CONFESIONES DE SAN AGUSTIN

1080046281 CONFESIONES DE SAN AGUSTIN TRADUCIDAS POR EL R. P . Fr.EUGENIO ZEBAULO» DEL ÓRDEIf DEL 5AHTO. Con ap

Views 86 Downloads 2 File size 23MB

Report DMCA / Copyright

DOWNLOAD FILE

Recommend stories

Citation preview

1080046281

CONFESIONES

DE SAN AGUSTIN TRADUCIDAS

POR

EL

R. P . Fr.EUGENIO

ZEBAULO»

DEL ÓRDEIf DEL 5AHTO.

Con aprobación

del

Ordinario.

BARCELONA.-1839.

LIBRERÍA

fONDO BIBLIOTECA PUBLICA DtL ESTADO DE NüEVO LEON

RELIGIOSA,

I M P R E N T A DE PABLO

RIERA.

CONFESIONES DE N U E S T R O 8 M

GRAN

PADRE

AGUSTIIV.

LIBRO VI. Explica las a n s i a s d e s u a l m a q u e s e f a t i g a b a en la i m a g i n a c i ó n del m a l : c o m o llegó t a m b i é n á c o n o c e r q u e n i n g u n a s u s t a n c i a era mala : y q u e en los l i b r o s de los P l a t ó n i c o s halló el c o n o c i m i e n t o d e la v e r d a d i n c o r p ó r e a y del V e r b o d i v i n o ; p e r o no halló s u h u m i l d a d y a n o n a d a m i e n t o .

CAPÍTULO I. Como Agustín todavía imaginaba á Dios al modo de un ente corpóreo, que estaba difundido por todas partes y llenando unos espacios infinitos. 1. T a todo el tiempo d e m i adolescencia mala y perversa se habia pasado, y c o m e n 2 T. I I . — í x .

CONFESIONES DE N U E S T R O 8 M

GRAN

PADRE

AGUSTIN.

LIBRO VI. Explica las a n s i a s d e s u a l m a q u e s e f a t i g a b a en la i m a g i n a c i ó n del m a l : c o m o llegó t a m b i é n á c o n o c e r q u e n i n g u n a s u s t a n c i a era mala : y q u e en los l i b r o s de los P l a t ó n i c o s halló el c o n o c i m i e n t o d e la v e r d a d i n c o r p ó r e a y del V e r b o d i v i n o ; p e r o no halló s u h u m i l d a d y a n o n a d a m i e n t o .

CAPÍTULO I. Como Agustín todavía imaginaba á Dios al modo de un ente corpóreo, que estaba difundido por todas partes y llenando unos espacios infinitos. 1. T a todo el tiempo d e m i adolescencia mala y perversa se habia pasado, y c o m e n 2 T. I I . — í x .

zaba el d e 'a j u v e n t u d , siendo yo cuanto m a yor en la edad * , tanto m a s torpe en la vanidad. Auoque yo no acertaba á i m a g i n a r sustancia alguna, q u e no fuese corpórea v s e m e j a n t e á lo q u e suele percibir la vista ; no imaginaba, Dios m i ó , q u e tuviéseis figur a d e cuerpo h u m a n o : porque desde q u e com e n c é á oir y saber algo d e filosofía, siempre h a b i a laido d e semejante pensamiento : y me alegraba d e haber hallado esta m i s m a verdad en la doctrina y creencia d e n u e s t r a m a d r e espiritual vuestra Iglesia católica. Pero n o s e me o c u r r í a a l g u n a otra idea q u e poder former de V o s ; al paso q u e n o o b s tante ser v o h o m b r e , y tan mal h o m b r e , i n tentaba llegar á conoceros, siendo Yos el altísimo, único y verdadero Dios. Bien creia yo firmemente y con lo mas íntimo de mi c o r a z o n , q u e Vos érais incorruptible, inviolab l e , incapaz de alteración y mudanza : pues sin saber yode dónde ó cómo tenia esta n o ticia, veia claramente y tenia por m u v cierto q u e todo aquello q u e puede admitir c o r rupción no es tan bueno como l o q u e no p u e d e

*

Comenzfiba e n t o n c e s el a ñ o 31 d e su e d a d .

c o r r o m p e r s e : y lo inviolable ó incapaz d e padecer a l g ú n d a ñ o , lo anteponía sin d u d a a l g u n a á lo q u e es violable ó capaz d e a l t e ración : y lo q u e no padece mutación a l g u n a , lo tenia por mejor q u e lodo lo q u e puede padecerla. Esta creencia hacia q u e mi corazon c l a mase con vehemencia contra todos los fantasm a s ó ideas materiales que yo formaba i m a g i n a n d o vuestro s e r : con solo ese golpe proc u r a b a espantar la multitud d e especies i n m u n d a s y corpóreas, q u e , revoloteando al rededor d e mi entendimiento le confundían y ofuscaban. Apenas ellas s e habían a p a r t a do d e mí por un i n s t a n t e , c u a n d o mas amontonadas q u e antes volvían á p r e s e n t a r s e , y arrojándose d e tropel sobre la vista de m i a l m a , m e la oscurecían y a n u b l a b a n d e tal m o d o , q u e a u n q u e yo no pensase que aquel mismo Ser incorruptible, inviolable, inconm u t a b l e , q u e vo prefería á todo lo c o r r u p tible, violable y m u d a b l e , tenia forma exterior d e cuerpo h u m a n o ; m e veia precisado á pensar q u e era a l g u n a cosa c o r p ó r e a , q u e se extendía por todos los espacios y l u g a r e s , ya fuese infundida solamente en todas las cor

sas q u e h a y dentro del m u n d o , ya también estuviese difundida por los espacios infinitos q u e se imaginan fuera del u n i v e r s o ; p o r q u e todo lo q u e concebía sin orden y respecto á a l g ú n e s p a c i o , me parecía la nada sin ser a l g u n o . Pero tan e n t e r a m e n t e n a d a , q u e a u n q u e no fuese como se imagina el vacuo, q u e es como si un cuerpo se q u i t a r a del l u g a r q u e o c u p a , y quedase el l u g a r vacío de todo cuerp o , ya terreno, ya acuoso, ya a é r e o , ya c e lestial ; sino q u e quedase el l u g a r vacío e n t e r a m e n t e y d e s o c u p a d o , como un nada con extensión , ancho y espacioso. 2. Yo, p u e s , como tan material'y espeso en mis p e n s a m i e n t o s , que aun para conocerm e á mí mismo no estaba trasparente y c l a r o , pensaba q u e todo lo q u e no se extendiese por algunos espacios d e l u g a r , ó no se e n sanchase, ó no se j u n t a s e , ó no se e n t u m e ciese , ó no recibiese dentro de sí alguna cosa de esta c a l i d a d , ó no fuese capaz de recibirl a , no tenia ser a l g u n o , y absolutamente era n a d a . P o r q u e mi entendimiento no formaba otras ideas ó imágenes interiores, sino semej a n t e s á las formas ó especies q u e recibían mis ojos y d e m á s sentidos c o r p o r a l e s ; y no

advertía ni reflexionaba q u e la interior p o tencia y facultad con q u e yo formaba a q u e llas mismas imágenes ó ideas, no era corpórea ni a b u l t a d a ; siendo no obstante a l g u n a cosa g r a n d e , pues á no s e r l o , no podría formarlas. Así, Dios m i ó , vida de mi v i d a , también i m a g i n a b a , q u e siendo Vos g r a n d e por infinitos espacios y l u g a r e s , llenabais y p e n e trabais por todas partes la gran m á q u i n a del universo. Q u e también f u e r a de ella, hácia cualquier parte q u e se considere, os e x t e n díais por inmensos espacios, que no tenian fin ni término a l g u n o : de s u e r t e , que la t i e r r a , el cielo, y todas las cosas os poseyesen, y por dentro y f u e r a estuviesen llenas y r o deadas de Vos, y dentro de Vos mismo t u viesen su fin y t é r m i n o , pero Vos no le t u viéseis por n i n g u n a parte. P u e s así como el cuerpo de este aire q u e está sobre la tierra no impide q u e la luz del sol le traspase y le p e n e t r e , no rompiéndole ó dividiéndole, sino llenándole todo d e su claridad : así j u z g a b a yo q u e penetrábais todos los cuerpos, no solamente del c í e l o , del a i r e , del m a r , sino también de la t i e r r a : y q u e todos ellos, en

-

10

-

todas sus p a r t e s , g r a n d e s y p e q u e ñ a s , eran respecto de Vos penetrables y como t r a s p a rentes, para llenarse d e vuestra presencia, q u e con oculta inspiración é influencia s e cretísima g o b e r n á i s todas vuestras criaturas por lo interior y exterior d e todas ellas. De este modo discurría entonces, p o r q u e no estaba en estado de pensar otra cosa; pero era falso lo que pensaba ; p o r q u e si aquello f u e r a cierto, la parte m a y o r de tierra tendría en sí m a y o r parle de vuestra sustancia; y la que fuese m e n o r , tendría menor parle de Y o s : y de lal suerte llenaríais todas las cos a s , q u e tanto mas tuviese de Vos el cuerpo de un elefante que el de un pajarillo, cuanto el cuerpo de aquel es m a y o r , y ocupa mas l u g a r q u e el cuerpo de este : así estaríais dividido en tantas partes g r a n d e s y pequeñas, cuantas hay en todo el u n i v e r s o , para comunicar y hacer presente á las g r a n d e s otra igual y tan gran parle de V o s , y á las pequeñas otra igual y tan pequeña parte vuestra. Pero no sois Vos a s í , a u n q u e yo enlonces no lo conocía, porque a u n no habíais a l u m b r a d o las tinieblas de mi i g n o r a n c i a .

CAPÍTULO II. Argumento con que Nebridio impugnó á los Maniqueos. 3. B á s t a m e , Señor, contra aquellos hombres engañosos, y engañadores de oíros, h a bladores m u d o s , porque no se oia de su boca vuestra divina p a l a b r a : b á s t a m e , d i g o , p a r a confundir á los Maniqueos, el a r g u m e n t o q u e mucho liempo a n l e s , estando nosotros en C a r t a g o , h a b í a propuesto N e b r i d i o , que nos hizo mucha fuerza á lodos los q u e . l e oimos. P o r q u e p r e g u n t a b a él ¿ q u é haria contra Vos aquella no sé q u é raza de tinieblas ( q u e los Maniqueos dicen ser una gran m a s a o p u e s ta á Vos), dado caso q u e Vos no quisiéseis pelear contra e l l a ? Pues si responden que todavía podía haceros a l g ú n d a ñ o , seria decir, q u e Vos no sois inviolable é incorruptible; si por el contrario respondieran q u e de n i n g ú n modo os podría d a ñ a r ó hacer a l g ú n p e r j u i c i o ; en tal caso no pueden señalar causa ó motivo de reñir y p e l e a r ; y menos p a r a pelear y reñir como ellos dicen, esto e s , d e

tal m o d o , q u e u n a portion ó m i e m b r o de vuestra s u s t a n c i a , u n a producción de v u e s tra sustancia m i s m a se mezclaría con las p o testades contrarias á Vos, q u e eran n a t u r a lezas q u e Vos no habíais criado, y de tal suerte la corrompían y trocaban d e b u e n a en mala, q u e su felicidad v b i e n a v e n t u r a n z a se convertía en infelicidad y miseria, y venia á t e ner necesidad de auxilios q u e la librasen de aquel e s t a d o , y la purificasen de las manchas q u e h a b í a c o n t r a í d o . Esta portion de vuestra sustancia decían q u e era nuestra a l m a , á la cual viéndola así esclavizada, m a n c h a d a y c o r r u p t a , la venia á socorrer vuestro divino V e r b o , q u e h a b i a q u e d a d o libre, p u r o y entero; pero q u e t a m b i é n él mismo era corruptible , como de la m i s m a naturaleza y s u s t a n cia q u e habia sido c o r r o m p i d a . Por lo cual sí los M a n í q u e o s decían ó conf e s a b a n , q u e Vos ó vuestra s u s t a n c i a , sea ella la q u e fuese e n sí m i s m a , era i n c o r r u p tible; se s e g u í a c l a r a m e n t e , que lodo a q u e llo que decían era falso y detestable; y sí decían q u e era c o r r u p t i b l e vuestra sustancia p r o p i a , ello m i s m o se daba á conocer por falso y a b o m i n a b l e d e s d e luego. Bastábame,

- 13 p u e s , este a r g u m e n t o solo contra los M a n i q u e o s , para desechar y a r r o j a r f u e r a d e mí toda la doctrina de q u e m e tenían i m b u i d o , y con que mi corazon estaba oprimido y a n g u s t i a d o : p o r q u e no tenían salida a l g u n a q u e d a r al a r g u m e n t o , sin q u e cayese su corazon y su lengua en el horrible sacrilegio de creer y proferir estas blasfemias. C A P Í T U L O III. Que el libre albedrío es la causa del pecado. 4. Pero a u n q u e yo confesaba y creia firm e m e n t e q u e Vos, mi Señor y v e r d a d e r o Dios, sois i n c o r r u p t i b l e , i n v a r i a b l e , y por todas partes a j e n o d e mutabilidad y a l t e r a ción , y q u e críásteis no solamente nuestras a l m a s , sino también los c u e r p o s , y g e n e r a l mente todas las c r i a t u r a s ; todavía no entendía yo bien claramente cuál es la causa del mal ó de lo m a l o : eso s í , conocía q u e c u a l q u i e r a q u e ella f u e s e , debia buscarla d e tal m o d o , q u e no m e viese precisado por ella á creer que V o s , Dios y Señor inconmutable, érais capaz de a l g u n a mudanza ó variedad,

para no hacerme yo malo á mí mismo, al ind a g a r la causa de lo malo. Así la buscaba tan seguro de no dar en aquel d e s v a r í o , como estaba convencido y certificado de q u e no era verdad la doctrina de los M a n i q u e o s , q u e huia y detestaba con lodo mi corazon : p o r que veía c l a r a m e n t e , q u e buscando ellos la causa y origen del m a l , estaban llenos de maldad tan excesiva, q u e antes creían q u e vuestra naturaleza y sustancia m a l a m e n t e padecía, q u e el que la suya obraba m a l a mente. 5. Yo m e esforzaba cuanto podía para entender lo q u e había oído d e c i r , eslo es, que el libre albedrío de nuestra voluntad era la causa del mal q u e o b r á b a m o s , y la rectitud de vuestro juicio la causa de! mal q u e p a d e c í a m o s , pero yo no podía entender esto clara y distintamente. Y así p r o c u r a n d o s a car la atención de mi entendimiento de estas profundas tinieblas, volvia á s u m e r g i r m e en ellas otra v e z : y esforzándome repelidas v e ces á lo m i s m o , me h u n d í a del mismo modo otras tantas veces. Me levantaba a l g ú n poco hácia vuestra luz el saber yo con tanta certeza q u e tenia mi

- 15 voluntad p r o p i a , como estaba cierto d e q u e tenia vida. Así c u a n d o quería ó no quería a l g o , estaba ciertísimo de q u e yo m i s m o , y no o t r o , era el que quería ó no quería a q u e llo : y ya casi conocía q u e allí estaba la causa y principio de mi pecado. T a m b i é n veia q u e hacer yo a l g u n a cosa forzado y contra mi v o l u n t a d , mas era p a decer q u e h a c e r : y eslo j u z g a b a q u e no era c u l p a , sino p e n a , con la cual confesaba ser j u s t a m e n t e castigado d e V o s , á quien r e c o nocía siempre como justo. Mas otras veces d e c i a : « ¿ Q u i é n es el q u e «me ha hecho? ¿ P o r v e n t u r a no es mi Dios, « q u e no solamente es b u e n o , sino la misma « b o n d a d ? Pues ¿ d e dónde me ha venido á «mí el q u e r e r desordenadamente u n a s co« s a s 1 , y o r d e n a d a m e n t e no q u e r e r otras, «por m a n e r a q u e esta repugnancia fuese jus«la pena de aquella voluntad injusta? ¿ Q u i é n «puso en mí este v e n e n o ? ¿ Q u i é n ingirió en «mi alma esta raíz de a m a r g u r a , habiendo «sido yo lodo y tolalmente hecho por mi dul«císirno Dios"? Si el diablo es el aulor de este « m a l ; ¿quién f u e el q u e le hizo á él? P o r te que si él mismo por su mala y perversa vo-

-

16

-

-

« l u n t a d , de buen ángel q u e e r a , se hizo y ase m u d ó en d e m o n i o ; ¿ d e dónde le vino á «él esa mala voluntad con la cual se hizo deamonio, supuesto q u e todo él fue criado b u e «no por el Hacedor d e todas las cosas, q u e « e s infinitamente b u e n o ? » Con estos pensamientos volvia otra vez á s u m e r g i r m e en mis tinieblas, y a h o g a r m e entre mis d u d a s ; pero n o m e llevaban tan á lo h o n d o , q u e llegase á lo p r o f u n d o del error de los M a n i q u e o s , donde n i n g u n o confiesa vuestra bondad infinita, cuando antes j u z g a n q u e Vos estáis sujeto á padecer m a l e s , q u e el q u e los h a g a n los hombres. NOTA. 1

Undeigitur

mihi malé velle, el bené nolle,

dice

el S a n t o . Como a n t e s d e j a d i c h o q u e el h a c e r u n a c o sa c o u t r a s u v o l u n t a d y con r e p u g n a n c i a s u y a , m a s p r o p i a m e n t e era padecer

q u e hacer:

en el malé

le explica el mal d e la c u l p a , y e n el bené nolle

velel

mal de la p e n a , q u e j u s t a m e n t e s e p a d e c e c o n t r a la v o l u n t a d p r o p i a , en castigo del otro m a l d e la c u l p a , q u e s e hizo p o r s u p r o p i a v o l u n t a d . A s í el malé q u i e r e d e c i r querer malamente

y pecando,

t a m e n t e q u e r e r a l g u n a cosa ; y el bené nolle, d e c i r , q u e justamente,

bien

y ordenadamente

velle

ó injusquiere pa-

17

-

dece y s u f r e aquella repugnancia de no q u e r e r alguna c o s a , y h a c e r l a c o m o p o r f u e r z a ( q u e m a s e s p a decer q u e hacer), y esto es justa pena de su v o l u n tad injusta.

CAPÍTULO IV. Como necesariamente Dios es inviolable é incorruptible. 6. Del mismo modo procuraba entender claramente lodo lo d e m á s , así como había a v e r i g u a d o que lo incorruptible es mejor q u e lo c o r r u p t i b l e : y por tanto confesaba q u e cualquiera q u e fuese vuestro ser y n a t u r a l e z a , precisamente había de ser incorruptible. P o r q u e nadie pudo ni podrá j a m á s pensar alg u n a cosa q u e sea mejor q u e V o s , q u e sois el s u m o y perfectísimo bien. Y como es verdad ciertísíma que lo incorruptible se debe a n t e poner & lo q u e es c o r r u p t i b l e , como yo lo conocía y ejecutaba ; si Vos no fuérais incorruptible, pudiera mi entendimiento hallar a l g u n a cosa mejor q u e Vos. Con qué allí mismo donde yo advertía q u e lo incorruptible es mejor q u e lo que p u e d e corromperse, e r a donde debia buscaros, y desde allí descubrir el origen del m a l , esto



18

-

e s , el principio de la corrupción, d e la cual no es capaz vuestra divina sustancia. P o r q u e de ningún m o d o , por n i n g u n a voluntad, por n i n g u n a violencia, por n i n g u n a casualidad, p u e d e la corrupción manchar ó inficionar la naturaleza d e m u e s t r o D i o s : pues él es Dios, y todo lo q u e q u i e r e para s í , es de la línea del b i e n , y a u n él mismo es el mismo bien q u e q u i e r e ; pero el poder corromperse no se ha juzgado j a m á s por bien a l g u n o . Ni tam poco cabe en Vos, S e ñ o r , el ser forzado á cosa a l g u n a contra vuestra voluntad, ya q u e vuestra voluntad no es mayor q u e vuestro poder f á no ser q u e se diga que Vos sois mayor q u e Vos mismo : p o r q u e la v o l u n t a d y la potencia de Dios son el mismo Dios. F i n a l m e n t e , ¿ q u é casualidad puede h a b e r impensada para Vos, q u e sabéis y c o nocéis todas las cosas p e r f e c t í s í m a m e n t e ? A d e m á s d e q u e n i n g u n a naturaleza ni c r i a tura a l g u n a existe, sino p o r q u e Vos la c o nocéis. P e r o ¿ p a r a q u é gasto tantas palabras en probar que la naturaleza de Dios no puede ser c o r r u p t i b l e , c u a n d o es evidente q u e si lo f u e r a no seria Dios?

C A P Í T U L O V. Vuelve otra vez á inquirir de dónde provenga el mal, y cuál sea su origen y raíz. 7. Yo buscaba el origen del m a l ; y siendo así q u e le buscaba m a l a m e n t e , no echaba de ver el mal que habia en el mismo modo con q u e le buscaba. Ponia yo delante de los ojos de mi alma todo lo q u e habéis criado, va sean las cosas que podemos v e r , como la t i e r r a , el m a r , el a i r e , los astros, los árboles V los a n i m a l e s : ya también todas las cosas q u e no vemos, como son el firmamento con todos los Angeles, y todos tosentes e s p i r i t u a les del u n i v e r s o ; pero también estas cosas las f u é colocando mi fantasía en diversos y respectivos l u g a r e s , como si v e r d a d e r a m e n t e fueran c u e r p o s : de todo ello formé en la ima ginacion como una g r a n masa compuesta d e los distintos géneros d e cuerpos de vuestras c r i a t u r a s ; tanto de aquellos q u e eran v e r d a deros c u e r p o s , como d e los otros q u e yo h a bia fingido y apropiado á los espíritus. Yo i m a g i n a b a esta masa m u y g r a n d e y e x t e n s a ,

-

20

-

no tanto c o m o ella lo fuera en sí m i s m a , q u e esto no podía saberlo á p u n t o fijo, sino c u a n to le pareció á mi f a n t a s í a ; pero siempre m e la r e p r e s e n t a b a finita y limitada por todas partes. D e s p u e s os concebía á Y o s , S e ñ o r , como u n a s u s t a n c i a infinita sin término ni límite a l g u n o , q u e r o d e a b a y penetraba por todas partes a q u e l l a g r a n m a s a : así como si el m a r lo llenase t o d o , y hácia todas partes por espacios i n m e n s o s solo hubiese un infinito m a r , y dentro d e sí t u v i e s e u n a esponja q u e a u n q u e fuese m u y g r a n d e , fuera limitada y fin i t a ; esta e s p o n j a v e r d a d e r a m e n t e estaría por todas p a r l e s r o d e a d a y llena de aquel inmenso m a r . Así j u z g a b a y o q u e todas vuestras criat u r a s , q u e s o n finitas y l i m i t a d a s , estaban por todas p a r t e s circunvaladas y llenas de V o s , q u e sois i n f i n i t o , y decia : veis aquí á Dios, y veis a q u í todo lo q u e Dios ha c r i a d o : Dios es b u e n o , y su bondad excede infinitam e n t e á todo el c o n j u n t o d e s ú s c r i a t u r a s ; m a s como él es s u m a m e n t e b u e n o , todas las cosas las cria b u e n a s , y ved ahí como todas las abraza y l l e n a d e s u bondad. P u e s ¿ e n

-

21



dónde está el m a l ? ¿de dónde ha dimanado? ¿ p o r dónde se ha introducido en el u n i v e r so? ¿cuál es la raíz q u e le p r o d u c e ? ¿ d e q u é semilla n a c e ? ¿Acaso dirémos que el mal no tiene ser a l g u n o ? pues ¿ p o r q u é tememos y evitamos lo q u e no hay ni tiene s e r ? Y si es q u e tememos v a n a m e n t e y sin f u n d a m e n t o , sin d u da que este temor ya es a l g ú n mal q u e i n ú tilmente atormenta y despedaza nuestro c o razon : y este mal será tanto mas g r a v e , c u a n t o mas tememos no habiendo q u e temer. Por lo c u a l , ó hay a l g ú n mal q u e temamos, ó el mal q u e hay es que tememos. Pues ¿ d e dónde vino este m a l ? Porque Dios, siendo todo b o n d a d , hizo b u e n a s todas estas cosas. El m a y o r y s u m e bien hizo las criaturas q u e son bienes menores ; pero así el Criador c o m o las cosas c r i a d a s , todo es bueno. Pues ¿ d e dónde nace el m a l ? ¿ S e r á acaso q u e la materia de q u e hizo Dios todas las criaturas era en sí misma a l g u na cosa m a l a , y Dios la formó y ordenó, pero dejó algo en ella q u e no lo ordenase y c o n virtiese de mal en bien? Y si fue así, ¿ q u é 3

T. II. —

IX.

— U causa h u b o p a r a esto? ¿Acaso DO podía convertirla toda y m u d a r l a en bien d e modo que no q u e d a s e en ella nada d e m a l o , siendo él todopoderoso? F i n a l m e n t e , ¿por q u é quiso servirse d e ella para formar d e allí sus c r í a t u r a s , y n o usar d e su misma omnipotencia p a r a destruirla enteramente y aniquilarla? ó ¿ p o d r á decirse q u e ella podia existir c o n tra la voluntad d e Dios? A u n suponiendo q u e fuese e t e r n a , ¿ p o r q u é la dejó d u r a r antecedentemente por infinitos espacios de duraciones ' ; y tanto despues tuvo por bien servirse d e aquella m a t e r i a , y hacer de ella a l g u n a cosa? Y ya q u e repentinamente d e terminó y quiso hacer alguna o b r a , como omnipotente q u e e s , comenzara antes a n i quilando y deshaciendo enteramente aquella materia ; y así hubiera quedado él siendo el todo, el v e r d a d e r o , sumo é infinito bien. Y si no era conveniente á su bondad el q u e solo destruyese, y no fabricase al mismo tiempo y produjese algún b i e n , siendo él tan b u e n o ; destruida aquella mala materia y r e ducida á la D a d a , podia h a b e r criado otra b u e n a , d e la cual produjese todas las cosas. P o r q u e no seria todopoderoso si n o pudiera

- 23 hacer algo bueno sin a y u d a de aquella m a teria q u e él no habia criado. Vé aquí las cosas q u e yo a n d a b a revolviendo en mi infeliz espíritu lleno de c u i d a dos q u e le c o n s u m í a n , causados del temor de la m u e r t e y d e no hallar la verdad ; pero estaba firmemente a r r a i g a d a en mi corazon la fe q u e en la católica Iglesia se tiene d e vuestro Hijo Jesucristo, Señor y Salvador n u e s t r o ; y a u n q u e á la verdad e r a m i fe todavía imperfecta en m u c h a s cosas, y se salía f u e r a de las reglas d e la sana doctrina, con todo no la dejaba mi a l m a ; antes bien cada dia se iba instruyendo é imbuyéndose mas y mas en ella. NOTA. 1

A u n q u e en la hipótesi q u e h a c e s a n A g u s t í n

diga : Per infinita finitos

retró

spalia

temporum,

por i n -

e s p a c i o s d e t i e m p o s a n t e r i o r e s ; no s e ha d e

i m a g i n a r q u e a n t e s de la c r e a c i ó n h u b i e s e t i e m p o a l g u n o ; q u e esto n o p u e d e e s t a b l e c e r s e e n d o c t r i n a del S a n t o , ni t a m p o c o p u e d e i m a g i n a r s e , p o r q u e el t i e m p o e s u n a d e las c o s a s q u e p e r t e n e c e n á la c r e a ción y efecto de ella. A s í d i c i e n d o el S a n t o : por finitos

in-

e s p a c i o s d e t i e m p o s , bieu da á e n t e n d e r q u e

habla d e la e t e r n i d a d , q u e p r e c e d i ó á la creación; y

3*



u

-

q u e c o m o infinita d u r a c i ó n abraza t o d o s l o s L e m p o s y v i r t u a l m e n t e e s t o d o s ellos. A s í en el c a p . x v dice q u e D i o s no c o m e n z ó á p r o d u c i r l a s c r i a t u r a s innumerabilia

spatia

post

temporum.

CAPÍTULO VI. Desecha Agustin por vanas y engañosas las adivinaciones de los astrólogos. 8 . Y a t a m b i é n habia y o desechado enter a m e n t e las e n g a ñ o s a s predicciones y s a c r i legas locuras d e los astrólogos : y este e s , Dios m i ó , uno d e los efectos d e vuestras m i sericordias, por el cual os debo confesar y bendecir con todas las fuerzas d e m i a l m a . P u e s V o s , S e ñ o r , Vos v no otro fuisteis q u i e n m e hizo este beneficio. P o r q u e ¿ q u i é n puede librarnos ó a p a r t a r n o s d e la m u e r t e q u e nos a c a r r e a todo e r r o r , sino Vos, q u e sois la vida q u e n o p u e d e morir, y la sabiduría que sin necesitar d e l u z a l g u n a i l u m i n a los e n tendimientos q u e l a necesitan, la misma con q u e es regido y g o b e r n a d o lodo el universo hasta las hojas d e los árboles q u e s e lleva el viento?

Vos procurásteis el remedio d e a q u e l l a mi t e r q u e d a d con q u e resistí y m e opuse á Y i n d i c i a n o * , q u e e r a anciano a g u d o y docto, y á N e b r i d i o , q u e e r a joven d e u n talento a d m i r a b l e : c u a n d o el primero a f i r m a b a r e s u e l t a m e n t e , y el s e g u n d o , a u n q u e con a l g u n a d u d a , repetía muchas veces, q u e n o h a v arte a l g u n o para conocer las cosas v e nideras ; pero q u e las conjeturas de los h o m bres tienen muchas veces fuerza d e suerte : q u e diciendo los hombres multitud d e cosas, acertaban por casualidad á decir, entre t a n t a s , algunas d e las q u e h a n d e s u c e d e r , sin saberlo los mismos q u e lo d e c i a n , sino t r o pezando á ciegas con la verdad d e algunos sucesos, en fuerza d e lo mucho q u e h a b l a n . Vos, p u e s , Señor, hicisteis q u e yo tomase amistad con u n h o m b r e q u e a c o s t u m b r a b a consultar á los astrólogos sobre varios a s u n t o s , a u n q u e él no sabia mucho d e la astrologia, pero los consultaba, d i g o , por c u r i o sidad : el cual sabia cierta especie, q u e d e cía habérsela oído á su p a d r e , pero n o a d vertía él mismo cuán poderosa e r a aquella V é a s e el cap. i n del l i b . i v .

-

26

-

especie para echar á rodar la opinioo y c r é dito de tal arte. E s t e , p u e s , q u e se llamaba F e r m i n , sujeto instruido en l a s a r l e s liberales y en la e l o c u e n c i a , habiéndome como á su mayor amigo sobre ciertas cosas suyas, á las cuales a s p i r a b a , por la esperanza g r a n d e q u e tenia de a d e l a n t a r su f o r t u n a , m e instaba á q u e le dijese el juicio q u e yo formara de aquellas pretensiones, según su horóscopo y constelaciones q u e le correspondían ; y >o, q u e por entonces ya habia comenzado á inclinarme á la sentencia de N e b r i d i o , no m e e x c u s é d e hacer mis c o n j e t u r a s , y decirle lo q u e m e ocurría como d u d o s a m e n t e ; pero le a ñ a d í , que estaba cási persuadido y c o n v e n cido de q u e todas aquellas cosas y o b s e r v a ciones eran vanas y ridiculas. Entonces él me contó, q u e su padre habia sido curiosísimo en la referida f a c u l t a d , h a biendo j u n t a d o y manejado muchos libros de esta m a t e r i a , y q u e habia tenido un amigo i g u a l m e n t e dedicado á la misma f a c u l t a d , q u e habían estudiado juntos : q u e con igual deseo de adelantar en ella, conferenciaban los dos, y se comunicaban m ú t u a m e n t e sus reflexiones, como soplando y avivando el

fuego q u e ardia en su corazon d e adelantad en un estudio tan vano : d e m o d o , q u e a u n en los brutos q u e nacían en casa de ellos, observaban los i n s t a n t e s d e s u nacimiento, y la posicion de los astros respecto de aquellos mismos instantes, para sacar de allí a l g u n a s experiencias con q u e apoyar aquella especie de a r t e . Así referia é l , q u e habia oido decir á su p a d r e , q u e al tiempo q u e su m u j e r y m a d r e del mismo F e r m i n , estaba embarazada de él, estaba también en cinta u n a criada de aquel amigo de su padre : lo cual no se le pudo encubrir al a m o , que con las mas exquisitas diligencias procuraba e x a m i n a r y saber a u n los partos de las perrilas de su casa. Y q u e habia sucedido, que teniendo cuenta el p a d r e de Fermin con el parlo d e su m u j e r , y el otro amigo suyo con el d e su c r i a d a , y contando uno y otro con la m a y o r exactitud los dias, las h o r a s , minutos y s e g u n d o s d e la preñez de e n t r a m b a s , vinieron á parir las dos al mismísimo t i e m p o ; de modo q u e se vieron forzados á aplicar á los recien nacidos las mismas constelaciones, sin distinción a l g u n a , q u e el uno habia observado para su



28

-

hijo, y el otro para su siervo. P o r q u e luego q u e á las dos m u j e r e s les comenzaron los d o lores d e p a r t o , se avisaron los dos amigos m u t u a m e n t e lo q u e pasaba en la casa de uno y o t r o , y previnieron mensajeros d e a m b a s p a r l e s , q u e al punto q u e supiesen l o q u e h a b i a nacido en cada u n a de las casas, lo avisasen á la otra sin dilación a l g u n a : v com o d u e ñ o s q u e eran respectivamente de s u s c a s a s , con m u c h a facilidad habían dispuesto, q u e al instante q u e se verificase el p a r l o , se le hiciese saber al m e n s a j e r o q u e estaba prevenido. Y asi d e c í a , q u e los dos q u e habían sido enviados se vinieron á e n c o n t r a r uno á otro tan p u n t u a l m e n t e en el medio del camino, y en tan igual distancia de las dos casas, q u e ni el p a d r e de F e r m í n , ni su a m i g o pudiesen notar diversa posicion de astros, ni la mas m í n i m a diferencia de tiempo con q u e disting u i r el horóscopo de los dos recien nacidos ; y no obstante F e r m í n , como nacido de familia distinguida en su país, seguía las carreras m a s lustrosas del siglo, se iba a u m e n t a n d o en r i q u e z a s , y s u b l i m a n d o en honras ; y el otro sin poder sacudir el y u g o d e su s e r v i d u m b r e , servia como esclavo á sus señores,

s e g ú n contaba el mismo F e r m i n q u e le h a bia conocido. 9 Oidas por mi estas cosas, y creídas también por habérmelas contado tal sujeto, toda aquella oposicion y resistencia q u e yo habia hecho á las persuasiones d e Vindiciano y Nebridio se desarmó e n t e r a m e n t e y se deshizo. ¥ lo primero q u e intenté fue a p a r tar al mismo F e r m i n de aquella vana curiosidad , diciéndole : q u e para responderle con verdad á lo q u e m e habia p r e g u n t a d o , d e s pues de contempladas bien s u s prop.as constelaciones, babia de haber visto en ellas, q u e sus padres eran d e lo mas principal q u e h a bia en su t i e r r a : q u e su l i n a j e y familia eran de la mayor nobleza de su propia ciudad : q u e habían concurrido en su nacimiento las circunstancias mas honrosas : q u e había tenido buena crianza, y los progresos q u e h a bia hecho en el estudio de las artes liberales. P e r o si aquel otro siervo m e hubiera consultado sobre las mismas constelaciones ( q u e correspondían á su nacimiento del mismo modo q u e al d e F e r m i n ) , para q u e yo p u diera responderle la v e r d a d , s e n a también necesario haber visto en ellas la bajeza de su

- 30 — l i n a j e , su condicion servil, y todas las demás circunstancias s u y a s q u e eran tan distintas y contrarias á las otras q u e allí mismo había yo antes visto y descubierto. Con q u é si viendo u n a s mismas constelaciones é influencias, tenia q u e pronosticar y decir cosas distintas y c o n t r a r i a s , si h a b í a de a c e r t a r ; y si pronosticaba los mismos acaecimientos y las mismas cosas al uno y al otro, e r r a b a precisamente mi pronóstico ; es a r g u m e n t o c i e r tísimo q u e p r u e b a evidentemente, q u e a q u e llas cosas q u e se aciertan despues d e vistas y observadas las constelaciones, se aciertan por casualidad y no por a r t e ni r e g l a s ; y al contrario, q u e si las predicciones d e esta clase salen f a l s a s , no es por ignorancia de aquel a r t e , sino por falibilidad y yerro de la suerte. 10. T o m a n d o de a q u í principio, y m e ditando todo esto dentro d e mí mismo, para q u e n i n g u n o d e aquellos delirantes q u e vivían de hacer estas predicciones (con los cuales deseaba yo v e r m e para argüiilos y r i d i culizarlos), burlase la fuerza del a r g u m e n t o , con decir q u e F e r m í n m e habría e n g a ñ a d o á mí en aquella relación, ó que su padre-le

habria e n g a ñ a d o á é l ; para evitar, digo, q u e tuviesen este e f u g i o , puse la consideración en el nacimiento de los q u e nacen j u n .tos, v se llaman mellizos: muchos de los cuales nacen tan inmediatamente uno tras d e o t r o , q u e aquel brevísimo espacio q u e media entre los dos, por mas fuerza q u e tenga en la naturaleza para diferenciarlos, s e gún pretenden los astrólogos, no hay diligencia ni observación h u m a n a que baste á conocerle ó advertirle ; ni puede señalarse en aquellos caractéres y figuras q u e tieue q u e mirar el astrólogo, liara hacer verdaderos s u s pronósticos. Pero es imposible q u e en este caso salgan v e r d a d e r o s ; porque m i r a n do unos mismos caractéres y f i g u r a s , q u e correspondían al nacimiento de Jacob y E s a ú , debería un astrólogo pronosticar las mismas cosas respecto de e n t r a m b o s ; siendo así que en uno y otro fueron muy diferentes los s u cesos. Con q u é si para entrambos a n u n c i a b a las mismas cosas, salian falsos sus pronósticos ; y si salian verdaderos, seria no a n u n ciando ni diciendo las mismas cosas para e n t r a m b o s , no obstante q u e eran unas mismas las figuras y caractéres q u e veia convenir al

- 32 u n o y al o t r o : d e donde se s i g u e , q u e si h u b i e r a acertado en sus pronósticos, a c e r t a r í a p o r c a s u a l i d a d , y no por reglas de a l g u n a ciencia ó a r t e . Y o s , S e ñ o r , q u e perfectísirnamente g o bernáis todo el u n i v e r s o , hacéis por medio d e un influjo y dirección imperceptible, q u e c u a n d o a l g u n o consulta á los astrólogos, sob r e a l g ú n suceso, sin saberlo ni advertirlo los consultados, ni los q u e los c o n s u l t a n , cada uno reciba aquella respuesta q u e le corr e s p o n d e , atendidos los méritos de su a l m a : n a c e aquella respuesta del abismo i m p e n e trable d e vuestro juicio siempre justo y rect o , q u e n i n g ú n h o m b r e debe e x t r a ñ a r d i ciendo : ¿ Q u é viene á ser esto? ¿ p a r a q u é es esto? N o diga tal cosa, no la d i g a , p o r q u e él no puede salirse de los límites de hombre.

C A P Í T U L O VII. De las graves penas que le causaba á Agustín el averiguar la causa y principio del mal 1 1 . Ya V o s , S e ñ o r , m e habíais librado d e aquellas c a d e n a s , cuando m e o c u p a b a en buscar el origen del m a l , y no hallaba salida á mis dificultades. Pero no permitíais Yos, q u e por mas olas de varios pensamientos q u e m e combatiesen, fuesen poderosas para a p a r tarme de aquella fe con q u e creia vuestra existencia, y q u e sois u n a sustancia inconm u t a b l e ; creia la providencia con q u e teneis cuidado de los hombres y los j u z g á i s , y q u e en Jesucristo vuestro Hijo y Señor nuestro, y en las santas E s c r i t u r a s , q u e a p r u e b a y recomienda la autoridad d e vuestra Iglesia católica, habíais dispuesto á los hombres el camino de la salud por donde han de llegar á conseguir aquella vida dichosa, q u e ha d e h a b e r despues de nuestra m u e r t e . Salvas estas v e r d a d e s , y fijadas en mi a l ma inalterablemente, buscaba con ansia cuál s e a el principio y origen q u e tiene el m a l .

- 3Í ¡ Y q u é t o r m e n t o s y dolores como de parlo sufrió mi corazon para salir de esla d u d a , y q u é gemidos le costó, Dios mió! Vos lo e s tábais o y e n d o , s i n saberlo yo. C u a n d o en el m a y o r silencio b u s c a b a esta c a u s a del mal con mas fino a h i n c ó , aquel silencioso tormento q u e deshacía m i corazon era una voz m u y g r a n d e q u e l l e g a b a á vuestra misericordia. Solo V o s , y n o h o m b r e a l g u n o , sabíais lo q u e yo estaba padeciendo. P o r q u e de estas ansias mias ¿ c u á n t o era lo q u e por mi boca venia á d e s c u b r i r s e á mis amigos mas íntimos y familiares ? ¿ Por ventura llegaba á sus oidos todo a q u e l g r a n t u m u l t o de mi a l m a , para c u y a explicación no habia tiempo ni lengua q u e b a s t a s e ? Pero todo llegaba á vuestros o i d o s , y lo que gimiendo bramaba mi corazon, y todos mis deseos os eran muy patentes, pero la luz que habia de aclarar mis ojos me faltaba: p o r q u e ella estaba dentro de mi alma, y yo a n d a b a por f u e r a . Ni ella ocupa algún l u g a r ; y yo la buscaba entre a q u e llas cosas q u e la o c u p a n , y así no hallaba l u g a r a l g u n o p a r a ipi descanso ; ni estas c o sas corpóreas m e delenian tanto, q u e pudiese d e c i r : Estoy bien, esto me basta: ni de-

- 35 j a b a n q u e me apartase de ellas, p a r a volver á donde m e fuese bastantemente bien. P o r q u e yo era superior á todas estas cosas, a u n q u e inferior á V o s ; y solo Vos pudierais ser m i verdadero gozo, si yo estuviera sujeto y subordinado á V o s , q u e las cosas inferiores q u e criasteis, las s u j e t á s l e i s á mí. Y este era aquel igual y bien reglado temperamento q u e yo habia de haber tenido en mis accion e s , y la región media q u e convenia á mi s a l u d , para permanecer como hecho á i m á gen vuestra ; por m a n e r a que perseverando en serviros y obedeceros á V o s , dominase yo á mi c u e r p o , y él me obedeciese á mí. Pero en castigo del. pecado con que m e sublevé contra Vos s o b e r b i a m e n t e , y os hice g u e r r a , corriendo contra mi legítimo Señor, escudado solamente de mi orgullo y osadía; todas las criaturas q u e m e eran inferiores se habían levantado también contra m í , y se habían puesto sobre m í , oprimiéndome tan fuerte y p e s a d a m e n t e , que por parte ninguna me permitían a l g ú n desahogo, ni lomar aliento. Si abria los ojos no descubría por todas parles sino esas mismas c r i a t u r a s , que a m o n t o n a das y de tropel se entraban por mis o j o s ; si

-

36

-

rae ponia á e x a m i n a r y pensar lo q u e habia v i s t o , no se m e presentaban á la i m a g i n a ción y al pensamiento sino imágenes corpóreas ; y si q u e r í a retirarme y a p a r t a r m e de e l l a s , se m e volvían á poner d e l a n t e , como si m e dijeran : ¿A dónde piensas ir, indigno y súcio? Estos sentimientos provenían de mis llag a s , con las cuales Vos quisisteis humillar al soberbio, poniéndole como á un hombre todo llagado : creciendo la hinchazón d e mi s o berbia , m e s e p a r a b a de Y o s : y llegó la i n flamación á apoderarse tanto d e mi rostro, q u e ya me tenia con los ojos cerrados. CAPÍTULO YIII. Como la divina Misericordia socorrió entre estas ansias á Agustín. 1 2 . Pero a u n q u e Y o s , S e ñ o r , e t e r n a mente p e r m a n e c e i s , vuestro enojo no p e r m a n e c e e t e r n a m e n t e contra nosotros; pues tuvisteis compasion de m í , q u e soy tierra y ceniza, y fue del a g r a d o vuestro el reformar mis d e f o r m i d a d e s ; y así con interiores estí-

- 37 — mulos me inquietábais, para q u e no sosegase hasta tener conocimiento de V o s , por medio de la vista de mi a l m a . Se iba d i s m i n u yendo mi hinchazón, con el medicamento q u e ocultamente me aplicaba vuestra divina mano : y la t u r b a d a y oscurecida vista de mi alma se iba aclarando y sanando de día en día con el fuerte colirio de los saludables d o lores q u e interiormente pasaba. CAPÍTULO IX. Como en los libros platónicos halló Agustín establecida la divinidad del Verbo eterno; pero no halló cosa alguna de lo perteneciente á su encarnación. 1 3 . P r i m e r a m e n t e queriendo Vos hacerme conocer cuánto resistís á los soberbios, y cuán segura tienen vuestra gracia los humildes, y con cuánta misericordia moslrásleis á los hombres el camino de la h u m i l d a d , pues se hizo hombre vuestro divino Verbo y habitó entre los hombres : dispusisteis q u e por medio de un h o m b r e lleno de u n a soberbia intoler a b l e , viniesen á mis m a n o s ' unos libros de 4

T. 11.

—IX.

-

36

-

rae ponia á e x a m i n a r y pensar lo q u e habia v i s t o , no se m e presentaban á la i m a g i n a ción y al pensamiento sino imágenes corpóreas ; y si q u e r í a retirarme y a p a r t a r m e de e l l a s , se m e volvían á poner d e l a n t e , como si m e dijeran : ¿A dónde piensas ir, indigno y súcio? Estos sentimientos provenían de mis llag a s , con las cuales Vos quisisteis humillar al soberbio, poniéndole como á un hombre todo llagado : creciendo la hinchazón d e mi s o berbia , m e s e p a r a b a de Y o s : y llegó la i n flamación á apoderarse tanto d e mi rostro, q u e ya me tenia con los ojos cerrados. CAPÍTULO YIII. Como la divina Misericordia socorrió entre estas ansias á Agustín. 1 2 . Pero a u n q u e Y o s , S e ñ o r , e t e r n a mente p e r m a n e c e i s , vuestro enojo no p e r m a n e c e e t e r n a m e n t e contra nosotros; pues tuvisteis compasion de m í , q u e soy tierra y ceniza, y fue del a g r a d o vuestro el reformar mis d e f o r m i d a d e s ; y así con interiores estí-

- 37 — mulos me inquietábais, para q u e no sosegase hasta tener conocimiento de V o s , por medio de la vista de mi a l m a . Se iba d i s m i n u yendo mi hinchazón, con el medicamento q u e ocultamente me aplicaba vuestra divina mano : y la t u r b a d a y oscurecida vista de mi alma se iba aclarando y sanando de dia en día con el fuerte colirio de los saludables d o lores q u e interiormente pasaba. CAPÍTULO IX. Como en los libros platónicos halló Agustín establecida la divinidad del Verbo eterno; pero no halló cosa alguna de lo perteneciente á su encarnación. 1 3 . P r i m e r a m e n t e queriendo Vos hacerme conocer cuánto resistís á los soberbios, y cuán segura tienen vuestra gracia los humildes, y con cuánta misericordia moslrásleis á los hombres el camino de la h u m i l d a d , pues se hizo hombre vuestro divino Verbo y habitó entre los hombres : dispusisteis q u e por medio de un h o m b r e lleno de u n a soberbia intoler a b l e , viniesen á mis m a n o s ' unos libros de 4

T. 11.

—IX.

los Platónicos, traducidos de la lengua griega á la latina. E n estos libros hallé (no con las mismas palabras con q u e yo lo refiero, pero sí las mismas cosas y sentencias p u n t u a l í s i m a m e n le) a p o y a d o con m u c h a s p r u e b a s , y g r a n multitud de razones, q u e en el principio era el Verbo, y el Verbo estaba con Dios, y Dios era el Verbo : Este estaba desde el principio con Dios: Que todas las cosas fueron hechas por él, y sin él nada se hizo : Lo que se hizo en él es vida, y la vida era la luz de los hombres, y la luz luce en las tinieblas, y las tinieblas no la comprendieron. Que aunque el alma del hombre dé testimonio de la luz, no obstante eÜa misma no es la luz: sino que el Verbo de Dios, que es Dios, es la verdadera luz, que ilumina á todo hombre que viene á este mundo. Y que él estaba en este mundo, y el mundo fue hecho por él, y el mundo no le conoció. P e r o q u e él vino á los s u y o s , y los suyos no le r e c i b i e r o n , y q u e á todos los q u e c r e yendo en su n o m b r e le recibieron, les concedió la potestad d e hacerse hijos d e Dios; esto no lo leí ni encontré en aquellos libros. Leí también allí, q u e Dios Verbo no nació

de la carne ni de la sangre, ni por voluntad de varón, ni de voluntad de la carne, sino que nació de Dios. Pero q u e el Yerbo se hizo c a r n e , y q u e habitó entre nosotros, no lo leí allí. Hallé también esparcido por aquellos l i bros , dicho de varios modos y repetidas v e ces , que teniendo el Hijo la misma forma del Padre, nada le usurpa en juzgarse igual á Dios, porque n a t u r a l m e n t e lo es. P e r o q u e se anonadó á sí mismo, tomando la forma de siervo hecho s e m e j a n t e á los h o m b r e s , y fue r e p u t a d o y tenido por hombre : q u e se h u milló á sí mismo y se hizo obediente hasta la m u e r t e , y m u e r t e de c r u z ; y q u e por todo esto Dios le résucitó de entre los m u e r t o s , y le dió un n o m b r e que es sobre todo n o m b r e , p a r a que al n o m b r e de Jesús se arrodillen todas las criaturas en el cielo, en la tierra y en los infiernos; y toda lengua confiese q u e Nuestro Señor Jesucristo eslá en la gloria d e Dios P a d r e ; esto no se contenia en aquellos libros. T a m b i é n se dice allí, que antes d e todos los tiempos, y sobre todos los tiempos es y p e r m a n e c e incoamutablemenle vuestro u n í 4*

— 40 — génito Hijo coeterno á Tos ; y que de su plenitud reciben las almas lo q u e las hace b i e n a v e n t u r a d a s , y también q u e participando de a q u e l l a infinita sabiduría que en sí misma es p e r m a n e n t e y e t e r n a , se r e n u e v a n ellas y se hacen sábias. Mas que padeció él muerte temporal por los pecadores, y que no perdonasteis á vuestro Hijo único, sino que le entregasteis á la muerte por todos nosotros, no se refiere allí. P o r q u e estos misterios d e la humildad de Jesucristo los escondisteis y ocultasteis á los sabios, y los revelasteis y descubristeis á los pequéñuelos: para que los que padecen trabajos, y se ven agobiados con pesadas cargas, vengan á buscar á Jesús, y él los alivie y conforte, porque es manso y humilde de corazon. Así á los q u e imitan su b l a n d u r a y m a n s e d u m b r e , los g u i a á la justicia y s a n t i d a d , y los enseña á seguir ios caminos q u e él a n d u v o : y viendo con ojos compasivos n u e s t r a h u m i l d a d , nuestros t r a b a j o s y f a t i g a s , nos perdona todos nuestros pecados. Pero aquellos que soberbios y engreídos por parecerles que poseen la mas s u b l i m e d o c t r i n a , no atienden al Maestro q u e les dice : Aprended de mí que soy manso y humilde de corazón, y encontra-

reís descanso para vuestras almas; aunque co nocen á Dios, no le glorifican como corresponde á Dios, ni le dan gracias; sino q u e se desvanecen con sus propios pensamientos, y su necio corazon se cubre de tinieblas; por m a nera q u e diciendo ellos q u e son sábios, se hacen conocidamente fatuos. 15. E n c o n t r é allí también, que la gloria debida solamente á Dios incorruptible, estaba trasladada y atribuida á los ídolos y vanos simulacros, hechos á semejanza del hombre corruptible, y de aves, de cuadrúpedos y de serpientes. Esto era puntualmente apetecer aquel m a n j a r de E g i p t o , por el cual dejó y perdió Esaú su mayorazgo : es d e c i r , q u e aquel pueblo q u e habíais escogido y privilegiado como á primogénito, teniendo su corazon y voluntad puestos en las cosas de Egipto, honró en l u g a r de Vos, y dió adoracion y culto á la cabeza de un animal c u a d r ú p e d o , abatiendo su a l m a , q u e es imágen v u e s t r a , delante de la imágen y figura de un becerro que se apacienta de yerba. Este m a n j a r 2 de idolatría hallé en a q u e llos libros, pero no quise alimentarme de él. P o r q u e Vos, Señor, fuisteis servido de q u i -

-

12 —

tar el oprobio de J a c o b , haciendo q u e el herm a n o q u e e r a mayor sirviese al m e n o r ; y también llamasteis á los gentiles, para q u e fuesen vuestro pueblo y h e r e d a d , como a n tes los judíos; Y como yo era d e los gentiles q u e Vos habíais llamado y h a b í a n venido al conocimiento vuestro, en aquella leyenda n o hice mas q u e c o g e r 8 el oro que Fos mandasteis á vuestro pueblo quitar á los de E g i p t o ; p o r q u e aquel oro en cualquiera parle q u e est u v i e r a , siempre e r a vuestro. Q u e también dijisteis á los atenienses por boca de vuestro Apóstol, que en Fos vivimos, nos movemos y existimos; como ya lo habían dicho antes algunos de sus sabios: y los libros d e q u e h a blo también eran d e allí *. Pero al leerlos yo, no hice c a s o , ni p u s e m i atención en los ídolos d e los egipcios, á cuyo culto hacían servir aquellos autores el oro q u e es tan v u e s tro , dando á la mentira de un simulacro la ador ación debida al Dios verdadero, y adorando y sirviendo á la criatura en lugar del Criador.

-

43

-

NOTAS.

i

E s t o s l i b r o s v i n i e r o n á s u s m a n o s e n el a n o 3 8 5 ,

d e los c u a l e s d i c e d e s p u e s q u e e s t a b a n t r a d u c i d o s por Victorino, célebre profesor de R o m a . E n o r a p a r t e d i c e q u e e s t o s l i b r o s le t r o c a r o n e n t e r a m e n t e ; y q u e eran c o m o preciosos b á l s a m o s d e la A r a b i a , d e los c u a l e s c a y e n d o a l g u n a s g o t a s s o b r e l a s c e n t e l l a s q u e t e n i a él e n el c o r a z o n , a c a b a r o n d e e n c e n derle y abrasarle. A n t e p u s o san A g u s t í n los P l a t ó n . c o s á l o s d e m á s filósofos,

p o r q u e d i s p u t a n d o d e la s a n t í s . m a T r i n i -

d a d , y e s p e c i a l m e n t e del V e r b o d i v i n o , n o se a p a r t a r o n m u c h o d e la v e r d a d c r i s t i a n a , c o m o el S a n t o d i c e en el l i b r o 1 0 d e la C i u d a d d e D i o s , c a p . 1 y 1 9 ; añadiendo, q u e m u d a n d o solamente algunas cosas, fácilmente

se p o d í a n c o n c o r d a r c o n l a s v e r d a d e s

cristianas. . . , . „ „•, . C o n e s t a a l e g o r í a e x p l i c a la d o c t n n a d e l o s P l a t ó n i c o s a c e r c a d e la m u l t i t u d d e d i o s e s , e n lo c u a l c o m o E s a ú , v e n d i e r o n y p e r d i e r o n la p r i m o g é n i t a « ó p r i m a c í a d e la s a b i d u r í a , i m i t a n d o á l o s i s r a e l i t a s , q u e dieron adoracion á un becerro. P u e s este m a n j a r es el q u e d i c e q u e n o q u i s o c o m e r l e , s i n o q u e lo d e s e c h ó . V é a s e el libro 8 d e la C i u d a d d e D i o s , c a p í t u l o 1 2 y 1 3 , y en e l l i b r o 1 0 el c a p . 1 . >

Q u i e r e d e c i r q u e s e d e d i c ó á c o g e r d e los l i b r o s

d e l o s filósofos lo q u e t e n í a n d e b u e n o y p r o v e c h o s o •

Eran

de aüi,

e s t o es, d e la G r e c i a .

para convencer su espíritu, y hacer que

adelantase

m a s y m a s en el c o n o c i m i e n t o d e D i o s y d e l a v e r d a d .

CAPÍTULO X. Como las verdades divinas se le iban ya descubriendo mas claramente. 16. T o d o esto sirvió de a m o n e s t a r m e que volviese hacia mí mis reflexiones y p e n s a m i e n t o s , y g u i á n d o m e Vos, entré hasta lo mas intimo d e mi alma : y p u d e hacerlo así p o r q u e Vos os dígnásteis d a r m e auxilio y f a vor. E n t r é , y con los ojos de mi a l m a (tales cuales son) vi sobre mi entendimiento y s o b r e mi a l m a misma una luz inconmutable ; no esta v u l g a r y visible á todos los ojos corporales, ni s e m e j a n t e á ella, ó que siendo de su misma especie y n a t u r a l e z a , se distinguiese en ser m a y o r : como sucedería si esta luz corporal fuese a u m e n t a n d o mas y mas su claridad y r e s p l a n d o r , y extendiéndose t a n to, que o c u p a s e con su grandeza el u n i v e r so. No era así aquella luz ni de este género, sino otra cosa m u y distinta, y superior infin i t a m e n t e á todo lo q u e vemos. Ni tampoco estaba sobre mi entendimiento, al modo q u e el aceite está sobre el a g u a , ó el cielo sobre

la tierra ; sino q u e estaba superior á m í , com o el Criador respecto de sus c r i a t u r a s , porq u e ella misma es la q u e m e c r i ó ; y yo e s taba d e b a j o , como q u e soy hechura s u y a . E l q u e conoce la v e r d a d , conoce esta soberana l u z ; y el que la conoce, conoce la eternidad. L a caridad es quien la conoce. ¡ O h eterna V e r d a d , y verdadera c a r i d a d , y a m a d a e t e r n i d a d ! Vos sois, Dios mió, por quien de dia y d e noche suspiro. Desde el p r i m e r momento en q u e os conocí, m e elevásteis á que conociese con vuestra luz, q u e habia infinito q u e v e r , y q u e yo todavía no estaba capaz de verlo. Y fueron tan clarísimos y activos los rayos de la luz con q u e iluminásteis mi a l m a , q u e d e s l u m b r a d a la flaqueza de mi vista, no p u d o resistir la v e h e mencia de luz tan excesiva : todo me e s t r e mecí de amor y espanto ; hallé q u e estaba yo m u y léjos de Vos, y m u y d e s e m e j a n t e , y como q u e oia vuestra voz allá desde lo alto q u e me decia : Yo soy manjar de los que son ya grandes y robustos: crece, y entonces te serviré.de alimento. Pero no me mudarás en tu sustancia propia, como le sucede al manjar de que se alimenta tu cuerpo; sino al contrario,

- 46 tú te mudarás en mí. Entonces eché de ver que para mi enseñanza y en pena de mi maldad, habíais dejado que mi alma se disipase y consumiese inútilmente como la araña: y h a blando conmigo mismo d i j e : ¿ j u z g a r á s ya por v e n t u r a q u e la verdad es n a d a , y q u e no tiene existencia p o r q u e no está esparcida ni se d i f u n d e por lugares y espacios finitos ni infinitos? Y V o s , Señor, como desde m u y léjos disteis una voz d i c i e n d o : Antes bien al contrario : Yo soy el que existo. Habiendo oido esto, como se suelen oir en el alma las hablas interiores, q u e d é certificado sin tener d e q u é d u d a r ; d e m o d o , que primero d u d a ría si yo estaba v i v o , q u e dudase de la existencia de aquella verdad, que se ve y conoce por las criaturas. CAPÍTULO XI. Como las criaturas en cierto'modo son y no son. 1 7 . Y mirando todas las demás cosas q u e están debajo de V o s , vi q u e absolutamente no se pudiera a f i r m a r , ni q u e d e todo punto tenían ser, ni q u e d e todo punto d e j a b a n d e

tenerle. Q u e tienen ser v e r d a d e r o , p o r q u e Vos las habéis c r i a d o ; q u e no le t i e n e n , p o r q u e no tienen el ser q u e teneis V o s ; y solo existe y tiene ser v e r d a d e r a m e n t e , lo q u e siempre permanece inconmutable. Así mi bien consiste en estar unido con mi Dios; pues si en él no permanezco, menos podré p e r m a necer en mí mismo. Pero Dios da nuevo ser á todas las cosas, permaneciendo él mismo sin novedad alguna: y como no tiene necesidad de mí ni de mis bienes, le reconozco por mi S e ñor y mi Dios. CAPÍTULO XII. Que todas las cosas que son ó existen, buenas.

son

1 8 . T a m b i é n m e hicisteis conocer, S e ñ o r , q u e todas las cosas que se corrompen son b u e n a s ; porque no pudieran corromperse, si no tuvieran alguna bondad ; ni t a m poco p u d i e r a n , si su bondad f u e r a s u m a : pues si fueran s u m a m e n t e b u e n a s , serian incorruptibles ; v si no tuvieran a l g u n a b o n d a d , no h u b i e r a en ellas cosa alguna q u e se pudiera corromper.

- 48 P o r q u e es ciertísimo q u e la corrupción causa a l g ú n d a ñ o ; y si no disminuyera a l g ú n b i e n , no le c a u s a r í a . L u e g o ó se ha de decir q u e la corrupción no causa daño a l g u n o , lo cual es falso é imposible ; ó se ha de confesar q u e todas las cosas q u e se corromp e n , se privan de algún bien con la c o r r u p ción , lo cual es ciertísimo y evidente. Y si se privaran e n t e r a m e n t e de toda su b o n d a d , absolutamente dejarían de s e r ; porq u e si todavía existieran sin bondad a l g u n a , q u e d a r í a n incapaces de ser corrompidas, y por c o n s i g u i e n t e mucho mejores q u e antes, pues p e r m a n e c e r í a n incorruptibles. Y ¿ q u é desatino mas monstruoso se puede imaginar q u e el decir q u e perdiendo aquellas cosas toda la bondad q u e t e n í a n , se habían hecho m e j o r e s d e lo q u e antes e r a n ? Con q u é es e v i d e n t e , q u e si se privaran enteramente de toda su b o n d a d , absolutamente dejarían de ser : l u e g o mientras q u e tienen s e r , tienen a l g u n a bondad ; y así es cierto q u e todas las cosas q u e s o n , son b u e n a s . Lo cual p r u e b a c o n v i n c e n t e m e n t e q u e el m a l , cuyo principio a n d a b a yo buscando, no es a l g u n a s u s t a n cia ; p o r q u e si lo f u e r a , a l g ú n bien seria.

— 49 — P u e s ó habia d e ser una sustancia i n c o r r u p tible, y esto era un b i e n m u y g r a n d e , ó sustancia corruptible, la c u a l , si no tuviera alg u n a b o n d a d , no pudiera corromperse. Así llegué á conocer c l a r a m e n t e , y Yos m e lo manifestásteis, q u e todas las cosas q u e Yos hicisteis son b u e n a s ; y q u e no hay sustancia a l g u n a en todo el mundo q u e Yos no la hayais criado. Y por lo mismo q u e no h i cisteis todas las criaturas iguales en bondad, por eso mismo son todas, y tienen su propio y distinto s e r : cada u n a d e por sí tiene su particular b o n d a d , y miradas todas j u n t a s , son m u y b u e n a s ; p o r q u e nuestro Dios y S e ñor hizo todas las cosas, no buenas solament e , sino en g r a d o superlativo muy buenas. C A P Í T U L O XIII. Como todas las criaturas dan alabanzas á Dios. 1 9 . Por t a n t o , Dios m i ó , no es posible a l g ú n mal q u e os p e r j u d i q u e á Yos, ni os h a g a el mas leve d a ñ o ; ni tampoco hay mal a l g u n o q u e lo sea respecto de lodo el u n i verso : porque f u e r a de él no hay cosa algu-

n a q u e p u e d a introducirse á p e r t u r b a r l e , ó á destruir el orden q u e Vos habéis d e t e r m i n a d o y establecido en él. Es verdad q u e a l g u n a s de sus parles no son convenientes á a l g u n a s o t r a s , y por eso se tienen por malas y n o c i v a s ; pero esas mismas son convenientes y provechosas á otras, y son v e r d a d e r a m e n t e b u e n a s en sí mismas. T o d a s las criat u r a s q u e entre sí son opuestas y desconven i e n t e s , convienen mucho á la parle inferior del u n i v e r s o , q u e llamamos tierra : la cual tiene t a m b i é n su cielo oscurecido con n u b e s , y alborotado con v i e n t o s , y es lo q u e ha menester y le conviene. Bien léjos me hallaba yo d e decir como a n t e s : mejor seria q u e no hubiese estas c o sas ; p o r q u e a u n dado caso q u e solo viese en el m u n d o estas c r i a t u r a s disconvenientes e n t r e sí y c o n t r a r i a s , desearía sí q u e las hubiese m e j o r e s , pero a u n por solas aquellas d e bería en tal caso daros a l a b a n z a s ; p o r q u e c l a r a m e n t e m u e s t r a n q u e mereceis ser a l a bado : hasta los dragones y serpientes de la tierra, y todos los abismos y profundidades del agua : el fuego, el granizo, la nieve, el hielo y los aires tempestuosos, que no hacen mas que

obedecer vuestro mandato: los montes y todos los collados, los árboles fructíferos y todos los cedros : los animales feroces y las reses mansas : los que andan arrastrando por la tierra y los que vuelan por el aire : los reyes de la tierra y todos los pueblos, los principes y lodos los jueces de la tierra, los jóvenes y vírgenes, y los ancianos juntamente con los de poca edad, alaban y bendicen vuestro nombre. Al ver q u e no solamente os alaban todas estas criaturas t e r r e n a s , sino también las del cielo; pues se ocupan en alabaros desde las a l t u r a s todos'vuestros Ángeles, todas l a s Y i r t u d e s , el sol y la l u n a , todas las estrellas y la luz, los cielos de los cielos, y las a g u a s q u e están sobre los cielos, todos, todos a l a b a n vuestro n o m b r e ; v a n o deseaba q u e h u biese otras mejores c r i a t u r a s , p o r q u e las contemplaba todas de una v e z : y a u n q u e juzgaba con mas p r u d e n t e j u i c i o , q u e las cosas superiores tenían mayor bondad q u e las i n feriores; pero también conocía q u e j u n t a s ellas todas eran mejores q u e las superiores solas.

CAPÍTULO XIV. Que al hombre cuerdo ninguna cosa desagrada de cuantas Dios ha criado. 2 0 . No eslán e a su sano juicio los q u e se d e s a g r a d a n de a l g u n a de vuestras criaturas, como yo no lo estaba c u a n d o no me g u s t a ban m u c h a s de las cosas q u e Vos habéis c r i a do. Y p o r q u e mi alma no se atrevía á d e s contentarse de V o s , D i o s m i o , no queria r e conocer por obra v u e s t r a la que"me d e s a g r a d a b a . De a q u í provino el seguir la sentencia d e las dos s u s t a n c i a s ; pero no se a q u i e t a b a mi a l m a con aquel s i s t e m a , y h a b l a b a cosas e x t r a ñ a s . Y retirándose de él, llegó mi alma á formar allá á su m o d o un d i o s , q u e se extendía por infinitos espacios, y o c u p a b a t o dos los l u g a r e s : y j u z g a b a q u e Vos erais este dios, al cual h a b i a colocado en s u corazon: así es como ella se habia hecho s e g u n d a vez templo abominable á Vos de aquel ídolo suyo. Pero despues q u e Yos curasteis mis delirios é ignorancias, y me hicisteis cerrar les ojos de mi entendimiento, para que no mirase ni aten-

- 53 diese á las quimeras vanas q u e interiormente veía, cesé a l g ú n tiempo de imaginar fantásticas ideas, y se adormeció aquella mi locura. Al fin disperté para pensar en Vos, y vi q u e v e r d a d e r a m e n t e sois infinito, pero m u y de otra suerte q u e yo m e lo habia figurado: esta vista ó conocimiento no pertenecía á los ojos corporales. CAPÍTULO XV. Del modo con que se halla en las criaturas la verdad, ya la falsedad.

ya

21. D e a q u í pasé á considerar las criatur a s , y vi q u e todas os debían á Vos el ser q u e t i e n e n , y q u e en Vos, que sois infinito, están todas las cosas finitas y limitadas, pero no con aquel modo de limitación q u e tienen ocupando l u g a r ; sino en c u a n t o Vos contenéis todas las cosas con la mano de vuestra eterna v e r d a d ; y todas participan d e ella y son v e r d a d e r a s , en cuanto existen y tienen s e r ; ni consiste en otra cosa la falsedad, sino en juzgar q u e tiene ser aquello q u e no le tiene. T a m b i é n vi que todas las cosas no sola5 T. 11. — IX.

u mente estaban colocadas en sus propios y convenientes l u g a r e s , sino también en los tiempos q u e á todas respectivamente les corresp o n d í a n . Y finalmente advertí q u e Yos, S e ñ o r , q u e solo sois el e t e r n o , no comenzásteis la obra de vuestra creación, despues de p a sados i n n u m e r a b l e s espacios de tiempos; porq u e antes b i e n , lodos los tiempos q u e han pasado y los q u e p a s a r á n , ni h u b i e r a n p o dido p a s a r , ni hubieran podido v e n i r , si Yos no hubierais hecho q u e llegaran y pasaran p e r m a n e c i e n d o Yos eternamente. -

CAPÍTULO XVI. Que todas las criaturas son buenas; aunque algunas no son contenientes y acomodadas tí otras. 2 2 . Despues conocí c l a r a m e n t e , y exper i m e n t é t a m b i é n , que no debia extrañarse q u e á u n paladar enfermo le sea áspero y penoso el p a n , que es delicioso y s u a v e al que está s a n o ; á la p a r q u e la luz, q u e á los ojos enfermos es aborrecible, á los sanos es amable. T a m b i é n vuestra justicia es un atribulo

- 55 q u e desagrada á los inicuos y malos ; y así no es mucho q u e les desagraden la víbora y el g u s a n o q u e Yos criásleis buenos, y son útiles y convenientes á esta parte inferior del u n i v e r s o : á la cual convienen y pertenecen j u n t a m e n t e los mismos inicuos y pecadores, cuanto mas se alejan de vuestra s e m e j a n z a ; al paso q u e tanto mas pertenecen y se a d a p tan á la superior clase de vuestras c r i a t u r a s , cuanto mas semejantes se hicieren á Vos. Busqué también entonces q u é cosa era la m a l d a d ; y no hallé q u e fuese sustancia a l g u n a , sino un desorden d é l a voluntad, q u e se aparta de la sustancia s u m a q u e sois Vos, Dios m i ó , y se ladea y u n e á las criaturas inferiores; que desecha y arroja todos sus bienes interiores, y se m u e s t r a en lo exterior soberbia y orgullosa. CAPÍTULO XVII. De las cosas que nos impiden el conocer d Dios. 23. Yo mismo m e a d m i r a b a de q u e tan pronto hubiese podido a m a r o s , en l u g a r de aquel fantasma q u e a m a b a antes teniéndole 5*

— B6 — por Dios. Y n o m e detenía á gozar d e aquel dios obra m í a , sino q u e era a r r e b a t a d o á Vos con el poderoso atractivo de vuestra h e r m o s u r a ; pero luego era a p a r t a d o de Vos por el peso y g r a v e d a d d e mi m i s e r i a , y venia á caer g i m i e n d o en estas cosas t e r r e n a s : este » peso q u e así m e p r e c i p i t a b a , no era otra cosa sino la costumbre de s e g u i r la c a r n e y s a n g r e . No obstante os tenia presente en mi m e moria sin d u d a r d e modo a l g u n o q u e habia y existia un s u m o B i e n , con quien debía u n i r m e y e s t r e c h a r m e , al mismo tiempo q u e conocía q u e a u n no estaba capaz d e conseg u i r l o : p o r q u e este cuerpo corruptible c o m u n i c a en cierlo m o d o su pesadez al a l m a , por cuanto esta habitación terrena en que ella vive 11 obra, oprime y abate hacia lo terreno la potencia intelectiva, ocupándola con grande variedad de pensamientos. E s t a b a ciertísímo de que vuestras perfecciones y atributos invisibles desde el principio del mundo se descubren y manifiestan al entendimiento humano por medio de estas criaturas visibles que habéis hecho, por las cuales hasta se descubre vuestra sempiterna virtud y omnipotencia, y vuestra divinidad. Porque i n d a g a n d o c u á l era el principio y

- 57 causa de que yo aprobase la h e r m o s u r a de los c u e r p o s , ya sean los celestiales, ya los t e r r e n o s ; y cuál e r a la regla por donde m e g u i a b a , c u a n d o hacia un juicio recto y cabal de las cosas m u d a b l e s , y decía : Esto está como debe ser, aquello no lo está: indagando, p u e s , cuál era la regla q u e me g u i a b a para formar aquel juicio, c u a n d o juzgaba de aquel modo tan cabal y r e c t o ; hallé q u e el principio de juzgar con aquel acierto era la inconm u t a b l e y v e r d a d e r a eternidad de la Verdad q u e estaba sobre mi mente m u d a b l e . F u i subiendo de g r a d o en g r a d o desde la consideración d e los cuerpos á la del alma, q u e siente mediante el c u e r p o : y desde esta á su potencia ó facultad interior, á la cual los sentidos corporales avisan y participan las cosas exteriores, y todas aquellas percepciones hasta donde pueden llegar los irracion a l e s : desde a q u í fui subiendo todavía á la facultad ó potencia intelectiva, á la cual se presenta lo q u e han suministrado los sentidos corporales, para q u e haga juicio de ello. E s t a hallándose también m u d a b l e en m í , se l e vantó algo mas para entender del modo q u e le es p r o p i o : apartó su pensamiento del modo

con q u e acostumbra e n t e n d e r las demás c o sas, desviándose de la m u l t i t u d d e fantasmas q u e se le oponían y e s t o r b a b a n , para llegar á saber q u é luz era l a q u e la a l u m b r a b a , cuando con toda c e r t e z a , y sin q u e d a r l e la menor d u d a , decia y vociferaba q u e el bien inconmutable se d e b e a n t e p o n e r á todo lo m u d a b l e . Y ¿ d e dónde le venia la idea q u e tenia del mismo Ser i n c o n m u t a b l e ? pues si de a l g ú n modo no le c o n o c i e r a , a b s o l u t a mente seria imposible q u e con tanta certid u m b r e le antepusiese á todo lo m u d a b l e . Llegó hasta lo q u e por sí m i s m o tiene s e r ; pero tan repentina y p a s a j e r a m e n t e , como lo q u e se v e en un solo a b r i r y c e r r a r d e ojos. Entonces por medio d e las cosas visibles que Vos habéis criado, vi con mi entendimiento vuestras perfecciones invisibles; pero no p u d e fijar en ellas mi atención ; antes bien deslumbrada la flaqueza d e mi vista, y vuelto á mis acostumbrados modos de conocer v p e n s a r , no llevaba conmigo sino la memoria enamorada de lo q u e h a b i a d e s c u b i e r t o , y deseosa d e aquel m a n j a r delicioso, c a v a fragancia habia percibido, pero q u e todavía no podia poseerle ni gustarle.

CAPITULO XVIII. Que solamente Cristo Señor nuestro es el camino que guia á la salud eterna. M . B u s c a b a entonces el camino d e a d q u i r i r a q u e l l a robustez q u e es necesaria para gozar d e Vos, y no podia hallarle, basta q u e m e abrazase con Jesucristo, mediador entre Dios y los hombres, ensalzado sobre todas las criaturas, y verdadero Dios, bendito y alabado por lodos los siglos, el cual m e estaba llamando y diciendo : Yo soy el camino, la verdad y la vida. É l es quien envolvió en carne aquel m a n j a r , q u e por falta de fuerzas no podia yo c o m e r : porque el Yerbo eterno se hizo carne p a r a q u e vuestra increada s a b i d u r í a con q u e criásteis todas las cosas, p u diese ser alimento suavísimo, y proporcionado á n u e s t r a pequenez é infancia. Pero como yo no era humilde, no m e abrazaba con mi S e ñ o r Jesucristo q u e se habia humillado tanto ; ni s a b i a yo q u é virtud nos enseñaba, vistiéndose de nuestra flaca y débil n a t u r a leza.

P o r q u e vuestro divino Verbo y verdad e t e r n a , siendo infinitamente superior á la m a s noble porcion de vuestras criaturas, l e vanta hasta sí mismo á los que se le h u m i llan y s u j e t a n ; y acá a b a j o en la inferior porcion del universo se dignó edificar para sí mismo u n a humilde casa de nuestro propio b a r r o ; para enseñar con el ejemplo de tan profundísima h u m i l d a d , q u e depusiesen su orgullo los q u e habían de ser sus subditos y siervos, y que á fuer d e humildes había de trasladarlos y ensalzarlos hasta sí mismo. Sanando en ellos la hinchazón de su soberbia, lés inspiró su a m o r y c a r i d a d , para q u e la necia confianza en sí m i s m o s no los a p a r t a s e y llevase cada vez mas l é j o s ; antes bien r e conociesen su bajeza, viendo á sus piés h u millada la D i v i n i d a d , por h a b e r participado del traje tosco de nuestra naturaleza ; para q u e en sus a p u r o s y trabajos se arrojasen á los piés d e su Majestad h u m a n a d a ; q u e al exaltarse gloriosa, los levantará del polvo d e la tierra á la m a y o r a l t u r a .

CAPÍTULO XIX. De lo que sentía Agustín acerca de la encarnación de Cristo Señor nuestro. 2 b . No pensaba yo entonces estas cosas, sino otras m u y d i s t i n t a s ; y así d e Jesucristo mi Salvador había formado el g r a n concepto q u e correspondía á u n h o m b r e d e sabiduría tan excelente y s u p e r i o r , q u e n i n g u n o se le pudiese i g u a l a r ; y principalmente m e parecía q u e por haber nacido maravillosamente de una m a d r e v i r g e n , p a r a enseñarnos con su ejemplo á despreciar los bienes t e m p o r a les por conseguir los inmortales y eternos, cuidando tan extraordinaria y divinamente de nosotros, por eso h a b í a merecido tan g r a n de autoridad en lodo el m u n d o su enseñanza y magisterio. Por lo d e m á s , ni siquiera lleg a b a á sospechar q u e hubiese a l g ú n m i s t e rio en aquellas p a l a b r a s : El Verbo se hizo carne. Solamente por las cosas q u e de su vida a n d a b a n escritas, esto e s , q u e había comido y bebido, dormido y p a s e a d o , q u e se habia a l e g r a d o , entristecido y predicado, sacaba

yo q u e 110 se h a b i a unido al Verbo l a carne sola, sino j u n t a m e n t e con el alma y entendimiento h u m a n o . Esto lo conoce c u a l q u i e r a q u e sabe la inmutabilidad de vuestro divino V e r b o , como yo lo sabia entonces cuanto m e era posible, ni tenia acerca de esto la d u d a m a s leve. P o r q u e mover unas, veces v o l u n tariamente los m i e m b r o s corporales, y otras no moverlos; q u e r e r al presente u n a cosa, y luego no q u e r e r l a ; proferir unas veces s e n tencias maravillosas, y otras g u a r d a r mucho silencio; son cosas estas propias d e u n alma y entendimiento m u d a b l e s . Pues si lodo esto se hubiera escrito falsamente del Yerbo e n carnado , todas las demás cosas se pudiera sospechar también q u e no eran verdaderas, y no quedaría cosa a l g u n a d i g n a de fe en lodo el E v a n g e l i o , q u e es donde estriba la salud del g é n e r o h u m a n o . Pero como no se p u e d e d u d a r q u e es cierto todo lo q u e allí está escrito, reconocía yo y confesaba en Cristo todo aquello de q u e consta u n h o m b r e v e r d a d e r o ; esto es, no solamente el c u e r p o h u m a n o , ó cuerpo y alma sin la parle intelectiva, sino uno y otro, y lodo lo q u e es el h o m b r e ; mas j u z g a b a yo

q u e ese mismo h o m b r e , solamente por cierta g r a n d e y singular excelencia con q u e estaba en él la naturaleza h u m a n a , y por su m a y o r y mas perfecta participación de s a b i d u r í a , era preferido á lodos los d e m á s hombres, no por eslar en él personalmente la Verdad eterna. Al contrario j u z g a b a Alipio, q u e los Católicos creían haberse Dios vestido de nuestra carne d e tal m o d o , q u e a d e m á s de la d i v i n i d a d y de la c a r n e , no hubiese en Cristo a l m a , ni tampoco entendimiento h u m a n o . Y p o r q u e estaba convencido de q u e aquellas acciones q u e se refieren d e Cristo, no podian ejecutarse sino por a l g u n a criatura viviente y r a c i o n a l , se detenia en abrazar la religión cristiana. Mas sabiendo despues que esta doctrina q u e él j u z g a b a ser de los Católicos, era el error de los herejes sectarios de Apolinar se alegró y conformó con la creencia y fe católica. P e r o yo confieso, q u e hasla despues de pasado a l g ú n t i e m p o , no supe la diferencia q u e hay entre la verdad católica y la falsedad de F o t i n o 3 acerca de la Encarnación de Cristo, y de haberse tomado carne h u m a n a

- 64 con el Yerbo divino. Porque el desaprobar la doclrina d e los herejes hace que resplandezca y sobresalga lo q u e enseña vuestra I g l e s i a , y s e sepa lo q u e es sana doclrina. Así es que conviene que haya herejías, para que se descubran los probados y escogidos, entre los que son flacos y vacilantes en la fe. NOTAS. 1

O b i s p o q u e f u e d e Laodicea en S i r i a , y s e a p a r -

t ó d e la I g l e s i a p o r los a ñ o s de 3 7 6 ; c o n t r a c u y o s e r r o r e s e s c r i b i e r o n cási todos los santos P a d r e s griegos y l a t i n o s d e s u t i e m p o . E n s e ñ ó q u e el V e r b o t o m ó u n c u e r p o sin a l m a . 1 E r a o b i s p o d e S i r m i o en el I l í r i c o ; y p o r l o s a ñ o s 3 4 5 r e n o v ó la herejía d e Sabelio y P a u l o S a m o s a t e n o , e n s e ñ a n d o q u e Cristo era h o m b r e p u r a m e n t e , y no Dios.

CAPÍTULO XX. Como el haber manejado los libros platónicos le hizo á la verdad mas instruido, pero también mas soberbio. 26. H a b i a antes Ieido aquellos libros d e los P l a t ó n i c o s , y excitado despues con su

leyenda á buscar la verdad i n c o r p ó r e a , llegué á descubrir y ver con el entendimiento vuestras perfecciones invisibles, por medio de estas obras que habíais hecho en el mundo. D e s l u m hrado y rebatido mi entendimiento con tan excesivo r e s p l a n d o r , conocí c l a r a m e n t e q u e por las tinieblas q u e padecía mí a l m a , no s e m e permítia contemplar luz tan d i v i n a ; la cual sin e m b a r g o m e dejó cerciorado y convencido de vuestra existencia, y de q u e vuestro ser es infinito, sin q u e por eso esteis como extendido y d e r r a m a d o localmenle por espacios finitos ni infinitos. T a m b i é n q u e d é certificado d e q u e Yos sois el q u e v e r d a d e r a m e n t e existe y tiene u n ser v e r d a d e r o , p o r q u e siempre sois el mismo, sin q u e por parte ni afección a l g u n a tengáis v a r i e d a d , a l t e r a ción ó mudanza ; y q u e todas las demás cosas h a n d i m a n a d o y procedido d e Y o s , constando esto cierlisímamente por solo el d o c u m e n to irrefragable y firmísimo d e q u e tienen ser. Acerca d e todas eslas cosas estaba yo m u y cierto, pero flaco y sin fuerzas p a r a gozar de Yos. H a b l a b a m u c h o d e ellas como si e s t u viera muy instruido; siendo así q u e si no bus-

-

66

-

cara en Jesucristo, S e ñ o r y Salvador nuestro, el camino que nos g u i a y lleva á Vos, no seria yo instruido, sino destruido. Ello es q u e ya habia comenzado á desear q u e m e tuviesen por sábio, lleno de la ignorancia q u e es castigo de la c u l p a ; y en l u g a r de llorar mi i g n o r a n c i a , m e desvanecía y ensoberbecía con mi afectada ciencia. P o r q u e ¿ á dónde estaba entonces la caridad que edifica sobre el fundamento de la humildad, que es Jesucristo? ¿Ó cuándo aquellos libros m e la h u b i e r a n e n señado? Yo m e persuado q u e Vos quisisteis q u e leyese aquellos libros antes d e las s a g r a d a s Escrituras , para q u e s i e m p r e m e acordase de los afectos y disposiciones q u e h a b í a n causado en mi a l m a : y cuando despues con la l e y e n da d e vuestros Libros santos se a m a n s a s e , y humillase mi altanería y o r g u l l o , y mis llagas se dejasen manosear d e vuestros dedos, que m e las iban c u r a n d o , supiese h a c e r diferencia y distinguir entre la p r e s u n c i ó n d e filósofo, y la confesion humilde de c r i s t i a n o ; y e n t r e la ciencia de los filósofos q u e ven y enseñan el fin á donde debemos c a m i n a r , p e r o no ven ni enseñan el c a m i n o , y la q u e nos muestra

- 67 este camino q u e nos g u i a y lleva á la patria b i e n a v e n t u r a d a , no solamente hasta llegar a v e r i a , sino también á habitarla. P u e s si p r i m e r a m e n t e m e h u b i e r a instruido en vuestras santas E s c r i t u r a s , y con su frecuente ley e n d a m e hubiérais hecho participante de vuestra d u l z u r a , y despues h u b i e r a n venido á mis manos aquellos l i b r o s ; p u e d e ser que m e hubiesen a p a r t a d o de los principios y sólidos cimientos d e la p i e d a d ; ó si perseveraba firmemente en el piadoso afecto q u e vuestros libros m e hubiesen inspirado, acaso j u z g a r a q u e si a l g u n o leyera solamente aquellos, p u dieran también haber producido en él igual efecto. CAPÍTULO XXI. I)e lo que halló en los Libros sagrados, lo halló en los platónicos.

que no

27. Así tomé en mis manos con vivísimas ansias las santas y venerables E s c r i t u r a s dictadas por vuestro divino E s p í r i t u , y principalmente las cartas de san P a b l o ; y luego al p u n t o se desvanecieron mis dudas

-

66

-

cara en Jesucristo, S e ñ o r y Salvador nuestro, el camino que nos g u i a y lleva á Vos, no seria yo instruido, sino destruido. Ello es q u e ya habia comenzado á desear q u e m e tuviesen por sábio, lleno de la ignorancia q u e es castigo de la c u l p a ; y en l u g a r de llorar mi i g n o r a n c i a , m e desvanecía y ensoberbecía con mi afectada ciencia. P o r q u e ¿ á dónde estaba entonces la caridad que edifica sobre el fundamento de la humildad, que es Jesucristo? ¿Ó cuándo aquellos libros m e la h u b i e r a n e n señado? Yo m e persuado q u e Yos quisisteis q u e leyese aquellos libros antes d e las s a g r a d a s Escrituras , para q u e s i e m p r e m e acordase de los afectos y disposiciones q u e h a b í a n causado en mi a l m a : y cuando despues con la l e y e n da d e vuestros Libros santos se a m a n s a s e , y humillase mi altanería y o r g u l l o , y mis llagas se dejasen manosear d e vuestros dedos, que m e las iban c u r a n d o , supiese h a c e r diferencia y distinguir entre la p r e s u n c i ó n d e filósofo, y la confesion humilde de c r i s t i a n o ; y e n t r e la ciencia de los filósofos q u e ven y enseñan el fin á donde debemos c a m i n a r , p e r o no ven ni enseñan el c a m i n o , y la q u e nos muestra

- 67 este camino q u e nos g u i a y lleva á la patria b i e n a v e n t u r a d a , no solamente hasta llegar á verla, sino también á habitarla. P u e s si p r i m e r a m e n t e m e h u b i e r a instruido en vuestras santas E s c r i t u r a s , y con su frecuente ley e n d a m e hubiérais hecho participante de vuestra d u l z u r a , y despues h u b i e r a n venido á mis manos aquellos l i b r o s ; p u e d e ser que m e hubiesen a p a r t a d o de los principios y sólidos cimientos d e la p i e d a d ; ó si perseveraba firmemente en el piadoso afecto q u e vuestros libros m e hubiesen inspirado, acaso j u z g a r a q u e si a l g u n o leyera solamente aquellos, p u dieran también haber producido en él igual efecto. CAPÍTULO XXI. I)e lo que halló en los Libros sagrados, lo halló en los platónicos.

que no

27. Así tomé en mis manos con vivísimas ansias las santas y venerables E s c r i t u r a s dictadas por vuestro divino E s p í r i t u , y principalmente las cartas de san P a b l o ; y luego al p u n t o se desvanecieron mis dudas

-

68

-

y dificultades sobre la doctrina del Apóstol, la que antes m e había parecido contradecirse en algunos p a r a j e s , y q u e no concordaba con los textos de la ley y de los Profetas. E n tonces conocí, q u e en todo el c u e r p o d e los Libros santos era uno mismo el espíritu; y esto me enseñó á leerlos con alegría mezclada de temor y de respeto. Al punto conocí q u e todas las verdades q u e yo habia leido en otros libros se contenían en los vuestros y se comprendían con el auxilio de vuestra g r a cia ; para q u e el que alcanza á descubrirlas, no se glorie d e haberlas por sí mismo a l c a n zado . ignorando q u e á la gracia q u e recibiera d e b e , no solamente lo q u e ve y descubre, sino también el q u e descubra y v e a : pues como dice san P a b l o , ¿qué tiene el hombre que no lo haya recibido? Y también para q u e sea amonestado y enseñado el h o m b r e , no solo á poner su atención en Vos q u e sois el mismo s i e m p r e , sino también á ser curado d e sus llagas y llegar á poseeros. Y el q u e por hallarse m u y distante de Vos no puede alcanzar á v e r o s , a n d e y c a m i n e la senda q u e conduce y g u i a á V o s , hasta que l l e g u e , v e a , y os p o s e a ; pues a u n q u e inte-



69

-

riormente se deleite el hombre con la ley de Dios, ¿cómo podrá resistirse á la otra ley d e su c u e r p o , q u e se opone y contradice á la de su e s p í r i t u , y le tiene cautivo en la del pecado, la cual reside en los m i e m b r o s de su mismo c u e r p o ? Esto m i s m o , S e ñ o r , nos hace ver q u e sois justo : porque nosotros hemos pecado, hemos obrado mal y procedido inicuamente; y por eso la m a n o de vuestra justicia está sobre nosotros tan g r a v o s a , y j u s t a m e n t e nos ha entregado á las instigaciones del primer p e cador entre todas las criaturas y principal a u tor d e la m u e r t e , quien persuadió á la voluntad h u m a n a q u e imitase su r e b e l d í a , con que se separó de su verdad eterna. Mas entonces ¿ q u é ha de hacer el h o m b r e en tan miserable estado? ¿ Quién le libertará del cuerpo de esta muerte, sino vuestra gracia, por los méritos de Jesucristo Señar nuestro, á q u i e n engendrásteis coeterno á Vos, y en c u a n t o h o m b r e le criasteis en t i e m p o , y en el principio de vuestros caminos, en el cual no halló el principe de este mundo cosa digtia de muerte, y no obstante le quitó la v i d a ; con cuyo e n o r m e atentado se anuló y canceló la 6

T. 11.

—IX.

-

70

-

sentencia y escritura que á todos nos era contraria? N a d a de esto contenían aquellos libros p l a tónicos. No se hallan en aquellas páginas e x presiones de p i e d a d , como lágrimas de c o m punción , sacrificio vuestro que consta de un espíritu abatido, corazon contrito y humillado, la salvación d e vuestro pueblo, la Iglesia vuestra esposa, la celestial ciudad de Dios, las arras del E s p í r i t u S a n t o , y el cáliz de nuestra redención. N o se halla en aquellos libros el canto del Salmista c u a n d o dice : ¿No será justó que mi alma sirva y obedezca á Dios, pues de su divina mano ha de venir mi salud? Él es mi Dios y mi Salvador, es mi apoyo firme, de quien cosa ninguna me apartará eternamente. T a m poco se oye allí la voz d e Jesucristo q u e nos llama y dice: Venid á mi los que padeceis trabajos, p o r q u e se d e s d e ñ a n de a p r e n d e r de él, que es manso y humilde de corazon. P o r q u e esta es u n a doctrina misteriosa que Vos habéis escondido á los sábios y prudentes del mundo, y la recelasteis á los humildes y pegúemelos.

-

71

-

E s cosa m u y diferente alcanzar á ver la patria d e la paz desde la c u m b r e d e u n monte, sin descubrir e m p e r o el camino q u e conduce á ella, intentando v a n a m e n t e llegar allá por extravíos y d e r r u m b a d e r o s , estando cercados por todas partes de los malignos espíritus, q u e siguiendo al dragón su p r í n c i p e , se ocup a n en poner asechanzas á los viadores ; y otra cosa es el conocer y a n d a r el camino q u e g u i a á la misma p a t r i a , defendido por el c u i d a d o y providencia del celestial E m p e r a d o r , p a r a q u e los rebeldes desertores d e la milicia del cielo no h a g a n en él latrocinios, huyendo d e él como de su pena y tormento. T o d a s estas cosas se entraban á lo íntimo d e m i alma con ciertos y varios modos a d mirables , c u a n d o yo leia á san P a b l o , q u e se llama á si mismo el mínimo de vuestros Apóstoles : y considerando lo maravilloso de vuestras obras, quedaba asombrado y como fuera de mí.

-

LIBRO VIII. D e s e c h a d o s todos los e r r o r e s , e n c e n d i d o con los c o n s e j o s d e S i u i p l i c i a n o , c o n los e j e m p l o s d e V i c t o r i n o , d e A n t o n i o , d e l o s d o s m a g n a t e s y de o t r o s s i e r v o s d e Dios; d e s p u é s d e u n a g r a n c o n t i e n d a y l u c h a c o n la c o n c u p i s c e n c i a , y u n a dificultosa d e l i b e r a c i ó n ; a m o n e s t a d o con u n a voz d i v i n a , y leidas las p a l a b r a s d e s a n P a b l o e n la epístola á los r o m a n o s ( c a p . x i u , 1 3 y l í ) se c o n v i r t i ó t o d o á Dios, imitándole Alipio, y alegrándose m u c h o su madre.

CAPÍTULO I. Determina Agustín ir á verse con Simpliciano, movido del deseo de disponer y arreglar mejor su vida. 1 . Justo es, Dios m i ó , q u e yo r e c u e r d e y confiese las misericordias q u e habéis usado conmigo, y os m u e s t r e e n acción d e gracias mi reconocimiento. Penetrados y llenos de

73

-

vuestro amor todos mis huesos, deben clamar diciendo: SeTior, ¿quién hay semejante ó Vos? Pues rompisteis mis lazos y prisiones, corresponda yo ofreciéndoos sacrificio de alabanza. Voy á referir el modo con q u e m e las r o m pisteis , para q u e oyéndolo todos aquellos q u e os a d o r a n , d i g a n : Bendito sea el Señor en el cielo y en la tierra : grande y maravilloso es su nombre. e-. Todas vuestras palabras se m e habian q u e dado impresas en el corazon, y m e hallaba cercado y sitiado de Vos por todas partes. Yo estaba m u y cierto d e vuestra vida eterna : pues a u n q u e la habia e»s/o confusamente y como por un espejo, no m e habia quedado d u d a a l g u n a acerca d e la existencia d e u n a s u s tancia incorruptible, por haber d i m a n a d o y procedido de ella todas las demás sustancias; y ya no deseaba estar mas certificado de Vos, sino estar mas firme y constante en Vos. Pero acerca del g é n e r o d e vida q u e habia d e s e g u i r , se m e ofrecían mil d u d a s y dificultades; y conocía q u e e r a necesario limpiar primero mi corazon d e la a n t i g u a levadura q u e m e le tenia acedado y corrompido. Me a g r a d a b a el camino que debia s e g u i r , q u e es el mismo

S a l v a d o r ; pero todavía estaba perezoso para entrar y pasar lo q u e tiene de estrecho ese camino. V o s , S e ñ o r , m e inspirasteis entonces el pensamiento ( q u e á m í m e pareció b u e n o y oportuno) de ir á v e r m e con Simpliciano q u e le tenia por fiel siervo v u e s t r o , y r e s plandecía en él vuestra divina gracia. T a m bién habia oido d e c i r , q u e desde su j u v e n t u d estaba dedicado y consagrado á Y o s , y s i e n do entonces ya a n c i a n o , m e parecía q u e en u n a edad tan l a r g a , q u e habia empleado en tan buenos ejercicios de vuestra l e y , estaría m u y práctico, experto y m u y instruido en ella"; y v e r d a d e r a m e n t e era así como yo lo pensaba. Por eso quéria yo q u e m e d i r i g i e s e , y d e s pues d e comunicarle mis deseos, m e m a n i festase q u é modo d e vida seria el mas á p r o pósito á q u i e n se hallaba en la disposición q u e yo tenia p a r a seguir vuestra l e y , observando aquel método q u e él m e señalase. 2 . P o r q u e yo veia la iglesia llena d e fieles , y q u e unos iban por u n c a m i n o , y otros iban por o t r o ; pero á mí m e d e s a g r a d a b a el método y ocupacion q u e yo seguia en el s i -

g l o , y era para mí u n a c a r g a insoportable, despues que cesaron d e i n f l a m a r m e , como s o l i a n , mis deseos con la esperanza de a d quirir h o n r a y d i n e r o , p a r a tolerar aquella sujeción y s e r v i d u m b r e tan g r a v o s a . Ya n o m e deleitaba cosa a l g u n a de esas en comparación de vuestra dulzura y suavidad, y de la hermosura de vuestra casa que amaba mas que todo esto; pero a u n m e sentía atado f u e r t e mente con el amor á l a m u j e r ; ni el Apóstol m e prohibía el c a s a r m e , a u n q u e m e e x h o r taba á lo mejor y m a s perfecto, queriendo principalmente y deseando q u e todos los hombres fuesen libres como él lo e r a . Pero yo, como mas flaco, escogía lo m a s blando y s u a v e ; y lo q u e hacia q u e m e portase en todo lo demás con languidez y m e consumiese con molestos cuidados, e r a solamente el consid e r a r , q u e la vida c o n y u g a l , á la q u e y o estaba tan inclinado y r e n d i d o , tenia a n e j a s m u c h a s cosas q u e n o quería padecerlas ni sufrirlas. Bien sabia yo q u e la Verdad m i s ma habia dicho por su b o c a , que hay hombres que á sí mismos se han hecho eunucos para conseguir el reino de los cielos; pero añadió tam-

bien que esto lo ejecute el que tuviere fuerzas para ejecutarlo. Vanos son ciertamente todos aquellos hombres que no tienen conocimiento de Dios, y q u e de todas estas cosas y criaturas b u e n a s q u e están viendo, n o h a n podido llegar á conocer al q u e v e r d a d e r a m e n t e existe. Pero y o no estaba y a comprendido en el n ú m e r o d e aquellos hombres vanos. Y a h a b i a pasado mas adelante d e aquella vanidad é ignorancia ; y por la contestación d e todas vuestras c r i a t u ras, habia hallado q u e Yos érais nuestro Criad o r , j u n t a m e n t e con vuestro divino Yerbo, por el cual criásteis todas las cosas, el cual e t e r n a m e n t e d i m a n a n d o d e Yos es Dios, q u e con Vos y el Espíritu Santo no hace m a s q u e u n solo Dios verdadero. Hay otra clase d e gentes impías y pecad o r a s , que habiendo conocido á Dios, no le glorifican como á Dios, ni le dan las gracias que le son debidas. T a m b i é n en esta impiedad h a b i a y o c a i d o ; pero vuestra diestra m e r e cibió y l e v a n t ó , y a d e m á s d e sacarme d e aquel a t o l l a d e r o , m e puso en l u g a r a c o m o d a d o y propio para q u e convaleciese d e tan peligrosa c a i d a ; porque m e hicisteis saber

aquella sentencia en q u e dijisteis al h o m b r e : Mira que la piedad es verdadera sabiduría; y también aquella otra : No quieras parecer sabio; porque los que dicen que son sábios, ellos mismos se hacen necios. P o r lo cual es cierto q u e y a habia hallado aquella perla preciosa, que había ¡le comprarse vendiendo cuanto tuviese, pero a u n n o m e resolvía á ejecutarlo. NOTA. 1

S a o Siropliciano f u e e n v i a d o por s a n D á m a s o á

M i l á n , para q u e ayudase á san A m b r o s i o , recien electo obispo d e a q u e l l a I g l e s i a . E r a m u y s á b i o , h a bia hecho m u c h o s v i a j e s p a r a i n s t r u i r s e e n v a r i a s m a t e r i a s , y n o c e s a b a d e leer y de e s t u d i a r . S a n A m brosio le dedicó v a r i a s o b r a s s u y a s ; y le s u c e d i ó á s a n A m b r o s i o en el o b i s p a d o , al cual f u e p r o m o v i d o en el a ñ o 3 9 7 . E r a g r a n d e la f a m a de s u v i r t u d y s a b i d u r í a , como insinúa aquí san Agustín, y s e c o n o ce t a m b i é n p o r q u e l o s concilios d e Á f r i c a y d e T o l e do no d e t e r m i n a b a n cosa a l g u n a d e i m p o r t a n c i a , sin h a b e r l a t r a t a d o y c o n s u l t a d o a n t e s con s a n S i m p l i c i a u o . M u r i ó lleno d e a ñ o s y m é r i t o s p o r el m e s d e m a y o del a ñ o 4 0 0 . T o d a la religión a g u s t i n i a n a r e za de él en el dia 1 3 de agosto.

C A P Í T U L O II. De como Victorino, célebre orador romano, convirtió á la fe de Jesucristo.

se

1. F u i , p u e s , á buscar á Simpliciano, q u e habia sido p a d r e espiritual de A m b r o s i o ( y a entonces o b i s p o ) , por cuanto en el b a u tismo le habia conferido vuestra g r a c i a , á quien a m a b a A m b r o s i o v e r d a d e r a m e n t e c o mo á padre. L e hice relación de mis e x t r a víos, y de los rodeos y errados caminos por donde habia a n d a d o . L u e g o q u e le dije como habia leido a l g u n o s libros de los Platónicos, traducidos al latin p o r Victorino, q u e en los años anteriores fue profesor d e retórica en la ciudad de R o m a , y q u e s e g ú n habia oido m u r i ó c r i s t i a n o ; él se alegró m u c h o , y m e dió el parabién de q u e n o hubiese ido á dar con las obras de otros filósofos q u e están llenas de falsedades y e n g a ñ o s , propios de u n a ciencia e n t e r a m e n t e m u n d a n a ; pero en estos otros libros á cada paso y d e todos modos se insinúa y da á conocer Dios y su divino Verbo.

- 79 Despues para e x h o r t a r m e á la humildad de Cristo, escondida á los sábios, y revelada á los pequemelos, m e propuso el ejemplo d e V i c t o r i n o 4 , á q u i e n él habia tratado m u y familiarmente c u a n d o estuvo en R o m a ; y m e refirió de él lo q u e no pasaré en silencio; p o r q u e contiene g r a n d e s motivos p a r a a l a b a r vuestra divina g r a c i a , como es justo y debido ejecutarlo. C o n t ó m e , p u e s , como aquel doctísimo a n c i a n o , y sapientísimo en todas las ciencias y artes liberales, q u e habia leido tantas obras de filósofos, y las habia criticado é ilustrado ; q u e habia sido maestro de tantos nobles s e n a d o r e s ; q u e por la excelencia de su s a b i d u r í a y doctrina mereció y obtuvo q u e se le erigiese una estatua en la plaza pública de R o m a ( q u e es lo mas glorioso q u e hay para los ciudadanos de este m u n d o ) ; que hasta aquella edad tan avanzada habia a d o r a d o y venerado los ídolos, y concurrido á celebrar las fiestas y sacrificios sacrilegos, con q u e cási toda la r o m a n a nobleza inspiraba va entonces y enseñaba á todo el pueblo los monstruos de todos los dioses egipcios, y entre ellos también á Anubis * con figura de

-

p e r r o , los cuales en a l g u n a ocasion t o m a ron las armas contra Neptuno , Yénus y M i n e r v a , deidades de Roma ; y ella s u p l i c a ba ahora á aquellos mismos dioses contra quienes h a b í a peleado y á quienes habia v e n cido 5 ; q u e finalmente por espacio de tantos años habia defendido todas estas idolatrías con su famosa e l o c u e n c i a ; siendo ya anciano , no se avergonzó d e humillarse como un p á r v u l o , p a r a ser m a r c a d o por siervo de vuestro Hijo Jesucristo, y renacer como n u e vo infante en la fuente del bautismo, doblando su cuello al y u g o d e la humildad evangélica, y sujetándose á llevar en su frente la señal de la c r u z , tenida antes por oprobio. 4. ¡ Oh S e ñ o r , S e ñ o r , que Mwásteis los cielos y bajásteis á nosotros, que tocásteis los montes y exhalaron humo: con q u é modos ó de q u é m a n e r a os insinuásteis en aquel pecho! Leia é l , según m e contó Simpliciano, la s a g r a d a E s c r i t u r a , y b u s c a b a con g r a n d í s i mo cuidado todas las obras q u e trataban de la religión cristiana, instruyéndose en ellas j y decia á Simpliciano, a u n q u e no p ú b l i c a mente , sino en secreto y en confianza de amigo : Sábete, que yo ya soy cristiano; á lo q u e

81

-

Simpliciano respondía : Yo no lo creere, ni te contaré entre los Cristianos, hasta que te vea en la Iglesia de Cristo. Pero él como burlándose decia : ¿Pues qué, son las paredes las que hacen cristianos á los hombres? Y esto lo repetía m u c h a s v e c e s , diciendo q u e él ya era c r i s tiano ; y otras tantas le respondía Simpliciano lo mismo q u e a n t e s ; pero él volvía á b u r l a r s e , con d e c i r , q u e eso no lo hacen las paredes. T e m i a Victorino disgustar á sus amigos, soberbios idólatras q u e adoraban al demonio, q u e por ser m u y poderosos, y hallarse constituidos en la c u m b r e de las mayores d i g n i dades q u e hay en la Babilonia de este m u n do , y e r a n como elevados cedros del Líbano, q u e a u n no habia el S e ñ o r derribado y deshecho ; j u z g a b a q u e habian de caer sobre él con m a s í m p e t u y fuerza sus odios y enemistades. P e r o despues q u e con su estudio y lección continua a d q u i r i ó mas fortaleza, temió q u e Cristo no le habia de reconocer por s u y o en presencia de los santos Angeles, si él temia confesarle ahora delante de los hombres: y conoc i e n d o q u e se hacia reo de un delito m u y

g r a v e , en avergonzarse d e recibir los S a c r a mentos q u e vuestro Verbo humillado babia instituido, no habiéndose avergonzado de cooperar á los sacrilegos sacrificios y cultos inventados por la soberbia de los demonios, á quienes él soberbio t a m b i é n h a b i a imitado, recibiendo las sacrilegas órdenes con q u e se dedicaban los hombres y destinaban al culto y sacrificios de los ídolos; perdió la v e r g ü e n za q u e le era nociva, y le hacia perseverar en la vanidad m u n d a n a , trocándola en provechosa vergüenza de no seguir la verdad q u e conoció; r e p e n t i n a m e n t e se resolvió, y sin pensar mas en ello, dijo á Simpliciano, s e g ú n este mismo c o n t a b a : Ea, vamos á la iglesia, que quiero hacerme cristiano. E n t o n c e s , Simpliciano, no cabiendo e n sí de a l e g r í a , marchó con él á la iglesia. L u e go q u e se le catequizó y recibió toda la instrucción necesaria en los principales m i s t e rios d e n u e s t r a fe, d e allí á poco dió su n o m bre p a r a q u e se le escribiese en el c a t á l o g o 4 de los q u e pedian ser r e e n g e n d r a d o s por el santo B a u t i s m o , maravillándose R o m a , y alegrándose la Iglesia. Veían esto los soberbios, y se enojaban y enfurecían, rechinaban

sus dientes de cólera, y se consumían de rabia; pero vuestro siervo tenia puesta su esperanzo, en Vos, y no atendía á la vanidad de las doctrinas pasadas, ni a locuras tan falsas y engañosas. 5. F i n a l m e n t e , c u a n d o llegó la hora de hacer la profesion de la fe ( q u e en R o m a es costumbre h a c e r l a en presencia de todos los fieles q u e c o n c u r r e n , con ciertas y d e t e r m i nadas p a l a b r a s a p r e n d i d a s de m e m o r i a , y p r o n u n c i a d a s desde un l u g a r eminente por los mismos q u e h a n de recibir en el b a u t i s m o vuestra g r a c i a ) , le propusieron á Victorino los sacerdotes, s e g ú n contaba Simplician o , q u e hiciese aquella profesion de la fe sec r e t a m e n t e , como se solia conceder también á a l g u n o s , de quienes se j u z g a b a q u e por vergüenza se retraerían de hacerlo en público ; pero q u e él prefirió hacer la profesion d e la fe y d e la doctrina de su salud p ú b l i c a m e n t e y á presencia de aquella multitud d e fieles, conociendo q u e su salvación no estaba en la retórica q u e e n s e ñ a b a , ni en los errores q u e hasta entonces habia profesado públicamente en R o m a . Y á la v e r d a d , ¡ cuánto menos tenia q u e temer al manso r e b a ñ o

-

84

-

vuestro al decir y pronunciar vuestras p a l a bras el q u e usando d e las suyas propias n o había temido ni respetado tropas enteras d e locos 1 Así luego q u e subió a l sitio d e t e r m i n a d o para hacer la profesion d e la f e , todos los q u e allí e s t a b a n , s e g ú n q u e cada uno le iba conociendo 5 , m u t u a m e n t e unos á otros le iban n o m b r a n d o con ruidosa aclamación d e enhorabuenas. Pero ¿ q u i é n h a b í a allí q u e no le conociese? Así entre todos formaban u n a voz y m u r m u l l o , con q u e alegres y festivos decian : Victorino, Victorino. T a n presto como se levantó aquel m u r m u l l o con l a alegría q u e causó á todos el verle, t a n presto cesó repentinamente con el deseo d e oirle. P r o nunció él con noble y excelente confianza su protestación d e la fe v e r d a d e r a , y todos q u e r í a n arrebatarle y meterle dentro d e s u s corazones ; y efectivamente lo conseguían con el a m o r y el gozo q u e mostraban : estos afectos eran las m a n o s q u e l e a r r e b a t a b a n y metían dentro d e las almas.

NOTAS. 1

S o b r e las noticias y elogios d e V i c t o r i n o , q u e

r e f i e r e a q u í s a n A g u s t í n d e boca d e s a n S i m p l i c i a n o , p u e d e a ñ a d i r s e lo q u e r e f i e r e s a n

Jerónimo,

q u e e n el libro d e l o s E s c r i t o r e s eclesiásticos dice, q u e s e l l a m a b a C. M a r i o V i c t o r i n o ; q u e e í a a f r i c a n o d e n a c i ó n , y q u e e n s e ñ ó en R o m a la r e t ó r i c a en t i e m p o d e l e m p e r a d o r C o n s t a n t i n o , y hácia los ú l t i m o s plazos d e s u vida s e hizo c r i s t i a n o , a d m i r á n d o s e R o m a , y a l e g r á n d o s e la Iglesia, c o m o d i c e s a n A g u s t í n . E s c r i b i ó v a r i o s libros c o n t r a l o s A r r í a n o s , y t a m b i é n u n o s c o m e n t a r i o s s o b r e las e p í s t o l a s d e san Pablo. 5

E n el texto latino dice el S a n t o :

que deum

monstra,

et Anubim

p u n t u a l m e n t e el v e r s o d e V i r g i l i o : deum trator,

monslra,

et latrator

Omnigenum-

latratorem,

A.nubis.

que es

Omnigenumque Y le l l a m a

la-

p o r q u e A n u b i s e n l e n g u a egipcíaca e s lo

m i s m o q u e perro

en l e n g u a c a s t e l l a n a ; y d e b a j o d e

la figura de p e r r o a d o r a b a n á M e r c u r i o , c o m o dice S e r v i o s o b r e el c i t a d o verso d e Virgilio ( J l n .

8).

O t r o s explican d e otro m o d o e s t a f á b u l a , d i c i e n d o q u e A n u b i s era u n f a m o s o c a p i t a n h i j o d e O s i r i s , q u e s i g u i e n d o á s u p a d r e en l a s e x p e d i c i o n e s q u e hizo ( c o m o d e H é r c u l e s se dice q u e iba c u b i e r t o d e la piel d e u n león) « él s e c u b r i ó con la d e u n

perro,

« y le t e n i a p o r s u d i v i s a ; » y q u e de a q u í p r o v i n o q u e los egipcios d i e s e n la p r e f e r e n c i a al p e r r o e n t r e los d e m á s a n i m a l e s de q u e ellos f o r m a b a n s u a p o teosis; pero q u e perdieron esta p r e f e r e n c i a , c u a n 7

T. I I . — I X .

-

87

-

do h a b i e n d o C a m b a s e s h e c h o m a t a r y a r r o j a r al

t i n , q u e s e les hacia o s c u r o á los q u e n o t i e n e n a l -

dios A p i s , f u e el p e r r o el ú n i c o q u e s e le c o m i ó . N o

guna tintura de mitología.

o b s t a n t e p e r s e v e r ó el culto del p e r r o en

Cinopolis,

q u e era la c i u d a d c a p i t a l ( y q u i e r e d e c i r

ciudad

4

Como en a q u e l t i e m p o n o s e d a b a el B a u t i s m o

p o r lo c o m ú n s i n o en los s á b a d o s d e la vigilia d e

que estaba consagrada á aquel

animal,

Pascua y de Pentecostes, aquellos que habian de re-

y sus habitantes conservaban un fondo

conside-

cibirlo, eran obligados á dar a n t e s su nombre, para

de perros),

r a b l e , d e d o n d e s e s a c a b a para el s a g r a d o a l i m e n t o

q u e s e les p u s i e s e e n la m a t r í c u l a d e los q u e ha -

d e los p e r r o s , c o m o dice Diodoro S í c u l o , l i b r o \ .

b í a n d e ser b a u t i z a d o s , y el obispo y clero h i c i e s e n

3

L o s r o m a n o s , y g e n e r a l m e n t e todos los g e n t i -

con ellos a q u e l l a s d i l i g e n c i a s p r e p a r a t o r i a s ,

exá-

l e s , creían q u e c a d a r e i n o , c a d a e s t a d o , cada p r o -

m e n e s , escrutinios y ceremonias q u e se u s a b a n ,

v i n c i a , cada c i u d a d , y en u n a p a l a b r a , cada l u g a r ,

c o m o s e h a i n s i n u a d o en el cap. i x del libro i , y se

e s t a b a b a j o la p r o t e c c i ó n d e a l g u n a s d e i d a d e s p a r -

dirá mas abajo.

ticulares, que velaban para su conservación. No

5

L a ciencia d e V i c t o r i n o y s u s e s c r i t o s , s u s d i s -

o b s t a n t e , los r o m a n o s p e l e a b a n c o n t r a t o d o s a q u e -

cípulos, y la e s t a t u a q u e s e habia e r i g i d o p a r a s u

llos r e i n o s , c i u d a d e s y p u e b l o s , los s u j e t a b a n y

m e m o r i a en la plaza d e T r a j a u o , le h a c í a n s u m a -

t r i u n f a b a n d e ellos; y p o r c o n s i g u i e n t e t r i u n f a b a n

m e n t e célebre y f a m o s o . É l profesó la r e t ó r i c a en

aque-

R o m a , no s o l a m e n t e b a j o el i m p e r i o d e C o n s t a n t i -

llos l u g a r e s , y s e t e n í a n p o r v e n c e d o r e s d e ellos.

n o , c o m o s e ha d i c h o a n t e s , s i u o t a m b i é n en el i m -

S o b r e cuyo s u p u e s t o s e f u n d a la s á t i r a q u e les h a -

p e r i o de C o n s t a n c i o y d e J u l i a n o a p ó s t a t a . El t r a -

Ce á los r o m a n o s s a n A g u s t í n ya en e s t e c a p . d i -

t a m i e n t o q u e s e le d a b a era d e clarísimo;

c i e n d o , q u e R o m a s u p l i c a b a y ofrecia s a c r i f i c i o s á

n o se d a b a s i n o á los s e n a d o r e s , y á las p e r s o n a s d e

aquellos mismos dioses contra quienes habia pelea-

la p r i m e r a d i s t i n c i ó n y c l a s e .

de aquellos dioses q u e e r a n p r o t e c t o r e s d e

título q u e

do en otro t i e m p o , y á q u i e n e s h a b i a v e n c i d o , y ya t a m b i é n en el l i b . 1 d e la C i u d a d d e D i o s , c a p . 3,

CAPÍTULO III.

d o n d e los satiriza del m i s m o m o d o , h a c i é n d o l e s v e r Ja i n c o n s e c u e n c i a con q u e p r o c e d í a n en s u s i d o l a t r í a s , p u e s Ies a t r i b u í a n poder p a r a d e f e n d e r l o s á ellos, c u a n d o n o le h a b i a n t e n i d o p a r a d e f e n d e r s e á

Como Dios y los santos Ángeles se alegran mucho de la conversión de los pecadores.

sí m i s m o s d e e l l o s , ni p a r a d e f e n d e r a q u e l l o s p u e blos d e q u i e n e s s e s u p o n í a n p r o t e c t o r e s , y h a b i a n sido vencidos y a v a s a l l a d o s p o r los r o m a n o s . Con lo c u a l s e e n t e n d e r á bien t o d o este p a s a j e de s a n A g u s -

6. ¡ O h b u e n Dios! ¿ d e d ó n d e , S e ñ o r , proviene q u e u n h o m b r e s e alegra m u c h o 7*

mas de la salud d e u n a alma q u e estaba sin esperanza d e v i d a , ó q u e se ha libertado de un peligro g r a n d e ; q u e si siempre h u b i e r a estado con esperanza d e su salud e t e r n a , ó hubiera sido menor el peligro en q u e se h a llaba? T a m b i é n V o s , S e ñ o r , P a d r e m i s e r i cordioso, mostráis mayor alegría por un solo pecador que hace verdadera penitencia, que por noventa y nueve justos que no la necesitan. Y nosotros con mucho regocijo oimos decir á san L u c a s , cuán g r a n d e es la alegría d e los Ángeles, viendo q u e la oveja p e r d i d a vuelve á su rebaño llevándola el pastor sobre sus h o m b r o s ; y como d a n el parabién las vecinas á la m u j e r q u e halló aquella dracma q u e había p e r d i d o , y se vuelve á g u a r d a r en vuestro tesoro : y nos hace llorar d e puro gozo la g r a n d e fiesta q u e hay en vuestra casa, cuando en ella se refiere de vuestro hijo menor : Que había muerto y resucitó: que se había perdido y que volvió á parecer. Lo cual demuestra q u e Y o s , D i o s m i o , o s a l e g r a i s e n nosotros, y en vuestros Ángeles en cuanto santificados por u n a caridad s a n t a ; p o r q u e Y o s , considerado solamente en V o s , siempre sois el mismo sin mudanza ni variedad a l g u -

n a , q u e siempre y de un mismo modo conocéis todas las cosas, a u n q u e ellas no sean s i e m p r e , ni de un mismo modo existan. 7. Pues ¿ q u é e s , Dios m í o , l o q u e p a s a en el a l m a , c u a n d o se alegra mucho mas con las cosas q u e a m a , si las halla ó r e c o b r a , q u e si siempre las hubiera poseído sin p e r derlas? Y esto mismo lo contestan también las demás cosas, todas llenas de testimonios y ejemplos q u e lo c o m p r u e b a n , clamando y diciendo : Así sucede, así es. T r i u n f a un emperador cuando ha vencido; y no v e n c i e r a , si no h u b i e r a p e l e a d o ; y cuanto mayor fue el peligro en la batalla, tanto es m a y o r en el triunfo la alegría. Acomete u n a tempestad á los n a v e g a n t e s ; y al verse amenazados del n a u f r a g i o , todos se ponen pálidos del miedo de la m u e r t e q u e consideran cercana ; pero serénase el cielo y tranquilízase el m a r , y lodos se regocijan s u m a m e n t e , p o r q u e también s u m a m e n t e t e mieron. Cae e n f e r m a u n a persona a m a d a , y el pulso indica una calentura m a l i g n a y peligrosa; con lo cual lodos los q u e desean su salud e n ferman i g u a l m e n t e , en cuanto á la pena y

-

90

-

sentimiento que tienen en su a l m a . Hállase mejor y fuera de p e l i g r o ; pero todavía no se ha restablecido ni ha recobrado sus a n t i g u a s f u e r z a s ; y se alegran mucho mas de aquella m e j o r í a , q u e de la salud y robustez que antes gozaba. A u n los mismos deleites comunes y o r d i narios de la vida h u m a n a los consiguen los hombres, mediante algunos disgustos y molestias, no de las imprevistas y q u e les s o brevienen sin q u e r e r l a s , sino procuradas y buscadas voluntariamente y de propósito. No hay deleite en el comer y beber, sin q u e preceda la molestia de la h a m b r e y d e la sed, y por esto los bebedores de vino comen algunos bocadillos salados, con q u e se excita u n a s e q u e d a d y ardor molesto, q u e con b e ber se a p a g a , y al a p a g a r s e deleita. T a m bién es costumbre bien establecida, q u e las m u j e r e s tratadas de casar no las e n t r e g u e n sus deudos y parientes á los q u e han de ser s u s maridos, inmediatamente q u e se hayan desposado ; para q u e suspirando por ellas alg ú n tiempo mientras son sus esposos, las a m e n y estimen mas c u a n d o maridos. 8.

Esto mismo sucede en el deleite q u e

es torpe y e x e c r a b l e ; esto mismo en el q u e es lícito y permitido ; esto mismo en la mas p u r a , honesta y síncerísima a m i s t a d , y finalmente esto mismo sucedió en la conversión de aquel que estaba muerto y resucitó, que se habia perdido y pareció. S i e m p r e á la mayor alegría precede m a y o r molestia. Mas ¿ d e q u é proviene esto, Dios y Señor m i ó , c u a n do Yos no solamente sois para Vos mismo un s u m o gozo inalterable y e t e r n o , sino también a l g u n a s criaturas reciben de Yos y en Vos u n a alegría y felicidad p e r p é t u a ? ¿ E n q u é consiste q u e en las cosas de acá bajo hay esta alternativa de atrasos y adelantamientos, de enemistades y reconciliaciones? ¿ E s acaso esta variedad propia d e su ser y lo q u e solamente concedisteis á estas cosas, c u a n d o desde lo mas alto d e los cielos hasta lo mas p r o f u n d o de la tierra, desde el principio del tiempo hasta el fin de los siglos, desde el Á n gel s u p r e m o hasta el mas vil g u s a n i l l o , desde el primer movimiento q u e hubo hasta el último que ha de h a b e r , ordenásteis lodos los géneros de b i e n e s , y todas vuestras obras cabales y perfectas, dándoles á todas sus c o n venientes l u g a r e s , y distribuyéndolas en sus

- 92 propios t i e m p o s ? ¡Ay d e m í , D i o s m i o ! ¡ q u é investigable grandeza leneis en las cosas g r a n d e s , y q u é i m p e n e t r a b l e profundidad en las p e q u e ñ a s ! ¡Vos n u n c a os apar tais d e v u e s tras c r i a t u r a s : y con todo eso apenas a n d a mos lo bastante para llegar á Vos! CAPÍTULO IY. Por qué razón debemos alegrarnos mas con la conversión de aquellos pecadores, que son personas nobles y principales. 9. E a , S e ñ o r , hacedlo Yos todo : e x c i t a d n o s , y volved á l l a m a r n o s : encendednos y a r r e b a t a d n o s : arded en nosotros, y c o m u nicadnos vuestras dulzuras, para q u e os a m e m o s , v corramos tras de Yos. ¿No es cierto q u e vuelven á Yos m u c h o s q u e estaban en u n abismo de c e g u e d a d mas p r o f u n d o q u e aquel en q u e se hallaba Victor i n o , y se acercan á Vos y son iluminados, recibiendo aquella luz q u e á los q u e la recib e n les da j u n t a m e n t e potestad para hacerse hijos vuestros? Pero si estos q u e se c o n v i e r ten á Yos son poco conocidos en los pueblos,

a u n aquellos pocos q u e los conocen reciben menor a l e g r í a ; p o r q u e cuando la alegría es d e muchos, viene á ser m a y o r en cada uno d e ellos, p o r q u e se la a u m e n t a n y c o m u n i can m ú t u a m e n t e los unos á los otros. A esto se a ñ a d e , q u e la conversión d e los m u y c o nocidos y famosos es de g r a n d e peso y a u t o ridad , para que muchos procuren su salvación , y v e n g a n t a m b i é n muchos á seguir su ejemplo. Por esto a u n aquellos q u e los han precedido se a l e g r a n m u c h o con la conversión de semejantes s u j e t o s , p o r q u e la alegría q u e reciben no es por ellos solos, sino por todos los d e m á s q u e h a n de imitarlos. No quiero decir con esto, q u e en vuestra casa, S e ñ o r , sean mas bien recibidas las personas ricas y nobles, q u e las pobres y p l e b e y a s ; pues antes bien Vos mismo elegisteis los endebles y flacos del mundo, para confundir los fuertes y poderosos; y las cosas viles y despreciables de este mundo, y que son como si no fueran, las escogisteis para deshacer con ellas las que son principales en la estimación del mundo. P e r o no obstante esta doctrina, el mismo Apóstol por c u y a boca nos enseñasteis estas

v e r d a d e s , el cual se llama á sí mismo el m e nor d e vuestros Apóstoles, teniendo antes el n o m b r e d e S a u l o , quiso lomar el d e Pablo para blasón y señal d e aquella g r a n d e v i c toria q u e consiguió, c u a n d o con las a r m a s de su predicación venció y domó la soberbia del procónsul P a b l o , y le redujo á sujetarse al suave y u g o d e vuestro Hijo Jesucristo, y á ser íiel vasallo y tributario humilde del R e y de todos los reyes. P o r q u e mas vencido q u e da el enemigo del g é n e r o h u m a n o , c u a n d o se le quita u n o á quien tenia m a s poseido, y por quien poseia otros m u c h o s ; y cuanto mas poseídos tiene á los g r a n d e s por s u o r gullo y s o b e r b i a , tanto mas por el influjo d e estos posee á otros por medio d e s u ejemplo y autoridad. Por eso, cuanto mas g u s t o s a m e n t e se consideraba el estado presente d e Victorino, c u ya alma h a b i a sido antes un castillo inexpugnable del que el demonio se h a b i a señoread o , y d e cuya l e n g u a se habia servido como d e g r a n d e y a g u d a saeta para m a l a r á m u chos ; tanto mayores demostraciones d e gozo y alegría debían hacer vuestros hijos los fieles, viendo al fuerle aprisionado ya por n u e s -

- 95 tro Rey poderoso, q u e despues d e quitarle los despojos q u e habia hecho, y las a r m a s d e q u e se habia servido, lo lavó y purificó todo, para q u e no solamente se pudiese emp l e a r e n honor vuestro, sino también ser útil y provechoso para c u a l q u i e r obra b u e n a . NOTA. 1

De e s t e m i s m o s e n t i r e s s a u J e r ó n i m o , dicien-

do , q u e el A p ó s t o l t o m ó e n t o n c e s el n o m b r e d e P a b l o , p a r a m e m o r i a del t r i u n f o g r a n d e q u e h a b i a c o n s e g u i d o , m e d i a n t e la gracia y favor d e J e s u c r i s t o S e ñ o r n u e s t r o , c o n v i r t i e n d o á la fe al d i c h o P a u lo S e r g i o , p r o c ó n s u l de la isla de C h i p r e : lo c u a l s u cedió en el a ñ o 4 3 d e J e s u c r i s t o . O t r o s d a n o t r a s r a z o n e s p a r a q u e t o m a s e el n o m b r e de P a b l o , q u e s e p u e d e n ver en l í a r o u i o al a ñ o 36 d e C r i s t o .

CAPÍTULO V. Qué cosas eran las que detenían á Agustín, no acabar de convertirse á Dios.

para

1 0 . L u e g o q u e vuestro siervo Simpliciano m e hizo esta relación d e Victorino, m e encendí en deseos d e seguir su ejemplo ; y con este fin m e habia él referido aquella his-

toria. Pero despues q u e prosiguió diciendo, como en tiempo del emperador Juliano s e p r o m u l g ó aquella ley rigurosa contra los Cristianos, en la cual se les prohibía q u e e n s e ñasen letras h u m a n a s y r e t ó r i c a , y q u e Victorino conformándose con dicha l e y , quiso mas abandonar l a cátedra en q u e enseñaba la elocuencia, q u e d e j a r v u e s t r a divina p a l a b r a , con que hacéis discretas y elegantes aun las lenguas de los niños que no saben hablar: m e pareció q u e no habia sido en esto tan fuerte y valeroso Victorino, como feliz y d i choso, por hallar u n a ocasion Jan o p o r t u n a , para dedicarse únicamente á Vos. Esto era á lo q u e yo anhelaba y por lo q u e s u s p i r a b a ; pero estaba aprisionado no con grillos ni cadenas de h i e r r o s exteriores, sino con la dureza y obstinación de mi propia voluntad. El enemigo estaba hecho dueño de mi v o l u n t a d , y habia formado de ella u n a cadena, con la cual m e tenia estrechamente atado. P o r q u e d e haberse la voluntad p e r vertido, pasó á s e r apetito d e s o r d e n a d o ; y de ser este servido y obedecido, vino á ser c o s t u m b r e ; y no siendo esta contenida y ref r e n a d a , se hizo necesidad como naturaleza.

De estos como eslabones unidos entre sí se formó la q u e llamé c a d e n a , q u e m e tenia e s trechado á u n a d u r a s e r v i d u m b r e y penosa esclavitud. Y aquella n u e v a voluntad q u e comenzaba yo á tener de serviros graciosamente y gozar d e V o s , Dios m i ó , q u e sois el único y v e r dadero gozo, no era bastante fuerte todavía para vencer la otra voluntad p r i m e r a , q u e con el tiempo se habia hecho robusta y p o derosa. Así estas dos voluntades, u n a a n t i g u a y otra n u e v a , aquella c a r n a l , esta otra espiritual, batallaban entre sí, y con esta discordia disipaban y destruían á mi a l m a . 1 1 . E s t e combate q u e yo experimentaba en mí mismo m e hacia entender claramente aquella sentencia q u e h a b i a leido en el Apóstol , que refiere como la carne tiene deseos contrarios al espíritu, y el espíritu los tiene contrarios á la carne. Yo v e r d a d e r a m e n t e era el q u e obraba en uno y otro deseo ; pero mas estaba yo en aquel q u e aprobaba en mí mism o , q u e en el otro q u e en mí d e s a p r o b a b a ; por cuanto en este mi voluntad no obraba con la m i s m a eficacia, p u e s por la m a y o r parte m a s e r a padecerlo con r e p u g n a n c i a y

-

violencia, q u e ejecutarlo espontáneamente. Pero ello es cierto q u e yo h a b i a sido la causa de estas superiores fuerzas, q u e la costumbre tenia contra m í ; pues q u e r i e n d o yo, había llegado á un estado en q u e no quisiera h a l l a r m e . Y siendo esto a s í , ¿ c ó m o pudiera con razón q u e j a r m e del estado en q u e me v e í a , siendo u n a pena j u s t a q u e corresponde al q u e p e c a ? Ya no me podia valer aquella escusa con q u e antes solía p e r s u a d i r m e á mí m i s m o , que el no acabar de despreciar el m u n d o y dedicarme á serviros, consistía en q u e a u n no estaba cierto d e haber hallado la v e r d a d ; p o r q u e entonces ya lo estaba. Mas alado t o davía á las cosas de la t i e r r a , rehusaba alist a r m e en vuestra s a g r a d a m i l i c i a ; y tanto temia el l i b r a r m e d e lodos los impedimentos que m e lo e s t o r b a b a n , cuanto debiera temer el no estar libre de ellos. 1 2 . Así con la pesada c a r g a d e las cosas del m u n d o m e hallaba gustosamente oprimido, como sucede con u n pesado sueño ; así como los pensamientos con q u e meditaba en Y o s , eran semejantes á los esfuerzos que h a cen p a r a d i s p e r t a r , los q u e están m u y dor-

99

-

midos, q u e no pudiendo vencer aquella g a na vehemente de d o r m i r , vuelven á s u m e r girse en lo profundo del sueño. Y del mismo modo que no hay h o m b r e alguno q u e q u i siese estar siempre durmiendo, enseñándonos el buen juicio q u e es mejor velar q u e dormir; mas esto no obstante dilata a l g u n a s veces el h o m b r e el sacudir el s u e ñ o , c u a n d o le tiene r e n d i d o , ocupados y entorpecidos sus m i e m bros ; y a u n q u e le d e s a g r a d a dormir tanto, y sea llegada la hora d e levantarse, vuelve á tomar el sueño con mas gusto ; así yo e s taba m u y cierto de q u e era mejor e n t r e g a r me á vuestro a m o r , q u e r e n d i r m e á mis deseos y apetitos. Aquello me a g r a d a b a , pero sin acabar d e vencerme ; y estotro tanto rae deleitaba, q u e m e a t a b a . No tenia verdaderamente q u é r e s p o n d e ros , c u a n d o os dignábais decirme por el Apóstol : Levántate de ese profundo sueño en que te hallas, acaba de salir de entre los muertos, y recibirás la luz de Jesucristo. Y como por todas partes me hacíais conocer q u e lodo cuanto me decíais era verdad ; convencido de ella no tenia absolutamente q u é r e s p o n d e r , sino aquellas palabras lentas y soñolien-

-

100

-

t a s : Luego al punió, si, luego al instante: déjame estar otro rutilo. Pero este luego 110 tenia t é r m i n o , y el d é j a m e otro ratito iba m u y largo. E n vano m e deleitaba en vuestra ley con mi a l m a , q u e es el h o m b r e i n t e r i o r ; porque otra ley q u e reside en los m i e m b r o s c o r p o rales, r e p u g n a b a y contradecía á la ley de mi espíritu, y m e llevaba cautivo á la del p e c a d o , la cual estaba en los miembros d e mi cuerpo. P o r q u e ley es del pecado la fuerte violencia de u n a c o s t u m b r e , q u e a r r a s t r a y sujeta al a l m a á pesar s u y o , en justa pena d e haber ella caido voluntariamente en a q u e lla costumbre. P u e s hallándome en tan miserable estado, ¿quién me habia de librar del cuerpo de esta muerte, sino vuestra divina gracia por los méritos de Jesucristo Señor nuestro? CAPÍTULO VI. Cuéntale Ponticiano la vida de san Antonio

abad.

13. T a m b i é n quiero referir el m o d o con q u e m e librasteis de aquel lazo estrechísimo

con q u e el deseo de m u j e r m e tenia f u e r t e mente a l a d o , y de la s e r v i d u m b r e en q u e m e tenian los cuidados y negocios seculares, par a alabar por ello vuestro n o m b r e , Dios y Señor m i ó , m i a m p a r o y Redentor. Yivia yo padeciendo siempre mayores c o n g o j a s , y todos los dias suspiraba en vuestra p r e s e n c i a ; frecuentaba vuestra iglesia c u a n to m e lo permitían los negocios y ocupaciones q u e tenia sobre m í , y bajo de c u y o peso gemía. Estaba conmigo Alipio, desocupado e n tonces, y-sin tener q u e t r a b a j a r en su e m pleo y facultad de j u r i s t a , despues de h a b e r sido tres veces asesor del m a g i s t r a d o ; y a g u a r d a n d o otros á quienes vender sus p a receres y consejos, así como yo vendía la elocuencia, si a l g u n a se p u e d e comunicar con enseñarla. Nebrídio no p u d o n e g a r á nuestra a m i s tad el encargarse de sustituir la cátedra d e g r a m á t i c a q u e tenia V e r e c u n d o , familiarísim o a m i g o n u e s t r o , y ciudadano d e M i l á n ; el cual deseaba mucho, y lo pedia encarecid a m e n t e por la ley de nuestra a m i s t a d , q u e a l g u n o de nosotros le a y u d a s e fielmente en 8

T. II.

—IX.

-

100

-

t a s : Luego al punió, si, luego al instante: déjame estar otro rutilo. Pero este luego 110 tenia t é r m i n o , y el d é j a m e otro ratito iba m u y largo. E n vano m e deleitaba en vuestra ley con mi a l m a , q u e es el h o m b r e i n t e r i o r ; porque otra ley q u e reside en los m i e m b r o s c o r p o rales, r e p u g n a b a y contradecía á la ley de mi espíritu, y m e llevaba cautivo á la del p e c a d o , la cual estaba en los miembros d e mi cuerpo. P o r q u e ley es del pecado la fuerte violencia de u n a c o s t u m b r e , q u e a r r a s t r a y sujeta al a l m a á pesar s u y o , en justa pena d e haber ella caido voluntariamente en a q u e lla costumbre. P u e s hallándome en tan miserable estado, ¿quién me habia de librar del cuerpo de esta muerte, sino vuestra divina gracia por los méritos de Jesucristo Señor nuestro? CAPÍTULO YI. Cuéntale Ponticiano la vida de san Antonio

abad.

13. T a m b i é n quiero referir el m o d o con q u e m e librasteis de aquel lazo estrechísimo

con q u e el deseo de m u j e r m e tenia f u e r t e mente a l a d o , y de la s e r v i d u m b r e en q u e m e tenian los cuidados y negocios seculares, par a alabar por ello vuestro n o m b r e , Dios y Señor m i ó , mi a m p a r o y Redentor. Yivia yo padeciendo siempre mayores c o n g o j a s , y todos los dias suspiraba en vuestra p r e s e n c i a ; frecuentaba vuestra iglesia c u a n to m e lo permitían los negocios y ocupaciones q u e tenia sobre m í , y bajo de c u y o peso gemía. Estaba conmigo Alipio, desocupado e n tonces, y-sin tener q u e t r a b a j a r en su e m pleo y facultad de j u r i s t a , despues de h a b e r sido tres veces asesor del m a g i s t r a d o ; y a g u a r d a n d o otros á quienes vender sus p a receres y consejos, así como yo vendía la elocuencia, si a l g u n a se p u e d e comunicar con enseñarla. Nebridío no p u d o n e g a r á nuestra a m i s tad el encargarse de sustituir la cátedra d e g r a m á t i c a q u e tenia V e r e c u n d o , familiarísim o a m i g o n u e s t r o , y ciudadano d e M i l á n ; el cual deseaba mucho, y lo pedia encarecid a m e n t e por la ley de nuestra a m i s t a d , q u e a l g u n o de nosotros le a y u d a s e fielmente en 8

T. II.

—IX.

aquel ministerio, p o r q u e lo necesitaba en extremo. Nebridio, p u e s , a u n q u e se e n c a r g ó de esto, no fue movido d e interés, ni por el deseo de mayores conveniencias; p o r q u e si él quisiera aprovecharse para eso de su literatura , las h u b i e r a logrado mucho mas ventajosas; sino q u e por ser él u n a m i g o dulcísimo y suavísimo, no quiso desatender n u e s t r a súplica, sino condescender á nuestro r u e g o por este acto de su benevolencia. S e portaba Nebridio en aquel cargo con g r a n prudencia y c a u t e l a , precaviéndose d e ser conocido de los grandes y poderosos del m u n d o , y evitando todo lo q u e por causa d e ellos pudiera inquietar á su espíritu, al cual q u e ría tener libre y desembarazado de otros asuntos, para emplearle cuantas mas horas p u diese en i n q u i r i r , en leer, ó en oir a l g u n a cosa perteneciente á la s a b i d u r í a . 1 4 . Un d i a , p u e s , estando ausente N e bridio (no m e acuerdo por q u é causa) vino á nuestra casa, donde estábamos Alipio y yo, u n paisano n u e s t r o , p o r q u e era natural de Africa, llamado Ponliciano, sujeto p r i n c i p a l 1 y distinguido en p a l a c i o ; y no sé por cierto q u é era ló q u e nos quería. Sentémonos para

- 103 h a b l a r ; y sobre u n a mesa de j u e g o q u e h a bía delante d e nosotros, había por casualidad un libro. Yióle Ponticiano, le lomó, le abrió, y halló q u e eran las cartas de san Pablo ; lo q u e le sorprendió m u c h o , p o r q u e él juzgó q u e seria alguno de los libros de retórica, cuya profesión m e agobiaba y consumía. E n tonces él se sonrió hacia m í , m i r á n d o m e como quien se complacía, y m e daba la enhor a b u e n a ; pero extrañando y admirándose de q u e cogiéndome desprevenido, hubiese e n contrado delante d e m í aquel l i b r o ; y ese único y solo, pues él e r a fiel cristiano, y m u y á m e n u d o acudía á vuestra iglesia, Dios m i ó , donde postrado ante vuestra divina Majestad , os hacia frecuentes y largas oraciones. Así fue q u e habiéndole yo dicho q u e aquellas escrituras m e ocupaban con p r e f e rencia á todo otro c u i d a d o , comenzó á h a blarnos de A n t o n i o , monje d e E g i p t o , c u y o n o m b r e era famoso y celebrado entre v u e s tros siervos, a u n q u e hasta entonces habia s i do ignorado de nosotros. T i e n d o él q u e esta especie nos era tan n u e v a , se detuvo y e x tendió mas en la plática, p a r a hacernos c o nocer tan g r a n d e h o m b r e , de quien e s t á b a 8*

raos enteramente ignorantes, admirándose él de esta ignorancia n u e s t r a . Nosotros nos esp a n t á b a m o s oyendo la relación de tantas y tan estupendas maravillas, como acabábais d e obrar en el g r e m i o d e los q u e profesan la verdadera f e , v dentro de la católica Iglesia ; las cuales además de ser m u y probadas y ciertísimas, estaban tan recientes, q u e h a bían sucedido cási en nuestros dias. Por eso nos admirábamos á un tiempo nosotros y Ponticiano : nosotros, por ser aquellas cosas tan g r a n d e s y e x t r a o r d i n a r i a s ; y é l , p o r q u e eran para nosotros tan nuevas é inauditas. l o . De a q u í vino á p a r a r su conversación en tratar de los muchos monjes congregados en los monasterios, de las costumbres y método d e vida q u e observan los q u e s i g u e n mas d e cerca vuestra divina lev ; y fin a l m e n t e d e los muchos penitentes, virtuosos y santos v a r o n e s , q u e poblaron las soledades del yermo ; d e todo lo cual no sabíamos nosotros cosa a l g u n a . ¥ no solo e s t o , sino q u e en la m i s m a M i l a n , f u e r a de los muros de la c i u d a d , habia un monasterio lleno de buenos y virtuosos frailes 2 , d e cuya d i r e c ción y sustento cuidaba el obispo A m b r o s i o ;

y tampoco lo habíamos sabido. P r o s e g u í a Ponticiano hablando a u n del mismo asunto, y nosotros le oíamos con atención y silencio, contándonos entre otras cosas, q u e hallándose u n a vez en la ciudad de T r é v e r í s , m i e n tras q u e el emperador asistía al espectáculo de los j u e g o s circenses, q u e se tenían desp u e s del mediodía, se habia salido con otros tres amigos y compañeros suyos á pasear por u n a s huertas q u e estaban contiguas á los m u r o s de la c i u d a d , y q u e estando en ellas, se pusieron á pasear de dos en d o s , s e g ú n los combinó entre sí la casualidad. Ponticiano con uno de ellos echó por u n a p a r t e , y los otros dos echaron por o t r a , y se fueron alejando los unos de los otros. Los primeros siguiendo su paseo sin r u m b o ni camino d e t e r m i n a d o , vinieron á p a r a r en u n a pobre casilla en q u e habitaban algunos d e v u e s tros siervos q u e profesan la pobreza de espíritu, de los cuales es el reino de los cielos, y allí encontraron un libro en q u e estaba e s crita la vida del santo abad Antonio. C o m e n zó á leerla el uno de ellos, y comenzó t a m bién á a d m i r a r s e , y á encenderse en devoción : al mismo tiempo q u e l e i a , iba p e n -

-

106

-

sando en abrazar aquel género de vida, p a r a e m p l e a r la suya en serviros á Vos ú n i c a mente ; dejando todos los empleos y o c u p a ciones del siglo, donde eran aquellos dos compañeros a g e n t e s 3 d e negocios. Y repentinamente lleno de un a m o r santo y religioso p u d o r , enojándose contra sí mismo volvió los ojos p a r a mirar al otro amigo s u y o , habiéndole de este modo: « R u é g o t e , h o m b r e , q u e « me digas ¿ á dónde aspiramos y p r e t e n d e amos llegar nosotros con todas nuestras fati« g a s y t r a b a j o s ? ¿ q u é es lo que buscamos? « ¿ c u á l es el fin con q u e seguimos la corle? « ¿ p o d r á nuestra esperanza prometerse m a «yor fortuna en palacio, q u e llegar á ser « a m i g o s del e m p e r a d o r ? ¿ y q u é hay en ese «punto q u e no sea frágil, de corta duración «y lleno de peligros? ¿ y por cuántos peligros «hay q u e pasar precisamente para llegar á «ese peligro mas g r a n d e ? ¿ y cuánto tiempo «fuera necesario para conseguir eso, siendo «así q u e si quiero ser amigo d e Dios, en esate m i s m o instante lo puedo ser?» Dichas estas p a l a b r a s , y como atribulado con el provecto q u e habia concebido de mudar de v i d a , volvió los ojos al libro, y con-

forme iba l e y e n d o , se iba m u d a n d o en su interior, á donde solamente vuestros ojos podían penetrar, y su alma se iba desnudando de los afectos del m u n d o , como se mostró despues. P o r q u e mientras leyó y se agitó su corazon con las olas d e varios afectos y p e n samientos, dió a l g u n o s g r a n d e s sollozos y suspiros, y conoció claramente lo q u e le estaba m e j o r ; y determinó s e g u i r l o ; y hecho y a amigo vuestro habló de esta suerte al otro amigo s u y o : «Yo estoy ya enteramente s e « p a r a d o de lodo lo q u e hasta ahora fue el «objeto de nuestras esperanzas; estoy resuel«to á servir á Dios, y quiero comenzar d e s «de este p u n t o , y en este mismo sitio. Si t ú «no te hallas en estado de seguir mi e j e m « p í o , no quieras oponerte á mi designio.» El otro le r e s p o n d i ó , q u e q u e r í a serle c o m pañero en tan d i g n a s e r v i d u m b r e , y en recibir el g r a n premio q u e le corresponde. Así quedándose entrambos á ser vuestros siervos, comenzaron á edificar la torre de perfección evangélica con el caudal que tenían proporcionado para la o b r a , y consistía en dejar todas las cosas del m u n d o , y seguiros á Vos. Mientras tanto Ponticiano y su c o m p a ñ e -

-

108

-

r o , q u e se paseaban por otras partes d e la h u e r t a , d e s p u e s d e haberlos a n d a d o buscando a l g ú n t i e m p o , llegaron á aquella m i s m a c a s i l l a ; y habiéndolos hallado, les dijeron q u e ya era hora d e volverse, p o r q u e se iba acabando la tarde. Pero ellos, despues de r e ferirles la determinación y propósito q u e t e nían , y el modo con q u e habia comenzado a q u e l l a v o l u n t a d , y llegado á ser firme r e solución ; les suplicaron, q u e si no q u e r í a n q u e d a r s e á a c o m p a ñ a r l o s , n o les molestasen tirando á disuadirlos. Mas estotros, n o m o viéndose con n a d a d e esto á m u d a r su m é todo a n t i g u o , s e lloraron á sí mismos p o r verse tan poco fervorosos, como Ponticiano r e f e r i a ; y despues d e darles piadosas enhor a b u e n a s por su determinación, y encomend a r s e á sus oraciones, llevando el corazon inclinado á lo t e r r e n o , s e volvieron á palacio ; quedándose los otros dos en la casilla con sus corazones fijados en el cielo. Y es d e n o t a r , q u e estos d o s estaban ya desposados; y luego q u e sus esposas s u p i e ron aquella determinación d e los q u e habían de ser sus maridos, imitaron su ejemplo, y consagraron á V o s , D i o s m i o , su virginidad.

NOTAS. 1

Diciendo s a n A g u s t í n , q u e P o n t i c i a n o

elaré in palalio

militabat,

prce-

d a á e n t e n d e r , q u e tenia

u n o de los e m p l e o s m a s h o n o r í f i c o s d e palacio. P o r q u e p r i m e r a m e n t e s e ha d e s u p o n e r , q u e e n t r e los r o m a n o s t o d o oficio y servicio público s e l l a m a b a e n t o n c e s militia,

y el e j e r c e r l e militare;

y que so-

l a m e n t e había t r e s g é n e r o s d e s e r v i r ó m i l i t a r d e e s te m o d o : el p r i m e r o y m a s h o n r o s o era el m i l i t a r ó « q r v i r e n p a l a c i o , y s e l l a m a b a militia

Palatina;

el s e g u n d o era el m i l i t a r y servil en todo lo c o n c e r n i e n t e á la g u e r r a , y s e l l a m a b a militia sive armata;

castrensis

y el t e r c e r g é n e r o venia á ser el s e -

g u i r la c a r r e r a d e l a s l e t r a s , c o m o l e y e s , a r t e s , etc., y s e l l a m a b a militia

cohortalis

sive togata,

á cuya

clase p e r t e n e c í a n los j u e c e s , p r e f e c t o s , p r e s i d e n t e s , a b o g a d o s , c u r i a l e s y o t r o s s e m e j a n t e s , c o m o dicen G o t o f r e d o y V a l e s i o , c i t a d o s d e S e l v a g i o , en las A n tigüedades cristianas, l i b . l , p. 2 , c . 4 , g III, n . 10. De d o n d e i n f i e r o , q u e P o n t i c i a n o , q u e ; e g u i a la milicia

ó servidumbre

palatina,

era u n o d e los s u -

j e t o s m a s visibles y c o n d e c o r a d o s de palacio. '

E n este monasterio fue donde Joviníano y otros

c o m p a ñ e r o s riesu i m p i e d a d e s t u v i e r o n a l g ú n t i e m p o , d i s i m u l a n d o con el n o m b r e católico s u m a l d a d , y c u b r i e n d o con el h á b i t o d e f r a i l e s s u s p e r v e r s a s i n t e n c i o n e s . P e r o á poco t i e m p o , c o m o dice B a r o n i o , los a r r o j ó d e sí a q u e l l a s a n t a c a s a , c o m o el m a r a r r o j a los c a d á v e r e s á la orilla. B a r ó n A . C. 3 8 2 . T a m b i é n allí p r o f e s a r o n la vida m o n á s t i c a S a r m a -

-

110 -

c i a n o y B a r b a c i o i i , q u e d i e r o n m u c h o q u e s e n t i r al g r a n P a d r e s a n A m b r o s i o y al p r e l a d o d e dicho m o n a s t e r i o , por la vida d e s r e g l a d a q u e t e n í a n y la m a la d o c t r i n a q u e e n s e ñ a b a n . *

A g e n t e s d e los negocios del e m p e r a d o r . N o se

h a d e e n t e n d e r q u e f u e s e n s e m e j a n t e s á los q u e a h o r a llamamos agentes d e negocios; p o r q u e estos solo t i e n e n los p o d e r e s y h a c e n l a s v e c e s d e t o d a clase de p e r s o n a s p a r t i c u l a r e s ; p e r o el e m p l e o de a q u e l l o s consistía en llevar ellos m i s m o s las ó r d e n e s del e m p e r a d o r , y h a c e r l a s o b e d e c e r y e j e c u t a r . H a b i a cinco clases d e e s t o s a g e n t e s : centenarios,

biarcos,

dreitores

ducenarios,

y caballeros.

Véase

al c i t a d o G o t o f r e d o s o b r e el Cod. T h e o d . t i t u l . l , p. 1 6 í , e t c .

CAPÍTULO VII. Como interiormente se deshacía Agustín, esta relación de Ponticiano.

al oír

1 6 . Todo esto nos contaba Ponticiano, y m i e n t r a s él lo estaba refiriendo, V o s , Señor, m e obligabais á q u e volviese en m í y m e c o n s i d e r a s e ; haciendo q u e todo el feo semblante d e m i mala vida q u e yo habia echado á las espaldas por no v e r m e , se m e pusiese delante de m í , p a r a q u e viese cuán feo era, cuán descompuesto y sucio, manchado y lle-

no d e llagas. Yo m e veía y m e horrorizaba, y no tenia á dónde huir de mí mismo. S i p r o c u r a b a a p a r t a r de mí la vista, prosiguiendo Ponticiano su relación, volvíais á ponerm e enfrente d e m í , y hacíais q u e m e viese y m e mirase á mí mismo, para q u e c l a r a m e n te conociese mi maldad y la aborreciese. Bien la conocía yo ; pero disimulaba : pasaba por e l l a , y la olvidaba. 17. Sin e m b a r g o en aquella ocasion, cuanto mas me encendía en amor de a q u e llos d e quienes oia t a n santos y saludables ejemplos, p o r q u e e n t e r a m e n t e se habían entregado á Vos p a r a q u e los sanárais, tanto mas m e abominaba y aborrecía á m í mismo, comparándome con ellos. P o r q u e y a habían pasado muchos años (creo q u e e r a n doce) desde q u e á los diez y n u e v e d e m i e d a d , habiendo leído el Ilortensio de C i c e r ó n , m e sentí excitado al a m o r y deseo d e la v e r d a dera s a b i d u r í a ; pero desde entonces h a b i a ido dilatando el d e d i c a r m e á investigarla, mediante el desprecio d e toda felicidad t e r r e n a ; siendo así q u e a q u e l l a sabiduría es tan g r a n d e , q u e n o solamente s u adquisición, sino también su inquisición se debe antepo-

-

112

-

ner á la posesion de los tesoros y reinos del m u n d o , y á toda especie de deleites que voluntaria y a b u n d a n t e m e n t e p u e d a gozar el cuerpo. Mas yo infeliz j o v e n , y en s u m o grado infeliz, desde el principio mismo de mi juventud os habia pedido castidad, diciendo: Dadme, Señor, castidad y continencia, pero no ahora. P o r q u e yo temia q u e despacháseis luego al punto mi petición, y luego al punto m e sanáseis de la enfermedad de mi concupiscencia ; la cual mas q u e r í a verla saciada que e x t i n g u i d a . Y además d e e s o , habia yo seguido las torcidas sendas de u n a r e l i gión y doctrina supersticiosa y sacrilega ; no de suerte q u e asintiese á ella con c e r t i d u m b r e , sino prefiriéndola á las demás doctrinas ciertas, las cuales en vez de investigarlas con piedad, las i m p u g n a b a con ojeriza y encono. 18. T a m b i é n antes m e habia parecido, q u e el motivo q u e me hacia diferir de dia en día el seguiros á Vos ú n i c a m e n t e , d e s p r e ciando la esperanza del siglo, era p o r q u e no se me descubría a l g u n a cosa cierta hácia donde pudiese yo enderezar los pasos d e mi v i da. Pero al fin llegó el dia en q u e mi c o r a -

zon se m e manifestase desnudo y sin rebozo, y mi conciencia m e reprendiese, diciendo : ¿ Qué respondes ahora? Tú decias, que por no tener certeza de la verdad, rehusabas arrojar de tí la pesada carga de la vanidad. Ya al presente conoces la verdad, y todavía la vanidad te oprime: cuando otros que ni se han consumido como tú inquiriendo la verdad, ni han gastado diez años y mas en reflexiones y disgustos para hallarla; en lugar de sentir peso en sus hombros, han cobrado alas con que volar en su seguimiento. D e este modo me c o n s u m í a interiormente, y se cubría mi alma de u n a vehemente y horrible confusíon y v e r güenza, mientras q u e Ponticiano referia a q u e llas cosas. Pero acabada la plática, y concluido el negocio á q u e v e n i a , se volvió á m a r c h a r . Y yo vuelto á mí entonces, ¿ q u é cosas no dije contra m í ? ¿ C o n q u é aspereza d e sentenciosas p a l a b r a s no c a s t i g u é y estimulé á mi a l m a , para q u e ella a y u d a s e los esfuerzos que yo hacia para i r m e tras de Yos? Ella lo r e h u s a b a y resistía, pero no se excusaba. T o dos los a r g u m e n t o s y pretextos q u e hasta entonces habia alegado, estaban ya confuta-

- 114 dos y deshechos; y le habia quedado solam e n t e un temor m u d o q u e no explicaba, y consistía en q u e lemia, como el m o r i r , el apartarse d e la corriente d e su costumbre, q u e la c o n s u m i a y llevaba á la perdición eterna. C A P Í T U L O VIII. Como Agustín se retiró aun huerto de su casa, y lo que en él le sucedió. 19. Entonces en medio de aquella g r a n contienda q u e en lo mas íntimo d e mi c o r a zon habia yo excitado y sostenido f u e r t e m e n t e con mi a l m a , lleno d e turbación así en el ánimo como en el rostro, m e volví hácia Alipio a t r o p e l l a d a m e n t e , y exclamé diciendo: ¿ Qué es esto que pasa por nosotros? ¿qué es lo que nos sucede?¿qué es esto que has oido? Levántame de la tierra los indoctos, y se apoderan del cielo; ¿y nosotros con todas nuestras doctrinas sin juicio ni cordura, nos estamos revolcando en el cieno de la carne y sangre? ¿Por ventura nos da vergüenza el seguirlos, porque ellos van delante de nosotros? ¿y no tendremos vergüenza siquiera de no seguirlos?

- 115 Dije no sé q u é otras cosas á este modo, y a r r e b a t a d o del ímpetu de mi interior congoja m e a p a r t é de Alipio, q u e sin h a b l a r m e p a labra atónito y espantado m e m i r a b a , ya p o r q u e no hablaba yo las cosas q u e solia, ya porque echaba él de ver q u e con mi semblant e , con las mejillas, con los ojos, con el col o r , con el tono de la voz explicaba yo mas bien el estado de mí alma q u e con las p a l a bras y sentencias que decia. Había un p e q u e ñ o huerto en la posada dond e estábamos, del cual como también d e toda la casa usábamos libremente, p o r q u e n u e s tro huésped y dueño no habitaba en ella. A este huerto m e condujo el desasosiego d e mi corazon, para q u e nadie impidiese la e n c e n dida g u e r r a q u e contra mí mismo h a b i a yo comenzado, hasta q u e se acabase del modo q u e solo Vos s a b í a i s ; pues yo mismo lo i g n o r a b a , y no hacia mas q u e enloquecerme con u n a locura q u e m e era s a l u d a b l e , y padecer las ansias de una m u e r t e q u e me daba la v i d a , conociendo solamente lo q u e en m í habia de malo, é ignorando lo q u e de allí á poco habia de tener d e bueno. R e t i r é m e , pues, al huerto, siguiéndome

-

116

-

Alipio sin apartarse de mí un paso, p o r q u e a u n q u e él estuviese conmigo, no m e estorbaba para estar solo. ¿ I cómo habia d e dej a r m e , viéndome en aquel estado? Sentémonos lo mas léjos que pudimos de la casa, y allí b r a m a b a yo enfurecido é irritado contra mí mismo, reprendiéndome con un enojo ¡nquietísimo el q u e retardase el ir á a b r a z a r m e con Vos, Dios mío, cumpliendo vuestra v o luntad y l e y , como todos mis sentidos interiores y exteriores, todas mis facultades y potencias m e persuadían y clamaban q u e d e bía e j e c u t a r l o , elevando basta el cíelo con los mayores elogios esta noble e m p r e s a ; siendo así q u e el ir á Vos no habia de ser con n a ves ni carrozas, ni siquiera habia q u e a n d a r tan pocos pasos como los q u e habíamos dado desde la casa hasta el p a r a j e en q u e estábamos. P o r q u e no solo para ir caminando h á cia Y o s , sino también para llegar á Vos, bastaba solamente el querer i r , siendo un querer perfecto y eficaz, y no una voluntad m u dable y achacosa, que de u n a parte á otra a n d a variando agitada y sin firmeza, cuya parte inferior y superior están desavenidas y luchando u n a con otra.

- 117 20. F i n a l m e n t e , entre las ansias que p a decí en aquel tiempo q u e tardé en resolverme, ejecuté con los miembros de mi cuerpo m u chas y varias acciones, q u e a l g u n a s veces quieren los hombres ejecutarlas y no pueden, ó p o r q u e les faltan aquellos m i e m b r o s , ó p o r q u e los tienen aprisionados, ó sin b a s t a n tes fuerzas por alguna e n f e r m e d a d , ó por tenerlos de cualquier modo impedidos. D e modo, q u e si en aquel lance m e a r r a n q u é 1 los cabellos, si m e herí la f r e n t e , si con las m a nos cruzadas m e apreté las rodillas, fueron acciones que las hice por q u e r e r yo hacerlas; y pudo h a b e r sucedido q u e quisiese e j e c u t a r l a s , y no las ejecutase, porque los brazos y manos con q u e las habia de ejecutar no m e obedeciesen. Hice, p u e s , entonces m u c h í s i mas acciones, no obstante q u e no era lo mismo el q u e r e r , que el poder h a c e r l a s ; y no hacia lo q u e m e a g r a d a b a mucho mas q u e lodo aquello sin comparación a l g u n a ; siendo así q u e luego q u e hubiera querido, h u b i e r a podido también ejecutarlo, porque era i m p o sible que no quisiese lo q u e efectivamente q u e r í a : y respecto de los actos de la v o l u n tad lo mismo es el querer q u e el p o d e r , pues 9

T. n , — I X ,

-

118

-

a u n el mismo acto d e q u e r e r ya es hacer y e j e c u t a r ; con todo eso n o se hacia en aquella ocasión lo mismo q u e queria mi voluntad. De modo q u e mas fácilmente obedecía el cuerpo á la mas leve insinuación d e l alma, moviéndose todo él luego a l punto á su m a n dato, sin resistencia n i dilación a l g u n a , q u e ella propia se obedecía á sí m i s m a en c u m plir aquella g r a n d e é importante voluntad, q u e solamente con su voluntad misma había de cumplirse y perfeccionarse. NOTA.

«

E s m e n e s t e r i n f e r i r d e e s t e p a s a j e , q u e la t u r -

bación y aflicción e n q u e se b a i l a b a s u a l m a en a q u e l l a l u c b a q u e t u v o consigo m i s m o en el h u e r t o , le obligaba á h a c e r t o d a s e s t a s a c c i o n e s q u e a q u í dice, y otras semejantes.

CAPÍTULO IX. En qué consiste que mandando el alma en sí mismano

se hace algunas veces lo que manda.

2 1 . ¿ D e dónde n a c e este monstruoso deso r d e n ? ¿ ó q u é causa y razón p u e d e haber

- 119 para esto? Resplandezca sobre m í , S e ñ o r , vuestra misericordia, comunicándome a l g ú n rayo d e luz con q u e se disminuyan las tinieblas oscurísimas d e la i g n o r a n c i a , q u e es u n a de las penas y miserias d e los hijos de A d á n : á ver si pueden responderme á lo q u e h e preguntado. ¿ D e d ó n d e nace este monstruoso desorden? y ¿cuál es la causa ó principio d e q u e suceda u n a cosa tan e x t r a ñ a ? M a n d a el a l m a al cuerpo, y a! instante es obedecida; m á n d a s e el alma á sí m i s m a , y halla resistencia. M a n da el alma q u e la m a n o se m u e v a , y con tanta facilidad es o b e d e c i d a , que apenas se puede notar la diferencia q u e hay entre el m a n d a miento d e la u n a y la ejecución d e la o t r a ; siendo así que el alma q u e m a n d a es espíritu , y la m a n o q u e obedece es cuerpo. M a n d a el alma á sí m i s m a q u e quiera a l g u n a cosa, y n o obstante q u e no h a y distinción entre quien lo m a n d a y quien lo h a d e ejecutar y obedecer, n o se hace ni ejecuta lo q u e ella manda. Pues ¿ d e q u é proviene este desorden monstruoso? ó ¿cómo sucede esto? M a n d a el a l m a , 9*

repilo, q u e ella misma quiera eslo ó a q u e llo, y no lo m a n d a r í a si no lo quisiera : con todo eso no se hace lo q u e m a n d a . P e r o el caso es q u e eso mismo q u e ella q u i e r e , no acaba de quererlo entera y perfectamente, con q u é tampoco entera y perfectamente lo m a n da. P o r q u e en tanto lo m a n d a , en cuanto lo q u i e r e , y en tanto deja de hacerse lo q u e m a n d a en cuanto ella no lo q u i e r e . La v o l u n tad es la q u e m a n d a q u e haya voluntad de aquello q u e m a n d a ; y no q u e h a y a otra v o luntad que sea distinta d e ella, sino ella m i s m a . Con q u é se conoce c l a r a m e n t e , q u e la voluntad q u e m a n d a a s í , no es completa ni c a b a l : por eso no se hace lo q u e m a n d a . Porque si f u e r a la voluntad entera y perfecta, no tendría q u e m a n d a r q u e r e r , p o r q u e esta voluntad actual ó este q u e r e r ya estaría hecho, ya le h a b r í a . Con q u é no es monstruosidad q u e r e r en parte y en p a r l e no q u e r e r ; sino q u e esta es • flaqueza y debilidad del a l m a , q u e por estar sobrecargada de su costumbre a n t i g u a no acaba d e levantarse hacia donde la g u i a \ eleva la v e r d a d ; así tiene como dos volunla-

- m d e s , p o r q u e n i n g u n a d e ellas es tota! y perfecta ; de modo q u e el ser q u e tiene la u n a , es precisamente el ser q u e falla á la otra. CAPÍTULO X. Contra los Maniqueos, que por experimentar en un sujeto á un tiempo mismo dos voluntades opuestas, inferían que había en el hombre dos naturalezas contrarias. 22. Perezcan , Dios mió, á vuestra p r e sencia, como inventores de f á b u l a s , y e n g a ñadores de las a l m a s , los q u e viendo en sí dos voluntades opuestas en sus determinaciones, afirman q u e hay dos naturalezas de a l m a s , la u n a buena y la otra m a l a . Ellos sí q u e son los malos, c u a n d o afirman y e s t a blecen tan malas doctrinas; pero ellos m i s mos serian b u e n o s , si dieran asenso á la doctrina verdadera y la creyesen, para q u e e n tonces les dijera vuestro Apóstol: Por algún tiempo habéis sido tinieblas, pero ya al presente sois luz en el Señor. Mas estos hombres por la locura de q u e r e r ser luz en sí mismos y no en el Señor, é i m a g i n a r y juzgar que la sustan-



122

-

cia y el ser del a l m a es el mismo q u e el de Dios, h a n venido á convertirse en tinieblas mucho mas oscuras y espesas; p o r q u e su a r rogancia y presunción los apartó mucho mas de Vos, Dios mió, que sois la verdadera luz que ilumina á todo hombre que viene á este mundo. A t e n d e d , hombres, reflexionad bien lo q u e decís, y avergonzaos de semejantes delirios; no dilatéis el acercaros al Señor, y os alumbrará su luz, y así os libraréis del rubor y confusión eterna q u e os amenaza. C u a n d o yo t r a t a b a de resolverme á servir á mi Dios y S e ñ o r , como m u c h o tiempo h a bía pensado, yo era el q u e q u e r í a , y yo era el q u e no q u e r í a : yo mismo, yo mismo e r a ; pero ni del todo q u e r í a , ni del todo no quer í a ; así peleaba contra m í mismo, y á mí mismo m e deshacía y destruía. Bien cierto es, q u e esta disposición y destrucción se hacia contra mi v o l u n t a d ; pero esto no p r u e b a q u e habia en mí otra naturaleza d e alma enemig a , sino q u e muestra c l a r a m e n t e , que aquella división e r a pena v castigo q u e mi alma padecía. Así no era yo el q u e causaba a q u e lla destrucción y pena m í a , sino el pecado que

-

123

-

habitaba en mí, para castigo de otro pecado cometido mas l i b r e m e n t e , del q u e yo p a r ticipaba por ser hijo de Adán. 23. P o r q u e si-hubiera en nosotros tantas naturalezas contrarias, como hay voluntades opuestas, ya no serian precisamente dos las naturalezas, sino m u c h a s mas. S u p o n g a m o s q u e estuviese uno d u d a n d o si asistiría á u n a j u n t a q u e tenían los M a n i q u e o s , ó si iría al t e a t r o ; en cuyo lance clamarían ellos dicien d o ; Yed ahí claramente dos naturalezas cont r a r i a s : la u n a b u e n a , q u e lleva al h o m b r e á lo b u e n o ; y la otra m a l a , q u e le lleva á lo m a l o . P o r q u e sino, ¿de dónde puede n a c e r esta detención del h o m b r e p a r a escoger entre estas dos voluntades contrarias? Pero yo respondo q u e son malas e n t r a m b a s voluntades, ya sea la q u e g u i a r a á s u s j u n t a s y conciliábulos, ya sea la q u e llevara al teatro ; a u n q u e ellos están persuadidos á q u e no p u e d e d e j a r de ser buena la voluntad q u e nos lleva y g u i a hacia ellos. Mas ¿ q u é dirán si ponemos el ejemplo en un católico q u e estuviese perplejo, p o r q u e sentia en sí dos voluntades q u e altercaban una con o t r a , haciéndole d u d a r si iria al tea-

- 124 tro, ó si iria á nuestra iglesia? ¿No se hallarían también ellos perplejos, d u d a n d o lo que habían de responder? P o r q u e ó habían de verse precisados á confesar lo que ellos no q u i e r e n , esto es, q u e es b u e n a la voluntad de ir á nuestra iglesia, como van los q u e jftwesan n u e s t r a Religión y han recibido sus Sacramentos ; ó q u e en un solo h o m b r e hay dos n a t u ralezas m a l a s , y dos malas voluntades q u e pelean entre s í : por tanto no será verdad lo q u e c o n t i n u a m e n t e están ellos diciendo, esto es, q u e no h a y mas q u e dos n a t u r a l e z a s , la u n a buena y la otra m a l a ; ó tendrán q u e rendirse á la fuerza del a r g u m e n t o , confesando q u e c u a n d o el h o m b r e se halla en ese estado d e d u d a s , una sola alma es la que se ve combatida de dos voluntades contrarias. 2 4 . P u e s n o tienen ya que decirnos, cuando e x p e r i m e n t a n en un mismo h o m b r e dos voluntades opuestas u n a á o t r a , q u e hay en él dos a l m a s contrarias entre sí, la u n a buena y la otra mala ; y q u e como dimanadas aquellas d e dos sustancias y principios contrarios, están luchando u n a con otra. Porque Vos, Dios m í o , q u e sois la s u m a verdad, los reprobáis, r e d a r g ü í s y convencéis con el ejem-

pío de dos voluntades opuestas, q u e u n a y otra sean m a l a s , como c u a n d o uno está d u dando si dará la m u e r t e á otro con un veneno ó con un p u ñ a l ; si entrará á destruir esta heredad ajena ó la otra de mas allá, s u poniendo q u e no p u e d e destruir e n t r a m b a s ; si gastará el dinero en l u j u r i a ó si le g u a r dará con a v a r i c i a ; si irá al circo ó si irá al teatro, cuando entrambas fiestas se dan en un mismo dia al pueblo. Añado q u e se le p r o ponga á su voluntad otro tercer objeto, q u e le haga d u d a r si irá á la casa ajena á cometer un hurto, teniendo ocasion oportuna para ello : a ñ á d a s e también otra cuarta voluntad q u e puede tener el h o m b r e d u d a n d o si irá á cometer un adulterio, suponiendo q u e tiene proporcion p a r a todas estas cosas, que c o n curran todas al mismo tiempo, v q u e él las desee todas i g u a l m e n t e ; sin q u e todas á un tiempo p u e d a n ejecutarse. V é aquí cuatro voluntades incompatibles entre sí y contrarias unas d e otras, q u e dividen ó despedazan el alma en otras tantas p a r t e s , ó también en muchas m a s , según el n ú m e r o y multitud de cosas q u e se apetezcan al mismo t i e m p o ; y con todo eso no suelen admitir ellos en un

mismo h o m b r e lan g r a n d e multitud de s u s tancias diversas ó naturalezas distintas. E s preciso confesar lo mismo, poniendo el ejemplo en varias voluntades de objetos buenos. P o r q u e si yo les p r e g u n t o , si es bueno divertirse un h o m b r e en leer el Apóstol; si será bueno entretenerse en cantar con devoción a l g ú n s a l m o ; y finalmente, si será b u e no también conferenciar y tratar de las v e r dades del E v a n g e l i o ; m e r e s p o n d e r á n , q u e es bueno emplearse en cualquiera de estas cosas. P u e s si todas estas cosas se p r o p u s i e sen á un tiempo, é i g u a l m e n t e se aficionase la voluntad á todas ellas; ¿ n o es cierto q u e son otras tantas voluntades, q u e tendrán como partido el corazon del h o m b r e todo aquel tiempo q u e tardare en d e t e r m i n a r lo q u e h a de escoger y s e g u i r ? Con q u é todas estas voluntades son b u e n a s ; y no obstante pelean entre sí, hasta q u e el h o m b r e escoja u n a cosa sola, á la cual se determine toda la v o l u n tad , hecha ya u n a , la q u e antes estaba dividida en muchas. Lo mismo s u c e d e , cuando por una parte el deseo de los bienes eternos eleva nuestro corazon hacia el cielo, y por otra el deleite

- 127 de los bienes temporales le abate hácia la tierr a ; p o r q u e entonces el a l m a q u e q u i e r e lo uno y lo otro es una m i s m a , pero ni lo uno ni lo otro lo quiere con toda su v o l u n t a d : por eso se siente despedazar c r u e l m e n t e , ya por la verdad q u e la incita á q u e anteponga aquello primero, ya por la costumbre q u e le i m pide q u e d e p o n g a lo s e g u n d o . CAPÍTULO XI. Lucha que experimentaba Agustín entre el cuerpo y el espíritu. 25. De este modo m e veia enfermo y atormentado, reprendiéndome á mí mismo con m u c h a m a y o r aspereza q u e la acostumbrada y dando vueltas y mas vueltas en los mismos lazos q u e m e o p r i m í a n , hasta q u e se acabase d e r o m p e r todo aquello por donde estaba aprisionado, q u e era ya m u y poco, pero no obstante m e tenia aun preso. Y Y o s , Señor, usando conmigo de u n a severidad llena de misericordia, allá en lo interior de mi alma m e estimulábais para q u e m e diese p r i s a , redoblándome los azotes q u e padecía del temor

mismo h o m b r e tan g r a n d e multitud de s u s tancias diversas ó naturalezas distintas. E s preciso confesar lo mismo, poniendo el ejemplo en varias voluntades de objetos buenos. P o r q u e si yo les p r e g u n t o , si es bueno divertirse un h o m b r e en leer el Apóstol; si será bueno entretenerse en cantar con devoción a l g ú n s a l m o ; y finalmente, si será b u e no también conferenciar y tratar de las v e r dades del E v a n g e l i o ; m e r e s p o n d e r á n , q u e es bueno emplearse en cualquiera de estas cosas. P u e s si todas estas cosas se p r o p u s i e sen á un tiempo, é i g u a l m e n t e se aficionase la voluntad á todas ellas; ¿ n o es cierto q u e son otras tantas voluntades, q u e tendrán como partido el corazon del h o m b r e todo aquel tiempo q u e tardare en d e t e r m i n a r lo q u e h a de escoger y s e g u i r ? Con q u é todas estas voluntades son b u e n a s ; y no obstante pelean entre sí, hasta q u e el h o m b r e escoja u n a cosa sola, á la cual se determine toda la v o l u n tad , hecha ya u n a , la q u e antes estaba dividida en muchas. Lo mismo s u c e d e , cuando por una parte el deseo de los bienes eternos eleva nuestro corazon hacia el cielo, y por otra el deleite

- 127 de los bienes temporales le abate hacia la tierr a ; p o r q u e entonces el a l m a q u e q u i e r e lo uno y lo otro es una m i s m a , pero ni lo uno ni lo otro lo quiere con toda su v o l u n t a d : por eso se siente despedazar c r u e l m e n t e , ya por la verdad q u e la incita á q u e anteponga aquello primero, ya por la costumbre q u e le i m pide q u e d e p o n g a lo s e g u n d o . CAPÍTULO XI. Lucha que experimentaba Agustín entre el cuerpo y el espíritu. 25. De este modo m e veia enfermo y atormentado, reprendiéndome á mí mismo con m u c h a m a y o r aspereza q u e la acostumbrada y dando vueltas y mas vueltas en los mismos lazos q u e m e o p r i m í a n , hasta q u e se acabase d e r o m p e r todo aquello por donde estaba aprisionado, q u e era ya m u y poco, pero no obstante m e tenia aun preso. Y Y o s , Señor, usando conmigo de u n a severidad llena de misericordia, allá en lo interior de mi alma m e estímulábais para q u e m e diese p r i s a , redoblándome los azotes q u e padecía del temor

y la v e r g ü e n z a , p a r a q u e no cesase en procurar r o m p e r aquello poco y t e n u e q u e restaba de mis prisiones; no sea q u e volviese á rehacerse y fortificarse, y m e atase entonces mas fuerte y a p r e t a d a m e n t e . Yo d e c i a e n mi i n t e r i o r : Ea, hágase al instante : ahora mismo se han de romper estos lazos; y además d e decir esto, deseaba ya y me a g r a d a b a ejecutarlo. Ya cási lo h a c i a , y realmente lo d e j a b a de h a c e r ; pero no v o l vía á caer y e n r e d a r m e en los antiguos lazos, sino q u e eslaba parado junto á ellos, como tomando aliento para acabar de romperlos. Yolvia á p r o c u r a r con mas esfuerzo llegar á aquel estado q u e d e s e a b a , y cási estaba ya en él, cási ya le locaba, cási ya le t e n i a ; pero real y v e r d a d e r a m e n t e ni estaba en é l , ni le llegaba á t o c a r , ni le t e n i a , por no acabar de resolverme á morir para todo lo q u e es m u e r te, y solo vivir á la verdadera v i d a : porque tenia m a y o r poder sobre mí lo malo acostumbrado, q u e lo bueno desusado. F i n a l m e n t e , cuanto mas se iba acercando aquel instante de tiempo en q u e habia de ser ya m u y otro, tanto m e causaba mayor miedo y espanto; pero no me hacia retroceder ni a p a r t a r m e del

- 129 intento, sino s u s p e n d e r m e y detener el paso. 26. Las cosas mas frivolas y de menor importancia, que solamente son vanidad de v a n i d a d e s , esto es, mis amistades a n t i g u a s , esas eran las que m e d e t e n í a n , y como tiránd o m e de la ropa parece m e decian en voz b a j a : Pues qué, ¿nos dejas y nos abandonas? ¿Desde este mismo instante no hemos de estar contigo jamás? ¿ Desde este punto nunca te será permitido esto ni aquello? VQÍ o ¡ q u é cosas eran las que m e s u g e r í a n , y yo explico solamente con las palabras esto ni aquello! ¡ q u é cosas me s u g e r í a n , Dios mío! A p a r t a d , S e ñ o r , por vuestra misericordia del alma d e este v u e s tro siervo y d e mi m e m o r i a a u n la idea de las suciedades é indecencias q u e m e s u g e r i a n . Pero ya las oía tan e s c a s a m e n t e , q u e era m u c h o menos de la m i t a d respecto de a n t e s ; ni m e contradecían como antes cara á cara, sino como m u r m u r a n d o á espaldas m í a s , sig u i e n d o mis pisadas, y como llamándome y tirándome por detrás para q u e volviese á m i rarlas. No obstante entretenían y r e t a r d a b a n mi f u g a , por no tener yo valor para s e p a r a r m e de ellas con aspereza, y s a c u d i r m e de s u s importunaciones, sallando y atrepellando por

- 130 todo para seguir mi vocación; p o r q u e la violencia d e mi c o s t u m b r e n o cesaba de decirme : ¿Imaginas que has de poder vivir sin estas cosas? 27. Pero esto m e lo decia ya con g r a n tibieza ; porque por a q u e l l a misma parte hácia donde tenia puesta mi atención y á donde m e daba miedo el p a s a r , s e m e descubría la excelente virtud de la continencia q u e se m e representaba con un r o s t r o sereno, m a j e s t u o so y a l e g r e , con c u y a g r a v e d a d y c o m p o s tura honestamente m e h a l a g a b a para que llegase á donde ella e s t a b a , y desechase e n t e r a m e n t e todas las d u d a s q u e me d e t e n í a n : además de esto e x t e n d í a s u s piadosos brazos para a b r a z a r m e y r e c i b i r m e en su seno lleno de g r a n m u l t i t u d d e continentes, con cuyo ejemplo m e a l e n t a b a . Allí habia i n n u m e rables personas de d i f e r e n t e s e d a d e s : allí u c a multitud de mozos y d o n c e l l a s : allí otros m u chísimos de m a y o r e d a d , venerables viudas y v í r g e n e s ya a n c i a n a s ; pero en todas estas innumerables personas n o era la continencia y castidad estéril, a n t e s bien era fecunda y a b u n d a n t e d e a l e g r í a s y gozos espirituales, nacidos de teneros á Y o s por esposo. Y la con-

tinencia, como burlándose de mí con u n a risa graciosa q u e convidaba á s e g u i r l a , parece q u e m e d e c i a : Pues qué, ¿no has de poder tú lo que han podido y pueden todos estos y estas? ¿Por ventura lo que estos y estas pueden, lo pueden por sus propias fuerzas ó por las que la gracia de su Dios y Señor les ha comunicado? Su Dios y Señor les dio la continencia: pues yo soy dádiva suya. ¿Para qué te estribas en tus propias fuerzas, si esas no te pueden sostener ni darte firmeza alguna? arrójate con confianza en los brazos del Señor, y no temas; que no se apartará para dejarte caer. Arrójale seguro y confiado, que él te recibirá en sus brazos y te sanará de todos tus males. Yo m e corría y avergonzaba mucho, porq u e todavía estaba oyendo el m u r m u l l o de aquellas fruslerías, q u e m e tenían suspenso y sin acabar de resolverme. E n t o n c e s otra vez la continencia parece q u e m e d e c i a : Hazle sordo á las voces i n m u n d a s de tu concupiscenc i a , q u e así ella q u e d a r á e n t e r a m e n t e amort i g u a d a . E l l a te promete deleites, pero no pueden compararse con los que hallarás en la ley de tu Dios y Señor. T o d a esta contienda pasó dentro de mi co-

- 132 razón, batallando interiormente yo mismo contra mí mismo. E n tanto Alipío, que no se apartaba de mi lado, a g u a r d a b a silenciosamente á ver en q u é venian á p a r a r los desusados moví mientos y extremos q u e yo hacía. CAPÍTULO XII. Como se convirtió de todo punto, de una voz del cielo.

amonestado

28. L u e g o q u e por medio de estas p r o fundas reflexiones se conmovió hasta lo mas oculto y escondido q u e habia en el fondo de mi corazon, y j u n t a y condensada toda mi miseria, se elevó cual densa n u b e , y se presentó á los ojos de mi a l m a ; se formó en mi interior u n a tempestad m u y g r a n d e , q u e v e ' nia cargada de una copiosa lluvia de lágrimas. Para poder libremente d e r r a m a r l a toda, y desahogarme en los sollozos y gemidos que le correspondían, m e levanté d e donde e s t a ba con Alipio, conociendo q u e para llorar me era la soledad mas á propósito; y así m e aparté de él cuanto era necesario, p a r a q u e ni aun su presencia m e estorbase. T a n g r a n d e era

el deseo q u e tenia d e llorar entonces: bien lo conoció Alipio, pues no sé q u é dije al t i e m po d e levantarme de su lado, q u e en el sonido d e la voz se descubría q u e estaba cargado d e l á g r i m a s y como reventando por l l o r a r ; lo q u e á él le causó extraordinaria admiración y espanto, y le obligó á q u e d a r s e solo en el mismo sitio en q u e habíamos estado sentados. Yo f u i , y m e eché debajo de u n a higuera,; no sé cómo ni en q u é postura m e p u s e ; mas soltando las riendas á mi llanto, brotaron de mis ojos dos rios d e l á g r i m a s , q u e Vos, S e ñor , recibisteis como sacrificio q u e es d e vuestro a g r a d o . T a m b i é n h a b l a n d o con Vos d e cía m u c h a s cosas e n t o n c e s , no sé con q u é p a l a b r a s , q u e si bien eran diferentes de e s t a s , el sentido y concepto era lo mismo q u e si d i j e r a : Y Vos, Señor, ¿hasta cuándo? ¿hasta cuándo habéis de mostraros enojado? No os acordéis ya jamás de mis maldades antiguas. P o r q u e conociendo yo q u e mis pecados eran los q u e m e lenian preso, decia á gritos con lastimosas voces: ¿Hasta cuándo, hasta cuándo ha de durar el que yo diga, m a ñ a n a , y mañ a n a ? ¿Pues por qué no ha de ser desde luego y en este dia? ¿por qué no ha de ser en esta 10

T.

II.—ix.

misma hora el poner fin á todas mis maldades? 2 9 . E s t a b a yo diciendo esto y llorando con a m a r g u í s i m a contrición de mi corazon, cuando hé a q u í q u e d e la casa inmediata 1 oigo u n a voz como d e un niño ó n i ñ a , q u e cantaba y repetía m u c h a s v e c e s : Toma y lee, toma y lee. Yo m u d a n d o de s e m b l a n t e , m e puse luego al p u n t o á considerar con p a r t i cularísimo c u i d a d o , si por v e n t u r a los m u chachos solian cantar aquello ó cosa semejante en a l g u n o de sus j u e g o s ; y de n i n g ú n modo se m e ofreció q u e lo hubiese oido j a más. Así reprimiendo el ímpetu de mis l á grimas m e levanté de aquel sitio, no pudiendo interpretar de otro modo aquella v o z , sino como u n a orden del cielo, en q u e de p a r t e de Dios se m e m a n d a b a q u e abriese el libro de las Epístolas d e san Pablo, y leyese el p r i m e r capítulo q u e casualmente se m e presentase. P o r q u e h a b í a oido contar del santo abad Antonio, q u e entrando por casualidad en la iglesia al tiempo q u e se leian aquellas palabras del E v a n g e l i o : Vete, vende todo lo que tienes y dalo á los pobres, y tendrás un tesoro en el cielo; y despues ven y sigúeme; él las habia entendido como si h a b l a r a n con él deter-

- 135 m i n a d a m e n t e , y obedeciendo á aquel o r á c u lo, se habia convertido á Vos sin detención a l g u n a . Yo, p u e s , á toda prisa volví al l u g a r donde estaba sentado Alipio, p o r q u e allí h a bia d e j a d o el libro del Apóstol, c u a n d o m e levanté de aquel sitio. A g a r r é el libro, le abrí, y leí para mí aquel capítulo q u e primero se presentó á mis o j o s , y eran estas p a l a b r a s : No en banquetes ni embriagueces, no en vicios y deshonestidades, no en contiendas y emulaciones ; sino revestios de Nuestro Señor Jesucristo, y no empleeis vuestro cuidado en satisfacer los apetitos del cuerpo. No q uise leer mas a d e l a n t e , ni tampoco era menester; p o r q u e luego q u e acabé de leer esta s e n t e n c i a , como si se m e h u b i e r a infundido en el corazon un rayo de luz clarísima, se disiparon e n t e r a m e n t e todas las tinieblas de mis d u d a s 2 . 30. Entonces cerré el libro, dejando m e tido un dedo entre las hojas para notar el p a s a j e , ó no sé si puse a l g ú n otro r e g i s t r o : y con el semblante ya quieto y sereno le signifiqué á Alipio lo q u e m e pasaba. Y él p a r a d a r m e á e n t e n d e r l o q u e también le habia pasado en su interior, p o r q u e vo estaba i g 10*

-

136

-

llorante d e ello, lo hizo d e este m o d o : Pidió q u e le mostrase el pasaje q u e yo habia leido: se lo m o s t r é : y él prosiguió mas adelante de lo q u e y o h a b i a leido : n o sabia y o q u é p a labras eran las q u e s e s e g u í a n ; fueron e s t a s : Recibid con caridad al que todavía está flaco en la fe. L o cual s e lo aplicó á s í , y m e lo m a nifestó. Pero él quedó tan fortalecido con esta especie de aviso y amonestación del cielo, q u e sin turbación ni detención a l g u n a se unió á mi resolución y b u e n propósito, q u e e r a tan conforme á la pureza d e s u s costumbres, en q u e h a b i a m u c h o tiempo q u e m e llevaba él m u y g r a n d e s v e n t a j a s . Desde allí nos entramos al c u a r t o d e m i m a d r e , y contándola el suceso como por m a y o r , se alegró mucho desde l u e g o ; pero refiriéndole por m e n o r todas las circunstancias con q u e habia pasado, e n tonces n o cabía en sí d e gozo, ni sabia q u é hacerse de a l e g r í a ; ni tampoco cesaba de bendeciros y daros g r a c i a s , Dios m í o , q u e podéis darnos mucho mas de lo que os pedimos y de lo que pensamos viendo q u e l e habíais concedido m u c h o mas d é l o q u e ella solia suplicaros para m í p o r medio d e s u s gemidos y afectuosas lágrimas. P u e s d e tal suerte rae

137

-

convertisteis á Vos, q u e ni pensaba ya en t o m a r el estado del matrimonio, ni esperaba cosa a l g u n a d e este siglo, a d e m á s d e estar ya firme en aquella regla d e la f e , e n q u e tantos años antes 3 le habíais revelado q u e yo estaría. Así trocasteis su prolongado llanto en un gozo mucho mayor que el que ella deseaba, y mucho mas puro y amable que el que ella pretendía en los nietos carnales que de mí esperaba. NOTAS. 1

H o y dia s e c o n s e r v a en M i l á n la t r a d i c i ó n d e

q u e el h u e r t o

d o n d e s a n A g u s t í n oyó la voz del

cielo q u e r e f i e r e a q u í , es el m i s m o q u e tiene a h o r a la iglesia de s a n A m b r o s i o , ó p o r lo m e n o s e s t e e s p a r t e d e a q u e l ; y q u e la capilla q u e se l l a m a d e s a n R e m i g i o , está e n el m i s m o sitio e n q u e se b a i l a b a s a n A g u s t í n c u a n d o oyó a q u e l l a voz. 1

Esta maravillosa conversión de san Agustín,

q u e ha sido d e t a n t a u t i l i d a d p a r a la I g l e s i a , s u c e dió hácia los fines d e agosto ó p r i n c i p i o s d e s e t i e m b r e del a ñ o 3 8 6 . P o r q u e el m i s m o S a n t o dice m a s abajo (lib. t x , cap. n ) q u e desde aquel lance hasta las vacaciones (de

las vendimias

q u e s e r i a n p o r el

o c t u b r e ) n o f a l t a b a n m a s q u e v e i n t e d i a s . P o r lo cual no s é q u é c a u s a t e n d r í a el a u t o r del M a r t i r o l o gio r o m a n o p a r a p o n e r la c o n v e r s i ó n d e s a n A g u s tín en el dia 5 d e m a y o .

3

H a c e a q u í a l u s i ó n el S a n t o á la visión q u e t u v o

s u m a d r e s a n t a M é n i c a el a ñ o 3 7 3 ó 3 7 4 , en la cual s e le r e p r e s e n t ó u n a regla en q u e ella y s u h i j o e s t a b a n , c o m o r e f i r i ó el s a n t o Doctor en el lib. III, cap. x i , n ú m . 20.

LIBRO IX. V a s e A g u s t í n con s u m a d r e y los d e m á s c o m p a ñ e r o s á la q u i n t a d e V e r e c u n d o . R e n u n c i a á la c á t e d r a d e r e t ó r i c a , y s e o c u p a en e s c r i b i r l i b r o s . D e s p u e s á s u t i e m p o vuelve á M i l á n , d o n d e con Alipio y A d e o d a t o recibe el B a u t i s m o . Desde allí d i s p o n e volverse á Á f r i c a en c o m p a ñ í a de s u m a d r e y d e los d e m á s . D e s p u e s r e f i e r e la vida d e s u s a n t a m a d r e , y s u m u e r t e a c a e c i d a en el p u e r t o de O s t i a . F i n a l m e n t e c u e n t a piadosa y e l e g a n t e mente su sentimiento y llanto, como amante y b u e n hijo de tal m a d r e .

C A P Í T U L O 1. Reconociendo Agustín su miseria, alaba la suma bondad de Dios. 1. Yo, Señor, puedo decir con David, soy vuestro siervo; yo soy vuestro siervo, é hijo de una sierva vuestra. Ya que habéis hecho pedazos mis prisiones, quiero por tan grande be-

3

H a c e a q u í a l u s i o u el S a n t o á la visión q u e t u v o

s u m a d r e s a n t a M é n i c a el a ñ o 3 7 3 ó 3 7 4 , en la cual s e le r e p r e s e n t ó u n a regla en q u e ella y s u h i j o e s t a b a n , c o m o r e f i r i ó el s a n t o Doctor en el lib. III, cap. x i , n ú m . 20.

LIBRO IX. V a s e A g u s t í n con s u m a d r e y los d e m á s c o m p a ñ e r o s á la q u i n t a d e V e r e c u n d o . R e n u n c i a á la c á t e d r a d e r e t ó r i c a , y s e o c u p a en e s c r i b i r l i b r o s . D e s p u e s á s u t i e m p o vuelve á M i l á n , d o n d e con Alipio y A d e o d a t o recibe el B a u t i s m o . Desde allí d i s p o n e volverse á Á f r i c a en c o m p a ñ í a de s u m a d r e y d e los d e m á s . D e s p u e s r e f i e r e la vida d e s u s a n t a m a d r e , y s u m u e r t e a c a e c i d a en el p u e r t o de O s t i a . F i n a l m e n t e c u e n t a piadosa y e l e g a n t e mente su sentimiento y llanto, como amante y b u e n hijo de tal m a d r e .

C A P Í T U L O 1. Reconociendo Agustín su miseria, alaba la suma bondad de Dios. 1. Yo, Señor, puedo decir con David, soy vuestro siervo; yo soy vuestro siervo, é hijo de una sierva vuestra. Ya que habéis hecho pedazos mis prisiones, quiero por tan grande be-

- 140 neficio tributaros sacrificio de alabanzas. A l á beos mi corazon y mi l e n g u a , y lodos mis sentidos y potencias digan : Señor, ¿quién hay semejante á Vos? y Vos, S e ñ o r , dignaos de r e s p o n d e r m e , decid á mi alma: Yo soy tu salud. ¿ Q u i é n soy yo, y q u é tal he sido? ¿ Q u é Ies ha faltado d e iniquidad á mis obras; c u a n do no á mis o b r a s , á mis p a l a b r a s ; c u a n d o no á mis p a l a b r a s , á los deseos y afectos d e m i voluntad ? Pero V o s , S e ñ o r , conmigo procedisteis como b u e n o y misericordioso: v u e s tra m a n o m e fue tan favorable y poderosa, q u e m e sacó de lo profundo de la m u e r t e en q u e estaba sumergido, y agotó la m a l d a d d e mi c o r a z o n , q u e estaba hecho u n abismo d e corrupción é iniquidad. T o d o esto se r e d u c i a á q u e yo no quisiese ya lo q u e antes q u e r i a , y quisiese lo q u e Vos queríais. Pero d u r a n t e toda a q u e l l a m u l t i t u d d e a ñ o s , ¿ d ó n d e estaba mi libre albedrío ? ¿ d e q u é p r o f u n d o y escondido seno h u b o q u e sacarle repentinamente, R e d e n t o r y favorecedor mió Jesucristo, para q u e l i b r e y voluntariamente sujetase mi cerviz á nuestro suave yugo, y mis hombros á vuestra ligera c a r g a ?

¡Oh cuán dulce y gustoso se m e hizo r e pentinamente el carecer de unos deleites q u e no eran mas q u e simplezas y v a n i d a d e s ! P u e s si antes me daba susto el p e r d e r l a s , despues m e daba gusto el dejarlas. P o r q u e V o s , S e ñ o r , q u e sois la v e r d a d e r a y suma delicia, las echábais f u e r a d e mi a l m a ; y no solamente las echabais f u e r a , sino q u e en su l u g a r entrábaís Vos, q u e sois dulzura soberana y superior á todos los deleites, a u n q u e i m p e r ceptible por los sentidos de la c a r n e y s a n g r e : entrabais V o s , q u e sois mas claro, hermoso y trasparente q u e toda luz, a u n q u e m a s escondido y secrelo q u e todo cuanto hay secreto y escondido: entrábaís V o s , q u e sois mas e x celso, sublime y elevado q u e lodos los h o n o r e s , a u n q u e no para aquellos q u e se tienen por g r a n d e s en sí mismos. Ya mi alma se veia libre de los cuidados que causa la ambición de las d i g n i d a d e s , la codicia de los intereses, el deseo de saciar sus apetitos, y de hallar medios con q u e avivarlos y excitarlos á los deleites sensuales; y solo m e g u s t a b a hablar de Vos, q u e sois mi g l o r i a , mis riquezas, mi s a l u d , m i Dios y mi Señor.

-

142

-

CAPÍTULO II. Dilata Agustín renunciar la cátedra de retórica hasta que llegasen las vacaciones del tiempo de la vendimia. 2. T a m b i é n d e t e r m i n é , habiéndolo considerado delante de V o s , q u e m e convenía dejar la c á t e d r a de retórica q u e r e g e n t a b a , pero no luego al punto y a r r e b a t a d a m e n t e ; sino irme poco á poco retirando d e aquella o c u p a c i o n , en que con el ministerio de mi l e n g u a hacia comercio de la locuacidad; p a r a q u e de allí adelante no comprasen de mi boca las a r m a s de la elocuencia los jóvenes estudiantes; q u e en l u g a r de aprovecharse d e ellas p a r a l a observancia y cumplimiento d e vuestra l e y , y para conservar vuestra paz, habían de e m p l e a r l a s en cavilaciones e n g a ñosas explicando su furor en las contiendas d e los t r i b u n a l e s . Á esta mi determinación favoreció la oportunidad , pues faltaban ya pocos días para las vacaciones d e las v e n d i m i a s : resolví a g u a r dar aquel poco tiempo para retirarme p ú b l i -

- 143 ca y s o l e m n e m e n t e ; y no volver á vender mi enseñanza y doctrina, d e s p u e s q u e m e había rescatado vuestra g r a c i a . Este mi designio e r a solamente manifiesto á Vos y á los amigos y familiares q u e vivian c o n m i g o ; pero respecto de los demás estaba reservado. Todos nosotros h a b í a m o s c o n v e nido en q u e no se divulgase nuestro intento; no obstante q u e Yos, S e ñ o r , á los q u e ya íbamos subiendo desde este valle de lágrimas \ y cantando alegremente el Cántico de los grados q u e cantan los q u e suben hácia Yos, nos habíais a r m a d o y prevenido de las saetas agudas, y encendidas ascuas q u e sirven para r e sistir á las lenguas engañosas d e los falsos amigos , q u e so color de d a r consejo se oponen á nuestros buenos intentos, y con pretexto de a m a r n o s nos d e s t r u y e n , así como acostumbra la lengua hacer con el manjar-, q u e por q u e rerle , le deshace y consume. 3. Las saetas d e vuestro amor y caridad habian traspasado ya mi corazon, y tenia atravesadas vuestras palabras en lo intimo de mi a l m a : a d e m á s de eso, los ejemplos de vuestros fervorosos siervos, q u e vuestra g r a cia habia hecho pasar de las tinieblas á la

- 144 l u z , y de la m u e r t e á la v i d a , reunidos t o dos en el seno de mi m e m o r i a é imaginación, eran como u n a s brasas e n c e n d i d a s , q u e quem a b a n y consumían lodo el material pasado de los afectos t e r r e n o s , para q u e su g r a v e d a d no m e arrastrase á las cosas de este m u n do : ardía ya en mi corazon tan activo fuego, q u e cualquier aire d e contradicción q u e s a liese de semejantes bocas y lenguas e n g a ñ o s a s , mas p u d i e r a servir para avivarle que para extinguirle. Por otra p a r t e , siendo la santidad de vuestro nombre tan conocida y a l a b a d a en todo el m u n d o , es cierto q u e aquel b u e n deseo y determinación q u e habíamos tomado, tendría también m u c h o s q u e lo alabasen y a p l a u d i e sen : así podría parecer especie de jactancia no a g u a r d a r aquel poco tiempo q u e faltaba para las vacaciones ; sino antes de q u e llegasen r e n u n c i a r la cátedra y r e t i r a r m e e n teramente de aquella mi profesíon de retórica, q u e era pública y patente á los ojos de todos. Esto seria llamar la atención de los q u e vieran el hecho de mi renuncia y d i m i sión, dándoles motivo de que hablasen mil cosas, y dijesen q u e d e t e r m i n a d a m e n t e lo

- 145 habia anticipado á las vacaciones q u e estaban tan p r ó x i m a s , para q u e se hablase de m í , y fuese r e p u t a d o por persona de p r o v e cho ,"ó por un g r a n d e h o m b r e . ¿ Y q u é n e cesidad tenia yo de darles motivo de hablar así, de q u e se pensase de mí con variedad, de q u e se disputase sobre mi intención, y se hablase m u c h o y mal de nuestro b i e n ? 4. F u e r a d e q u e también en aquel mism o verano e x p e r i m e n t a b a q u e el pulmón se m e habia comenzado á f a t i g a r y ceder á mi excesiva aplicación y t r a b a j o : con la difícil respiración y dolores del pecho significaba estar algo l a s t i m a d o , por m a n e r a q u e no m e d e j a b a hablar en voz alta ni por mucho tiempo. E s o al principio m e dió a l g ú n cuidado, viéndome casi obligado ya por necesidad á dejar la c a r g a de enseñar la r e t ó r i c a , ó á lo menos á i n t e r r u m p i r por a l g ú n tiempo la ens e ñ a n z a , m i e n t r a s procurase c u r a r m e y convalecer. P e r o bien sabéis, Dios m i ó , que luego q u e en mi corazon nació y se confirmó aquel deseo de dejarlo t o d o , y e n t r e g a r m e únicamente á Y o s , y á m e d i t a r q u e Vos sois mi Dios y mi S e ñ o r , comencé t a m b i é n á ale-

- 146 — g r a r m e , por tener esta escusa verdadera con q u e templar el sentimiento d e los hombres, q u e por el amor de s u s hijos n o q u e r í a n que yo m e viese n u n c a libre d e la obligación y carga d e enseñarlos. L l e n o , pues, de esta alegría iba a g u a n t a n do aquel espacio de tiempo, hasta q u e se acabase d e p a s a r , q u e n o sé si eran veinte dias cabales los que f a l t a b a n ; pero los toleré constantemente : pues a u n q u e ya m e h a b i a d e j a do la codicia, q u e e r a la q u e m e a y u d a b a antes á llevar a q u e l pesado e m p l e o , sucedió la paciencia en su l u g a r á d a r m e fuerzas, para q u e el peso n o m e oprimiese e n t e r a m e n t e llevándole y o solo. P u e d e ser q u e a l g u n o s de vuestros siervos y h e r m a n o s mios d i g a n q u e hice m a l , y p e q u é en a g u a r d a r a q u e l poco tiempo : q u e teniendo ya m i corazon lleno d e deseos y d e terminaciones d e s e g u i r la milicia cristiana, no debia haber permanecido ni estar sentado siquiera por u n a h o r a en la cátedra de la mentira. N o porfío sobre esto. Pero vuestra infinita misericordia, Dios y S e ñ o r m i ó , ¿no m e ha

- 147 perdonado y a también este pecado, j u n t a mente con todos los demás tan horrendos y mortales, en las santas a g u a s del B a u t i s m o ? NOTA. 1

A l u d e el s a n t o D o c t o r ya al s a l m o t x x x m , 7,

d o n d e s e d i c e : Beatus te, ascensiones crymarum:

vir,

cujus

est auxüium

in corde suo disposuit,

abs

in valle

la-

ya t a m b i é n al s a l m o c x i x , q u e e s el

p r i m e r o d e los q u i n c e q u e s e l l a m a n g r a d u a l e s , y son los q u e c o m p o n e n el Cántico

de los grados

que

dice a q u í s a n A g u s t í n , y yo h e t r a d u c i d o p a r a e x plicarlo m a s , el cántico los que suben

hácia

de los grados, Vos;

porque

que

cantan

acostumbrabau

c a n t a r s e s u b i e n d o l a s q u i n c e g r a d a s q u e t e n i a el t e m p l o d e S a l o m o n ; c u y a s u b i d a figuraba l a q u e h a c e n los h o m b r e s d e v i r t u d en v i r t u d p a r a i r s e a c e r c a n d o á D i o s , y en e s t o s e o c u p a b a A g u s t í n y s u s compañeros entonces. T a m b i é n es

verosímil q u e

p o r a q u e l t i e m p o los r e z a s e m u c h a s veces con s u s c o m p a ñ e r o s d e s p u e s d e h a b e r s e c o n v e r t i d o : y esto e s lo q u e da á e n t e n d e r t o d o e s t e p a s a j e , c o m o dice Wangnereck.

-

148

-

CAPÍTULO III. Como Verecundo k cedió á Agustín una casa de campo en que viviese, mientras llegaba el tiempo de recibir el Bautismo. 5. Verecundo, m u y a m i g o n u e s t r o , que estaba casado con u n a cristiana a u n q u e él no era cristiano todavía, sabiendo nuestro buen propósito y la resolución q u e habíamos tom a d o , se consumía d e pena y s e n t i m i e n t o ; p o r q u e veia q u e le e r a forzoso privarse de nuestra compañía por la m u l t i t u d de sus negocios é i m p e d i m e n t o s , de q u e no podía desprenderse y d e s e m b a r a z a r s e ; y especialmente p o r q u e siendo casado, era la m u j e r una corm a que le oprimía y estorbaba m u c h o mas q u e lodo, el poder seguir n u e s t r o camino, y abrazar el género de vida q u e h a b í a m o s comenzado. A d e m á s d e esto, él decia q u e no quería s e r ' cristiano, sino de aquel modo q u e para él no era posible. P e r o nos ofreció con toda benignidad y franqueza u n a casa de campo q u e tenia p a r a q u e la habitásemos todo el tiempo q u e nos h a b í a m o s d e detener en Milán.

- 149 D i g n a o s , S e ñ o r , de pagarle esta b u e n a obra en la resurrección de los j u s t o s , supuesto q u e ya le concedisteis ser contado entre ellos. Pues c u a n d o estábamos ya en R o m a , a u n q u e ausente d e nosotros, se hizo cristiano en u n a enfermedad q u e padeció, y partió de esta vida marcado con el sello de la f e ; en lo c u a l , S e ñ o r , no solamente tuvisteis m i sericordia de é l , sino también d e nosotros, p a r a q u e no fuésemos continua y cruelmente atormentados con la p e n a y dolor intolerable de no poder contar en vuestro r e b a ñ o á un tal a m i g o , q u e tan generosa y e x c e l e n temente se había portado con nosotros. Gracias á Vos, S e ñ o r , q u e somos d e los vuestros, como lo dan á entender las mismas exhortaciones q u e nos hacéis, y los mismos consuelos q u e nos dais. C o m o tan íielen vuestras p r o m e s a s , esperamos q u e por a q u e l l a heredad q u e nos cedió V e r e c u n d o , l l a m a d a Casiciaco, en la q u e descansamos en Vos de las fatigas del siglo, despues de haberle perdonado los pecados q u e cometió en este m u n d o , le daréis la eterna a m e n i d a d de vuestro paraíso q u e n u n c a se m a r c h i t a , por estar co11

T.

II.—IX.

locado en aquel monte p i n g ü e , monte vuestro, m o n t e fértilísimo. 6. A n g u s t i á b a s e , p u e s , con n u e s t r a d e terminación el a m i g o V e r e c u n d o ; pero se alegraba extremadamente Nebridio. Porque si bien este tampoco era cristiano t o d a v í a , y cayera antes en el pernicioso e r r o r d e creer q u e el cuerpo d e vuestro H i j o , q u e es la v e r dad por e s e n c i a , e r a a p a r e n t e y fantástico a , no obstante ya h a b í a salido de é l , bien q u e permanecía sin recibir Sacramento a l g u n o d e los p r e p a r a t o r i o s 3 q u e usa vuestra Iglesia, con todo de ser g r a n d í s i m o y vigilantísimo indagador de la v e r d a d . Poco despues e m pero d e n u e s t r a conversión y regeneración por v u e s t r o santo B a u t i s m o , se hizo también él católico cristiano, y vuelto al África, vivió entre sus parientes observando continencia y castidad perfecta, habiendo hecho cristianos á todos los d e su c a s a , c u a n d o fuisteis servido de sacarle d e esta v i d a , y a h o r a vive en el seno d e A b r a h a n . S e a lo q u e f u e r e lo q u e se entiende y significa por a q u e l s e n o 4 , en él vive mi Nebrid i o , allí vive mi dulce a m i g o , á q u i e n Yos,

- 151 S e ñ o r , p r i m e r a m e n t e sacasteis de la sujeción de e s c l a v o 5 , y despues le hicisteis hijo adoptivo vuestro. P o r q u e ¿ q u é otro l u g a r correspondía á u n a a l m a como la s u y a ? A h o r a , p u e s , vive él en aquel seno, acerca del cual solía él p r e g u n t a r m e m u c h a s cosas, siendo yo un hombrecillo ignorante y sin e x p e r i e n cia de ellas. Ya no aplica sus oidos á mi boca para escuchar mis r e s p u e s t a s ; sino q u e como e t e r n a m e n t e b i e n a v e n t u r a d o , pone la boca de su alma á la fuente inagotable de la vida, q u e sois Y o s , y bebe cuanto q u i e r e y cuanto p u e d e d e vuestra infinita sabiduría. Pero juzg o q u e por mucho que se e m b r i a g u e bebiendo sin cesar de e l l a , no se ha de olvidar de m í ; cuando Y o s , S e ñ o r , q u e sois esa m i s m a f u e n t e de q u e él b e b e , os acordais de m í . A s í , p u e s , nos hallábamos entonces, por u n a parle consolando á V e r e c u n d o , q u e sin faltar á la amistad se entristecía del método de vida q u e abrazábamos por nuestra conversión ; y al mismo tiempo exhortándole á q u e abrazase vuestra fe y os sirviese en aquel g r a d o q u e le correspondía, esto es, en el mismo estado del matrimonio en q u e se h a llaba ; mientras por otra parle a g u a r d á b a m o s 11*

— 152 — q u e nos acompañase N e b r i d i o , q u e facilísim a m e n l e podia ejecutarlo, y estaba y a para hacerlo sin d e m o r a . Con esto s e pasaron f i nalmente aquellos dias q u e se m e hicieron largos y muchos, p o r el deseo q u e tenia de verme d e s o c u p a d o , para cantaros con todas las potencias d e mi alma : Señor, mi corazon os ha dicho que yo he buscado la luz de vuestro rostro: vuestro rostro, Señor, he ele buscar.

r a t o r i o s , q u e es la f r a s e con q u e t a m b i é n s e explica el P . J . M . 4

S a n G r e g o r i o Nazianc.eno e n la o r a c i o n f ú n e -

b r e d e s a n Cesario dice lo m i s m o , y cási c o n l a s m i s m a s p a l a b r a s q u e s a n A g u s t í n : Vos, d i c e , cansáis

en el seno de Abrahan;

aquel lugar a

sea lo que

desfuere

feliz.

E l S a n t o dice d e N e b r i d i o , q u e p o r D i o s f u e

hecho ex liberto

fUius:

en lo cual a l u d e á l a s l e y e s

d e los r o m a n o s , q u e les p e r m i t í a n h a c e r d e s ú s e s c l a v o s , libertos

6 l i b r e s ( q u e n o hay e n c a s t e l l a n o

o t r a voz con q u e poder significarlo de u n a vez): y á estos p o d í a n i m p o n e r l e s s u s m i s m o s n o m b r e s h o n NOTAS.

rosos, contarlos entre su familia, y hacerlos h e r e d e r o s d e s u s b i e u e s en t o d o ó en p a r t e . Como á N e b r i d i o le sacó Dios del e r r o r y s e r v i d u m b r e del d e -

1

N o q u e r í a V e r e c u n d o a b r a z a r el C r i s t i a n i s m o ,

m o n i o q u e le t e n i a c o m o e s c l a v o , f u e esto h a c e r l e ó libre p o r el B a u t i s m o ; f u e hecho

deliberto

sino s i g u i e u d o a q u e l m é t o d o d e v i d a q u e A g u s t í n y

liberto

los s u y o s h a b í a n p r o y e c t a d o , y l i b r e d e la c o m p a ñ í a

hijo a d o p t i v o , p o r q u e por la gracia c o n s i g u i ó

de s u m u j e r ; y c o m o esto no podia ser v i v i e n d o ella,

adopcion d e los hijos d e D i o s , y h e r e d e r o s d e su

p o r eso decia q u e n o q u e r i a ser c r i s t i a n o s i n o d e u n

gloria.

m o d o q u e n o le e r a p o s i b l e . s

Y a se d i j o e n el lib. i x , c a p . x , q u e u n o d e los

e r r o r e s de los M a n i q u e o s era n e g a r q u e Cristo h u b i e s e t o m a d o v e r d a d e r o c u e r p o ; e r r o r q u e ellos t o m a r o n de otros herejes m a s antiguos, y particularm e n t e d e los 3

Docelos.

L l á m a n s e S a c r a m e n t o s p r e p a r a t o r i o s p a r a el

B a u t i s m o , l o s e x o r c i s m o s , l a s s e ñ a l e s d e la cruz que s e h a c í a n s o b r e l o s c a t e c ú m e n o s , la sal misteriosa q u e se les d a b a ; t o d o lo cual p o r s e r cosas s a g r a d a s y misteriosas pueden llamarse Sacramentos prepa-

la

-

154 —

CAPÍTULO IY. De los libros que escribió, despues de retirado con todos los suyos á la dicha heredad de Casiciaco: de las cartas á Nebridio : efectos que experimentaba leyendo los Salmos, y como sanó milagrosamente de un vehementísimo dolor de dientes. 7. Llegó por fin el dia en q u e efectivam e n t e h a b í a de e x o n e r a r m e del empleo de maestro de r e t ó r i c a , como ya lo estaba con la intención y la voluntad. Efectuóse la dimisión de dicho e m p l e o , con lo cual sacásteis á mi l e n g u a d e las prisiones y grillos de q u e ya habíais sacado mi corazon; y yo lleno d e gozo y dándoos muchas gracias por ello, m e retiré á la q u i n t a d e Verecundo con todos los amigos Los libros q u e allí c o m p u s e , ya d e las materias q u e trataba y controvertía con mis comp a ñ e r o s , ya c o n m i g o 3 solo y en presencia v u e s t r a , y las cartas q u e escribí á Nebridio, q u e estaba a u s e n t e , testifican l a c l a s e de estudios en q u e m e ocupaba entonces, pues

todas aquellas obras las escribí y ordené á vuestro servicio, no obstante q u e conservan todavía a l g ú n resabio de la escuela de la vanidad , lo cual puede c o m p a r a r s e con aquel j a d e a r ó difícil respiración del q u e va corriendo , que le d u r a a u n despues de estar p a rado. Pero ¿ q u é tiempo bastaría para q u e yo r e firiese por m e n o r los g r a n d e s beneficios q u e Vos m e hicisteis en todo aquel t i e m p o ; especialmente metiéndome m u c h a prisa el deseo de llegar á referir otras mayores mercedes? P o r q u e m e está l l a m a n d o , y m e deleita v e r d a d e r a m e n t e el a c o r d a r m e , S e ñ o r , y publicar ahora con q u é interiores estímulos d o másleis mi f e r o c i d a d , de q u é modo allanásteis en m í los montes y collados de mis altivos pensamientos, enderezásteis mis caminos torcidos, y suavizásteis los ásperos y f r a g o s o s : de q u é modo t a m b i é n á Alípio, h e r m a no de mi corazon, le sujetásteis al n o m b r e de vuestro unigénito H i j o , Nuestro Señor y Salvador Jesucristo, cuyo n o m b r e no quería él antes q u e sonase en mis escritos; g u s t a n do mas de q u e oliesen á las soberbias doctrinas d é l o s filósofos, c e d r o s 3 q u e el Señor

- 156 habia q u e b r a n t a d o , q u e á las saludables yerbas d e las doctrinas s a g r a d a s , c u y a virtud a h u y e n t a las serpientes ponzoñosas. 8. ¡ Q u é voces os daba y o , Dios m i ó , cuando hallándome desocupado en aquella q u i n t a , no obstante ser todavía catecúmeno, r u d o vbisoño en a m a r o s con verdadero amor, acompañado d e Alipio, q u e era también c a t e c ú m e n o , v d e i n i m a d r e , q u e e r a por el t r a j e m u j e r , por la fe v a r o n i l , por su a n c i a nidad s e g u r a , por s u m a t e r n i d a d amorosa, por su piedad m u y c r i s t i a n a , m e o c u p a b a en leer los Salmos d e D a v i d , cánticos llenos d e las verdades de n u e s t r a f e , cantares q u e inspiran piedad y devocion, y excluyen todo espíritu d e soberbia y v a n i d a d ! ¡ Q u é voces os daba yo, S e ñ o r , leyendo aquellos S a l m o s , y cómo ellos m e inflamaban en vuestro a m o r y encendían en vivísimos deseos d e irlos p u blicando por todo el m u n d o , si m e fuera pos i b l e , contra la hinchazón y soberbia del g é n e r o h u m a n o ! Bien s é q u e ya se cantan en todo el universo : verificándose en esto t a m b i é n , q u e no hay quien se esconda de vuestro calor y luz. ¡ Con c u á n v e h e m e n t e y vivo sentimiento

• - 157 indignaba contra los Maniqueos p o r q u e tan locamente procedían contra aquel n doto que podía curar las dolencias d e s u a m a < a u n q u e por otra parte me d a b a lastima q u e ignorasen aquellos místenos q u e eran las medicinas m a s conducentes a s u salud. Quisiera q u e hubieran estado allí e n u n s i tio inmediato, q u e sin saberlo y o hubieran Visto entonces mí s e m b l a n t e , y Oído las v o ces que daba para explicar los sentimientos v afectos que en mi alma habia producido la lectura del cuarto salmo, cuando le leí en el tiempo y l u g a r que he dicho, repitiendo e s tas p a l a b r a s : Luego que comencé á invocaros, Dios mió, principio y causa de toda mi justicia, luego al punto fue mi súplica bien oida y despachada de Vos: cuando me estrechaban las tribulaciones, me desahogasteis colocándome en espaciosas anchuras. Tened, Señor, misericordia de mí, y concededme lo que os pido en mi oracion. ¡Ojalá q u e ellos hubieran oido todas las cosas q u e yo entonces mezclé entre estas palabras! Pero lo habian de haber oido, sin saber yo q u e m e oian, para q u e no juzgasen q u e lo decía porque ellos m e e s c u c h a b a n . P o r q u e , a l a v e r d a d , ni yo h u b i e r a acertado

me

- 158 á decir tan b u e n a s cosas, ni las hubiera d i cho de a q u e l m o d o y con tan vivos afectos, si conociera q u e ellos m e estaban viendo y escuchando. Y d a d o caso q u e las h u b i e r a d i cho , y del mismo m o d o , ellos no hubieran sacado de mis palabras tanto provecho como diciéndolas yo á mis s o l a s , y hablando conmigo mismo en p r e s e n c i a v u e s t r a , movido solo del natural afecto de m i a l m a . 9 . Bien s a b é i s , P a d r e a m a n t í s i m o , q u e m e horroricé t e m i e n d o v u e s t r a justicia, y también m e enfervoricé esperando y alegránd o m e mucho en vuestra m i s e r i c o r d i a : q u e estos mismos afectos se me salian p o r los ojos y boca, c u a n d o en el m i s m o salmo leí a q u e llas palabras q u e dice vuestro Espíritu Santo hablando con n o s o t r o s : Hijos de los hombres , ¿ hasta cuándo habéis de tener tan pesado y terreno el corazon? ¿Para qué amais la vanidad y buscáis la mentira? P o r q u e yo m e hallaba c o m p r e n d i d o en e s t o , p u e s habia a m a d o la v a n i d a d y buscado la m e n t i r a ; por eso i g n o r a b a lo q u e allí dice el Profeta, esto e s , q u e Y o s , S e ñ o r , ya habíais glorificado á vuestro S a n t o , resucitándole d e entre los m u e r t o s , y colocándole á vuestra diestra,

p a r a q u e desde allí enviase al divino Consol a d o r , Espíritu de v e r d a d , según lo habia prometido, y como efectivamente y a le habia enviado. Ya*le habia e n v i a d o , p o r q u e ya él habia sido glorificado, resucitando de entre los muertos y subiendo á los cielos ; q u e si hasta entonces el Espíritu Santo no habia sido dado, era porque Jesucristo no habia sido hasta entonces glorificado. El real Profeta c l a m a b a : ¿Hasta cuándo habéis de tener pesado el corazon? ¿ Para qué amais la vanidad y buscáis la m e n t i r a ? S a b e d q u e el S e ñ o r ha glorificado ya á su S A N T O . Primero clama diciéndonos: ¿ Hasta cuándo? Despues vuelve á clamar y d e c i r n o s : Sabed. Y yo q u e fui por tanto tiempo ignorante, q u e a m é la vanidad y b u s q u é la m e n t i r a , por eso m e estremecí todo al oir aquellas palabras, por a c o r d a r m e m u y bien de que yo h a b i a sido tal como aquellos á quienes se dirigían. P o r q u e en aquellos fantasmas q u e yo h a b i a abrazado en l u g a r de la v e r d a d , no habia otra cosa q u e vanidad y m e n t i r a . P o r eso dije entonces m u c h a s sentencias g r a v e s y fuertes basta en el modo d e d e c i r l a s , por el sentimiento y dolor q u e m e c a u s a b a acordar-

-

160

-

me de aquellas cosas. ¡Ojalá q u e las h u b i e ran oido los que todavía perseveran a m a n d o la vanidad y buscando la m e n t i r a ! P u e d e ser q u e al oirme se h u b i e r a n conmovido tanto, que llegasen á vomitar aquel v e n e n o ; y Yos, S e ñ o r , los hubiérais a t e n d i d o , cuando c l a masen á Vos y confesasen q u e padeció por nosotros v e r d a d e r a m u e r t e en un cuerpo real y v e r d a d e r o , el mismo q u e a h o r a os ruega y pide por nosotros. 1 0 . Allí también l e i a : Servios de vuestra ira para no pecar. E s t o , Dios m i ó , ¡cuánto m e conmovía, por h a b e r a p r e n d i d o ya á enoj a r m e contra mí por mis pasados desórdenes, para no volver á p e c a r en a d e l a n t e ! Y era justo e n o j a r m e contra m í , p o r q u e estaba plen a m e n t e convencido d e q u e no e r a otra n a turaleza del linaje de las tinieblas, distinta de la m í a , la q u e pecaba en m í , como enseñ a b a n aquellos q u e no se irritan ni enojan contra sí m i s m o s ; pero van atesorando contra sí vuestros enojos para el dia de la ira, q u e es el dia d e la manifestación de vuestro justo juicio. T a m p o c o m i r a b a ya estas cosas exteriores, como si f u e r a n los verdaderos bienes á que

debia a s p i r a r , ni buscaba mi felicidad en e s tas cosas visibles á los ojos corporales, y que se registran con la luz del sol. P o r q u e a q u e llos herejes q u e q u e r i a n ser felices gozando de estas cosas corpóreas y exteriores, con facilidad se ven b u r l a d o s , y se vuelven i n ú t i les y vanos sus d e s e o s : como d e r r a m a n su corázon y le entregan totalmente á estas c o sas visibles q u e d u r a n poco y las consume el t i e m p o , n o tienen mas recurso q u e estar como lamiendo con la l e n g u a de su hambrienta imaginación las especies ó i m á g e n e s q u e de aquellas cosas han q u e d a d o en ella. Ojalá, q u e siquiera acosados del h a m b r e , llegasen á d e c i r : ¿ Quién nos manifestará los bienes sólidos y verdaderos? p a r a q u e entonces les d i g a m o s , q u e atiendan al real Profeta q u e dic e : Señor, la luz de vuestro divino rostro está grabada en nuestro corazon. P o r q u e nosotros no somos aquella luz que alumbra á todos los hombres; sino que somos iluminados d e Vos, para q u e los que antes éramos tinieblas, seamos luz en Fos. i Oh si ellos vieran en su interior aquel bien eterno q u e yo había comenzado á g u s t a r ! Me deshacía y c o n s u m í a , considerando

-

162

-

que m e e r a imposible hacérsele ver á ellos, a u n q u e m e p r e g u n t a r a n y dijeran : ¿quién nos manifestará los verdaderos bienes? m i e n tras me presentasen u n corazon como el suyo, q u e solo cree y asiente al informe de sus ojos, y busca solamente los bienes f u e r a d e Vos. P o r q u e allá en lo m a s íntimo d e mi alma, donde yo m e enojé contra mi m i s m o 5 , donde sentí u n a v e r d a d e r a c o m p u n c i ó n , donde os habia ofrecido y sacrificado mis a n t i g u a s cost u m b r e s , y esperando en vuestra gracia habia comenzado á pensar en hacer vida n u e v a ; allí mismo fue d o n d e Y o s , S e ñ o r , c o menzásteis á d a r m e á conocer vuestra d u l z u r a , y á llenar mi corazon de alegría. Al mismo tiempo q u e con los ojos del cuerpo iba leyendo estas c o s a s , y con los d e mi espír i t u las iba conociendo, p r o r u m p i a en varias exclamaciones, o r d e n a d a s á n o q u e r e r dividir m i corazon, a m a n d o la diversidad y multitud de los bienes t e r r e n o s , en q u e precisam e n t e h a b i a de gastar y o tiempo, y los tiempos m e gastarían á m í ; siendo así q u e h a llaba y tenia en la simplicidad d e u n bien eterno otra suerte d e pan, vino y aceite q u e alimenta eternamente l a s a l m a s .

-

168

-

1 1 . T a m b i é n cuando leía el verso q u e s e s i g u e , exclamaba d e lo mas p r o f u n d o d e m i corazon diciendo aquellas p a l a b r a s : ¡ Oh paz! ¡oh inalterable descanso! ó lo q u e expresa el Profeta con d e c i r : ¡En esa paz y descanso dormiré y gozaré de un consuelo delicioso! P o r q u e ¿ q u i é n se nos opondrá, c u a n d o llegue á cumplirse aquella sentencia q u e consta en la E s c r i t u r a : Quedó la muerte aniquilada y convertida en victoria *? Y o s , S e ñ o r , sois ese mismísimo Ser, q u e n u n c a p u e d e m u d a r s e ; y en Yos es donde se halla e s e descanso perfecto q u e hace olvidar todos los t r a b a j o s ; p u e s Yos sois el único q u e m e establecisteis y disteis s e g u r i d a d en aquella esperanza q u e mira á Yos s o l a m e n t e , y n o aspira á conseguir esa varia multitud d e c o s a s , q u e n o son lo q u e Vos sois. Estas cosas leía en a q u e l s a l m o , y l e y é n dolas m e enardecía ; pero no hallaba cómo d a r m e á entender á aquellos herejes tan sordos como m u e r t o s , d e cuya pestífera secta h a b i a sido yo a n t e s , c u a n d o poseído de a q u e lla a m a r g u r a y c e g u e d a d había ladrado c o n " Sau A g u s t í n lee a q u í , in

victoriam.

- 164 tra las E s c r i t u r a s s a g r a d a s , q u e comunican u n a dulzura q u e es como una miel del cielo, y una luz y resplandor q u e es vuestra misma l u z : por eso m e a b r a s a b a la i r a , m e c o n s u mía el e n o j o , d e q u e hubiese quien c o n t r a dijese á tan divina E s c r i t u r a . 1 2 . ¿ C u á n d o podré recordar n i referir todos los beneficios y dulzuras q u e e x p e r i mentó mi alma en aquellos dias q u e e s t u v i mos allí desocupados? Pero no tengo olvidado ni quiero pasar en silencio el riguroso azote con q u e m e castigó vuestra justicia, y la a d mirable p r o n t i t u d con q u e m e remedió vuestra misericordia. Dispusisteis, S e ñ o r , q u e m e acometiese u n g r a n dolor de dientes, q u e m e mortificaba s o b r e m a n e r a : y habiéndose a g r a v a d o tanto q u e y a n o podía h a b l a r , se m e ofreció al pensamiento el pedir á todos mis amigos q u e m e a c o m p a ñ a b a n , q u e rogasen por m í á V o s , q u e sois Dios y S e ñ o r d e toda la salud. Escribí esto en u n a tabla e n cerada y se la di á ellos para q u e lo leyesen. I lo mismo fue ponernos d e rodillas para haceros la s ú p l i c a , q u e desaparecerse e n t e r a mente aquel dolor. Pero ¡ q u é dolor e r a ! ¡y q u é r e p e n t i n a m e n t e desapareció I Confieso,

- 165 Dios y Señor m i ó , q u e m e q u e d é atónito y e s p a n t a d o , p o r q u e en toda mi vida no había experimentado semejante cosa. E s t e a d m i r a ble suceso g r a b ó en mi corazon la idea q u e vo debía formar d e la eficacia d e vuestro poder ; y alegrándome mucho d e la fe q u e y a tenia en V o s , alabé vuestro santo nombre. Pero esta misma fe n o m e d e j a b a tener s e g u r i d a d y q u i e t u d á vista d e mis pecados a n teriores, q u e todavía n o se m e habían p e r donado por medio d e vuestro santo Bautismo. NOTAS. 1

A la q u i n t a C a s i c i a c o , q u e era p r o p i a d e V e -

r e c u n d o , acompañándole su m a d r e , Alipio y otros, e n t r e los cuales se h a n d e c o n t a r s u hijo A d e o d a t o , N a v i g i o su h e r m a n o ; T r i g e c i o y L i c e n c i o , p a i s a n o s y discípulos suyos; Lastidiano y Rústico, sus p r i m o s , y t a m b i é n E v o d i o , c o m o él m i s m o dice en los libros de Ordine.de

Vita beata,

y contra

Académi-

cos. D u r a n t e s u e s t a n c i a e n Casiciaco f u e c u a n d o vió el m o n a s t e r i o q u e h a b i a f u e r a d e M i l á n , d e d o n d e volvió m u y e d i ü c a d o del m é t o d o de vida q u e t e n í a n a q u e l l o s s o l i t a r i o s , c o m o él r e f i e r e en el lib. ribus 5

Eccles.,

Demo-

33.

L o s p r i m e r o s d e q u e el S a n t o habla son los q u e

a c a b o de n o m b r a r e n la n o t a l ; e s t o s s e g u n d o s , q u e d i c e los c o m p u s o h a b l a n d o consigo m i s m o , f u e r o n 12

T. I I . — I X .

los Soliloquios,

166

-

q u e los escribió

inmediatamente

d e s p u e s de l o s o t r o s c i t a d o s . s ' L l a m a cedros á los filósofos, p a r a s i g n i f i c a r la s o b e r b i a v v a n i d a d d e s u s d o c t r i n a s , p o r la m u c h a a l t u r a y elevación q u e t i e n e n los c e d r o s : d i c e q u e el S e ñ o r los babia ya q u e b r a n t a d o , p a r a s i g n i f i c a r q u e ya n o le llevaban la a t e n c i ó n , ni h a c i a caso d e ellos, y a l u d e á lo del s a l m o XXVIII , 5: minus

cedros

Libani.

*

A vuestro

Santo,

a n t o n o m a s i a el Santo, «

EtconfringetDo-

esto e s , á Cristo, q u e es por y el S a n t o d e l o s S a n t o s .

H a b l a del e n o j o q u e concibió c o n t r a s í , d e s -

p u e s d e h a b e r oido t o d a la r e l a c i ó n d e P o n t i c i a n o ; c o m o s e dijo e n el lib. VIII, c a p . v n .

CAPÍTULO V. Consulta con san Ambrosio, sobre qué libros sagrados le seria mas conveniente leer. 1 3 . Concluido el término de aquellas v a caciones, avisé á los magistrados d e Milán, q u e proveyesen á s u s estudiantes d e otro maestro de retórica, ya p o r q u e h a b í a d e t e r minado o c u p a r m e en vuestro s e r v i c i o , y a p o r q u e no podía continuar en aquel ministerio á causa d e la difícil respiración y dolor q u e padecía en el pecho. T a m b i é n escribí al

- 167 — santo prelado Ambrosio mis pasados errores y extravíos, y los buenos deseos con q u e al presente m e h a l l a b a , á fin d e q u e m e dijese cuáles d e vuestros Libros sagrados m e c o n vendría mas l e e r , para mejor disponerme y p r e p a r a r m e á recibir d i g n a m e n t e u n a t a n g r a n d e gracia como la del Bautismo. E l m e m a n d ó q u e leyese al profeta I s a í a s ; y creo q u e lo hizo así, p o r q u e entre los demás Profetas este es el q u e anuncia con m a y o r c l a ridad la doctrina del E v a n g e l i o , y la gracia de la vocacion de los gentiles. Pero yo no habiendo entendido bien lo q u e leí la p r i m e r a vez en Isaías, y creyendo q u e todo lo demás estaría tan oscuro para mí y tan dificultoso de entender como lo p r i m e r o , d e j é d e c o n tinuar en aquella lectura con ánimo d e volver á ella, c u a n d o estuviese mas hecho al estilo y l e n g u a j e d e la s a g r a d a E s c r i t u r a .

C A P Í T U L O VI. Vuelve Agustín á Milán, y en compañía deAlipio y Adeodato recibe el sagrado Bautismo. 1 4 . Habiendo llegado el tiempo en q u e debia inscribirse mi n o m b r e en el catálogo de los q u e estaban admitidos para recibir el Bautismo y se llamaban Competentes1, dejamos la quinta y nos volvimos á M i l á n 2 . Alipio quiso también a c o m p a ñ a r m e en renacer á Y o s , para lo cual se h a b i a preparado con la g r a n d e humildad q u e r e q u i e r e n vuestros santos S a c r a m e n t o s , y con tan g r a v e y r i g u rosa mortificación de su c u e r p o , q u e se a t r e vió á a n d a r descalzo p o r aquella tierra de Italia q u e se hallaba c u b i e r t a de hielo, no estando él a c o s t u m b r a d o á eso. J u n t a m o s también con nosotros al joven A d e o d a t o 3 , q u e era mi hijo n a t u r a l , fruto de mi p e c a d o ; pero Y o s , S e ñ o r , ledotásleis de u n a s cualidades m u y buenas y excelentes. Aun no tenia quince a ñ o s , y y a se a v e n t a j a ba en el ingenio á otros m u c h o s , q u e por la edad y literatura p a s a b a n por hombres g r a ves y doctos.

'

Dones son y beneficios vuestros estos q u e os confieso, Dios y S e ñ o r m i ó , Criador de todas las cosas, q u e sois poderosísimo para reformar nuestras d e f o r m i d a d e s ; pues yo en aquel muchacho no tenia otra cosa mia sino el pecado. P o r q u e el q u e yo le criase, e n s e ñándole vuestro temor y d o c t r i n a , Yos, S e ñ o r , me lo inspirasteis y no otro a l g u n o : con q u é dones son y beneficios vuestros estos q u e os confieso. Un libro hay mió, q u e se intitula Del Maestro, y Adeodato es aquel interlocutor q u e habla allí conmigo. Bien sabéis V o s , S e ñ o r , q u e aquellos pensamientos y sentencias q u e pongo allí en n o m b r e del q u e introduzco hab l a n d o c o n m i g o , todos son v e r d a d e r a m e n t e de A d e o d a t o , c u a n d o solo tenia diez y seis años de e d a d . P e r o otras cosas experimenté en él, q u e eran mucho mas admirables. Asombrado m e tenia aquel ingenio. ¿Y quién sino Vos puede ser el autor de tan g r a n d e s m a ravillas? Bien presto le sacásteis de este m u n do : por eso me acuerdo d e él ahora con may o r s e g u r i d a d , sin temer que le suceda a l g u n a d e s g r a c i a , pues ni en la p u e r i c i a , ni en la adolescencia, ni en toda su vida e n c u e n -

tro ni d e s c u b r o cosa a l g u n a q u e d e n i n g ú n modo p u e d a d a r m e cuidado. J u n t a m o s , p u e s , á Adeodato con nosotros, para q u e en la vida d e la gracia fuese n u e s tro coetáneo, y para continuar educándole con a r r e g l o á v u e s t r a ley y doctrina. F i n a l mente recibimos el B a u t i s m o * ; y luego al punto s e nos quitó aquel cuidado en q u e n o s tenia la m e m o r i a de nuestra vida p a s a d a . Ni m e h a r t a b a en aquellos dias d e la dulzura admirable q u e causaba en m i alma el considerar v u e s t r a altísima é inescrutable providencia e n orden á la salud del g é n e r o humano. ¡ C u á n t o lloré también oyendo los himnos y cánticos q u e p a r a alabanza vuestra se cantaban en la iglesia, cuyo s u a v e acento me conmovía f u e r t e m e n t e , y m e excitaba á devocion y t e r n u r a ! Aquellas voces se insin u a b a n por mis oídos, y llevaban hasta m i corazon vuestras v e r d a d e s , q u e causaban en mí tan fervorosos afectos d e p i e d a d , q u e m e hacian d e r r a m a r copiosas l á g r i m a s , con las cuales m e hallaba bien y contento.

NOTAS.

1

E n l a Iglesia d e M i l á n , y e n o t r a s m u c h a s del

O c c i d e n t e , s e l l a m a b a n Competentes

aquellos cate-

c ú m e n o s , q u e e s t a n d o ya s u f i c i e n t e m e n t e

t e n d í a n el B a u t i s m o . Á e s t o s los e s c r i b í a n a n t e s d e la C u a r e s m a en u n libro d e r e g i s t r o q u e h a b i a p a r a e s t e fin: tenían q u e ir á la iglesia e n a q u e l l o s d i a s y h o r a s q u e l e s s e ñ a l a b a n , p a r a recibir allí n u e v a s instrucciones, y sujetarse á nuevas experiencias y exámenes. San Agustín hace m e n c i ó n , a u n q u e de p a s o , en el libro De Fide, et operibus,

d e la a t e n c i ó n ,

c u i d a d o y j e s p e t o con q u e él oía y a t e n d í a l a s i n s t r u c c i o n e s d e a q u e l l o s q u e e n s e ñ a b a n los p r i n c i p i o s d e la R e l i g i ó n , c u a n d o p r e t e n d í a r e c i b i r el B a u t i s m o , y e s t a b a en el g r a d o d e los *

Competentes.

E n el i n t e r v a l o d e t i e m p o q u e p a s ó d e s d e s u

l l e g a d a á M i l á n , h a s t a la P a s c u a del a ñ o 3 8 7 , hizo y escribió a l g u n a s o t r a s o b r a s q u e l a s p a s a en s i l e n c i o : e n t r e ellas f u e r o n la d é l a Inmortalidad alma,

la d e la Gramática,

Tratados Geometría,

de la Dialéctica, d é l a Aritmética,

b r e las Categorías, 3

del

los p r i n c i p i o s d e los d e la Retórica, d e la Filosofía,

de la y so-

etc.

A d e o d a t o h a b i a n a c i d o el a ñ o 3 7 2 , n o t e n i e n d o

s u p a d r e m a s q u e 1 8 a ñ o s d e e d a d ; con q u é v e n i a á tener Adeodato l o a ñ o s , y s u padre 33.

* E n 2 3 d e a b r i l del a ñ o 3 8 7 .

instrui-

d o s , y reconocidos p o r d e b u e n a s c o s t u m b r e s , p r e -

— 172

-

CAPÍTULO VII. Como en Milán comenzó la costumbre de cantarse himnos y salmos en la iglesia. Y como fueron hallados los cuerpos de los santos mártires Protasio y Gervasio. l o . N o h a b í a mucho q u e la Iglesia de Milau h a b i a c o m e n z a d o á practicar este g é nero d e e j e r c i c i o piadoso, que es d e tanto consuelo y edificación para los fieles; los cuales concurrían á él con g r a n celo y devocion, cantando j u n t a m e n t e con las voces y con los corazones. H a b r i a un año ó poco m a s , q u e la emperatriz J u s t i n a m a d r e del joven e m perador V a l e n l i a i a n o , había dado en perseg u i r á vuestro s i e r r o Ambrosio, por causa de la herejía d e los Arríanos con q u e ella estaba i n f i c i o n a d a y seducida : pasaban los fieles las noches e n la iglesia, determinados y dispuestos á m o r i r con su obispo y siervo vuestro. Mi m a d r e , v u e s t r a f i e l s i e r v a , á q u i e n tocaba la m a y o r p a r t e del cuidado y consternación q u e p a d e c í a n los fieles, e r a la p r i m e r a en c o n c u r r i r también á aquellas vigilias

- 173 que c e l e b r a b a n , d e modo q u e no vivia sino de sus oraciones. Y o , q u e todavía estaba frió en la devocion, y falto del calor y fervor de vuestro espíritu, no d e j a b a de conmoverme con el susto y turbación q u e padecía toda la ciudad. Entonces fue c u a n d o s e estableció q u e cantasen los fieles himnos y salmos, según se a c o s t u m b r a b a ya en las iglesias de O r i e n te, p a r a entretener y divertir el tédio y la tristeza q u e pudiera a c a b a r de sobrecoger al pueblo ; y desde entonces hasta el dia d e hoy se ha continuado este piadoso ejercicio, q u e han adoptado ya cási todas las Iglesias del u n i v e r s o , siguiendo el ejemplo de la de Milán2. 16. E n este mismo tiempo fue c u a n d o en u n a visión manifestásteis á vuestro santo Obispo el l u g a r donde estaban enterrados los cuerpos de los santos mártires Protasio y G e r vasio, q u e por tantos años habíais conservado incorruptos, y escondidos en el secreto de vuestros tesoros, para manifestarlos oportun a m e n t e c u a n d o conviniese, y reprimir la rabiosa furia de una m u j e r , q u e a d e m á s de eso era emperatriz. P o r q u e habiéndolos d e s cubierto y d e s e n t e r r a d o 3 , al tiempo d e tras-

- 174 laclarlos á la basílica ambrosiana con el h o nor y p o m p a q u e correspondía, no solo q u e d a b a n sanos y salvos los e n e r g ú m e n o s á quienes mortificaban antes los espíritus i n m u n d o s , confesando vuestro poder los m i s mos demonios; sino q u e t a m b i é n u n c i u d a d a n o , q u e había muchos años q u e estaba ciego, y era m u y conocido en toda la c i u d a d , p r e g u n t a n d o el motivo q u e tenia el pueblo para aquellas g r a n d e s demostraciones q u e hacia de j ú b i l o y regocijo, é informado bien de todo, salló d e c o n t e n t o , y rogó al q u e lo iba guiando q u e le llevase al p a r a j e por dond e pasaba la procesión. Llevado allá, suplicó q u e le permitiesen tocar un pañuelo al féretro donde iban los cuerpos d e aquellos S a n tos , cuya muerte habla sido preciosa en vuestros ojos. Tocó al féretro el p a ñ u e l o , se lo aplicó el ciego á los o j o s , é inmediatamente recobró la vista. A l instante s e divulgó por todas partes la fama de este m i l a g r o ; al instante resonaron p o r toda la ciudad vuestras alabanzas públicas y f e r v o r o s a s ; y con eslo el ánimo d e aquella enemiga del santo obispo Ambrosio, ya q u e n o se extendió ni d i lató d e modo q u e consiguiese la santidad d e

la f e , á lo menos se reprimió y estrechó, cesando d e perseguirle con tan g r a n f u r o r . Infinitas gracias os sean d a d a s , Dios mío. Pero ¿cómo y hasta dónde habéis ido gobernando mi m e m o r i a , p a r a q u e también os alabase y bendijese por estas cosas, q u e no obstante'ser t a n grandes y maravillosas, las había olvidado y omitido? Con todo eso, extendiéndose tanto la fragancia de vuestros olorosos ungüentos y aromas, no os seguia yo entonces t o d a v í a , ni c o r r í a 4 tras d e Vos. H é a q u í lo q u e m e daba despues mas motivo de llorar entre los himnos y cánticos de vuestras a l a b a n z a s : en otro t i e m p o , antes d e ahora, como q u i e n suspiraba por Yos; pero ahora desahogado y como quien ya respira con t a n ta l i b e r t a d , como la q u e tiene el aire en u n a casa de h e n o 5 . NOTAS.

»

La e m p e r a t r i z J u s t i n a , q u e era a r r i a n a , p e r -

s e g u í a á s a n A m b r o s i o p o r q u e no h a b í a q u e r i d o c e d e r á los A r r í a n o s u n a iglesia; y e s t a b a t a n e n c o n a d a c o n t r a é l , q u e e n v i ó á su c a s a u n a s e s i n o p a r a q u e le m a t a s e ; el c u a l yendo á e j e c u t a r el g o l p e , se le q u e d ó y e r t o el brazo y sin m o v i m i e n t o a l g u n o .

— 176 — 4

E s t e f u e el o r i g e n d e la c o s t u m b r e q u e s i g u i ó

la Iglesia del O c c i d e n t e d e c a n t a r h i m n o s y s a l m o s . San Ambrosio entonces compuso muchos himnos, q u e c a n t a b a n los fieles en la i g l e s i a : y al m i s m o t i e m p o q u e s e r v í a n á Dios de a l a b a n z a , á ellos les s e r v í a n d e c o n s u e l o en la d u r a y cruel p e r s e c u c i ó n que padecían. 3

F u e este d e s c u b r i m i e n t o d e los c u e r p o s d e s a n

Gervasio y Protasio á 17 de j u n i o del año 386 según M r . T i l l e m o n t ; a u n q u e B a r o n i o lo aplica al a ñ o s i guiente. *

Como este suceso f u e un año antes de que r e -

c i b i e s e s a n A g u s t í n el B a u t i s m o , por eso dice q u e t o d a v í a n o corría él t r a s la f r a g a n c i a y a r o m a s q u e D i o s c o m u n i c a b a á los 5

fieles.

Con e s t a f r a s e m e p a r e c e q u i e r e s i g n i f i c a r s a n

A g u s t í n la l i b e r t a d con q u e ya respiraba zon, cuando antes oprimido

su cora-

suspiraba.

CAPÍTULO Yffl. De la conversión de Ecodio : de la muerte de su santa madre Ménica, y de la crianza y educación que tuvo desde sus primeros aTws. 1 7 . V o s , S e ñ o r , q u e hacéis que vivan juntos en una misma casa los que tienen una misma voluntad, trajisteis á nuestra c o m p a ñ í a al jóven Evodio 1 , q u e e r a n a t u r a l d e m i

- 177 — mismo pueblo. E l que e r a a g e n t e d e los negocios del príncipe se convirtió á V o s , y se bautizó antes q u e nosotros, y dejando el servicio del emperador, se dedicó al vuestro. Vivíamos, p u e s , en amigable compañía, y con la santa resolución d e no separarnos nunca. Buscando u n lugar q u e nos fuese mas cómodo y proporcionado para establecernos en é l , y emplearnos en vuestro servicio, determinamos volvernos á África lodos j u n t o s 1 : estábamos en el puerto d e Ostia por donde desemboca el T í b e r en el m a r , y allí falleció mi m a d r e . Muchas cosas paso a q u í en silencio, p o r q u e voy m u y d e prisa para referir otras q u e no quiero omitir. A c e p t a d , Dios mío, las a l a banzas q u e deseo d a r o s , y la acción d e g r a cias q u e os doy también en silencio por las innumerables cosas q u e dejo de referir. Pero no omitiré todas cuantas especies pueda p a rir m i memoria d e aquella sierva vuestra, q u e m e parió á m í , n o solo en cuanto al cuerpo á esta vida t e m p o r a l , sino también en el espíritu en orden á la eterna. L a s c o sas q u e de mi m a d r e voy á r e f e r i r , fueron dones y gracias v u e s t r a s , no s u y a s ; pues ni

-

178

-

ella se hizo a s í propia, ni se educó á s í misma. V o s , Señor, la criasteis, sin q u e tampoco supiese su padre ni su m a d r e , q u é tal seria en lo venidero aquella hija q u e les habia nacido. L a recta disciplina de Jesucristo v u e s tro unigénito H i j o , r é g i m e n q u e observaba en la casa d e sus fieles p a d r e s , q u e era u n a b u e n a parle d e v u e s l r a I g l e s i a , f u e quien la hizo instruirse en vuestro santo temor. P o r q u e á la v e r d a d , no solia alabar tanto mi m a d r e Ménica el cuidado d e la suya en orden á su educación y e n s e ñ a n z a , como el de una criada q u e habia m u y a n c i a n a , la cual en otro tiempo habia traído también en brazos á su padre c u a n d o e r a n i ñ o , como suelen las muchachas grandecillas traer los niños en brazos. E n atención á esto como también por su a n c i a n i d a d , y las loables costumbres q u e siempre habia practicado en u n a casa tan c r i s t i a n a , era m u y q u e r i d a y h o n r a d a de los amos. P o r esto t a m b i é n ella c u i d a b a mucho de las hijas d e s ú s a m o s , c u y a educación le h a bían e n c a r g a d o . P a r a r e p r e n d e r l a s , cuando era menester, era áspera con u n a severidad

s a n t a ; y para enseñarlas, moderada y s u a v e con p r u d e n c i a . A s í , fuera de aquellas horas en q u e las niñas lomaban su alimento m u y corlo y moderado á la mesa de sus padres, a u n q u e estuviesen abrasándose de s e d , no les permitía beber ni a u n a g u a sola, p a r a q u e no tomasen a l g u n a m a l a c o s t u m b r e , a ñ a diéndoles estas prudentes palabras : Ahora bebeis agua, porque no teneis el vino á vuestra disposición: pero cuando lleguéis á estar casadas y seáis dueñas de las bodegas y despensas, os parecerá mal el agua, y la costumbre de beber se os quedará siempre. Con esta razón q u e presidía en lo que m a n d a b a , y con la a u t o ridad y poder q u e tenia p a r a que ejecutasen lo m a n d a d o , conseguía refrenar los antojos de aquella edad mas t i e r n a , y arreglaba la sed de aquellas niñas á las leyes de la t e m p l a n z a , p a r a q u e n u n c a les agradase lo q u e no fuese decente. 1 8 . No obstante todo este cuidado y e n s e ñ a n z a , imperceptiblemente se le introdujo en el corazon á mi m a d r e y sierva vuestra el gusto y afición al vino, como ella misma m e lo c o n t a b a . P o r q u e en la confianza de q u e era n i ñ a , y q u e no bebía vino, ella era la q u e

-

180

-

-

181

-

por m a n d a t o d e sus p a d r e s iba r e g u l a r m e n t e á sacarle de la c u b a , y antes de echarlo en la vasija en q u e lo había de llevar, aplicaba los labios al vaso con q u e lo s a c a b a , dando un pequeño sorbito, p o r q u e su paladar mismo r e p u g n a b a el beber algo m a s . P u e s no hacia esto en fuerza de a l g u n a pasión q u e tuviese al vino, sino impelida de ciertos e x cesillos y antojos de q u e a b u n d a aquella edad, y se desabogan y explican en unos movimientos como burlescos; los cuales con el peso y g r a v e d a d de los mayores y maestros suelen contenerse y reprimirse en los ánimos d é l o s muchachos. A s í , añadiendo á aquel pequeño sorbo primero otros pequeños s o r bos cotidianos (como el que desprecíalo poco, tiene á caer en lo mucho), llegó á contraer tal costumbre, q u e ya bebia con g r a n g u s t o una copa de vino cási llena.

nosotros? Asi, un dia estando ausente el p a dre y la m a d r e , y también los q u e cuidaban d e su educación, Yos, S e ñ o r , q u e estáis presente á lodos, q u e nos habéis criado, q u e nos llamais en todo tiempo, q u e por medio de los hombres q u e desde la eternidad teneis determinados para nuestro ejercicio, nos procuráis y hacéis lo q u e es bueno y conveniente para la salud de nuestras a l m a s ; ¿ q u é f u e , Dios m i ó , lo q u e hicisteis en aquella ocasion? ¿ c o n qué remedio la c u r á s t e i s ? ¿con qué medicina l a s a n á s t e i s ? ¿No es cierto, Señor, que os servísteis de aquel fuerte y a g u d o dicterio, q u e le dijo aquella otra c r i a t u r a , cuya injuriosa afrenta fue como un hierro corlante y medicinal, q u e sacásteis d e los secretos senos de vuestra providencia, con el cual de un solo golpe corlásleis toda aquella corrupción?

¿ D ó n d e estaba entonces a q u e l l a p r u d e n te a n c i a n a , y aquella su prohibición severa y r i g u r o s a ? Mas ¿ p o r v e n t u r a habria a l g u na cosa q u e fuese d e provecho para c u r a r u n a enfermedad oculta, si Yos, S e ñ o r , q u e sois el verdadero médico de todos nuestros males, no estuviérais siempre velando sobre

P o r q u e aquel dia q u e ella estaba sola con u n a c r i a d a , q u e era precisamente la q u e solia acompañarla cuando iba por el vino, r i ñeron las dos entre sí, como m u c h a s veces sucede en las c a s a s ; la criada le echó en rostro esla mala costumbre q u e su a m a menor tenia, y con un modo áspero y desabrido la 13

T.

II.—IX.

- 182 insultó llamándola borrachuela. Estimulada la niña con esta i n j u r i a , abrió los ojos para ver aquella fea c o s t u m b r e , y desde aquel instante la condenó ella m i s m a y la dejó. Ello es cierto, q u e a s í como los amigos a d u l a n d o nos p e r v i e r t e n , así m u c h a s veces los enemigos i n j u r i a n d o nos corrigen ; pero V o s , S e ñ o r , les daréis el p a g o q u e c o r r e s ponde á la voluntad é intención q u e ellos t u vieron , y no el q u e c o r r e s p o n d e á lo q u e Vos mismo hacéis p o r m e d i o d e ellos. P o r q u e aquella criada llevada d e la ira no pretendía v e r d a d e r a m e n t e s a n a r á su ama menor ; sino i n j u r i a r l a y zaherirla : así f u e q u e aquella reprensión s e la dió sin testigos y á escondid a s , ó p o r q u e el l u g a r y tiempo de la riña casualmente las cogió s o l a s , ó acaso recelosa d e q u e á ella le viniese algún daño por no haberlo descubierto a n t e s . Mas V o s , Señor, q u e gobernáis todas l a s cosas del cielo y d e la t i e r r a ; q u e d e todas u s á i s , haciendo q u e sirvan al c u m p l i m i e n t o d e vuestra voluntad, y dando su debida o r d e n a c i ó n , a u n á las cosas q u e d e s o r d e n a d a m e n t e siguen el curso p e r t u r b a d o d e los s i g l o s , hasta de la misma enfermedad d e la u n a o s servísteis para s a -

- 183 n a r á la otra : con q u é cualquiera q u e a d vierta y reflexione esto, n o tendrá motivo p a r a atribuirse á sí mismo el buen efecto q u e sus palabras hicieron tal vez en o t r o , á quien quería corregir d e a l g ú n defecto. NOTAS. 1

E s t e E v o d i o f u e d e s p u e s o b i s p o d e Uzales, y s e

hizo m u y i l u s t r e p o r s u v i r t u d , p o r s u c i e n c i a , y p o r los m u c h o s y g r a n d e s s e r v i c i o s q u e hizo á la I g l e s i a . E s t e m i s m o e s con q u i e n h a b l a s a n A g u s t í n e n el libro De Quantitateanimce,

y en los De

Libero

E n el poco t i e m p o q u e s e d e t u v o en

Roma,

arbitrio. 1

v o l v i e n d o de M i l á n para Á f r i c a , escribió u n libro d é l a s Costumbres Costumbres Cuantidad

de la Iglesia

de los Maniqueos, del alma,

católica,

otro de las

el ya citado d e la

y los del Libre

albedrío;

de los

c u a l e s el s e g u n d o y t e r c e r o , dice q u e los concluyó e s t a n d o ya en Á f r i c a .

CAPÍTULO IX. Continúa Agustín refiriendo las loables bres de su madre.

costum-

19. S i e n d o , p u e s , criada mi m a d r e con honestidad y t e m p l a n z a , y hecha por Vos obediente á s u s p a d r e s , mas q u e hecha por 13*

ellos obediente á Y o s , luego q u e cumplió la edad q u e se r e q u i e r e para el matrimonio, obedecía y servia al marido q u e le dieron sus padres, como á su señor : puso g r a n c u i d a do en g a n a r l e para Y o s , proponiéndole y explicándole vuestro ser y perfecciones, n o tanto con sus palabras como con sus costumbres, por las cuales la hicisteis tan hermosa y a m a b l e á su marido, q u e al mismo tiempo le c a u s a b a respeto V admiración. Pero ella toleró de tal s u e r t e las injurias de sus infidelidades, q u e j a m á s tuvo por esto la m e n o r desazón con su m a r i d o ; p o r q u e esperaba q u e vuestra misericordia habia d e concederle p r i m e r a m e n t e la f e , y despues la castidad c o n y u g a l . Además de esto, era m i padre por u n a parte m u y benigno y amoroso, por otra m u y iracundo y colérico; c u a n do ella le veía e n o j a d o , tenia la advertencia de no contradecirle ni de obra ni de p a l a b r a ; despues c u a n d o la ocasion le parecia oportun a , y pasado aquel enojo le veia ya sosegado, entonces le informaba bien del hecho, si acaso aquel enojo habia nacido d e su falta de consideración y de no estar bien informado.

Así c u a n d o otras m u c h a s matronas, cuyos maridos eran mas pacíficos y tratables, t r a i a n s u s rostros señalados y afeados con cardenales d e los golpes q u e les d a b a n , en sus conversaciones amigables solian ellas reprender la conducta d e sus m a r i d o s , y mi m a d r e s u s lenguas. Recordábales como por c h a n z a , pero en la realidad con mucho juicio, q u e d e s d e q u e se les leyeron los contratos matrimon i a l e s , debian considerar, q u e se les h a b í a leido u n a obligación con la q u e habían q u e dado hechas criadas d e s ú s m a r i d o s ; q u e teniendo esto p r e s e n t e , estando en calidad d e criadas, no debian engreírse y ensoberbecerse contra sus señores. Admirándose ellas (que sabían m u y b í e n c u á n feroz marido tenia q u e s u f r i r ) , de que j a m á s se hubiese oido, ni por indicio a l g u n o se hubiese r a s t r e a d o , q u e P a tricio hubiese puesto las manos en su m u j e r , ni q u e siquiera un dia hubiesen tenido a l g u n a disensión, le p r e g u n t a b a n con familiarid a d y confianza la causa d e todo esto, y ella les enseñaba la conducta q u e tenia con su m a r i d o , q u e es la misma q u e dejo insinuada. Las q u e lomaban su consejo, le d a b a n g r a cias por el bien q u e habían e x p e r i m e n t a d o ;

-

186

-

y las q u e no imitaban su c o n d u c t a , se veían oprimidas y maltratadas. 20. T a m b i é n á puros obsequios, y por medio - de u n a continua paciencia y m a n s e d u m b r e , supo vencer el ánimo de su s u e g r a de tal s u e r t e , que siendo así q u e antes la tenia m u y enojada por los chismes de a l g u nas malas c r i a d a s ; la s u e g r a m i s m a de su propia voluntad se q u e j ó d e ellas á su hijo Patricio, le descubrió cuáles eran las q u e con sus malas lenguas habian sido causa d e q u e ella estuviese mal con su n u e r a , y de q u e se hubiese p e r t u r b a d o la paz de su c a s a ; y le pidió q u e las castigase como correspondía. Así despues q u e é l , ya por d a r gusto á su m a d r e , ya por c u i d a r del buen gobierno de su familia, ya por a t e n d e r á la paz y concordia de dos personas tan s u y a s , como e s posa y m a d r e , castigó á las acusadas á s a tisfacción de su m a d r e , q u e las había acusado ; dijo esta misma á todas las c r i a d a s , q u e aquellos eran los premios q u e de allí adelante debia esperar de su m a n o cualquiera q u e j u z g a n d o q u e le a g r a d a b a , le fuese á contar algo d e su n u e r a . Y no atreviéndose ya n i n g u n a de ellas á ejecutar tal cosa, vivieron

-

187

-

las dos con benevolencia y unión de corazones tan gustosa como m e m o r a b l e . T a m b i é n Vos, misericordiosísimo Dios y Señor mió, habíais dado á aquella tan b u e n a sierva v u e s t r a , en cuyas e n t r a ñ a s m e c r i á s teis, el excelente don de a p a c i g u a r luego q u e podia los ánimos de cualesquiera que e s t u viesen entre sí reñidos y discordes. Portábase con tal p r u d e n c i a , que oyendo de a m b a s partes todas las q u e j a s , desabrimientos y p a labras descompuestas q u e la enemistad colérica é indigesta suele dictar y proferir, c u a n do con u n a a m i g a presente habla otra de su e n e m i g a ausente en c o n f i a n z a , exhalando por sus bocas la crudeza de s u s odios y r e n cores ; n u n c a descubría á las unas lo q u e h a bía oido á las otras, sino aquello solamente q u e podia servir para reunirías y reconciliarlas. Este don m e parecería p e q u e ñ o , si yo mismo no hubiera experimentado con s e n t i m i e n to de mi alma lo q u e practican en esta m a teria innumerables gentes, por haber cundido dílatadísímamente no sé q u é horrenda peste de pecados, quienes no solamente acost u m b r a n revelar á l o s unos airados enemigos

lo q u e los otros enemigos s u y o s , enojados t a m b i é n , h a n dicho d e ellos, sino q u e t a m bién añaden otras cosas, que n o h a n dicho. Debiera ser tan al contrario, q u e á un homb r e q u e obra conforme á la h u m a n i d a d h a b i a d e parecerle poco el no excitar ni promover las enemistades d e los h o m b r e s , h a b l a n do mal d e unos á o t r o s ; si a d e m á s d e esto no procuraba también apagarlas enteramente hablando bien á todos. _Esto es lo q u e m i m a d r e practicaba, siguiendo las ocultas i n s trucciones q u e Vos, intimo maestro s u y o , le dictábais en la escuela d e su corazon. 22. F i n a l m e n t e g a n ó para Yos á su m a r i d o , reduciéndole á la fe a l g ú n tiempo a n tes d e q u e él saliese d e esta vida mortal Desde que s e hizo fiel, n o le dió á m i m a d r e motivos d e llorar los malos procederes con q u e le habia dado q u e sufrir y tolerar antes d e serlo. Además d e esto, e r a m i m a d r e u n a m u j e r dedicada á servir á lodos los q u e os s e r v í a n 2 . C u a l q u i e r a d e vuestros siervos q u e la habia conocido, os a l a b a b a , os r e v e r e n c i a b a , y o s a m a b a m u c h o en ella, p o r q u e los frutos d e santidad d e s u inculpable vida testificaban

189 -

q u e Vos estábais presente en su corazon. H a b i a sido mujer de un solo varón: había cumplido todas las obligaciones q u e tenia p a r a con sus p a d r e s : habia gobernado su f a milia y casa con m u c h a piedad ; y las b u e n a s obras q u e habia hecho, daban testimonio d e la virtuosa conducta q u e habia tenido. Ella por sí misma habia criado á s u s hijos, sintiendo despues por ellos los dolores d e parlo tantas veces, cuantas los veía apartarse d e vuestros mandamientos. Ú l t i m a m e n t e , S e ñ o r , y a q u e por vuestra gracia pérmitís q u e os hablemos vuestros siervos, á todos nosotros los q u e antes del sueño d e su m u e r t e vivíamos juntos, y u n i dos también á Yos despues d e recibida la gracia de vuestro B a u t i s m o , de tal suerte nos c u i d a b a , como si f u e r a m a d r e d e todos ; y de tal suerte nos s e r v i a , como si cada u n o de nosotros fuera su p a d r e . NOTAS. •

L a m u e r t e d e P a t r i c i o f u e en el a ñ o 3 7 1 ; y h a -

b i e n d o q u e d a d o s o l a , t u v o m a s p r o p o r c i o n p a r a no p e r d e r d e vista á s u h i j o A g u s t í n , y s e g u i r l e á C a r tago, á Milan, á Casiciaco, y á todas partes á d o n -

-

190 -

d e él i b a , h a s t a m o r i r en Ostia con él á la c a b e c e r a . 1

E n estos siervos entiende aquí s a n Agustín á

los q u e en o t r a s p a r t e s llama sanios,

por estar e s -

p e c i a l m e n t e c o n s a g r a d o s á D i o s , y d e d í c a d o s á su culto,

c o m o los e c l e s i á s t i c o s , los r e l i g i o s o s ,

las

monjas.

CAPÍTULO X. Coloquio de Agustín con su madre, reino de los cielos.

acerca del

23. Acercándose ya el dia en q u e mi m a dre h a b i a d e salir d e esta v i d a , el cual para Vos, S e ñ o r , e r a tan sabido como para n o s otros i g n o r a d o , sucedió, sin d u d a disponiéndolo Vos por los medios investigables de vuestra Providencia, q u e mi m a d r e y y o estuviésemos solos y asomados á u n a ventana , desde donde s e veia u n j a r d í n q u e habia dentro d e la casa q u e habíamos tomado en la c i u d a d d e O s t i a , d o n d e apartados del b u llicio d e las g e n t e s , pudiésemos descansar de las molestias d e u n largo v i a j e , y d i s p o n e r nos p a r a la navegación. E s t a n d o , p u e s , los dos solos, comenzamos á h a b l a r , y nos e r a dulcísima la conversación ; p o r q u e olvidados

de todo lo pasado, empleábamos nuestros discursos en la consideración de lo venidero. B u s cábamos en la misma v e r d a d , q u e sois Vos v q u e estabais p r e s e n t e , q u é tal seria a q u e lla vida eterna q u e h a n d e gozar los santos, q u e consiste en u n a f e l i c i d a d , que ni los ojos la vieron, ni los oidos la oyeron, ni el corazon humano es capaz de concebirla. Abríamos la boca d e nuestro corazon hacia aquellos r a u dales soberanos q u e m a n a n d e la inagotable fuente de la vida, que está en Vos, para q u e rociados con sus a g u a s , s e g ú n nuestra capacidad, pudiésemos d e a l g ú n modo pensar u n a cosa tan sublime y elevada. 24. H a b i a llegado nuestra conversación á tales términos, q u e el mayor deleite de los sentidos corporales q u e pueda i m a g i n a r s e , y en el m a y o r a u g e d e luz y resplandor t e r r e no q u e p u e d a concebirse, no solamente nos parecía indigno d e poderse c o m p a r a r , sino también d e q u e le trajésemos á la memoria, respecto d e aquella delicia de la vida e t e r n a ; cuando elevándonos con mas fervoroso afecto hacia esto m i s m o , fuimos recorriendo s u c e sivamente por sus grados todas las criaturas corporales, y hasta el mismo cielo, desde

- 192 donde el s o l , la luna y las estrellas envían á la tierra su luz y resplandores. Subíamos todavía m a s , ya pensando interiormente en vuestras o b r a s , ya comunicándonos uno á otro nuestros pensamientos con palabras, ya admirándonos de la excelencia d e vuestras criaturas : venimos á tratar d e nuestras a l m a s , y de allí pasamos mas adelante p a r a llegar á locar en a q u e l l a región d e a b u n d a n tes é indefectibles delicias, donde por toda la eternidad apacentais á vuestros escogidos con el pábulo de la verdad infinita : donde es vida de todos los bienaventurados aquella misma S a b i d u r í a , por la cual fueron hechas todas las cosas q u e al presente s o n , las q u e han sido, y las q u e serán ; sin q u e ella haya sido h e c h a , porque e s , y será siempre lo q u e ha sido. E n medio de nuestro coloquio, cuando mas ansiosamente suspirábamos por e l l a , llegamos á tocarla con todo el impelu y fuerza de nuestro e s p í r i t u , a u n q u e repentina é instantáneamente ; y suspirando por aquella e t e r n i d a d , dejándonos allí las primicias de n u e s tra a l m a , nos volvimos á nuestro común modo de h a b l a r , donde la palabra suena para

- 193 ser oida, v se comienza, y se acaba. Pero ¿ q u é cosa hay semejante á vuestra palabra, q u e es nuestro Dios y S e ñ o r , q u e subsiste y p e r m a n e c e en sí misma, y lejos de poder e n vejecerse, r e n u e v a todas las cosas? 2 5 . Decíamos p u e s : si cesara e n t e r a m e n te la ruidosa inquietud q u e causan en un alm a las impresiones del c u e r p o ; si no la c o n movieran de modo a l g u n o las especies q u e por la vista v d e m á s sentidos corporales r e cibe de la tierra, de las a g u a s , de los cielos; si a u n la misma alma n o hablase consigo m i s m a , v como olvidada d e sí, no se d e t u viese á reflexionar sobre sí m i s m a ; si no h a blaran tampoco los sueños, ni las revelaciones i m a g i n a r í a s ; si finalmente cesaran todas las locuciones q u e p u e d e un alma percibir de las c r i a t u r a s ; por m a n e r a q u e ni le h a blaran con palabras de la l e n g u a , ni por m e dio de signos ó de s e ñ a s , ni de otro cualquier modo de hablar sucesivo y p a s a j e r o ; sino q u e enmudeciese todo lo criado, despues de haberle dicho lo q u e están siempre diciendo estas cosas criadas á todo el que q u i e r e oírlas esto e s : No nos hemos hecho á nosotras mimas, sino que nos hizo el que permanece y

-

194 -

rio nn. , 1 0 c n a d 0 ' y g ^ r d a n d o un silenc o profundo lodo el universo, como para e n .

SSS-^saí ahí ^ n ellas

'

POrel m i s m o

C r i a d o r que e

como ahora nosotros mismos aca

«sasas-S "SSi-ES

- 195 ciendo : Entra en el gozo de tu Señor? Pero esto ¿cuándo se c u m p l i r á ? ¿ S e r á c u a n d o se verifique el que todos resucilarémos, pero no todos seremos inmutados? 2 6 . V é a q u í con poca diferencia lo q u e entonces decíamos, a u n q u e no fuese con e s tas mismas p a l a b r a s , ni del mismo modo q u e ahora. P e r o bien sabéis, S e ñ o r , q u e aquel dia en que estuvimos h a b l a n d o d e estas c o s a s , y q u e s e g ú n las íbamos t r a t a n d o , nos iba pareciendo m a s vil y despreciable este m u n d o con todos sus deleites, dijo mi m a d r e entonces estas palabras : Hijo, por lo que á mí toca, ya ninguna cosa me deleita en esta vida. Yo no sé qué he de hacer de aquí en adelante en este mundo, ni para qué he de vivir aquí, no teniendo cosa alguna que esperar en este siglo. Una sola cosa había, por la cual deseaba detenerme algún poco de tiempo en esta vida, que era por verte católico cristiano, antes que muriese. Esto me lo ha concedido mi Dios mas cumplidamente de lo que yo deseaba; pues además de esto, te veo en el número y clase de aquellos que despreciando toda felicidad terrena, se dedican totalmente á su servicio. Pues ¿qué hago yo en este mundo?

CAPÍTULO XI. Del éxtasis y muerte de su

madre.

2 7 . No me acuerdo m u y bien de lo que respondí á estas palabras de mi m a d r e . Pero d e allí á cinco dias ó m u y poco m a s , cayó e n f e r m a d e calenturas. E n uno d e los dias de su enfermedad padeció u n a especie de d e s m a y o , en q u e por a l g ú n tiempo estuvo e n a j e n a d a de los sentidos. Nosotros a c u d i m o s ; pero p r o n t a m e n t e volvió en sí, y mirándonos á mi hermano y á m í , q u e estábamos allí inmediatos á su lecho, nos dijo en tono de q u i e n p r e g u n t a : ¿Dónde estaba yo ahora? Y d e s p u e s viéndonos sobrecogidos de aflicción, nos dijo : Aquí dejaréis enterrada á vuestra madre. Yo callaba y reprimía el l l a n t o ; pero mi h e r m a n o le dijo no sé q u é p a l a b r a s , q u e aludían á desearle como cosa mas feliz el que m u r i e s e en su p a t r i a , y no en país tan extrañ o . Ella habiendo oído esto, mirándole p r i m e r o con un rostro severo y desazonado, com o reprendiéndole con los ojos q u e pensase d e aquel m o d o ; y m i r á n d o m e despues á mí,

— 197 dijo : Mira lo que dice este. L u e g o hablando con entrambos añadió : Enterrad este cuerpo donde quiera, y no tengáis mas cuidado de él; lo que únicamente pido y os encomiendo, es que os acordéis de mí en el altar del Señor, donde quiera que os halléis. Habiendo manifestado este su pensamiento con las palabras q u e p u do, se quedó callando, y agravándose la enfermedad , creció también su fatiga. 28. Mas y o , Dios m i ó , considerando los dones q u e v u e s t r a inescrutable providencia d e r r a m a invisiblemente en los corazones de vuestros fieles, haciendo q u e d e allí nazcan frutos a d m i r a b l e s , no podia menos de aleg r a r m e y daros m u c h a s gracias por lo q u e acababa d e oir á mi m a d r e , acordándome del g r a n cuidado q u e habia tenido siempre d e su sepulcro, y como le tenia ya p r e v e n i do y p r e p a r a d o junto al de su marido. P o r q u e habiendo vivido los dos con g r a n d e unión y concordia, queria t a m b i é n , como es p r o pio d e un alma q u e todavía no está perfectamente capaz de las cosas d i v i n a s , q u e se añadiese á. esta felicidad, el q u e despues d e su m u e r t e contasen los hombres como d e s pues d e aquella peregrinación u l t r a m a r i n a le 14

T.

II.—IX.

m — cuerpo en u n a tierra tan léjos de su ciudad y patria ; á lo q u e ella r e s p o n d i ó : Nada hay léjos para Dios: ni hay que temer que se le olvide ó no sepa el lugar donde está mi cuerpo, para resucitarme en el fin del mundo. E n fin, aquella alma tan llena de religión y p i e d a d , fue desatada de las ligaduras del cuerpo al nono dia de la enfermedad r e f e r i d a , á los cincuenta y seis años de su edad, y á los treinta y tres d e la m i a . —

hubiese Dios concedido restituirse á su p a t r i a , para q u e !a tierra de sus dos cuerpos s e cubriese con la tierra inmediata y c o n t i g u a de sus dos sepulcros. Como yo i g n o r a b a cuánto tiempo habia ya q u e vuestros dones habian llenado su corazon, y expelido de él un pensamiento tan vano como e s t e , m e llenó de alegría y admiración lo q u e a c a b a b a d e decirme. E s verdad q u e en aquel coloquio q u e tuvimos los dos á la v e n t a n a c u a n do m e dijo : ¿ Qué es lo que hago en este mundo ya? no dió á entender d e n i n g u n a m a n e r a , que tuviese y a deseo de morir en su patria. T a m b i é n s u p e d e s p u e s , como en aquel mismo tiempo q u e nos detuvimos en el p u e r to de O s t i a , un dia en q u e yo m e hallaba a u s e n t e , estuvo mi m a d r e hablando con unos amigos m i o s , á quienes trataba con la c o n fianza q u e p u d i e r a una m a d r e con sus hijos, acerca del menosprecio de esta v i d a , y de los bienes y utilidades de la m u e r t e . A d m i rándose ellos de la excelente virtud q u e Yos habíais concedido á aquella piadosa m u j e r , le p r e g u n t a r o n si v e r d a d e r a m e n t e no le d a ñ a sentimiento a l g u n o el morir allí y dejar su

CAPÍTULO XII. De como lloró la muerte de su

madre.

29. Al mismo tiempo q u e yo cerraba sus ojos al cadáver, se i b a a p o d e r a n d o de mi c o razon u n a tristeza g r a n d e , q u e iba á resolverse en l á g r i m a s ; pero mis ojos obedeciendo al violento imperio del a l m a , absorbían toda la corriente de su llanto, d e m o d o q u e pareciesen e n j u t o s ; y en esta r e p u g n a n c i a q u e hacia al desahogo del llanto, tenia q u e vencer y q u e padecer mucho. E l joven Adeod a t o , luego q u e mi m a d r e dió el último aliento, comenzó á llorar á g r i t o s ; pero á 14*

-

200

-

persuasión de todos nosotros se sosegó y c a lló. Á este modo también era lo q u e yo exper i m e n t a b a , pues aquel primer movimiento, q u e con pueril flaqueza m e queria hacer pror u m p i r en llantos y gemidos, á la voz y precepto de mi a l m a , como de sujeto mas p r u dente y juicioso, se reprimía y callaba. P o r q u e no pensábamos por conveniente a c o m p a ñ a r con lamentos, gemidos y sollozos la m u e r t e de mí m a d r e ; por ser estas u n a s d e mostraciones con q u e por lo c o m ú n suele llorarse la infeliz y desgraciada suerte de los q u e han m u e r t o , ó con q u e al parecer se s i g nifica, q u e se h a n consumido e n t e r a m e n t e ó aniquilado. P e r o mi m a d r e , ni habia m u e r t o d e modo q u e se le pudiese t e m e r a l g ú n infeliz destino, ni habia m u e r t o de todo punto, lo cual teníamos por verdad m u y cierta, ya atendiendo á la pureza de sus costumbres y método de v i d a , ya á su fe no fingida, sino m u y v e r d a d e r a , ya también por otras m u chas razones q u e nos lo a s e g u r a b a n . 30. P u e s ¿ q u é e r a , S e ñ o r , aquello q u e tan g r a v e m e n t e sentia en lo interior de mi a l m a , sino la herida reciente q u e en ella habia c a u s a d o , el haberse disuelto r e p e n l i n a -

-

201

-

mente aquella costumbre de vivir en su c o m p a ñ í a , que me era tan s u m a m e n t e a m a b l e y deliciosa? E s cierto que m e complacía m u cho lo q u e mí madre habia testificado de mí, a u n en esta su úítíma e n f e r m e d a d , en la cual como h a l a g á n d o m e por los obsequios q u e yo le hacia y lo q u e la c u i d a b a , m e llam a b a hijo piadoso: traía también á la m e moria con g r a n d e afecto y t e r n u r a , que j a m á s habia oido de mi boca palabra ni voz a l g u n a q u e le fuese molesta ni injuriosa. Pero á la v e r d a d , Dios mió y mi Criador, ¿ q u é importaba todo esto, ni cómo era comparable el reconocimiento y respeto que yo le t u v e , con los cuidados y servicios q u e le d e b i a ? Así viendo yo q u e q u e d a b a d e s a m p a r a d o de tan g r a n d e consuelo como de ella recibía ; mí alma estaba traspasada del dolor y p e n a , y parece q u e mí vida se despedazaba ; pues la mia y la suya no hacían mas que u n a sola 4 . 31. Despues q u e á nuestras persuasiones, como he dicho, reprimió las lágrimas y clamores A d e o d a t o , cogió Evodio un salterio, y comenzó á cantar aquel salmo : Vuestra misericordia, Señor. y vuestra justicia cantaré

-

202

-

en vuestra presencia: y le respondíamos todos los que estábamos en la casa. Al ruido de nuestras voces acudió g r a n n ú m e r o d e p e r sonas fieles y piadosas de uno y otro sexo, y mientras q u e los q u e tienen esto á su cargo, disponían todas las cosas q u e s e g ú n costumbre se r e q u e r í a n p a r a el entierro ; yo en un lugar retirado, donde podia estar sin menoscabo de mi decoro, en compañía de algunos que no tuvieron por conveniente el d e j a r m e solo, t r a t a b a y conferenciaba aquellas m a t e rias q u e m e parecían oportunas y propias d e aquella ocasion. E s t a disputa é indagación de la verdad servia como de lenitivo á mi dolor y t o r m e n t o , q u e solamente á Vos era notorio ; pues los demás q u e m e a c o m p a ñ a ban y oian a t e n t a m e n t e n u e s t r a s conferencias, no solamente i g n o r a b a n mi pena y sentimiento, sino que j u z g a b a n q u e estaba sin p e s a d u m b r e ni dolor a l g u n o . P e r o bien lleg a b a n á vuestros oidos las interiores voces de mi a l m a , con q u e yo m e reprendía á mí mismo la debilidad y poca fortaleza d e mi afecto, a u n q u e los circunstantes no pudiesen oirías. T a m b i é n delante de Vos comprimía el ímpetu de mi tristeza, la q u e cesando por

— 203 brevísimo tiempo, volvía á prevalecer y apoderarse de mí corazon, a u n q u e no tanto q u e m e hiciese p r o r u m p i r en l á g r i m a s , ni se a d virtiese a l g u n a mutación en mi s e m b l a n t e ; pero yo bien sabia cuán g r a v e m e n t e oprimido estaba mí corazon y acongojado. Y como por otra parte m e desazonaba mucho el q u e hiciesen en mí tan f u e r t e y poderosa i m p r e sión estos sucesos h u m a n o s , q u e forzosa y necesariamente han de suceder, ya por el o r den q u e vuestra providencia tiene establecid o , ya por ser propios de nuestra condicion y naturaleza, con otro nuevo dolor sentia mi dolor p r i m e r o , y me afligía con duplicada tristeza. 3 2 . Llegóse el tiempo de llevar el c a d á ver, y no lloré en lodo el c a m i n o , ni á l a ida ni á la v u e l t a ; pues ni a u n en aquellas preces y oraciones q u e os h i c i m o s , mientras se os ofrecía por su alma el sacrificio de n u e s tra r e d e n c i ó n , estando ya puesto el cadáver j u n t o á la sepultura antes q u e se enterrase, como allí se acostumbra h a c e r , ni en a q u e llas preces m e enternecí ni lloré. Sin e m b a r go estuve lodo el dia poseído interiormente

- 204 de u n a gran tristeza; y del modo q u e m e permitía la turbación d e mi a l m a , os suplicaba q u e sanáseis mi d o l o r ; pero Vos no lo hacíais, y e r a , s e g ú n creo, para q u e á lo menos por esta experiencia mia aprendiese y tuviese en la memoria la g r a n fuerza q u e tienen los lazos d e toda c o s t u m b r e , contra todas las reflexiones q u e p u e d a hacer u n a l ma q u e y a está d e s e n g a ñ a d a , y n o se alimenta d e la falsedad y mentira. Entonces me pareció q u e también me c o n vendría tomar baños, porque había oido d e cir, q u e en latín se llamaban Balnea, del nombre g r i e g o Balanion, para significar q u e expelen y echan f u e r a del a l m a toda aflicción y tristeza. Pero también debo confesar á vuestra infinita misericordia, con la q u e sois P a dre mió y de lodos los h u é r f a n o s , que despues d e h a b e r m e b a ñ a d o , m e hallé del m i s m o modo q u e a n t e s ; p o r q u e el calor del b a ño no pudo hacer q u e expeliera p o r s u d o r la a m a r g u r a y tristeza d e mi a l m a . Dormí despues un r a l o , y c u a n d o dispert é , conocí q u e mi pena y sentimiento en p a r te se m e habia mitigado. Entonces estando

- 205 solo en mi lecho, s e m e acordaron aquellos versos tan verdaderos d e vuestro siervo A m brosio, en q u e hablando con Yos dice : Divino Criador del universo, Q u e los cielos r e g í s de polo á polo, E n g a l a n a n d o el d í a c o n el t e r s o Y h e r m o s o r e s p l a n d o r q u e el sol d a solo; Y q u e la n o c h e , p a r a fin d i v e r s o , Veslis de l u t o con gustoso dolo D e los s e n t i d o s , q u e al t r a b a j o a d v e r s o H a b i l i t a los m i e m b r o s f a t i g a d o s , Por m e d i o del descanso y el r e p o s o . P a r a q u e p o r el s u e ñ o c o n f o r t a d o s Vuelvan á su ejercicio l a b o r i o s o : Asimismo las a l m a s a n g u s t i a d a s Con c u i d a d o s , discursos, sutilezas, Mediante el s u e ñ o , miran aliviadas Sus p e n a s , aflicciones y tristezas, etc.

33. Pero desde estas consideraciones vol via á recaer poco á poco en los antecedentes y pasados sentí míenlos, acordándome de aquella vuestra sierva, d e su vida y conducta fiel, tan piadosamente ordenada á Yos, como s a n tamente h a l a g ü e ñ a y s u a v e para m í ; y n o pudíendo reprimir el sentimiento d e v e r m e privado de ella r e p e n t i n a m e n t e , m e dió g a n a d e llorar delante de Yos por ella y por m í ; tomando motivos para llorar d e su proceder y el mió. Así solté el dique á mis lágrimas,

-

206

A h o r a , S e ñ o r , también os lo confieso por escrito; léalo el q u e quisiere, é interprételo como g u s t a r e . Si le pareciere q u e hice mal, y que p e q u é en h a b e r llorado á mi m a d r e por un corto espacio d e t i e m p o ; á u n a m a d r e muerta allí á mis ojos, y q u e por muchos años m e habia llorado á mí p a r a q u e viviese á los vuestros, le pido q u e n o se ría d e mi llanto; antes b i e n , si tiene bastante c a r i d a d , llore él también por mis pecados delante d e Vos, Dios m i ó , q u e sois el P a d r e d e todos a q u e llos fieles q u e son h e r m a n o s de vuestro Hijo Jesucristo.

NOTA.

1

-

-

q u e hasta entonces tenia represadas, d e j á n dolas correr cuanto quisiesen, hasta q u e n a dase y descansase mi corazon en e l l a s ; como efectivamente descansó, por ser Vos el único testigo que habia d e mi llanto, n o habiendo allí persona h u m a n a que diese á mis lágrimas a l g u n a interpretación vana y siniestra.

Con esta m i s m a e x p r e s i ó n explicó el a m o r e x -

t r e m a d o q u e t e n i a á a q u e l a m i g o q u e se le m u r i ó en T a g a s t e , d e q u i e n h a b l ó e n el lib. I V , c a p . T I ;

207 -

p e r o a u n q u e r e t r a t a a q u e l l a e x p r e s i ó n , y le p a r e c e d e m a s i a d a h a b l a n d o del a m o r d e su a m i g o ,

ñola

r e t r a t a ni m o d e r a h a b l a n d o del q u e t e n i a á s u s a n t a madre.

CAPÍTULO XIII. Ora Agustín á Dios por su difunta

madre.

3 4 . Pero ahora q u e y a estoy sano d e aquella herida que penetró mí corazon, y en q u e p u d i e r a reprenderse p o r excesivo mi carnal afecto, os ofrezco, Dios m i ó , por a q u e lla sierva vuestra otro m u y diferente género de l á g r i m a s , q u e d i m a n a n del temor que p a dece mi espíritu, considerando los peligros de cualquier alma q u e contrae la culpa y muerte de Adán. P u e s a u n q u e mi m a d r e fue vivificada en Cristo, y también mientras vivió en este m u n d o tuvo u n a conducta tan j u s tificada, q u e su fe y sus costumbres dan motivo d e q u e se alabe y bendiga vuestro santo n o m b r e ; con todo eso no m e a t r e v e r é á a s e g u r a r , q u e desde q u e le disteis la vida de la gracia en el bautismo, no se le escapase de su boca siquiera u n a p a l a b r a q u e por vuestros

-

208

-

m a n d a m i e n t o s estuviese prohibida. Y s a b e mos q u e la Verdad por esencia, que es vuestro unigénito H i j o , dejó dicho en su E v a n g e lio , q u e si alguno injuriase á su hermano diciéndole que es un fatuo, se hacia digno del infierno. Así ¡desventurado el h o m b r e , por mas l a u d a b l e q u e h a y a sido su v i d a , si Vos le juzgáreis sin misericordia! Mas como no escudriñáis con todo ese r i g o r nuestros p e c a d o s , confiadamente e s p e ramos hallará en vuestra piedad a l g ú n l u g a r el perdón. Y á la v e r d a d , S e ñ o r , cualquiera q u e delante d e Vos contara y alegara sus verdaderos méritos, ¿ q u é hacia sino contar los q u e Vos le habíais d a d o , pues todos son dones v u e s t r o s ? ¡ Oh si los hombres a c e r t a sen á conocer q u e son h o m b r e s ! ¡y el que se alaba y gloria, se alabase y gloriase en el SeTior! 3 o . Yo, p u e s , ¡oh alabanza m i a , vida m i a , Dios de mi corazon! dejando ahora a p a r t e todas las b u e n a s obras de mi m a d r e , por las cuales os doy m u c h a s gracias con g r a n d e gusto m i ó , os pido ahora el perdón de sus pecados. C o n c e d é d m e l e , S e ñ o r , por los méritos de Jesucristo, q u e murió pen-

— 209 diente del árbol d e la cruz, q u e fue el r e medio universal d e todas nuestras l l a g a s , y a h o r a sentado á vuestra d i e s t r a , no cesa de interceder por nosotros. Yo sé q u e ella ejercitó las obras de misericordia, y q u e perdonó m u y de corazon á todos los q u e la habian o f e n d i d o ; p u e s Vos, S e ñ o r , perdonad t a m bién á ella s u s d e u d a s , si contrajo a l g u n a s en tantos años como vivió, despues q u e fue lavada en el a g u a saludable del bautismo. P e r d o n a d l a , S e ñ o r , p e r d o n a d l a , os r u e g o : y no entreis con ella á juicio. Sobresalga, Señor, vuestra misericordia sobre vuestra justicia; ya q u e no p u e d e faltar la verdad d e vuestras p a l a b r a s , y Vos habéis prometido tener misericordia con los q u e han sido m i sericordiosos. Si ellos lo fueron, á vuestra misericordia deben el haberlo s i d o ; y como dice vuestro apóstol Pablo : Tendréis misericordia de los mismos con quienes antes habéis sido misericordioso, y daréis vuestra misericordia á aquellos con quienes queráis usarla. 36. Yo bien creo, q u e ya Vos habréis ejecutado lo mismo q u e os s u p l i c o ; pero llevad á bien, Señor, que yo os explique estos deseos de mi voluntad, cuando os r u e g o por



u n a m a d r e tan cristiana, que estando ya próximo el dia d e su m u e r t e , no pensó s i q u i e r a en q u e su cuerpo se enterrase con a p a r a t o s u n t u o s o , ni de q u e fuese antes embalsamado , ni deseó q u e le colocasen en u n sepulcro distinguido y s e p a r a d o , ni cuidó d e q u e le llevasen al q u e en su patria tenia p r e v e n i d o . N a d a de esto nos m a n d ó ; sino ú n i c a m e n t e q u e nos acordásemos de ella en el sacrificio del a l t a r , al cual todos los dias asistia y cooperaba indispensablemente. S a bia q u e en él se ofrecia y sacrificaba aquella Victima s a n t a , con cuya s a n g r e se borró la cédula del decreto que habia contra nosotros, y q u e d ó vencido nuestro mortal e n e m i g o , q u e es el q u e se ocupa en hacer el cómputo d e nuestros pecados; el q u e por mas solicito q u e a n d u v o buscando a l g ú n defecto q u e oponer contra la santidad d e aquel por quien le vencimos, no halló imperfección a l g u n a q u e fiscalizar. ¿ Q u i é n podrá volverle la inocente s a n g r e q u e d e r r a m ó por nosotros? ¿ Q u i é n podrá restituirle el infinito precio con q u e nos c o m pró y se hizo Señor de nosotros, para q u e intente a r r a n c a r n o s de su poder y d o m i n i o ?

211



P u e s á este S a c r a m e n t o q u e contiene el precio de nuestra redención, es al q u e mi m a dre y sierva vuestra tenia atada estrecham e n t e su alma con el lazo de la fe. N a d i e , p u e s , Dios m i ó , nadie r o m p a ese lazo s e p a rándola de vuestra protección. No se interp o n g a á estorbarla el dragón infernal con sus violencias ni con sus a s t u c i a s : es verdad q u e ella no responderá q u e no debe cosa a l g u n a , ni tiene q u e satisfacer á vuestra justicia, temiendo ser convencida d e lo contrario y v e nir á manos de su acusador astuto y m a l i cioso ; pero responderá q u e sus deudas se las ha perdonado aquel S e ñ o r , á quien nadie p u e d e restituir lo q u e pagó por nosotros sin deberlo. 3 7 . Descanse e t e r n a m e n t e en paz con su m a r i d o , q u e fue el único q u e t u v o , pues ni despues d e él conoció á o t r o , habiéndole servido de m a n e r a , q u e al mismo tiempo q u e mereció mucho para con Vos por su paciencia, logró también g a n a r l e p a r a Vos. Inspirad V o s , Dios mió y mi S e ñ o r , inspirad á vuestros siervos q u e miro como á hermanos, inspirad á vuestros hijos q u e venero como á señores mios, á quienes sirvo

con mis palabras, con m i corazon, con m i s e s c r i t o s : q u e todos los q u e leyeren estas mis Confesiones, h a g a n en vuestros altares conmemoración de Mónica vuestra sierva, y j u n tamente d e Patricio su esposo, por medio de los cuales m e disteis el s e r , y m e introdujisteis á esta v i d a , sin saber yo cómo. A todos, p u e s , les r u e g o , q u e con u n afecto d e piadosa caridad se acuerden d e los q u e fueron mis padres en esta luz y vida t r a n s i t o r i a , y mis h e r m a n o s en el seno d e la Iglesia c a t ó lica m a d r e d e lodos los fieles, siendo Vos el Padre d e todos, y q u e espero serán también mis conciudadanos en la Jerusalen eterna, por la cual suspira incesantemente vuestro p u e b l o , mientras d u r a su peregrinación en esta v i d a , hasta q u e vuelva á la deseada p a tria. Así tendré yo el consuelo d e haber procurado á mi m a d r e las oraciones d e muchos, y d e q u e por medio d e mis Confesiones l o g r e mas a b u n d a n t e m e n t e , q u e por mis o r a ciones solas, la última cosa q u e m e pidió y encargó.

LIBRO X. M u e s t r a por q u é g r a d o s f u é s u b i e n d o al c o n o c i m i e n to d e D i o s ; q u e s e h a l l a á Dios en la m e m o r i a , cuya capacidad y virtud describe h e r m o s a m e n t e ; q u e solo en Dios e s t á la v e r d a d e r a b i e n a v e n t u r a n za q u e t o d o s a p e t e c e n , a u n q u e no t o d o s la b u s c a n p o r los m e d i o s l e g í t i m o s : d e s p u e s d e s c r i b e el e s t a d o p r e s e n t e d e s u a l m a , y los m a l e s d e l a s t r e s concupiscencias.

CAPÍTULO I. Que en solo Dios halla un alma su esperanza y alegría. 1 . Conózcaos y o , P a d r e m i ó , conózcaos yo como Yos m e conocéis. V o s , Dios m i ó , q u e sois la virtud y fortaleza de mi a l m a , e n trad en ella, ajusladla tanto á V o s , q u e la t e n g á i s , poseáis y lleneis t o d a , y ella q u e d e á vuestros ojos sin arruga ni mancha. Así lo espero y deseo, y esto m e d a aliento y c o n * 15

T . I I . — IX.

con mis palabras, con m i corazon, con m i s e s c r i t o s : q u e todos los q u e leyeren estas mis Confesiones, h a g a n en vuestros altares conmemoración de Mónica vuestra s i e r r a , y j u n tamente d e Patricio su esposo, por medio de los cuales m e disteis el s e r , y m e introdujisteis á esta v i d a , sin saber yo cómo. A. todos, p u e s , les r u e g o , q u e con u n afecto d e piadosa caridad se acuerden d e los q u e fueron mis padres en esta luz y vida t r a n s i t o r i a , y mis h e r m a n o s en el seno d e la Iglesia c a t ó lica m a d r e d e lodos los fieles, siendo Vos el Padre d e todos, y q u e espero serán también mis conciudadanos en la Jerusalen eterna, por la cual suspira incesanlemenle vuestro p u e b l o , mientras d u r a su peregrinación en esta v i d a , hasta q u e vuelva á la deseada p a tria. Así tendré yo el consuelo d e haber procurado á mi m a d r e las oraciones d e muchos, y d e q u e por medio d e mis Confesiones l o g r e mas a b u n d a n t e m e n t e , q u e por mis o r a ciones solas, la última cosa q u e m e pidió y encargó.

LIBRO X. M u e s t r a por q u é g r a d o s f u é s u b i e n d o al c o n o c i m i e n to d e D i o s ; q u e s e h a l l a á Dios en la m e m o r i a , cuya capacidad y virtud describe h e r m o s a m e n t e ; q u e solo en Dios e s t á la v e r d a d e r a b i e n a v e n t u r a n za q u e t o d o s a p e t e c e n , a u n q u e no t o d o s la b u s c a n p o r los m e d i o s l e g í t i m o s : d e s p u e s d e s c r i b e el e s t a d o p r e s e n t e d e s u a l m a , y los m a l e s d e l a s t r e s concupiscencias.

CAPÍTULO I. Que en solo Dios halla un alma su esperanza y alegría. 1 . Conózcaos y o , P a d r e m i ó , conózcaos yo como Yos m e conocéis. V o s , Dios m i ó , q u e sois la virtud y fortaleza de mi a l m a , e n trad en ella, ajusladla tanto á V o s , q u e la t e n g á i s , poseáis y lleneis t o d a , y ella q u e d e á vuestros ojos sin arruga ni mancha. Así lo espero y deseo, y esto m e d a aliento y c o n * 15 T . I I . — IX.

- 214 fianza de hallaros; esta esperanza es la que m e a l e g r a , cuando es legítima y v e r d a d e r a mi alegría. Todas las demás cosas de esta vida tanto menos deberían llorarse, cuanto mas se suele llorar el no tenerlas; y por otra parte tanto mas se debían llorar, cuanto raenos se suele llorar el gozarlas. Esta es u n a confesion de la verdad que Vos amais: y como el que sigue la verdad llega á conseguir la luz; yo quiero seguirla y practicarla, ya sea en la confesion q u e os hago en lo oculto de mi corazon, ya sea en la q u e hago p ú b l í c a c a m e n l e con mi p l u m a delante d e todo el mundo. C A P Í T U L O II. Siendo claras y manifiestas respecto de Dios las cosas mas ocultas, qué viene á ser lo que hace el hombre en confesarse á Dios. 2 . A u n q u e no quisiese yo confesarme, ni descubrirme á Y o s , ¿ q u é cosa puede h a ber en mí q u e os sea oculta, S e ñ o r , á c u y o s ojos están patentes y claros los m a s p r o f u n dos y escondidos senos de nuestra concien-

- 215 cia? E n tal caso, en l u g a r de ocultarme á vuestra vista, os alejaría á Vos de la mia. Pero ahora q u e mis gemfdos y llantos testifican q u e v e r d a d e r a m e n t e me desagrado á mí mismo, Vos, S e ñ o r , os dignáis d e s c u briros resplandeciente á mi a l m a ; Vos sois toda mi complacencia, Vos sois el objeto de mi amor y de mis déseos; para que avergon zándome de mí mismo, m e desprecie y d e j e á m í , y os escoja solo á V o s , de modo q u e ya no piense tener gusto en Vos ni en mí, q u e no provenga de Vos. Es cíertisímo, p u e s , q u e Yos, S e ñ o r , m e conocéis c l a r a m e n t e tal como s o y ; pero ya he dicho antes el provecho q u e espero sacar de confesarme á Vos. Así no lo ejecuto con palabras ni voces formadas en mi b o c a ; s i no con p a l a b r a s interiores de mi a l m a , y clamores de mi pensamiento, q u e llegan á vuestros oidos. Si soy m a l o , no es olra cosa el confesarlo á Vos, q u e d e s a g r a d a r m e d e mí m i s m o ; y si soy b u e n o , no es otra cosa el confesarlo á V o s , q u e no a t r i b u i r m e á mí mismo esa bondad : porque Vos sois el que dais vuestra bendición al justo, haciendo Vos mismo q u e lo sea el q u e antes era pecador y 15*

-

216

-

malo. A s í , Dios mío, estas Confesiones q u e hago delante d e V o s , las hago al mismo tiempo callando y ' n o callando; p o r q u e si calla el ruido d e la voz exterior, no calla mi corazon, ni cesa de c l a m a r . Ni yo hablo ni comunico á los hombres a l g u n a cosa b u e n a , q u e Vos antes no la hayais oido de m í ; ni tampoco pudiera ser q u e Vos la oyerais de m í , si Vos mismo no m e la hubiéraís dicho ó inspirado. C A P Í T U L O 111. Del fruto que sacaba de confesar á Dios el estado presente de su alma, á distinción de lo que antes habia sido. 3 . ¿ Q u é m e importa á mí q u e oigan ó no los hombres las Confesiones m i a s , como si ellos h u b i e r a n d e sanar todas las dolencias d e mi a l m a ; siendo ellos tan cuidadosos para s a b e r la vida a j e n a , como desidiosos para e n m e n d a r la s u y a ? ¿ P a r a q u é desean oir de mí lo q u e soy, no queriendo escuchar de Vos lo q u e son ellos? Mas cuando m e oigan hablar de raí m i s m o , ¿ d e dónde s a b e n ellos

si yo les digo la v e r d a d ; siendo así q u e n t n guno de los hombres puede saber lo que pasa en lo interior de cada uno, sino el espíritu humano que está en el hombre mismo? Pero si os oyeran hablar de ellos m i s m o s , no pudieran decir n u n c a : el Señor nos e n g a ñ a , ó esto es mentira. P o r q u e oir ellos lo q u e decís de ellos mism o s , ¿ q u é otra cosa es sino conocerse á sí propíos? Y ¿quién es el q u e habiendo lleg a d o á este conocimiento, se atrevió á decir : es falso esto q u e conozco, sino mintiendo él mismo? Mas como es propio de la caridad hacer q u e todos los q u e ella u n e de modo q u e teng a n un solo c o r a z o n , se crean todas las c o sas m ù t u a m e n t e unos á otros : yo, S e ñ o r , t a m b i é n os h a g o mi confesion, de tal modo q u e p u e d a llegar á noticia d e los hombres, a u n q u e no p u e d a hacerles demostración d e q u e os confieso realmente la verdad ; p o r q u e estoy s e g u r o q u e m e creerán todos a q u e llos á quienes la caridad a n i m a y les a b r e los oidos. 4. No o b s t a n t e , Dios mio y médico s o b e r a n o d e mi a l m a , dignaos de declararme



218

-

q u é fruto puedo sacar de hacer esto. Ya veo q u e las confesiones de mis males pasados, q u e Vos me perdonásleis, y los borrásteis para comunicarme vuestra bienaventuranza, dando á mi alma nuevo ser con la fe y g r a cia de vuestra santo B a u t i s m o ; c u a n d o se l e e n , ó se o y e n , han de excitar precisamente el corazon h u m a n o , p a r a que no se deje o p r i mir del letargo de la desesperación, ni d i g a : No puedo ya ser otro. Ellas servirán p a r a despertarle de tan peligroso s u e ñ o , y h a cerle vigilante en el amor de vuestra m i s e ricordia, y en la dulzura de vuestra g r a c i a , q u e es la q u e da á los flacos el poder y r o bustez que necesitan, como también la luz q u e es necesaria para q u e reconozcan su flaqueza. A u n los buenos se deleitan con s a b e r los males p a s a d o s , de los q u e ya se han librado ellos; pero no se deleitan porque son m a l e s , sino p o r q u e de tal modo lo fueron q u e ya no lo son. ¿ C u á l , p u e s , será el provecho, Dios y Señor m i ó , á cuya presencia se confiesa todos los dias mi a l m a , q u e d a n d o mas quieta y s e g u r a con la esperanza de vuestra misericord i a , q u e con su inocencia; c u á l , digo, será

el provecho q u e puedo prometerme de hacer a n t e Vos estas Confesiones por escrito, por lo q u e toca á dar noticia á los hombres de lo q u e sov al presente, no de lo que antes de ahora he sido? P o r q u e ya he visto el fruto q u e corresponde á confesar lo q u e f u i , y ya hice antes conmemoracion de él. L o q u e soy ahora en este mismo tiempo en q u e estoy escribiendo mis Confesiones, hay muchos q u e lo desean s a b e r , ya de los q u e me conocieron a n t e s , ya también de los q u e no m e conocieron, sino q u e á mí mismo ó á otros han oído hablar d e m í ; a u n q u e ni los unos ni los otros p u e d e n aplicar sus oidos á las voces interiores d e mi corazon, donde se halla realmente la verdad de lo q u e soy. Q u i e r e n , p u e s , oirme confesar lo q u e soy v e r d a d e r a m e n t e en mi interior, á donde no pueden aplicar sus ojos, ni sus oidos, ni sus e n t e n d i m i e n t o s ; con lodo eso ellos lo q u i e ren , y están dispuestos á c r e e r m e ; pero ¿acaso eso es bastante para q u e tengan un conocimiento cierto y s e g u r o de lo q u e yo soy interiormente? La caridad que los hace tan buenos como ellos s o n , es la q u e les p e r suade que yo no miento en estas Confesio-

-

220

-

nes q u e hago d e mí m i s m o , y ella es la q u e hace q u e dén crédito á mis palabras. CAPÍTULO IV. Del grande fruto que esperaba hacer en los fieles con los libros de sus Confesiones. 5. Pero ¿ q u é fruto esperan sacar d e mis Confesiones estos q u e las d e s e a n ? ¿ s e r á a c a so q u e quieren alegrarse conmigo y d a r m e p a r a b i e n e s , c u a n d o sepan lo q u e por v u e s tra gracia he adelantado p a r a a c e r c a r m e á Vos; y orar por m í , c u a n d o m e oigan c o n fesar cuanto m e estorbe para eso mismo el peso d e mi corrupción? k. estos tales yo m e descubriré desde luego : p o r q u e ya no es peq u e ñ o f r u t o , Dios y Señor m i ó , q u e muchos os dén gracias por los beneficios q u e m e h a béis h e c h o , y sean muchos también los q u e os s u p l i q u e n y h a g a n oracion por mí. B u e n o es q u e mis h e r m a n o s amen en mí lo q u e Vos enseñáis q u e d e b e ser a m a d o ; y bueno es q u e sientan ver en mí lo q u e Vos enseñáis q u e d e b e ser sentido. H a g a esto el q u e m e a m e como verdadero h e r m a n o s u y o ;

no aquel q u e por falta de caridad y fe m e sea e x t r a ñ o , y permanezca en la clase d e los q u e llama David hijos ajenos, cuya boca se emplea en doctrinas vanas, y cuya diestra lo es para la maldad. H a g a esto, vuelvo á decir, el q u e m e m i r e con fraternal afecto; p o r q u e este c u a n d o m e a p r u e b a , se alegra d e mi bien, y cuando m e r e p r u e b a se entristece d e m i m a l ; p o r q u e ya a p r u e b e ó ya r e p r u e b e m i c o n d u c t a , siempre m e a m a . Pues á estos q u i e r o d a r m e á c o n o c e r , para q u e respiren con alegría cuando sepan lo q u e hay en mí d e b u e n o , y suspiren con tristeza por lo q u e h u b i e r e de malo. C u a n t o hay en mí de b u e n o , de V o s , Señ o r d i m a n ó , de Vos tuvo el principio, todo ello es don v u e s t r o ; pero cuanto hay de malo , ó son mis propios delitos, ó son penas q u e les corresponden por vuestros justos juicios. Pues respiren mis hermanos por aquellos bienes, y suspiren llorosos por estos males : tanto sus alegres himnos como sus tristes llantos s u b a n hasta el trono d e vuestra M a jestad , como oloroso incienso q u e exhalan los corazones d e mis h e r m a n o s , como otros tantos racionales incensarios llenos del fuego

-

m

-

de la caridad. Y V o s , S e ñ o r , aplacado con esa f r a g a n c i a de vuestro santo templo, habed piedad de mi, según es propio de vuestra grande misericordia, por la gloria de vuestro santo n o m b r e ; y no cesando j a m á s de c o n servar lo b u e n o q u e en mí habéis comenzad o , perfeccionad t a m b i é n lo q u e todavía Hubiere de imperfecto. 6. E s t e es, S e ñ o r , todo el fruto q u e p r e tendo sacar de estas mis Confesiones; no ya diciendo lo q u e he sido a n t e s , sino lo q u e soy a h o r a . Lo confesaré no solamente en v u e s t r a presencia con interior alegría m e z clada de t e m o r , y con oculta tristeza a c o m p a ñ a d a de e s p e r a n z a ; sino q u e también d e lante d e todos los fieles hijos d e los hombres, compañeros d e mi g o z o , participantes como yo d e la h u m a n a y mortal n a t u r a l e z a , c o n c i u d a d a n o s mios d e la celestial J e r u s a l e n , á la cual se dirigen como peregrinos conmigo en la t i e r r a , ya sean los q u e me precedan, ya los q u e me s i g a n , ya los que m e a c o m p a ñ e n d u r a n t e el camino de mi vida. Estos son vuestros siervos, y por eso mis h e r m a nos : Vos, S e ñ o r , quisisteis que fuesen vuestros hijos, y m e habéis m a n d a d o que les sirva

— 223 — como á mis s e ñ o r e s 1 si quiero vivir con Vos de vuestra misma vida. P a r a q u e yo lo pudiese e j e c u t a r , no me bastaría q u e vuestra p a l a b r a solo h a b l a n d o m e lo m a n d a s e , si a d e m á s no me h u b i e r a precedido ejecutando lo mismo q u e habia m a n d a d o . P u e s también yo hago esto q u e m e m a n d a i s con mis hechos y con mis d i chos. Esto hago bajo la protección de vuestras alas, y es cierto que lo haría con g r a n dísimo peligro, a n o estar mi alma debajo de la protección d e vuestras alas, y á no seros notoria mi flaqueza. E s verdad q u e yo soy un parvulillo ; pero mi padre vive siempre y es e t e r n o , y en él tengo el tutor q u e necesito. El mismo q u e m e dio el s e r , es mi t u t o r ; V o s , S e ñ o r , sois para mí todo esto, y lodos mis bienes j u n tos: Vos sois el Todopoderoso, q u e estáis siempre c o n m i g o , a u n antes que yo e s t u viese con Vos. Á aquellos, p u e s , á quienes m e mandais q u e sirva en esto, m e d e s c u b r i r é , y les manifestaré, no ya lo q u e he sido a n t e s , sino lo q u e ya soy 2 , y lo q u e lodavía soy : sin embargo no me juzgo á mí mismo con el juicio mas exacto, cabal y perfecto;

m — bajo cuyo concepto se h a de entender lo q u e les voy á decir. —

NOTAS. 1

CAPÍTULO V. Que el hombre no se conoce á si mismo cabal y perfectamente.

Dice el s a n t o D o c t o r , q u e D i o s le ha m a n d a d o

q u e s i r v a á s u s h e r m a n o s , a l u d i e n d o á lo q u e s u M a j e s t a d d i j o p o r s a n L u c a s (XXII , 2 6 ) : Elque el mayor

entre vosotros,

que fuere presidente mo el siervo

hágase

y prelado,

y ministro

sea

como el menor;y

el

hágase y pórtese

co-

de todos.

Así san A g u s t í n ,

a u n siendo obispo, cumplía exactísimamente este p r e c e p t o ; y n o m a n d a b a , sino q u e s e r v í a á s u s c l é r i gos, á sus f r a i l e s , á todos sus inferiores y súbditos. ® Lo que ya soy,

e s t o e s , lo q u e y a h e a d e l a n t a d o

en la v i r t u d ; y lo que todavía

soy,

e s t o e s , lo q u e to-

d a v í a m e falta p a r a e n m e n d a r y p e r f e c c i o n a r . E s t o m i s m o lo dice d e o t r o m o d o al p r i n c i p i o d e este c a pítulo en a q u e l l a s p a l a b r a s : lo que por vuestra ciahe adelantado to me estorbe

par a acercarmeá

el peso de mi corrupción.

Vos; y...

P e r o los t r a -

d u c t o r e s n o h a n e x p l i c a d o bien el quisjam quis adhuc

sim d e l t e x t o .

gracuan-

sim,

et

7 . V o s s o l a m e n t e , S e ñ o r , sois el q u e p u e d e hacer juicio cabal d e lo q u e s o y ; pues a u n q u e es cierto que ninguno de los hombres puede llegar á saber lo que pasa en lo interior de otro hombre, sino el mismo espíritu que está en cada uno de ellos; h a y no obstante a l g u n a s cosas en el h o m b r e , q u e a u n el mismo espíritu q u e le a n i m a no las s a b e cabal y p e r fectamente. Solo Y o s , S e ñ o r , q u e le habéis c r i a d o , conocéis todas sus cosas con e s e ca bal y perfectísimo conocimiento. Pero y o , a u n q u e respecto d e vuestra perspicacia rae respete á mí m i s m o , y conozca q u e soy tierra y ceniza, a l g u n a s sé y puedo alirmar d e Yos, q u e no las s é ni puedo afirmar d e m í . E s m u y cierto q u e ahora no os vemos sino confusamente como por un espejo y en enigmas, no habiendo llegado todavía á veros cara á cara. Por eso mientras d u r a mi peregrinación en la tierra, m e veo mas d e cerca á m í m i s -

-

226

-

mo q u e no á V o s : y no obstante eso sé ciertamente de Vos, q u e de n i n g ú n modo p o déis padecer violencia ni daño a l g u n o ; cuando de mí mismo ignoro e n t e r a m e n t e á q u é tentaciones sabré resistir, y á cuáles no s a bré. T e n g o esperanza de salir con victoria, fundándola en que Vos sois fiel en vuestras promesas , y no permitís que seamos tentados mas de lo que nuestras fuerzas pueden resistir; a n tes bien hacéis q u e s a q u e m o s provecho d é l a tentación, para que al fin salgamos victoriosos. Confesaré, p u e s , lo q u e sé de m í , y confesaré también q u é es lo q u e de mí no sé. P o r q u e todo lo q u e sé d e m í , lo sé m e d i a n t e la luz q u e Vos m e habéis comunicado para q u e lo s e p a ; y lo q u e no sé de m í , estaré sin saberlo, hasta q u e estas tinieblas de mi ignorancia se conviertan en luz tan clara como la del mediodía con el resplandor d e vuestra divina presencia.

C A P Í T U L O VI. Qué cosa es la que se ama cuando se ama á Dios: y como por las criaturas se llega á conocer al Criador. 8. Y o , S e ñ o r , sé con certeza q u e os a m o , y no tengo d u d a en ello. Heristeis mi corazon con vuestra p a l a b r a , y luego al p u n to os a m é . A d e m á s de e s t o , también el cielo, la tierra y todas las criaturas que en ellos se contienen, por todas partes m e están diciendo q u e os a m e ; y no cesan de decírselo á todos los h o m b r e s , de modo que no pueden tener excusa, si lo omiten. P e r o el mas alto y s e g u r o principio d e ese a m o r , es q u e Fos usáis con ellos de vuestra misericordia, haciendo q u e os a m e n aquellos con quienes habéis d e t e r m i n a d o ser m i s e r i cordioso. Concedeis por vuestra piedad q u e os tengan a m o r , los q u e por misericordia v u e s t r a teníais escogidos para q u e os a m a r a n ; sin lo cual serian tan inútiles las voces con q u e el cielo y la tierra se explican incesantemente en vuestras alabanzas, como si las dijeran á los sordos.

-

Pero ¿ q u é es lo q u e yo a m o c u a n d o os a m o ? No es h e r m o s u r a corpórea, ni bondad transitoria, ni luz material a g r a d a b l e á e s t q s o j o s ; no s u a v e s melodías de cualesquiera canciones; no la g u s t o s a fragancia de las flor e s , ungüentos ó a r o m a s ; no la d u l z u r a del m a n á , ó la miel, ni finalmente deleite a l g u n o , q u e pertenezca al tacto ó á otros sentidos del c u e r p o . N a d a de eso es lo q u e a m o , c u a n d o amo á m i Dios; y no obstante e s o , a m o u n a cierta luz, u n a cierta a r m o n í a , u n a cierta f r a g a n cia, un cierto m a n j a r , y un cierto deleite c u a n d o amo á mi Dios, q u e es luz, melodía, f r a g a n c i a , alimento y deleite de mi a l m a . Resplandece entonces en mi alma u n a luz q u e no ocupa l u g a r ; se percibe un sonido q u e no lo a r r e b a t a el t i e m p o ; se siente una f r a g a n c i a , q u e no la esparce el a i r e ; se r e cibe gusto d e un m a n j a r q u e no se consum e comiéndose; y se posee estrechamente u n bien tan delicioso, q u e por mas q u e se g o c e y se sacie el deseo, n u n c a puede dejarse por fastidio. P u e s lodo esto es lo que a m o , c u a n d o a m o á mi Dios. 9. P e r o ¿ q u é viene á ser esto? Yo pre-

229

-

g u n t é á la Werra, y respondió : No soy yo e s o ; y cuantas cosas se contienen en la tierra m e respondieron lo mismo. P r e g u n t é al m a r y á los abismos, y á todos los animales q u e viven en las a g u a s , y respondieron : No somos tu Dios; búscale mas arriba de nosotros. P r e g u n t é al aire q u e r e s p i r a m o s , y r e s p o n dió todo él con los q u e le habitan : A n a x i m e n e s ' se e n g a ñ a , p o r q u e no «oy tu Dios. P r e g u n t é al cielo, s o l , luna y estrellas, y m e dijeron : T a m p o c o somos nosotros ese Dios q u e buscas. Entonces dije á todas las cosas q u e por todas partes rodean mis sentid o s : Ya q u e todas vosotras m e habéis dicho q u e no sois mi Dios, decidme por lo menos algo de él. Y con u n a g r a n voz clamaron t o d a s : Él es el que nos ha hecho. Estas p r e g u n t a s q u e digo yo q u e hacia á todas las c r i a t u r a s , e r a solo mirarlas yo a t e n t a m e n t e y c o n t e m p l a r l a s ; y las r e s p u e s tas q u e digo me d a b a n e l l a s , es solo presentárseme todas con la h e r m o s u r a y orden q u e tienen en sí mismas. Despues de esto, volviendo hácia mí la consideración, m e p r e g u n t é á mí m i s m o : T ú ¿ q u é e r e s ? y me respondí: soy hombre. 16

t.

ii.—IX.

Y bien claramente conozco, q u e soy un todo compuesto de dos p a r t e s , cuerpo y alma, u n a de las cuales es visible y e x t e r i o r , y la otra invisible é interior. ¿ Y de las dos es de las q u e debo valerme p a r a buscar á m i Dios, despues de haberle buscado recorriendo todas las criaturas corporales q u e hay desde la tierra al cielo, hasta donde p u d e enviar por mensajeros los rayos visuales de mis ojos"? No h a y d u d a en q u e la parle interior es la mejor y mas p r i n c i p a l : pues ella e r a á quien todos los sentidos corporales q u e h a bían ido por m e n s a j e r o s , referían las respuestas que d a b a n las c r i a t u r a s , y la q u e como superior j u z g a b a de lo q u e habían r e s pondido cielo y t i e r r a , y todas las cosas q u e hay en ellos d i c i e n d o : Nosotras no somos Dios, pero somos o b r a s u y a . El h o m b r e i n terior q u e hay en m í , es el q u e recibió esta r e s p u e s t a , y conoció esla v e r d a d , m e d i a n t e el ministerio del h o m b r e exterior. E s decir, q u e yo considerado s e g ú n la parle interior de q u e m e c o m p o n g o , yo m i s m o , en cuanto al a l m a , conocí estas cosas p o r medio de los sentidos de mi c u e r p o . P r e g u n t é por mi Dios á toda esta g r a n d e m á q u i n a del m u n d o , y

- 231 m e respondió : Yo no soy Dios, pero soy hechura suya. 1 0 . E s t a h e r m o s u r a y orden del u n i vers&¿no se presenta igualmente á lodos los q u e lienen cabales sus sentidos? Pues ¿cómo á todos no les responde eso m i s m o ? Todos los a n i m a l e s , desde los mas p e q u e ños hasta los m a y o r e s , ven esta h e r m o s a máq u i n a del universo; pero no pueden hacerle aquellas p r e g u n t a s , porque no tienen e n t e n dimiento, q u e como superior j u z g u e de las noticias y especies q u e traen los sentidos. Los hombres sí q u e pueden e j e c u t a r l o , y por el conocimiento de estas criaturas visibles pueden subir á conocer las perfecciones invisibles de Dios: a u n q u e s u c e d e , q u e llevados del a m o r de estas cosas visibles, se s u j e t a n á ellas c o m o esclavos; y así no pueden j u z g a r de las c r i a t u r a s , pues para eso habían de ser s u p e - ' íiores á ellas. Ni estas cosas visibles responden á los que solamente les p r e g u n t a n ; sino á los q u e al mismo tiempo q u e p r e g u n t a n , saben j u z g a r de sus respuestas. Ni ellas m u d a n su voz, esto es, su natural hermosura, ni respecto de uno q u e no hace mas q u e v e r las, ni respecto de o t r o , q u e a d e m á s de esto 16*

- 232 se detiene á p r e g u n t a r l e s : n o es q u e á aquel parezcan d e u n modo y á este d e otro, sino q u e presentándose á entrambos con igual h e r m o s u r a , hablan con el u n o , y son m u d a s para con el otro; ó por mejor d e c i r , á e n trambos y á todos hablan ; pero solamente las entienden los q u e saben cotejar aquella voz q u e perciben por los sentidos exteriores, con la verdad q u e reside en su interior. Esta v e r d a d es la q u e m e dice : No es tu Dios el cielo ni la t i e r r a , ni todo lo d e m á s q u e tiene c u e r p o . La misma naturaleza d e las cosas corporales, á cualquiera q u e t e n g a ojos para v e r l a s , le está diciendo : Esto es u n a cantidad a b u l t a d a ; y esta precisamente es m e n o r e n la parte q u e en el todo. De a q u í se infiere, q u e t ú , alma m i a , eres mejor q u e todo lo corpóreo, p o r q u e tú animas esa a b u l tada cantidad d e t u c u e r p o , y le das la vida q u e g o z a ; lo q u e cuerpo n i n g u n o puede h a cer con otro cuerpo. Pero tu Dios está t a n léjos d e ser corpóreo, q u e a u n respecto d e tí, q u e eres vida del c u e r p o , es Dios tu vida,

NOTA. 1

A n a x i m e n e s s e e n g a ñ a . E s t e filósofo, q u e flo-

recía d u r a n t e el c a u t i v e r i o d e los i s r a e l i t a s en B a b i lonia , e n s e ñ a b a q u e el a i r e e r a i n f i n i t o , y q u e e r a el p r i n c i p i o y c a u s a d e t o d a s las c o s a s , a u n d e los m i s m o s dioses. F u e discípulo d e A n a x i m a n d r o y m a e s t r o d e D i ó g e n e s y d e A n a x á g o r a s , c o m o dice el m i s m o S a n t o en el libro 8 de Civilate

Dei,

cap. 2 .

CAPÍTULO VII. Que ninguno puede hallar á Dios por medio de los sentidos corporales ni de las potencias puramente sensitivas. 11. Pues ¿ q u é es lo q u e yo a m o , c u a n do amo á mi Dios? ¿ Q u é s e r tiene aquel q u e es superior á lo q u e hay mas alto y s u perior en mi a l m a ? Es menester q u e ella m e sirva como d e escala para s u b i r hasta él. P a s a r é , p u e s , mas arriba d e aquella facultad q u e ejerce mi alma en el c u e r p o , c o m u n i cando la vida á todas las partes d e q u e s e c o m p o n e : pues con sola esta facultad ó potencia d e mi alma no puedo hallar á mi Dios;

m porque de lo contrario se s i g u i e r a , q u e t a m bién le hallariau el caballo y el mulo que no tienen entendimiento, pues t a m b i é n ellos tienen esa facultad q u e da vida á sus cuerpos. H a y a d e m á s en mi alma otra virtud y facultad superior á e s t a , la cual no solamente hace q u e viva el c u e r p o , sino también que sea sensitivo. El m i s m o S e ñ o r q u e crió á mi alma con esta facultad, mandó y dispuso q u e no oyera por los ojos, ni viera por los oidos; sino q u e se sirviera de aquellos p a r a v e r , y de estotros para o i r : y así respectivamente de los d e m á s sentidos, á los cuales señaló sus propios y peculiares órganos para los diversos oficios q u e mi alma siendo ú n i c a , ejecuta por diferentes sentidos. Pues t a m b i é n debo pasar mas arriba de esta facultad d e mi alma que m e da la vida sensitiva, p o r q u e esta es c o m ú n al caballo y d e m á s b r u t o s , q u e i g u a l m e n t e sienten por medio de los órganos y sentidos de su cuerpo.

CAPÍTULO VIII. De la admirable

virtud y facultad de la memoria.

1 2 . C o n t i n u a n d o , p u e s , en servirme d e las potencias de mi a l m a , como d e u n a e s cala de diversos grados para s u b i r por ellos hasta mi C r i a d o r , y pasando mas a r r i b a de lo sensitivo, vengo á d a r en el anchuroso campo y espaciosa jurisdicción de mi m e m o ria , donde se g u a r d a el tesoro de i n n u m e r a bles imágenes de todos los objetos q u e de cualquier m o d o sean sensibles, las cuales han pasado al depósito d e la memoria por la a d u a n a de los sentidos. A d e m á s de estas i m á g e n e s , se g u a r d a n allí lodos los p e n s a mientos, discursos y reflexiones q u e h a c e m o s , ya a u m e n t a n d o , ya d i s m i n u y e n d o , ya variando de otro modo aquellas mismas c o sas q u e fueron el objeto de nuestros s e n t i d o s ; y en fin, allí se g u a r d a n cualesquiera especies, que por diversos caminos se han confiado y depositado en la m e m o r i a , si t o davía no las ha deshecho y sepultado el olvido.

- 236 Cuando mi alma se ha de servir de esta potencia, pide q u e se le presenten todas las imágenes que quiere considerar : a l g u n a s se le presentan i n m e d i a t a m e n t e ; pero otras hay q u e buscarlas mas despacio, como si fuese menester sacarlas de unos senos mas retirados y ocultos. Otras suelen salir amontonad a s y de tropel; y a u n q u e no sean aquellas las especies q u e entonces se pedian y buscab a n , ellas se ponen delante como d i c i e n d o : ¿ por ventura somos nosotras las q u e buscáis? Yo las aparto de la vista y aspecto de mi memoria con la m a n o y entendimiento, hasta que se descubra lo q u e busco, y acabe d e dejarse v e r , saliendo de aquellos senos donde estaba escondido. T a m b i é n h a y otras q u e se presentan fácilmente, y con el mismo orden con q u e se las va l l a m a n d o ; entonces las primeras ceden su l u g a r á las q u e siguen, y cediéndole vuelven á g u a r d a r s e . T o d o esto sucede verdaderamente cuando digo alguna cosa de memoria. 1 3 . Allí están g u a r d a d a s con órden y distinción todas las cosas, y s e g ú n el órgano ó conducto por donde ha entrado cada una de e l l a s ; como por e j e m p l o , la luz y lodos

los colores, la figura y h e r m o s u r a de los cuerpos , por los o j o s ; todos los géneros y e s p e cies q u e hay d e sonidos y voces, por los oidos; todos los olores, por el órgano del olfato; todos los s a b o r e s , por el g u s t o ; y fin a l m e n t e , por el sentido del tacto q u e se extiende g e n e r a l m e n t e por todo el cuerpo, todas las especies d e q u e es d u r o ó blando, caliente ó frió, suave ó á s p e r o , pesado ó l i g e r o , ya sean estas cosas exteriores, ya i n teriores al cuerpo. Este capacísimo retrete de la memoria recibe, en no sé q u é secretos é inexplicables senos q u e t i e n e , todas estas cosas, q u e por las diferentes puertas de los sentidos entran en la m e m o r i a , y en ella se depositan y g u a r d a n , de modo q u e p u e d a n volver á descubrirse y presentarse cuando fuere necesario. Pero no entran allí estas mismas cosas m a t e r i a l e s ; sino q u e unas i m á g e n e s q u e r e presentan esas mismas cosas sensibles, son las q u e se ofrecen y presentan al p e n s a m i e n t o , c u a n d o sucede q u e uno se a c u e r d a de ellas. Mas ¿ q u i é n sabe ni podrá decir cóm o fueron formadas estas especies ó i m á g e nes , no obstante q u e c l a r a m e n t e c o n s t a , por

- 238 q u é sentidos fueron atraídas y g u a r d a d a s allí dentro? P o r q u e a u n c u a n d o estoy á oscuras y en silencio, si yo quiero, saco en mi memoria varios colores, y h a g o distinción entre lo blanco y lo negro, y entre los d e m á s colores q u e ' q u i e r o ; y los ruidos ó sonidos n o se presentan entonces, ni p e r t u r b a n lo q u e estoy c o n siderando, y q u e ha entrado por los o j o s ; siendo así q u e también los sonidos están allí, a u n q u e puestos como s e p a r a d a m e n t e y e s condidos. P o r q u e también si m e a g r a d a , pido q u e salgan ellos, v a l instante se m e p r e sentan : y entonces sin m o v e r la l e n g u a , y callando la g a r g a n t a , canto en mi interior todo lo q u e q u i e r o ; y no obstante q u e están allí también las dichas imágenes de los color e s , no se mezclan con estotras, ni sirven de e s t o r b o , cuando se está disfrutando aquel otro depósito de imágenes q u e entraron por los oidos. Del mismo modo r e c u e r d o á mis solas, c u a n d o quiero, todas las demás cosas, cuyas imágenes entraron á j u n t a r s e en la memoria por los otros s e n t i d o s ; y sin oler cosa a l g u n a , discierno entre el olor d e los lirios y de

las violetas; y sin valerme del gusto ni del tacto, sino solamente repasando las especies q u e enviaron á mi memoria estos sentidos, prefiero la dulzura de la miel á la del a r r o p e , y lo q u e es suave á lo q u e es áspero. 1 4 . T o d o esto lo ejecuto dentro del g r a n salón de mi memoria. Allí se rae presentan el cielo, la t i e r r a , el m a r , y todas las cosas q u e mis sentidos han podido percibiren ellos, excepto las q u e ya se m e hayan olvidado. Allí también m e encuentro yo á mí mismo, m e acuerdo de mí y de lo q u e hice, y en q u é tiempo y en q u é lugar lo h i c e , y en q u é d i s posición y circunstancias m e hallaba c u a n d o lo hice. Allí se hallan finalmente todas las cosas d e q u e m e acuerdo, ya sean las q u e h e sabido por experiencia p r o p i a , ya las q u e he creído por relación a j e n a . A todas estas imágenes añado yo mismo u n a i n n u m e rable multitud de otras q u e formo sobre las cosas que he experimentado, ó q u e f u n d a d o sobre estas he creído por diversos m o d o s , y son las semejanzas y respectos q u e todas ellas dicen entre sí y esas otras. Además de esto se h a n de añadir las ilaciones q u e hago de t o das estas especies, como las acciones f u t u r a s ,

- 240 los sucesos venideros, y las e s p e r a n z a s : todo lo cual lo considero y miro en la m e m o ria como presente, sin salir d e aquel capacísimo seno de mi a l m a , lleno de tantas i m á genes de tan diversas cosas. Y suelo decirme á mí m i s m o : Yo lie de hacer esto ó aquello: y de aquí se seguirá esto ó lo otro. ¡Ojalá que sucediera tal ó tal cosa! ¡No quiera Dios que esto ó aquello suceda! T o d o esto lo digo en mí interior; y cuando lo digo, salen de aquel tesoro de mi memoria, y se m e presentan las imágenes de todas las cosas q u e d i g o ; y n a da de eso pudiera decir, si aquellas i m á g e nes no se me presentaran. 1 5 . Grande es, Dios mió, esta virtud y facultad de la m e m o r i a : g r a n d í s i m a e s , y de una extensión y capacidad que no se le halla fin. ¿ Q u i é n ha llegado al término de su profundidad ? Pues ella es u n a facultad y potencia de mi a l m a , y pertenece á mi n a t u r a l e za ; y no obstante yo mismo no acabo de entender todo lo que soy. Pues q u é , ¿el alma no tiene bastante capacidad para que quepa en ella lodo su propio s e r ? ¿ Y dónde ha de q u e d a r s e aquello q u e de su ser no cabe dentro de ella m i s m a ? ¿ A c a s o ha de estar fuera

d e e l l a , y no en ella m i s m a ? Pues ¿cómo p u e d e ser verdad q u e no se entienda ni comprenda toda á s í m i s m a ? Esto me causa g r a n d e a d m i r a c i ó n , y me tiene atónito y pasmado. Los hombres por lo c o m ú n se a d m i r a n de ver la a l t u r a de los m o n t e s , las g r a n d e s olas del m a r , las a n churosas corrientes de los rios, la latitud i n m e n s a del océano, el curso de los a s t r o s ; y se olvidan de lo mucho q u e tienen q u e a d m i r a r en sí mismos. No a d m i r a n ellos, que c u a n d o yo n o m b r a b a estas cosas q u e acabo de decir, no las estaba viendo con mis o j o s ; y no obstante e r a preciso, para nombrarlas, q u e interiormente viese en mi memoria los m o n t e s , las olas, los rios y los astros q u e son cosas q u e he visto, y el océano de q u e otros m e han i n f o r m a d o ; y q u e se m e presentasen con lan grandes espacios y extensión como tienen en sí mismos, y como si los estuviera viendo con mis ojos. T a m p o c o cuando vi estas cosas se m e introdujeron por los ojos ellas m i s m a s ; ni son ellas las q u e están dentro de mí en el depósito de mi m e m o r i a , sino solamente unas imágenes s u y a s : también sé y conozco clara y distintamente por cuál de los

— m — sentidos de mi cuerpo ha entrado cada u n a de ellas, y la impresión q u e han hecho en m i memoria,

CAPÍTULO I I . Del lugar que tienen en la memoria las ciencias. 1 6 . Pero no son solas estas las cosas q u e se encierran en la inmensa capacidad d e m i m e m o r i a ; pues también están allí como a p a r tadas en un l u g a r mas p r o f u n d o ( a u n q u e prop i a m e n t e no es l u g a r ) , todas las cosas q u e he aprendido d e las arles liberales, si no. se h a n olvidado; y conservo allí g u a r d a d a s , n o las imágenes d e estas c o s a s \ sino l a s cosas mismas. P o r q u e lo q u e s é d e la g r a m á t i c a , d e la lógica y d e la r e t ó r i c a , n o está d e tal modo en mi m e m o r i a , q u e dentro d e ella e s ten las i m á g e n e s d e las ciencias, y estas s e quedasen f u e r a . P o r q u e esto no es u n a cosa q u e sonó y pasó, como la voz q u e sonó en los oídos, y pasó dejando un rastro ó señal de sí q u e nos acordamos d e ella como si s o n a r a ' c u a n d o y a n o s u e n a ; ni como un o l o r , q u e según va pasando y esparciéndose por el aire

m m u e v e al olfato, desde donde envia á la memoria una i m á g e n s u y a , la cual leñemos presente c u a n d o nos acordamos del olor; n i tampoco como el m a n j a r , q u e estando en el e s tómago v e r d a d e r a m e n t e n o tiene y a sabor, pero parece lo tiene en la m e m o r i a ; ni como lo q u e se siente por medio del laclo, lo cual a u n q u e esté distante, q u e d a en la memoria su i m á g e n , q u e nos lo representa. T o d a s estas cosas n o entran en la m e m o r i a , s e g ú n el ser q u e tienen en sí m i s m a s ; sino solamente como unas imágenes s u y a s , q u e con m a r a villosa facilidad y presteza se f o r m a n , y se depositan en aquellos senos como á celdillas admirables q u e tiene la m e m o r i a , d e d o n d e también maravillosamente vuelven á salir c u a n d o uno las r e c u e r d a .

NOTA.

1

A u n q u e el s a n t o Doctor conoció y a d o p t ó l a s

e s p e c i e s q u e s e l l a m a n intencionales

de las cosas

c o r p ó r e a s , y l a s a d m i t i ó en los s e n t i d o s e x t e r n o s é i n t e r n o s ; n o a d m i t i ó e s p e c i e s i n t e l i g i b l e s de l a s ciencias y a r t e s , y o t r a s c o s a s e s p i r i t u a l e s q u e , en s e n t e n c i a del S a n t o , e s t á n i m p r e s a s en n u e s t r a a l m a , y c o m o « i n g é n i t a s c o n ella.

C A P Í T U L O X. Las ciencias no entran en la memoria por ministerio de los sentidos; sino que salen de otro seno mas profundo de ella. 1 7 . C u a n d o oigo decir á a l g u n o , q u e acerca de c u a l q u i e r a cosa se pueden hacer tres distintas cuestiones, á saber : Si ella es, qué ser tiene, y qué tal es: es cierto q u e c o n servo en mi m e m o r i a las imágenes de los sonidos con q u e se formaron y pronunciaron estas p a l a b r a s ; también sé q u e los tales s o n i dos pasando por los aires, se disiparon y desvanecieron e n t e r a m e n t e , de modo q u e ya no existen; pero las cosas significadas por a q u e llas voces, no p u d e tocarlas ni percibirlas por a l g u n o de mis sentidos corporales, ni t a m poco las vi en parte a l g u n a sino en mi a l m a : yo guaYdé en mi m e m o r i a , no las imágenes de aquellas c o s a s , sino á ellas m i s m a s ; m a s por d o n d e entraron en mi a l m a , ellas solam e n t e lo h a n d e d e c i r , si pueden. P o r mas q u e recorra y examine bien todas las puertas de mis sentidos, no e n c u e n t r o por

cuál de ellas p u e d a n h a b e r e n t r a d o ; p o r q u e los ojos dicen : Si tienen a l g ú n color, n o s otros fuimos los que dimos noticia de e l l a s ; los oidos d i c e n : Si hicieron a l g ú n sonido, nosotros te las m o s t r a m o s ; el olfato d i c e : Si fueron olorosas, por a q u í solamente habrán pasado. T a m b i é n el sentido del gusto d i c e : Si no tienen a l g ú n sabor, n o hay q u e p r e g u n t a r m e á m í ; el tacto d i c e : Si no es a l g u n a cosa c o r p u l e n t a , yo no he podido t o carla ; si no la he locado, tampoco p u e d o d a r noticia de ella. ¿ D e d ó n d e , p u e s , han venido estas c i e n cias, y por dónde han entrado en mi m e m o r i a ? Lo ignoro, p o r q u e cuando las aprendí, no fue dando crédito á lo q u e otros m e dijer o n , sino q u e yo mismo las descubrí en mi alma desde luego, y habiéndolas a p r o b a d o como v e r d a d e r a s , las e n c o m e n d é á la m e m o r i a , como depositándolas allí p a r a volverlas á sacar cuando quisiese. L u e g o estaban d e n tro de mi a l m a , a u n antes de q u e yo las a p r e n d i e s e ; pero todavía no estaban en m i m e m o r i a . Pues ¿ d ó n d e e s t a b a n ? Y sino, ¿ p o r q u é las reconocí luego q u e m e hablaron d e ellas, y por q u é d i j e : Esto es asi, eslo es veril T . 11. — I X ,

-

246 dad; sino p o r q u e ya estaban en mi memoria, a u n q u e t a n escondidas y encerradas en sus senos profundísimos y ocultísimos, q u e si alg u n o n o las excitara ni m e h u b i e r a hablado de ellas, p u e d e ser que j a m á s se m e h u b i e ran ofrecido al pensamiento? CAPÍTULO XI. Qué cosa sea aprender, hablando de las verdades que hallamos en nosotros mismos. 1 8 . D e lo dicho resulta, q u e a p r e n d e r estas c o s a s , c u y a s imágenes no hemos reci • bido por los sentidos, sino q u e son imágenes é i n m e d i a t a m e n t e 1 como ellas son en sí las vemos d e n t r o d e nosotros m i s m o s , no es otra cosa q u e r e c o g e r y j u n t a r con el p e n s a m i e n to a q u e l l a s especies q u e estaban como dispersas y sin o r d e n en nuestra m e m o r i a : y adem á s de eso p r o c u r a r con reflexión y a d v e r t e n c i a , q u e esas mismas verdades q u e antes estaban allí dispersas, arrinconadas y escondidas , de allí en adelante estén como puestas á m a n o en la misma m e m o r i a , y se presenten fácil y p r o n t a m e n t e , luego q u e quisiéremos v a l e m o s de ellas.

- 247 ¿ C u á n g r a n d e multitud de especies d e esta clase tiene mi m e m o r i a , q u e al presente están j u n t a s y o r d e n a d a s , y q u e , como tengo dicho, las tengo en la m a n o para poder u s a r l a s ; y c o m u n m e n t e se dice, q u e las hemos e s t u d i a d o , s a b i d o ' y a p r e n d i d o ? P u e s estas mismas cosas, si de c u a n d o en c u a n d o no se vuelven á repetir y r e p a s a r , de tal m a n e r a se h u n d e n otra vez, y se van como resbalando hasta los senos mas profundos y escondid o s ; q u e es menester n u e v a m e n t e irlas b u s cando y sacando de allí mismo ( p o r q u e ellas no tienen otro l u g a r donde irse), como si f u e ran n u e v a s y n u n c a s a b i d a s , y recogerlas y ponerlas juntas otra v e z , p a r a q u e p u e d a n saberse. Esto mismo da á entender la p a l a b r a latina cogitare, q u e significa pensar; pero en su raíz ( q u e es cogo de donde sale el frecuentativo cogito) significa recoger y juntar : y así pensar es lo mismo q u e j u n t a r y unir las especies q u e estaban en la m e m o r i a dispersas. E s t e verbo ya n o se usa p r o p i a m e n t e en la significación de j u n t a r cualesq u i e r a cosas q u e están dispersas en otra p a r te ; sino solamente p a r a significar las q u e se recogen y j u n t a n en el a l m a , q u e propiamen17*

- 258 — te en lalin se dice cogitare, y en castellano pensar.

Del lugar que tienen en la memoria las ciencias matemáticas.

NOTAS. 1

E s s e n t e n c i a del s a n t o D o c t o r , q u e l a s cosas

i n m a t e r i a l e s las c o n o c e m o s p o r sí m i s m a s con c o n o c i m i e n t o p r o p i o é i n t u i t i v o , no m e n o s q u e l a s cos a s s e n s i b l e s . P o r esto dice (lib. 9 d e T r i n i t . c a p . 3 ) : Así como

nuestra

alma

cuerpo las noticias tamente cosas *

recibe

por los sentidos

de las cosas corporales;

y por si misma

del

inmedia-

tiene las que pertenecen

ú las

incorpóreas. E s t a e s u n a h e r m o s a y e l e g a n t e etimología del

v e r b o cogitare,

y c i e r t a m e n t e e s la p r o p i a ; p o r q u e

e l p e n s a r c o n s i s t e en juntar ceptos,

y combinar

muchoscon-

p a r a q u e así p o d a m o s f o r m a r n u e s t r o s j u i -

cios y d i s c u r s o s . P o r lo q u e á la p r i m e r a o p e r a c i o n del e n t e n d i m i e n t o , q u e l l a m a m o s simple sión ó concepto,

aprehen-

n o le c o n v i e n e con t o d a p r o p i e d a d

el n o m b r e d e cogitacion ó p e n s a m i e n t o ; p o r q u e no e s coleccion d e v a r i o s c o n c e p t o s , s i n o u n o único y solo.

CAPÍTULO XII.

1 9 . Contiene también la m e m o r i a , a d e más d e lo referido, i n n u m e r a b l e s reglas, r a zones v leyes acerca d e los n ú m e r o s y d i m e n siones d e la c a n t i d a d , q u e no las ha recibido ni adquirido por n i n g u n o d e los sentidos del c u e r p o ; por cuanto no son ellas d e color a l g u n o ni s u e n a n , ni h u e l e n , ni se g u s t a n , n i se p a l p a n . E s verdad q u e c u a n d o s e habla o se disputa d e ellas, oigo los sonidos d é l a s voces ó palabras con q u e estas mismas ciencias y sus leyes y reglas se significan; pero aquellos sonidos son u n a cosa, y estas cosa m u y distinta. P o r q u e aquellas suenan d e u n modo en l a t i n , y de otro en g r i e g o ; pero d i chas ciencias ni son g r i e g a s m l a t i n a s , m d e otro a l g ú n determinado i d i o m a . T a m b i é n es cierto q u e h e visto por m i s oios aquellas líneas con q u e trazan los a r q u i tectos sus o b r a s , no obstante ser tan delicadas y sutiles como el hilo d e la a r a n a ; pero

CAPÍTULO XIII.

- 251 son falsas, no lo es q u e m e acuerdo de ellas, ni q u e hice discernimiento entre la v e r d a d d e aquellas téses v la falsedad de estas objecion e s ; lo q u e tengo m u y presente. A d e m a s de esto' veo en mi m e m o r i a , q u e el discernimiento y juicio q u e a h o r a formo de estas cos a s , es diferente del q u e m e acuerdo h a b e r hecho antes m u c h a s veces q u e he pensado en e l l a s : también m e acuerdo de q u e he e n t e n dido estas cosas diferentes veces,-y de q u e a h o r a las percibo y entiendo, lo g u a r d o en mi m e m o r i a , p a r a a c o r d a r m e despues d e q u e las entiendo ahora. Con q u é también r e c u e r do de q u e m e he a c o r d a d o ; y si despues m e acuerdo de q u e ahora he podido a c o r d a r m e de estas cosas, sin d u d a q u e será un acto r e flejo de la virtud ó facultad de la m e m o r i a .

Como la memoria es tan reflexiva, que con ella nos acordamos de habernos acordado.

CAPÍTULO XIV.

- 250 aquellas q u e yo tengo en mi interior son m u y diferentes de estas, pues no son i m á g e n e s de las líneas q u e m e mostraron mis q j o s : solo conoce bien q u é líneas son a q u e l l a s , el q u e c u a n d o las contempla y e x a m i n a prescinde d e todo lo q u e es cuerpo. E s no menos cierto, q u e por medio de los sentidos d e mí c u e r p o h a n entrado en mi interior las i m á g e n e s d e los n ú m e r o s q u e e x teriormente c o n t a m o s ; pero aquellos con q u e contamos á esotros, son m u y distintos de estos, y tampoco son imágenes d e estos n ú meros , y por tanto su ser es mas constante y mas cierto.

20. Conservo todas estas cosas en mi m e moria , como t a m b i é n los diferentes medios y modos con q u e l a s a p r e n d í , lo propio que m u c h a s objeciones y a r g u m e n t o s falsos q u e he visto proponer en las disputas contra estas v e r d a d e s ; y a u n q u e las dichas objeciones

Como también están en la memoria las afecciones ó pasiones del ánimo. 21.

T a m b i é n las afecciones ó pasiones del a l m a tienen su l u g a r en mi m e m o r i a ; pero no están en ella de aquel modo como en el

alma cuando las padece, sino d e otro m u y diverso, y s e g ú n corresponde al oficio y f a cultad de la memoria. P o r q u e sin sentir en mí a l e g r í a , m e acuerdo d e haber estado a l e g r e , y sin estar triste, m e acuerdo de mi t r i s teza p a s a d a : también sin sentir t e m o r , me a c u e r d o d e h a b e r temido a l g u n a v e z ; y sin desear ni a p e t e c e r , m e acuerdo d e q u e antes he apetecido y d e s e a d o : a l g u n a s veces me acuerdo de lo q u e positivamente es contrario al afecto q u e entonces e x p e r i m e n t o ; pues estando con a l e g r í a , me acuerdo d e mi tristeza p a s a d a ; y estando con tristeza, suelo acord a r m e de mi pasada alegría. No f u e r a esto tan digno de a d m i r a r s e , h a blando de las pasiones del c u e r p o ; p o r q u e el a l m a , q u e es la q u e se a c u e r d a , es m u y distinta del cuerpo q u e las padecía. Y así no m e r e c e tanta a d m i r a c i ó n , q u e estando yo actualmente gozoso, m e acuerde de a l g ú n d o lor pasado de mi cuerpo. P e r o a q u í es cosa q u e a d m i r a , p o r q u e también es a l m a la m e moria : pues c u a n d o encargamos á alguno q u e no olvide u n a cosa, solemos d e c i r l e : Mira que esto lo tengas en el alma; y c u a n d o s u cede olvidarnos d e algo, d e c i m o s : No estuvo

en mi alma tal cosa, ó se me escapó del alma: llamando alma á la m e m o r i a . P u e s , siendo esto así, ¿ e n q u é consiste q u e , a u n cuando actualmente esté alegre, si m e acuerdo de mi tristeza p a s a d a , m i a l m a tenga a l e g r í a , y m i memoria tristeza; pero de tal modo, q u e la alma real y verdader a m e n t e está a l e g r e , p o r q u e tiene en sí la a l e g r í a , y la memoria no está triste, a u n q u e tiene en sí la tristeza? ¿acaso p u e d e decirse q u e la memoria no es parte del a l m a ? ¿ Q u i e n puede decir tal cosa? D e todo lo cual podemos inferir, q u e la m e m o r i a , respecto del alma , es como el e s t ó m a g o 1 respecto del c u e r po ; v q u e la alegría y la tristeza son dos m a n j a r e s , uno dulce y otro a m a r g o : y así cuando aquellas se encomiendan á la m e m o r i a , es como cuando los m a n j a r e s pasan al estómago, q u e allí se pueden g u a r d a r , pero no comunicar su sabor. Seria un pensamiento ridículo juzgar q u e en todo eran s e m e j a n t e s estas dos cosas; bien q u e tienen las dos a l g u n a semejanza. 22. T a m b i é n es m u y cierto, q u e cuando digo que son cuatro las pasiones del a l m a , deseo, a l e g r í a , miedo y tristeza; lodo lo q u e

de ellas p u e d a discurrir y d i s p u t a r , ya dividiendo cada uno d e sus géneros en s u s respectivas especies, ya dando á cada u n a sus propias definiciones, lo saco de ra i m e m o r i a ; pues allí encuentro lo q u e h e d e d e c i r , y d e allí efectivamente saco lodo lo q u e d i g o ; pero n o m e siento movido d e n i n g u n a d e estas pasiones c u a n d o las recuerdo, las n o m b r o y trato d e ellas; siendo así q u e estaban en mi memoria a u n antes q u e tratase ó m e acordase de e l l a s : p o r q u e estaban allí, p u d e sacarlas á luz y recordarlas. Tal vez podrá decirse, q u e así como en los animales el m a n j a r sale del estómago á la boca r u m i á n d o l e , a s í estas cosas salen d e n u e s tra memoria acordándonos d e ellas. ¿ C ó m o , p u e s , en el pensamiento, q u e es la boca del a l m a , n o s e siente lo dulce d e la alegría ni lo a m a r g o de la tristeza, c u a n d o se trata ó se disputa de ellas, extrayéndolas así d e la mem o r i a ? ¿ a c a s o es esto en lo q u e no tienen s e m e j a n z a , pues y a hemos dicho q u e no la tienen en t o d o ? Á no haber esta distinción, ¿ q u i é n habría q u e voluntariamente n o m b r a se tristeza ó miedo, si todas las veces q u e se hubiesen d e n o m b r a r , estuviésemos precisa-

- 255 dos á tener y sentir miedo ó tristeza? E s cierto q u e no hablaríamos de ellas, ni podríamos nombrarlas, si no halláramos en nuestra m e m o r i a , no solamente las voces significativas de tales pasiones (las cuales se representan en las imágenes impresas en la m e m o r i a por los sentidos del c u e r p o ) , sino t a m b i é n las nociones ó ideas de las mismas cosas; las c u a les por n i n g u n a de las puertas del cuerpo e n traron en la m e m o r i a , sino q u e sintiendo el alma y experimentando en sí misma sus pasiones", encomendó á la memoria sus i d e a s ; ó bien ella por sí m i s m a , sin q u e se las e n t r e g a s e n , las tenia recogidas para sí. NOTA.

1

P l a t ó n l l a m ó t a m b i é n á la m e m o r i a

estómago

del a l m a ; p e r o a u n q u e s i r v e m u c h o e s t e e j e m p l o p a r a e x p l i c a r el a s u n t o d e q u e t r a t a a q u í s a n A g u s t í n ; el m i s m o S a n t o d i c e , q u e no c o n v i e n e n en t o d o e s t ó m a g o y m e m o r i a , sino q u e e n p a r t e s e p a r e c e n y en p a r t e s e d i s t i n g u e n .

su m e m o r i a , a u n q u e la cosa misma faltase de CAPÍTULO XV. Como también nos acordamos de las cosas que están ausentes. 2 3 . Pero ¿ q u i e n podrá fácilmente establecer, si todo esto se hace por imágenes ó n o ? P o r q u e , si yo n o m b r o á la piedra, ó nombro al sol, c u a n d o estas dos cosas no están presentes á mis s e n t i d o s , inmediatamente se presentan sus i m á g e n e s en mi memoria. Nombro a l g ú n dolor c o r p o r a l , no estando presente el d o l o r , y n a d a m e d u e l e ; y si su imágen no estuviera p r e s e n t e en mi m e m o r i a , no supiera lo q u e n o m b r a b a ó d e c i a , ni pudiera distinguir entre el dolor y el deleite. N o m bro la s a l u d del c u e r p o hallándome bueno y s a n o : entonces es v e r d a d q u e está presente la misma cosa n o m b r a d a ; pero, si su imágen no estuviera también en m i m e m o r i a , d e ning ú n modo podría a c o r d a r m e de lo q u e s i g nifica el sonido d e esta palabra salud. Ni los enfermos, c u a n d o se n o m b r a la salud delante de ellos, entenderían lo q u e se había dicho, si a q u e l l a misma i m á g e n no se conservara en

su c u e r p o . N o m b r o los n ú m e r o s con q u e contamos: y hallo q u e están en mi m e m o r i a , no las imágenes de los n ú m e r o s , sino los números m i s mos. N o m b r o la i m á g e n del s o l , la cual esta presente en mi m e m o r i a : entonces ella mism a es la q u e se m e presenta, c u a n d o m e acuerdo de ella n o m b r á n d o l a ; p o r q u e no recuerdo ni nombro la imágen d e esta i m á g e n , sino ella m i s m a . F i n a l m e n t e , n o m b r o á la memor i a , y conozco lo q u e n o m b r o : y ¿ d ó n d e lo conozco sino en la m i s m a m e m o r i a ? ¿Acaso ella p u e d e estar de a l g ú n modo mas presente á sí m i s m a por medio d e su i m á g e n , que inmediatamente por sí m i s m a ? CAPÍTULO XYI. Como también la memoria del olvido.

se acuerda

2 4 . Pero ¿ q u é dirémos q u e sucede c u a n do n o m b r o el olvido, con conocimiento de lo q u e n o m b r o ? p o r q u e no pudiera conocer bien el olvido, sino acordándome de él. No hablo

del sonido d e esta p a l a b r a olvido; sino de la cosa significada, la cual si yo la h u b i e r a olvidado, es cierto que no p u d i e r a saber lo q u e vale ó significa aquella voz. R e s u l t a , pues, q u e c u a n d o hago mención de la m e m o r i a , la m i s m a memoria inmediatamente por sí misma se ofrece y se presenta á sí m i s m a ; pero c u a n d o menciono al olvido, se hacen presentes y se ofrecen luego la memoria y el olvido: la m e m o r i a , con la cual me acuerdo y m e n ciono al olvido; y el olvido, q u e es la cosa de q u e m e acuerdo y q u e menciono. Pero ¿ q u é es el olvido sino u n a falta ó privación de la memoria? Y ¿cómo esa p r i v a ción d e memoria está presente para q u e me a c u e r d e d e ella, si no es posible q u e m e acuerde mientras subsista esa privación ó falta de m e m o r i a ? Siendo, p u e s , cierto q u e aquello de q u e nos acordamos lo tenemos en la m e moria , y q u e si no nos acordásemos del olvido, no seria posible q u e entendiésemos lo q u e se significa con esta palabra olvido, cuando la oimos pronunciar, se infiere necesariam e n t e , q u e tenemos al olvido en la memoria. No se pudiera inferir de a q u í , q u e cuando nos acordamos del olvido, no está él por sí

mismo en nuestra m e m o r i a , sino m e d i a n t e su i m a g e n q u e le r e p r e s e n t a ; p o r q u e si f u e r a el mismo olvido el q u e allí se representa en su ser propio, no haria q u e nos acordásemos, sino lodo lo contrario. ¿ Y quién alcanzará perfectamente ni podrá comprender cómo es • to s e a ? 2 5 . Yo confieso, S e ñ o r , q u e hallo a q u í bastante dificultad, y la experimento en mí mismo, pues m e cuesta m u c h o trabajo el e n t e n d e r m e á mí mismo. No intento a h o r a aver i g u a r las regiones en q u e se divide el cielo, ni medir lo q u e distan entre sí los astros, ni entender el equilibrio d e la tierra, sino saber lo q u e soy yo m i s m o ; pues yo, s e g ú n q u e soy alma * soy el q u e me acuerdo y tengo m e m o r i a . No es de a d m i r a r q u e no alcance ni llegue á entender todo aquello q u e se disting u e de mí. Pero ¿ q u é cosa p u e d e haber mas cerca d e m í , q u e yo? Con lodo eso no p u e do acabar de entender lo q u e pasa en mi m e m o r i a , q u e es parte de mi s e r , y sin ella no f u e r a todo lo q u e soy. P u e s ¿ q u é es lo q u e tengo de d e c i r , cuando m e consta con certeza, q u e yo mismo m e acuerdo de mi olvido? ¿ P o r v e n t u r a h e de

-

260

-

decir q u e no está en mi memoria aquello de q u e rae a c u e r d o ? ó b i e n , ¿ q u e para no o l v i d a r m e , está el olvido en mi m e m o r i a ? Lo uno y lo otro es un absurdo m u y g r a n d e . V e a m o s , p u e s , lo tercero q u e antes insinué. ¿ Cómo he de decir y asegurar por cierto, que cuando hago memoria del olvido, n o es el olvido mismo, sino u n a i m á g e n suya la q u e está y se presenta en mi m e m o r i a ? ¿ C ó m o , pues, tengo de decir esto, c u a n d o por otra parte sabemos, q u e para imprimirse en la m e m o ria la i m a g e n de c u a l q u i e r cosa, es necesario q u e antes esté presente aquella cosa misma, de la cual p u e d a q u e d a r la imágen impresa en la m e m o r i a ? P o r q u e así sucede p a r a acord a r m e d e la ciudad d e C a r t a g o , así me a c u e r do de los lugares en q u e he estado, así de los rostros h u m a n o s q u e he visto, y de las cosas q u e se dan á conocer por los demás sentidos, y así finalmente es como m e acuerdo de la salud ó del dolor d e mi mismo cuerpo. C u a n d o estas cosas estuvieron presentes, cogió de ellasla m e m o r i a u n a s i m á g e n e s , que pudiese yo despues m i r a r y tener presentes, y usar de ellas en lo interior de mi alma, cuando tuviese d e a c o r d a r m e de aquellas cosas,

a u n q u e ausentes. L u e g o si el olvido, no por sí mismo, sino por medio d e una imágen s u y a , se tiene en la m e m o r i a , es necesario q u e antes estuviese el mismo olvido presente, p a ra q u e se quedase en la memoria su i m á g e n . C u a n d o estaba presente el mismo olvido, ¿cómo podia delinear en mi m e m o r i a su i m á g e n , cuando a u n aquello que e n c u e n t r a ya d e l i neado, lo borra con su presencia el olvido? No obstante, de cualquier modo q u e esto s u c e d a , y a u n q u e este modo con q u e el olvido está presente á la m e m o r i a , no p u e d a c o m prenderse ni explicarse; estoy m u y cierto de q u e m e acuerdo a u n del mismo olvido, a u n q u e él es el q u e q u i t a de nuestra memoria las especies-ó imágenes q u e para acordarnos teníamos en ella.

18

T.

II.

—IX,

CAPÍTULO XVII. Que no obstante ser tan grande la capacidad y virtud de la memoria, es necesario para hallar á Dios subir mas arriba de esta potencia. 2 6 . G r a n d e y excelente potencia es la m e m o r i a . Su multiplicidad, Dios m i ó , tan p r o f u n d a como inmensa, tiene u n no sé q u é q u e e s p a n t a : t o d o e s t o q u e es mi m e m o r i a , lo es mi alma y lo soy también yo mismo. I ¿ q u é soy yo, Dios m i ó ? ¿ q u é ser y naturaleza es l a q u e t e n g o ? Una naturaleza q u e se c o m p o n e d e v a r i a s , y que vive con varios modos de v i d a , y q u e de varios modos es i n m e n s a : como se ve en los espaciosos campos de mi m e m o r i a , en las innumerables y profundas cuevas y senos ocultísimos de q u e c o n s t a , que d e i n n u m e r a b l e s modos están todos llenos de i n n u m e r a b l e s géneros d e cosas; ya estén allí p o r medio d e sus imágenes, como las cosas corpóreas; ya estén por sí m i s m a s , como las artes y ciencias; ya por medio de no sé q u é nociones y señales, como las afecciones ó pa-

siones del alma q u e las tiene la m e m o r i a , a u n c u a n d o ya no las padece el a l m a ; no obstante q u e todo cuanto está en la m e m o r i a , está en el a l m a . Por todos estos c a m p e s , cavernas y senos de mi m e m o r i a corro y vuelo d e u n a parle á o t r a , m e insinúo y profundizo c u a n t o p u e d o ; pero en parte alguna hallo el fin. T a n inmensa como esto es la fuerza y virtud d e la m e m o r i a ; y tan g r a n d e y s u m a es la vivacidad h u m a n a , no obstante de ser la vida del h o m b r e mortal y perecedera. P u e s ¿ q u é m e resta q u e h a c e r ? Decídmelo V o s , Dios mió, q u e sois mi vida constante y v e r d a d e r a . S u b i r é mas arriba d e esta p o t e n cia de mi a l m a , q u e l l a m a m o s m e m o r i a : p a saré por ella subiendo m a s arriba para llegar á V o s , deliciosa luz de mi a l m a . ¿ Q u é m e decís V o s , Señor? Ya veis q u e por los g r a dos de mi alma voy subiendo hácia V o s , q u e sois superior á m í . S u b i r é , p u e s , mas a r r i ba de esta potencia q u e llamamos memoria, deseando tocar con mi conocimiento vuestro s e r , por donde p u e d a tocarse, y u n i r m e á Vos, por donde y como esta unión p u e d a conseguirse. T a m b i é n las bestias y las aves t i e nen su m e m o r i a , sin la cual no sabrian vol18*

- 264 verse á sus g u a r i d a s y n i d o s , ni hacer y repetir otras muchas acciones á q u e están a c o s t u m b r a d a s ; p o r q u e ni a u n pudieran acost u m b r a r s e á cosa a l g u n a , si no tuvieran m e moria. P a s a r é , p u e s , mas arriba de mi memoria, p a r a llegar á aquel Ser soberano q u e me hizo diferente de los b r u t o s , y m e hizo m a s sabio q u e las aves del cielo. Mas arriba d e mi m e m o r i a he de s u b i r ; pero ¿ d ó n d e os hallaré, dulzura s o b e r a n a , s e g u r a y v e r d a d e r a ? ¿en dónde os h a l l a r é ? P o r q u e si os he de hallar mas allá d e mi memoria y f u e r a d e ella, no m e acordaré de Vos. Y si no m e acuerdo de Vos, ¿cómo os he de h a l l a r ? CAPÍTULO XYIII. Como no pudiera hallarse una cosa perdida, no se conservara en la memoria.

si

27. Aquella m u j e r del E v a n g e l i o que perdió la dracma y la buscó con u n a a n t o r cha encendida, no h u b i e r a podido hallarla, si no la conservara en su m e m o r i a ; porque despues que la-hubiese hallado, ¿cómo habia

d e conocer si era aquella la q u e b u s c a b a , si no se acordara de ella? R e c u e r d o h a b e r b u s cado y hallado muchas cosas q u e habia p e r d i d o ; y sé q u e las h a l l é , p o r q u e si cuando buscaba a l g u n a de ellas, m e decía a l g u n o : ¿Es por ventura eslo lo que buscas, ó es acaso aquello? yo siempre r e s p o n d í a : No es eso; hasta q u e se m e presentase aquella m i s m a cosa que b u s c a b a . S i , p u e s , no m e hubiese acordado de ella, ni tuviera en la memoria lo q u e era y cómo era aquella c o s a ; a u n q u e la tuviera á la vista no la h a l l a r a , p o r q u e no la conociera. Esto mismo sucede siempre q u e buscamos y hallamos lo q u e antes hemos p e r dido. Pero si a l g u n a cosa se pierde respecto de nuestra vista, no respecto d e nuestra m e m o r i a , como por ejemplo, c u a l q u i e r cuerpo v i sible , entonces la imágen de aquella cosa se conserva interiormente, y por ella se busca hasta q u e vuelve á presentarse á nuestra vista : c u a n d o ya se ha hallado, se reconoce si es ó no aquella misma cosa q u e se b u s c a b a , confrontándola con su imágen que estaba en la m e m o r i a . Por lo c u a l , ni decimos que h e mos hallado lo perdido, si no lo conocemos;

-

266

-

ni podemos conocerlo, si no nos acordamos d e ello. E s verdad q u e esto solamente se h a bía perdido respecto de nuestra vista, pero se conservaba en nuestra m e m o r i a . CAPÍTULO XIX. Como vuelve á acordarse la memoria de lo que habia perdido ella misma. 2 8 . Pero ¿ q u é d i r é m o s , c u a n d o es la misma memoria la q u e ha perdido a l g u n a cosa, como sucede c u a n d o olvidamos algo, y lo buscamos para acordarnos de ello? Porque últimamente ¿ d ó n d e lo buscamos sino en la m i s m a m e m o r i a ? Y si buscándolo a l l í , se nos ofrece y presenta u n a cosa por o t r a , la desechamos hasta q u e se nos ocurra lo que b u s c a m o s : entonces decimos inmediatamente : Esto es, helo aquí; lo q u e no diríamos si no la conociéramos; ni tampoco la conociéramos, si no nos acordáramos d e ella. Pero es cierto q u e la teníamos antes olvidada, tal vez no del todo sino en p a r t e : con la q u e a u n estaba en la m e m o r i a , buscábamos la otra parle que f a l l a b a ; p o r q u e sintiendo en sí la memoria

que no tenia j u n t a s y cabales todas las e s p e cies q u e ella a c o s t u m b r a b a usar y m a n e j a r á un mismo tiempo, como t r u n c a d a y d e f e c tuosa en la costumbre q u e t e n i a , eslaba p i diendo q u e se le reintegrase lo q u e la faltaba. S e m e j a n t e á esto es lo q u e s u c e d e , c u a n do vemos u n a persona conocida, ó q u e sin verla se nos ofrece á la m e m o r i a , pero no nos podemos acordar de cómo se l l a m a , y nos p o nemos á pensar en su n o m b r e : cualquier nombre distinto q u e se nos ofrezca, n o se u n e bien con la idea q u e tenemos de aquella p e r s o n a , p o r q u e no estamos acostumbrados á j u n t a r aquella persona con aquel n o m b r e ; y por eso los desechamos todos, hasta q u e se nos presenta aquel q u e nuestro pensamiento acostumbraba j u n t a r con aquella p e r s o n a : y entonces descansa y cesa de buscarle, t e niendo ya cabal y completa noticia de aquel hombre. Pero este n o m b r e olvidado q u e se nos r e c u e r d a , ¿ d e dónde viene ó sale sino de la m i s m a m e m o r i a ? P o r q u e , a u n cuando a l g u no nos lo r e c u e r d e , de n u e s t r a memoria proviene q u e lo reconozcamos: n o le oímos c o mo un n o m b r e nuevo, q u e entonces a p r e n -

-

268

-

d a m o s ; sino q u e nos recordamos del q u e habíamos oido otras veces, a p r o b a m o s que e s t e , q u e entonces se nos dice, es el n o m b r e q u e aquella persona t i e n e ; pero si e n t e r a mente se borra de la m e m o r i a , a u n q u e otro nos lo quiera r e c o r d a r , y nos s u g i e r a aquel n o m b r e , no nos acordamos d e él absolutamente : no olvidamos enteramente lo q u e mediante el aviso d e otro nos recuerda haberlo olvidado : es imposible q u e buscáramos u n a cosa q u e habíamos perdido, sí enteramente la h u b i é r a m o s olvidado. CAPÍTULO X I . Para desear la bienaventuranza, como todos los hombres la desean, es necesario que la conozcan. 2 9 . S u p u e s t o lo q u e acabo de d e c i r , ¿ d e q u é medios m e valgo para buscaros, S e ñ o r ? P o r q u e , b u s c a r o s , Dios m i ó , es buscar mi felicidad y bienaventuranza : debo buscaros para q u e mi a l m a v i v a , p o r q u e Yos sois la vida d e mi a l m a 1 , asi como ella es la q u e da vida á mi c u e r p o . ¿ C ó m o , p u e s , busco la

- 269 vida b i e n a v e n t u r a d a ? P o r q u e e s t a ñ o la cons e g u i r é , hasta q u e me halle en tal e s t a d o , q u e p u e d a y deba d e c i r con verdad mi c o r a zón • Esto me basto,. P u e s , ¿ c ó m o la busco > ; Acaso por medio de la reminiscencia, q u e es lo mismo q u e volviéndome á acordar de ella, como cosa q u e tenia olvidada, pero a c o r d á n d o m e todavía q u e la había olvidado ¿ ó es por medio de u n deseo y apetito de s a ber u n a cosa para mí desconocida é i g n o r a d a , va por no haberla sabido n u n c a , y a por olvidado a b s o l u t a m e n t e ? P e r o , esa vida b i e n a v e n t u r a d a , ¿ n o es la q u e todos quieren, y que ninguno hay que absolutamente no la q u i e r a ? P u e s , ¿ d ó n d e la h a n conocido para q u e así la quieran ? ¿ Donde la h a n visto, p u e s , para a m a r l a t a n t o ?

haberla

E s q u e la tenemos dentro d e nosotros mismos , a u n q u e ignoramos cómo. T a m b i é n hay un cierto modo de t e n e r l a , q u e hace v e r d a d e r a m e n t e bienaventurado á cualquiera q u e la tiene de aquel modo : otros hay q u e son bienaventurados por la esperanza de serlo. E s verdad q u e este modo d e tener l a b i e n a v e n t u r a n z a , es m u y inferior al otro con q u e la poseen los q u e real y verdaderamente son

- m b i e n a v e n t u r a d o s ; pero n o o b s t a n t e , están mejor que a q u e l l o s otros p r i m e r o s , q u e ni en la realidad n i e n la esperanza son bienaventurados, los c u a l e s n o lo son d e a l g u n o de esos modos; d e lo contrario no desearan t a n to el ser b i e n a v e n t u r a d o s , como es ciertísimo q u e lo desean. No sé cómo h a n llegado á conocer la b i e n a v e n t u r a n z a , d e la cual tienen n o sé q u é noticia, q u e deseo a v e r i g u a r si reside en la m e m o r i a ; pues s i residiese en ella, s e inferiría d e esto, q u e en a l g ú n tiempo y a habíamos sido todos b i e n a v e n t u r a d o s . N o trato ni examino a h o r a , s i esto se debe entender d e todos los h o m b r e s , y d e cada uno en p a r t i c u l a r ; ó si la d i c h a bienaventuranza la tuvimos solamente e n aquel hombre que pecó el primero, en el c u a l todos pecamos y m o r i m o s , v d e quien todos nacimos c a r g a d o s d e miserias. S o l a m e n t e quiero a v e r i g u a r ahora, si la idea y noticia q u e tenemos d e b i e n a v e n t u r a n z a , reside e n nuestra m e m o r i a , porque no la a m a r í a m o s s i no la conociéramos. Oimos este n o m b r e bienaventuranza: y todos confesamos q u e a m a m o s y apetecemos lo q u e aquella p a l a b r a s i g n i f i c a ; p o r q u e lo q u e

- 271 nos deleita y e n a m o r a , n o es el material s o nido d e aquella p a l a b r a , pues si u n g r i e g o la oye nombrar e n l a l i n , n o le m u e v e ni d e l e i t a aquella voz, p o r q u e s u p o n e m o s q u e no entiende lo q u e significa ; pero nosotros q u e la e n t e n d e m o s , nos deleitamos y aficionamos á ella, como el g r i e g o t a m b i é n se aficionaría si la oyera nombrar en s u propio i d i o m a : la cosa significada en dicho n o m b r e no es g r i e g a n i l a t i n a ; pero griegos y l a t i n o s , y lodos los hombres del m u n d o , d e cualquiera n a ción q u e s e a n , suspiran por ella y desean a l canzarla. L u e g o d e todos los hombres e s conocida , y á todos les es n o t o r i a ; d e modo q u e si p u d i e r a p r e g u n t a r s e á todos d e u n a vez y con u n a misma voz, si querían ser biena v e n t u r a d o s ; sin detenerse á pensarlo, y sin d u d a r en ello, todos responderían q u e s í : esto no s u c e d e r í a , si no estuviera en su memoria , la cosa q u e corresponde por significado á este nombre bienaventuranza. NOTA. «

E s m u y verdadera esta s e n t e n c i a , y m u y fre-

c u e n t e en s a n A g u s t í n , q u e dice m u c h a s veces q u e Dios e s la vida d e n u e s t r a a l m a , c o m o n u e s t r a a l m a

— 272 e s la vida d e n u e s t r o c u e r p o ; y así c o m o f a l t a n d o el a l m a al c u e r p o , m u e r e e s t e , así f a l t a n d o Dios al a l m a , se m u e r e e s t a . Véase el s e r m ó n x m de s a n A g u s t í n , De

Martyribus.

CAPÍTULO XXI. Del modo con que la bienaventuranza nuestra memoria.

está en

30. ¿ P o r v e n t u r a está en n u e s t r a memoria la b i e n a v e n t u r a n z a , así como lo está la ciudad d e Cartago e n la del q u e a l g u n a vez la h a visto? N o por c i e r t o ; p o r q u e la vida b i e n a v e n t u r a d a no s e v e con los ojos, pues no es cuerpo. ¿ A c a s o la tenemos en nuestra memoria como tenemos los n ú m e r o s ? T a m poco es d e este m o d o ; p o r q u e el q u e tiene conocimiento d e los n ú m e r o s , no desea ya ni solicita alcanzarlos. ¿ A c a s o nos acordamos d e la bienaventuranza , como nos sucede con la elocuencia ? T a m p o c o ; pues a u n q u e al oir ese nombre, es cierto q u e se a c u e r d a n d e la elocuencia a u n aquellos q u e n o son elocuentes, y m u chos q u e desean serlo ( d e donde se infiere c l a r a m e n t e , q u e tenían noticia y conoci-

- 273 miento d e lo que es e l o c u e n c i a ) ; pero les ha venido esa noticia por los sentidos c o r p o r a les viendo ú oyendo á otros q u e eran elocuentes, d e lo q u e provino el aficionarse á la elocuencia, y d a r s e á conseguirla ( a u n q u e es v e r d a d , q u e si no tuvieran interiormente noticia, no tendrían ese gusto y afición, y faltándoles la afición y el gusto á la elocuenc i a , tampoco tendrían deseo d e alcanzarla); pero la vida bienaventurada no la hemos experimentado en hombre a l g u n o por informe de los sentidos. ¿ S e r á por v e n t u r a del modo con q u e nos acordamos d é l a a l e g r í a ? P u e d e q u e sea así; porque así como estando triste, puedo a c o r d a r m e v m e acuerdo d e m i alegría pasada, así a u n q u e esté en la m a y o r infelicidad y mis e r i a , p u e d o acordarme d e la vida feliz y b i e n a v e n t u r a d a . A d e m á s d e esto s e parecen también en q u e tampoco n i n g u n o de mis sentidos corporales percibe jamás m i gozo ó aleg r í a , pues n i la v i , ni la o í , n i la o l í , ni la g u s t é , ni la p a l p é ; solamente la sentí ó e x perimenté en m i alma cuando t u v e aquella a l e g r í a : s u especie y noticia quedó impresa en m i m e m o r i a , para poder acordarme d e

— 272 e s la vida d e n u e s t r o c u e r p o ; y así c o m o f a l t a n d o el a l m a al c u e r p o , m u e r e e s t e , así f a l t a n d o Dios al a l m a , se m u e r e e s t a . Véase el s e r m ó n x m de s a n A g u s t í n , De

Martyribus.

CAPÍTULO XXI. Del modo con que la bienaventuranza nuestra memoria.

está en

30. ¿ P o r v e n t u r a está en n u e s t r a memoria la b i e n a v e n t u r a n z a , así como lo está la ciudad d e Cartago e n la del q u e a l g u n a vez la h a visto? N o por c i e r t o ; p o r q u e la vida b i e n a v e n t u r a d a no s e v e con los ojos, pues no es cuerpo. ¿ A c a s o la tenemos en nuestra memoria como tenemos los n ú m e r o s ? T a m poco es d e este m o d o ; p o r q u e el q u e tiene conocimiento d e los n ú m e r o s , no desea ya ni solicita alcanzarlos. ¿ A c a s o nos acordamos d e la bienaventuranza , como nos sucede con la elocuencia ? T a m p o c o ; pues a u n q u e al oir ese nombre, es cierto q u e se a c u e r d a n d e la elocuencia a u n aquellos q u e n o son elocuentes, y m u chos q u e desean serlo ( d e donde se infiere c l a r a m e n t e , q u e tenían noticia y conoci-

- 273 miento d e lo que es e l o c u e n c i a ) ; pero les ha venido esa noticia por los sentidos c o r p o r a les viendo ú ovendo á otros q u e eran elocuentes, d e lo q u e provino el aficionarse á la elocuencia, y d a r s e á conseguirla ( a u n q u e es v e r d a d , q u e si no tuvieran interiormente noticia, no tendrían ese gusto y afición, y faltándoles la afición y el gusto á la elocuenc i a , tampoco tendrían deseo d e alcanzarla); pero la vida bienaventurada no la hemos experimentado en hombre a l g u n o por informe de los sentidos. ¿ S e r á por v e n t u r a del modo con q u e nos acordamos d é l a a l e g r í a ? P u e d e q u e sea así; porque así como estando triste, puedo a c o r d a r m e v m e acuerdo d e m i alegría pasada, así a u n q u e esté en la m a y o r infelicidad y mis e r i a , p u e d o acordarme d e la vida feliz y b i e n a v e n t u r a d a . A d e m á s d e esto s e parecen también en q u e tampoco n i n g u n o de mis sentidos corporales percibe jamás m i gozo ó aleg r í a , pues n i la v i , ni la o í , n i la o l í , ni la g u s t é , ni la p a l p é ; solamente la sentí ó e x perimenté en m i alma cuando t u v e aquella a l e g r í a : s u especie y noticia quedó impresa en m i m e m o r i a , para poder acordarme d e

— 274 — dicha a l e g r í a , u n a s veces para aborrecerla y otras para d e s e a r l a , s e g ú n la diversidad de objetos de q u e recuerde h a b e r m e alegrado. Si ahora m e acuerdo de a l g u n a alegría q u e t u v e causada d e objetos torpes, la detesto y a b o m i n o ; y si por el contrario m e acuerdo de la q u e t u v e nacida d e cosas b u e n a s y honestas, deseo volver á tenerla ó continuarla, n o obstante q u e acaso y a no existan ni estén presentes aquellas cosas ó acciones, y por eso no m e acompaña la tristeza c u a n d o h a g o mem o r i a d e esta alegría pasada. 3 1 . Pues ¿ d ó n d e y c u á n d o experimenté y o mismo mi vida b i e n a v e n t u r a d a , para q u e m e a c u e r d e de ella, y la a m e y la desee? Ni en esto soy yo solo, ó tengo pocos q u e m e a c o m p a ñ e n , sino q u e todos deseamos ser b i e n a v e n t u r a d o s ; lo cual no apeteceríamos con u n a voluntad tan firme y determinada, si no la conociéramos con c e r t e z a , ó no t u viéramos de ella cierta y s e g u r a noticia. Pero ¿ e n q u é consiste, q u e si á dos h o m bres se les preguntase Si querían seguir la c a r r e r a de la milicia, es m u y posible q u e el uno respondiera q u e s í , y el otro q u e no, y q u e si á entrambos se les p r e g u n t a s e si q u e r í a n

- 275 ser bienaventurados, sea también m u y p o sible q u e uno v otro respondiesen al punto y sin poner d u d a en ello, q u e lo q u e r i á n y estaban deseando ; y q u e no por otro fin sino el d e ser felices y b i e n a v e n t u r a d o s , tomaban dos partidos tan opuestos, como q u e r e r el uno seguir la milicia, y el otro no s e g u i r l a ? Tal vez p o r q u e unos hombres tienen su alegría y gozo en una cosa y otros la tienen en o t r a , por eso concuerdan todos en responder q u e quieren ser b i e n a v e n t u r a d o s ; como convendrían también si se les p r e g u n t a s e si querían vivir alegres y contentos, p o r q u e este mismo contento y alegría es lo q u e ellos llaman vida bienaventurada. A u n q u e esta alegría la consiguen unos por un camino y otros la alcanzan por otro, es uno mismo el fin á donde todos conspiran y desean llegar, q u e es á vivir alegres y contentos. E s t a es u n a cosa tan c o m ú n , q u e nadie p u e d e decir con verdad q u e no la h a y a e x perimentado en sí mismo : por eso c u a n d o se oye el n o m b r e de la vida b i e n a v e n t u r a d a , se reconoce al instante por aquella especie de alegría q u e se halla en la memoria.

CAPÍTULO XXII. En qué consista la vida bienaventurada, de se ha de buscar.

CAPÍTULO XXIII. y dón-

3 2 . No quiera ni p e r m i t a , S e ñ o r , vuestra m i s e r i c o r d i a , q u e en el corazon d e este humilde siervo v u e s t r o , q u e delante de Vos d e s c u b r e los secretos de su a l m a , t e n g a e n trada j a m á s ese vano pensamiento de j u z g a r m e b i e n a v e n t u r a d o con cualquier género de gozo y alegría q u e haya tenido. P o r q u e hay otro verdadero gozo q u e no se concede á los impíos y malos, sino solamente á aquellos q u e os sirven v o l u n t a r i a m e n t e , de los cuales Vos mismo sois el gozo: esa es la vida bienavent u r a d a , u n a alegría ordenada á V o s , d i m a n a d a de V o s , y poseída por a m o r de V o s : esa misma es, y no h a y otra verdadera. Aquellos q u e juzgan q u e h a y otra distinta de esa, s i g u e n otra m u y diferente a l e g r í a , pero no esa m i s m a q u e es la v e r d a d e r a ; y solo alguna a p a r e n t e semejanza de la v e r d a d e r a alegría es la q u e s i g u e n , y d e la cual no se aparta su voluntad.

Prosigue explicando qué cosa sea la vida bienaventurada, y dónde se halia. 33. L u e g o no es cierto q u e todos desean ser b i e n a v e n t u r a d o s ; p o r q u e aquellos q u e no quieren la alegría q u e Vos comunicáis, q u e es la única vida b i e n a v e n t u r a d a , sin d u da no quieren la q u e lo es cierta y v e r d a d e r a ; ó bien deberá decirse, q u e la q u i e r e n y desean todos; pero como la carne tiene unos deseos contrarios al espíritu, y este los tiene también opuestos Ala carne, no p u d i e n d o uno y otro hacer lo q u e e n t r a m b o s q u i e r e n , v i e nen á d a r y caer en lo q u e p u e d e n , y con ello se c o n t e n t a n : y es p o r q u e aquello q u e n o p u e d e n , no lo quieren tanto como es n e c e sario para q u e lo puedan. Si les p r e g u n t o á t o d o s , si quieren mas gozar de esta alegría q u e proviene de la verdad , que de otra q u e p r o v e n g a d e la m e n t i r a , responderían t o d o s , q u e mas q u i e r e n la alegría q u e n a c e de la v e r d a d , y q u e d e sean ser felices y b i e n a v e n t u r a d o s : p o r q u e 19

T.

II.—IX,

la vida bienaventurada es alegría y gozo que n a c e de la v e r d a d ; q u e es lo mismo q u e decir , alegría q u e nace de V o s , que sois la verdad suma, mi luz, mi Dios, vida y salud de mi alma. Todos, pues, quieren esta vida biena v e n t u r a d a ; esta vida, d i g o , q u e únicamente es la b i e n a v e n t u r a d a , todos la q u i e r e n : t o d o s , vuelvo á d e c i r , q u i e r e n y desean el gozo y alegría d e la verdad ; pues a u n q u e he t r a t a d o á m u c h o s q u e quisieran e n g a ñ a r á otros, á n i n g u n o he visto q u e deseara ser engañado. ¿ D ó n d e , p u e s , conocieron esta vida biena v e n t u r a d a , sino allí mismo donde también conocieron la v e r d a d ? Á esta la a m a n t a m b i é n , s u p u e s t o q u e no quieren ser e n g a ñ a d o s , y a m a n d o la vida b i e n a v e n t u r a d a , que n o es otra cosa sino alegría d e la v e r d a d , han d e a m a r precisamente también á e s t a ; y no p u d i e r a n a m a r l a , si no t u v i e r a n a l g u n a n o ticia d e ella en su m e m o r i a . ¿ P o r q u é , p u e s , no hacen d e ella su gozo y a l e g r í a ? ¿ P o r q u é no son felices y biena v e n t u r a d o s ? P o r q u e la adhesión q u e tienen á otras cosas es mas f u e r t e y eficaz p a r a h a cerlos miserables é infelices, q u e aquel leve

- 279 y escaso conocimiento q u e tuvieron de la verdad para hacerlos felices y bienaventurados. Y esto nace d e q u e todavía hay poca luz enlos hombres: dénse, pues, prisa á caminar adelante, para que no acaben de hallarse sin luz enteramente. 3 4 . A m a n d o todos la vida b i e n a v e n t u r a d a , q u e no es otra cosa sino la alegría q u e se tiene de la v e r d a d , ¿por q u é c a u s a la verdad e n g e n d r a odio en los h o m b r e s , y a u n vuestro Hijo Jesucristo se hizo enemigo de ellos porque se la predicaba ? L a causa d e esto no p u e d e ser o t r a , sino q u e de tal modo se a m a la v e r d a d , q u e a u n aquellos q u e aman otra cosa m u y distinta, quisieran q u e fuese la verdad aquello que a m a n : y como por otra parte no quieren ser engañados, t a m poco quieren verse convencidos de q u e lo son. Así, p u e s , aquella m i s m a cosa q u e tienen por v e r d a d , y como á tal la a m a n , es el m o tivo de que aborrezcan la v e r d a d . A m a n la verdad en cuanto resplandece ó i l u m i n a ; pero la aborrecen en cuanto los acusa y r e p r e n d e ; y como ellos no quieren ser e n g a ñ a d o s , pero q u i e r e n e n g a ñ a r á o t r o s ; a m a n la verdad cuando ella se descubre ó manifiesta á sí mis19*

n í a ; p e r o la a b o r r e c e n cuando los descubre ó los m a n i f i e s t a á ellos. Así p u e s , la correspondencia q u e t e n d r á n de la verdad, será que á los q u e no q u i e r e n q u e los descubra y m a nifieste, los m a n i f e s t a r á y descubrirá, a u n que ellos no q u i e r a n , sin que la m i s m a verdad se d e s c u b r a y manifieste á ellos. Así es t a m b i é n p u n t u a l m e n t e el espíritu del hombre q u e q u i e r e o c u l t a r su c e g u e d a d , sus achaq u e s , su f e a l d a d , s u s indecencias, y no q u i e r e q u e á él s e le oculte cosa alguna ; pero sucede al c o n t r a r i o , q u e él q u e d a descubierto p a r a la v e r d a d , y la verdad q u e d a oculta p a r a é l : no obstante este estado de miseria en q u e se h a l l a , mas q u i e r e gozar y a l e g r a r se d e bienes sólidos y verdaderos, q u e de aparentes y falsos. L u e g o será verdaderamente bienaventurado, si libre d e toda molestia, no hallase ya a l e g r í a sino en la Verdad s u p r e m a , de q u i e n participaron su verdad todas las otras cosas verdaderas.

CAPÍTULO XXIV. Se alegra Agustín de haber hallado á Dios dentro de su memoria. 3 5 M i r a d , S e ñ o r , cuánto m e h e d e t e nido recorriendo la anchurosa extens.on de mi m e m o r i a , solo p a r a b u s c a r o s , y no he podido hallaros f u e r a de ella : no he hallado de Vos cosa alguna q u e no estuviese en mi m e m o r i a , desde el Ínstame q u e t u v e conocimiento de V o s ; pues j a m á s os he olvidado desde q u e os he conocido. E n d o n d e halle la v e r d a d , allí mismo hallé á mi Dios, q u e es la Verdad m i s m a , q u e n u n c a olvidé desde que la conocí. I a s í , Dios m i ó , desde q u e tuve conocimiento d e V o s , permaneceis en mi m e m o r i a , y en ella misma os hallo c u a n do hago mención de Vos, y m e deleito en Vos. Estas son mis santas delicias, q u e os habéis dignado concederme por vuestra m i sericordia, atendiendo á mi pobreza.

CAPÍTULO XXV. En qué grado de la memoria se halle á Dios. 3 6 . P e r o ¿ e n q u é parte d e m i memoria estáis, S e ñ o r ? ¿ q u é l u g a r leneis en ella? ¿ c u á l es la morada q u e habéis fabricado para Vos allí? ¿cuál es el santuario q u e en ella edificásteis para Vos? V o s , S e ñ o r , concedisteis á mi memoria la honrosa dignidad d e q u e Vos esteis y permanezcáis en e l l a ; pero lo q u e a h o r a considero e s , en q u é parte d e mi memoria estáis. P o r q u e , para acordarme d e Vos, s u b í , como tengo d i c h o * , m a s a r riba d e todos aquellos g r a d o s en q u e mi memoria conviene con la d e los irracionales; p o r q u e n o os hallaba en a q u e l l a parle d e m i m e m o r i a , donde están las i m á g e n e s d e las cosas corpóreas. S u b í , p u e s , á otro g r a d o superior d e mi m e m o r i a , donde tengo depositadas las afecciones ó pasiones d e mi alma; y tampoco allí os hallé. Pasé mas adelante, y entré á buscaros en el mismo s e n o , donde reE n el capítulo x v u de este libro.

síde mi a l m a , q u e es el l u g a r q u e ella tiene para sí dentro d e mi m e m o r i a , p o r q u e t a m bién mi alma se acuerda d e sí misma ; y tampoco Vos estabais en a q u e l s e n o : p o r q u e asi como Vos no sois a l g u n a imágen corporea, ni pasión ó afección alguna d e las q u e suele en sí experimentar el a l m a , como sucede cuando nos a l e g r a m o s , nos entristecemos, deseamos, t e m e m o s , nos a c o r d a m o s , nos o l vidamos , y todas las otras afecciones s e m e jantes ; así tampoco sois lo q u e es n u e s t r a a l ma sino u n a sustancia m u y distinta y s u perior á e l l a , como q u e sois el Señor y Dios de mi a l m a , f u e r a d e q u e todas estas cosas q u e he d i c h o , son varias y m u d a b l e s , y Vos permanecéis s o b r e t o d o lo criado e t e r n a m e n te invariable, y sin poder padecer variedad ni mutación a l g u n a ; pero n o obstante, d e s de q u e os conocí os habéis dignado habitar en m i memoria. Mas ¿ p a r a q u é ando buscando el l u g a r propio q u e teneis en e l l a , como si allí h u biera lugares distintos ó separados? Vos ciertamente estáis d e asiento en e l l a , p o r q u e yo m e acuerdo d e Vos desde q u e os conocí, y

devl¡,°

e n mi mem

o r i a cuando m e acuerdo

CAPÍTULO

XXVI.

Dónde se halla á Dios.

37. Pero ¿dónde os hallé para poderconoceros? p o r q u e , a n t e s q u e os conociera, no estabais en m i m e m o r i a . ¿ D ó n d e , pues os halle para c o n o c e r o s , sino en Vos mismo v m a s a r r . h a d e m í ? P e r o d e n i n g ú n modo hay en esto espacios ni l u g a r e s ; y n o obstante eso, es v e r d a d q u e y a nos apartamos de Vos y a nos acercamos á Vos sin q u e en esto i n tervenga a l g ú n l u g a r . E n todas partes estáis, v e r d a d e t e r n a , presidiendo á todos los q u ¿ OS consultan y se a c o n s e j a n d e Vos, v á todos les respondéis á u n t i e m p o , a u n q u e os p r e g u n t e n cosas m u y diferentes. Bien claramente les respondéis á t o d o s , pero no todos oven vuestras respuestas claramente. Todos* os consuUan y p i n t a n según su inclinación

l l ? ; P , e r ° n o á t o d o s respondéis conforme á su voluntad é inclinación. El mejor

d e todos vuestros siervos es a q u e l q u e no a t i e n d e tanto á o i r d e Vos lo q u e él desea y q u i e r e , como á q u e r e r y ejecutar lo q u e d e Vos oyere. CAPÍTULO XXVII. Como la hermosura de Dios arrebata hácia sí al hombre. 38 T a r d e os a m é , Dios m i ó , h e r m o s u r a tan a n t i g u a y tan n u e v a ; tarde os a m é . Vos estábais dentro d e m i a l m a , y yo distraído f u e r a y allí mismo os b u s c a b a : y perdiendo la hermosura d e m i a l m a , m e d e j a b a llevar d e estas hermosas criaturas exteriores q u e Vos habéis criado. De lo q u e infiero, q u e \ os estábais conmigo, y v o n o estaba c o n g o s ; y m e alejaban y tenian m u y apartado d e Vos aquellas mismas cosas q u e no tuvieran ser, si no estuvieran en Vos. Pero Vos m e llamasteis y disteis tales voces á m i a l m a , que c e dió á vuestras voces m i sordera. Brilló tanto vuestra luz, f u e tan g r a n d e vuestro respland o r , q u e ahuyentó m i c e g u e d a d . Hicisteis q u e llegase hasta mí vuestra f r a g a n c i a , y to-

-

286

-

m a n d o aliento respiré con ella, y suspiro y anhelo ya por Vos. Me disteis á g u s t a r vuestra d u l z u r a , y ha excitado en mi alma una h a m b r e y sed m u y viva. E n fin, S e ñ o r , m e tocásteis, y m e encendí en deseos de a b r a zaros. CAPÍTULO XXVIII. De las miserias de esta

vida.

39. C u a n d o total y perfectamente esté yo unido á Vos, no h a b r á ya para mí de n i n g ú n modo t r a b a j o ni dolor a l g u n o , y mi vida será totalmente viva, p o r q u e toda estará llena de Vos. P e r o ahora m e soy gravoso á mí mismo, p o r q u e no estoy lleno de V o s ; pues á los q u e Vos llenáis, les quitáis su pesadez. Mis pasadas alegrías d i g n a s de llorarse, luchan con mis presentes tristezas d i g n a s de a l e g r í a ; y no sé en esta l u c h a q u i é n lleva la victoria. ¡ A y d e m í , S e ñ o r , tened misericordia d e m í ! B a t a l l a n , d i g o , mis tristezas malas con mis alegrías b u e n a s , y no sé quién saldrá con la victoria. ¡ A y d e m í , Señor, tened misericordia de m í ! M i r a d , S e ñ o r , que

no oculto mis llagas. Vos sois el médico, yo soy el e n f e r m o : Vos sois misericordioso, yo lleno de miseria. ¿ P o r v e n t a r a podréis Vos olvidar que la vida del hombre sobre la tierra es una tentación continua? ; Ouién hay q u e a m e las molestias y t r a bajos? Vos, S e ñ o r , m a n d a i s q u e las s u f r a mos, no q u e las amemos. N i n g u n o a m a a q u e llo que sufre v tolera, a u n q u e t e n g a amor a tolerarlo y sufrirlo. P u e s a u n q u e a l g u n o se alegre d e q u e lo tolera y s u f r a ; pero no obst a n t e , m a s quiere q u e no h a y a q u e sufrir y tolerar. C u a n d o padezco cosas a d v e r s a s , deseo las p r ó s p e r a s ; y c u a n d o estoy en posesion de las p r ó s p e r a s , estoy temiendo las a d v e r sas ¿ Q u é medio puede hallarse entre estos dos contrarios, donde la vida h u m a n a deje de ser probada y combatida de semejantes afectos? Arriesgadas son las prosperidades del siglo de u n a y dos m a n e r a s : ya por el temor de la adversidad, ya por la corrupción de la alegría. Arriesgadas son también las adversidades del siglo de u n a , dos y tres m a neras : ya por el deseo de la p r o s p e r i d a d , ya p o r q u e la adversidad m i s m a es áspera y p e nosa , va p o r q u e en ella peligra la paciencia.

P u e s , siendo esto así, ¿cómo podrá dudarse que la vida del hombre sobre la tierra sea una tentación continuada sin intermisión alguna?

ridad intínita, encended mi c o r a z o n ! Nos m a n d a i s la templanza ó c o n t i n e n c i a : p u e s 8 dadnos lo que mandais, y mandad lo que quereis.

CAPÍTULO XXIX. Que toda nuestra

esperanza ha de ponerse en Dios.

NOTAS. «

A q u í no s e t o m a la c o n t i n e n c i a p o r la c a s t i -

d a d , q u e h a c e q u e el h o m b r e s e a b s t e n g a d e t o da delectación v e n é r e a ; sino m a s g e n e r a l m e n t e p o r aquella v i r t u d , q u e e s , según santo T o m á s ( 2 , 2 ,

40. T o d a m i e s p e r a n z a , Dios y Señor m i ó , se f u n d a ú n i c a m e n t e en vuestra g r a n dísima misericordia. Dadme lo que me mandais, y mandadme lo que quisiereis. Nos m a n dásteis ser c o n t i n e n t e s * ; pero yo sé, dice el S á b i o , que ninguno puede serlo, si Dios no le concede esta virtud: y también es un don de la Sabiduría increada, el conocer de quién proviene esta dádiva. P o r q u e la continencia es la virtud q u e nos r e ú n e y nos r e d u c e á ser u n a cosa s o l a ; d e cuya unidad habíamos d e g e nerado haciéndonos d e u n o m u c h o s , y d i vidiendo nuestro corazon en multitud d e cos a s ; y m e n o s , S e ñ o r , os a m a , el q u e j u n t a mente con Vos a m a a l g u n a otra cosa, q u e no la a m a por Vos. ¡Oh a m o r , q u e siempre a r déis y n u n c a os a p a g a i s ! ¡ Oh Dios m i ó , c a -

q . 1 5 5 , a. l , c . ) por la cual resiste los deseos malos y desordenados.

el hombre

á todos

L o cual t o d a v í a n o

e s v i r t u d p e r f e c t a , s i n o c o m o u n principio é i n c o a ción d e las v i r t u d e s , y p o r eso e s p r o p i a d e los q u e c o m i e n z a n á s e r v i r á Dios. 2

S a n A g u s t i n r e f i e r e en el l i b r o De dono

verante,

perse-

q u e l e y e n d o e n R o m a u n obispo en p r e -

s e n c i a d e Pelagio e s t a s m i s m a s p a l a b r a s d e s a n A g u s t i n : Da quodjubes,

etjube

quodvis;

y admi-

rándolas como un excelente modo de pedir á Dios; P e l a g i o s e a l t e r ó t a n t o c o n t r a el o b i s p o , q u e e s t u v o cerca d e p e r d e r l e el r e s p e t o . P e r o ello e s cierto, q u e contienen u n método fácil, p r o n t o , sólido y cristiano de h a c e r o r a c i o n á D i o s en c u a l q u i e r a d i f i c u l t a d q u e h a l l e m o s en la o b s e r v a n c i a d e la l e y , d i c i e n d o con h u m i l d a d y f e r v o r : Dadme,Señor, dais,

y mandadme

lo que quereis.

lo que me

man-

Porque hemos

d e e s t a r en q u e n o s o t r o s s o m o s s u f i c i e n t e s por n o s o t r o s m i s m o s p a r a lo m a l o ; p e r o p a r a lo b u e n o

y

p a r a c u m p l i r los p r e c e p t o s d e D i o s , no s o m o s s u f i c i e n t e s p o r n o s o t r o s m i s m o s sin la gracia d e D.os

-

290 -

q u e lo i n t i m a . A s í c o m o p u e d e c u a l q u i e r a

cerrar

s u s ojos c u a n d o q u i e r e , y d e j a r d e v e r ; p e r o a u n con ellos a b i e r t o s n o p o d r á v e r , si no le a y u d a y le a c o m p a ñ a la l u z , c o m o dice el m i s m o s a n t o D o c t o r en el libro De Gestis

Pelagii.

CAPÍTULO X X X . Confiesa Agustín el estado en que se hallaba en orden á las tentaciones libidinosas. 4 1 . Y o s , S e ñ o r , m e m a n d a i s q u e reprim a la concupiscencia d e la c a r n e , la d e los ojos, y la ambición de los honores m u n d a n o s . Mandásleis q u e m e abstuviese del acceso carnal ; y aun m e aconsejasteis otra mejor y mas perfecta continencia q u e la q u e es propia del matrimonio y q u e Vos habéis permitido. Vos mismo m e lo concedisteis, y se efectuó en m í eso q u e m e aconsejásteis, a u n antes de q u e yo fuese ordenado y hecho ministro y dispensador de vuestros Sacramentos. P e r o a u n v i ven e n mi memoria ( d e la cual h e hablado tan l a r g a m e n t e ) las imágenes de a q u e l l a s cosas torpes q u e m i mala c o s t u m b r e dejó e s t a m p a d a s en e l l a ; las cuales se m e presentan ya c u a n d o estoy d i s p i e r t o , y a c u a n d o d o r -

m i d o : c u a n d o dispierto se m e ofrecen como flacas y sin f u e r z a s ; pero entre sueños llegan no solo á causar deleite, sino también u n a especie d e consentimiento y o b r a , q u e son m u y semejantes á la obra y consentimiento verdaderos. P u e d e tanto en mi alma y en mi cuerpo aquella ilusión y e n g a ñ o causado por las dichas i m á g e n e s , q u e m e p e r s u a d e n é inducen dormido aquellas visiones falsas á lo q u e n o m e i n d u j e r a n ni persuadieran d i s pierto los mismos objetos reales y verdaderos. Por v e n t u r a , Dios y S e ñ o r , ¿ n o soy y o el mismo entonces q u e cuando estoy dispierto? P u e s ¿ c ó m o m e diferencio tanto d e m í m i s m o , desde el punto en q u e paso d e dispierto á d o r m i d o , hasta q u e vuelvo á pasar de dormido á dispierto? ¿ D ó n d e está entonces m i razón y entendimiento , q u e estando en vela resiste á semejantes sugestiones con tal f u e r z a , q u e a u n q u e las mismas cosas reales y verdaderas se m e p o n g a n d e l a n t e , n o bastan á conmoverme? ¿acaso se cierra también la razón al mismo tiempo q u e se cierran los ojos p a r a d o r m i r ? ¿acaso ella s e d u e r m e j u n t a m e n t e con los sentidos del c u e r p o ? A d e m á s , ¿ e n q u e con-

— 292 siste q u e muchas veces a u n entre sueños r e sistimos también á semejantes sugestiones, y acordándonos d e nuestro propósito en órden á la castidad, perseveramos firmemente en é l , y no damos consentimiento a l g u n o á t a les deleites h a l a g ü e ñ o s y engañosos? Con todo, hay en esto tan g r a n d e diferencia de nosotros á nosotros m i s m o s , q u e cuando en el sueño ha sucedido al contrario, en d i s p e r tando volvemos á tener quieta y sin r e m o r dimientos la conciencia; y en esta m i s m a d i ferencia conocemos, q u e no hicimos nosotros aquello q u e e n t r e s u e ñ o s se ejecutó en n o s otros , y fuese como f u e s e , lo sentimos y des- aprobamos. 42. ¿ P o r v e n t u r a , Dios mió todopoderoso, no tiene fuerza y poder vuestra divina mano para c u r a r perfectamente todas las e n fermedades de mi a l m a , y a p a g a r también con vuestra gracia mas especial y activa los movimientos i m p u r o s q u e padezco en s u e ños? Yo espero, S e ñ o r , q u e a u m e n t a r é i s mas y mas en mí vuestras gracias y d o n e s , para que mi a l m a libre y e n t e r a m e n t e desprendida de la pegajosa liga d e toda concupiscencia, pueda seguir sin estorbo los movimien-

— 293 — tos y afectos q u e m e llevan hacia V o s , y no sea rebelde á sí m i s m a ; antes bien a u n entre sueños, no solamente q u e d e libre de e j e c u tar aquellas torpezas de corrupción, q u e en fuerza de las imágenes animales llegan á h a cer su propio efecto en la c a r n e ; sino q u e también esté m u y léjos de consentirlas. Respecto d e un Dios o m n i p o t e n t e , que podéis hacer mucho mas de lo que nosotros podemos pedir ni pensar, no seria cosa m u y g r a n d e ni dificultosa el hacer q u e atendido no solo este método de vida q u e s i g o , sino también esta edad q u e t e n g o , n i n g u n a d e aquellas impurezas h a g a en mi a l m a entre sueños la mas leve impresión contraria á la castidad, q u e también con la mas leve atención pudiera estorbarse ó reprimirse. Pero el estado en q u e m e hallo por a h o r a en cuanto á este g é n e r o de m a l , ya lo he confesado á Y o s , Dios y todo mi b i e n , a l e g r á n d o m e ( a u n q u e con a l g ú n temor todavía) por el bien q u e ya m e habéis concedido, llorando por lo q u e a u n rae falta, y esperando q u e Vos perfeccioneis los buenos efectos q u e han obrado ya en mí vuestras misericordias, hasta concederme aquella paz cumplida y 20 T. i i . — i x .

- 294 perfecta q u e h a d e h a b e r con todas las p o tencias y sentidos d e mi alma y d e m i c u e r p o , c u a n d o se verifique que la muerte quede tan cumplidamente vencida, que toda su guerra se muda en1 victoria. NOTA.

i

D a m o t i v o á e s t a v e r s i ó n el leer a q u í s a n A g u s -

tín : Cum absorptafuerit e n el s e x t o c a s o t'n victoria,

mors in victoriam;

y n o en

c o n f o r m e á la V u l g a t a .

CAPÍTULO XXXI. Del estado en que se hallaba en orden á las tentaciones de la gula. 4 3 . T a m b i é n el d i a n o s ocasiona otro mal y d a ñ o ; y ¡ ojalá q u e este f u e r a único y solo! P o r q u e todos los dias r e p a r a m o s por la c o m i d a y bebida las r u i n a s q u e cotidianament e p a d e c e n nuestros c u e r p o s , hasta q u e l l e g u e el dia e n q u e Vos destruyáis n o solo las v i a n d a s , sino también al estómago q u e las d e s t r u y e á ellas; q u e será c u a n d o matéis mi h a m b r e y necesidad e n t e r a m e n t e con a q u e lla soberana h a r t u r a , y vistáis á este c o r r u p -

- 295 tibie cuerpo d e una incorruptibilidad p e r p e t u a y sempiterna. Pero al presente esta h a m b r e y necesidad m e es suave y deliciosa: y tengo que pelear contra este mismo deleite y s u a v i d a d , p a r a no d e j a r m e prender y cautivar d e e l l a : esta g u e r r a es cotidiana en los a y u n o s , pues a y u n a n d o con frecuencia para reducir mi cuerpo á la sujeción y servidumbre, s u c e d e q u e esa misma molestia del a y u n o hace despues m a s a g r a d a b l e y deleitoso el alimento. L a h a m b r e y la sed son ciertos dolores q u e i n c o m o d a n , a b r a s a n y consumen como u n a c a l e n t u r a , y causarían la m u e r t e á cualquier a , si n o se le socorriese con la medicina d e los a l i m e n t o s : como esta la tenemos t a n á m a n o , por la a b u n d a n c i a d e vuestros dones, con los cuales hacéis q u e la t i e r r a , el m a r , el cielo contribuya y sirva á nuestra necesid a d y dolencia; esta especie de trabajo y calamidad se llama ya gusto y regalo. 44. Vos, Señor, m e babeis enseñado que debo usar d e los alimentos, del mismo modo q u e d e los m e d i c a m e n t o s ; pero cuando he d e pasar desde la molestia q u e ha causado en 20*

- 294 perfecta q u e h a d e h a b e r con todas las p o tencias y sentidos d e mi alma y d e m i c u e r p o , c u a n d o se verifique que la muerte quede tan cumplidamente vencida, que toda su guerra se muda en1 victoria. NOTA.

i

D a m o t i v o á e s t a v e r s i ó n el leer a q u í s a n A g u s -

tín : Cum absorptafuerit e n el s e x t o c a s o in victoria,

mors in victoriam;

y n o en

c o n f o r m e á la V u l g a t a .

CAPÍTULO XXXI. Del estado en que se hallaba en orden á las tentaciones de la gula. 4 3 . T a m b i é n el d i a n o s ocasiona otro mal y d a ñ o ; y ¡ ojalá q u e este f u e r a único y solo! P o r q u e todos los dias r e p a r a m o s por la c o m i d a y bebida las r u i n a s q u e cotidianament e p a d e c e n nuestros c u e r p o s , hasta q u e l l e g u e el dia e n q u e Vos destruyáis n o solo las v i a n d a s , sino también al estómago q u e las d e s t r u y e á ellas; q u e será c u a n d o matéis mi h a m b r e y necesidad e n t e r a m e n t e con a q u e lla soberana h a r t u r a , y vistáis á este c o r r u p -

- 29? tibie cuerpo d e una incorruptibilidad p e r p e t u a y sempiterna. Pero al presente esta h a m b r e y necesidad m e es suave y deliciosa: y tengo que pelear contra este mismo deleite y s u a v i d a d , p a r a no d e j a r m e prender y cautivar d e e l l a : esta g u e r r a es cotidiana en los a y u n o s , pues a y u n a n d o con frecuencia para reducir mi cuerpo á la sujeción y servidumbre, s u c e d e q u e esa misma molestia del a y u n o hace despues m a s a g r a d a b l e y deleitoso el alimento. L a h a m b r e y la sed son ciertos dolores q u e i n c o m o d a n , a b r a s a n y consumen como u n a c a l e n t u r a , y causarían la m u e r t e á cualquier a , si n o se le socorriese con la medicina d e los a l i m e n t o s : como esta la tenemos t a n á m a n o , por la a b u n d a n c i a d e vuestros dones, con los cuales hacéis q u e la t i e r r a , el m a r , el cielo contribuya y sirva á nuestra necesid a d y dolencia; esta especie de trabajo y calamidad se llama ya gusto y regalo. 44. Vos, Señor, m e habéis enseñado que debo usar d e los alimentos, del mismo modo q u e d e los m e d i c a m e n t o s ; pero cuando he d e pasar desde la molestia q u e ha causado en 20*

raí el h a m b r e y necesidad, á la q u i e t u d q u e causa la refacción, en este mismo paso tiene armados contra mí sus lazos el apetito. P o r q u e este mismo pasar desde el h a m b r e al alimento , es deleite y g u s t o ; y 110 hay otro medio por donde pasar á aquel e x t r e m o , al cua¡ nos obliga la necesidad á que pasemos. Y siendo la salud la causa motiva d e q u e c o mamos y bebamos, se le j u n t a como criada ó sierva la delectación p e l i g r o s a ; y m u c h a s veces q u i e r e ella ir delante como principal, para q u e se haga por causa d e la delectación lo q u e digo que hago ó quiero hacer por conservar mi salud. Pero no tiene l a u n a la moderación q u e tiene la o t r a ; pues lo que p a r a la salud es bastante, es poco p a r a el deleite. Muchas veces no se sabe con c e r t e z a , si es el cuidado necesario de nuestro cuerpo el q u e pide el manjar para su socorro, ó si es el deleitoso engaño de nuestro apetito el q u e lo solicita, a u n q u e s u p é r f l u o : la pobre infeliz a l m a se alegra con esta incertidumbre, y en ella misma tiene preparada ó su defensa ó su e x c u s a ; alegrándose d e no saber con certeza cuánto sea lo bastante p a r a el r é g i -

- 297 m e n y conservación d e la s a l u d , para q u e esta sirva de pretexto, cuando r e a l m e n t e es c u m p l i r el deleite y apetito. E s t a s son tentaciones cotidianas que p r o curo resistir lodos los d i a s ; é invoco vuestra m a n o poderosa para q u e m e s a q u e á s a l v o : os refiero las d u d a s y congojas de mi a l m a , p o r q u e no sé todavía lo q u e debo practicar en esta materia. 4 5 . Oigo la voz de mi Dios q u e m e i m pone este p r e c e p t o : No se agraven ni entorpezcan vuestros corazones con los manjares ni con la embriaguez. El exceso del vino ó la embriaguez está bien léjos d e m í ; y espero q u e m e concederá vuestra misericordia q u e no se rae a c e r q u e nunca. Por lo q u e toca al exceso en la comida1 a l g u n a vez, sin advertirlo, se m e ha i n s i n u a d o ; Vos, S e ñ o r , usaréis conmigo de vuestra misericordia para q u e se aleje de mí todo lo q u e fuere e x c e s o : p o r q u e n i n g u n o puede tener templanza, si Vos mismo no se la concedeis. Muchas gracias y beneficios nos concedeis, p o r q u e os lo s u p l i c a m o s : lodo el bien que habia en nosotros antes q u e os suplicásemos, d e vuestra m a n o , S e ñ o r , lo habíamos r e c i -

- 298 bido: y este mismo conocimiento también es dádiva vuestra. E s cierto q u e yo n u n c a fui apasionado por el vino; pero h e conocido á algunos, q u e , siendo antes m u y dados al v i n o , Vos los hicisteis sóbrios y templados: luego Vos también hicisteis q u e no fuesen destemplados en el beber vino los q u e n u n c a lo f u e r o n ; así como hicisteis q u e no lo f u e r a n siempre aquellos q u e antes lo habían sido.: Vos también hicisteis q u e los unos y los otros reconozcan q u i é n f u e el autor d e aquel bien q u e se les hizo. T a m b i é n , S e ñ o r , tengo oida aquella p a labra v u e s t r a , en q u e d e c í s : No sigas tus apetitos, y apártate de tu propia voluntad. También oí por gracia vuestra otra p a l a b r a q u e fue m u y d e mi g u s t o , en q u e d e c í s : Ni porque comamos tendremos de sobra, ni porque no comamos tendremos escasez. Q u e es lo mismo q u e d e c i r : Ni lo uno m e hará rico, ni lo otro m e h a r á pobre. Otra voz oí también v u e s t r a , en q u e d e c í s : He aprendido á contentarme con cualquier estado en que me halle: sé vivir con abundancia, y sé padecer pobreza. Todo lo puedo en aquel que me conforta. El q u e dijo esto es un soldado de la m i l i -

- 299 cia del cielo, q u e y a no es polvo y ceniza como nosotros. A c o r d a o s , p u e s , S e ñ o r , d e q u e somos polvo, y q u e del polvo formasteis al hombre: y que habiéndose perdido, Fos le volvisteis á hallar. Ni el mismo q u e habló aquella sentencia, inspirado de Vos ( q u e p o r q u e hablaba a s í , m e aficioné yo á é l ) , podia cosa a l g u n a por sí m i s m o , p o r q u e él también era polvo. Todo lo puedo, dice, pero lo puedo en aquel que me conforta. Confortadm e á m í , S e ñ o r , para q u e yo lo p u e d a todo como él. D a d m e lo q u e m e m a n d a i s y m a n d a d m e cuanto queráis. El Apóstol, q u e d e cía esto, reconoce y confiesa q u e cuanto tenia lo había recibido de V o s : y asi cuando él se gloria, se gloria en el Señor. Por otra parte oigo también al S a b i o , q u e deseando conseguir este beneficio, os lo p i d e á Vos, diciendo : apartad, Señor, de mí los destemplados deseos de comer y de beber. D e donde se infiere, santísimo Dios mió, q u e cuando cumplimos vuestros m a n d a m i e n t o s , Vos sois el q u e nos dais la gracia de c u m plirlos. V o s , P a d r e amabilísimo, m e habéis enseñ a d o q u e , para los que son puros y limpios,

-

300 todos los manjares son limpios y puros; pero que seria malo para el hombre comer de cualquier cosa con escándalo de otros; que todas vuestras criaturas son buenas; y nada se debe desechar para alimento, siendo cosa que se pueda comer con acción de gracias: que no es la comida la que nos hace recomendables en vuestra presencia: que ninguno debe juzgar á su prójimo por la especie de manjar ó de bebida que toma: finalmente, que aquel que come de todo, no haga desprecio del que no come lo que él: y el que no come de todo, no juzgue ni condene al otro que usa de todo manjar indiferentemente. De Vos, S e ñ o r , h e aprendido todas estas doctrinas : por lo cual os alabo y doy r e p e tidas gracias á V o s , Dios mió y Maestro mió, q u e , a d e m á s de haberos dignado h a c e r que oyese vuestras p a l a b r a s , ilustrásteis m i c o razon para e n t e n d e r l a s . L i b r a d m e también d e todas las tentaciones á q u e m e veis e x puesto. ^ L o q u e yo t e m o n o es la inmundicia del m a n j a r , sino la del apetito. Sé q u e Vos disteis licencia á Noé, para que comiese de toda especie de animales que tuviesen carnes sa-

- 301 ludables y buenas: que Elias también se alimentó de carne : que san Juan Bautista, que practicó una abstinencia admirable, no incurrió en inmundicia, ni manchó su alma por alimentarse de unos animalejos tan viles, como son las langostas. Sé por el c o n t r a r i o , q u e Esaú fue engañado por el destemplado apetito que tuco de comer unas lentejas: que David se reprendió á sí mismo, por el deseo que tuvo de beber un poco de agua: y que el demonio, queriendo tentar á nuestro Rey y Señor, no le propuso que comiese carne, sino que comiese pan. Y finalmente, el pueblo de I s r a e l , á quien Vos mismo guiabais por el desierto, si m e reció ser sorprendido y r e p r o b a d o , no fue p o r q u e deseó alimentarse de c a r n e , sino porq u e llevado del deseo de este m a n j a r , sequejó y m u r m u r ó de su Dios y S e ñ o r . 4 7 . Yo m e hallo en medio de estas t e n taciones, y todos los dias tengo q u e pelear contra el apetito de comer y b e b e r ; esta materia no podia d e t e r m i n a r m e á dejarla enter a m e n t e de u n a vez, y no volver jamás á u s a r l a , como lo p u d e hacer con el deleite carnal : así p u e s , las riendas del apetito de comer y beber se han de g o b e r n a r de modo,

- 302 — q u e dí se aflojen m u c h o , n i se tiren d e m a siado. P e r o , S e ñ o r , ¿ q u i é n será aquel q u e n u n c a exceda los precisos límites de la n e c e s i d a d ? C u a l q u i e r a q u e s e a , ciertamente es un h o m b r e g r a n d e , y os d e b e d a r gracias, y engrandecer p o r ello vuestro n o m b r e . Yo ciertamente n o soy t a l , p o r q u e solo soy u n h o m b r e p e c a d o r , a u n q u e también alabo y engrandezco vuestro n o m b r e ; y sé q u e a q u e l S e ñ o r , q u e triunfó del m u n d o , os pide incesantemente el perdón de mis pecados, c o n t á n d o m e entre los miembros débiles y flacos d e su cuerpo místico; p o r q u e vuestros ojos los v e n , a u n q u e sean imperfectos, y á todos los teneis escritos en vuestro Libro. NOTA. 1

E s t o e s lo q u e p r o p i a m e n t e significa la voz

crapula

en este p a s a j e d e s a n A g u s t í n , y en el d e

s a n L u c a s , c a p . x x i , 3 4 , á q u e a l u d e el S a n t o . Y d e b e d i s t i n g u i r s e e n t r e lo q u e e s ebrietas crapula,

y lo q u e

es

c o m o el S a n t o las d i s t i n g u e , d i c i e n d o : q u e

la p r i m e r a está lejos de él, y p i d e á D i o s q u e no s e le a c e r q u e ; la s e g u n d a está cerca, s e la r e t i r e , a l e j e y a p a r t e d e él.

y pide áDios que

CAPÍTULO XXXII. Del estado en que se hallaba en orden á las tentaciones de los olores y fragancias tocantes al olfato. 48. Del atractivo d e los olores no se m e da t a n t o , ni estoy tan cuidadoso. C u a n d o n o los tengo presentes á m i olfato, n o los p r e tendo ni b u s c o ; ni tampoco c u a n d o s e m e presentan, los desecho; pero m e hallo en disposición d e carecer d e ellos p a r a siempre. Así m e lo p a r e c e ; y p u e d e ser q u e yo m e engañe. T a m b i é n son dignas d e llorarse las tinieblas d e nuestra i g n o r a n c i a , en las cuales a u n no alcanzo á ver hasta dónde p u e d e ó n o p u e d e extenderse mi facultad. De m o d o , q u e p r e g u n t á n d o s e m i alma á sí m i s m a para s a ber sus propias facultades y fuerzas, j u z g a q u e no s e debe creer con facilidad el informe q u e ella misma d é sobre este p u n t o ; p o r q u e a u n el poder y fuerzas q u e v e r d a d e r a m e n t e tiene, están por lo c o m ú n tan ocultas, q u e solo la experiencia puede manifestarlas.

- 304 Por eso en esta v i d a , q u e la Escritura llam a tentación, ninguno debe estar s e g u r o de si a q u e l q u e pudo hacerse d e malo bueno, p o d r á ó no hacerse también de bueno malo. N u e s t r a única esperanza, nuestra única s e g u r i d a d , y la q u e únicamente podemos prometernos con firmeza, es vuestra m i s e r i cordia. CAPÍTULO XXXIII. Del estado en que se hallaba en orden á los deleites tocantes al oido. 4 9 . Mas fuertemente me habian aprisionado y sujetado los deleites tocantes al o i d o ; pero Vos, S e ñ o r , m e desatásteis otra vez y disteis libertad. Pero al presente, c u a n d o oig o en vuestra iglesia aquellos tonos y cánticos a n i m a d o s de vuestras p a l a b r a s , confieso q u e si se cantan con s u a v i d a d , destreza y m e l o d í a , a l g ú n poco m e aficionan ; n o tanto q u e m e sujeten y d e t e n g a n , sino de modo q u e los p u e d a d e j a r fácilmente c u a n d o quiera. No obstante, aquellos tonos a c o m p a ñ a dos de las sentencias q u e les sirven de alma

y les dan vida, para h a b e r de ser admitidos dentro de m i corazon, solicitan en él a l g ú n l u g a r honroso y d i s t i n g u i d o ; y apenas yo les doy el que les corresponde. P o r q u e a l g u n a s veces me p a r e c e q u e doy mas honra á aquellos tonos y voces de la q u e d e b i a , por cuanto juzgo q u e aquellas p a l a b r a s d e la s a g r a d a E s c r i t u r a mas religiosa y fervorosam e n t e excitan nuestras almas á piedad y d e voción , cantándose con aquella destreza y s u a v i d a d , q u e si se cantaran de otro m o d o ; y que todos los afectos de n u e s t r a alma tienen respectivamente s u s correspondencias con el tono de la voz y canto, con cuya oculta especie de familiaridad se excitan y disp e r t a n . Pero m e e n g a ñ a m u c h a s veces el deleite d e los sentidos, al cual no debiera entregarse el alma de modo q u e se debilite y enflaquezca, c u a n d o el sentido no a c o m paña á la razón, de m o d o q u e se contente con irla siguiendo ; sino q u e habiendo sido admitido por amor y causa de ella, ya q u i e r e adelantarse á la r a z ó n , y procura ser su g u i a . Así peco en estas cosas sin conocerlo, pero despues lo conozco. 50.

También algunas vecescautelándo-

- 306 m e demasiadamente de este e n g a ñ o , doy en el extremo contrario, errando en esto por exceso de severidad : a l g u n a s veces llega á ser tan g r a n d e este exceso de mi severidad, que quisiera a p a r t a r de mis oidos, y a u n d e toda la iglesia, todo g é n e r o de melodía y s u a v i dad de tonos con q u e todos los dias cantan los salmos de D a v i d ; pareciéndome entonces mas s e g u r o lo q u e m e acuerdo h a b e r oido contar d e A t a n a s i o , obispo d e Alejandría q u e tenia m a n d a d o al cantor d e los Salmos, q u e los cantase con tan b a j a y poca voz, q u e m a s pareciese rezarlos q u e cantarlos. No obstante, cuando m e acuerdo de a q u e llas lágrimas q u e d e r r a m é oyendo los cánticos d e vuestra I g l e s i a , m u y á los principios de haber r e c u p e r a d o mi f e , y contemplando q u e a h o r a mismo siento m o v e r m e , no con los tonos y c a n t u r í a , sino con las palabras y cosas q u e se c a n t a n , c u a n d o esto se ejecuta con u n a voz c l a r a , y con el tono q u e les sea m a s propio y c o n v e n i e n t e ; vuelvo á reconocer q u e esta práctica y costumbre de la I g l e sia es m u y provechosa y d e g r a n d e utilidad. Así estoy vacilando entre el d a ñ o q u e del deleite de oir cantar puede s e g u i r s e , y la u l i -

— 307 — lidad q u e por la experiencia sé q u e puede s a c a r s e ; y mas m e inclino (sin d a r en esto s e n t e n c i a irrevocable n i definitiva) á a p r o b a r la costumbre d e c a n t a r , introducida en la I g l e s i a , para q u e por medio de aquel g u s to y placer q u e reciben los oidos, el ánimo mas débil y flaco se excite y aficione á la p i e d a d . Esto no quita q u e yo conozca y confiese q u e peco y q u e merezca castigo, c u a n do m e sucede q u e el tono y canto m e m u e v e mas q u e las cosas q u e se cantan ; y entonces m a s quisiera no oir cantar. V é a q u í el estado en q u e m e hallo al presente en cuanto á esto. Llorad c o n m i g o , y llorad por mí todos los q u e dentro de vuestros corazones tratais a l g o d e espíritu y d e v i r t u d , d e donde proceden las obras e x t e r i o r e s ; p o r q u e á los d e m á s q u e no tratais d e esto, tampoco os moverá la situación y estado en q u e m e hallo. Pero V o s , Señor y Dios m i ó , o i d m e , m i r a d m e , v e d m e , apiadaos d e mí y s a n a d m e V o s , á cuyos ojos son patentes las d u d a s y congojas con q u e lidio, y esto mismo es la dolencia q u e padezco.

NOTA. 1

S o l a m e n t e á s a n A g u s t í n s e d e b e e s t a noticia

q u e n o s da d e l g r a n d e A t a n a s i o , obispo de A l e j a n d r í a , y q u e p r u e b a la. p u r e z a g r a n d e d e i n t e n c i ó n q u e d e s e a b a a q u e l S a n t o q u e t u v i e s e n los q u e a s i s t í a n á los d i v i n o s oficios en la iglesia.

CAPÍTULO XXXIV. De cómo se hallaba en cnanto á los deleites de la vista. 5 1 . L o q u e m e falta es hablar del deleite q u e corresponde á mis ojos c o r p o r a l e s : el cual también es materia d e estas Confesion e s , q u e hago d e tal m o d o , q u e lleguen á los oidos d e mis h e r m a n o s piadosos, en q u e Vos habitais como en templo vuestro : con lo cual a c a b a r é d e referir las tentaciones que pertenecen á la concupiscencia de la c a r n e , y q u e todavía m e incitan mientras g i m o en esta cárcel d e m i c u e r p o , suspirando por la mansión celestial, en q u e se debe d a r al cuerpo y al alma la vestidura d e gloria. Los ojos tienen su deleite e n ver objetos

hermosos y varios, y colores lustrosos y r i sueños. Pero nada d e esto merece los afectos de mi a l m a , q u e debe ocuparla toda y p o seerla toda Dios q u e hizo estas criaturas, y a u n q u e á todas las hizo sumamente buenas, pero no lo son ellas, m i soberano B i e n , sino el q u e las hizo á ellas. Estos objetos visibles en todos los instantes del d i a se presentan á mis ojos mientras q u e estoy d i s p i e r t o ; sin q u e cesen n u n c a d e presentarse á la vista, como sucede con las voces respecto del oido q u e no siempre está oyendo c a n t a r ; y h a y ocasiones en q u e cesa toda voz y r u i d o , c o mo sucede c u a n d o todo está en silencio; pero esto n o sucede así respecto d e los ojos, p o r q u e en c u a l q u i e r p a r a j e donde esté d u rante el d i a , la misma l u z , reina d e los colores , bañando con sus rayos todas las cosas visibles, sin q u e yo la a t i e n d a , y a u n q u e esté pensando en otra cosa m u y diferente, se m e comunica y s e m e insinúa d e muchos modos y m u y halagüeños á la vista : tanta es la vehemencia con q u e se insinúa y c o m u n i c a , q u e si repentinamente s e nos q u i tase la Iuz, tendríamos q u e buscarla con g r a n deseo d e q u e se nos volviese; y si d u r a s e 21

T. 11.—IX.

- 310 por largo tiempo su a u s e n c i a , nuestra mism a a l m a se contristaría. 5 2 . ¡ O h luz, aquella q u e veia Tobías, c u a n d o cerrados los ojos corporales enseñaba á su hijo el camino d e la vida, yendo d e lante de él en las obras de caridad q u e h a c i a , sin e r r a r en tales pasos el camino ni extraviarse n u n c a ! ¡Oh l u z , aquella q u e veia I s a a c , c u a n d o ya la vejez le tenia oscurecidos y cerrados los ojos corporales, y sin conocer los hijos á quienes b e n d e c í a , mereció conocerlos en las bendiciones q u e les aplicaba I ¡Oh luz, que veia J a c o b , c u a n d o ciego t a m b i é n por la m u c h a e d a d , pero ilustrado i n t e r i o r m e n t e , conoció q u e sus hijos habían d e ser cabezas de las doce tribus q u e formarían en lo venidero el escogido pueblo de I s rael : y en atención á este conocimiento, c r u zó las manos misteriosamente al tiempo de imponerlas sobre s u s dos nietos \ hijos de J o s é , gobernándose al trocarlas, no por lo q u e el p a d r e de ellos le d i c t a b a , sino por lo q u e él mismo en su interior conocía 1 Esta luz sí q u e es la v e r d a d e r a : esta es única y s o l a ; y todos los q u e la ven y a m a n son una cosa m i s m a .

- 311 Pero esta otra luz material d e q u e iba h a blando, con u n a dulzura tan atractiva como peligrosa, hace gustosa y sazonada la vida de este m u n d o á sus ciegos a m a d o r e s ; pero aquellos q u e d e esa m i s m a luz saben tojnar motivo de alabaros, Dios mió y criador de todas las cosas 2 , la hacen servir á vuestros himnos y a l a b a n z a s , y no se d e j a n d o m i n a r del letargo q u e causa en los primeros el atractivo d e sus dulzuras. Yo quiero ser del n ú m e r o de estos ú l t i m o s : por esto resisto á los e n g a ñ o s q u e m e p u e den ocasionar mis o j o s , para q u e mis piés no caigan en algunos lazos q u e me impidan seg u i r las sendas de vuestra j u s t i c i a , por d o n d e he comenzado á c a m i n a r ; levanto hácia Vos los ojos invisibles d e mi alma, p a r a q u e Vos saquéis libres mis piés de aquellos lazos; y con efecto Vos m e los desenredáis, p o r q u e efectivamente d a n mis piés en ellos. C o m o me sucede m u c h a s veces caigo en las a s e chanzas que me están a r m a d a s por todas p a r tes ; Vos, S e ñ o r , no cesáis de desenredarme y libertarme d e e l l a s ; p o r q u e V o s , q u e e s tais g u a r d a n d o á Israel, no os dormís ni dormitáis. 21*

5 3 . ¡ C n á n i n n u m e r a b l e s son los alicientes q u e n u e v a m e n t e han añadido los h o m b r e s , para atraer y captar mas bien la atención de nuestros ojos, con u n a infinidad de artificiosos tejidos, en varias modas de vestidos, de calzados, de vasos y oíros utensilios, y de toda s u e r t e d e adornos y curiosidades hechas d e mil m a n e r a s , y también por medio de pinturas y otros diversos modos de hacer figuras y retratos, pasando con unas de estas cosas m u c h o mas allá de lo q u e pedia la necesidad de usar de e l l a s ; excediendo mucho con otras los límites de la m o d e ración , y a b u s a n d o notablemente de las ú l timas ; de las cuales habia d e u s a r s e ú n i c a m e n t e p a r a representaciones piadosas! De m o d o , q u e a m a n y siguen las obras exteriores q u e ellos mismos hacen, y abandonan en su interior al q u e los hizo á ellos, y deshacen la imágen q u e hizo en ellos. Pero y o , Dios mió y gloria m i a , a u n de estas cosas saco nuevos motivos de cantaros a l a b a n z a s , y hago sacrificio de ellas á quien m e s a n t i f i c a ; p o r q u e sé muy bien q u e todas las hermosas ideas q u e desde la mente y alm a d e los artífices h a n pasado á comunicarse

á las obras exteriores q u e labran y fabrican sus manos artificiosas, d i m a n a n y provienen de aquella soberana h e r m o s u r a , q u e es s u perior á todas las a l m a s , y por la q u e mi alma continuamente suspira de día y de noche. Los mismos artífices q u e fabrican y a m a n estas obras tan delicadas y hermosas, toman y reciben de aquella h e r m o s u r a s u p r e m a el buen g u s t o , idea y traza d e formarlas ; pero no aprenden ni t o m a n de allí el modo con q u e debieran usar de ellas. No le v e n , a u n q u e también está allí este modo j u s t o , para q u e no t e n g a n q u e ir á buscarle mas léjos, y para q u e ordenen á Vos todas las fuerzas d e su habilidad é i n g e n i o , y no las malgasten y disipen en deleites fatigosos. Yo m i s m o , hablando ahora de estas cosas, v mostrando tener conocimiento de ellas, también parece q u e detengo el paso, como e n redado en estas h e r m o s u r a s ; pero V o s , S e ñ o r , m e desprendeis de estos lazos; Vos m e sacais libre de ellos, porque siempre miro á vuestra misericordia y la tengo delante de mis ojos. Confieso q u e también caigo en el lazo d e estas cosas por mi fragilidad y miser i a , pero Vos m e sacais d e él con vuestra

- 314 m i s e r i c o r d i a ; u n a s veces, sin q u e yo lo conozca ni lo a d v i e r t a , p o r q u e fue p o c o á p o c o y muy leve la c a i d a ; y otras veces m e l i bráis d e modo q u e sienta a l g ú n dolor, p o r q u e ya mi corazon estaba adherido á a l g u n a cosa, y tenia a l g ú n apego á ella. NOTAS. 1

P a r a q u e J a c o b b e n d i j e s e á s u s dos n i e t o s M a -

n a s é s y E f r a i m , h i j o s d e J o s é , los p u s o este d e m o d o , q u e M a n a s é s , q u e era el m a y o r , q u e d a s e á la d e r e c h a d e J a c o b , y E f r a i m , q u e era el m e n o r , á la i z q u i e r d a . P e r o J a c o b , c r u z a n d o las m a n o s , p u s o su d e r e c h a s o b r e E f r a i m , y la i z q u i e r d a s o b r e M a n a s é s : n o o b s t a n t e q u e J o s é , p a d r e d e a m b o s , le a d vertía lo c o n t r a r í o . E s t o f u e , p o r q u e J a c o b , i l u s t r a d o con la luz d e p r o f e c í a , vió q u e el m e n o r debia s e r a n t e p u e s t o y p r e f e r i d o al m a y o r , s e g ú n la v o l u n t a d d e Dios. 9

H a c e a l u s i ó n al h i m n o d e s a n A m b r o s i o , q u e

comienza a s í : Deus creator

omnium,

q u e se c a n t a -

b a al a c a b a r s e la luz del dia y á la e n t r a d a d e la noc h e . T a m b i é n cita e s t e v e r s o en el c a p . x x r i i del lib r o x i , y r e f i e r e las dos p r i m e r a s e s t r o f a s del m i s m o h i m n o en el cap. XII del libro i x .

CAPÍTULO XXXV. de cómo se hallaba en orden al segundo género de tentación, que es el de la curiosidad. 5 4 . A todas estas es preciso añadir otra especie d e tentación, q u e es mucho mas peligrosa. Además d e aquella concupiscencia de la c a r n e , q u e tiene por objeto el regalo de los sentidos y deleites, sirviendo y obedeciendo á la c u a l , perecen los q u e se alejan de V o s ; hay en el alma otra especie d e concupiscencia vana y curiosa, disfrazada con el nombre d e conocimiento y ciencia, que se vale y se sirve d e los mismos sentidos corporales, n o para q u e ellos perciban sus respectivos deleites, sino para q u e por medio d e ellos consiga satisfacer su curiosidad, y la pasión d e saber siempre mas y mas. Como esta concupiscencia del alma pertenece al apetito d e conocer y s a b e r , y los ojos son los principales en el conocimiento d e las cosas sensibles, por eso en la s a g r a d a Escrit u r a s e llama concupiscencia de los ojos. Y a u n q u e es cierto q u e el ver, única y propia-

m e n t e corresponde á los ojos, solemos usar también de esa p a l a b r a para explicar la a c ción de los demás sentidos, c u a n d o los a p l i camos á conocer s u s propios objetos. Pero no al c o n t r a r i o ; pues n u n c a d e c i m o s : oye cómo a l u m b r a , ni oled cómo luce, ni gustad cómo brilla, ni palpad cómo resplandece, siendo así que todo esto lo llamamos ver. P o r q u e no solo decimos mirad cómo luce (lo cual ú n i camente pertenece á los ojos), sino también mirad cómo s u e n a , mirad cómo .huele, mirad cómo s a b e , mirad cómo está d u r o . Por eso todas las sensaciones de nuestros sentidos se c o m p r e n d e n de u n a vez, l l a m á n dose , como ya d i j e , concupiscencia de los ojos: p o r q u e todos los demás sentidos, c u a n d o conocen ó perciben algo de sus objetos, u s u r p a n en a l g ú n modo la acción y oficio del ver, q u e propia y principalmente pertenece á los ojos. S5. De a q u í se puede conocer mas clar a m e n t e cuándo es el deleite y cuándo es la curiosidad q u i e n hace obrar á nuestros s e n tidos : p o r q u e el deleite siempre busca lo h e r m o s o , lo sonoro, lo f r a g a n t e , lo sabroso, lo s u a v e ; pero la curiosidad busca a u n lo

contrario de todo esto, no para mortificarse 2 , sino por el prurito de saberlo y e x p e r i m e n tarlo todo. P o r q u e á la v e r d a d , ¿ q u é deleite puede h a b e r en mirar un cadáver lleno de heridas y despedazado, siendo u n a cosa q u e espanta y horroriza? Con todo esto, si en alg u n a parte hay este lastimoso espectáculo, concurren todos á v e r l e , y conseguido, se entristecen y asustan. Además de esto, temen ver eso mismo entre s u e ñ o s , como si a l g u n o los hubiera obligado á q u e lo vieran cuando dispiertos, ó la fama y noticia de q u e allí habia que ver u n a g r a n d e h e r m o s u r a , los hubiera persuadido y llevado á que lo vieran. Lo mismo pudiéramos decir de los d e más sentidos; pero seria m u y largo ir p o niendo ejemplos en todos. De este a c h a q u e y dolencia de la curiosidad ha nacido todo cuanto se ejecuta de extraño y admirable en los espectáculos. Ella es la q u e nos hace a n d a r investigando los afectos ocultos de la n a t u r a l e z a , q u e nos es exterior y está fuera de nosotros; q u e para nada aprovecha a v e r i g u a r l o s , y los desean saber los hombres no mas q u e por saberlos: con el mismo fin de satisfacer su curiosidad

- 318 — perversa procuran a v e r i g u a r a l g u n a s cosas por arte mágica. Ella es, finalmente, la que en el seno mismo d e la Religión ha incitado á los fieles á tentar á Dios, pidiéndole milag r o s y prodigios, no para conseguir algún bien ó salud del c u e r p o ó a l m a , sino por espíritu de curiosidad. 56. E n este tan inmenso y e n m a r a ñ a d o bosque de deseos, y tan lleno de asechanzas y peligros, ya veis, Dios mió y salud mia, cuánta maleza he cortado y arrojado de mi corazon, s e g ú n Vos m e disteis gracia p a r a ejecutarlo, y q u e efectivamente e j e c u t é ; per o no obstante ¿ c u á n d o yo m e atreveré á d e cir, sabiendo q u e nuestra vida continuamente y por todas partes está cercada y combatida de tan g r a n d e multitud de cosas s e m e j a n t e s ; cuándo me a t r e v e r é á decir q u e estoy s e g u r o , y q u e n i n g u n a de ellas excita mi a t e n - ' cion siquiera para m i r a r l a , y q u e n u n c a he de caer en lazo a l g u n o de la vana curiosidad? Á. la v e r d a d , los teatros ya no m e a r r a s tran ni llevan tras d e sí : y a n o cuido de sab e r el curso de los a s t r o s ; ni mi alma c o n sultó j a m á s las s o m b r a s d e q u e se vale la m á g i a para sus r e s p u e s t a s ; antes bien detes-

to y abomino todos sus misterios sacrilegos y supersticiosos. P e r o ¿con cuántas m á q u i nas y ardides m e combate el e n e m i g o , p a r a o b l i g a r m e á q u e os pida un milagro á Yos, Dios y S e ñ o r m i ó , á q u i e n solo debo servir humilde y s e n c i l l a m e n t e ? P e r o y o , S e ñ o r , por Jesucristo Rey n u e s t r o , y por toda su corte celestial, esa t r i u n f a n t e J e r u s a l e n , q u e es nuestra p a t r i a , inocente y casta esposa v u e s t r a , os r u e g o y s u p l i c o , q u e así como al presente estoy léjos de consentir á s e m e j a n t e t e n t a c i ó n , así lo esté siempre y cada dia mas. Pero c u a n d o os r u e g o por la salud de a l g u n o , es m u y diferente y mejor el fin de mi intención, y " a d e m á s d e eso, m e concedeis entonces, y espero q u e siempre m e lo concedáis, el q u e gustosamente me conforme con vuestra voluntad. 57. No o b s t a n t e , ¿quién hay q u e p u e d a contar la i n n u m e r a b l e multitud de cosas m e nudísimas y despreciables con que es t e n t a da nuestra curiosidad todos los d i a s , y n u e s tras caidas? ¿ C u á n t a s veces nos sucede, q u e comenzamos á oir con gusto a l g u n a s conversaciones inútiles y v a n a s , q u e al principio

— 320 a g u a n t a m o s por no ofender á los q u e están h a b l a n d o , y despues venimos poco á poco á oirías con voluntad y g u s t o ? Ya no voy al circo á ver á un perro correr Iras de u n a liebre ; pero si sucede esto en el c a m p o , y cas u a l m e n t e paso por allí al mismo tiempo, acaso m e distrae y aparta de a l g ú n pensamiento g r a n d e y b u e n o , y m e hace mirar y atender á aquella c a z a , no de modo q u e me h a g a e x t r a v i a r con el caballo, pero sí con la voluntad y afecto. Si Vos, d á n d o m e entonces á conocer m i flaqueza, no me excitarais p r o n t a m e n t e á q u e de aquello mismo q u e estoy viendo, levante mi espíritu y consideración á Vos, ó por lo menos á q u e desprecie todo aquello y prosiga mi c a m i n o , me estaría embebecido v a n a m e n t e . ¿ C u á n t a s veces t a m b i é n , estando en casa, me tiene entretenido ya el a n i m a l e j o , q u e llaman alguacil de moscas, p a r á n d o m e á mirar como las caza, ya una a r a ñ a , observando como las aprision a , despues q u e caen en sus redes? ¿Acaso porque sean p e q u e ñ o s los a n i m a l e s , se p o drá decir q u e no ejercitaron m i curiosidad, ni causaron v e r d a d e r a distracción? E s v e r dad q u e de esto mismo paso despues á a l a -

baros, por el orden a d m i r a b l e que habéis establecido y g u a r d a n entre sí todas las criaturas del u n i v e r s o ; pero también es verdad q u e cuando comencé á a t e n d e r , no c o m e n cé con este fin. U n a cosa es levantarse p r e s to, y otra no c a e r . De semejantes cosas está llena mi vida : y por eso toda mi esperanza estriba únicamente en vuestra g r a n d e é infinita misericordia. P o r q u e si llega á hacerse n u e s t r a alma un depósito v receptáculo de semejantes cosas tan fútiles y ' v a n a s , y lleva d e n t r o de sí copiosa multitud de especies á c u a l mas frivolas; s u cederá q u e nuestras oraciones se interrumpir á n y p e r t u b a r á n no u n a sino muchas veces. Así aun c u a n d o nos contemplamos delante d e vuestra p r e s e n c i a , y queremos q u e las voces de nuestro corazon lleguen á los oidos d e v u e s t r a divina M a j e s t a d , no sé cómo, ofreciéndose á n u e s t r o pensamiento u n a i n finidad de bagatelas y f r u s l e r í a s , se viene á i n t e r r u m p i r u n a cosa d e tanta importancia. j P o r v e n t u r a contarémos también esto entre las cosas de poca m o n t a , y de que no d e b e mos hacer caso? ó bien considerado, ¿habrá cosa a l g u n a con q u e p u e d a alentar nuestra

/

- 322 e s p e r a n z a , sino el considerar, q u e habiendo vuestra misericordia comenzado la obra d e nuestra conversión y mudanza de vida, la ha de continuar y c o n c l u i r , para q u e así sea completa y total la misericordia? NOTA. '

S a n A g u s t í n e n t i e n d e p o r concupiscencia

de

los ojos la c u r i o s i d a d , ó el excesivo y d e s o r d e n a d o deseo d e ver y c o n o c e r c u a l e s q u i e r c o s a s : y c l a r a m e n t e explica c o m o la c o n c u p i s c e n c i a d e la c a r o e , q u e c o m p r e n d e t o d o s los d e l e i t e s d e los s e n t i d o s , s e d i s t i n g a de esta o t r a c o n c u p i s c e n c i a ó c u r i o s i d a d , q u e n o s o l a m e n t e a p e t e c e conocer y e x p e r i m e n t a r l a s c o s a s s u a v e s y h e r m o s a s , s i n o t a m b i é n las c o s a s feas, ásperas y horrendas. También

santo Tomás

( 1 , 2, q . 7 7 , a . 5 ) dice q u e s e e n t i e n d e p o r e s t a c o n cupiscencia , ya el deseo de un saber y conocer ordenado, teriormente

ya el deseo de las mismas se proponen

á la

cosas que

desex-

vista.

CAPÍTULO XXXVI. De cómo se hallaba en orden al tercer género de tentación, que es el de la soberbia. 5 8 . V o s , S e ñ o r , s a b é i s cuánto m e habéis m u d a d o en a l g u n a s c o s a s , s a n á n d o m e pri-

- 323 — m e r a m e n t e del deseo de v e n g a r m e , para q u e perdonando y o , m e perdoneis á m í también todas las demás m a l d a d e s , sanéis todas mis dolencias, redimáis mi alma de la perdición y muerte e t e r n a , m e deis la corona g a n a d a con vuestras gracias y misericordias, y s a ciéis mis deseos c o n bienes interminables é infinitos. Vos m e hicisteis temer el rigor de vuestro juicio, y con este temor santo reprimisteis mi s o b e r b i a , y m e hicisteis q u e sujetase d ó cilmente mi cerviz al y u g o d e vuestra ley. Ahora llevo este y u g o , y m e parece s u a v e , p o r q u e Vos prometisteis q u e lo s e r i a , y h a béis hecho q u e lo s e a : v e r d a d e r a m e n t e e r a s u a v e , y no lo s a b i a yo, c u a n d o tenia miedo de s u j e t a r m e á é l . Mas ¿ por v e n t u r a , S e ñ o r , q u e sois el ú n i co que domina s i n fausto ni altivez, p o r q u e también sois el ú n i c o verdadero S e ñ o r , q u e no reconocéis otro ; por v e n t u r a , vuelvo á decir, podré e s p e r a r v e r m e libre e n t e r a m e n te d e esta tercera especie d e tentación q u e trae consigo el m a n d a r , ó es posible librarse de ella d u r a n t e todo el curso d e esta v i d a ? 59.

Desear s e r temido y a m a d o d e los

- 322 e s p e r a n z a , sino el considerar, q u e habiendo vuestra misericordia comenzado la obra d e nuestra conversión y mudanza de vida, la ha de continuar y c o n c l u i r , para q u e así sea completa y total la misericordia? NOTA. '

S a n A g u s t í n e n t i e n d e p o r concupiscencia

de

los ojos la c u r i o s i d a d , ó el excesivo y d e s o r d e n a d o deseo d e ver y c o n o c e r c u a l e s q u i e r c o s a s : y c l a r a m e n t e explica c o m o la c o n c u p i s c e n c i a d e la c a r o e , q u e c o m p r e n d e t o d o s los d e l e i t e s d e los s e n t i d o s , s e d i s t i n g a de esta o t r a c o n c u p i s c e n c i a ó c u r i o s i d a d , q u e n o s o l a m e n t e a p e t e c e conocer y e x p e r i m e n t a r l a s c o s a s s u a v e s y h e r m o s a s , s i n o t a m b i é n las c o s a s feas, ásperas y horrendas. También

santo Tomás

( 1 , 2, q . 7 7 , a . 5 ) dice q u e s e e n t i e n d e p o r e s t a c o n cupiscencia , ya el deseo de un saber y conocer ordenado, teriormente

ya el deseo de las mismas se proponen

á la

cosas que

desex-

vista.

CAPÍTULO XXXVI. De cómo se hallaba en orden al tercer género de tentación, que es el de la soberbia. 5 8 . Y o s , S e ñ o r , s a b é i s cuánto m e habéis m u d a d o en a l g u n a s c o s a s , s a n á n d o m e pri-

- 323 — m e r a m e n t e del deseo de v e n g a r m e , para q u e perdonando y o , m e perdoneis á m í también todas las demás m a l d a d e s , sanéis todas mis dolencias, redimáis mi alma de la perdición y muerte e t e r n a , m e deis la corona g a n a d a con vuestras gracias y misericordias, y s a ciéis mis deseos c o n bienes interminables é infinitos. Vos m e hicisteis temer el rigor de vuestro juicio, y con este temor santo reprimisteis mi s o b e r b i a , y m e hicisteis q u e sujetase d ó cilmente mi cerviz al y u g o d e vuestra ley. Ahora llevo este y u g o , y m e parece s u a v e , p o r q u e Vos prometisteis q u e lo s e r i a , y h a béis hecho q u e lo s e a : v e r d a d e r a m e n t e e r a s u a v e , y no lo s a b i a yo, c u a n d o tenia miedo de s u j e t a r m e á é l . Mas ¿ por v e n t u r a , S e ñ o r , q u e sois el ú n i co que domina s i n fausto ni altivez, p o r q u e también sois el ú n i c o verdadero S e ñ o r , q u e no reconocéis otro ; por v e n t u r a , vuelvo á decir, podré e s p e r a r v e r m e libre e n t e r a m e n te d e esta tercera especie d e tentación q u e trae consigo el m a n d a r , ó es posible librarse de ella d u r a n t e todo el curso d e esta v i d a ? 59.

Desear s e r temido y a m a d o d e los

— 324 h o m b r e s , no por otra cosa, s i n o ' p a r a tener en esto un gozo q u e no es gozo, es miseria de la vida h u m a n a y una jactancia fea. Hé aquí de dónde principalmente d i m a n a el no a m a r o s los hombres á Vos solo ni temeros con temor filial y santo. Por eso resistís á los soberbios, y dais gracia á los humildes; por eso tronáis sobre los ambiciosos, del m u n d o , haciendo q u e se estremezcan los cimientos de los m o n t e s mas altos. Pero como sea necesario p a r a el desempeño y cumplimiento de alg u n o s empleos d e la r e p ú b l i c a , el q u e sean temidos y amados de los hombres los q u e están destinados á aquellos cargos ó e m p l e o s ; el e n e m i g o de nuestra v e r d a d e r a felicidad y bienaventuranza nos estrecha mas para h a cernos caer en esta vana complacencia, y por todas partes tiende los lazos de aplausos y l i s o n j a s , para q u e recogiéndolas con ansia y afición, caigamos incautamente en aquella v a n i d a d , y dejemos de poner nuestro gozo en v u e s t r a v e r d a d , colocándolo en el e n g a ñ o y falacia d e los hombres, y lleguemos á tener gusto y complacencia de ser amados y temidos d e los hombres por nosotros mismos y no por Y o s . Así i n t e n t a d e n e m i g o , haciéndo-

- 325 nos semejantes á é l e n la s o b e r b i a , llevarnos también á su c o m p a ñ í a ; no para usar con nosotros de caridad y concordia, sino p a r a hacernos compañeros d e s ú s penas y t o r m e n t o s ; porque él, aspirando soberbiamente á ser s e m e j a n t e á Yos, tiró á imitaros m a l a mente por el torcido r u m b o y contrario e x tremo de la d e s e m e j a n z a , queriendo poner su trono en el Aquilón para q u e los h o m bres , desalumbrados y frios por faltos de fe y c a r i d a d , le sirvan y obedezcan á él. P e r o nosotros, S e ñ o r , q u e somos vuestro p e q u e ñ o r e b a ñ o , vuestros s o m o s , poseednos siempre Vos. E x t e n d e d vuestras a l a s , para que h u y e n d o de nuestros enemigos, nos r e f u g i e m o s y acojamos debajo de ellas. Sed Vos nuestra única gloría, y haced q u e solamente en Vos nos gloriemos, y q u e si nos a m a n , s e a m o s a m a d o s por V o s ; si nos t e m e n , sea v u e s t r a divina palabra la q u e se l e m a y se respete en nosotros. El que quiere ser alabado de los hombres, vituperándole Vos, no será defendido de los hombres c u a n do Vos le j u z g u é i s , ni ellos podrán libertarle si le c o n d e n á i s . Pero c u a n d o la alabanza es t a l , q u e ni con 22

t. ii.—ix.

— 326 — ella es alabado el pecador en los malos d e seos d e su a l m a , ni bendecido el i n i c u o ; sino q u e es alabado el h o m b r e por a l g u n a gracia v don q u e V o s le concedisteis, y el se alegra m a s d e ser a l a b a d o , q u e d e tener aquel don por el cual le alaban ; se verifica q u e este es alabado vituperándole V o s ; y es mejor el otro q u e le alabó, q u e este q u e f u e a l a b a d o ; p o r q u e á aquel le a g r a d ó en el homb r e el don d e Dios, y á este otro le a g r a d o mas el don del h o m b r e q u e el d e Dios. NOTA. •

A l u d e p r i m e r a m e n t e al texto d e I s a í a s , q u e

dice de L u z b e l , q u e i n t e n t ó p o n e r s u t r o n o á los lad o s ' d e l A q u i l ó n : y c o m o e s t e es el a i r e q u e h a y m a s f r i ó e n t r e t o d o s , p o r q u e v i e n e del S e p t e n t r i ó n , p o r d o n d e n u n c a a n d a el sol ni p u e d e a n d a r ( s i n o en la f á b u l a d e F a e t ó n ) , allí t o d o es o s c u r i d a d y f r í o : y así m e t a f ó r i c a m e n t e signiGca el r e i n o de l a s t i n i e b l a s , y á s u p r i n c i p e el d e m o n i o : y p o r eso dice a q u í c o n h e r m o s a a l e g o r í a s a n A g u s t í n , q u e los s o b e r bios q u e s i g u e n al d e m o n i o en el A q u i l ó n , e s t á n sin luz de f e e n el e n t e n d i m i e n t o , y sin calor

de c a r i -

d a d en l a v o l u n t a d , p u e s ni hay luz n i calor e n el Aquilón ó Septentrión.

CAPÍTULO XXXVII. Be cómo le'momn las alabanzas de los hombres. 6 0 . Todos los dias somos tentados, S e ñ o r , con estas tentaciones, sin darnos t r e g u a s ni cesar d e combatirnos. L a s l e n g u a s de los hombres q u e nos a l a b a n , vienen á ser nuestro horno q u e cotidianamente nos e x a m i n a y p r u e b a . V o s n o s habéis mandado, q u e t a m b i é n en esta especie d e tentación seamos cautelosos y contenidos. D a d m e , S e ñ o r , lo q u e m a n d a i s , y m a n d a d m e lo q u e q u e ráis. Vos sabéis los muchos suspiros q u e esto m e c u e s t a , y los rios d e l á g r i m a s q u e en v u e s t r a presencia h a n d e r r a m a d o m i s ojos por esta causa. P o r q u e n o p u e d o fácilmente conocer cuánto haya adelantado en preserv a r m e d e este c o n t a g i o ; y temo mucho q u e haya varios defectos ocultos y escondidos en lo interior d e mi alma ; los cuales claramente los descubren vuestros ojos, pero n o los ven los mios. E n los otros géneros d e tentaciones tengo a l g ú n arbitrio y facultad para 22*

- 328 — e x a m i n a r m e á mí m i s m o , y conocer en q u é disposición m e h a l l o ; pero en esta m a t e r i a cási no hay medio a l g u n o por donde conocerlo. P o r q u e yo bien conozco y veo cuánto es lo q u e tengo a d e l a n t a d o y a d q u i r i d o d e fuerzas p a r a refrenar m i á n i m o , ya sea d e los deleites sensuales, ya sea de la v a n a curiosidad y deseo de s a b e r cosas inútiles, cuando a c tualmente carezco d e aquellos objetos, ó porq u e m e privo de ellos por mi v o l u n t a d , ó p o r q u e n o los tengo presentes á mi disposición ; en tal caso m e p r e g u n t o yo á mí mism o , c u á n t a sea l a molestia q u e m e causa el carecer de a q u e l l a s c o s a s ; y conozco si es mayor ó m e n o r q u e la q u e otras veces m e causaba. Por lo q u e m i r a á las riquezas, se desean ú n i c a m e n t e p a r a satisfacer á a l g u n a de estas tres s u e r t e s de concupiscencias, ó dos de e l l a s , ó t o d a s t r e s : si poseyéndolas actualmente n o p u e d e el ánimo conocer bien si las desprecia ó n o , tiene el arbitrio d e r e nunciarlas e n t e r a m e n t e , y entonces lo conocerá. Para carecer d e l a s alabanzas, y hacer entonces experiencia d e si sentimos ó no su fal-

- 329 t a , ¿por v e n t u r a hemos de vivir mal y d e s o r d e n a d a m e n t e , y ser tan perdidos, crueles y desalmados, q u e cuantos nos conozcan nos abominen y d i g a n mal de nosotros? ¿ q u é mayor locura p u e d e decirse ó pensarse? P u e s si la alabanza suele y debe ser compañera inseparable de la b u e n a vida y de las buenas obras, así como no debemos d e j a r la vida y costumbres b u e n a s , tampoco podemos a b a n donar el a c o m p a ñ a m i e n t o q u e llevan de las alabanzas. E l l o es cierto, q u e solo careciendo d e u n a cosa es c u a n d o puedo conocer y e x p e r i m e n t a r si siento el q u e me falle, ó no lo siento. 61. P u e s , Dios m i ó , ¿ q u é confesion es la q u e puedo haceros de lo q u e m e sucede con este g é n e r o de tentación, sino q u e m e deleitan las a l a b a n z a s , a u n q u e m a s m e d e leito con la verdad q u e con ellas? Si m e p r o pusieran cuál d e estas cosas queria m a s , ó ser un h o m b r e furioso y desatinado, que no obraba con rectitud y acierto en materia a l g u n a , pero n o obstante era m u y alabado d e todos los h o m b r e s ; ó por el c o n t r a r i o , v e r m e vituperado de todos, siendo yo cuerdo y juicioso, y teniendo verdadera ciencia y s a -

-

330 b i d u r í a , q u e es ciertísimo conocimiento de la verdad ; veo claramente lo q u e en tal caso liabia de escoger. P e r o yo no quisiera q u e la aprobación y alabanza a j e n a m e a u m e n t a s e el gozo que puedo tener de a l g u n a bondad m i a ; a u n q u e conozco y confieso, q u e no solo m e lo a u menta l a a l a b a n z a , sino q u e el vituperio rae lo d i s m i n u y e . C u a n d o m e veo atribulado con semejante flaqueza propia de mi miseria, se rae ofrece luego u n a d i s c u l p a , q u e V o s , Dios raio, sabéis si es b u e n a ó m a l a ; pues yo no me atrevo á c a l c a r l a con certeza. L a razón, con q u e tiro á disculpar mi alegría y gozo de la a l a b a n z a , consiste en q u e como Vos nos habéis m a n d a d o no solo la continencia y templanza, q u e nos enseña d e q u é cosas d e bemos a p a r t a r n u e s t r a afición, sino también la justicia, q u e nos muestra en q u é cosas d e bemos poner nuestro amor y voluntad : y como por otra parte nos habéis mandado, q u e n o solamente os a m e m o s á Vos, sino también al prójimo : f u n d a d o yo en lodo esto, me parece q u e m u c h a s veces q u e m e delei to oyendo q u e m e a l a b a n , no nace mi deleite v alegría d e a q u e l l a a l a b a n z a , sino del a p r o -

— 331 vechamiento q u e m u e s t r a el p r ó j i m o , y de las buenas esperanzas q u e da de su talento, pues alaba lo q u e merece ser alabado : por el c o n trario, si m e entristezco cuando m e vitupera, m e parece q u e solo es d e su m a l , oyendo que desprecia y vitupera ó lo q u e él no sabe ni entiende, ó lo q u e r e a l m e n t e es b u e n o . T a m b i é n c u a n d o m e alaban rae suelo entristecer algunas v e c e s , ó p o r q u e alaban en mi a l g u n a s cosas q u e m e disgustan á mí mism o , ó porque también hacen mas estimación y aprecio del q u e debieran hacer de algunos pequeños V leves bienes q u e e x p e r i m e n t a n en m í . Pero ¿ q u é sé yo si este sentimiento mío nacerá de q u e no llevo á bien q u e el q u e m e alaba piense de mí mismo de diferente modo q u e yo pienso; no porque á esto m e m u e v a su bien y u t i l i d a d , sino el q u e a q u e llos mismos bienes q u e t tengo yo y m e a l e gro de tenerlos, se m e hacen mas gustosos y a g r a d a b l e s , c u a n d o también a g r a d a n á los otros? P o r q u e en a l g ú n modo no soy yo a l a b a d o , cuando no lo es también aquel juicio y concepto q u e tengo formado de mí m i s m o ; supuesto q u e se alaban en mí las cosas q u e

— 332 — á mí mismo m e d i s g u s t a n , ó se alaban mas las que á m í m e a g r a d a n menos. ¿ N o es verd a d , p u e s , q u e acerca de la excusa r e f e r i da estoy dudoso y no puedo calificarla con certeza ? 62. Bien veo en Yos, Verdad eterna, q u e de las alabanzas que me dieren no debo a l e g r a r m e por el bien m i ó , sino por el bien y utilidad d e mi p r ó j i m o ; mas no s é si lo hago a s í ; p o r q u e mas bien os conozco á Y o s , que á m í mismo en este p u n t o . Yo os suplico, Dios m i ó , que hagais q u e yo me conozca p e r f e c t a m e n t e , p a r a q u e á todos mis h e r m a n o s q u e os pedirán por m í , p u e d a yo descubrirles e n esta confesion todo cuanto hubiese en mí d e heridas y d e l l a g a s : lo cual s u p u e s t o , v u e l v o á examinar mi interior con mas cuidado. Si el gozo q u e experimento c u a n d o soy a l a b a d o , « s n a c i d o del bien y provecho de mi p r ó j i m o , ¿ p o r q u é el vituperio q u e inj u s t a m e n t e se h a c e á otro m e contrista menos q u e si se m e hiciera á m í ? ¿ p o r q u é me duele mas la contumelia q u e m e hacen á mí m i s m o , q u e la q u e en mi presencia le hacen á mi p r ó j i m o , s i e n d o igual la malicia d e una

- 333 — Y de o t r a ? ¿Por v e n t u r a ignoro también e s t o ? ¿ h a b í a de llegar á tanto q u e m e e n g a ñ a s e á mí m i s m o , y q u e en presencia vuestra f a l tase á la verdad con el corazon y con la boca? Apartad V o s , S e ñ o r , léjos de mí tan g r a n locura, v no permitáis q u e mi boca delante d e Vos oculte mis defectos, ni sea como el aceite, con q u e , en frase d e D a v i d , desfigura el pecador su rostro. 6 3 . M u y p o b r e y necesitado estoy de vuestra luz v enseñanza : mejor seré desa g u á n d o m e á m í mismo con gemidos y sollozos ocultos , y buscando sin cesar vuestra misericordia, hasta que os digneis de r e p a r a r mis defectos, v d a r m e tal perfección, q u e goce aquella tranquilidad y paz q u e no sabe ni conoce el soberbio y a r r o g a n t e . Pero las p a l a b r a s q u e u n o dice , y las obras q u e h a c e , como son públicas y n o t o rias á los h o m b r e s , están expuestas á la peligrosísima tentación del amor y deseo de las a l a b a n z a s ; el cual busca los votos y p a receres a j e n o s , y los j u n t a y ordena p a r a conseguir con ellos u n a cierta excelencia y distinción p a r t i c u l a r . A u n c u a n d o m e r e prendo á mí mismo por este mal deseo, m e

- 334 tienta también á desear a l a b a n z a , por la mism a razón con q u e le h e afeado y reprendido. Muchas veces s u c e d e también q u e d e h a ber el h o m b r e despreciado la vanagloria, viene á caer en otra gloria mas v a n a ; en tal caso tampoco p u e d e decirse q u e se gloria de h a b e r menospreciado la vanagloria ; porque no puede ser v e r d a d q u e ella esté menospreciada, en u n h o m b r e que tan vana é í n timamente se g l o r í a . CAPÍTULO Como la virtud

XXXVIII*.

tiene también peligro por la vanan«y loria.

64. E n esta m i s m a especie d e tentación hay también otro m a l , todavía mas d i s i m u lado y oculto, en q u e caen aquellos h o m bres v a n o s , q u e e s t á n m u y preciados d e sí mismos, a u n q u e s u s cosas n o a g r a d e n , a n tes bien d e s a g r a d e n á los otros, ni ellos t a m poco intenten a g r a d a r l e s .

- 335 Pero estos, S e ñ o r , q u e se a g r a d a n á sí mismos, os d e s a g r a d a n mucho á V o s ; p o r que s e glorian n o solo d e las cosas malas, como si fueran b u e n a s , sino también d e las q u e son b u e n a s y dones vuestros, como si solo fuesen bienes s u y o s ; ó p o r q u e d e tal m a n e r a los reconocen dones vuestros, q u e los juzgan d e b a o s á s u s m é r i t o s ; y c u a n d o los a t r i b u y a n únicamente á vuestra gracia, no se a l e g r a n a m i g a b l e m e n t e d e q u e otros también los t e n g a n , antes por eso mismo les tienen e n v i d i a . Ya veis, S e ñ o r , c u á n t o tiembla m i alma á vista d e lodos estos y otros semejantes peligros y dificultades d e q u e se ve rodeada ; y por tanto m a s bien creo y soy d e sentir, q u e Vos m e curáis mis heridas y llagas, q u e el q u e entre t a m o s peligros deje yo d e r e c i birlas y tenerlas. CAPÍTULO XXXIX. Epílogo de lo que ha tratado en este libro.

* S i g u i e n d o el e j e m p l o y f u n d a m e n t o s d e l P . J . M . d e la c o n g r e g a c i ó n d e s a n M a u r o , de l o s c a p . x x x v n y XXXTIII de otras

ediciones

hemos formado uno so-

l o , p o r q u e así lo p i d e la conexion de la m a t e r i a .

6 5 . Mientras q u e y o , Dios mió y V e r dad e t e r n a , m e he ocupado en referiros todo

cuanto he podido llegar á conocer de estas cosas inferiores, y he consultado con "Vos; ¿ c u á n d o ni dónde m e dejásteis solo, ó no anduvístes c o n m i g o , e n s e ñ á n d o m e lo q u e tengo de evitar y lo q u e tengo de a p e t e c e r ? Registré p r i m e r a m e n t e las cosas exteriores de q u e consta el u n i v e r s o , s e g ú n y como pude v a l e r m e d e mis s e n t i d o s : despues consideré la vida q u e mi c u e r p o recibe de mi a l m a , y los sentidos mismos con q u e obra. De allí entré á c o n t e m p l a r l o s senos de mi m e m o r i a , la vastísima capacidad q u e tienen, lo llenos q u e están d e i n n u m e r a b l e m u l t i t u d de especies, y los modos admirables con q u e allí se colocan y conservan. Consideré todo esto, y q u e d é atónito y e s p a n t a d o ; no p u d e entender sin Vos n i n g u n a cosa de aquellas, pero hallé y conocí q u e n i n g u n a de ellas era lo q u e Vos; ni a u n yo m i s m o , q u e descubrí y conocí todas aquellas cosas, imágenes y especies, y las fui recorriendo todas, y proc u r é distinguirlas y apreciarlas, s e g ú n la estimación y d i g n i d a d q u e corresponde á cada u n a d e ellas; ya recibiendo algunas de estas especies por medio d e los sentidos, y examinándolas y reconociéndolas d e s p u e s ; ya r e -

- 337 flexionando a l g u n a s otras cosas q u e están como mezcladas c o n m i g o , y e x a m i n a n d o también el n ú m e r o , naturaleza y p r o p i e d a des de los mismos sentidos, q u e m e d a b a n noticia de ellas, y finalmente aprovechándom e de aquel tesoro de mi m e m o r i a , y u s a n do diferentemente de s u s g r a n d e s riquezas, manifestando u n a s , reservando otras, y d e s cubriendo las q u e estaban ocultas y g u a r d a d a s ; conocí q u e ni vo mismo q u e hacia todas estas o p e r a c i o n e s , ó por mejor d e c i r , ni la misma virtud y potencia con q u e las hacia, somos lo q u e V o s , q u e teneis otro ser m u y s u p e r i o r ; p o r q u e Vos sois aquella luz p e r m a n e n t e , con q u i e n iba yo á consultar todas aquellas cosas, p a r a saber si v e r d a d e r a m e n t e e x i s t í a n , q u é ser y naturaleza era la s u y a , v q u é aprecio y estimación debía hacerse de ellas, y oia lo q u e Vos m e e n s e ñ a b a i s , y lo que me mandábais. Esto mismo lo h a g o t a m b i é n ahora m u chas v e c e s : y esto es lo q u e m e d e l e i t a ; y así c u a n d o p u e d o e x i m i r m e de las o c u p a c i o nes q u e me s o n p r e c i s a s y necesarias, m e refugio á este deleite. P o r q u e en n i n g u n a de estas cosas, q u e he estado recorriendo y con-

- 338 — sultando con V o s , hallo un l u g a r seguro para mi a l m a , sino en Vos, q a e sois el único donde caben y p u e d e n r e u n i r s e todos los afectos d e mi v o l u n t a d , q u e han estado e s parcidos por las c r i a t u r a s , d e modo q u e n i n g u n o d e ellos s e a p a r t e j a m á s d e Vos. T a m b i é n a l g u n a s veces hacéis q u e en lo interior d e mi a l m a p r o r u m p a en u n afecto de amor m u y extraordinario q u e m e lleva á u n a incomprensible dulzura; la cual, si e n t e r a m e n t e s e m e c o m u n i c a r a , seria u n a cosa q u e n o puedo c o m p r e n d e r l a , pero s é q u e seria m u y s u p e r i o r á lodo lo d e esta vid a . Con el peso d e mis miserias vuelvo á d a r en estas cosas t e r r e n a s , donde mis ocupaciones acostumbradas p o r todas parles m e r o d e a n , q u e d a n d o como s u m e r g i d o en ellas, y como aprisionado; m u c h o lo siento y lloro, pero también lo q u e m e estorban y detienen es mucho. ¡ T a n t o es lo q u e nos agobia la pesada c a r g a d e u n a c o s t u m b r e ! Como en este último estado p u e d o p e r m a n e c e r , pero no q u i e r o ; y en aquel otro q u i e r o persever a r , pero n o p u e d o ; v e n g o á ser infeliz en uno v otro.

NOTA. '

E s t e e s u n o d e los v a r i o s p a s a j e s q u e en esta

m i s m a o b r a s e p u e d e n a l e g a r , en p r u e b a d e q u e f a voreció Dios á s a n A g u s t í n y s a n t a M ó n i c a , c o m u n i c á n d o l e s a l g u n a s v e c e s en esta vida la u n i ó n í n t i m a con s u M a j e s t a d . A s í la d e s c r i p c i ó n q u e en o t r a s p a r t e s y a q u í h a c e el S a n t o de e s t e s i n g u l a r f a v o r , es a d m i r a b l e y le da á conocer p o r cosa s o b r e n a t u r a l . Lo q u e el s a n t o D o c t o r d i c e , p u e d e s e r v i r p a r a e n m e n d a r los t d r m i n o s é i d e a s con q u e los m í s t i c o s m o d e r n o s explican la u n i ó n í n t i m a con D i o s ;

pues

s e g ú n la d o c t r i n a d e s a n A g u s t í n , n o e s m a s q u e un sentimiento un exceso fección, jara

extraordinario

de dulzura,

de amor

que si llegara

de Dios,

á toda su

seria una cosa que infinitamente

á todo cuanto

hay

delicioso

y per-

sobrepu-

en esta vida.

San

P a b l o q u e lo h a b i a e x p e r i m e n t a d o , y q u e f u e a r r e b a t a d o al t e r c e r c i e l o , n o n o s dijo m a s q u e

san

A g u s t í n en este p u n t o , c o m o dice el P . J . M .

CAPÍTULO X L . Como buscó á Dios dentro de sí mismo, todas las demás cosas.

y en

6 6 . P o r eso consideré todas las dolencias de mis pecados e n los tres géneros d e c o n cupiscencias q u e h e referido, é invoqué vues-

- 340 tra mano poderosa p a r a q u e sanase las d o lencias d e mi alma. Como puse mis ojos en vuestros divinos resplandores, teniendo todavía el corazon herido y llagado, no pude resistir tan g r a n d e golpe de luz, y como desl u m h r a d o , dije : ¿ Q u i é n será capaz de ver tan excesiva luz? Por lo q u e á mí toca, yo me veo infelizmente arrojado de vuestra presencia. Vos sois la verdad s u m a y superior á t o das las cosas; mas yo con u n a especie de avaricia no q u e r i a p r i v a r m e d e V o s , sino q u e j u n t a m e n t e con Vos queria poseer la mentira y falsedad : así como n i n g u n o hay q u e d e tal modo quiera ser mentiroso, q u e ni él mismo conozca lo q u e es verdadero. Por eso os perdí y o , Verdad e t e r n a ; por no ser Vos poseído d e un a l m a j u n t a m e n t e con la m e n t i r a .

CAPÍTULO XLI. Como algunos han recurrido infelizmente á los demonios, para que sirvieran de medianeros para convertirse los hombres á l)ios. 67. ¿ Q u i é n habia yo de hallar q u e p u diese reconciliarme con A r os? ¿ Habia de a c u dir á los A n g e l e s ? Y ¿ c o n q u é oraciones, con q u é sacrificios habia de atraerlos? M u chos pecadores deseando volver á Vos, y no pudiendo l o g r a r l o por sí solos, se valieron 1 (según he oído decir) de semejantes m e d i o s ; pero vencidos d e l deseo de tener apariciones ó visiones c u r i o s a s , se hicieron dignos d e e n gañosas ilusiones. Como os buscaban llenos de orgullo, y p r e s e n t a b a n con arrogancia su pecho en l u g a r de herírsele con h u m i l d a d ; por eso s o l a m e n t e pudieron atraer á sí (por medio de a l g u n a i m á g e n ó semejanza) á las rebeldes aéreas potestades; esto es, los demonios c o m p a ñ e r o s de su s o b e r b i a , q u e los eng a ñ a r o n con l a m a g i a , cuando ellos buscaban un m e d i a n e r o q u e los iluminase y p u rificase ; y e n t r e ellos no habia sino el demo23

t.

ii.—íx.

nio q u e s e transformaba en ángel d e luz. L o q u e a y u d ó mucho á que los h o m b r e s soberbios y carnales cayesen en semejante d e s v a río d e solicitar al demonio para su m e d i a n e r o , f u e , que siendo ellos mortales, y p e c a dores, y deseando ( a u n q u e soberbiamente) reconciliarse con Vos, q u e sois inmortal é i m p e c a b l e ; les pareció q u e aquel maligno espíritu seria el mas o p o r t u n o , p o r la v e n t a j a d e n o tener cuerpo formado d e carne como ellos.

no está vestido d e la mortalidad d e nuestra carne. Pero siendo como es la muerte la paga y estipendio del pecado, en el cual es semejante á Tos h o m b r e s , también lo es en estar j u n t a m e n t e con ellos condenado á m u e r t e .

Pero e r a menester q u e el mediador entre Dios y los h o m b r e s tuviese algo en q u e fuese s e m e j a n t e á D i o s , y algo también en q u e fuese s e m e j a n t e á ios h o m b r e s : p o r q u e si en todo f u e r a s e m e j a n t e á los h o m b r e s , estaría m u y a p a r t a d o d e D i o s ; y si en todo fuera sem e j a n t e á Dios, estaría m u y léjos d e los h o m b r e s , y así n o podria ser m e d i a n e r o .

los e n t e s s u b l u n a r e s h a b i a n sido p u e s t o s p o r el C r i a -

A q u e l , p u e s , mediador falso, por el cual, c o n f o r m e á vuestros ocultos juicios, merecen ser e n g a ñ a d o s los soberbios, tiene u n a cosa por donde es s e m e j a n t e á los h o m b r e s , q u e es el p e c a d o ; y q u i e r e dar á entender q u e tiene otra cosa p o r donde sea semejante á Dios, jactándose d e ser i n m o r t a l , por cuanto

NOTA, 1

neo,

Estos tales fueron Pitágoras, Apolonio T í a Porfirio, Proclo,

P s e l o , M á x i m o el C í n i c o ,

J u l i a n o A p ó s t a t a y o t r o s m u c h o s , q u e s i g u i e n d o la d o c t r i n a de los c a l d e o s y e g i p c i o s , creían q u e t o d o s d o r del u n i v e r s o al c u i d a d o d e las p o t e s t a d e s c e l e s t i a l e s , q u e g o b e r n a b a n á s u g u s t o el p r i n c i p i o , la d u r a c i ó n y el fin d e t o d a s e s t a s cosas d e acá b a j o ; y q u e p o r m e d i o d e a l g u n o s sacrificios q u e se les o f r e c í a n , s e h a c í a n v i s i b l e s , y s e r v í a n á los h o m b r e s d e escala p a r a e l e v a r s e y llegar h a s t a Dios.

C A P I T U L O XLII Carácter del verdadero mediador entre Dios los hombres. 68. El v e r d a d e r o mediador es a q u e l , q u e por vuestra inescrutable misericordia os dígnásteis manifestar á los h u m i l d e s , y le e n -

m viásteis p a r a q u e con su ejemplo a p r e n d i e sen la v e r d a d e r a humildad. E s l e mediador entre Dios y los hombres, es el H o m b r e J e sucristo, q u e se manifestó mediando entre los pecadores y m o r t a l e s , y entre el que esencialmente es justo é i n m o r t a l ; conviniendo en lo mortal con los h o m b r e s , y en la justicia y santidad con D i o s ; p a r a q u e , supuesto q u e la vida y la paz eterna es la p a g a y estipendio de la santidad y j u s t i c i a , lograse con la justicia y santidad en q u e convenía con D i o s , q u e cesase la sentencia de m u e r t e f u l m i n a d a contra los pecadores é impíos, á quienes justificó, y cuya m u e r t e quiso p a decer como ellos. É s t e mismo medianero fue anunciado y revelado á los Santos y P a t r i a r cas a n t i g u o s , para q u e ellos se salvasen, t e niendo fe en la m u e r t e q u e habia de padecer ; así como nosotros nos s a l v a m o s , teniendo fe en la m u e r t e q u e efectivamente padeció. E s t e , p u e s , en cuanto es h o m b r e , en tanto es m e d i a n e r o ; p o r q u e , en cuanto es Yerbo divino, no media entre Dios y el hombre, sino q u e es igual á Dios, y tan Dios, que con el P a d r e y el Espíritu Santo es un mism o Dios. -

- 84o — 69. ¡Oh eterno y amantísimo P a d r e ! ¡ q u é g r a n d e fue el exceso de vuestro a m o r para con los h o m b r e s , pues no perdonasteis a vuestro unigénito Hijo, sino que le entregasteis á que muriese por nosotros pecadores! ¡que g r a n d e fue el amor q u e nos mostrasteis, pues llegó á tal e x t r e m o , q u e aquel mismo S e ñ o r , q u e en tenerse por igual á Fos no os usurpa cosa alguna, se sujetase á padecer por nosotros la ignominiosa muerte de cruz! Así él habia sido el único libre entre los muertos, que tuvo, potestad de morir, y también la tuco de resucitar. É l mismo f u e el v e n c e d o r 1 y 1a víctima, q u e se ofreció á Vos por nosotros : y por eso f u e v e n c e d o r , p o r q u e fue víctima. S e hizo p a r a con Vos sacerdote y sacrificio por nosotros; y por eso fue él sacerdote 1 , porq u e él mismo fue el sacrificio. Y finalmente, d e siervos q u e é r a m o s , nos hizo vuestros hijos , el q u e siendo Hijo v u e s t r o , se hizo n u e s tro siervo. Con r a z ó n , p u e s , Dios m i ó , tengo g r a n d e y firmísima esperanza de q u e sanaréis todas mis dolencias, por este mismo Señor, que está sentado á vuestra diestra, y os ruega incesantemente por nosotros, q u e si no desespe-

— 346 — raria d e mi salud. V e r d a d e r a m e n t e son m u chas y g r a n d e s mis dolencias, m u c h a s son y g r a n d e s ; pero m a y o r , mas copiosa y eficaz es vuestra medicina. Si el divino Verbo no se h u b i e r a hecho h o m b r e , ni habitado entre nosotros, h u b i é r a m o s podido j u z g a r q u e estaba m u y ajeno de unirse con la h u m a n a naturaleza, y desesperar enteramente d e nuestra salvación. 70. Confieso q u e , aterrado d e m i s c u l pas y oprimido del peso d e mis miserias, h a bía pensado en mi interior m u c h a s veces, y formado intención d e dejarlo todo y huir á una soledad; pero Vos m e lo estorbásteis, y me animásteis diciéndome : Jesucristo murió por todos, para que los que viven, no vivan ya para sí mismos, sino para aquel que murió por ellos. Pues, Señor, en Vos pongo todo el cuidado de mi salud, para vivir y emplearme en contemplar las maravillas de vuestra santa ley. Vos sabéis mis ignorancias, y conocéis mis dolencias; pues e n s e ñ a d m e y s a n a d m e . Este vuestro único H i j o , en quien están escondidos todos los tesoros de la sabiduría y de la ciencia, me redimió con su sangre. Pues no me inquieten los soberbios con sus calumnias,

- 347 p o r q u e m e ocupo en meditar el precio d e m i rescate, p o r q u e le como y b e b o , y p o r q u e le d i s t r i b u y o ; y p o r q u e reconociendo m i p o breza v "necesidad, deseo saciarme d e él e n tre aquellos que ya le están comiendo y saciándose de él, y alaban eternamente al Señor los que le buscan. NOTA. «

E n e s t a s p a l a b r a s vencedor

y victima,

a l u d e el

S a n t o á la e t i m o l o g í a q u e t i e n e n a l g u n o s del v e r b o vencer;

p e r o en el l a t í n s e c o n o c e m e j o r la a l u s i ó n

y hermosura victor y

q u e c a u s a la c e r c a n í a d e l a s voces

victima.

P o r esto s e e n t e n d e r á m e j o r lo q u e a ñ a d e s a n Agustín diciendo, q u e Cristo Señor nuesto f u e cerdote

y sacrificio,

d o s d e sacrum

sa-

p o r q u e u n o y otro son d e r i v a -

facere,

q u e significan c o n s a g r a r a l -

g u n a cosa á la D i v i n i d a d . P e r o en c a s t e l l a n o ( n i en o t r o i d i o m a f u e r a del l a t i n o ) t a m p o c o s e c o n o c e e s t a y o t r a s a l u s i o n e s q u e u s a el S a n t o , p o r q u e d i s t a n cási t a n t o e n t r e sí los s o n i d o s de l a s v o c e s , c o m o los s i g n i f i c a d o s .

I\AIES DE LA VIDA DE SAN AGUSTIN.

Años de la era vulgar. 334.

Nace s a n A g u s t í n el día 13 de n o v i e m b r e , siendo s u s p a d t e s Patricio y M é n i c a ; poco d e s p u e s es i n s c r i t o en la lista de los catecú-.

370.

menos. E n la edad de 1 6 a ñ o s con ocasion d e la ociosidad cae en la l u j u r i a .

371. 372. 374.

376. 379. 383.

380.

M u e r e P a t r i c i o p a d r e de A g u s t í n . Agustín tiene de u n a concubina u n hijo, á q u i e n se da el n o m b r e de A d e o d a t o . Cae en la h e r e j í a d e los M a n i q u e o s , Ménica llora a m a r g a m e n t e esta desgracia y espera su conversión. A g u s t í n es profesor de retórica en Cartago. D e s p u e s de h a b e r creído en s u p e r s t i c i o n e s astrológicas, s e a p a r t a poco á poco de ellas. D e s c u b r e los e r r o r e s d e los M a n i q u e o s , pero cae e n la d u d a d e los A c a d é m i c o s ; p a r t e p a r a R o m a e n d o n d e enseña la r e t ó r i c a . E s profesor d e oratoria en M i l á n ; oyendo en esta ciudad á s a n A m b r o s i o , vuelve al s e n o

í 17.

E s c r i b e s o b r e las g e s t i o n e s del sínodo d e P a -

420.

I m p u g n a á los P r i s c i l i a n i s t a s .

424.

R e f u t a á los S e m i p e l a g i a n o s .

426.

D e s i g n a por s u c e s o r s u y o al p r e s b í t e r o H e r a -

428.

E s c r i b e los libros d e l a s R e t r a c t a c i o n e s .

T o m a e n M i l á n el B a u t i s m o j u n t o con su h i -

429.

C o n t e s t a á las c a r t a s d e P r ó s p e r o é H i l a r i o .

jo A d e o d a t o , administrándolo Ambrosio.—

430.

T e n i e n d o los v á n d a l o s c e r c a d a la c i u d a d d e

d e la Iglesia católica. — S e p a r a d o d e su c o n cubina para contraer matrimonio, otra. 3S6.

Saca g r a n d e p r o v e c h o d e la l e c t u r a del a p ó s tol s a n P a b l o , y h e r i d o

finalmente

lestina relativamente á Pelagio.

toma

de u n a

clío.

voz del cielo s e c o n v i e r t e . — E s c r i b e c o n t r a los A c a d é m i c o s . 387.

Muerte de santa Mónica, madre de Agus-

H i p o n a , m u e r e el dia 2 8 d e agosto.

tín. 388.

A g u s t í n vuelve al A f r i c a . — M u e r e A d e o d a t o .

389.

Agustín es ordenado presbítero de

Hipona

p o r V a l e r i o obispo d e e s t a I g l e s i a . 392.

Escribe c o n t r a los M a n i q u e o s .

394.

R e f u t a á los D o n a t i s t a s .

395.

A ú l t i m o s de e s t e a ñ o e s o r d e n a d o obispo d e

396.

Muere Valerio obispo de Hipona.

397.

Agustín escribe sus Confesiones. - T r a t a n d o

398.

A s i s t e al concilio I V d e C a r t a g o .

402.

R e f u t a la epístola del d o n a t i s t a P e t i l i a n o .

403.

I m p l o r a la p r o t e c c i ó n d e Cecilíano c o n t r a los

408.

E s c r i b e s o b r e el cerco d e la c i u d a d de R o m a .

411.

Celébrase e n C a r t a g o u n a c o n f e r e n c i a e n t r e

H i p o n a , coadyutor de Valerio.

FIN

DEL

TOMO

SEGUNDO.

d e la T r i n i d a d , r e f u t a á los A r r í a n o s .

excesos d e los d o n a t i s t a s d e H i p o n a .

los o b i s p o s católicos y los D o n a t i s t a s , en la q u e s o b r e s a l e A g u s t í n c o m b a t i e n d o los n a c i e n t e s e r r o r e s de P e l a g i o . 413.

Se p r e p a r a á escribir s u o b r a d e la Ciudad d e Dios.

Barcelona 20 de m a n o de 1850. Reimprímase. - BBRTRAS , Vicario General

Gobernador.

ÍNDICE del tomo segundo.

L I B B O

VII»

CAPÍTULO PBIMKRO. C o m o A g u s t í n t o d a v í a i m a g i n a b a á D i o s al m o d o d e u n e n t e c o r p ó r e o , q u e e s t a b a difundido por todas partes, y llenando u n o s espacios infinitos.

Pág.

C A p . II. A r g u m e n t o con q u e Nebridio i m pugnó á l o s Maniqueos. CAP. I I I . Q o e el libre a l b e d r í o es la c a u s a del pecado. CAP. I V . C o m o n e c e s a r i a m e n t e Dios e s i n -

3

11 13 17

violable é i n c o r r u p t i b l e . CAP V . V u e l v e o t r a vez Á i n q u i r i r d e d ó n d e ' provenga

el m a l , y c u á l s e a s u o r i g e n y

19

raíz. CAP. V I . D e s e c h a A g u s t í n p o r v a n a s y e n g a ñ o s a s l a s a d i v i n a c i o n e s d e los a s t r ó l o g o s . CAP. V I I . D e las g r a v e s p e n a s q u e le c a u s a ba á A g u s t í n el a v e r i g u a r la c a u s a y p r i n -

33

cipio del m a l . CAP. V I I I . C o m o la divina m i s e r i c o r d i a s o corrió e n t r e e s t a s a n s i a s á A g u s t í n .

36

CAP. I X . C o m o en los libros platónicos halló

L I B R O

A g u s t í n establecida la divinidad d e l V e r b o e t e r n o ; pero no halló cosa a l g u n a d e lo p e r t e n e c i e n t e á su e n c a r n a c i ó n .

37

CAP. X . Como las v e r d a d e s d i v i n a s s e le i b a n ya d e s c u b r i e n d o m a s c l a r a m e n t e .

44

CAP. X I . Como las c r i a t u r a s en cierto m o d o s o n y n o son.

46

CAP. X I I . Q u e todas las c o s a s q u e s o n ó existen son b u e n a s .

47

CAP. X I I I . Como todas las c r i a t u r a s d a n a l a banzas á Dios.

» W

CAP. X I V . Q u e al h o m b r e c u e r d o n i n g u n a cosa desagrada de c u a n t a s Dios ha c r i a d o .

32

CAP. X V . Del modo con q u e s e halla e n las c r i a t u r a s , ya la v e r d a d , ya la f a l s e d a d .

33

CAP. X V I . Q u e todas las c r i a t u r a s s o n b u e 34 33

CAP. X V I I I . Que s o l a m e n t e Cristo S e ñ o r 59

61

CAP. X X . Como el h a b e r m a n e j a d o los l i b r o s 64

CAP. X X I . De lo que halló .en los L i b r o s s a grados, que no lo halló en los platónicos.

78

a l e g r a n m u c h o d e la c o n v e r s i ó n d e los p e cadores.

87

CAP. I V . P o r q u é r a z ó n d e b e m o s a l e g r a r n o s m a s con la c o n v e r s i ó n d e aquellos p e c a d o r e s q u e s o n p e r s o n a s nobles y p r i n c i p a l e s .

92

CAP. V. Q u é c o s a s e r a n l a s q u e d e t e n í a n á A g u s t í n , p a r a no a c a b a r d e c o n v e r t i r s e á Dios.

93 1 0 0

Antonio abad. deshacía

A g u s t í n al oír e s t a r e l a c i ó n d e P o n t i c i a n o . CAP. V I I I . C o m o A g u s t í n

se retiró á

110

un 114

CAP. I X . E n q u é c o n s i s t e q u e m a n d a n d o el ces lo q u e m a n d a . CAP. X . C o n t r a los M a n i q u e o s , q u e p o r e x p e r i m e n t a r en u n s u j e t o á u n t i e m p o m i s -

platónicos le hizoá la v e r d a d m a s i n s l r u i d o , pero también mas s o b e r b i o .

r o m a n o , s e c o n v i r t i ó á la fe d e J e s u c r i s t o . CAP. I I I . C o m o Dios y los s a n t o s Á n g e l e s s e

a l m a en sí m i s m a , n o s e h a c e a l g u n a s v e -

CAP. X I X . De lo que sentía A g u s t í n a c e r c a d e la encarnación d e Cristo S e ñ o r n u e s t r o .

72

CAP. I I . De c o m o V i c t o r i n o , c é l e b r e o r a d o r

h u e r t o ( k s u c a s a , y l o q u e e n él le s u c e d i ó .

n u e s t r o es el camino q u e guia á la s a l u d eterna.

S i m p l i c i a n o , m o v i d o del d e s e o d e d i s p o n e r y arreglar mejor s u vida.

CAP. V I I . C o m o i n t e r i o r m e n t e se

CAP. X V I I . De las cosas q u e nos i m p i d e n el conocer á Dios.

CAP. I. D e t e r m i n a A g u s t í n ¡r á v e r s e con

CAP. V I . C u é n t a l e P o n t i c i a n o la vida d e s a n

n a s ; a u n q u e algunas no son c o n v e n i e n t e s y acomodadas á otras.

V I I I .

67

mo dos voluntades o p u e s t a s , inferían que h a b í a en el h o m b r e d o s n a t u r a l e z a s c o n t r a 1 2 1

e s . XI. Lucha que experimentaba Agustin

m u e r t e d e s u s a n t a m a d r e M é n i c a , y d e la

e n t r e el c u e r p o y el e s p í r i t u . CAP. X I I . C o m o s e c o n v i r t i ó d e t o d o p u n t o ,

crianza y e d u c a c i ó n q u e t u v o d e s d e s u s primeros años.

a m o n e s t a d o d e u n a voz d e l cielo.

CAP. I X . C o n t i n ú a A g u s t í n r e f i r i e n d o l a s l o a bles c o s t u m b r e s d e su m a d r e . CAP. X . C o l o q u i o s d e A g u s t í n c o n s u m a d r e CAP. I . R e c o n o c i e n d o A g u s t í n s u

miseria,

a c e r c a del r e i n o d e l o s c í e l o s . CAP. X I . Del é x t a s i s y m u e r t e d e s u

a l a b a la s u m a b o n d a d d e D i o s . CAP. I I . D i l a t a A g u s t i n r e p u n c i a r l a c á t e d r a de retórica, h a s t a que llegasen las vacacion e s del t i e m p o d e la v e n d i m i a . C A P . I I I . C o m o V e r e c u n d o le c e d i ó á A g u s t i n u n a casa d e c a m p o en que viviese, m i e n -

CAP. X I I . D e c o m o

CAP. I V . De los libros q u e escribió d e s p u e s d e r e t i r a d o c o a t o d o s l o s s u y o s á la d i c h a heredad de Casiciaco: de lascarlas á N e bridio: efectos q u e experimentaba leyendo los S a l m o s , y c o m o s a n ó m i l a g r o s a m e n t e

CAP. X I I I . O r a A g n s t i n á D i o s p o r s u d i f u n ta m a d r e . LIBRO

X.

CAP. I . Q u e e n s o l o D i o s h a l l a u n a l m a s u esperanza y alegría. CAP. I I . S i e n d o c l a r a s y m a n i f i e s t a s r e s p e c t o d e Dios las c o s a s m a s o c u l t a s , q u é viene á s e r lo q u e h a c e e l h o m b r e e n c o n f e s a r s e á Dios.

d e u n v e h e m e n t í s i m o dolor de d i e n t e s . CAP. V . C o n s u l t a c o n s a n A m b r o s i o s o b r e q u é l i b r o s s a g r a d o s le s e r i a m a s c o n v e n i e n -

CAP. I I I . D e l f r u t o q u e s a c a b a d e c o n f e s a r á D i o s el e s t a d o p r e s e n t e d e s u a l m a , á d i s t i n c i ó n d e lo q u e a n t e s h a b i a s i d o .

te leer. CAP. V I . V u e l v e

lloró la m u e r t e d e s u

madre.

t r a s l l e g a b a el t i e m p o d e r e c i b i r el B a u tismo.

ma-

dre.

Agustin

á Milán,

y

en

CAP. I V . Del g r a n d e f r u t o q u e e s p e r a b a h a -

c o m p a ñ í a d e A l i p i o y A d e o d a t o r e c i b e el

cer e n l o s fieles c o n los l i b r o s d e s u s C o n f e -

sagrado Bautismo.

siones.

CAP. V I I . C o m o en Milán comenzó la c o s t u m b r e d e c a n t a r s e h i m n o s y s a l m o s e n la i g l e s i a . Y c o m o f u e r o n h a l l a d o s los c u e r p o s de los s a n t o s m á r t i r e s Protasío y Gervasio. CAP. V I H . D e l a c o n v e f s i o n d e E v o d i o : d e la

CAP. V . Q u e el h o m b r e n o s e c o n o c e á s í m i s m o cabal y p e r f e c t a m e n t e . CAP. V I . Q u é c o s a e s l a q u e s e a m a

cuando

se a m a á Dios: y como p o r las criaturas se llega á conocer a i

Criador.

CAP. V I I . Q u e n i n g u n o p u e d e h a l l a r á D i o s

CAP. X X . P a r a d e s e a r la b i e n a v e n t u r a n z a ,

p o r m e d i o d e los s e n t i d o s c o r p o r a l e s , ni d e

( c o m o

las p o t e n c i a s p u r a m e n t e s e n s i t i v a s .

CAP. X X I . Del m o d o c o n q u e la b i e n a v e n t u -

CAP. V I I I . D e la a d m i r a b l e v i r t u d y f a c u l t a d

272

r a n z a e s t á en n u e s t r a m e m o r i a .

d e la m e m o r i a .

CAP. X X I I . E n q u é c o n s i s t e la v i d a b i e n -

CAP. I X . Del l u g a r q u e t i e n e n e n la m e m o r i a 242

las c i e n c i a s .

244 246

liado á Dios d e n t r o d e s u m e m o r i a . CAP. X X V . E n q u é g r a d o d e la m e m o r i a s e

249

halle á D i o s . CAP. X X V I I . C o m o la h e r m o s u r a d e

v a , q u e c o n ella n o s a c o r d a m o s d e h a b e r 230

ria las a f e c c i o n e s ó p a s i o n e s d e l á n i m o . las c o s a s q u e e s t á n a u s e n t e s . también

la m e m o r i a

231

CAP. X X I X . Q u e t o d a n u e s t r a e s p e r a n z a h a

236

CAP. X X X . C o n f i e s a A g u s t í n libidinosas.

ó r d e n á las t e n t a c i o n e s d e la g u l a .

294

CAP. X X X I I . Del e s t a d o e n q u e s e h a l l a b a

cesario, para hallar á Dios, subir mas a r 262

en ó r d e n á l a s t e n t a c i o n e s d e los o j o r e s y f r a g a n c i a s t o c a n t e s al o l f a t o .

CAP. X V I I I . C o m o n o p u d i e r a h a l l a r s e u n a

303

CAP. X X X I I I . Del e s t a d o en q u e s e h a l l a b a

cosa p e r d i d a , s i n o s e c o n s e r v a r a en la m e 264

i

en ó r d e n á los d e l e i t e s t o c a n t e s al o í d o . CAP. X X X I V . De c ó m o s e h a l l a b a en c u a n -

CAP. X I X . C o m o v u e l v e á a c o r d a r s e la m e m o r i a d e lo q u e h a b i a p e r d i d o ella m i s m a .

290

CAP. X X X I . Del e s t a d o en q u e s e h a l l a b a en

la c a p a c i d a d y v i r t u d de la m e m o r i a , e s ne-

moria.

el e s t a d o en

q u e se hallaba en ó r d e n á las tentaciones 237

CAP. X V I I . Q u e n o o b s t a n t e s e r t a n g r a n d e

r i b a d e esta p o t e n c i a .

286 288

d e p o n e r s e en D i o s .

se

a c u e r d a del o l v i d o .

283

a r r e b a t a hácia sí al h o m b r e .

CAP. X V . C o m o t a m b i é n n o s a c o r d a m o s d e

282

Dios

CAP. X X V I I I . De l a s m i s e r i a s d e e s t a v i d a .

CAP. X I V . C o m o t a m b i é n e s t á n e n la m e m o -

281

284

CAP. X X V I . D ó n d e s e halla á D i o s .

CAP. X I I I . C o m o la m e m o r i a e s t a n r e f l e x i nos acordado.

277

CAP. X X I V . S e a l e g r a A g u s t í n d e h a b e r h a -

CAP. X I I . Del l u g a r q u e t i e n e n en la m e m o r i a las c i e n c i a s m a t e m á t i c a s .

se

halla.

CAP. X I . Q u é cosa sea a p r e n d e r , h a b l a n d o l a s v e r d a d e s q u e h a l l a m o s en n o s o t r o s m i s m o s .

cosa

sea la vida b i e n a v e n t u r a d a , y d ó n d e

p o r m i n i s t e r i o d e los s e n t i d o s ; s i n o q u e s a len d e o t r o s e n o m a s p r o f u n d o de ella.

276

a v e n t u r a d a , y d ó n d e se h a d e b u s c a r . CAp. X X I I I . P r o s i g u e e x p l i c a n d o q u é

CAP. X . L a s ciencias n o e n t r a n e n la m e m o r i a

CAP. X V I . C o m o

t o d o s los h o m b r e s la d e s e a n , e s n e -

cesario q u e la c o n o z c a n .

266

to á los d e l e i t e s d e la v i s t a .

24*

304

CAP. X X X V . De c ó m o s e h a l l a b a en ó r d e n

LIBROS Y HOJAS VOLANTES

al s e g u n d o g é n e r o d e t e n t a c i ó n , q u e e s el d e la c u r i o s i d a d . CAP. X X X V I . D e c ó m o se h a l l a b a e n ó r d e n

QUE N \ DADO Á LUZ

LA LIBRERÍA RELIGIOSA

al t e r c e r g é n e r o d e t e n t a c i ó n , q u e e s el de

F U N D A D A EN BARCELONA

la s o b e r b i a .

BAJO L A

PROTECCION

CAP. X X X V I I . D e c ó m o le m o v í a n l a s a l a -

DE LA VIRGEN SANTÍSIMA DE MONSERRAT

b a n z a s d e los h o m b r e s . CAP. X X X V I I I . C o m o la v i r t u d t i e n e t a m -

Y BEL GLORIOSO SAN MIGUEL

b i é n p e l i g r o p o r la v a n a g l o r i a . C A P . X X X I X . E p í l o g o d e lo q u e h a t r a t a d o

BN BL I S O DE 1 8 S 8 .

e n este l i b r o . CAP. X L . Como b u s c ó á D i o s d e n t r o d e s í m i s m o , y en t o d a s las d e m á s c o s a s . CAP. X L I . C o m o a l g u n o s h a n r e c u r r i d o i n f e l i z m e n t e á los d e m o n i o s , p a r a q u e s i r v i e r a n de m e d i a n e r o s p a r a c o n v e r t i r s e los h o m b r e s á Dios. CAP. X L I I . C a r á c t e r del v e r d a d e r o

media-

Las obras que ha publicado hasta el presente son las siguientes, aavirtiéndose que muchas se han reimpreso varias veces. Se hallan devenía en Barcelona librería de Riera, y en provincias en casa los señores Encargados nombrados al efecto.

d o r e n t r e D i o s y los h o m b r e s . Obras

ANALES d e la vida d e s a n A g u s t í n .

en 4 . °

mayor.

— L a s a n t a B i b l i a e n e s p a ñ o l p o r et P . Scio. S e i s t o m o s á 2 1 0 r s . en piel d e color y r e l i e v e . — L a s V i n d i c i a s d e la B i b l i a . U n t o m o á 3 9 r e a les id. FIN

DEL

ÍNDICE.

Obras

en 4 . °

— E s t u d i o s filosóficos p o r A u g u s t o N i c o l á s . T r e s t o m o s á 36 r s . en p a s t a . — H i s t o r i a d e la Iglesia p o r Alzog. C u a t r o t o m o s á 44 r s . id.

— H i s t o r i a eclesiástica de E s p a ñ a por La F u e n t e Cuatro tomos á 4 i rs. id. — H i s t o r i a d e l a s V a r i a c i o n e s p o r B o s s u e t . Dos t o m o s á 2 2 r s . id. — Historia déla Compañía de Jesús porCretineauJ o l i . Seis t o m o s á 6 6 r s . i d . — E l P r o t e s t a n t i s m o p o r A u g u s t o N i c o l á s : á 11 reales id. — P e n s a m i e n t o s de u n creyente por D e b r e y n e : á 1 1 rs. i d . — L a s C r i a t u r a s p o r S a b u n d e : á 1 1 r s . id. — E n s a y o s o b r e el P a n t e í s m o p o r M a r e t : á 11 r e a l e s id. — L a Cosmogonía y la Geología por D e b r e y n e : á 11 rs. id. — La Teodicea por M a r e t : á 11 rs. id. — L a r r a g a n o v í s i m a m e n t e a d i c i o n a d o p o r el E x celentísimo é l i m o . S r . C l a r e t : á 24 rs. id. — M a n u a l d e los C o n f e s o r e s p o r G a u m e : á 14 r e a les id. Obras

en 8."

mayor.

— A ñ o c r i s t i a n o p o r Croisset. Diez y seis t o m o s á 1 6 0 r s . en p a s t a . — E l h o m b r e feliz p o r A l m e i d a : á 10 r s . i d . — E x p o s i c i ó n r a z o n a d a d e los d o g m a s y m o r a l del Cristianismo por B a r r a n . Dos tomos á 2 0 rs. id. — H i s t o r i a d e la s o c i e d a d d o m é s t i c a p o r G a u m e . Dos t o m o s á 2 0 r s . i d . — L a s G l o r i a s d e M a r í a p o r s a n L i g o r i o : á 10 reales id. — E l E s p í r i t u d e s a n F r a n c i s c o d e S a l e s : á 10 reales id.

— L a ú n i c a cosa n e c e s a r i a p o r G e r a m b : á l O r s . i d . — E l C a t o l i c i s m o en p r e s e n c i a d e s u s d i s i d e n t e s por Eyzaguirre. Dos tomos á 20 rs. id. — M e d i t a c i o n e s del P . L u i s d e L a P u e n t e . T r e s t o m o s á 3 0 rs. i d . — D e l P a p a . — D e la I g l e s i a g a l i c a n a e n s u s r e l a c i o n e s con la S a n t a Sede. D o s t o m o s á 2 0 r s . i d . — Catecismo d e P e r s e v e r a n c i a por G a u m e . Ocho tomos á 80 rs. id. — S e r m o n e s de M i s i ó n , escritos u n o s y escogidos otros p o r el m i s i o n e r o apostólico A n t o n i o M a r í a Claret y C i a r á , a r z o b i s p o d e S a n t i a g o d e C u b a . T r e s tomos á 27 rs. id. — Coleccion d e p l á t i c a s d o m i n i c a l e s p o r e l E c x m o . é l i m o . S r . C l a r e t . Siete t o m o s á 6 3 r s . i d . — T r a t a d o d e la U s u r a p o r el a b a t e M a r c o M a s t r o f i n i : á 10 r s . i d . Obras

en 8 . °

— C a t e c i s m o c o n 48 e s t a m p a s e x p l i c a d o p o r el Excmo. é limo. S r . Claret. U n tomo á 6 r s . e n p a s t a . — I d . i d . en c a t a l a n : á 6 r s . i d . —Catecismo d e Feller. Cuatro tomos á 24 rs. id. — V i d a devota p o r san Francisco de S a l e s : á 6 reales id. — L a s d e l i c i a s d e la R e l i g i ó n : á 6 r s . i d . —Confesiones d e san Agustín. Dos tomos á 12 reales id. — H i s t o r i a de la R e f o r m a por Cobbet. Dos t o m o s á 12 r s . i d . — N u e v a s c a r t a s por C o b b e t : á 6 r s . id. — P r e p a r a c i ó n p a r a la N a v i d a d d e J e s ú s p o r s a n Ligorio: á 6 rs. i d .

— T e s o r o de p r o t e c c i ó n e n la s a n t í s i m a V i r g e n p o r A l m e i d a : á 6 r s . id. — A r m o n í a d e la R a z ó n y d e la Religión p o r A l m e i d a . Dos tomos á 1 2 r s . i d . — Combate espiritual. Dos tomos á 12 r s . id. — L a existencia d e Dios p o r A u b e r t : á 6 r s . i d . — L a s n o t a s d e la Iglesia p o r A u b e r t : á 6 r s . i d . — L a c o n f o r m i d a d con la v o l u n t a d d e D i o s p o r Rodríguez: á 6 r s . id. — Historia de María santísima por Orsini. Dos tom o s á 12 rs. id. — I n s t r u c c i ó n d e la J u v e n t u d por G o b i n e t . D o s tomos á 12 rs. id. — L a Biblia d e la I n f a n c i a p o r M a c í a s : á 6 r s . i d . — L a d i v i n i d a d d e la Confesion por A u b e r t : á 6 reales id. — L a Tierra Santa por G e r a m b . Cuatro tomos á 24 rs. id. — G u i a d e p e c a d o r e s p o r el V . G r a n a d a . D o s t o mos á 12 r s . id. — R e f l e x i o n e s s o b r e la n a t u r a l e z a p o r S t u r m . S e i s l o m o s á 36 r s . i d . — O b r a s d e s a n t a T e r e s a . Cinco t o m o s á 30 r s . i d . — R e l o j d e la p a s i ó n p o r s a n L i g o r i o : á 6 r s . i d . —Católica infancia por V a r e l a : á 6 rs. id. — V i d a de santa Catalina d e Génova: á 6 r s . id. — V e r d a d e r o libro del p u e b l o p o r M a d a m a B e a u m o n t : á 6 r s . id. — ¿ A d ó n d e v a m o s á p a r a r ? por G a u m e : á 6 r s . i d . — E l Evangelio anotado por elExcmo. é limo, s e ñor Claret: á 4 rs. id. — V e n i - m e c u m p o r el l i m o . S r . C a i x a l : 6 7 r s . e n piel d e color y r e l i e v e .

— L a s delicias d e l c a m p o , ó sea a g r i c u l t u r a c u b a na por el E x c m o . é l i m o . S r . C l a r e t : á 7 r s . en m e dia p a s t a . — Llave d e oro p a r a los s a c e r d o t e s p o r el E x c m o . é l i n i o . S r . C l a r e t : á 7 rs. en p a s t a . — E l N u e v o m a n o j i t o d e flores p a r a los c o n f e s o r e s por el E x c m o . é l i m o . S r . C l a r e t : á 7 r s . i d . —Vida de san L u i s Gonzaga: á 6 r s . id. —Virginia. T r e s t o m o s á 18 rs. id. — E j e r c i t a t o r i o d e la vida e s p i r i t u a l p o r el P a d r e F r . Francisco García de Cisneros: á 6 rs. id. — E l h o m b r e infeliz c o n s o l a d o , por el s e ñ o r a b a te D. Diego Z ú ñ i g a : á 6 r s . i d . — H i s t o r i a de s a n t a I s a b e l de H u n g r í a p o r el Conde d e M o n t a l e m b e r t . Dos t o m o s á 12 r s . i d . — P r á c t i c a de la viva fe d e q u e el j u s t o vive y s e s u s t e n t a p o r el P . F r . T o m á s d e J e s ú s : á 5 r s . i d . — H i s t o r i a del C r i s t i a n i s m o en el J a p ó n , s e g ú n el R . P . C h a r l e v o i x : á 6 r s . i d . — M a n u a l d e e r u d i c i ó n s a g r a d a y eclesiástica por D. B e r n a r d o S a l a , m o n j e benedictino: á 7 r s . i d . — D e l m a t r i m o n i o c i v i l : o p ú s c u l o f o r m a d o con la doctrina d e l P . P e r r o n e eu s u o b r a Del matrimonio cristiano: á 6 rs. id. — M e d i t a c i o n e s p a r a t o d o s los d i a s de A d v i e n t o , novena y octava d e N a v i d a d y d e m á s dias h a s t a la d e la E p i f a n í a i n c l u s i v e , p o r s a n L i g o r i o , á o r s . i d . Obras

en 1 6 . °

— C a r a c t é r e s d e la v e r d a d e r a d e v o c i o n p o r el P a d r e P a l a u : á 4 r s . en p a s t a . — E l a r t e d e e n c o m e n d a r s e á Dios p o r el P . B e l lati: á 4 r s . id.

— L a s h o r a s sérias de u n jóven por S a i n t e - F o i x : á 3 rs. id. — E l C a m i n o r e c t o p o r el E x c m o . é l i m o . S r . C l a r e t : á o r s . e n piel d e color y r e l i e v e . — I d . i d . e n c a t a l a n : á 4 rs. i d . — E j e r c i c i o s p a r a la p r i m e r a c o m u n i o n p o r el E x celentísimo é l i m o . S r . Claret: á 3 y medio r s . id. — L a v e r d a d e r a s a b i d u r í a p o r el E x c m e . é l l u s t r í s i m o S r . C l a r e t : á 4 r s . en p a s t a . — C o l e c c i o n d e o p ú s c u l o s p o r el E x c m o . é I l u s trísimo Sr. Claret. Cuatro tomos á 20 rs. id. — T a r d e s ascéticas, ó sea u n a apuntación de los p r i n c i p a l e s d o c u m e n t o s p a r a llegar á la perfección d e la vida c r i s t i a n a , p o r u n m o n j e b e n e d i c t i n o : á 4 rs. id. Opúsculos

sueltos.

— A v i s o s á u n s a c e r d o t e : á 30 r s . el c i e n t o . — Avisos m u y útiles £ l o s padres de familia: á 30 r e a l e s el c i e n t o . — A v i s o s m u y ú t i l e s á las c a s a d a s : á 30 r s . el ciento. — A v i s o s m u y ú t i l e s & l a s v i u d a s : á 3 0 r s . el c i e n t o . — A v i s o s s a l u d a b l e s á los n i ñ o s : á 3 0 rs. el c i e n t o . — A v i s o s s a l u d a b l e s á las d o n c e l l a s : á 2 6 r s . el ciento. — A v i s o s á u n m i l i t a r c r i s t i a n o : á 24 m r s . el e j e m plar. — E l rico E p u l ó n e n el i n f i e r n o : á 2 2 r s . el c i e n t o . — R e f l e x i o n e s á t o d o s los C r i s t i a n o s : á 2 4 r s . el ciento. — R e s ú m e n d e los principales documentos que

n e c e s i t a n las a l m a s q u e a s p i r a n á la p e r f e c c i ó n : á 24 rs. el c i e n t o . — L o s t r e s e s t a d o s del a l m a : á 2 0 rs. el c i e n t e . — R e g l a s de e s p í r i t u q u e á u n a s r e l i g i o s a s m u y solícitas d e su p e r f e c c i ó n e n s e ñ a n s a n A l f o n s o L i gorio y el V . P . S e n y e r i J u n i o r e : á 2 0 r s . el c i e n t o . — R e s p e t o á l o s t e m p l o s : á 2 2 r s . el c i e n t o . — G a l e r í a del d e s e n g a ñ o : á 2 6 r s . el c i e n t o . — L a E s c a l e r a d e J a c o b y la p u e r t a del cielo: á 30 r e a l e s el c i e n t o . — M a n á del c r i s t i a n o : á 1 3 r s . el c i e n t o . — I d e m en c a t a l a n : á l o r s . el c i e n t o . — El a m a n t e d e J e s u c r i s t o : á 2 4 m r s . el e j e m p l a r . - L a Cesta d e M o i s é s , á 2 4 m r s . el e j e m p l a r . — R e l i g i o s a s e n s u s c a s a s , ó l a s h i j a s del s a n t í s i m o é i n m a c u l a d o Corazon d e M a r í a : á r e a l y c u a r tillo el e j e m p l a r . —Breve noticia del o r i g e n , p r o g r e s o s , gracias é i n s t r u c c i o n e s d e la A r c h i c o f r a d í a d e l s a g r a d o C o r a zon d e M a r í a , p a r a la c o n v e r s i ó n d e los p e c a d o r e s ; j u n t o c o n u n a N o v e n a , p a r a i m p e t r a r l a del Corazon i n m a c u l a d o d e M a r í a : á r e a l el e j e m p l a r . — S o c o r r o á l o s d i f u n t o s : á 2 4 m r s . el e j e m p l a r . - B á l s a m o e f i c a z para c u r a r un s i n n ú m e r o de e n f e r m e d a d e s d e a l m a y c u e r p o : á 24 m r s . el e j e m Pl

- A n t í d o t o c o n t r a el c o n t a g i o p r o t e s t a n t e : á 3 0

r e a l e s el c i e n t o . - E l v i a j e r o r e c i e n llegado. O b r i t a m u y i m p o r t a n t e en las a c t u a l e s c i r c u n s t a n c i a s : á 2 6 r s . i d . — C o m p e n d i ó b r e u explicació d e la d o c t r i n a c r i s t i a n a e n c a t a l a n : á 28 m a r a v e d í s u n o . - E l Protestantismo por P . J . P.: á 24 mrs.

HOJAS

— Id. id. en catalan: á 2 4 m r s .

VOLASIES

— E l F e r r o c a r r i l p o r el E x c m o . é l i m o . S r . C l a r e t : ESCRITAS POR E L

á 25 m r s . — L a É p o c a p r e s e n t e p o r el E x c m o . é l i m o . S e ñor Claret: á 24 m r s . — L a M i s i ó n d e la m u j e r p o r el E x c m o . é I l u s t r í s i m o S r . C l a r e t : á 2 3 r s . el c i e n t o . — Las Conferencias de san Vicente para los sacerd o t e s p o r el E x c m o . é l i m o . S r . C l a r e t : á 5 0 r s . el ciento. — C á n t i c o s e s p i r i t u a l e s p o r el E x c m o . é l i m o . S e ñor Claret: á real. — D e v o c i o n a r i o d e l o s p á r v u l o s p o r el E x c m o . é l i m o . S r . C l a r e t : á 40 r s . el c i e n t o . — M á x i m a s e s p i r i t u a l e s , ó s e a r e g l a s p a r a vivir los j ó v e n e s c r i s t i a n a m e n t e , edición c o r r e g i d a y a u m e n t a d a p o r el E x c m o . é l i m o . S r . A r z o b i s p o d e Cuba: á 24 mrs. — R a m i l l e t e de l o m a s a g r a d a b l e á D i o s , y útil al g é n e r o h u m a n o , p o r el E x c m o . é l i m o . S r . C l a r e t : á 2 2 r s . el c i e n t o . — E l P á r r o c o con los e n f e r m o s , ó s e a a l g u n o s avisos p r á c t i c o s p a r a los p r i n c i p i a n t e s en d i c h a c a r r e ra : á 3 r s . — Devocion d e l s a n t í s i m o R o s a r i o p o r el E x c m o . é l i m o . S r . A r z o b i s p o d e C u b a : á 2 3 r s . el c i e n t o . — E x c e l e n c i a s y n o v e n a del glorioso s a n M i g u e l p o r el E x c m o . é l i m o . S r . A r z o b i s p o D . A n t o n i o M a r í a C l a r e t : á 2 2 rs. el c i e n t o .

Excmo. é limo. Sr. Arzobispo D. Antonio María Clarel y Clara.

Á

I.

6 4 RS. LA RESMA.

Máximas cristianas: puestas en verso p a r e a -

d o p a r a m e j o r r e t e n e r l a s e n la m e m o r i a . % Máximas cristianas: puestas igualmente en verso pareado. 3. Cédula d e l Rosario d e M a r í a s a n t í s i m a . 4.

Modo d e r e z a r el R o s a r i o . C o n t i e n e los q u i n -

ce Misterios, O f r e c i m i e n t o , y Letanía 5.

lauretana.

Cédula c o n t r a la b l a s f e m i a .

6.

Specimen v i t e sacerdotalis.

7.

Fervorosa

y cariñosa exhortación, que dis-

t r i b u y e n i m p r e s a los m i s i o n e r o s

inmediatamente

a n t e s d e e m p e z a r su s a n t o m i n i s t e r i o . 8 . Á y i s o i m p e r t a n l f g t f t t f W d u j f l b u y e n los m i s m o s a n t e s de t e r r 9.

MemoriSj

t r i b u i r luego < , . 10. P r o p ó s f e * P a r a conservar la s a n t a Misif

II. sísima

cordac^Spiado le itnc£jacula

Oracic.-^, V

loria.

i

r

g

e

n

7

-J/,'?

X j ' í A P I C ' J S K Í COHlH

M l l i > " ' '-^n1 -

12.

Suspiros y quejas de María santísima dirigi-

d o s á los p e c a d o r e s v e r d u g o s d e s u s a n t í s i m o H i j o .

21.

A m e n a z a s del e t e r n o P a d r e y m o d o de e v i -

tarlas. 22.

S é fiel h a s t a la m u e r t e , y t e d a r é la c o r o n a d e

la v i d a .

34.

A l m a perseverante que no se deja seducir.

3o.

A l m a d e l E p u l ó n e n el i n f i e r n o .

36.

T r i u n v i r a t o del u n i v e r s o , ó sea necesidad de

la coDfesion. 37.

La santa Ley de Dios.

38.

Cédula del coro d e n i ñ o s de la piadosa U n i o n .

39.

Cédula del coro de n i ñ o s de id.

41.

Máximas para niños y n i ñ a s , ó sea Escalera

p a r a s u b i r l o s m i s m o s al c i e l o . 42.

Prácticas cristianas para todos, ó sea Escale-

ra para id. NOTA.

q u e faltan j a s por

FONDO BIBLIOTECA FUDLIÜ DEl Ü U D O i * HUEVO l F -QK

FONDO BIBLIOTECA PUBLICA DEL Ü Í A Ü O Ut NUEVO LEOÄ

mm