocianinas, atua na prevenção e redução das doenças relacionadas a efeitos nocivos de radicais livres. Devido a sua composição, ajuda a manter um sistema imunológico saudável, podendo auxiliar também em muitas doenças e problemas de pele, como acne, dermatite atópica e nos tratamentos anti-idade, muitas delas relacionadas a processos inflamatórios.30 Glucosamina sulfato: possui efeitos benéficos na pele ou em células da pele. Acelera a cura de feridas, melhora a hidratação da pele, auxilia na redução das rugas e também tem efeito anti-inflamatório.31 Bioflavonóides cítricos: esse composto é obtido pela extração hidroalcoólica do limão. Suas propriedades funcionais são: anti-inflamatória, antioxidante, antialérgicas e hipolipêmicas. 32, 33, 34, 35, 36. Camelia sinensis: ação antioxidante, pode prevenir a fotocarcinogênese, exerce efeitos protetores em edemas cutâneos resultantes da exposição à radiação UV-B. 37 Vittis vinifera: as principais funções de proantocianidinas são atividade antioxidante, estabilização do colágeno e elastina, manutenção de duas proteínas importantes no tecido conjuntivo. Atua diretamente na redução da fragilidade capilar e melhora o fornecimento de oxigênio para as células além de atuar sinergicamente com a vitamina C.38,39

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Envelhecimento Cutâneo Selênio/ Selenometionina: é um antioxidante, neutralizador dos radicais livres, sendo indicado nos tratamentos de rejuvenescimento celular.40 L-cisteína/ N- acetil – cisteína: esse aminoácido enxofrado atua como anti-inflamatório e antioxidante. 41 Beta caroteno: o betacaroteno atua como precursor biodisponível de vitamina A em nosso organismo, age ativamente na recuperação da pele e é responsável por protegê-la dos raios solares, além de estimular a melanogênese. 42 Vitamina B2: co-fator para enzima antioxidante glutationa redutase43 Vitamina B3 /niacina: tem ação antioxidante em virtude de inibir a formação de radicais livres e sua ação antiinflamatória está interligada à quimiotaxia dos neutrófilos 44 Vitamina B5/ ácido pantotênico: protege as células e todos os órgãos contra o dano peroxidativo por elevar o conteúdo da glutationa celular.45 Boro: possui propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, sendo importante no sistema imune. 46 Cromo: está relacionado à resistência a insulina, quando a insulina liga-se ao seu receptor ativa cromodulina, que melhora os receptores 47 Extrato de cassis/ Active Cassis Extract 30®/ Ribes nigrum L.: tem atividade antioxidante, além de proteger contra raios ultravioletas e clareamento da pele. 48

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Envelhecimento Cutâneo

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10 - ESTÍMULO DA MELANOGÊNESE (BRONZEAMENTO DA PELE)

168

Estímulo da melanogênese (Bronzeamento da pele)

O

bronzeamento é o escurecimento da pele em resposta fisiológica natural estimulada pela exposição voluntária ao sol ou radiação artificial. Este escurecimento é proveniente da oxidação de melanina, pigmento

armazenado em células denominadas queratinócitos. A melanogênese é o processo de formação do pigmento melanina. Esta é produzida pelos melanócitos no retículo endoplasmático rugoso, sendo o pigmento que protege a pele da ação da radiação ultravioleta e lhe confere a cor. A síntese de melanina começa com a oxidação enzimática de L-tirosina à L-dopa e a oxidação de L-dopa à dopaquinona. Com a transformação espontânea da dopaquinona em leucodopacromo e dopacromo começa uma cascata bioquímica a qual termina com a formação de pigmento castanho-preto, conhecido como eumelanina. A conjugação de dopaquinona com cisteína ou glutationa resulta em cisteinildopa e glutationildopa, que após algumas transformações, geram o pigmento vermelho-amarelo chamado de feomelanina. Quanto maior a produção de eumelanina, maior a fotoproteção. Assim, indivíduos com menor produção deste pigmento possuem maior chance de obter os malefícios ocasionados pela exposição excessiva ao sol. Os indivíduos que produzem pouca melanina são aqueles cuja pele é mais reativa ao sol, ou seja, queimam com facilidade e dificilmente bronzeiam. Dentre os malefícios ocasionados pela exposição prolongada ao sol destacam-se: câncer de pele (principalmente melanoma), envelhecimento precoce e hipercromias (manchas). Uma boa conduta alimentar à base de vitaminas e minerais contribui de forma significativa para um bronzeado saudável e duradouro. E, por contribuir na melanogênese, promove a fotoproteção. Porém, é importante salientar que a fotoproteção endógena tem efeito complementar à tópica, e que esses dois tipos de profilaxia certamente não devem ser considerados mutuamente excludentes.

169

Estímulo da melanogênese (Bronzeamento da pele)

170

Estímulo da melanogênese (Bronzeamento da pele)

Salada de quinua com linhaça

Ingredientes 8 folhas de alface crespa 6 folhas de acelga 1 tomate em rodelas 1 cenoura média ralada ½ cebola ralada 3 xícaras (chá) de agrião 2 xícaras (chá) de quinua em grãos cozida 1 colher (sopa) de semente de linhaça triturada ½ xícara (chá) de nozes picadas ½ xícara (chá) de suco de limão Sal marinho a gosto 1 colher (sobremesa) de azeite de oliva extra virgem

171

Estímulo da melanogênese (Bronzeamento da pele)

Modo de fazer 1.

Lavar e higienizar todas as verduras

2.

Em uma travessa, misturar as folhas, a quinua, a cenoura, o tomate e as nozes picadas

3.

Preparar o tempero misturando o suco de limão com o sal, a cebola e o azeite de oliva e colocar na salada

4.

Finalizar salpicando a linhaça e sirva em seguida

Rendimento: 4 porções

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 100g/ 1 prato de sobremesa) KCAL CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) 232,0

27,95

7,45

LIPÍDIO (g)

FIBRAS (g)

11,67

6,1

172

Estímulo da melanogênese (Bronzeamento da pele)

173

Estímulo da melanogênese (Bronzeamento da pele)

Salada de brócolis com tomate e milho

Ingredientes 4 ramos de brócolis 1 tomate 4 colheres (sopa) de milho 1 colher (sopa) de azeite de oliva extra virgem 1 colher (sobremesa) de suco de limão Folhas de rúcula Sal marinho a gosto

174

Estímulo da melanogênese (Bronzeamento da pele)

Modo de fazer 1.

Higienizar o brócolis, o tomate e a rúcula

2.

Cozinhar o brócolis no vapor até ficar al dente

3.

Reservar

4.

Cortar o tomate em cubos

5.

Em uma travessa misturar o brócolis, o tomate em cubos e o milho

6.

Temperar com o suco de limão, o azeite e o sal marinho

7.

Decorar com folhas de rúcula. Servir

Rendimento: 1 porção

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 100g/ 1 prato fundo) KCAL CARBOIDRATO (g) 97,45

11

PROTEÍNA (g)

LIPÍDIO (g)

FIBRAS (g)

2,45

4,85

3,6

175

Estímulo da melanogênese (Bronzeamento da pele)

176

Estímulo da melanogênese (Bronzeamento da pele)

Wrap de cottage com cenoura Ingredientes 4 pães sírios integrais 2 tomates médios 1 cenoura média ½ xícara (chá) de cottage de tofu 2 colheres (sobremesa) de manjericão 1 colher (sopa) de azeite de oliva extra virgem Folhas de agrião Sal marinho a gosto

Modo de fazer 1.

Higienizar o agrião, a cenoura e o tomate

2.

Cortar os tomates em rodelas, ralar a cenoura e reservar junto com as folhas de agrião

3.

Misturar o cottage com o manjericão e o azeite e temperar com sal a gosto

4.

Abrir o pão sírio, em cada parte, passar a mistura de cottage, acrescentar a cenoura ralada, as folhas de agrião e as rodelas de tomate. Enrolar o pão sírio, formando rolinhos

Rendimento: 4 porções

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 70g/ 1 unidade) KCAL 102,42

CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) 15,47

4,22

2,62

FIBRAS (g) 1,97

177

Estímulo da melanogênese (Bronzeamento da pele)

FORMULAÇÕES

Bronzeamento de Pele 1 Componentes da fórmula Urucum — 150 mg Extrato de beterraba —150mg Extrato de cenoura — 150 mg Licopeno — 10 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia 1 dose ao dia pela manhã. Utilizar 4 semanas antes da exposição solar pela manhã.

178

Estímulo da melanogênese (Bronzeamento da pele)

Bronzeamento de Pele 2 Componentes da fórmula Licopeno — 10 mg Betacaroteno — 15 mg Vitamina E — 10 mg Vitamina C — 50 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir dose de 1 a 2 vezes ao dia longe de fibras.

Bronzeamento de Pele 3 Componentes da fórmula Vitamina C — 200 mg Vitamina E — 50 mg Cobre — 1 mg L – tirosina — 50 mg Betacaroteno — 8 mg Licopeno — 8 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose ao dia com o almoço 30 dias antes da exposição ao sol.

179

Estímulo da melanogênese (Bronzeamento da pele)

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Urucum: nas sementes do fruto, está presente a bixina, pigmento rico em carotenos, que protege a pele contra os raios ultravioletas do sol.1 Beterraba: rico em betacaroteno2 Licopeno: um estudo realizado com a massa de tomate pode avaliar se uma dieta rica em licopeno auxilia a conferir fotoproteção. A escolha foi em virtude de a massa de tomate ter quantidades grandes de licopeno. Após dez semanas de intervenção, a formação do eritema foi significativamente menor no grupo que consumia massa de tomate em comparação ao de controle. 3 Beta caroteno/Cenoura: uma pesquisa teve como objetivo avaliar a eficácia do betacaroteno na proteção contra queimaduras solares. Obtiveram como resultados que a ingestão diária de betacaroteno, por um período mínimo de 10 semanas, protege a pele de queimadura solares. A exposição à radiação UV produz espécies reativas de oxigênio (ROS) na pele, o que pode resultar em estresse oxidativo, um conhecido acelerador do processo de envelhecimento. O betacaroteno pode extinguir essas espécies reativas e, assim, oferecer a proteção da pele, além de testes in vitro mostrarem seu poder antioxidante 100 vezes maior que o tocoferol contra oxigênio singlete. O betacaroteno age frente ao estresse oxidativo causado pela radiação UV, sendo que sua habilidade protetora aumenta quando utilizado juntamente com vitaminas C e E.4,5 Vitamina E: a Vitamina C protege melhor dos danos dos UVA e a vitamina E dos UVB e tem demonstrado que inibe o eritema produzido por UVB.6 Vitamina C: a associação de vitamina C, Vitamina E, betacaroteno e licopeno estimula síntese de melanina e melanócitos. Quando associada ao betacaroteno, vitamina C e E podem estimular a síntese de melanina e hiperplasia de melanócitos.7 Cobre: falhas na pigmentação são a principal manifestação de deficiências de Cu em muitas espécies. Uma redução na conversão de tirosina em melanina é a provável explicação. 8,9 L-tirosina: precursor na síntese de melanina.10

180

Estímulo da melanogênese (Bronzeamento da pele)

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181

11- HIDRATAÇÃO CUTÂNEA

182

Hidratação cutânea

A

principal função da pele é de barreira, impedindo o ressecamento do organismo e protegendo de agressões externas, tanto físicas, mecânicas, químicas e microbianas. O estrato córneo é a principal barreira de

permeabilidade da pele que impede a perda de água e protege contra os raios ultravioletas, oxidantes e agentes tóxicos. Essa camada precisa estar hidratada para manter suas propriedades físicas. Quando está hidratada, é caracterizada pela maciez, elasticidade e suavidade. Essas características estão relacionadas ao teor de umidade do extrato córneo (camada mais superficial da pele). Alguns fatores podem interferir na diminuição do teor da umidade como alterações do metabolismo, envelhecimento das fibras proteicas de colágeno e elastina e irrigação sanguínea periférica alterada. Além desses fatores endógenos que contribuem para a desidratação da pele, há também os fatores externos, como o vento, o sol, a temperatura, o ar seco, os solventes orgânicos, as substâncias tensoativas desengordurantes em demasia, as loções com alto teor alcóolico, entre outros. Diante do exposto, os alimentos funcionais e os compostos nutracêuticos surgem como componentes essenciais sobre a saúde da pele, prevenindo e tratando o desequilíbrio hídrico lipídico da pele decorrente da exposição excessiva ao sol até as consequências do próprio envelhecimento.

183

Hidratação cutânea

184

Hidratação cutânea

Suco refrescante

Ingredientes 6 morangos 1 colher (sopa) de framboesa 1 colher (chá) de mel 150 ml de água de coco

Modo de fazer 1.

Bater todos os ingredientes com a água de coco e adicione gelo a gosto

Rendimento: 1 porção

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 200ml/ 1 copo) KCAL

CARBOIDRATO (g)

65,8

15,4

PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) 0,6

0,2

FIBRAS (g) 1,3

185

Hidratação cutânea

186

Hidratação cutânea

Atum crocante com linhaça

Ingredientes 2 colheres (sopa) creme vegetal 2 colheres (sopa) molho de mostarda 2 postas de atum fresco (200 g cada posta) 4 colheres (sopa) semente de linhaça Creme vegetal para untar

187

Hidratação cutânea

Modo de fazer 1.

Pré-aquecer o forno em temperatura média (180º C)

2.

Untar uma assadeira média (33 x 23 cm) e reservar

3.

Em uma tigela, misturar o creme vegetal e o molho de mostarda até ficar homogêneo. Reservar

4.

Com auxílio de um garfo, fazer furos no peixe e espalhar a mistura reservada em toda a superfície. Colocar na assadeira reservada

5.

Polvilhar a semente de linhaça sobre a pasta, pressionando delicadamente

6.

Levar ao forno por 20 minutos ou até dourar levemente

7.

Transferir o peixe com cuidado para uma travessa. Servir em seguida

Rendimento: 2 porções

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 200g/ 1 posta de atum) KCAL 324,9

CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) 2,94

42,7

16,7

FIBRAS (g) 12,8

188

Hidratação cutânea

189

Hidratação cutânea

Suco hidratante

Ingredientes ¼ de uma cenoura média crua ¼ de mamão papaia médio Suco da metade de um limão 1 colher (sobremesa) de semente de linhaça 1 colher (sobremesa) de gérmen de trigo 1 colher de sobremesa de farinha de semente de linhaça dourada Água

Modo de fazer Bater todos os ingredientes no liquidificador e servir imediatamente

Rendimento: 1 porção

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 200ml/ 1 copo) KCAL 87,0

CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) 9,2

3,5

4,1

FIBRAS (g) 5,0

190

Hidratação cutânea

FORMULAÇÕES

Hidratação Cutânea 1 Componentes da fórmula Luteína – 10 mg Zeaxantina – 1,2 mg Vitamina E – 50 mg LingonMAX® – 150 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose ao dia com as refeições.

191

Hidratação cutânea

Hidratação Cutânea 2 Componentes da fórmula Colágeno hidrolisado – 5 g Vitamina C—100 mg Vitamina E— 50 mg Luteína – 10 mg Aviar X doses em sachê

Posologia Consumir 1 dose à noite.

Hidratação Cutânea 3 Componentes da fórmula Óleo de prímula (Carthamus Tinctorius) – 500 mg

Posologia Consumir 1 dose, 3 vezes ao dia, com as refeições.

Hidratação Cutânea 4 Componentes da fórmula Óleo de peixe – 1 g Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose 2 vezes ao dia com as refeições.

192

Hidratação cutânea

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Ômega 3: diminui a formação de eicosanoides pró-inflamatórios na pele (prostaglandina E2 e leucotrienos da série 4), o que é benéfico na modulação da inflamação. Impede a ativação da proteína C quinase, diminuindo assim, a produção de fatores responsáveis pela lesão cutânea, melhorando o eritema e a hidratação da pele . 1,2 Óleo de prímula (Carthamus Tinctorius):o ácido gamalinolênico está presente no óleo de prímula. Esse é utilizado para hidratar, diminuindo a perda de água transepidérmica e melhorando as funções elásticas da pele . 3,4 Colágeno hidrolisado: contribui para liberação de ácido pirrolidona carboxílico (PCA) na síntese de colágeno na pele. Faz parte da molécula de colágeno e participa do NFM (Fator de Hidratação Natural da Pele), sendo, portanto, um ótimo hidratante. O colágeno e seus derivados são importantes na reconstituição da pele, dos ossos, dos tecidos cartilaginosos e da matriz extracelular . 5,6 Luteína: é um carotenóide presente nos alimentos ou por meio de suplementos. A suplementação oral de luteína aumenta a saúde da pele, tanto na hidratação, quanto em elasticidade, manto hidrolipídico, peroxidação lipídica e atividade fotoprotetora da pele. Um estudo mostra que a administração oral e tópica, combinada de luteína e zeaxantina, fornece o mais alto grau de proteção antioxidante atrelado à vitamina C e E na pele. A administração oral pode fornecer mais proteção quando comparada com a aplicação tópica. Esta proteção dos carotenóides contempla atividade fotoprotetora e redução da peroxidação lipídica após irradiação ultravioleta7.8 LingonMAX®: é um ativo nutricosmético vegetal obtido do extrato de Lingonberry (Vaccinium vitis idaea L.), padronizado com 35% de proantocianidinas, 10% de resveratrol e 10% de antocianinas. Promove a redução das rugas e manchas, ao mesmo tempo em que aumenta o clareamento, a maciez, a elasticidade e a hidratação da pele. 9 Vitamina C e E: a associação dos carotenóides com a luteína promove melhora em cinco importantes parâmetros de saúde da pele, dentre eles a hidratação, elasticidade, manto hidrolipídico, peroxidação lipídica e atividade fotoprotetora.10

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Hidratação cutânea

REFERÊNCIAS

1. JAMES M. J.; PROUDMAN S. M.; CLELAND L. G. Dietary n-3 fats as adjunctive therapy in a prototypic inflammatory disease: issues and obstacles for use in rheumatoid Eicosanoids in inflammatory skin diseases.Prostaglandins e other Lipid Mediators. v. 63, p. 43-54, 2000. 2. KREMER JM. n-3 Fatty acid supplements in rheumatoid arthritis. Am J Clin Nutr; v. 71, p.349–351, 2000. 3. MUGGLI R. Systemic evening primrose oil improves the biophysical skin parameters of heathy adults. International. J Cosm Sci, v. 27, n. 4, p. 243-249, 2005. 4. ZIBOH V. A. MILLER C. C. CHO Y. Metabolism of polyunsaturated fatty acids by skin epidermal enzymesgeneration of anti-inflammatory and antiproliferative metabolites. Am J Clin Nutr, v. 71, p. 361, 2000. 5. ZIEGLER, F. F. SGARBIERI V. C. Caracterização químico-nutricional de um isolado proteico de soro de leite, um hidrolisado de colágeno bovino e misturas dos dois produtos. Rev Nutr, v. 22, n. 1, p. 61-70, 2009. 6. SUMIDA, E. HIROTA, A. KUSUBATA, M. KOYAMA Y. ARAYA, T. IRIE S. KASUGAI, S. The effect of oral ingestion of collagen peptide on skin hydration and biochemical data of blood. J Nutr Food, v. 7, n. 3, p. 45-52, 2004. 7. PALOMBO P.; FABRIZI G.; RUOCCO V.; RUOCCO E.; FLUHR J.; ROBERTS R.; MORGANTI P. Beneficial long-term effects of combined oral/topical antioxidant treatment with the carotenoids lutein and zeaxanthin on human skin – a double-blind, placebo-controlled study. Skin Pharmacology and Physiology, v. 20, n. 4, p. 199-210, 2007. 8. MORGANTI P.; FABRIZI, G.; BRUNO, C. Protective effects of oral antioxidants on skin and eye function. Skinmed, v. 3, n. 6, p.310-316, 2004. 9. WANG SY, FENG R, BOWMAN L, PENHALLEGON R, DING M, LU Y. Antioxidant activity in lingonberries (Vaccinium vitis-idaea L.) and its inhibitory effect on activator protein-1, nuclear factor-kappaB, and mitogenactivated protein kinases activation. J Agric Food Chem. v. 53, n. 8, p. 3156-3166, 2005. 10. PALOMBO, P; FABRIZI, G; RUOCCO, V; RUOCCO, E; et al. Beneficial long-term effects of combined oral/ topical antioxidant treatment with the carotenoids lutein and zeaxanthin on human skin: a double-blind, placebocontrolled study. Skin Pharmacol Physiol., v.20, n.4, p.199-210, 2007.

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12 - FORTALECIMENTOS DE CABELOS E UNHAS

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Fortalecimento de cabelos e unhas

O

cabelo é afetado nas deficiências proteicas de vitaminas e de sais minerais, sendo que a má nutrição influencia no crescimento, estrutura da haste e pode influenciar também na cor do cabelo. O ciclo capilar é

composto por três fases: anágena, catágena e telógena. A primeira fase está relacionada à atividade melanogênica dos melanócitos foliculares e o ciclo de crescimento do cabelo sendo que esse só é pigmentado na fase de crescimento. Na fase catágena, o cabelo não cresce mais, as células profundas do folículo piloso degeneram-se e o conjunto do folículo piloso se retrai em direção à superfície. Já na terceira fase, o cabelo permanece fixo no folículo, concluindo–se com a expulsão do cabelo. A deficiência de nutrientes está intimamente relacionada ao retardo da fase anágena (fase de crescimento) e aceleramento da fase telógena do fio (fase de queda do cabelo). Considerando que a raiz do cabelo possui uma boa irrigação sanguínea, substâncias trazidas pelo sangue podem ser incorporadas ao cabelo durante sua formação. A nutrição, desta forma, influencia diretamente na composição nutricional dos fios, considerando que comumente as deficiências energético proteicas favorecem cabelos quebradiços e sem brilho, principalmente devido ao comprometimento da barreira capilar. Vitaminas, minerais e aminoácidos atuam de forma contínua, ativando os mecanismos biológicos do bulbo capilar, estimulando a síntese de queratina e complementando a ação tópica dos dermocosméticos. Já a unha é composta pela borda livre, lâmina ungueal, leito ungueal, dobra lateral, raiz ungueal, dobra proximal e eponíquio. Algumas alterações nas unhas, manchas brancas, estrias longitudinais e síndrome das unhas frágeis podem ser visualizadas quando há deficiência de algum nutriente especialmente zinco, selênio e aminoácidos. Existem alterações que se caracterizam por diminuição da resistência ungueal, como: descamação lamelar da borda livre ungueal, fragmentação triangular da borda livre ungueal e alteração da espessura da lâmina ungueal. Mediante este contexto, percebe-se a necessidade de conhecer as formulações e a função de cada componente, a fim de garantir uma boa nutrição e fortalecimento dos cabelos e unhas, já que os ativos para cabelo e unha são semelhantes, por se tratarem de anexos cutâneos com composições semelhantes.

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Fortalecimento de cabelos e unhas

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Fortalecimento de cabelos e unhas

Grape nozes

Ingredientes ½ beterraba média ralada ou picada ½ cenoura média ralada ou picada 3 nozes 200 g de iogurte natural desnatado 400 ml de água Açúcar a gosto

Modo de fazer 1.

Bater muito bem todos os ingredientes no liquidificador

2.

Beber imediatamente

Rendimento: 2 porções

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 200ml/ 1 copo) KCAL 113,95

CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) 10,15

5,85

5,55

FIBRAS (g) 2,1

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Fortalecimento de cabelos e unhas

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Fortalecimento de cabelos e unhas

Frapê fresh

Ingredientes 1 laranja 6 acerolas (sem caroço) 3 folhas de couve 1 colher (sobremesa) de mel Gelo a gosto

Modo de fazer 1.

Bater todos os ingredientes no liquidificador

2.

Beber imediatamente

Rendimento: 2 porções

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 200ml/ 1 copo) KCAL

CARBOIDRATO (g)

83,45

18,15

PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) 1,7

0,45

FIBRAS (g) 3,2

200

Fortalecimento de cabelos e unhas

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Fortalecimento de cabelos e unhas

Suco Hair Shine

Ingredientes 1 fatia média de melão ½ fatia de mamão papaia 3 folhas de alface 3 nozes

Modo de fazer Bater todos os ingredientes no liquidificador Beber imediatamente

Rendimento: 1 porção

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (porção 200ml/ 1 copo) KCAL 173,9

CARBOIDRATO (g) PROTEÍNA (g) LIPÍDIO (g) 195

3,5

9,1

FIBRAS (g) 2,8

202

Fortalecimento de cabelos e unhas

FORMULAÇÕES

Fortalecimento de cabelos e unhas Componentes da fórmula Vitamina C — 100 mg Biotina — 1,0 mg Piridoxina — 25 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose ao dia.

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Fortalecimento de cabelos e unhas

Shake para Unhas frágeis Componentes da fórmula Exsynutriment® — 150 mg L-metionina — 200 mg Biotina — 1,0 mg Colágeno hidrolisado qsp. — 5 g Aviar X doses em sachê

Posologia Consumir 1 dose ao dia.

Complexo vitamínico para os cabelos Componentes da fórmula L-metionina — 200 mg Cloridrato de L-cisteína — 80 mg Pantotenato de cálcio — 25 mg Vitamina B2 — 1 mg Vitamina B6 — 10 mg Biotina — 0,2 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 2 doses ao dia.

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Fortalecimento de cabelos e unhas

Complexo para unhas e cabelos Componentes da fórmula Extrato de semente de uva (Vitis vinífera) — 200 mg Vitamina B5 — 5 mg Vitamina B12 — 5 mg Taurina — 500 mg Exsynutriment® — 150 mg Camellia sinensis extrato — 250 mg L-cistina — 30 mg Zinco quelado — 8 mg Metionina — 100 mg Ferro quelado — 20mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose ao dia com o almoço.

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Fortalecimento de cabelos e unhas

Complexo para unhas e cabelos para indivíduos com deficiência de ferro Componentes da fórmula Vitamina C — 100 mg Biotina — 1 mg L-metionina — 150 mg Zinco quelado — 8 mg Cálcio quelado — 200 mg Selênio — 200 µg Ferro quelado — 40 mg Ácido fólico — 1 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose ao dia.

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Fortalecimento de cabelos e unhas

Complexo para brilho e fortalecimento de cabelos Componentes da fórmula Vitamina C — 100 mg Biotina — 1 mg Metionina — 150 mg Zinco quelado — 8 mg Cálcio quelado — 200 mg Selênio — 200 µg Ferro quelado — 20 mg Ácido fólico — 1 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose ao dia.

Associar com:

Ômega 3 — 1 g Aviar X doses em cápsulas gelatinosa mole

Posologia Consumir 1 dose ao dia.

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Fortalecimento de cabelos e unhas

Controle de queda de cabelos e unhas Componentes da fórmula Biotina —1 mg Cistina — 20 mg Colágeno hidrolisado — 5 g Aviar X doses em sachê

Posologia Consumir 1 dose antes de dormir.

Fortalecimento de cabelos Componentes da fórmula Tiamina — 1 mg D-pantetenato de Cálcio — 60 mg Cisteína — 40 mg Zinco quelado — 5 mg Beta caroteno — 1 mg Alfa — Tocoferol — 10 mg Silício (orgânico) — 30 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose 3 vezes ao dia com as refeições.

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Fortalecimento de cabelos e unhas

Fortalecimento, estímulo de crescimento e beleza capilar Componentes da fórmula Exsynutriment® — 150 mg Vitamina C — 500 mg Extrato de semente de uva (Vitis vinífera) — 150 mg Cistina — 20 mg Biotina — 300 µg Zinco quelado — 10 mg Colágeno hidrolisado qsp— 10 g Aviar X doses em sachê

Posologia Consumir 1 dose ao dia longe das refeições Obs.: Pode-se isolar o colágeno em shake e os outros ativos em cápsulas

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Fortalecimento de cabelos e unhas

Fortalecimento, estímulo de crescimento e beleza capilar para indivíduos com estresse oxidativo

Componentes da fórmula Biotina — 400 µg Cobre quelado — 1 mg Vitamina C — 200 mg Vitamina E — 15 mg N—acetil Cisteína (N.A.C) — 400 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose ao dia com o almoço.

Queda de cabelo por deficiência de ferro (com ferritina baixa) Componentes da fórmula Ferro quelado — 60 mg Vitamina C — 500 mg Ácido fólico — 1 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose ao dia.

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Fortalecimento de cabelos e unhas

Queda de cabelo por excesso de testosterona Componentes da fórmula Brocolinol® — 500 mg Lunumlife® — 500 mg Pygeum africanum — 100 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose ao dia em jejum durante 60 dias

Queda de cabelo por estresse crônico Componentes da fórmula Biotina — 250 µg L-taurina — 200 mg L-theanina — 150 mg Vitamina C — 150 mg Vitamina E — 15 mg Zinco — 10 mg Cobre—0,5 mg Griffonia simplicifolia — 25 mg

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Fortalecimento de cabelos e unhas

Queda de cabelo por estresse crônico Triptofano — 250 mg Rhodiola rosae — 250 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose 2 vezes ao dia.

Manchas brancas e fragilidade nas unhas Componentes da fórmula Cálcio quelado — 100 mg Cobre quelado — 1 mg Silício orgânico — 150 mg Vitamina A — 500 µg Vitamina C — 200 mg Aviar X doses em cápsulas

Posologia Consumir 1 dose ao dia.

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Fortalecimento de cabelos e unhas

Complexo vitamínico e antioxidante para cabelos, pele e unhas Componentes da fórmula Alfa-tocoferol — 50 UI Vitamina C — 200 mg Vitamina A — 400 µg Exsynutriment® — 100 mg Manganês — 0,75 mg Zinco quelado — 10 mg Tiamina — 2 mg Riboflavina — 2 mg Piridoxina — 5 mg Biotina — 800 µg Acido fólico — 400 µg Pantotenato de Cálcio — 80 mg N-acetil-Cisteina (N.A.C) — 200 mg Cistina — 100 mg Coenzima Q10— 20 mg Colágeno hidrolisado qsp — 10 g Aviar X doses em sachê

Posologia Consumir 1 dose ao dia antes de dormir.

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Fortalecimento de cabelos e unhas

Complexos para aumentar o brilho capilar Componentes da fórmula Exsynutriment® — 300 mg MSM (metil — sufonil — metano) — 200 mg Camu camu extrato seco (Myrciaria dúbia) — 500 mg Biotina — 1 mg Colágeno hidrolisado — 5g qsp Aviar X doses em sachê

Posologia Misturar o conteúdo em água ou suco Consumir no período noturno Obs.: o MSM pode ser isolado em cápsulas para não deixar gosto desagradável.

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Fortalecimento de cabelos e unhas

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Vitamina C: atua como um excelente antioxidante sobre os radicais livres. Além disso, é necessária para a produção e manutenção do colágeno, participando da hidroxilação da prolina, formando a hidroxiprolina. A deficiência de vitamina C inclui, entre os sintomas, a perda de cabelos e pode ocorrer em indivíduos desnutridos, alcoólatras, idosos que recebem dietas restritas e lactentes alimentados exclusivamente com leite de vaca. A deficiência desta vitamina também causa cabelo espiralado provavelmente por diminuir as pontes de dissulfito. 1,2 Biotina: a biotina é importante para o desenvolvimento do folículo piloso. Sua deficiência causa alopecia difusa e despigmentação dos cabelos. A Biotina também pode prevenir a progressão da calvície, já que a estimulação da biossíntese capilar resulta de sua ação no metabolismo proteico. Estudos demonstram que a ingestão de biotina auxilia no tratamento de eczema seborreico, na redução e controle da perda excessiva de cabelo em homens com alopecia. 3 Metionina/ L-metionina: precursor de taurina e fonte de enxofre. A taurina acumula-se no bulbo capilar, realizando efeito protetor do folículo piloso.4 Cloridrato de L-Cisteína/ Cisteína / N-acetil Cisteína: a cisteína é um aminoácido em grande quantidade no cabelo. Esse aminoácido, juntamente com a cistina, são importantes para formação de uma ligação de dissulfeto. Essas ligações químicas são responsáveis pela estabilidade estrutural da queratina e pela resistência mecânica da haste capilar. Fatores que dependem da disponibilidade de cisteína são: a velocidade de crescimento, a síntese proteica e o diâmetro da fibra capilar. Esse aminoácido é precursor da cistina e permite uma estimulação do metabolismo celular nos bolbos ainda ativos, elevando o processo de síntese proteica, ou seja, a produção de queratina necessária à formação do cabelo. 5 L - cistina/Cistina: uma das mais importantes fontes de enxofre orgânico participa da síntese de proteínas, a partir de sua conversão em cistina. Indivíduos com queda de cabelo têm déficit nos níveis sanguíneos de cistina e taurina. A cistina afeta positivamente os processos melanogenéticos contribuindo para a manutenção da pigmentação do cabelo e o aumento da queratina. 6 Pantotenato de Cálcio: age como antioxidante, umectante dos fios, anti seborreico e contribui para a formação e renovação celular. 7

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Fortalecimento de cabelos e unhas

Vitamina Complexo B: trabalham em conjunto incluindo vitamina B1 (tiamina), vitamina B2 (riboflavina), vitamina B3 (niacina), vitamina B5 (ácido pantotênico) , vitamina B6 (piridoxina), vitamina B12, ácido fólico e PABA (ácido para-aminobenzoico), ajudando a promover o couro cabeludo e cabelo saudáveis, facilitar o crescimento, bem como inibir o envelhecimento dos pelos e queda de cabelo. O ácido pantotênico (vitamina B5) também age como antioxidante, umectante dos fios, antiseborréico e contribui para a formação e crescimento de células novas. 8,9

Extrato de semente de uva (Vittis vinifera): tem capacidade de estimular o crescimento capilar. Alguns estudos mostraram que as proantocianidinas presentes no extrato da semente de uva estimulam a atividade das células epiteliais e induzem a fase anágena nos bulbos pilosos 10, 11 Taurina / L-taurina: é sintetizada a partir da metionina e cisteína, diante de níveis adequados de magnésio e vitamina B6 (piridoxina). A taurina tem afinidade pela estrutura do cabelo (especialmente pelo bulbo piloso) e é excelente protetor do folículo capilar, estimulando o crescimento dos cabelos. 12, 13 Extrato de Camellia sinensis: pode reduzir a queda de cabelo por inibir a 5 alfa redutase. Esta enzima converte testosterona em di-hidrotestosterona, que aumenta a oleosidade capilar e contribui para a alopecia, especialmente androgenética. 14 Zinco: mineral importante para o crescimento e desenvolvimento dos cabelos. Sua deficiência pode causar cabelos finos, quebradiços, sem brilho e avermelhados. Participa da síntese da queratina e de ácidos graxos essenciais que protegem o folículo piloso e são necessários para o transporte da vitamina A. Também inibe a enzima 5 alfa redutase. 15,16 Ferro: é um dos componentes mais importantes para a saúde do cabelo. A deficiência deste mineral, mesmo na ausência de anemia evidente, está associada à queda difusa de cabelos. Esse é um elemento essencial para a ribonuclease redutase, que está envolvida com a divisão celular no bulbo capilar (síntese de DNA), cujos níveis baixos dificultam a manutenção dos cabelos na fase anágena. 17, 18, 19 Cálcio: é fundamental para a formação das proteínas do cabelo e ainda contribui para o metabolismo do Ferro e vitaminas no fio. A falta de cálcio faz com que o cabelo fique fraco e quebradiço. O mineral é importante para o crescimento do cabelo porque os folículos pilosos necessitam de cálcio para produzir proteínas queratinizadas. Estas são proteínas insolúveis que compõem o cabelo e unhas, além de manter os cabelos brilhantes, saudáveis e

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Formulações para fortalecimento Fortalecimento de cabelos e unhasde cabelos e unhas

fortes.