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• Victor Guagliardi

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1. Domínio - um planeta importante no mapa (seja por angularidade, por dignidade essencial, etc.), quando está em seu domínio, isto é, quando é masculino e está acima do céu de dia (exceto marte, que é masculino e contrabalanceia melhor com a noite, e saturno, que contrabalanceia melhor com o dia), e quando está num signo masculino, ou feminino, e vice e versa, é considerado como uma pessoa de sucesso, posses e fortuna, que vive uma vida confortável e harmônica (obs: mercúrio é o único planeta que muda o gênero, sendo feminino quando está minguando e masculino quando está crescendo) 2. Avanço - um planeta está em “avanço” quando está nas casas angulares e sucedentes (oito casas quadrantes vantajosas de Nechepso). O conceito preciso inclui a categoria de co-avanço, a partir da análise conjunta das sete casas inteiras vantajosas de Dorotheus. 3. Cadência - um planeta está em retrocesso quando está nas quatro casas descendentes desvantajosas de Nechepso. O conceito preciso inclui a categoria de co-retrocesso, a partir da análise conjunta das cinco casas inteiras desvantajosas de Dorotheus 4. Stellium - mais de três planetas no mesmo signo, são considerados um Stellium. Os três ou mais planetas são como pessoas reunidas em um Grêmio. Cada planeta, como em uma agremiação, é responsável por um departamento, que é o seu, segundo as descrições mesmas de Alcabitus. Cabe ver quem é o coordenador dos três, e qual a dignidade do comportamento de cada um neste grupo. É importante notar também se algum deles está indo na direção contrária do grupo, em movimento retrógrado. Se algum está mais lento, ou se sai por ângulo quadrante daquela casa. Nota-se também a distância por orbes, entre eles. Planetas fora de signo não são Stellium próprio, mesmo que estejam conjuntos por orbe. Pode-se anotar apenas como: Pseudo-Stellium, o que denotaria uma falsa união entre esses planetas, e uma disarmonia. 5. Aspecto - Quando se convoca um planeta que tem testemunho privelegiado sobre um fato, é importante chamar os outros planetas que estão vendo aquela testemunha privilegiada, que são também testemunhas oculares. Estes planetas podem ver e achar bom, ou ver e achar ruim, são chamados aspectos mais ou menos benéficos ou maléficos. No Thema Mundi, o Sêxtil quem faz é Vênus com os Luminares, então o Sêxtil é da natureza de Vênus, a quadratura é da natureza de Marte, o trígono é da Natureza de Júpiter, a oposição, da natureza de Saturno. Existem 8 tipos de aspecto, segundo Alcabitus. Ao contrário da astrologia moderna, que utiliza aspecto por ângulo absoluto, a astrologia tradicional conta aspectos por signos: sêxtil (contam-se 0, 1, 2 signos, incluindo signo onde se está o planeta. Isso ocorre porque o número 12, dividido por 2, dá 6, por isso sêxtil), quadratura (contam-se 0, 1, 2, 3 signos, incluindo o signo onde está o planeta. 12/3 = 4, por isso quadratura), trígono (0,1,2,3,4 signos, 12/4=3, por isso trígono). Oposição e Conjunção são fáceis de deduzir. Os aspectos feitos somente por ângulo, mas não por signo, serão chamados quadratura. Como o sêxtil, a quadratura, e o trígono podem ser feito contando-se para a direita ou para a esquerda, temos dois tipos de sêxtil, dois tipos de quadratura e de trígono, um tipo de oposição e um tipo de conjunção (poder-se ia dizer que temos três tipos de conjunção pois o planeta pode estar à direita, à esquerda, ou exatamente igual, portanto teríamos 10 tipos de aspecto, o que daria um número perfeito pitagórico). Isso significa dizer que o sêxtil a um signo se faz contando ou 3 ou 11 signos, uma quadratura, ou 4 ou 10 signos,

um trígono, 5 ou 9 signos, uma oposição sete sinos, e uma conjunção 1 signo. Os signos que não se aspectam são, o 2 e o 12 (semisêxtil) e o 6 e o 8 (quincúcio). 6. Aplicação - sempre que o planeta mais rápido está a ponto de fazer um aspecto com um planeta mais lento, na medida de seu orbe (e com menos de 3º de diferença, pois 3º já é o aspecto, outra forma de considerar se já é aspecto, é pelo termo, ver se já cai no termo que o planeta mais lento está, já seria aspecto), diz-se que o mais rápido aplica-se ao mais lento. Uma aplicação é como uma pessoa perseguindo aquilo que deseja (caso a aplicação se dê já em metade do orbe do planeta, diz-se que é como se o planeta estivesse muito desejoso). Cada aplicação tem um nome: conjunção aplicativa (aspecto aplicativo conjuntivo ou aspecto aplicativo de conjunção), oposição aplicativa, quadratura aplicativa, etc., conforme seja o aspecto. Tal como nos aspectos, se o aspecto só se faz por ângulo, mas cai fora do signo, será chamado pseudo-sêxtil pseudo-quadratura, etc., é como se uma pessoa dissesse: “eu vi sim, mas não vi muito bem, então não posso dizer muita coisa sobre isso” o aspecto vem cheio de enganos, é incerto. Se cai dentro do mesmo signo e não faz ângulo em orbe, não é aspecto, diz-se que o planeta aspecta o signo, e o outro planeta está dentro do signo aspectado, mas não que o planeta aspecta o outro, isso serve para aspectos, aplicações, separações, etc. 7. Separação - A separação é o contrário da aplicação, da mesma forma o que vale é o orbe, 3º ainda é aspecto, não é separação, assim como se estiver no mesmo termo (bound) não pode ser considerado ainda como separação. Uma separação fala do passado, é como quem ainda está digerindo uma situação boa ou ruim (ex.: a lua está em aspecto separativo de uma quadratura com marte: ela está digerindo uma tensão sobre algo ruim que aconteceu. A lua está em aspecto separativo de uma conjunção com vênus: a fase anterior foi de boa fortuna, e ainda se está com o gostinho dos prazeres na boca) 8. Vacuidade de Curso - Quando um planeta não faz aspectos com nenhum outro, mesmo que esteja fazendo um aspecto separativo, é considerado Vazio de Curso. Obs.: se um planeta estiver fazendo um aspecto aplicativo, não pode ser considerado Vazio de Curso. Nesse caso, é como alguém que lança um empreendimento e não consegue patrocinadores, seu empreendimento não ocorre, pois nada testemunha a seu favor. 9. Feralidade - um planeta é considerado Feral (isso acontece mais com a lua) quando, desde sua entrada em um signo, até sua saída, não faz nenhum aspecto. Isso acontece quando os planetas estão em signos invisíveis para aquele em que a lua está, geralmente, mas pode ocorrer com outros planetas. Nesse caso, é como se o planeta fosse uma pessoa selvagem, totalmente diferente da sociedade, igual apenas a si mesma, um eremita, pode ser algo chocante até, por não se importar nada com o olhar dos outros sobre suas ações, a pessoa pode tornar-se alienada, estranhada socialmente também. Saturno, por exemplo, em situação feral, é dito dar em monges e pessoas que vivem no deserto. 10. Transferência - quando um planeta está se separando de outro, e aplicando-se a outro, ele é dito estar transferindo a energia do primeiro para o segundo, e atuando como um mediador entre os dois. Mas também se planetas com velocidades parecidas (Mercúrio, venus, sol, estão aplicando-se uns aos outros), trata-se de uma transferência (nesse caso cabe ver a velocidade de cada um no dia, para usar a nomenclatura corretamente).

11. Coleção: quando um planeta está sendo aplicado por dois ou mais planetas, diz-se que ele está coletando a luz e a natureza desses planetas. 12. Reflexão: pode ser de dois tipos: 1) quando dois planetas, cujos aspectos procuramos para perguntar sobre um tópico (ex.: regente do pai e regente da viagem do pai para perguntar se o pai viaja), não fazem aspecto, mas ambos fazem aspecto com um terceiro planeta, este terceiro planeta toma a situação nas mãos e é como se a situação estivesse nas mãos de terceiros, e perdêssemos o controle, tendo que esperar se este terceiro fará bem ou mal, conforme ele reflita a luz, 2) o segundo tipo ocorre quando o regente do ascendente não aspecta o regente do assunto, mas um terceiro planeta atua como mediador entre os dois