Umbanda

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Origem da Umbanda Naquela ocasião, tendo o dirigente determinado que Zélio ocupasse um dos lugares à mesa, em determinado momento dos trabalhos, tomado por uma força desconhecida e superior à sua vontade, contrariando as normas que impediam o afastamento de qualquer um dos integrantes da mesa, Zélio levantou-se e disse: "Aqui está faltando uma flor!", retirando-se ato contínuo da sala. Retornou em poucos momentos, trazendo uma rosa, que depositou no centro da mesa. Esse gesto causou um princípio de polêmica entre os presentes. Restabelecida a "corrente", manifestaram-se, em vários dos médiuns presentes, espíritos que se identificaram como de indígenas ou caboclos e de escravos africanos. O dirigente dos trabalhos convidou esses espíritos a se retirar advertindo-os acerca do seu (deles) atraso espiritual. De acordo com entrevista do próprio Zélio, nesse momento ele sentiu-se novamente dominado pela estranha força, que fez com que ele falasse, sem saber o que dizia. Ouvia apenas a sua própria voz, perguntando o motivo que levava o dirigente dos trabalhos a não aceitar a comunicação daqueles espíritos, e porque eram considerados "atrasados" apenas pela diferença de cor ou de classe social que revelaram ter tido na última encarnação. Seguiu-se um diálogo acalorado, e os responsáveis pela mesa procuraram doutrinar e afastar o espírito desconhecido, que estaria incorporado em Zélio, desenvolvendo uma sólida argumentação. Um dos médiuns videntes perguntou então: "-Afinal, porque o irmão fala nesses termos, pretendendo que esta mesa aceite a manifestação de espíritos que, pelo grau de cultura que tiveram, quando encarnados, são claramente atrasados? E qual é o seu nome, irmão?" A resposta de Zélio, ainda tomado pela misteriosa força, foi: "-Se julgam atrasados estes espíritos dos pretos e dos índios, devo dizer que amanhã estarei em casa deste aparelho (o médium Zélio), para dar início a um culto em que esses pretos e esses índios poderão dar a sua mensagem, e, assim, cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. E, se querem saber o meu nome, que seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverá caminhos fechados para mim." O médium vidente insistiu, com ironia: "-Julga o irmão que alguém irá assistir ao seu culto?" Ao que a entidade respondeu: "- Cada colina de Niterói atuará como porta-voz, anunciando o culto que amanhã iniciarei!" Ainda de acordo com o relato de Zélio, no dia seguinte, a 16 de novembro, na residência de sua família, na rua Floriano Peixoto n° 30, em Neves, ao se aproximar a hora marcada, 20 horas, já ali se reuniam os membros da Federação Espírita, visando comprovar a veracidade do que havia sido declarado na véspera, alguns parentes mais chegados, amigos, vizinhos, e, do lado de fora da residência, grande número de desconhecidos. Às 20 horas, manifestou-se o Caboclo das Sete Encruzilhadas, declarando que, naquele momento, se iniciava um novo culto em que os espíritos dos velhos africanos, que haviam servido como escravos e que, desencarnados, não encontravam campo de ação nos remanescentes das

seitas negras, já deturpadas e dirigidas quase que exclusivamente para trabalhos de feitiçaria, e os índios nativos do Brasil poderiam trabalhar em benefício dos seus irmãos encarnados, qualquer que fosse a cor, a raça, o credo e a condição social. A prática da caridade (amor fraterno), seria a tônica desse culto, que teria como base o Evangelho de Cristo e como mestre supremo, Jesus. Após estabelecer as normas em que se processaria o culto, deu-lhe também o nome, anotado por um dos presentes como Alabanda, substituido por Aumbanda, que emsânscrito pode ser interpretada como "Deus ao nosso lado" ou "o lado de Deus". O nome pelo qual se popularizaria, entretando, seria o de Umbanda. Ver artigo principal: Umbanda Fundava-se, naquele momento, a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, assim denominada "porque assim como Maria acolhe o filho nos braços, também seriam acolhidos, como filhos, todos os que necessitassem de ajuda ou conforto". Após responder, em latim e em alemão, às perguntas de sacerdotes ali presentes, o Caboclo passou à parte prática da sessão, promovendo a cura de enfermos e fazendo andar aleijados. Antes do término dos trabalhos, manifestou-se um preto-velho, Pai Antônio, tendo este guia ditado o ponto hoje cantado em todo o Brasil: "Chegou, chegou, chegou com Deus, Chegou, chegou o Caboclo das Sete Encruzilhadas."2 Estava fundada a Umbanda no Brasil. Anos mais tarde o dia 15 de novembro seria considerado como Dia Nacional da Umbanda. Dez anos mais tarde, o Caboclo das Sete Encruzilhadas declarou que a iniciava a segunda parte de sua missão: a criação de sete templos que seriam o núcleo a partir do qual se propagaria a religião de Umbanda. A tarefa ficou completa com a fundação da Tenda São Jerônimo (a Casa de Xangô), em 1935. Em 1939, o caboclo determinou que se fundasse a Federação Espírita de Umbanda, posteriormente denominada como União Espiritista de Umbanda do Brasil,3 visando atuar como núcleo central doutrinário e congregar os templos umbandistas. A entidade trabalhou até meados da década de 1970, quando Zélio faleceu, aos oitenta e quatro anos de idade. Segundo Zilmeia de Moraes (filha de Zélio) após o seu falecimento, a entidade não mais se manifesta em terreiros, estando atualmente incumbido apenas de zelar pela religião. Na visão umbandista o caboclo foi, em uma das suas anteriores encarnações, o padre jesuíta Gabriel Malagrida. Significado da palavra Aruanda Aruanda é o nome dado pela Umbanda a uma cidade de luz etérea que orbitaria a ionosfera do planeta Terra, em uma dimensão espiritual de transição. Apesar da farta literatura, a Umbanda não é considerada uma religião codificada. Por esse motivo, o termo Aruanda pode possuir diversos significados, dependendo da tenda, barracão ou centro espiritualista no qual seja mencionado. É, inclusive, utilizado por outras religiões espiritualistas tais como Quimbanda e Candomblé, em referência genérica a "plano espiritual".

Para a Umbanda tradicional (fundada em 1908 pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas), os habitantes de Aruanda são trabalhadores do bem e da caridade, sejam recém-desencarnados em aprendizagem, sejam espíritos de luz que há muito não retornam a esfera física pela reencarnação. Estes guias espirituais, apesar de sua evolução, permanecem na dimensão vibratória de Aruanda para continuar auxiliando encarnados e desencarnados, se manifestando na Terra sob a roupagem fluídica (em tipologia espiritual) de pretos-velho, caboclos e crianças. Suas verdadeiras formas, no entanto, transcendem raça, credo ou etnia, sendo possível sua manifestação em qualquer congregação que pratique o binômio amor-caridade e que admita a comunicação espiritual. Para o espiritismo (codificado por Allan Kardec), Aruanda seria a denominação de uma colônia espiritual, assemelhada à colônia Nosso Lar, descrita no livro de André Luis, psicografado pelo médium Chico Xavier. Em Aruanda, porém, estariam presentes elementos magísticos da cultura africana, em sincretismo com símbolos da cultura judaico-cristã. Aruanda, enquanto cidade espiritual, é mencionada nos livros "Tambores de Angola" e "Aruanda" - livros do espírito Ângelo Inácio, psicografado pelo médium Robson Pinheiro. Em ambos, a religião da Umbanda é situada com integrante de um panorama espírita maior (espiritualismo universalista), sendo explicada a importância de seus rituais magísticos e simbologias, enquanto formas de manipulação das forças elementais da natureza. O que são os Orixás? O planeta em que vivemos e todos os mundos dos planos materiais se mantêm vivos através do equilíbrio entre as energias da natureza. A harmonia planetária só é possível devido a um intrincado e imenso jogo energético entre os elementos químicos e energéticos que constituem estes mundos e entre cada um dos seres vivos que habitam estes planetas. Um dado característico do exercício da religião de Umbanda é o uso, como fonte de trabalho, destas energias. Vivendo no planeta Terra, o homem convive com Leis desde sua origem e evolução, Leis que mantêm a vitalidade, a criação e a transformação, dados essenciais à vida como a vemos desenvolver-se a cada segundo. Sem essa harmonia energética o planeta entraria no caos. O fogo, o ar, a terra e a água são os elementos primordiais que, combinados, dão origem a tudo que nossos corpos físicos sentem, assim como também são constituintes destes corpos. Esses elementos e suas ramificações são comandados e trabalhados por Entidades Espirituais que vão desde os Elementais (espíritos em transição atuantes no grande laboratório planetário), até aos Espíritos Superiores que inspecionam, comandam e fornecem o fluido vital para o trabalho constante de CRIAR, MANTER e TRANSFORMAR a dinâmica evolutiva da vida no Planeta Terra e seus habitantes. A esses espíritos de alta força vibratória chamamos ORIXÁS, Na Umbanda são tidos como os maiores responsáveis pelo equilíbrio da natureza, condutores das qualidades divinas e responsáveis pela dinâmica da evolução. São conhecidos em outras partes do mundo como "Ministros" ou "Devas", espíritos divinos de alta vibração evolutiva que cooperam diretamente com Deus, fazendo com que Suas Leis sejam cumpridas constantemente.

O uso de uma palavra que significa “dono da cabeça” (ORI-XÁ) mostra a relação existente entre o mundo e o indivíduo, entre o ambiente e os seres que nele habitam. Nossos corpos têm, em sua constituição, todos os elementos naturais em diferentes proporções. Além dos espíritos amigos que se empenham em nossa vigilância e auxílio morais, como nosso Anjo de Guarda e nossos Guias, somos vibrados e irradiados por esses Seres Divinizados no ensejo de nos comunicarem as qualidades divinas que nos impulsionam para frente e para o Alto, na conquista da paz e da alegria. Apesar de recebermos a influência constante de todos os Orixás, somos influenciados e filiados, de forma especial, em nossa encarnação, os poderes e as energias Divinas. O Orixá que cuida do equilíbrio energético, físico e emocional de nossos corpos físicos e astral. Nós, seres espirituais, manifestando-se em corpos de matéria, somos influenciados pela ação dessas energias desde o momento da nossa criação por Deus. Desde o momento em que nossa personalidade começa a ser definida, essas energias divinas e seus regentes nos abraçam com amor e nos apontam e orientam no caminho da evolução. Essas vibrações, em cada encarnação, vão formar o que chamamos de "arquétipo", conformando nossa personalidade à energia vibrada dominante. Ao Regente dessa energia predominante, definida no nosso nascimento, denominamos de nosso Orixá , "Chefe de Cabeça", "Pai ou Mãe de Cabeça", Quando um espírito vai encarnar, são consultados os futuros pais, durante o sono, quanto à concordância em gerar um filho, obedecendose à lei do livre arbítrio. Tendo os mesmos concordado, começa o trabalho de plasmar a forma que esse espírito usará no veículo físico. Esta tarefa é entregue aos poderosos Espíritos da Natureza, sendo que um deles assume a responsabilidade dessa tarefa de forma especial, fornecendo a esse ser reencarnante as energias necessárias para que o feto se desenvolva, para que haja vida. A partir desse processo, o novo ser encarnado estará ligado diretamente àquela vibração original. Assim surgem os Orixás da coroa desse novo ser encarnado, que são as forças energéticas primárias e atuantes. Nesse período da reencarnação, os Elementais trabalham incessantemente, cada um na sua respectiva área, partindo do embrião até formar todas as camadas materiais do corpo humano, que são moldadas até nascer o novo ser com o seu duplo etérico e corpo denso. Após o nascimento, essa força energética vai promovendo o domínio gradativo da consciência da alma e da força do espírito sobre a forma material até que seja adquirida sua personalidade por meio da Lei do livre Arbítrio. A partir daí essa energia passa a atuar de forma mais discreta, obedecendo a esta Lei, sustentando-lhe, contudo, a forma e energia material pela contínua manutenção e transformação, no sentido de manter-lhe a existência. A cada reencarnação, de acordo com nossas necessidades evolutivas e carmicas a serem cumpridas, somos responsáveis por diferentes corpos, e para cada um destes nossos corpos, podemos contar com o auxílio dos Espíritos da Natureza, regidos pelos Orixás. Um Mensageiro desse Orixá é, normalmente, quem se aproxima do médium quando este invoca qualquer Orixá. Em todos os rituais de Umbanda, de modo especial nas Iniciações, a invocação dessas forças são feitas para todos os médiuns quando efetuam seus Assentamentos, meio de atração, para perto de si, das energias puras vibradas.

É importante dizer que ao recebermos a vibração destes orixas estamos recebendo e emitindo esta energia cosmica tanto para o nosso bem como para as pessoas presentes na casa. Trazendo tudo de bom para que o trabalho ocorra da melhor maqneira possivel com as energias vibratorias dos Orixas. È necessario lembrar que esta energia é de grande força, por isso se faz necessario que o medium receba os seus Orixas mentores para que o mesmo não se esgote e consiga continuar o trabalho de incorporação na casa. Esta forma vibratoria dos orixas, exigi do medium maior concentração e tambem disponibilização de enrgia pessoal , por isso e natural sentir a sensação de fraquesa no momento que o mesmo se retira. Orixas mais cultuados na Umbanda OXALÁ Oxalá é o maior Orixá da Umbanda, Deus Supremo. Representado por uma estrela de cinco pontas, é sincretizado como Jesus Cristo e representa a paz e a fé. Na umbanda, sua tarefa foi a de criação do ser humano. Ele envia vibrações que estimulam a fé individual, assim como irradiações que geram sentimentos de religiosidade. É aquele que determina o fim da vida de cada ser humano, é o momento de partir em paz. Representa o amor, bondade, pureza espiritual, e tudo aquilo que indica positividade. OXUM É a Orixá que domina as mulheres, orixá da fertilidade, do amor e do ouro. Protetora das gestantes e da juventude, é a senhora das águas doces. Representa a beleza e a pureza, a moral e o modelo de mãe. Muitas vezes é evocada em prol da limpeza fluídica dos seguidores e do ambiente dos templos. Segundo a Umbanda, ela é o exemplo de mãe que nunca desampara seus filhos e ajuda a qualquer pessoa. OGUM Orixá guerreiro, Ogum é aquele que representa todas as batalhas da vida. Representado por São Jorge, é o orixá protetor contra as guerras e contra diversas demandas espirituais; Ogum é a força do movimento. É ele quem protege os seguidores da Umbanda e as pessoas que sofrem perseguições espirituais ou materiais. Ogum também é o senhor das estradas, é a jornada do dia a dia e sua responsabilidade é a manutenção da lei e da ordem. IEMANJÁ Orixá mais popular do Brasil, a rainha do mar é a mãe todos os Orixás, é o trono feminino da geração, a protetora dos marinheiros, pescadores, das viagens pelo mar, e também sobre toda a flora e fauna marinhas. E além disso, atua no amparo à maternidade, rege de forma absoluta o lar e a família. Dona dos mares e oceanos, águas essas que, através de sua força, tem o papel de devolver vibrações e trabalhos, pois creem que o mar devolve tudo que nele for jogado e vibrado. XANGÔ Xangô é o Orixá da justiça e da sabedoria, simboliza a lei de causa e efeito, responsável a dar a quem merece o devido castigo e a vitória aos que foram injustiçados. É quem dá solução às pendências. A maioria dos seguidores que recorrem ao Xangô são os que sofrem de injustiças,

perseguições espirituais e materiais. Desse Orixá, emanam também o saber e a autoridade, é o protetor de todos que tem contato com as práticas da lei. IANSÃ Iansã é a Orixá dos ventos e das tempestades. Rainha dos raios, é responsável pelas transformações e pelo combate à feitiçarias feitas aos seus seguidores. Guerreira, é conhecida também como guardiã dos mortos, pois exerce domínio sobre os eguns. A força de sua magia afasta todas as influências do mal e negativas, pois tem o poder de anular os males e cargas de enfeitiçamento. OXOSSI Oxossi é o Orixá conhecido como senhor dos caboclos e das matas. É o caçador de almas de homens e dele emana altivez. Encoraja e dá segurança a todos seus seguidores; protetor dos animais, é conhecido por aliar sua grande força com o bom senso. Assim como Ogum, é um lutador, grande guerreiro, está sempre pronto para defender aqueles que se colocam sob sua guarda. OMULÚ Orixá da saúde, atua sobre os doentes, hospitais e cemitérios. Senhor da morte e das doenças, costuma ser muito temido, porém da mesma forma que traz a doença, ele leva embora também. Muito respeitado, é um orixá exigente e grande feiticeiro. Omulú é a é a manifestação idosa de Obaluaiê. Os médiuns ao manifestarem a presença de Omulú, se curvam aproximando-se o máximo da terra, do chão. Representa a transformação do ser, morrer para o pequeno e renascer para o grande. NANÃ Rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de atuação é o racional dos seres. Atua decantando os seres emocionados e preparando-os para uma nova “vida”, já mais equilibrada. É a linha da Evolução, enquanto Obaluaye atua na passagem do plano espiritual para o material (encarnação), ela atua na decantação emocional e no adormecimento do espírito que irá encarnar. OXUMARÉ Filho mais novo e preferido de Nanã, irmão de Omulu. É uma entidade branca muito antiga, participou da criação do mundo enrolando-se ao redor da terra, reunindo a matéria e dando forma ao Mundo. Sustenta o Universo, controla e põe os astros e o oceano em movimento. Rastejando pelo Mundo, desenhou seus vales e rios. Sua essência é o movimento, a fertilidade, a continuidade da vida. A comunicação entre o céu e a terra é garantida por Oxumarê. Leva a água dos mares, para o céu, para que a chuva possa formar-se - é o arco-íris, a grande cobra colorida. Assegura comunicação entre o mundo sobrenatural, os antepassados e os homens e por isso à associa do ao cordão umbilical. Umbanda se faz com humildade Na Umbanda, não existem poderosos, existe um poder Divino, que podemos caminhar sobre Ele sem soberba. Existem mistérios, mais também não somos donos deles, são para que o mundo melhore. Não se pratica Umbanda com Vaidade e Orgulho, a única forma de se praticar a Umbanda é com Humildade:

Humildade refere-se à qualidade daqueles que não tentam se projetar sobre as outras pessoas, nem mostrar ser superior a elas. A Humildade é a virtude que dá o sentimento exato da nossa fraqueza, modéstia, respeito, pobreza, reverência e submissão. Humildade vem do Latim "humus" que significa "filhos da terra", ao analisarmos esta frase, encontramos material suficiente para aprender sobre a humildade: Se diz que a humildade é uma virtude humilde, quem se vangloria da sua, mostra simplesmente que lhe falta. É nessa posição que talvez se situe a humilde confissão de Einstein quando reconhece que “por detrás da matéria há algo de inexplicável”, contrastando com os que, orgulhosos das conquistas da razão no mundo das ciências positivas, negam Deus e a imortalidade da alma. Vaidade é uma das maiores pedras que o ser humano precisa aprender a vencer, vaidade não é autoestima. Autoestima é ter consciência de seu valor, reconhecer seus pontos fracos e fortes sem se abater com o que descobre. Acima de tudo é reconhecer seu lugar no mundo e seu valor neste espaço. A vaidade é a autoestima que adoeceu ou mesmo um sinal de inferioridade. Quem é muito vaidoso, vangloria-se de tudo e tem sempre a necessidade de mostrar para os outros que foi ele(a) quem fez ou deixou de fazer, demonstra sua insegurança e deixa patente sua necessidade de chamar a atenção de quem o rodeia, não que desejar ser reconhecido seja algo ruim, absolutamente. Mas daí a fazer disso uma meta, acima do bom senso e do respeito a capacidade das outras pessoas, vai uma longa distância. Orgulho é um sentimento de satisfação pela capacidade ou realização ou um sentimento elevado de dignidade pessoal. As principais reações e características do tipo predominantemente orgulhoso são: a) Amor-próprio muito acentuado: contraria-se por pequenos motivos; b) Reage explosivamente a quaisquer observações ou críticas de outrem em relação ao seu comportamento; c) Necessita ser o centro de atenções e fazer prevalecer sempre as suas próprias ideias; d) Não aceita a possibilidade de seus erros, mantendo-se num estado de consciência fechado ao diálogo construtivo; e) Menospreza as ideias do próximo; f) Ao ser elogiado por quaisquer motivos, enche-se de uma satisfação presunçosa, como que se reafirmando na sua importância pessoal; g) Preocupa-se muito com a sua aparência exterior, seus gestos são estudados, dá demasiada importância à sua posição social e ao prestígio pessoal; h) Acha que todos os seus circundantes (familiares e amigos) devem girar em torno de si; i) Não admite se humilhar diante de ninguém, achando essa atitude um traço de fraqueza e falta de personalidade; j) Usa da ironia e do deboche para com o próximo nas ocasiões de contendas. Compreendemos que o orgulhoso vive numa atmosfera ilusória, de destaque social ou intelectual, criando, assim, barreiras muito densas para penetrar na realidade do seu próprio interior. Toda grandeza se esvai sob o peso do orgulho e da vaidade, restando apenas algo lamentável, triste de se ver. “A Pobreza de Espírito” Uma doença espiritual que é comparada a um câncer espiritual,

que mata todas as ações boas da alma! A vaidade e o Orgulho nos faz pensar na triste sorte de Narciso, que se apaixonou pela própria figura refletida num lago e se suicidou ao se atirar no lago morrendo afogado! A Narciso a morte apanhou-o num lago. E eu pergunto-me, onde é que a morte apanha os narcisos de hoje, que consomem a sua vida no culto idólatra da sua figura??? A Vaidade Excessiva e o Ego do Médium Assim como trago as dádivas dessa maravilhosa religião de culto aos Orixás, devo também citar alguns problemas que a maioria das vezes não são muito relacionados à religião e sim aos próprios seres humanos. Nos médiuns mais firmes existe um crescimento excessivo de vaidade, vaidade que sinceramente acredito ser muitas vezes prejudicial para a própria firmeza. Claro que a vaidade é algo comum em qualquer ser humano, mas o excesso traz sempre algo prejudicial. Que vaidade é essa que estou falando? Por que os médiuns mais firmes? Bom, os médiuns mais firmes estão de certa forma acostumados a receber elogios sobre suas entidades, quando essas falam, avisam ou prometem ajuda na vida do consulente. Percebo então uma grande necessidade do médium em provar que a entidade está ali e não só isso mas também dar credibilidade à palavra da mesma. É claro que é muito bom pro nosso ego de médium receber elogios sobre nossas entidades, mas existe um porém aí. A Entidade não está preocupada em provar ou receber créditos e méritos pelos assuntos abordados por ela, e sim preocupados em realizar sua missão de ajudar a quem pede sua intervenção. Portanto a vaidade excessiva vem do médium e não da Entidade. A Entidade vangloriar demasiadamente o médium que trabalha provém mais da pessoa do que do Guia. Isso não significa que as Entidades não vão elogiar seus “cavalos” nem que não vão gostar de elogios, mas essa vaidade em excesso não condiz com tudo o que essas Entidades representam. Vou tentar explicar essa diferença excessiva de vaidade, existem situações muito complicadas nas vidas das pessoas, o maior pesar que possamos sentir é o da perda. Perda de entes queridos, ou sofrimento demasiado devido a circunstância de saúde ou acidente. Levando em consideração a magnitude desse problema, a Entidade sabe quanto sofre os entes que se encontram à volta de pessoas passando por tais problemas. Esses entes procuram na religião algum apoio. Nesse momento, a Entidade se compadece do sofrimento ali encontrado, mas alguns momentos podemos ver uma certa satisfação em ter acertado aquilo havia dito antes que acontecera. Vamos falar a verdade, um Espírito de Luz, não se vangloriaria de seu ato nesse momento porque o que importa não é o que havia avisado mas sim todo o sentimento aflorado ali, não seria o momento. Portanto no momento que esse ego excessivo vem à tona, se trata de algo inerente aos seres humanos. Isso não significa que em médiuns que acontece o que descrevi deixam de ser bons médiuns. Não vamos misturar uma coisa à outra, mas acho importante mudarmos algumas realidades dentro da religião para que possamos evoluir e evoluir, e não ficarmos presos à penumbra da estagnação.

Sonhos na mediunidade Os sonhos são produções espontâneas do inconsciente, sem a participação direta do ego. Eles brotam das conexões psíquicas que formam os nós das redes dos complexos. São expressões do Espírito que aliviam as tensões geradas pelo conjunto das emoções das experiências reencarnatórias. Não são quimeras nem fantasias, mas legítimas imagens carregadas de significado aparentemente incompreensível. São resultantes simbólicos das intensas emanações das experiências vividas pelo espírito, que ficam gravadas no perispírito. Essas experiências podem ser ocorrências no momento do sono, da vida atual, de vidas passadas, assim como prognósticos quanto ao futuro. Os sonhos que retratam vivências do espírito durante o sono do corpo físico, contêm menos símbolos e são mais nítidos e lógicos do que aqueles que trazem informações sobre vidas passadas. Porém, qualquer que seja o conteúdo dos sonhos, ele sempre terá símbolos a serem decodificados. A existência da faculdade mediúnica desenvolvida favorece a produção de sonhos com fraco conteúdo simbólico, pois o inconsciente dos médiuns ostensivos é mais aberto à consciência. Tal abertura favorece o alívio natural das tensões inconscientes, conforme o médium for lidando harmonicamente com os fenômenos resultantes de sua relação com o espiritual. Embora os sonhos retratem aspectos da vida do sonhador, contendo realidades que lhe pertencem, alguns médiuns têm a facilidade de sonhar com informações sobre a vida de outras pessoas. Isso é raro e denota a existência de uma faculdade psíquica especial. Há pessoas que sonham com eventos que frequentemente terminam por acontecer. São os chamados sonhos premonitórios. Esse tipo de mediunidade não só decorre do contato do médium com espíritos que lhe proporcionaram conhecimentos além do senso comum, como também por conta da flexibilidade maior do médium em vasculhar seu inconsciente, obtendo mais amplas informações para antever o futuro. Não são previsões absolutas, mas possibilidades de ocorrência, com altos níveis de probabilidade. A premonição é sempre uma possibilidade e não uma ocorrência futura absoluta. Os sonhos dos médiuns podem estar misturados com ideias, emoções e informações de espíritos desencarnados que com eles mantêm contato próximo. Espíritos que porventura se encontrem no campo psíquico do médium, poderão, por pregnância, alterar o conteúdo de seus sonhos. Os símbolos neles presentes podem estar misturados aos próprios do inconsciente do médium. Os tipos de símbolos servem como elementos de identificação de sonhos que são vivências espirituais, dos sonhos comuns e oriundos da psiquê do próprio indivíduo. É sempre oportuno que os médiuns ostensivos levem seus sonhos para interpretação a pessoas que tenham conhecimento psicológico e espírita, e que poderão melhor auxiliá-los na compreensão dos símbolos neles presentes. As pessoas que sonham frequentemente com outras que já faleceram, parentes ou não, possuem um tipo de mediunidade a que chamo mediunidade onírica, pois ocorre durante o sono e só é percebida após o acordar. Seu desenvolvimento está associado à identificação dos personagens desencarnados presentes nos sonhos, bem como à interpretação adequada das mensagens neles existentes. Do Livro: Psicologia e mediunidade - Adenáuer Novaes

Descarrego Descarrego, o “des” significa tirar o “carrego” Carrego seria um “peso” algo que carregamos, aquilo que não faz parte da nossa essência e que de alguma forma nos foi colocado, por outros, e até por nós mesmos consciente ou inconscientemente, ou ainda por fatores kármicos! Obs. Fatores Kármicos= Lei do retorno, que traz consigo os resultado de ações pretéritas, boas ou ruins. Tudo funciona dentro das Leis do Ser Supremo, dificuldades ou facilidades aparentemente sem uma causa real ou lógica. Na Umbanda, O DESCARREGO, é um termo comum, assim como seu uso dentro das cerimônias, a pessoa atendida, médium da casa (integrante do grupo) ou consulente (frequentador ou visitante) que esteja “carregado” será purificado, liberto destas energias negativas, ou entidades negativas e perturbadoras, os chamados dentro da linguagem umbandista de kiumbas(no kardecismo são chamados obsessores). Fatores que são eliminados pelo descarrego: 1) Energias Negativas (vibrações criadas pela própria pessoa, através dos seus pensamentos, ou através de pensamentos ou ações mágicas de outros, sejam encarnados ou desencarnados); 2) Larvas Astrais (formas pensamentos, seres elementares criados através de pensamentos pertinentes e repetitivos, esses pensamentos adquirem “vida própria” no mundo astral, e passam a se alimentar da energia da ou das pessoas, que os criaram); 3) Kiumbas ou os chamados Espíritos Obsessores, são entidades, que por motivos diversos perseguem ou se ligam as pessoas (suas vítimas) de forma a lhe sugarem energias vitais e/ou influenciarem negativamente; 4) Espíritos da categoria de sofredores, entidades que se afeiçoam a pessoa, podem ser até mesmo parentes e amigos desencarnados, esses espíritos algumas vezes não sabem que não pertencem mais a este mundo físico, algumas vezes até o sabem, mas por gostarem do encarnado ficam a lhe acompanhar, procurando “ajuda-lo”, o que não é possivel pelo fato de não terem a devida “força ou luz” para este fim”. Forma como são feitos os descarregos: O médium irá captar essas energias negativas e transmuta-las através de sua sensibilidade, tirando literalmente as energias negativas do corpo perispiritual do atendido e passando ao seu, como essas energias não lhe são próprias, elas serão captadas e facilmente eliminadas por esse captador. Esse tipo de DESCARREGO elimina as energias da categoria 1 acima mencionada (energias negativas). Outras vezes o médium devidamente “incorporado” irá buscar a ou as entidades obsessoras, para que sejam doutrinadas e afastadas dentro da cerimônia. Categoria 3 Kiumbas ou Obsessores. Da mesma forma, os chamados Eguns Sofredores, irão ser doutrinados, auxiliados e encaminhados, muitas vezes eles tem que se manifestar em um médium do grupo, para receber parte da energia vital do mesmo e sofrer o chamado “choque da carne” que vem a ser a sua própria comunicação através de um médium para assim tomarem a “consciência” que não mais pertencem a este mundo físico, posteriormente são levados aos hospitais da espiritualidade ou a escolas de doutrinação. No caso da categoria 2, larvas astrais ou seja formas pensamentos que criaram seres elementares, eles terão que usar outras formas de DESCARREGO, o que chamamos de SACUDIMENTO,

porque larvas e seres astrais desta categoria não são humanos e portanto não se comunicam através de médiuns (ainda bem) e não possuem um entendimento para doutrinação, sendo apenas digamos assim, para exemplificar, um “programa de computador” que saiu do controle, assumindo atitudes próprias. Neste caso eles são eliminados pelos elementos da natureza, água (água e líquidos de axé), terra(farinhas), ar (fumaça da queima de ervas e pólvora), e principalmente pelo fogo (pólvora, velas), daí a necessidade dos rituais com estes elementos. A larva astral é literalmente destruída, por este ritual(procedimento) assim como se destroi um parasita do corpo, se destroi estes parasitas da alma, eles são vivos e vivem no astral se unindo a sua vítima através dos chakras e perispírito da mesma, assim como um carrapato ou sanguessuga, e sua forma assemelha-se inclusive a essas criaturas. Kiumbas Kiumbas ou Quiumbas, são espíritos trevosos ou obsessores, que se encontram desajustados perante à Lei, provocando os mais variados distúrbios morais e mentais nas pessoas, desde pequenas confusões, até as mais duras e tristes obsessões. São espíritos que se comprazem na prática do mal, apenas por sentirem prazer ou por vinganças, calcadas no ódio doentio. Aguardando, enfim, que a Lei os "recupere" da melhor maneira possível (voluntária ou involuntariamente). Vivem no baixo astral, onde as vibrações energéticas são densas. Este baixo astral é uma enorme egrégora formada pelos maus pensamentos e atitudes dos espíritos encarnados ou desencarnados. Sentimentos baixos, vãs paixões, ódios, rancores, raivas, vinganças, sensualidade desenfreada, vícios de toda estirpe, alimentam esta faixa vibracional e os Kiumbas se comprazem nisso, já que sentem-se mais fortalecidos. Os Kiumbas, por não terem leis nem regras, podem se manifestar dentro de uma corrente de Kimbanda, Batuque e demais, quando a conduta for deturpada pelo médium, podendo inclusive tomar o lugar do Exu Guardião de um médium de má conduta mediúnica. É comum médiuns que trabalham com magia negra, feitiçarias e afins terem afastadas as suas próprias entidades, que atuam somente nas leis de Deus, e serem substituídas por pseudo-entidades que se apresentam como se fossem as suas entidades, mas são Kiumbas. Mediunicamente, quando um Kiumba assume a frente da mediunidade de uma pessoa, devido a sua má postura e opção pelo mal propriamente dito, a vida desta pessoa tende a envolver-se de doenças, rebeldias, vícios, deturpação sexual, aversão social e intolerância ao meio, afundando-se em trevas de seus próprios desejos e vaidades. Existem vários casos de médiuns desavisados, não doutrinados, ignorantes e não evangelizados, vaidosos, que abrem as portas da sua mediunidade para a atuação de Kiumbas. Estas entidades, verdadeiros marginais do baixo astral, tudo farão para ridicularizar não só o médium, como o terreiro, bem como a Umbanda. Em muitas incorporações, ou "supostas incorporações", estas entidades espirituais ora se apresentam como um Guia Espiritual, ora como um Guardião. Vamos entender o trabalho dos Kiumbas, para uma fácil identificação: O Kiumba é aquele que caminha nas periferias do baixo astral, e também é considerado um tipo de obsessor. Espíritos empedernidos e malfajejos, que fazem o mal pelo simples prazer de fazê-lo.

Tudo o que pertence luz e o que é do bem, eles desejam a todo custo aniquilar. Esses espíritos atuam onde conhecemos como“Umbral”, uma região das dimensões densas que não existe ordem de espécie alguma. Muitos são recrutados através de emolumentos, pelos líderes do baixo astral para que atuem em contra algum desafeto. As infiltrações destes marginais das sombras são organizadas. Na Umbanda existe uma corrente de luz, denominada Boiadeiros. Esta linha poderosa de trabalho é especializada em desobsessão, e na captura desses marginais. Os Boiadeiros conduzem até nós médiuns estes espíritos, principalmente nos trabalhos de transporte, para que através da mediunidade seja possível tratálos, ou seja os corpos negativos são paralisados através da incorporação. Desta forma, eles são acorrentados e conduzidos para as celas prisionais das Confrarias de Umbanda. Nestes pontos do astral são esgotados em suas tormentas, em seus mentais desajustados, para que consequentemente possam adquirir sinais de consciência. Após este dolorido processo de reformulação, transformarse-ão em um sofredores, donde numa etapa posterior são encaminhados aos Postos de Socorros Espirituais mais apropriados para estes fins, pois através do sofrimento toda a maldade adquirida será neutralizada, partindo para uma libertação do atraso espiritual, finalmente para as reencarnações. Muitas vezes este processo leva muitos anos, até séculos, senão milênios. O processo que devemos realizar para evitar os nossos irmãos “Kiumbas” nos importunem, é o mesmo da desobsessão, no entanto, o decurso para “tratá-los” é predicado da Umbanda, sendo cada situação analisada de forma particular pelos Guias Espirituais. O Poder das Velas A vela é, com certeza, um dos símbolos mais representativos da Umbanda. Ela está presente no Congá, nos Pontos Riscados, nas oferendas e em quase todos os trabalhos. A vela desperta nas pessoas sua força mágica, uma forte sensação de poder. Ela funciona como uma alavanca psíquica, despertando os poderes extra-sensoriais em estado latente. Muitos umbandistas acendem velas para seus Guias de forma automática, num ritual mecânico, sem nenhuma concentração. É preciso muita concentração e respeito ao acender uma vela, pois a energia emitida pela mente do médium irá englobar a energia do fogo e, juntas, irão vibrar no espaço cósmico, para atender a razão da queima dessa vela. Se uma pessoa evoca suas forças mentais, com a ajuda da magia das velas, no sentido de ajudar alguém, irá receber em troca uma energia positiva; mas, se inverter o fluxo das energias psíquicas, utilizando-as para prejudicar qualquer pessoa, o retorno será infalível e as energias de retorno serão sempre mais fortes, pois voltam acrescidas da energia de quem as recebeu. Ao acender velas para as almas, para o anjo-da-guarda, para os pretos-velhos, caboclos, para a firmeza de pontos, Congá, para um santo de sua preferência ou como oferenda aos Orixás, é importante que o umbandista saiba que a vela é muito mais para quem acende do que para quem está sendo acesa. Velas quebradas Velas Quebradas não devem ser usadas pois um trabalho perfeito precisa de instrumentos perfeitos e se estão quebradas já não estão perfeitas.

Apagar uma vela Se precisar apagar a vela que esteja sendo usada ritualisticamente, JAMAIS o faça soprando a vela. Velas de ritual só podem ser apagadas com abafador ou com os dedos, jamais sopre essas velas. Defumação – qual a sua função Em todos os terreiros de umbanda iremos nos deparar com um momento chamado defumação. E como diz um de nossos pontos cantados "Filho quer se defuma, Umbanda tem fundamento, é preciso preparar...". A defumação é essencial para qualquer trabalho num terreiro de Umbanda. É também uma das coisas que mais chamam a atenção de quem cai pela primeira vez assistir a um trabalho. A principal função da defumação realizada tanto na Umbanda quanto nas demais seitas religiosas através dos tempos, desde a Antiguidade, é com a queima de ervas e resinas, modificar a energia existente no ambiente para equilibrá-lo de acordo com a necessidade. Na Umbanda, a defumação é realizada no início dos trabalhos, realizando a limpeza do ambiente, do corpo de médiuns e dos assistentes. Dependendo dos trabalhos realizados, deve-se limpar o ambiente com a defumação mais de uma vez ao longo do dia, para atrair e facilitar o trabalho que esteja sendo realizado pelas entidades. Certas cargas pesadas se agregam ao nosso corpo astral durante nossa vivência cotidiana, ou seja, pensamentos e ambientes de vibração pesada, rancores, invejas, preocupações, etc. tudo isso produz (ou atrai) certas formas-pensamento que se aderem ao nosso aura e nosso corpo astral, bloqueando sutis comunicações e transmissões energéticas entre os ditos corpos. Pois bem, a defumação tem o poder de desagregar estas cargas, através dos elementos ar, fogo e vegetal que a compõe, pois interpenetra os campos astral e mental e o aura, tornando-os novamente “libertos” de tal peso para produzirem seu funcionamento normal. Além de suas propriedades astrais a defumação ajuda a mente do médium e da assistência, ou dos residentes daquele local, a entrarem em contato com os guias e protetores. Ou seja, o perfume da defumação estimula nossos centros nervosos (plexos) a captarem com mais qualidade as energias superiores, mantendo a mente da pessoa mais concentrada e propícia a esta percepção. A linha dos caboclos Todos os Caboclos são regidos por um Mistério Maior que pertence ao Trono do Conhecimento (Regência do Orixá Oxóssi). Mas cada Caboclo (ou Cabocla) vem na Irradiação de um ou mais Orixás, pois eles próprios são “filhos”de determinado Orixá e perante outros Orixás foram iniciados para trabalharem em Seus Mistérios Os Caboclos são espíritos muito esclarecidos e caridosos, tiveram encarnações como cientistas, sábios, magos, professores etc. Alguns, em determinada encarnação, foram mesmo nativos (chamados de indígenas, aqui no Brasil). Enfim, no decorrer de encarnações, elevaram-se e vêm na Umbanda para auxiliar aos irmãos enfermos da alma e do corpo. Muitos são escolhidos pela Espiritualidade para serem os Guias-Chefes dos Terreiros ou então de seus médiuns.

Nem todo Caboclo foi, necessariamente, um indígena. Os espíritos que atuam na Umbanda como Caboclos têm origens culturais e religiosas diversas, e nem todos foram indígenas (assim como nem todo Preto-Velho foi um Negro escravizado). O que lhes dá “ a patente” de Caboclo é o seu grau de elevação perante as Leis do Criador. São espíritos que habitam da 4ª Faixa Vibratória Positiva para cima e que trazem no íntimo um profundo senso de Fraternidade e Irmandade para com toda a Criação Divina. Caboclos e Pretos-Velhos manipulam ervas de todos os Orixás porque têm essa autorização e conhecimento, conforme o grau elevado que os distingue. Existem Falanges de doutrinadores, de guerreiros, de “feiticeiros” (isto é, que atuam mais fortemente na quebra de magias negativas), de curadores, de justiceiros etc. Os Caboclos são profundos conhecedores das ervas e dos seus princípios ativos. Suas “receitas” (banhos, defumações, oferendas etc.) costumam produzir curas inesperadas. Conhecem como ninguém o Reino Vegetal e podem nos ensinar o valor e a melhor utilização das ervas e dos alimentos vindos da terra. Também grandes conhecedores da Magia, nos seus trabalhos costumam utilizar pembas, velas, essências, flores, ervas, pedras, frutas, vinho, sumo de ervas, raízes, cipós e sementes, entre outros elementos. Usam charutos e fumos à base de ervas para defumar o ambiente e as pessoas presentes, recolhendo e neutralizando as cargas densas que os envolvam. Grandes doutrinadores e disciplinadores, são muito atuantes na orientação de sessões de desenvolvimento mediúnico, uma vez que os Guias Espirituais agem principalmente sobre o mental do médium, que está relacionado ao Chakra Frontal, regido por Pai Oxóssi, justamente o Regente do Mistério Caboclo. Também atuam nas desobsessões, na solução de problemas psíquicos e materiais, na quebra de demandas, entre outros trabalhos espirituais de Umbanda, utilizando vários recursos magísticos nos quais são iniciados. Não ostentam conhecimentos, colocam-nos em prática! Seus assobios e brados assemelham-se a mantras. Os Caboclos incorporados também costumam estalar os dedos, bater no peito e estender o braço na direção do Altar. Tudo isto tem um significado magístico-religioso: Alguns Caboclos, quando se despedem do Terreiro, dizem que vão “para Aruanda”, ou “para a cidade da Jurema”. Outros falam que vão “subir para o Humaitá”, e assim por diante. São referências às colônias astrais que existem ligadas ao planeta Terra, onde eles habitam, conforme o respectivo grau de evolução. E muitas vezes os Caboclos responsáveis por Terreiros levam para essas colônias os dirigentes e demais integrantes da corrente mediúnica (durante o desdobramento normal dos seus espíritos que acontece durante o sono físico), a fim de participarem de trabalhos de auxílio a encarnados e desencarnados, para estudarem e ou receberem. Caboclo “Pena”: Todo Caboclo Pena traz uma qualidade voltada para ensinar, doutrinar. A pena é de Oxóssi, Orixá do Conhecimento. Caboclo “Flecha”: Todo Caboclo Flecha traz duas qualidades fundamentais: uma voltada para o Conhecimento (pois a flecha é de Oxóssi) e a outra voltada para o Sentido da Direção (porque a flecha também aponta numa direção, ela dá direção- Qualidade de Yansã). São Caboclos que atuam

para dar um direcionamento na busca do Conhecimento, na expansão do nosso aprendizado. E a cor que aparecer no nome do Caboclo dará o campo específico da sua atuação. Caboclo “Folha”: Todo Caboclo Folha traz qualidades de Oxóssi, pois a folha é de Oxóssi, o Senhor do Reino Vegetal. E a cor da folha indicará qual outro Orixá os rege e o campo específico de suas atuações. Caboclo “Pemba”: Todo Caboclo Pemba traz qualidades de Oxum (Trono Mineral), pois a pemba é um mineral. São Caboclos de Oxóssi e Oxum. Oxóssi traz o Conhecimento e a expansão; Oxum é agregadora, atrai e reúne com Linhas de trabalhos Caboclo(a)s da mata – que tiveram contatos com a civilização Caboclo(a)s da mata virgem - Que não tiverma contato com a Civilização Características dos caboclos com os orixás CABOCLOS DE OMULÚ São espíritos dos antigos “pajés” das tribos indígenas. Raramente trabalham incorporados, e quando o fazem, escolhem médiuns que tenham Obaluaiê como primeiro Orixá. Sua incorporação parece um Preto-velho,em algumas casas locomovem-se apoiados em cajados. Movimentamsepouco. Fazem trabalhos de magia, para vários fins. CABOCLAS DE IANSÃ São rápidos e deslocam muito o médium. São diretos para falar e rápidos também, muitas das vezes pegam a pessoa de surpresa. Geralmente trabalham para empregos e assuntos de prosperidade, pois Iansã tem grande ligação com Xangô. No entanto sua maior função é o passe de dispersão (descarrego). Podem ainda trabalhar para várias finalidades, dependendo da necessidade. CABOCLAS DE IEMANJÁ Incorporam de forma suave, porém mais rápidos do que os de Oxum, rodam muito, chegando a deixar o médium tonto. Trabalham geralmente para desmanchar trabalhos, com passes, limpeza espiritual, conduzindo essa energia para o mar. CABOCLOS DE OGUM Sua incorporação é mais rápida e mais compactada ao chão, não rodam. Consultas diretas, geralmente gostam de trabalhos de ajuda profissional. Seus passes são na maioria das vezes para doar força física, para dar ânimo. CABOCLOS DE XANGÔ São guias de incorporações rápidas e contidas, geralmente arriando o médium no chão. Trabalham para: emprego; causas na justiça; imóvel e realização profissional. Dão também muito passe de dispersão. São diretos para falar. CABOCLOS DE OXOSSI São os que mais se locomovem, são rápidos e dançam muito. Trabalham com banhos e defumadores, não possuem trabalhos definidos, podem trabalhar para diversas finalidades. Esses caboclos geralmente são chefes de linha.

CABOCLAS DE NANÃ Assim como os Pretos-velhos são mais raros, mas geralmente trabalham aconselhando, mostrando o karma e como ter resignação. Dão passes onde levam eguns que estão próximos. Sua incorporação igualmente é contida, pouco dançam. CABOCLAS DE OXUM Incorporam de forma suave, são calmas e gostam de tratar da saúde. ELEMENTOS DA LINHA Habitat: matas e ambientes da vibração originária Libação: água de côco, mate, mel com água, caldo de cana, vinho tipo moscatel Ervas: cipó cabeludo, cipó caboclo, eucalipto, guiné caboclo, guiné pipi, samambaia Flores: girassol, flor de ipê, palmas de diversas cores, conforme a vibração originária Saudação: Okê, Caboclo! Caboclos A presença dos Caboclos nas Giras de Umbanda nos leva a refletir sobre a importância do meio natural que nos acolheu e nos ajuda a compreender que somos parte da Criação Divina e, por isso mesmo, precisamos viver em harmonia com o Todo. Eles são um exemplo de forma de vida simples, natural, livre de preconceitos e artifícios, de arrogância e de vaidade. Sua atuação junto de nós é libertadora, própria daqueles que evoluíram. Caboclos e Pretos-Velhos manipulam ervas de todos os Orixás porque têm essa autorização e conhecimento, conforme o grau elevado que os distingue. Existem Falanges de doutrinadores, de guerreiros, de “feiticeiros” (isto é, que atuam mais fortemente na quebra de magias negativas), de curadores, de justiceiros etc. Os Caboclos são profundos conhecedores das ervas e dos seus princípios ativos. Suas “receitas” (banhos, defumações, oferendas etc.) costumam produzir curas inesperadas. Conhecem como ninguém o Reino Vegetal e podem nos ensinar o valor e a melhor utilização das ervas e dos alimentos vindos da terra. Também grandes conhecedores da Magia, nos seus trabalhos costumam utilizar pembas, velas, essências, flores, ervas, pedras, frutas, vinho, sumo de ervas, raízes, cipós e sementes, entre outros elementos. Usam charutos e fumos à base de ervas para defumar o ambiente e as pessoas presentes, recolhendo e neutralizando as cargas densas que os envolvam. Sua forte carga magnética nos impulsiona a ir em frente, a enfrentar os obstáculos com coragem e determinação. Porque Caboclo é o Arquétipo do guerreiro corajoso, valente, simples, honrado, justo e harmonizado com as Forças da Mãe Natureza. Pela simples presença entre nós, quando incorporados em seus médiuns, já nos imantam com essas fortes energias e nos estimulam a conseguir nossos objetivos. São “caçadores”, vão buscar e nos ensinam a buscar o melhor para a nossa evolução. Grandes doutrinadores e disciplinadores, são muito atuantes na orientação de sessões de desenvolvimento mediúnico, uma vez que os Guias Espirituais agem principalmente sobre o

mental do médium, que está relacionado ao Chacra Frontal, regido por Pai Oxóssi, justamente o Regente do Mistério Caboclo. Também atuam nas desobsessões, na solução de problemas psíquicos e materiais, na quebra de demandas, entre outros trabalhos espirituais de Umbanda, utilizando vários recursos magísticos nos quais são iniciados. Não ostentam conhecimentos, colocam-nos em prática! Seus assobios e brados assemelham-se a mantras. Cada Caboclo emite um som, de acordo com o trabalho que vai realizar, criando condições que facilitem a incorporação e liberando bloqueios energéticos dos médiuns e consulentes. Os assobios traduzem sons básicos das Forças da Natureza, dão um impulso no campo magnético (corpo espiritual) do médium para direcioná-lo corretamente, liberando-o de cargas negativas, larvas e miasmas astrais. Nos consulentes, produzem igual efeito. Os Caboclos incorporados também costumam estalar os dedos, bater no peito e estender o braço na direção do Altar. Tudo isto tem um significado magístico-religioso: ●Estalar dos dedos - Nossas mãos têm vários terminais nervosos que se comunicam com os sete chacras principais e com os chacras menores do nosso corpo. O estalar dos dedos se dá sobre o Monte de Vênus (a parte gordinha da palma da mão) e reequilibra a rotação e a frequência de todos os chacras que voltam a funcionar plenamente. O equilíbrio vibracional gera a consequente descarga de energias desequilibradas (“negativas”). Ao estalar os dedos, o Caboclo provoca essas reações no campo magnético do médium ou, conforme o caso, descarrega o campo do consulente. Ao estalar os dedos da mão esquerda, ele absorve negatividades e faz uma limpeza energética; e quando estala os da mão direita, ele irradia cargas altamente positivas e reenergiza, acalma, cura etc. ●Bater no peito - Com isso, o Caboclo ativa o chacra Cardíaco do médium e equilibra suas emoções, possibilitando uma sintonia mais apurada com o medianeiro e a efetivação de um bom trabalho espiritual. ●Estender os braços (ou um braço) para o Altar - Com esse gesto, o Caboclo lança uma “flecha energética” que ativa os Poderes e Forças assentados e firmados no Terreiro, conforme a necessidade do trabalho espiritual a realizar. Esses procedimentos criam um grande centro de Forças que facilita o amparo aos consulentes, ao próprio Terreiro e a toda a corrente mediúnica. Alguns Caboclos, quando se despedem do Terreiro, dizem que vão “para Aruanda”, ou “para a cidade da Jurema”. Outros falam que vão “subir para o Humaitá”, e assim por diante. São referências às colônias astrais que existem ligadas ao planeta Terra, onde eles habitam, conforme o respectivo grau de evolução. E muitas vezes os Caboclos responsáveis por Terreiros levam para essas colônias os dirigentes e demais integrantes da corrente mediúnica (durante o desdobramento normal dos seus espíritos que acontece durante o sono físico), a fim de participarem de trabalhos

de auxílio a encarnados e desencarnados, para estudarem e ou receberem. Um trabalho espiritual de Umbanda não termina no Terreiro, ele prossegue no Astral. Por isso, é importante que os médiuns sigam as orientações dos Guias Espirituais sobre os preceitos para antes e depois das Giras (manter pensamentos e sentimentos elevados e uma vida diária equilibrada, inclusive no campo sexual; abster-se, ao menos por 24 horas antes e depois do trabalho espiritual, do uso de bebida alcoólica, fumo e de qualquer substância nociva, mantendo uma alimentação isenta de alimentos de origem animal, porque são de difícil digestão; etc.). Cosme e Damião na Umbanda Ibeji Ibejí ou Ibejís são os Orixás que protegem as crianças. Foram sincretizados a São Cosme e São Damião, são conhecidos na Umbanda como os Orixás de amor e alegria. Os espíritos trabalhadores sobre a influência de Ibejí, apresentam-se normalmente sob a forma de crianças ou espíritos de crianças, porém espíritos não têm idade, apresentam-se dessa forma de modo a facilitar a comunicação com as nossas crianças. Esses espíritos puros trazem a cura para as doenças e amparam todas as crianças enquanto elas manterem a inocência. Seus domínios são os parques, jardins e grandes gramados. Sua cor é o rosa, os espíritos que trabalham sob a irradiação de Ibejí são espíritos de grande força espiritual. Não devemos julgá-los fracos devido à forma como se apresentam, ou seja, como crianças, depois de Oxalá são os únicos que dominam totalmente a magia. Nas obrigações a Ibejí, são utilizadas velas cor de rosa, flores com tonalidade rosa e sem os espinhos ou ainda brancas. Também são usados doces como as cocadas, balas, pirulitos, fatias de bolo, etc. A bebida é a água pura ou então misturada com mel e mais recentemente são utilizados refrigerantes como o guaraná. Ibejí, São Cosme e São Damião são trabalhadores da linha de Oxalá e pertencem a uma de suas falanges. A eles podemos pedir proteção contra demandas e malefícios; pedir principalmente proteção para nossas crianças e principalmente as enfermas. Obaluaê / Omulu Obaluaê é uma flexão dos termos: Oba (rei) – Oluwô (senhor) – Ayiê (terra), ou seja, "Rei, senhor da Terra". Omulu também é uma flexão dos termos: Omo (filho) – Oluwô (senhor), que quer dizer " Filho e Senhor". Obaluaê, o mais moço, é o guerreiro, caçador, lutador. Omulu o mais velho, é o sábio, o feiticeiro, guardião. Porém, ambos têm a mesma regência e influência. No cotidiano significam a mesma coisa, têm a mesma ligação e são considerados a mesa força da natureza. Obaluaê (ou Omulu) é o Sol, a quentura e o calor do astro rei. É o Senhor das pestes, das moléstias contagiosas, ou não. É o rei da Terra, do interior da Terra, e é o Orixá que cobre o rosto com o Filá (de palha – da - Costa), porque para os humanos é proibido ver seu rosto, pela deformação feita pela doença, e pelo respeito que devemos a este poderosíssimo Orixá. Obaluaê está no organismo, no funcionamento do organismo. Na dor que sentimos pelo mal funcionamento dos órgãos, ou por uma queda, corte ou queimadura. Obaluaê rege a saúde, os

órgãos e o funcionamento destes. A ele devemos nossa saúde e é comum, nas Casas de Santos, se realizar os Eboris de Saúde, que fazem pra trazer saúde para o corpo doente. O órgão central da regência de Obaluaê é a bexiga, mas está ligado a todos os outros. Ele trata do interior, fundamentalmente, mas cuida também da pele e de suas moléstias. Divide com Iansã a regência dos cemitérios, pois ele é o Orixá que vem como emissário de Oxalá (princípio ativo da morte), para buscar o espírito desencarnado. É Obaluaê (ou Omulu) que vai mostrar o caminho, servir de guia para aquela alma. Obaluaê também é o Senhor da Terra e das camadas de seu interior, para onde vamos todos nós. Daí a ligação que tem com os mortos, pois ele é quem vai cuidar do corpo sem vida, e guiar o espírito que deixou aquele corpo. É por isso que Obaluaê e Omulu gostam de coisas passadas, apodrecidas. O sol também tem a sua regência. Obaluaê está presente em nosso dia-a-dia, quando sentimos dores, agonia, aflição, ansiedade. Está presente quando sentimos coceira e comichões na pele.Rege também o suor, a transpiração e seus efeitos. Rege aqueles que tem problemas mentais, perturbações nervosas e todos os doentes. Está presente nos hospitais, casa de saúde, ambulatórios, postos de saúde, clínicas, sempre próximo aos leitos. Rege os mutilados, aleijados, enfermos. Ele proporciona a doença mas, principalmente, a cura, a saúde. É o Orixá da misericórdia. Obaluaê é à força da Natureza que rege o incômodo de um modo geral. Rege o mal estar, o enjôo, o mal humor, a intranqüilidade. É o Orixá do abafamento e está presente nele, bem como na má digestão e na congestão estomacal. Gera o ácido úrico e seus efeitos. Obaluaê está presente em todas as enfermidades e sua invocação, nessas horas, pode significar a cura, a recuperação da saúde. No sincretismo Obaluaê é São Lazaro, que também sofreu com feridas espalhadas no corpo e teve estas tratadas por cachorros. Motivo também pelo qual Obaluaê não é só comemorado no dia 16 de Agosto, mas também no dia 17 de Dezembro. As Velas de Obaluaê são Preto e Branco (cruzada) A saudação para Obaluaê tanto na Umbanda quanto no Candomblé é "Atotô" Seu dia da semana é a Segunda Feira Seu Elemento é a Terra Seu metal é o chumbo Sua Flor é o Monsenhor Branco Suas ervas são: Agoniada; Alamanda; Alfazema; Babosa; Cipó Chumbo; Cebola do mato; Hortelã brava Seu símbolo é a Cruz Seu adorno é o Xarará Preto velho Quando se fala em preto-velho, estamos falando de uma grande linha, ou seja, uma grande faixa vibratória onde espíritos afins se “encaixam” para cumprirem sua missão. Esses espíritos foram ex-escravos e negros africanos que não chegaram a ser escravos. Constam também dessa linha espíritos que não foram escravos nem negros, mais que por afinidade e experiência de vidas escolheram a Umbanda para cumprirem sua missão.

O termo “Velho”, é para sinalizar sua experiência, pois quando pensamos em alguém mais velho, subentendemos que essa pessoa já tenha vivido muito mais tempo. Adquirindo assim mais coisas para contar e passar, principalmente essa mesma pessoa já viveu o suficiente para ter aprendido a ter paciência, compreensão, menos ansiedade para a vida. Eles pode se apresentar como Vovó, Vovô, Pai, Mãe, Tio, Tia devido à escolha em uma de suas vidas encarnatórias. Esta linha como outras foram escolhidas por representar a luta de um povo em cima de preconceitos, exploração etc... muitos foram escravos mas nem sempre no tempo do Negros Africanos no Brasil, foram escravos em outras épocas outros lugares etc. A grande característica dessa linha é o conselho. É devido a esse fator que carinhosamente dissemos que são os “Psicólogos da Umbanda”. Suas vestimentas e apetrechos são bem simples, não necessitam de muitos artifícios para trabalhar, necessitam apenas contar com a atenção e a concentração do seu médium durante a consulta. Usam cachimbo, lenços, toalhas e as vezes fumo de rolo e cigarro de palha. Sua forma de incorporação é compacta, sem dançar ou pular muito. A vibração começa com um “peso” nas costas e uma inclinação de tronco para frente, e os pés fixados no chão. Se locomovem apenas quando incorporam para as saudações necessárias (atabaque, gongá e Babá) e depois sentam e praticam sua caridade. Essa simplicidade se expande, tanto na sua maneira de ser e de falar. Usam vocabulário simples, sem palavras rebuscadas. Sua maneira carregada de falar é para dar idéia de antiguidade. Além disso os Preto-Velhos nos ajudam a enxergar que a prática da caridade, é vital para nossa evolução espiritual. A linha é um todo, com suas características gerais, ditas acima, mais como cada médium possui uma coroa diferente, isso determina as diferenças entre os Preto-Velhos. Essas diferenças ocorrem porque Preto-velhos são trabalhadores de orixás e trazem para sua forma de trabalho a essência daquela força da natureza para quem eles trabalham. As Falanges dos Preto-velhos: 1. Falange do Povo da Costa (Rei Cambinda) Cruzam-se com Iemanjá e ensinam que, através da resignação das provas, haverá o resgate das dívidas do passado. Consolam e auxiliam os sofredores, com muito amor. Suas oferendas são entregues nas praias. 2. Falange do Povo de Congo (Rei Congo) Com Yori conseguem a energia pura e infantil dessa falange que, transformada, vence a dor e traz a alegria. Junto a sua oferenda vai uma vela rosa oferecida às crianças. 3. Falange do Povo de Angola (Pai Joaquim) Libertam os escravos de hoje, presos aos vícios, maldades e erros, despertando-os para a vida, por meio de esclarecimentos ou ritos. Vibram nas matas . 4. Falange do Povo da Guiné (Pai Guiné) Possuem o conhecimento das calungas (grande, o mar; pequena, o cemitério), profundos conhecedores da magia e da sabedoria para a cura de todos os males. Recebem suas oferendas no cruzeiro do cemitério ou na beira do mar.

5. Falange do Povo de Moçambique (Pai Jerônimo) Trabalham na lei do livre-arbítrio (ou da livre escolha), com fins de inspirar a libertação do indivíduo durante sua vida terrena. Vibram na mata, sobre pedras em especial, ou nos lugares abertos nesse local, próprios ao repouso e à oração. 6. Falange do Povo de Luanda (Pai José) Combatem demandas, fazem cumprir rigorosamente os rituais e trabalham muito na caridade, sendo exigentes, mas muito bondosos. Recebem suas oferendas no cruzeiro de cemitério. 7. Falange de Bengala (Pai Tomé) Por terem sofrido muito na Terra, compreendem as misérias humanas, trabalham na busca da paz, da fraternidade e estimulam a caridade. Vibram nas colinas abertas e floridas. Oferendas: Cada Preto-Velho tem sua oferenda e gosto, mas citaremos algumas para conhecimentos. Todos recebem cigarros de palha, café, velas brancas e pretas (alguns, roxas), doces tradicionais tipo pés-de-moleque, rapaduras, sagu, farofa com linguiça picada e comidas típicas do interior e da época em que viveram. Bebidas: Vinho, Café, Caldo de Cana, dentro das bebidas podem existir alguma particularidades como Arruda, Cravo, Canela... etc. Ervas: Arruda, Guiné, Benjoim, Cipreste, Folhas de Café, Alfavaca e Vassourinha Branca, etc... Saudações aos orixás Para cada Orixá e Linha de Umbanda, fazemos uma saudação verbal específica, saudando a entidade, demonstrando assim nosso respeito. Entretanto não se preocupe em lembrar de tudo, pois à todos os Orixás ou entidades, que trabalham na Umbanda, basta dizer Saravá! (salve). Oxalá Saudação: Epa babá. Êpa Babá – siginifica olá, com admiração e espanto, ao ancestral dos ancestrais. Iemanjá Saudação: Odô Yá. Odoia ou Odociaba – significam Mãe das águas. Nanã Saudação: Saluba Nana. Saluba Nana singnifica: “nos refugiamos em Nanã” ou salve, a senhora do poço, da lama”. Oxum Saudação: Ora Yeyê-ô. Ora Aie Ie o – Aieieo – Saudação a Orixá Oxum e significa salve a benevolente mãezinha. Ogum Saudação: Ogum Yê. Ogum iê! – saudação ao Orixá Ogum, significando salve Ogum senhor dos caminhos. Xangô Saudação: Kaô Cabecile. Kaô kabecilê! (ou Kaô kabecilê obá) – Saudação ao Orixá Xangô que significa – venham ver (admirar, saudar) o Rei (Alteza) da Casa.

Iansã Saudação: Eparrei Oyá. Epa Hei – saudação a Orixá Iansã e significa falar com espanto Olá. Esse espanto de grandeza de admiração ao ver o Orixá e dizer a ele Olá Iansã, Olá Oiá. Salve a Mãe dos elementos. Oxóssi Saudação: Okê Aro. Okê! Okê Arô! – saudação ao Orixá Oxóssi significa Autoridade, rei, que fala mais alto, ou seja salve o Rei que é aquele que fala mais alto. Obaluaê Saudação: Atotô. Atotô – saudação para o Orixá Omolu, significando “Silêncio! Ele está aqui!” O grande Rei da Terra. Oxumaré Saudação: Arroboboi. Arroboboi - Significado da saudação: Senhor das águas supremas.