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A vida além do erro dos seus pais: o poder transformador do amor de Deus. Traduzido do original em inglês Life Beyond Yo

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A vida além do erro dos seus pais: o poder transformador do amor de Deus. Traduzido do original em inglês Life Beyond Your Parent’s Mistakes: the transforming power of God’s love, por David Powlison Copyright ©2010 David Powlison • Publicado por New Growth Press, Greensboro, NC 27404 Copyright © 2016 Editora Fiel Primeira Edição em Português: 2018 Todos os direitos em língua portuguesa reservados por Editora Fiel da Missão Evangélica Literária PROIBIDA A REPRODUÇÃO DESTE LIVRO POR QUAISQUER MEIOS, SEM A PERMISSÃO ESCRITA DOS EDITORES, SALVO EM BREVES CITAÇÕES, COM INDICAÇÃO DA FONTE. • Diretor: James Richard Denham III Editor: Tiago J. Santos Filho Coordenação Editorial: Renata do Espírito Santo Tradução: Antonivan Pereira Revisão: Shirley Lima Diagramação: Wirley Correa - Layout Capa: Wirley Correa - Layout Ebook: João Fernandes ISBN: 978-85-8132-562-0

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) P888v

Powlison, David, 1949A vida além do erro dos seus pais : o poder transformador do amor de Deus / avid Powlison ; [tradução: Antonivan Pereira]. – São José dos Campos, SP : Fiel, 2018. 2Mb ; ePUB Tradução de: Life beyond your parents' mistakes : the transforming power of God's love. Inclui referências bibliográficas. ISBN 978-85-8132-562-0

1. Fios adultos de famílias com problemas – Vida religiosa. 2. Filhos adultos de famílias com problemas – Psicologia. 3. Vida cristã. I. Título. II. Série. CDD: 248.86

Caixa Postal, 1601 CEP 12230-971 São José dos Campos-SP PABX.: (12) 3919-9999 www.editorafiel.com.br

APRESENTAÇÃO DA SÉRIE Gilson Santos Jay Adams, teólogo e conselheiro norte-americano, nascido em 1929, foi professor de Poimênica no Seminário Teológico de Westminster, em Filadélfia, no estado de Pensilvânia, Estados Unidos. Adams é um respeitado escritor e pregador, genuinamente evangélico e conservador. Enquanto lecionava sobre a teoria e a prática do pastoreio do rebanho de Cristo, ele viuse na necessidade de construir uma teoria básica do aconselhamento pastoral. Rememorando a sua trajetória, Adams nos informa que, tal como muitos pastores, não foi muito o que aprendeu no seminário sobre a arte de aconselhar. Desiludido com suas iniciativas de encaminhar ovelhas para especialistas, ele buscou assumir um papel pastoral mais assertivo e biblicamente orientado no contexto de aconselhamento. Em seus esforços, crendo na veracidade e eficácia da Bíblia, Adams estabeleceu como objetivo salvaguardar a responsabilidade moral dos aconselhandos, entendendo que muitas abordagens terapêuticas e poimênicas a comprometiam. Em seu elevado senso de respeito e reverência às Escrituras, Adams reconheceu que a Bíblia é fonte legítima, relevante e rica para o aconselhamento. Ele propôs que, em vez de ceder e transferir a tarefa a especialistas embebidos em seus dogmas humanistas, os ministros do evangelho, assim outros obreiros cristãos vocacionados por Deus para socorrer pessoas em aflição, devem ser estimulados a reassumir seus privilégios e responsabilidades. Inserido em uma tradição que tendia a valorizar fortemente as dimensões públicas do ministério pastoral, Adams fincou posição por retomar o prestígio das dimensões pessoais e privativas do ministério cristão, sobretudo o aconselhamento. Nisto seu esforço se revelou de importância capital. De fato, basta examinar a matriz primária do ministério cristão, que é a própria pessoa de Jesus Cristo, para concluir que, diminuir a importância e lugar do ministério pessoal trata-se de uma distorção grave na história da igreja. Adams defende, assim, que conselheiros cristãos qualificados, adequadamente treinados nas Escrituras, são competentes para aconselhar. Adams também assumiu com seriedade as implicações do conceito cristão de pecado para o aconselhamento. Em resumo, ele propõe que o cristianismo

não pode contemplar uma psicopatologia que prescinda de um entendimento bíblico dos efeitos da Queda, e da pervasiva influência que o pecado exerce no psiquismo dos seres humanos. Por esta razão, a abordagem que ele propôs chamou-se inicialmente de “Aconselhamento Noutético”. O termo noutético é derivado de uma palavra grega, amplamente utilizada no texto neotestamentário, que significa “por em mente” – formado de nous [mente] e tithemi [por]. O uso de nouthetéo nos escritos paulinos sempre aparece estritamente associado a uma intenção pedagógica. O aconselhamento noutético seria então aquele que direciona, ensina, exorta e confronta o aconselhando com os princípios bíblicos. De acordo com a noutética, o aconselhamento se dá em confrontação com a Palavra de Deus. Visando não apenas uma mudança comportamental, ele objetiva a inteira transformação da cosmovisão, oferecendo as “lentes da Escritura” ao aconselhando. Num momento posterior, esta abordagem passou a denominar-se exclusivamente “Aconselhamento Bíblico”. Sobre estas bases, em 1968 Jay Adams deu início, no Seminário Teológico de Westminster, em Filadélfia, ao CCEF - Christian Counseling and Education Foundation (Fundação para Educação e Aconselhamento Cristão), inaugurando um novo momento na história do aconselhamento cristão. Adams lançou os principais conceitos de sua teoria de aconselhamento na obra “O Conselheiro Capaz” (Competent to Counsel), publicado em 1970; a metodologia foi condensada no “Manual do Conselheiro Capaz”, publicado em 1973. No Brasil, a Editora Fiel foi pioneira na publicação dessas duas obras; a primeira edição de “Conselheiro Capaz” em português foi publicada em 1977 e o volume com a metodologia publicado posteriormente. Adams também foi preletor em uma das primeiras conferências da Editora Fiel no Brasil direcionada a pastores e líderes. O legado de Adams no CCEF foi recebido e levado adiante por novas gerações. Estas procuraram manter-se alinhadas com o núcleo central de sua proposta, ao mesmo tempo em que revisaram aspectos vulneráveis, e defrontaram-se com algumas de suas tensões ou limites. Alguns destes novos líderes e conselheiros notabilizaram-se. Estes empenharam-se por um foco mais direcionado ao ser do que no fazer, colocando grande ênfase nas dinâmicas do coração, particularmente no problema da idolatria. Também procuraram combinar o enfoque no pecado com uma teologia do sofrimento. Procuram oferecer considerações ao social e ao biológico, com novos

enfoques para as enfermidades, inclusive para o uso de medicamentos. É igualmente notável a ênfase no aspecto relacional do aconselhamento na abordagem desses novos líderes. Alguns estudiosos do movimento ainda apontam uma maior abertura e espírito irênico dessas gerações sucedâneas, particularmente em sua confrontação com outras abordagens poimênicas ou terapêuticas. A Editora Fiel vem novamente oferecer a sua contribuição ao aconselhamento bíblico, desta vez colocando em português esta série que enfoca vários temas desafiantes à presente geração. A série original em inglês já se aproxima de três dezenas de livretos. Este que o leitor tem em suas mãos é um deles. Tais temas inserem-se no cenário com o qual o pastor e conselheiro cristão defronta-se cotidianamente. Os autores da série pretendem oferecer um material útil, biblicamente respaldado, simples e prático, que responda às demandas comuns nos settings, relações e sessões de aconselhamento cristão. Se este material, que representa esforços das gerações mais recentes do aconselhamento bíblico, puder ajudá-lo em seus desafios pessoais em tais áreas, ou ainda em seu ministério pessoal, então os editores podem dizer que atingiram o seu objetivo. Boa leitura! Gilson Carlos de Souza Santos é pastor da Igreja Batista da Graça, em São José dos Campos, possui bacharelado em Teologia e graduação em Psicologia, e dirige o Instituto Poimênica cujo alvo é oferecer apoio e promoção à poimênica cristã.

Introdução Sally cresceu em um lar perigoso. Durante sua adolescência, o pai abusou sexualmente dela, colocando um sabor amargo no infeliz relacionamento deles. E, ainda que ela tenha se tornado cristã no ensino médio, sentia que nunca poderia conhecer a Deus como seu Pai. O relacionamento que tinha com o pai era simplesmente nocivo demais. Hoje, aos 28 anos, ela ainda tem a tendência de ver a Deus como não confiável, exigente, impiedoso e imprevisível. A mãe de Keasha era verbalmente abusiva. Ela criticava Keasha com muita frequência, implicando com as menores falhas. Ira e fuga eram o “procedimento padrão” da família. Agora, Keasha tem sua própria família, mas ainda luta para entender o amor de Deus por ela. “Como eu posso?”, indagou-me ela e completou: “Minha mãe fez com que eu me sentisse desvalorizada e indigna de ser amada. Para mim, o amor de Deus parece apenas palavras”. O pai de Bill abandonou a família quando o menino tinha três anos. A mãe dele trabalhou em dois empregos para sustentar a família. Bill nunca mais voltou a ver o pai, e sua mãe estava frequentemente preocupada com o estresse de ser a única cuidadora da família. Agora, aos 36 anos, Bill recentemente buscou aconselhamento por causa da sensação de longa data de que “Deus está distante, como meus pais estavam”.

Você pode conhecer o amor de Deus apesar do erro dos seus pais? E você? Talvez você sinta que os erros de seus pais o impediram de conhecer o amor de Deus e de aprender a amar os outros. Esse é um problema comum. E não se resolve em um estalar de dedos. Mas há uma solução verdadeira que, pacientemente, funciona. Coragem: Deus quer que você conheça e experimente o amor dele. Ele reserva um tempo para fazer mais que apenas dizer simples palavras. A Palavra dele está repleta de lembretes de que ele, pessoal e poderosamente, ama seus filhos: “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (1Jo 4.10). “Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele

que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” (Rm 8.31-32). “Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado” (Rm 5.5). “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai. O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8.15-16).

Essas não são apenas palavras. Deus faz o que diz. Não se trata apenas de boas intenções. Ele inicia um relacionamento vivo. Essas passagens falam de duas maneiras principais pelas quais Deus mostra seu amor por nós. Primeiro, o fato histórico: Jesus enfrentou uma morte agonizante por amor a seus filhos. Segundo, a dinâmica poderosa dentro de nossos corações: o Espírito Santo derrama o amor de Deus em nós para criar a resposta confiante de um filho. Deus agiu com amor na história? Deus age com amor agora dentro de nossos corações? Sim! O amor de Deus é eficaz, no passado e agora. Mas o que dizer quando nos sentimos desconectados do fato histórico de que Jesus morreu por nós e da dinâmica de trabalho do Espírito Santo? O que dizer de Sally, Keasha e Bill? E você? O que faz quando não entende o amor de Deus por você? Quando a cruz de Cristo o deixa frio/insensível? Quando o Espírito Santo parece ser apenas uma teoria (e não uma ajuda diária em tempos difíceis)? O que você faz quando há pouco ou nenhum “Aba, Pai” em seu coração? Pessoas que lutam para entender o amor de Deus por elas frequentemente ouvem duas ideias dos conselheiros cristãos e de outros que tentam ajudá-las. Declaração 1. “Você realmente não consegue apreciar Deus como Pai se teve um relacionamento ruim com seus pais humanos.” Declaração 2. Essa declaração é sobre métodos de aconselhamento e, com frequência, segue a primeira afirmação: “Se você teve problemas com os pais em sua história, precisa agora de um tipo de “reparentalização” ou de alguma espécie de experiência de correção emocional. Você precisa do amor de um pai substituto, terapeuta, mentor ou grupo de apoio antes de experimentar Deus como um Pai amoroso.”

Essas declarações são verdadeiras? Se seus pais eram violentos, críticos, negligentes e egoístas, você está impedido de conhecer Deus como um pai amoroso? Será que você precisa, antes, experimentar um relacionamento humano corretivo para tornar “Deus é meu Pai” uma realidade substancial?

Quando cuidadosamente examinadas, essas declarações revelam-se falsas. Elas distorcem a natureza do coração humano, e distorcem as razões pelas quais as pessoas acreditam em mentiras sobre Deus. Ainda pior, essas declarações negam o poder e a verdade de como Deus realmente age através de sua Palavra e de seu Espírito. Elas substituem o Deus Todo-poderoso por um todo-poderoso psicoterapeuta, cujas afirmações e tolerância preparam o coração para um deus que vai apenas tolerar e afirmar. Isso não quer dizer que pessoas com pais medíocres não projetem frequentemente essas imagens para o Deus verdadeiro. Elas o fazem muitas vezes e não é de admirar que digam que um deus assim não é confiável nem amável! A declaração número 1 reflete um fenômeno comum: “Eu tenho um pai corrupto e eu acho que Deus é corrupto”. Mas a relação causal entre esses dois fatos é real? As pessoas distorcem sua visão de Deus porque tiveram pais pecadores ou por alguma outra razão? Você deve cavar abaixo da superfície para encontrar a resposta. Existem pessoas com pais ruins e que, ainda assim, têm um ótimo relacionamento com Deus? Existem pessoas com bons pais e que, ainda assim, têm uma visão detestável de Deus? Por exemplo, meu antigo pastor, quando tinha dois anos, perdeu seu pai em um acidente. Sua mãe logo casou novamente e seu padrasto era agressivo com ele. Porém, o tratamento do seu padrasto não o impediu de entender o amor de Deus. Em vez disso, o amor de seu Pai celestial tornou-se a coisa mais importante na sua vida. Com frequência, ele dizia que crescer sem o amor de um pai tornou o amor de Deus ainda mais real para ele. Seu versículo preferido era 1 João 4.16: “E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele”. A declaração 2 também reflete uma experiência comum: “Realmente fez diferença conhecer uma pessoa em quem eu pude confiar e meu relacionamento com Deus cresceu”. Sem dúvida, amigos bons, atenciosos e sábios são uma excelente ajuda no processo de mudança. Um conselheiro piedoso é como um pai piedoso em muitos aspectos. Mas essa explicação para mudança, embora plausível, está correta? Outra vez, você precisa cavar. Relacionamentos humanos que afirmam e lhe dão confiança corrigem o problema de uma visão distorcida de Deus ou há uma solução primária diferente? Existem pessoas que conhecem alguém em quem confiam e, ainda assim, pensam que Deus não é confiável? Um relacionamento com alguém

em quem você confia pode desencaminhá-lo de Deus?

Deus é meu Rei, Pastor, Mestre, Salvador e Deus Nossa resposta a essas duas declarações deve ter início pela observação de que pais pecadores não são os únicos a deturpar a imagem de Deus. Todas as palavras que Deus usa para descrever a si mesmo têm paralelos humanos desapontadores. Considere os seguintes exemplos: Deus é rei. Governantes humanos frequentemente são fracos, distantes, cruéis ou corruptos. Quem vem à sua mente quando você pensa sobre como Deus, o Rei, é? Governantes que refletem fielmente Deus sempre foram raros. Ainda assim, sua experiência (ainda que negativa) não precisa impedilo de conhecer Deus como um Rei justo e um Juiz misericordioso. Deus mesmo nos diz sobre reis bons, maus e medíocres para que você perceba a diferença. A Bíblia também nos diz e mostra que tipo de Rei Deus é. A questão é: o que você permite que dite sua percepção de Deus — a Palavra ou a experiência pessoal? Se você olhar para Deus apenas através das lentes da experiência humana, vai interpretá-lo mal. Mas, quando você ouve, o Espírito Santo fala através da Palavra para reinterpretar suas experiências de vida. Essa verdade, então, permanece, moldando sua percepção acerca das experiências futuras. O SENHOR é meu pastor. Quando se trata de pastores humanos, poucos são como o encantador retrato de cuidado e sabedoria do ofício de pastor, descrito por Philip Keller no livro Nada me faltará: o Salmo 23 à luz das experiências de um pastor de ovelhas (Editora Betânia). E se os pastores que você conheceu na vida real fossem trabalhadores ignorantes ou andarilhos bêbados? Ou se tudo que você conheceu até agora foram cenas de livros de histórias sobre jovens loiros ou cordeiros pulando nas campinas verdes? Alguma dessas imagens o ajuda a entender Deus? Isso significa que o Salmo 23 é incapaz de fortalecê-lo até você conhecer um pastor do tipo descrito por Philip Keller? Claro que não. Pense também nos pastores do rebanho de Deus que você conhece. Algumas pessoas podem apontar alegremente para um “pastor piedoso que teve um grande impacto em minha vida”. Mas outras cresceram sob o pastoreio de falsos mestres (homens gananciosos, obstinados e arrogantes

como aqueles em Ezequiel 34). Isso significa que não dá para ser consolado pelo fato de o Senhor ser um pastor até você conhecer um ministro piedoso? Ezequiel 34 e João 10 argumentam justamente o contrário. Deus afirma que podemos receber conforto direto dele, mesmo que as pessoas tenham traído a nossa confiança: “Eu estou contra esses pastores cruéis, e eu, o bom pastor, eu mesmo virei e tomarei conta de você, meu rebanho”. A existência de perversidade não nos faz cegos para a pureza. Coloque as prioridades em primeiro lugar. Com frequência, o Espírito Santo usa pastores piedosos, mas ele não precisa deles. Ele é poderoso o bastante para revelar o Supremo Pastor, mesmo que não existam modelos humanos nobres. O Senhor é o meu mestre, e eu sou seu servo. Como as pessoas normalmente encaram as figuras de autoridade (chefes, comandantes, diretores executivos, gerentes)? Muitas vezes há rivalidade, distanciamento, manipulação e suspeita entre patrões e subordinados. A escravidão literal sempre foi repleta de degradação e ressentimento. Ainda assim, Deus escolheu uma palavra que está carregada de uma experiência negativa e espera que nós a vivenciemos com alegria. Ele descreve a si mesmo como um Senhor gentil, e a nós, como servos solícitos. Que choque a linguagem de Paulo deve ter sido para os servos ressentidos ou desesperados (mas quão libertadora, quando compreenderam o ponto!). Mais uma vez, Deus usa uma experiência unilateral para mostrar uma verdade bilateral. Existem tanto bons como maus relacionamentos entre mestres e servos. Você crerá em Deus ou no mundo que conhece? O Espírito Santo é capaz de renovar sua mente para que você confie no Senhor. Deus é meu Salvador, Resgatador e Ajudador. Com frequência, temos boas razões para fugir de pessoas que gostam de brincar de salvadoras, tentando resgatar ou consertar os outros. Essas pessoas têm “complexo de messias” e são orgulhosas, intrometidas, presunçosas e controladoras. Não é divertido ser “ajudado” por um ajudador desse tipo! Se você conheceu apenas pseudossalvadores, está impossibilitado de conhecer Jesus como seu Salvador? Maravilhosamente, de alguma maneira, Deus parece ser capaz de revelar a si mesmo como absolutamente piedoso sem que existam pessoas piedosas apontando o caminho. O SENHOR é Deus. Esse é o exemplo definitivo. Qual é a experiência humana típica de “Deus”? Dependendo da pessoa a quem você escuta, Deus é uma abstração filosófica, um poder maior, um ídolo, uma experiência de

elevação durante a meditação, um tirano distante, um cara legal, uma energia criativa, um avô bonzinho ou até você mesmo. Se passei a vida crendo nessas falsas imagens, significa que é impossível conhecer o Deus vivo e verdadeiro? Em toda parte, a Bíblia rejeita essa ideia, oferecendo-se, ao contrário, para “lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz” (At 26.18). Deus muda a mente das pessoas; ele não é impedido por distorções. Ele pode revelar-se “[resplandecendo] em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo” (2Co 4.6). A experiência de vida não é suprema; nem as mentiras nas quais as pessoas acreditam. Deus é — e somente ele pode nos dar isso. Em cada um desses exemplos, não faz sentido afirmar que a experiência de vida dita a realidade de uma pessoa. Ao contrário, as muitas experiências de desapontamento e imagens distorcidas podem levá-lo a desejar conhecer o verdadeiro Rei, Pastor, Mestre, Salvador e Deus! É possível que você diga: “O meu pastor nunca me ensinou sobre Deus. Como me alegro que Hebreus 13.20-21 seja verdade, que o grande Pastor das ovelhas derramou seu sangue por mim e me ensina a fazer a sua vontade”. “Meu chefe é manipulador e mentiroso. Como me alegro que Efésios 6.5-8 tem-se tornado verdade em mim e que eu posso servir a Cristo com integridade, em vez de ser amargo e medroso.” “O Deus a respeito de quem eu ouvi enquanto crescia parecia um desmancha-prazeres distante. Louvado seja o grande Deus, pois o Salmo 36 é verdadeiro e mostra que o Senhor é um refúgio bem presente, uma fonte de amor, luz e alegria!” Claramente, nossa experiência de fracasso não precisa nos controlar. Contudo, para muitos, a verdade “Deus é Pai” parece ser a exceção. É verdade que eles sentem que seu conhecimento de Deus como Pai é controlado por um paralelo terreno. Então, voltamos para a segunda questão: É certo que seu pai terreno imponha o significado daquela frase até que um pai humano substituto atribua nova interpretação a ela?

Mas Deus é meu Pai? Conceitos de nossa cultura psicologizada saturam a maneira como as pessoas (inclusive as pessoas cristãs) pensam sobre si mesmas e sobre os outros. Essa ideia de que seus pais determinam sua visão do Pai celeste tem origem na psicologia psicodinâmica, não na Bíblia. Homens como Sigmund Freud e Erik Erikson observaram corretamente que, com frequência, as

pessoas criam seus próprios deuses. A teoria psicodinâmica deles fez desse padrão “de baixo para cima” a explicação para nossas ideias de Deus. Essa teoria negou que o Deus verdadeiro se revela “de cima para baixo”. O deus psicodinâmico era uma projeção da psique humana. Agora, versões populares dessa ideia permeiam a nossa cultura. “Se meu pai não me amava, eu não consigo conhecer Deus como um Pai amoroso.” Essa ideia desperta algo no coração humano. Porém, quando lembramos que nosso coração é naturalmente distorcido, começamos a perceber razões diferentes pelas quais essa explicação parece tão convincente para nós. Todos os pecadores fabricam imagens falsas de Deus, e os pais são os primeiros modelos. Como pecadores, esquivamo-nos da responsabilidade por nossa incredulidade, culpando os outros e saboreando o papel de vítimas. Quando projetamos mentiras e imagens errôneas em Deus, preferimos apontar para os pais como a causa a olhar para as atividades de nossos próprios corações. O insight psicológico alimenta nossa tendência humana pecaminosa de encontrar desculpas e razões para a incredulidade. Em uma geração anterior, a desculpa comum para a incredulidade era: “A igreja está cheia de hipócritas, então eu não quero nada com Deus”. Esta era ainda mais obstinada e amarga: “Dá o fora, Deus”. Hoje em dia, o tom é mais de autopiedade: “Eu só não vejo como confiar em Deus”. Porém, o resultado final é o mesmo. O clamor de “Aba, Pai” não salta da terra. “Meu pai não me amava, então meu egocentrismo, autopiedade e incredulidade têm uma razão subjacente. Outra pessoa causou meus problemas; outra pessoa deve corrigilos.” A técnica terapêutica segue logicamente essas suposições. “Seus pais eram distantes e cruéis. Você pensa em Deus como distante e cruel. Eu, seu terapeuta, sou interessado em você e gentil. Conhecer meu amor permitirá que você pense em Deus como em mim, interessado e gentil.” Essa é uma declaração chocante quando dita tão abruptamente. Por isso é muitas vezes insinuada, até que, sorrateiramente, pega as pessoas. O ponto aqui é importante: a “reparentalização” não somente ignora a viva Palavra de Deus e o Espírito que dá vida; ela também substitui uma imagem falsa de Deus por outra. O deus insatisfatório criado pela alma humana, supostamente por causa de maus pais, pode agora ser refabricado à imagem de um terapeuta satisfatório.

É fácil perceber que o Deus vivo e verdadeiro não é como um pai violento, inconstante e que rejeita. O verdadeiro Deus mandou Jesus Cristo em uma missão de amor para salvar pessoas inaceitáveis. Mas Deus também não é como um bom terapeuta que aceita tudo. O Deus verdadeiro tem ira santa e padrão imutável, e aqueles a quem ele ama são “fracos, ímpios, pecadores, inimigos” (Rm 5). Ele é misericordioso, não complacente. O Deus verdadeiro não é um diabo, mas também não é Carl Rogers ou o sr. Rogers.1 A abordagem da reparentalização tem uma visão equivocada de quem o Pai é e do que um pai deve ser. Ela sabe que a crueldade e a negligência são erradas, porém substitui esses pecados pela confiança suprema no poder de um terapeuta e na afirmação do eu. Não há uma verdade cabal nessa versão de amor: nem morrer para si mesmo, nem Salvador crucificado. Estou dizendo que conselheiros atenciosos e amigos são irrelevantes para a mudança? Claro que não! Uma pessoa não tem de escolher entre verdade e amor: as pessoas crescem da forma que Efésios 4.15-16 descreve. Meu ponto é simplesmente que precisamos colocar a prioridade na frente, para que a visão do amor humano se conecte com o amor de Deus, em vez de competir com ele. As pessoas mudam quando o Espírito Santo traz o amor de Deus aos seus corações por meio do evangelho. Qualquer um que receba o Espírito de adoção como filho de Deus aprende a clamar: “Aba, Pai”. As pessoas mudam quando percebem que são responsáveis pelo que acreditam sobre Deus. A experiência de vida não é desculpa para acreditar em mentiras; o mundo e o diabo não justificam a carne. As pessoas mudam quando a verdade se torna mais clara e brilhante do que as experiências prévias de vida. Nós mudamos quando nossos ouvidos ouvem e quando nossos olhos veem o que Deus diz sobre si mesmo: “Cantai, ó céus, alegra-te, ó terra, e vós, montes, rompei em cânticos, porque o SENHOR consolou o seu povo e dos seus aflitos se compadece. Mas Sião diz: O SENHOR me desamparou, o Senhor se esqueceu de mim. Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti. Eis que nas palmas das minhas mãos te gravei; os teus muros estão continuamente perante mim” (Is 49.13-16). “[Ele] não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniquidades. Pois quanto o céu se alteia acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem. Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões. Como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece dos que o temem” (Sl 103.10-13).

Estas coisas são verdadeiras: tanto a promessa de compaixão como as ações que expressam compaixão. Por meio delas, Deus acalma os medos dos sofredores e pecadores. As pessoas chegam a conhecer esse Deus porque conselheiros humanos habilidosos os reparentalizaram? Não, e a própria tentativa de fazer disso um modelo de aconselhamento é idolatria. Mas não há bons conselheiros como pais e mães? Sim. Como o apóstolo Paulo diz: “Embora pudéssemos, como enviados de Cristo, exigir de vós a nossa manutenção, todavia, nos tornamos carinhosos entre vós, qual ama que acaricia os próprios filhos; assim, querendovos muito, estávamos prontos a oferecer-vos não somente o evangelho de Deus, mas, igualmente, a própria vida; por isso que vos tornastes muito amados de nós. Porque, vos recordais, irmãos, do nosso labor e fadiga; e de como, noite e dia labutando para não vivermos à custa de nenhum de vós, vos proclamamos o evangelho de Deus. Vós e Deus sois testemunhas do modo por que piedosa, justa e irrepreensivelmente procedemos em relação a vós outros, que credes. E sabeis, ainda, de que maneira, como pai a seus filhos, a cada um de vós, exortamos, consolamos e admoestamos, para viverdes por modo digno de Deus, que vos chama para o seu reino e glória” (1Ts 2.7-12).

Por que um conselheiro deve ser assim? Porque Deus é assim. A diferença entre o padrão de Paulo e a terapia de reparentalização encontra-se na superfície. Paulo “reparentalizou” os tessalonicenses para que, agora conhecendo e transformados por seu amor, eles fossem capazes de visualizar Deus como amável? Não, isso é exatamente o contrário e até blasfemo. Paulo era manso, vigoroso, atencioso e confiável como um conselheiro-pai levando a mensagem do Pai. O amor do Pai muda as pessoas, ele mudou Paulo. Conhecendo o amor divino, ele pôde incorporar o amor – um amor que era o fruto e o veículo da mensagem que ele impunha a seus ouvintes. Deus é essencial. O agente humano é significativo mas secundário, pois depende daquele que é primário. O terapeuta moderno ou aquele que faz a reparentalização inverte isso. O conselheiro humano é primário. Deus ou é irrelevante ou secundário. A questão em jogo não é se o conselheiro deve ou não ser paciente, gentil e generoso. O capítulo 13 de 1 Coríntios estabelece isso. Mas, no drama divino da redenção, quem interpretará o protagonista e quem será o ator coadjuvante? Se seu pai não o amou, você pode conhecer o amor do Pai. Um conselheiro piedoso (ou pai ou amigo) muitas vezes será o instrumento. Mas a chave para a mudança encontra-se entre você e Deus, e não entre você e outra pessoa. Vamos ver como essas verdades ajudaram Sally, Bill e Keasha. Como Sally

reconheceu: “Por anos, pensei que nunca poderia conhecer a Deus como meu Pai porque tive um relacionamento muito ruim com meu pai terreno. Mas, então, compreendi que meu maior problema era eu, e não Deus ou meu pai. Meu sistema de crenças estava completamente arruinado. Eu estava projetando mentiras em Deus e acreditando naquilo que não era verdade sobre ele!”

Estratégias práticas para a mudança Sally começou a alimentar sua fé com a verdade de que Deus, o Pai, é fiel, misericordioso e coerente. Ele, pacientemente, trabalhou com ela, disciplinando e ensinando-a a conhecer a misericordiosa e generosa verdade sobre ele. Sally percebeu que sua visão de Deus não era causada por sua experiência de vida, mas pelo que seu próprio coração tinha feito com a experiência de ser prejudicada. Quando ela se voltou para Deus, sua mente foi renovada, e ela foi progressivamente libertada para abandonar antigas frustrações, amarguras, medos e exigências. Ela se tornou capaz de afirmar de todo o seu coração: “Rendei graças ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre.” Keasha passou um tempo meditando em 1 João 4 e Romanos 5. Ela pediu ao Espírito para derramar o amor de Deus dentro dela. Pediu a outros cristãos que orassem por ela, para que ela pudesse conhecer e entender o amor de Deus. Quanto mais pensava na morte de Jesus na cruz e em como seu Pai Celestial enviou o próprio Filho para dar sua vida por ela, mais impressionada ficava pelo contraste entre o amor de Deus e a implicância de sua mãe. Ela disse: “Eu percebi a diferença entre o amor imperfeito da minha mãe e fiquei cheia de gratidão pelo amor do meu Pai Celestial”. Ela abriu o coração para Deus. A percepção crescente do cuidado de Deus, apesar da infância difícil, deu a ela a capacidade de perdoar sua mãe pela forma como a tratara. Ela disse: “Eu entendi que minha mãe estava errada, mas algumas formas como respondi a ela também estavam erradas. Agora estou aprendendo, um pequeno passo de cada vez, a retribuir bem por mal, como Jesus disse.” Enquanto Bill lutava com a sensação de que “Deus é distante como meu pai era”, havia três componentes significativos para mudar. Primeiro: entendeu que ele, como todos nós, tem a tendência de ver sua experiência de vida como um filme de enorme sucesso, enquanto a Bíblia parece um filme do cinema mudo, maçante e em preto e branco. A carne produz esse estado de coisas ao interpretar a vida através das lentes de mentiras e desejos. Bill começou com duas verdades cruciais sobre Deus como Pai. Primeiro: Deus é rico em misericórdia (Sl 103; 2 Coríntios 1.2-5). Segundo: Deus está comprometido em ter contato direto com seus filhos, para ensinar, abençoar e

transformar (Jo 15.2; Hb 12.1-14). Bill orou e meditou sobre essas verdades em sua vida. À medida que ia aprendendo a se arrepender das mentiras nas quais tinha acreditado, ele descobriu que o Pai se tornava vívido. Em segundo lugar, no processo, Bill encarou pecados que vinha tentando evitar. A carne é enganosa. Ele descobriu que a frase “Deus é distante como meu pai era” lhe acorrera, em parte, por ter assimilado o diagnóstico conveniente e autoindulgente da psicologia popular. É verdade, Deus parecia, sim, distante. E o pai de Bill tinha sido ausente. Mas, ao analisar as duas coisas, elas provaram estar minimamente relacionadas, como se dissesse: “Eu estou com raiva porque sou de Áries”. No início da vida cristã de Bill, Deus não parecia, de forma alguma, distante. Mas alguns padrões de pecado bem específicos (ter fantasias sexuais, manipular e evitar as pessoas, sentir preguiça, nutrir amor pelo dinheiro) estavam por trás da sensação recorrente da distância de Deus. A psicologia transformou o relacionamento com seus pais na infância em uma varinha mágica para explicar tudo que estava errado em sua vida no presente. A Bíblia ofereceu a Bill uma explicação mais concreta e transformadora. Em terceiro lugar, Bill descobriu alguns bons amigos e exemplos (Pv 13.20; 1Ts 2.7-13). Ele estivera muito isolado. Passou a encontrar pessoas para conhecer e ser conhecido, para amar e ser amado. Essas pessoas não substituíram Deus e “reparentalizaram” Bill. Eles eram filhos do Pai, companheiros que estavam procurando crescer à imagem do Pai. Em meio a tudo isso, Bill começou a compreender Deus em sua experiência (para confiar e obedecer), em vez de compreender Deus através de sua experiência de vida. Não é de admirar que seu relacionamento com Deus tenha sido progressiva, objetiva e experimentalmente transformado. Você pode conhecer Deus mesmo que seus pais tenham sido violentos, mentirosos, frios, críticos... ou só eventualmente decepcionantes? A Bíblia diz SIM! Ouça, acredite nisso e reúna-se em comunhão com outros filhos do Pai.

Como crescer no conhecimento do amor de Deus Eis aqui um resumo simples do caminho para crescer no conhecimento de

Deus, seu Pai, ainda que seus pais tenham falhado com você (e é claro que todos os pais pecaram contra seus filhos). 1. Identifique e assuma a responsabilidade por mentiras específicas, crenças falsas, desejos, expectativas e medos que ofuscam seu relacionamento com Deus. 2. Encontre verdades específicas na Bíblia que combatam aquelas mentiras e desejos. Tem de haver uma batalha acontecendo dentro de você diariamente, à medida que o amor e a luz de Deus combatem sua escuridão. 3. Volte-se para Deus a fim de alcançar misericórdia e ajuda, pedindo ao Espírito da verdade para renová-lo, possibilitando, assim, que você extravase seu amor livremente. 4. Assuma a responsabilidade por pecados específicos cometidos contra seus pais e, como padrão geral, contra outras pessoas: amargura, obstinação, fuga, ato de transferir culpas, inquietação, medo, bajulação, calúnia, mentira, autocomiseração etc. 5. Volte-se para Deus a fim de alcançar misericórdia e ajuda. Peça pelo Espírito de amor para capacitá-lo a dar fruto com gratidão. 6. Identifique pecados específicos cometidos contra você. Pais que são egoístas ou hostis, que mentem ou traem a confiança, que fogem da responsabilidade, são pais que fazem o mal. O amor de Deus lhe dá coragem para olhar o mal de frente. Identificar as injustiças ajuda a saber o que perdoar. Isso também deixa claro aquilo que Deus o chama a enfrentar construtivamente. Você precisa de humildade para reconhecer que algumas injustiças podem ser apenas interpretadas como injustiças (produto de sua própria expectativa), e não injustiças reais. Arrepender-se do seu próprio pecado limpa sua mente para separar o que é o mal real do mal meramente considerado como tal. Você também precisa de uma renovação mental para entender que algumas coisas que lhe disseram estar certas ou que você presumiu serem certas estão erradas. 7. Pondere as coisas boas que seus pais fizeram por você. Muitas vezes, amargura e desapontamento embaçam o amor que era mostrado. Existem alguns pais que parecem encarnar o mal, porém a maioria é um misto de amor e egoísmo. 8. O Pai nos dá o poder para devolver o bem por mal, e não o mal por mal. Ele refaz seus filhos à imagem de seu Filho, Jesus. Aproxime-se com um plano para efetuar mudanças específicas em sua maneira de lidar com seus pais e os erros deles: perdoando, dando amor, buscando perdão, tolerando, confrontando construtivamente, reorientando sua atenção, colocando suas energias no chamado de Deus etc. 9. Encontre amigos sábios para orar por você, encorajá-lo, aconselhá-lo e a quem você possa prestar contas. A fé em Deus, nosso Pai, contagia. A sabedoria para viver como pacificador e filho de Deus também contagia. “O companheiro do sábio tornase sábio.”

O Pai está procurando adoradores e criando filhos que o conheçam. Então, peça, busque, bata e chegue a conhecê-lo como ele é.

1 - N. do E.: Psicólogo americano que ficou conhecido principalmente por uma abordagem centrada na pessoa.

*Todos os nomes são fictícios e os detalhes pessoais foram alterados.

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