O Despertar Do Dia - Ramesh Balsekar

-- O despertar do dia -Nenhuma ação está no meu controle, seja qual for a ação que esteja acontecendo em qualquer organi

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-- O despertar do dia -Nenhuma ação está no meu controle, seja qual for a ação que esteja acontecendo em qualquer organismo corpo-mente, seja como afete e a quem afete, para melhor ou pior, se tenha ocorrido para ferir alguém ou ajudar alguém. Acontece de acordo com a vontade de Deus, com a lei cósmica e o destino da pessoa em causa. Em outras palavras, ninguém, nenhum ser humano, é capaz de fazer qualquer coisa. Tudo acontece de acordo com a vontade de Deus, com a lei cósmica. Portanto, eu posso ter paz de espírito apenas se eu puder aceitar totalmente que tudo acontece de acordo com a lei cósmica. Então o que acontece? Se eu sou capaz de aceitar isso totalmente, então, naquele instante, todo o meu fardo de culpa e vergonha que tenho carregado por minhas ações que feriram o outro, mesmo uma carga maior de ódio contra o outro pelo o que ele tenha feito para mim, toda a carga desaparece. Se nenhum ser humano pode fazer coisa alguma, se eles são meros instrumentos através dos quais a vida acontece de acordo com a vontade de Deus, com a lei cósmica, se eu puder aceitar isso totalmente, então onde estará a questão do meu sentimento de culpa por ações que aconteceram através deste organismo corpomente?

Antes que eu tivesse esse entendimento total, como era a minha reação com alguém quando eu ficava machucado? Muito simples, ele me machucou, eu o odeio. Agora, com esse entendimento, qual é minha a reação se estou ferido? Mais uma vez, minha reação é extremamente simples. Minha reação é - o que me machuca é um acontecimento, o que tinha que acontecer de acordo com a vontade de Deus e que tinha de me machucar estava de acordo com a vontade de Deus e com meu destino. Um acontecimento ocorre, o qual me ajuda, anteriormente, eu costumava sentir que ele era um amigo meu! Ele me ajudou. O que ocorreu é que uma determinada ação aconteceu através de um organismo corpo-mente, de acordo com a vontade de Deus. Ser ajudado estava no meu destino. Então agora esse é o meu entendimento, que um acontecimento ocorreu que me ajudou e que era o meu destino. Através de que pessoa aconteceu é irrelevante. Portanto, a questão de odiar alguém ou amar alguém não surge. Em outras palavras, se eu sou capaz de aceitar totalmente que cada pessoa é um instrumento através do qual a vida acontece, de acordo com a vontade de Deus ou com lei Cósmica, não há nenhuma questão de eu odiar-me por aquilo que fiz ou odiar outra pessoa por aquilo que ela fez.

Então, como você acha que foi minha reação quando cheguei a essa conclusão de maneira firme? Qual você acha que foi minha reação? Chorar? Felicidade? Foi ansiedade. A minha reação foi a ansiedade. Como é possível para eu viver a minha vida em uma sociedade que insiste em me punir por ações que a sociedade considera como sendo minhas ações? Se eu disser a eles que não são minhas ações, eles não vão acreditar em mim. Pergunta válida, não é? Eu estava confuso e ansioso. Como é possível para mim viver a minha vida com uma compreensão total de que eu não sou o autor das ações em uma sociedade que insiste em me punir por uma ação que eles consideram minha? E da mesma forma, a sociedade vai me recompensar por uma ação que consideram ser minha. Não é uma questão válida? Então isso que me incomodou. Um conceito adorável, belo conceito. Que mesmo um idiota vai aceitar intelectualmente. Isso significa não ter mais o peso da culpa e do ódio. Mas é um conceito prático? A minha resposta foi, não. Então, novamente, como sempre tem acontecido, a resposta veio. É precisamente esse o conceito que o Buda deu, em suas palavras, é claro. As palavras do Buda me disseram, "os eventos acontecem, as ações são feitas, as consequências acontecem. Não há autor individual das ações." Esse era o seu conceito, mas o significado é o mesmo. Nenhum

indivíduo é capaz de fazer qualquer coisa. Então, eu fiquei muito aliviado. Mesmo o Buda tinha esse conceito, e mais importante, viveu este conceito por um longo tempo. Então eu sabia que era totalmente prático para qualquer um viver esse conceito sem qualquer problema, com a total aceitação de que ele não é o autor. E, desde então, minha experiência tem sido que eu estava certo. E o Buda viveu, e eu também nos últimos vinte anos ímpares, vivi minha vida com a aceitação total que eu não sou o autor, com a sociedade me punindo por aquilo que a sociedade considera como minhas ações -Ramesh Balsekar