EQUIPAMENTOS EM FISIOTERAPIA DERMATOFUNCIONAL PROFA. RENATA CAPPELLAZZO CENTRO UNIVERSITÁRIO CESUMAR – UNICESUMAR DISCIP
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EQUIPAMENTOS EM FISIOTERAPIA DERMATOFUNCIONAL PROFA. RENATA CAPPELLAZZO CENTRO UNIVERSITÁRIO CESUMAR – UNICESUMAR DISCIPLINA DE FISIOTERAPIA DERMATOFUNCIONAL
ELETROESTIMULAÇÃO
COMPORTAMENTO CLÍNICO DA MUSCULATURA
Musculatura de contração lenta: tônica; tipo I; vermelha
Contém mitocôndrias volumosas e numerosas, alto nível de mioglobina
A alta concentração de enzimas mitocondriais é necessária para sustentar o metabolismo aeróbico (oxidativo)
Apresentam ótima resistência à fadiga
Musculatura Intermediária: tipo IIa
São oxidativas e glicolíticas (características aeróbicas e anaeróbicas)
São extremamente adaptáveis, ou seja, podem chegar a níveis iguais aos das fibras tipo I, com o treinamento de endurance, pois aumentam sua capacidade oxidativa
COMPORTAMENTO CLÍNICO DA MUSCULATURA
Musculatura de contração rápida: fásica; tipo IIb; brancas Produzem Se
contrações rápidas e vigorosas
cansam com facilidade e não toleram contrações prolongadas
Dependem
do metabolismo anaeróbico para produzir energia
ELETROESTIMULAÇÃO
Corrente Russa (média frequência)
Seus estudos tiveram início na década de 80, com a criação da estação MIR
Pode ser definida como uma corrente alternada de média frequência (entre 2500 e 5000 Hz), que pode ser modulada por bursts (“rajadas”) e é utilizada com finalidade excitomotora
Promove contração muscular e aumento de força a curto prazo
Consegue-se ativar de 30 a 40% a mais das unidades motoras com a corrente elétrica de média frequência que nos exercícios comuns e tratamentos convencionais
PARÂMETROS DE MODULAÇÃO
Tempo de contração (ON)
Tempo de repouso (OFF)
Rampa de subida e descida (RISE e DECAY)
Frequência
Intensidade
ON e OFF
ON é o período que existe contração muscular
OFF é o período de repouso, onde não existe contração muscular
Brasileiro et al., sugerem ON: 10s e OFF: 30s como ideais para prevenção de fadiga muscular durante o processo de fortalecimento com eletroestimulação
Silva et al., obtiveram hipertrofia muscular abdominal com ON: 9s e OFF: 27s
Borges e Valentim utilizaram ON: 6s e OFF: 6s para hipertrofia de musculatura abdominal
Evangelista et al., utilizaram ON: 9s e OFF: 9s para fortalecimento muscular abdominal
RAMPA DE SUBIDA E DESCIDA (RISE e DECAY)
Determina um aumento ou uma diminuição gradativos
Varia normalmente de 1 a 5 segundos, permitindo um aumento ou diminuição gradual da contração muscular
Devemos utilizar RISE: 3s em início de tratamento ou em pacientes inseguras, para maior conforto
Quando o paciente estiver adaptado devemos usar RISE: 2s
A rampa de descida estabelecida como usual na prática clínica é de DECAY: 2s
FREQUÊNCIA
FREQUÊNCIA PORTADORA (é a corrente de média frequência que vai gerar a corrente de baixa frequência para a estimulação muscular)
A frequência pode variar de 2500 a 5000 Hz, entretanto, encontramos no mercado 2500 Hz como a frequência única predominante na grande maioria dos equipamentos construídos
FREQUÊNCIA MODULADA (É a corrente de baixa frequência que será utilizada para a estimulação neuromuscular dos tipos de fibras musculares distintas)
Normalmente a frequência vai de 0 a 150 Hz
Alguns aparelhos trazem um parâmetro fixo de 50 Hz
FREQUÊNCIA
Para trabalhar fibras tônicas é necessário uma frequência modulada mais baixa, na ordem de 20 a 30 Hz
Para trabalhar fibras fásicas é necessário que seja usado uma frequência modulada mais alta, na ordem de 50 a 150 Hz
As contrações mais agradáveis são obtidas com uma frequência entre 40 e 80 Hz
INTENSIDADE
Orienta-se o trabalho de eletroestimulação com a máxima intensidade de corrente tolerada, pois há uma dependência da intensidade da contração gerada eletricamente com o ganho de forma muscular
CORRENTE RUSSA
Cabricn et al. (1998), concluíram em seu estudo que a corrente russa promove: Hipertrofia Aumento Aumento
de fibras musculares (tipo II – 50% e tipo I – 20%)
do volume interno nuclear e aumento tecidual de 25%
da porção mitocondrial maior nas fibras tipo II do que nas fibras tipo I
CORRENTE RUSSA
Efeitos terapêuticos Facilitação
da contração muscular: ajuda a obter uma contração muscular voluntária, inibida pela dor ou lesão recente
Reeducação
da contração muscular: o repouso prolongado ou uso incorreto de uma musculatura pode afetar sua funcionalidade
CORRENTE RUSSA Hipertrofia
e aumento da potência muscular
Corporal Facial
Aumento
da irrigação sangüínea
Aumento
do retorno venoso e linfático
Prevenção
e eliminação de aderências: as contrações musculares auxiliam na prevenção de aderências após hemorragias e também a eliminar aderências músculo-tendíneas já formadas
CONTRA-INDICAÇÕES
Portadores de Marcapasso
Doença vascular periférica, especialmente quando há possibilidade de trombos
Hipertensão arterial descompensada
Aneurisma
Cardiopatas descompensados
APLICAÇÃO
Orientações Sempre
fechar o circuito, ou seja, colocar as placas no sentido do músculo (da fibra)
Pode-se Pode-se
trabalhar recíproco, vários músculos ao mesmo tempo
trabalhar ativo, ou seja, fazendo a contração muscular ativa junto com o aparelho
ULTRASSOM
ULTRASSOM
Terapia ultrassônica: é o tratamento mediante vibrações mecânicas de alta frequência, superior a 20.000 Hz, inaudíveis pela audição humana
Normalmente as frequências de oscilação dos cristais piezelétricos dos aparelhos de ultrassom terapêutico são de 1MHz e 3 MHz
A propagação do ultrassom é retilínea, sendo excelente no meio sólido ou líquido e muito fraca no ar. Por isso deve ser aplicado sobre a pele através de um gel ou por imersão
ULTRASSOM
A passagem do ultrassom através de substâncias medicamentosas fluidas (géis e emulsões) é nitidamente mais elevado que através de substâncias medicamentosas mais densas (pomadas e cremes)
Os ultrassons variam de 1 a 3 MHz. Quanto maior a frequência, maior será a absorção nos tecidos superficiais e menor será a profundidade de penetração
Por isso o ultrassom de 3 MHz é indicado para tratamento de estruturas mais superficiais, como é o caso dos tratamentos da fisioterapia dermatofuncional
ULTRASSOM
Os aparelhos podem gerar ondas de forma contínua ou pulsada
A forma contínua eleva mais a temperatura no tecido, já que não ocorre intervalo para a dissipação de calor
O efeito térmico também ocorre na forma pulsada, porém numa intensidade muito menor que na forma contínua
O ultrassom tem três funções distintas: mecânica, térmica e química
ULTRASSOM – FUNÇÃO MECÂNICA
As vibrações sônicas no meio irradiado causam um atrito nos complexos celulares, moléculas, etc., produzindo uma micromassagem, tendo como consequência:
Aumento da permeabilidade celular e das membranas tissulares
Melhora do metabolismo celular
Desagregação de complexos celulares e macromoléculas, além da liberação das aderências pela separação das fibras colágenas
Micromassagem: separação do colágeno
ULTRA SOM – FUNÇÃO TÉRMICA
O atrito conduz a geração de calor por fricção, tendo como consequência: Aumento
da circulação sanguínea
Hiperemia Aumento
do metabolismo tecidual
Aumento
da permeabilidade das membranas
Relaxamento
ULTRASSOM – FUNÇÃO QUÍMICA
Outro efeito que o ultrassom produz é a ação colóido-química (ação tixotrópica), a qual possibilita a transformação de colóides em estado de gel para colóides em estado de sol
Este efeito tem sido eficaz no tratamento de transtornos metabólicos, como no FEG, sendo assim, o US teria a capacidade de despolimerizar as macromoléculas de mucopolissacarídeos polimerizados, o que fluidificará as soluções
EFEITOS TERAPÊUTICOS
Estimulação da regeneração tissular
Analgésico
Anti-inflamatório
Relaxamento muscular
Anti-edematoso
Aumento de permeabilidade
Modificações das estruturas coloidais
Aumento de elasticidade
ULTRASSOM
FONOFORESE É
a administração percutânea de substâncias através do US
Ocorre
devido ao efeito mecânico, que aumenta a permeabilidade das membranas, favorecendo a absorção de substâncias
Estudos
com animais registraram penetrações de medicamentos com fonoforese detectada nos tecidos com profundidade de 5 a 6 cm
FONOFORESE Pelo
aumento da permeabilidade de membranas, a penetração de substâncias é mais profunda com a fonoforese do que com a iontoforese
Utiliza-se
o US contínuo para a fonoforese, pois com o pulsado é necessário um tempo prolongado, já que no tempo de repouso não ocorre a penetração de substâncias
O
melhor meio de acoplamento é o gel
ULTRASSOM
Intensidade Deve As
ser proporcional à espessura do tecido
opiniões sobre intensidade são divergentes
Para
tratamentos estéticos (FEG, gordura localizada, fibrose), usa-se o US de 3 MHz em torno de: Contínuo: Pulsado
1,5 a 3,0 W/cm2
(em casos de dor intensa e inflamação) : 1,0 a 1,5 W/cm2
ULTRASSSOM
Tempo de aplicação Área
dividido pela ERA Base x Altura ERA
1
min para cada centímetro
ULTRASSOM
Contra-indicações
Olhos, ouvidos, ovários, testículos e coração
Sobre implantes metálicos
Cartilagens de crescimento
Pessoas portadoras de marcapasso cardíaco (sobre o marcapasso)
Tromboflebite
Traumatismos recentes
Hemorragias recentes, tumores, processos inflamatórios
Gestantes
TERAPIA COMBINADA ULTRASSOM + CORRENTE
TERAPIA COMBINADA
ULTRASSOM + CORRENTE RUSSA
ULTRASSOM + CORRENTE AUSSIE
Tanto a corrente RUSSA quanto a corrente AUSSIE são se média frequência e geram eletroestimulação
A principal diferença entre elas é que a corrente AUSSIE é mais agradável que a corrente RUSSA
ENDERMOTERAPIA E VACUOTERAPIA
ENDERMOTERAPIA/ VACUOTERAPIA
Consiste na eletrosucção
Na década de 70, Louis Paul Guitay desenvolveu um sistema de pressão negativa associado a um sistema de “roller”. Todos os aparelhos de endermo/vacuoterapia que existem foram inspirados nesta versão original. O método de origem francesa também denominado “palper roller” produz uma mobilização profunda da pele e tela subcutânea
EFEITOS FISIOLÓGICOS
Melhora a elasticidade cutânea
Elimina toxinas
Drenagem linfática (respeitar o sentido)
Aumenta o aporte sangüíneo e oxigenação
Esfoliação (desobstrução do folículo pilo-sebáceo)
Melhora a nutrição dos tecidos
Desbloqueia a circulação
Melhora a silhueta
Descongestiona as regiões endurecidas do FEG Vasodilatação
EFEITOS FISIOLÓGICOS
Desfibrosa nódulos de FEG e gordura
Suaviza o aspecto acolchoado da pele (“matelassê”)
Melhora a maleabilidade dos tecidos
Aumenta o metabolismo dos tecidos
Promove relaxamento
CONTRA-INDICAÇÕES
Doenças vasculares
Fragilidade capilar
Varicoses e varizes
Flebites e tromboses
Flacidez intensa da pele
Flacidez muscular
Tumores
Gravidez
H.A.S. não controlada
Processo inflamatório agudo Afecções de pele (erupções, inflamações, infecções, feridas – evitar a área afetada)
TÉCNICA DE APLICAÇÃO
Intensidade Respeitar Não
o limiar de dor, fazendo sempre abaixo dele
podem ocorrer equimoses, petéquias ou hematomas
Quanto Quanto
maior o cabeçote, menor deve ser a intensidade
mais lento for o movimento, maior será a intensidade (em pacientes mais flácidas – mais rápido, em pacientes firmes – mais lento)
TÉCNICA DE APLICAÇÃO
Tempo de aplicação
O tempo é de aproximadamente 20 min. Por área, porém, depende da resposta individual da paciente
Deve
ocorrer hiperemia, porém, na ocorrência de petéquias o tratamento deve ser interrompido
ELETROLIPOFORESE
ELETROLIPOFORESE
Caracteriza-se pela aplicação de microcorrentes específicas de baixa frequência (ao redor de 25 Hz) que atuam diretamente nos adipócitos produzindo sua destruição e favorecendo sua eliminação. Soriano et al. (2000).
ELETROLIPOFORESE
Os principais efeitos fisiológicos provocados pela eletrolipólise são: Efeito A
Joule
corrente elétrica, ao caminhar por um condutor produz calor
Ocorre
vasodilatação local, aumento do metabolismo celular local
Facilita
a queima de calorias e melhora o trofismo celular
ELETROLIPOFORESE Efeito
eletrolítico
O
campo elétrico induz o movimento iônico que traz consigo modificações na polaridade da membrana celular
A
célula tende a manter seu potencial elétrico de membrana normal (negativo intracelular e positivo extracelular)
Essa
atividade consome energia em nível celular
ELETROLIPOFORESE
Efeito de estímulo circulatório O
efeito joule contribui para uma vasodilatação
A
corrente gera estímulo direto nas inervações promovendo uma ativação da microcirculação
O
estímulo circulatório tem grande importância na drenagem da área (Silva, 1997)
Este
efeito justifica o uso deste recurso no tratamento do FEG
ELETROLIPOFORESE
Efeito neuro-hormonal Ocorre
uma estimulação artificial do sistema nervoso simpático, com liberação de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) e aumento do AMP cíclico intradipocitário, com aumento da hidrólise de triglicerídeos
Estudos
observaram presença de quantidades significativas de glicerol na urina após a técnica (sabe-se que em condições normais o glicerol não é detectado na urina) (Parienti, 2001)
Ocorre
ativação da lipólise dos triglicerídeos em glicerol e ácidos graxos com redução do panículo adiposo desde a primeira sessão
ELETROLIPÓLISE - AÇÃO
O estímulo da lipólise, diretamente ou indiretamente pela excitação das terminações nervosas simpáticas e liberação de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) que atuam sobre os receptores beta do adipócito e estimulam a triglicerideolipase, potencializando a lipólise dos triglicerídeos em glicerol e ácidos graxos
Guyton (1996), relata que cada adipócito contém grandes quantidades da enzima digestiva de gordura, em sua forma inativa, a lipase. Alguns hormônios, em especial o cortisol, do córtex suprarenal, e a epinefrina, da medula supra-renal, podem ativar a lipase
ELETROLIPÓLISE - AÇÃO
O sistema neuro-hormonal influi sobre a lipólise: a estimulação do sistema simpático a ativa, enquanto a estimulação parassimpática diminui. (Junqueira & Carneiro, 1999; Soriano et al., 2000)
O Sistema Nervoso Simpático atua por mediação das catecolaminas (adrenalina e noradrenalina): a ativação destas últimas se efetua por intermédio do AMP cíclico, que estimula certas proteinaquinases, o que determina a ativação de lipase tissular (Soriano et al.,2000)
TÉCNICA DE APLICAÇÃO
Pode ser aplicada através de agulhas implantadas diretamente no panículo adiposo ou através de placas diretamente sobre a superfície cutânea
Zaragoza e Rodrigo (1995) sugerem o uso de agulhas de acupuntura de 15 cm de comprimento por 0,3mm de diâmetro
Silva (1997) diz que as agulhas podem medir entre 4, 5, 7 e 12 cm de comprimento, introduzidas na hipoderme, com distância de 4cm entre elas
Parienti (2001) sugere agulhas de acupuntura medindo de 0,25 a 0,3 mm de diâmetro, com comprimento que variam de 1 a 3cm ou de 10 a 12cm.
TÉCNICA DE APLICAÇÃO
Agulhas maiores (a partir de 7cm de comprimento) conseguem maior estimulação local com menor número de eletrodos
Agulhas mais grossas (a partir de 0,3mm) tem maior efeito e maior facilidade na introdução
A distância entre as agulhas deve ser de aproximadamente 5cm
Figura 01: Posicionamento de agulhas em região glútea de forma paralela com 10cm de distância entre as agulhas
Figura 02: Posicionamento de agulhas de forma paralela com 5cm de distância entre as agulhas
Figura 03: Modelos de agulhas de 75mm 60mm e 40mm de comprimento com 0,3mm de espessura
INDICAÇÕES
Especialmente para o tratamento do FEG
Gordura
localizada
CONTRA-INDICAÇÕES
Portadores de marca-passo e cardiopatas
Osteossínteses corporais
Gravidez
TVP ou problemas venosos graves
Patologias ginecológicas
Câncer
Dermatites, feridas, etc.
Processos inflamatórios
FORMAS DE ONDAS
Retangular aguda Utilizada
com frequência de 50 Hz, efeito galvânico, atua na dermeepiderme, proporciona analgesia
Retangular ampla Utilizada
com frequência de 30 ou 20 Hz, age no tecido dérmico, aumenta a circulação, beneficia o intercâmbio metabólico celular, promove uma drenagem periférica
FORMAS DE ONDAS
Trapezoidal aguda Tipo
rampa, frequência de 20 ou 30 Hz, nível hipodérmico, atua na ressonância celular e dissociação dos nódulos adiposos
Trapezoidal ampla Utilizada
com frequência de 5 ou 10 Hz, nível muscular, melhora a nutrição da célula muscular, beneficia o seu trofismo
TÉCNICA DE APLICAÇÃO
Pele limpa, sem nenhum tipo de procedimento anterior
Pele sem lesões, efetuar assepsia nos locais onde serão colocadas as placas de silicone ou as agulhas
A distância entre as placas ou agulhas deve ser de 4 a 5 centímetros
TÉCNICA DE APLICAÇÃO
As placas de silicone deverão estar com gel ou usar chamex ou faixas
As tiras de silicone devem ser limpas com água e detergente após o tratamento
O tratamento com placas pode ser realizado 3 x por semana
O tratamento com agulhas deve ser realizado 1 ou 2 x por semana
OBS: CUIDADO!!! Os protocolos estabelecidos pelo aparelho não podem ser muito longos e sua inversão de polaridade deve ser rápida pois há risco de queimadura!!!
TÉCNICA DE APLICAÇÃO
COM AGULHAS Esfoliação
Assepsia com álcool 70% Introdução das agulhas Terapia Retirar as agulhas e cobrir com micropore
COM PLACAS Esfoliação
Hiperemiante Faixas de velcro para fixar as placas Placas com gel específico Terapia Massagem modeladora com o gel Ocluir com filme plástico
MICRODERMOABRASÃO
MICRODERMOABRASÃO
Técnica de esfoliação não cirúrgica, passível de controle, executada de forma não invasiva
Tem por objetivo aumentar a mitose celular fisiológica
Indicada no tratamento de atenuação de rugas, sequelas de acne, clareamento de camadas mais superficiais da epiderme, foliculite, atenuação e prevenção de estrias
PEELING DE CRISTAIS
Utiliza-se um equipamento gerador de pressão positiva e negativa simultâneas, aplicado sobre a pele, com microgrânulos de óxido de alumínio (100 a 150 micras)
Os grânulos são jateados sobre a pele provocando erosão nas camadas da epiderme (pressão positiva), sendo ao mesmo tempo sugados pela pressão negativa (resquícios de cristais e pele)
Figura 01: Modelos de aparelhos de microdermoabrasão
Figura 02: modelos de ponteiras utilizadas para microdermoabrasão
PEELING DE DIAMANTES
Composto por diferentes ponteiras diamantadas de granulometrias diferentes
Só temos o ajuste de uma pressão negativa
O lixamento é realizado a partir dos movimentos executados pelo terapeuta
As ponteiras diamantadas podem variar de 50 a 200 micras, sendo que, quanto maior a micragem utilizada, mais invasiva será a abrasão
Figura 03: Modelo de aparelho de peeling de diamantes
Figura 04: Modelo de ponteira para peeling de diamantes
MICRODERMOABRASÃO
Efeitos fisiológicos Aumento
na mitose celular, com renovação epitelial mais acelerada, evitando o excesso de camada córnea
A
renovação da pele de maneira acelerada promove mais viço e hidratação, apresentando uma atenuação de suas marcas e sequelas
MICRODERMOABRASÃO
Técnica de aplicação Ajustar
o botão de pressão positiva do aparelho, afim de permitir uma maior ou menor saída de microgrânulos de alumínio (dependerá de fatores individuais como sensibilidade, tipo de pele)
Iniciar
com pressão de 200mmHg, aumentando de acordo com a possibilidade de cada caso
Estirar
a pele para facilitar os movimentos de varredura da cânula
MICRODERMOABRASÃO
Técnica de aplicação Quanto
maior a quantidade de movimentos de varredura na região maior será a abrasão
Quanto
mais lento for o deslizamento da cânula sobre a pele, maior será a profundidade de ação por cm2
Limpar
o excesso de cristais com um chumaço de gaze seca
Figura 05: a e b Procedimento de varredura da cânula na face associando limpeza dos microgrânulos com gaze seca
MICRODERMOABRASÃO
Os jatos de microcristais são expulsos por meio da alta velocidade e da pressão e ao mesmo tempo os resíduos celulares e o excesso de cristais são aspirados
Paciente bem posicionado, com a cabeça reclinada e os olhos protegidos com gaze embebida em soro fisiológico
O profissional deve usar luvas, máscara, óculos e se possível uma lupa de pala
Figura 06: Proteção dos olhos com gaze embebida em soro fisiológico
Figura 07: Fisioterapeuta utilizando óculos de proteção, luva, máscara e lupa de pala
MICRODERMOABRASÃO
Áreas mais comuns de aplicação: Face,
braço e antebraço, dorso das mãos, musculatura dorsal e ventral (trapézio e peitorais), glúteos e regiões supra e infra trocanteriana
Os fisioterapeutas não podem atingir o tecido conjuntivo e causar sangramento
MICRODERMOABRASÃO
Os resultados são visíveis com aproximadamente 04 sessões
O uso de bloqueador solar é indispensável
Ocorre um afinamento do tecido epitelial já na primeira sessão, que pode ser comprovado com a luz de Wood
É comum o aparecimento de um leve eritema, que pode ser atenuado com uma máscara calmante
MICRODERMOABRASÃO
Indicações Pré-cirúrgico Pré
estético
tratamento de revitalização
Rugas Peles
finas
lipídicas
Discromias Sequelas
de acne
Quelóides Foliculite Estrias
Figura 08: Aplicação de microdermoabrasão em sulco nasogeniano
MICRODERMOABRASÃO
Contra-indicações A
microdermoabrasão está contraindicada nas lesões tegumentares acompanhadas de processo inflamatório
MICRODERMOABRASÃO
Protocolo empregado na maioria dos procedimentos faciais Quantidade Intervalo: Duração
de sessões: média de 4 a 12 aplicações
uma vez por semana aproximadamente
de cada sessão completa: 10 a 30 minutos de abrasão, podendo chegar a 80 minutos incluindo os demais procedimentos
MICRODERMOABRASÃO
Antissepsia
inicial
Alta
frequência***
Tonificação
Iontoforese***
Microdermoabrasão
Máscara
Beauty
Bloqueador
globs***
calmante solar
Figura 09: Higienização da face Figura 10: Tonificação da face
Figura 12: Agente crioterápico (Beauty Gloss)
Figura 11: Aplicação da microdermoabrasão
Figura 13: Aplicação de alta frequência
Figura 14: Mistura do pó com a água para a preparação da máscara calmante
Figura 15: Montagem da máscara iniciando com a tela feita com gaze e finalizando com a colocação da máscara na pele; e retirada da máscara
MICROGALVANOPUNTURA
MICROGALVANOPUNTURA/ELETROLIFITING
Corrente contínua com sua intensidade reduzida ao nível de microampéres
Composta de um eletrodo ativo do tipo agulha que é acoplado numa “caneta” – polo negativo
A agulha deve ser fina, rígida e pontiaguda, para penetrar facilmente na pele. Seu comprimento é de no máximo 4mm
O outro eletrodo é passivo do tipo placa metálica, que deve ser envolvido por uma esponja molhada – polo positivo
Figura 16: Tipos de canetas usadas no eletrolifiting
Figura 17: Agulhas usadas no eletrolifiting
MICROGALVANOPUNTURA/ELETROLIFITING
AÇÃO O
objetivo é provocar uma lesão tecidual onde associando-se aos efeitos galvânicos da micro corrente contínua, é produzido um processo inflamatório que será responsável pelo processo de reparo das rugas e estrias
MICROGALVANOPUNTURA/ELETROLIFITING
A ponta da agulha provoca uma lesão traumática na pele
Ocorre uma necrose tecidual devido ao componente galvânico
A lesão das células do estrato espinhoso obriga o organismo a uma reação reparadora
Ocorre dilatação dos pequenos vasos da derme, gerando discreto edema
Aumento da mitose celular do estrato basal
Células jovens preenchem o espaço das células lesadas
MICROGALVANOPUNTURA/ELETROLIFITING
Com o processo inflamatório os fibroblastos se multiplicam e produzem fibras colágenas, secretando também proteoglicanas e fibras elásticas
Ocorre aumento do número de fibroblastos jovens, neovascularização e retorno da sensibilidade dolorosa, tendo como consequência uma grande melhoria do visual da pele
MICROGALVANOPUNTURA/ELETROLIFITING
Técnica de aplicação Limpar
a pele e a caneta com álcool 70%
Ajustar
a intensidade da corrente de 180 até 200 microampères (Silva, 1997)
Punturar Ao
de maneira rápida e precisa
final, deve-se observar hiperemia e edema. Caso não esteja, é necessário retoque
MICROGALVANOPUNTURA/ELETROLIFITING
INDICAÇÕES Rugas Estrias
MICROGALVANOPUNTURA/ELETROLIFITING
RUGAS Segundo
Guirro e Guirro (2002) a aplicação da técnica no tratamento de rugas pode ser de 03 formas: Deslizamento
da agulha dentro do canal da ruga;
Penetração
da agulha no interior da ruga (num ângulo de 45 graus em relação à superfície da pele);
Escarificação
90 graus)
(deslizamento da agulha sobre a ruga num ângulo de
Figura 18: Deslizamento e escarificação da agulha sobre a ruga
Figura 19: Introdução da agulha na ruga e introdução e levantamento da agulha
Figura 20: Hiperemia na ruga causada pela punturação
MICROGALVANOPUNTURA/ELETROLIFITING
ESTRIAS Com
a aplicação da corrente ocorre aumento do número de fibroblastos
Além
disso, as fibras colágenas sofrem algum tipo de reorientação
A
penetração da agulha pode ser feita sobre a estria
Pode-se
Em
também levantar e estirar a pele por 3 a 5 segundos (Winter, 2000)
estrias largas faz-se um “X” na região central ou faz-se 2 ou 3 punturações paralelas no leito da estria
Figura 21: Introdução da agulha no leito da estria, associando ao levantamento da agulha
Figura 22: Hiperemia e edema causados pela punturação no eletrolifiting
MICROGALVANOPUNTURA/ELETROLIFITING
O tratamento é realizado uma vez na semana
A estimulação só poderá ser realizada quando o processo inflamatório estiver resolvido
O intenso quadro álgico faz com que em alguns casos seja necessário o uso de anestésico cutâneo
MICROGALVANOPUNTURA/ELETROLIFITING
Contra-indicações Níveis
elevados de glicocorticoides endógenos ou exógenos (Ex: síndrome de Cushing)
Gravidez Tomar
sol, devido ao alto risco de manchar a pele
Alergia
ou irritação à corrente elétrica
ALTA FREQUÊNCIA
ALTA FREQUÊNCIA
Campo eletromagnético: espaço onde agem forças magnéticas que se formam em torno de um condutor elétrico
Quando há uma corrente elétrica num condutor, não somente o condutor é submetido a alterações, mas também a região que o circunda. Forma-se um campo eletromagnético em volta do condutor
O efeito aumenta quando o condutor não está disposto linearmente, mas em forma de espiral
Figura 23: Representação esquemática de uma onda eletromagnética, onde campos elétricos e magnéticos deslocam-se simultaneamente
ALTA FREQUÊNCIA
É um aparelho que trabalha com correntes alternadas de alta frequência, cujos parâmetros de frequência e tensão podem variar de acordo com o fabricante
Ex: frequência variando entre 100 e 200KHz, com tensão que oscila entre 25.000 e 40.000V e uma intensidade da ordem2 de 100mA
ALTA FREQUÊNCIA
A passagem de ondas eletromagnéticas pelo ar ou outros gases rarefeitos provoca a formação de ozônio (O3) (Winter, 2001)
O ozônio é conhecido por suas propriedades bactericidas
ALTA FREQUÊNCIA – EFEITOS FISIOLÓGICOS
Efeito térmico Ao
atravessar o organismo ocorre a produção de calor, que tem por base o efeito Joule
Devido
ao calor, ocorre vasodilatação periférica local com aumento do fluxo sanguíneo
Como
consequência ocorre aumento da oxigenação e metabolismo celular
ALTA FREQUÊNCIA
Segundo Miedes (1999) o efeito térmico é inversamente proporcional à superfície do eletrodo
Eletrodos de pequena superfície podem gerar queimadura
Figura 24: Lesões por queimadura geradas pela alta frequência
ALTA FREQUÊNCIA – EFEITOS FISIOLÓGICOS
Bactericida e antisséptico É
o principal efeito da alta frequência
Ocorre
As
pela formação do ozônio na superfície da pele
“faíscas” que saltam entre a superfície do eletrodo e a pele geram o ozônio a partir do oxigênio ambiental
ALTA FREQUÊNCIA – EFEITOS FISIOLÓGICOS
Melhora do trofismo dérmico Relacionado
à ação bactericida, pois o trofismo da pele fica prejudicado pela ação das bactérias
Antiinflamatório comum em lesões abertas (úlceras, acne, etc.) a presença de germes e bactérias que dificultam a resolução do processo inflamatório
É
Seu
efeito é superficial, não tendo bons resultados em inflamações mais profundas
ALTA FREQUÊNCIA - INDICAÇÕES
Desinfecção após extrações de acne;
Desinfecção do couro cabeludo em casos de seborréia;
Pós depilação, principalmente em casos de foliculite;
Solução de continuidade da pele (úlceras de pressão infectadas, feridas abertas, etc.);
Figura 25: Aplicação da alta frequência após a depilação
Figura 26: Evolução no tratamento de úlcera de pressão com alta frequência, após 5 semanas de estimulação diária
TÉCNICA DE APLICAÇÃO
O aparelho consiste num gerador de alta frequência, em um porta eletrodo e em diversos eletrodos de vidro
Pode ser portátil ou acoplado em aparelhos conjugados com outros recursos
Figura 27: Gerador portátil de alta frequência com porta eletrodo da marca Tone derm®
Figura 28: Eletrodos de vidro usados na alta frequência
TÉCNICA DE APLICAÇÃO
Os tratamentos habituais na face duram em média de 3 a 5 minutos, podendo atingir até 10 minutos
Quanto à intensidade, deve-se buscar o máximo de faiscamento e/ou luminosidade do eletrodo, associado ao conforto e/ou tolerância do paciente
TIPOS DE APLICAÇÃO
As aplicações mais comuns são: Direta
A
ou efluviação
distância ou com faíscas
Indireta
ou saturação
TIPOS DE APLICAÇÃO
Aplicação direta ou efluviação Aplicação
do eletrodo diretamente sobre a pele realizando uma suave massagem
O
eletrodo mais utilizado é o tipo “cogumelo”, que pode ser grande (corporal) ou pequeno (facial)
Figura 29: Aplicação direta no corpo e na face com eletrodo tipo “cogumelo”
TIPOS DE APLICAÇÃO
Aplicação à distância ou faiscamento O
eletrodo se mantém a alguns milímetros de distância da pele, sem encostá-lo em nenhum momento
A
corrente se acumula na superfície do eletrodo e saltam faíscas do eletrodo até a pele
O
eletrodo que causa maior faiscamento é em forma de “bico”, também chamado de “cauterizador”
Muito
utilizado em lesões localizadas de pequena extensão (Ex: acne)
Figura 30: Aplicação à distância ou faiscamento do eletrodo da alta frequência
Figura 31: Eletrodo do tipo “bico” ou “cauterizador”
TIPOS DE APLICAÇÃO
Aplicação indireta ou saturação Utiliza-se
um eletrodo em forma de barra de vidro com um espiral metálico no seu interior
A
pessoa tratada segura o eletrodo com uma mão e o porta eletrodo com a outra
A
ação da alta frequência se dará nos locais tocados pelo fisioterapeuta. Sua vantagem é a associação da massagem à alta frequência
Figura 31: Eletrodo de vidro com espiral metálico em seu interior para a aplicação da técnica de saturação.
Figura 32: Aplicação indireta ou saturação
EXEMPLOS DE OUTROS TIPOS DE ELETRODOS
Tipo pente Objetivo de desinfetar o couro cabeludo e tratamento contra piolhos
Tipo forquilha Para aplicação na região submentoniana, principalmente em tratamento de foliculite pós barba
Tipo cachimbo ou “rabo de baleia” Para tratamento ungueal, após retirada de cutículas
Tipo rolo Para melhor deslizamento facial e corporal
Figura 33: Eletrodo do tipo pente e aplicação no couro cabeludo
Figura 35: Eletrodo em forma de cachimbo
Figura 34: Aplicação com eletrodo tipo forquilha
Figura 36: Eletrodo em forma de rolo
CONTRA INDICAÇÕES
Portadores de marca-passo
Gestantes
Pacientes com distúrbios de sensibilidade
Pele com cosméticos inflamáveis (éter, álcool, etc.)