KUSHI, Michio - O livro do DO-IN.pdf

MICHIO KUSHI o LIVRO DO - ~ .... Copyright © 1979 in lapan by Michio aod Avelioe Tomoyo Kushi. 1 ~ edição em lí

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MICHIO KUSHI

o LIVRO DO

-

~

....

Copyright ©

1979 in lapan by Michio aod Avelioe Tomoyo Kushi.

1 ~ edição em líogua inglesa - Fevereiro de 1979 pela Japan Publications, Inc.,

.

o LIVRO DO

Tokyo, lapan.

Título original em inglês: The Book of 00- lo. Exercise for Physical aod Spiritual Development. 1~

2~

edição brasileira - 1985 - Editora Ground, uma divisão da Global Editora edição brasileira - 1986

Capa: Viviane Malhame (ilustração) Levi Leonel (arte-lWMW) Tradu ção: Norberto de Paula Lima 1 uracy Cançado Revisão: Equipe Ground CI P-Brasil. Catalogação-na-Publicação Câmara Brasileira do Livro, SP

K98L

Kushi, Michio . O livro do Do-In: exercícios para o desen volviment o físico e espiritual I Michio Kushi ; tradução Norberto de Paula Lima . Juracy Cançado. - São Paulo : Ground , 1985. I. Do-In 2. Exercícios I. Título. 11. Título : Exercícios par a o desen volvimento físico e esp iritual.

ISBN 85-260-0015-2

85-0364

COO-615.822 -615.82 NLM-WB 531

Índices para catálogo sistemático: I. Do-In: Massagem : Terapêutica 615.822

2. Exer cícios terapêut icos : Medicina 615.82

N'! de catálogo: 2133 Direitos rese rvados :

EDITORA GROUND LTDA. (Uma d ivisão da

eJobG) editoro e did ribuidorG lida.)

'Rua França Pinto, 836

Fone: (011) 572·4473 Ceo 04016-- V. Mariana Cx. Postal 45329 São Paulo - SP

Rua Mari, e Barros. 39 conjs. 26131i Fone : (021) 273·5944

Cep 20270 - Ttiuca Rio de Janeiro - R:1

'Rua Floriano PeixQiQ.149 Cenlro Fone: (016)634-J?In Ribeirão Preto-"

MICHIO KUSHI

Sumário Imrodução;

11'

Dedicatória. 13 Agradecimentos, Prefácio. 17

15

PRIMEIRA PARTE:

INTRODUÇÃO AO SHIN-SEN-DO: APERFEIÇOAMENTO FÍSICO, MENTAL E ESPIRITUAL

Capítulo 1: A Ordem do Universo e o Modo de Vida Macrobiótico, 21 1. 2. 3. 4.

5.

6.

Criação do Universo, 21 Materialização & Espiritualização, 26 A Eterna Jornada da Vida, 31 O Modo de Comer, 37 a. O alimento principal, 37 b. O alimento suplementar , 38 c. Bebidas, 39 Os Princípios da Respiração , 44 a. Velocidade, 45 b. Profundidade, 45 c. Extensão , 46 Vida Cotidiana , 50

Capítulo 2: L

2.

3. 4.

Constituição Física e Espiritual do Homem,

Estágios da Transformação Espiritual, 55 a . O espírito fisicalizado, 55 b. O espírito vibracional, 55 c. O espírito universal , 55 A Constituição Espirálica do Homem, 57 a. Período ambiental, 57 b. Período pré-concepção, 57 c. Período embrionário e fetal , 58 d. Período da Infãncia,19 e. Juventude , 59 f. Idade ad~, (J8 g. Maturidade, 61 h. Período pós-humano, 62 Constituição Humana do Ki - Energia. Tratamentos , 74

55

mpétÍQl,~

7

5. 6.

a . Acupuntura, 74 b. Moxabustão, 74 c. Shiatsu, ou massagem dos meridianos, 75 d . Cura pelas mãos , 75 e. Ioga , e outros exercícios físicos, 75 Os Chacras e o Canal Espiritual , 76 A Estrutura Antagônica - Complementar do Homem , a. A relação entre frente e dorso , 83 b. A relação entre as áreas superior e inferior , 84 c. A relação entre esquerda e direita, 86 d. A relação entre periferia e centro, R7 e. A relação entre órgão e meridiano. 91 f. A relação entre a parte e o todo, 92

SEGUNDA PARTE:

EXERCÍCIOS DE DO-IN,

Introdução aos Exercícios de Do-In, Capítulo 1:

EED 2 EED J EE O 4 EEO 5 EED 6 EEO 7 EEO 8 EEO 9 EEOIO EEOII EEDI2

83

Capítulo 3:

101

l. 2. 3. 4.

103

Exercícios Especiais (EE),

105

CapítuJo 2:

Exercícios Espirituais Diários (EED) ,

Introdução,

137

137

EED 1 Sei-Za:

Postura Natural Correta e Respiração N-.lunri,

134l

Exercícios Diários,

149

So-Sh ô-Shu-Hô: Exercícios Matutinos, 149 Kin-Sei-Shu-Hô: Exercícios Vespertinos, 161 Kei-Raku-Shô-Sei: Exercícios dos Meridianos, Exercícios Adicionais , 174

Capítulo 4:

Introdução, 105 EE I Ten-Dai: Alicerce do Céu, 108 a . Sei-za: Postura correta de sentar, 108 b. Chu-z á; Postura correta de sentar numa cadeira, 108 c. Ren-gue-zá : Postura da flor de lótus, 108 d . Han-ren-gue-zá: Postura da meia flor de lótus , 109 e. Ko-zá: Postura sentada circular, 109 EE2 Ai-W á: Amor e Harmonia, 110 EEJ Shô-Ten : Ascensão ao Céu, 1I1 EE4 Reí-Nô : Desenvolvimento da Força Espiritual, 113 EE5 W á-Jun : Desenvolvimento da Suavidade, H4 EE6 Nai-Kan : Reflexão Interior, 116 EE7 Gaí-Kan : Refle xão Exterior, 117 EE 8 Chin-Pai : Veneração Espiritual, 118 EE9 Tcn-Bú : Dança Celestial, 120 E E 10 Rci-Shí: Visão Espiritual, 123 EE 1I Rei-Dô : Mo vimento Espiritual, 125 EE 12 Chi-Kô : Caminhar no Solo, 127 EEI3 Gô-M a : Dissipando as Ilusões, 129 EEI4 Koro -Darna : O Espírito das Pala vras, 131

Mei-So-Ko-k iú: Meditação e Re spiração , 140 Chin-Kon : Oração da Un idade . 140 Haku-Shu: Purificação pela Batida de Palmas, 141 A-Um : Espiritualização pela Vibração Sonora, 142 Ten-Ko: Batida do Tambor Celestial, 142 Ten-Ro: Beber do Orvalho Celestial, 143 Kan-Ro: Saborear o Néctar em Meditação, 144 Ten-Gaku : Aud ição da Música Celestial, 145 Ko-Miô: Visão da Luz Interior, 145 Ua-On: Vocalização da Harmonização, 146 Hei-Ua: Pacificação do Mundo, 147

Exercícios Gerais,

170

181

Introdução, 181 . I. Preparação: Pacificação de Nossa Condição Física e Mental , 2. Face, Cabeça, Pescoço e Ombros, 183 a. Faces, 183 b. Olhos, 184 c. Nariz, 186 d. Boca e maxilar, 186 e. Orelhas, 187 f. Cabeça, 189 g. Pescoço, 191 h. Ombros , 193 3. Braços e Mãos, 194 4. Frente, Costas e Lados do Tronco, 199 5. Cintura, Pernas, Pés e Artelhos, 206 6. Completamento, 212 7. Exercícios Adicionais para a Beleza Facial, 213 8. Algumas Práticas Diárias de Saúde, 215 I) Dores de cabeça, inclusive enxaqueca, 215 2) Calvície , 215 3) Rosto vermelho e inchado, 215 4) Olhos, 215 5) Orelhas, 2 I6 6) Nariz, 216 7) Dentes, boca e ma~re&, 2f6

182

8)

Congestão,

217

9) Constipação e diarréia, 217 10) Cãibras das nernas e pés , 217

12) Sardas, 217 13) Verrugas e pintas, 217 14) Cortes e cicatrização, 217 15) Queimaduras, 218 16) Fadiga, 218

Apêndice:

Principais Pontos para Diagnóstico e Tratamento Usados Neste Livro, 219

Introdução

J mportar filosofias e práticas de civilizações distantes no espaço e no tempo implica sempre expô-Ias a forçadas adaptações aos valores culturais dominantes. E, quase sempre, deturpá-Ias no que têm de essencial e puro. Caso exemplar é a defasagem que envolve a popularização entre nós dos métodos de iniciação gerados na tradição do Oriente, quando vulgarizada pelo imediatismo consumista ocidental. Forçado pelos fatos a admitir os "incompreensíveis" sucessos dessas práticas, o Ocidente decide-se por recuperar as suas técnicas, enquanto descarta a teoria que as sustenta, na tentativa vã de acomodá-las dentro daquilo que se supõe cientificamente confiável. Essa contradição impede que se receba o que essas disciplinas trazem de mais valioso: a percepção enriquecedora de inimagináveis facetas do território da realidade, permitindo uma visão mais nítida do mundo e de si mesmo . O prejuízo é ainda maior quando a barganha se faz na aquisição de práticas terapêuticas não oficialmente reconhecidas em nosso meio, como é o caso dos métodos bioenergéticos de . origem ou inspiração ' oriental. Por intervirem em aspectos do organismo negados ou simplesmente desconhecidos pela medicina corrente - os sistemas de energia do corpo, já convincentemente retratados mas não suficientemente explicados pelo saber ocidental -, essas práticas paralelas terminam, muitas vezes, reduzidas a meros recursos coadjuvantes, destinadas a eventuais utilizações paliativas. ' Isso apenas confirma o fato de que tais disciplinas não cabem confortavelmente nos escaninhos das especialidades médicas. Na realidade, compõem, até certo ponto, uma outra medicina, com diferentes perspectivas e metas. Seu principal objetivo é o equilíbrio energético, e seu objeto de intervenção é o corpo sutil, a contraparte imaterial do corpo físico. Sua utilização adequada, portanto, exige, em primeiro lugar, a compreensão dos conceitos explicativos que 'originalmente nortearam sua prática. Conduzido a partir da clarividente ótica oriental, o singelo gesto .de tocar o corpo já detona uma sucessão de formidáveis descobertas. Por exemplo, a revelação de que o corpo é uma obra aberta onde se inscrevem - em caracteres indecifráveis para os não alfabetizados na fala corporal _ . todas as nossas vivências. E é no toque, principalmente, que as energias inteligentes Que desenham no corpo o modelo de comportamento psicossomático revelam sua condição de equil íbrio ov desarranja. Áreas contraídas e dolorosas ao toque sinalizam invariavelmente energias estacionadas e funções impedidas: o corpo aí retrata uma situação mais próxima à rigidez cadavérica que à fluidez da vida. Pela altura acurada dessas mensagens corporificadas, os orientais antigos intuíram formas específicas de intervir nas

desordens funcionais, através de métodos apropriadamente não agressivos, voltados para realçar no organismo seus intrínsecos poderes de autocura. Entre as artes de massagem oriental, destaca-se o Do-In como o mais simples e acessível método para a autoconsciência, a saúde e og-escimento pessoal. Através dele, é o próprio sujeito que, pela conscientização do gesto espontâneo de se tocar, desenvolve o autoconhecimento que lhe permite desfazer o "lay-out" da doença traçado, em linhas ainda tênues, ao longo do território corporal. E é ao lidar conscientemente com suas energias em desequilíbrio, que o paciente aprende a redirecioná-Ias ·~ suas fo:mas nat.urais de expressão , investindo-as em seu próprio processo evolutivo , Avaliada, aSSIm, a importância dessa prática, pode-se calcular o grande significado que assume esta importante obra, "O Livro de Do-In" de Michio Kushi. Falar do autor é falar da obra; toda a profundidade empregada na abordagem das várias possibilidades da técnica, e a simplicidade e clareza na explanação de seus princípios filosóficos, procedem da perfeita harmonia entre o pensamento e a prática. Continuador do trabalho de George Ohsawa, Kushi fortalece o sonho do mestre - construir um mundo de paz, curando a doença social pela regeneração do indivíduo - ao nos presentear com a iluminante cosmovisão dos antigos sábios do Oriente, embalada pelo cativante carisma que emana da sua personalidade magnética. Quem já teve o privilégio de participar de suas palestras, certamente soube reconhecer a qualidade refinada das vibrações criadas pelo ritmo dos seus gestos, sua fala , su~ presença; enfim , o invisível ki preenchendo o ambiente e contagiando os espectadores de entusiasmo e vontade de saber. E é aparentemente infindável o saber que esse verdadeiro educador dissemina com maestria a partir de seu santuário em Boston, de onde tem dirigido e estimulado, nas duas últimas décadas, um intenso e crescente trabalho de conscientizaç~o ind ividual e social por meio de atividades que abrangem a educação, saúde, publicação, intercâmbio cultural, a pesquisa e desenvolvimento de centros agrícolas e educacionais. Seus vários livros e suas conferências ministradas incansavelmente por quase todo o mundo ocidental transpõem barreiras culturais sensibilizando corações e mentes intelectualmente sofisticados para a simplicidade do pensamento dialético que permitiu às civilizações orientais antigas uma percepção mais lúcida dos processos da vida. E, especialmente em momentos críticos como os que hoje nos envolvem, quando percebemos que se torna simplesmente vital modificar nossos inconfiáveis estilos de vida , somente o pensamento dialético, ou seja, a percepção da simultaneidade dos opostos, nos iniciará nos poderes alquirnicos para transformar miséria em bem-estar, doença em saúde, guerra em paz . Esses poderes confirmam práticas para a autoconsciência, como o Do-In e jazem em profundidade dentro de cada um de nós. JURACY CANÇADO Rio , janeiro de 85

Com o nosso sonho infinito de um mundo pacifico e unido surgindo do oceano infinito do universo, este livro é dedicado a todos os irmãos e irmãs que vieram a esta Terra, manifestados como seres humanos neste tempo, compartilhando o mesmo ambiente social e natural para nossa saúde efelicidade. bem como o desenvolvimento físico, mental e espiritual. Esta dedicatória é compartilhada pelo antigo povo macrobiótico espiritual que desenvolveu e praticou os diversos caminhos do Do-In. e pelas muitas pessoas que já passaram e devotaram suas vidas ao aperfeiçoamento humano, inclusive George e Lima Ohsawa. Esta dedicatória é também partilhada por meus ancestrais e família: meus pais, Keizo e Teru Kushi, meu irmão M assao, e sua esposa Kaioko e seus filhos; minha esposa, Aveline Tomoko Kushi e nossosfilhos: Lillian, Norio, Candy, Haruo, Yoshio e Hisao;juntamente com todos os meus amigos pelo mundo. que se dedicam ao aprendizado da ordem do universo e à sua realização na-terra, entre os homens, num mundo pacifico e unido. SOMOS UM, SEMPRE Viemos do oceano infinito do universo. Manifestamo-nos, da unidade sem-fim. em milhões e bilhões. Realizamo-nos como seres humanos, neste planeta, neste tempo. Brincamos, no sonho sem-fim. fruindo das vicissitudes das ondas relativas sobre esta Terra. Nossa vida humana é efêmera. mas nosso sonho é sem-fim. Vivemos com o dia e a noite. saúde e doença . miséria e felicidade. tristeza e alegria - ascensão e queda. continuamente; Mas nosso MMho nunca muda. nossa origem universal nunca acaba. Desfrutemos, todos juntos, deste planeta. enquanto estivermos aqui. Quando voltarmos ao universo infinito. digamos uns aos outros: SO'1?W5 tiJ,Mnamente um oceano infinuo. E que nos encontremos-de novo Quando nos manifestarmos neste mundo relativo . M/CHIO KU5H/

MmÇl) -M J978 12

11

Agradecimentos Na criação de O Livro do Do-In: Exercícios para o Desenvolvimento Físico e Espiritual, gostaria de estender meu reconhecimento e gratidão àqueles cujos estudos e ensinamentos contribuíram para certas partes de seu conteúdo: I. Na Primeira Parte do livro, a introdução geral sobre a ordem do universo , a vida macrobiótica, a constituição física e espiritual da humanidade , reconheço a inspiração recebida de vários discursos, artigos, livros e ensinamentos da sabedoria antiga, de muitas partes do mundo, inclusive Japão, Coréia, China, Índia e Egito, bem corno da antiga Europa e América. Também reconheço a inspiração recebida, nos muitos anos dedicados à prática da macrobiótica, do Universo Infinito - fonte de memória e sonho, começo e fim de nossa vida.

2. Na Segunda Parte, os Exercícios de Do-In, deséjo dedicar meu reconhecimento pelos seguintes ensinamentos: A. Exercícios Especiais Ensinamentos tradicionais e exercícios transmitidos há sécules Como herança de antigos costumes da humanidade, inclusive as práticas religiosas e espirituais do Shintoísmo, Budismo, Hinduísmo e Taoísmo, remanescentes principalmente nos países orientais. Alguns destes ainda vigoram dentro de grupos comparativamente pequenos de pesquisadores do aperfeiçoamento espiritual, em diversos lugares do Oriente. B. Exercícios Espirituais Diários Ensinamentos e exercícios praticados principalmente no Sh into ísrno , Hinduísmo e Taoísmo, bem corno outras práticas espirituais, ainda remanescentes em alguns países orientais num círculo interno de treinamento religioso .. Exercícios Diários Exercícios Matutinos e Vespertinos: Ensinamentos de exercícios básicos de Do-In corno prática diária pela "Sen-Do-Ren" (Associação Para o Estudo do Tao do Homem Livre, Tóquio, Japão). Para estudos ulteriores destas práticas é recomendado entrar em contato com esta associação: C. l.

Sen-Do-Reft 1-27-12 Kaminoge Setagaia-ku Tóqmo 158 Japao

2. Exercícios dos Meridianos: Diversos exercícios relacionados com os meridianos, desenvolvidos e praticados durante muitos séculos : dentre eles, especialmente aqueles introduzidos pelo sr. Shizuo Massunaga como Exercícios dos Meridianos no livro Zen Shiatsu, publicado em Tóquio (Japão) pela "Japan Publications, Inc ., págs. 122 a 124. Para ulteriores estudos, é recomendado entrar em contato com:

Shizuto Massunaga 5-9-8 Tokiwa, Urawa-shi Saitama-ken 336 Japão

l-O-Kai Shiatsu Center 1-8-9 Higasi-Ueno, Ta ito-k u Tóquio 110 Japão

3. Exercícios Adicionais: Vários ensinamentos e exercícios tradicionalmente praticados em conexão com a respiração, desenvolvidos nos métodos para a saúde no antigo treinamento físico do Shintoísmo e do Budismo.

D. Exercícios Gerais Os grandes clássicos da medicina oriental de 3.000 anos atrás até o presente, começando com o J Ching , ou Livro das Mutações e o Clássico do Imperador Amarelo Sobre a Medicina Interna , e terminando com os livros modernos relacionados com diagnóstico e fisiognomonia, meridianos e pontos, doenças e tratamentos no campo da medicina oriental. MICHIO KUSHI

Prefácio

Ao longo de minha vida de meio século, experimentei e observei as misérias da guerra mundial, junto com a miséria da sociedade atual - as diversas doenças e a pobreza, a cobiça e o egoísmo, o fracasso e as dificuldades, a ira e o ódio, a discriminação e o preconceito. Em minha juventude, fui inspirado pelo sonho de realizar a paz mundial por muitas medidas possíveis, inclusive o estabelecimento de uma Federação Mundial. Entretanto, com o processo do amadurecimento, tornei-me iiPtO a ver que a paz mundial só pode ser conseguida pela reconstrução da humanidade, ou a ressurreição do homem, a partir das tendências degenerativas correntes, que prevaleceram por todo o mundo, aumentando com o desenvolvimento da civilização moderna. Ao mesmo tempo, foi-me dado ter uma experiência iluminadora durante a meditação, que revelou a vida universal e eterna. Também tive a oportunidade de aprofundar minha compreensão das antigas filosofias e religiões orientais, que deveriam ser combinadas com o pensamento ocidental moderno e nosso modo de viver. Quanto a este aspecto, sou grato pelo ensinamento inspirado de George Ohsawa e de muitos outros filósofos dos nossos dias , bem como a antigos pensadores espirituais, filosóficos e científicos. Todas as misérias dos negócios humanos derivam de nossa incompreensão pessoal da ordem do universo, ou, poderíamos dizer, de nossa ignorância sobre nós mesmos. A partir desta ignorância, extraviamos nossa vida cotidiana em nossa prática dietária, nossas relações sociais, nossa atitude mental, bem como na compreensão espiritual. A vida é ela mesma um universo infinito, e nosso viver deveria ser simples e prático, de acordo com a ordem do universo infinito. A realização da saúde e da felicidade é o caminho mais fácil e simples. Tendo como base esta 'percepção, comecei a difundir o modo de vida que qualquer um pode praticar a qualquer momento como o meio mais simples para a consecução da saúde e felicidade, liberdade e paz - o modo de vida conhecido como macrobiótico. Juntamente com a difusão do modo de vida por um mundo pacífico e unido, encorajei a adaptação de diversos métodos tradicionais para o aperfeiçoamento físico, mental e espiritual, a saber: medicina oriental, acupuntura, moxabusião, massagem shiatsu, cura. pelas mãos, meditação e exercícios mentais e espirituais. Para reforçar nosso iKóprio desenvolvimento, também iniciei a introdução de urna antiga prática macrobiótica, o Do-In, nos Estados Unidos, há cerca de dez anos: Sou grato ao sr. Jacques De Langre e sr. Jean Bernard Rishi por seus respectivos livros sobre Do-In, que introduziram parte destes exe.rct6t0s. Entretanto, o Do-In · que apresentei era um exercício parcial, principalmente relacionado com a energi.zação da nossa vitalidade física e mental e não explicava outros aspectos da técnica

'"

que são mais espiritualmente orientados. Vi-me obrigado, nesses últimos anos, .a introduzir a escala geral de todo o âmbito dos exercícios de Do-In. Foi necessário redescobrir e reconstruir os exercícios de Do-In, porque estes antigos exercícios macrobióticos foram em grande parte, perdidos em muitas áreas, muito embora algumas destas práticas tenham se preservado entre um limitado grupo de iniciados no Extremo Oriente. A completa extensão dos exercícios de Do-In, contudo, não fica limitada às várias séries de exercícios introduzidas nesta obra. Estes antigos exercícios macrobióticos foram efetivamente a origem de todos os exercícios físicos, mentais e espirituais que atualmente, estão diferenciados nas diversas espécies de meditação, canto, exercícios de yoga, treinamento psicofísico, artes marciais, bem como outros métodos de auto-aperfeiçoamento. A origem do exercício de Do-In está simplesmente em nosso auto-ajuste intuitivo para nos manter e nos desenvolver, dentro do oceano da vida universal, ou o universo infinito. Portanto, o princípio histórico do exercício de Do-In é desconhecido, mas sempre existiu com a vida humana, através de todas as gerações da humanidade. Porém, foi há mais de 10.000 anos que os exercícios Do-In foram ativamente adaptados como a forma ancestral de desenvolvimento físico , mental e espiritual para produzir o homem livre - o Toa de Shin-Sen, o Caminho do Homem Livre Espiritual. Estes exercícios são singulares por permitirem a qualquer um praticá-los a qualquer momento e sob circunstâncias ordinárias, sem requerer parceiro ou técnica especial. Neste sentido, todas as raças, todas as eras, todos os homens e mulheres podem praticá-los facilmente para obter saúde e felicidade . Alguns dos exercícios introduzidos neste livro foram por mim adaptados, na esperança de que possam beneficiar a todos. Sinceramente tenho a esperança de que todo o mundo poderá praticar livremente estes exercícios para sua saúde física , beleza, e alegria do espírito. Desejo agradecer a todos que me ajudaram na elaboração deste livro e ainda a todos os professores, veteranos, amigos e estudantes, que são alguns milhões por todo mundo, que buscam comigo a realização l!e um sonho comum e perene - um mundo pacífico e unido. MICHIO KUSHI

te

Primeira Parte

Introdução ao Shin-Sen-Do: Aperfeiçoamento Físico, Mental e Espiritual

CAPÍTULO 1

A Ordem do Universo e o Modo de Vida Macrobiótico 1.

Criação do Universo

No começo sem-começo, o universo infinito não se manifestava como fenômeno. Não havia tempo nem espaço, nem luz nem treva, nem forma nem dimensão. Desta unidade, só havia movimento sem-fim com velocidade infinita em todas as direções. Por causa desta velocidade infinita, não havia passado nem futuro, nem qualquer fenômeno relativo . Entretanto, semPr.e e quando o movimento infinito, omnidirecional, se intercepta, movimentos espirais começam a formar-se num processo de diferenciação. As forças que produzem espirais da periferia para o centro e as forças decompondo as espirais de centro rumo à periferia são as duas forças primárias, do mundo das espirais, o mundo de todos os fenômenos relativos, Do movimento das galáxias ao das partículas subatômicas, do movimento espiritual invisível às constituições físicas visíveis, todos são de conformação espiral e governados por duas forças complementares antagonistas: yin, centrífuga e expansiva; e yang centrípeta e contrativa. Todos os fenômenos manifestados neste oceano infinito do universo são governados, dirigidos e destinados por estas duas forças. Toda mudança e movimento é mais yin, centrífugo, ou mais yang, centrípeto. Não há nada que não seja governado por estas duas tendências e direções. Todos os fenômenos diferem uns dos outros por causa dos diferentes graus destas duas forças operando dentro e fora deles. Correspondentemente, yin e yang manifestam-se em tudo - todo fenômeno no universo, bem como na terra. A relação entre estas duas forças, tendências e direções pode ser visualizada na Fig. 1. A força yang, o curso da contração e fisicalização é o caminho da materialização: ao passo que a força yin, o curso da expansão e desfisicalização, é o caminso da espiritualização. Quando o curso yang acelera, a matéria é condensada. Part~s pré-atômicas da matéria são comprimidas, e no seu extremo de compressão, produzirão altas temperaturas (Curso A). Inversamente, o curso da espiritualização expande e decompõe a matéria, reduzindo a velocidade 9tts partículas-préatômicas e produzindo, assim, temperaturas mais baixas (CulW ,B). Quando a compressão da matéria produz uma temperatura elevada, a m*"passa a expandir-se, voltando seu curso da materialização para a espiritualização (Curso C); e quando o curso da espiritualização produz uma temperatura mais fria,

21

Fig. I O Ciclo Eterno e Universal das Mutações

6

Yang-Trajetória Centrípeta

'VYin-Trajetória Centrífuga

Materialização Fisicalização

Espiritualização Desfisicalização I

Tempo

,

I

,

I

Espaço

I

,

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Contração

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Formação

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Solidificação

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Unificação Compressão

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I, I •

Mais duro Ma is rápido Ma is quente,

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Decomposição

Exemplos de Yin e Yang

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Menor Mais pesado

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Expansão, ne movimento infinito Deformação

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produzem força e alegria. Lágrimas levam a sorrisos . A guerra termina com a paz ; vida torna-se morte; morte gera vida . Todas as espirais formando os diversos mundos relativos aparecem e desaparecem constantemente no oceano do universo infinito, através do que o movimento perpétuo de yin para yang e de volta para yin está operando em toda parte, em todo tempo . Este movimento entre yin e yang é a própria infinidade, que podemos chamar de única totalidade, Deus, ou a ordem do universo, que é eterna e universal. Não há fenômeno natural que não se manifeste dentro desta ordem universal, consoante yin e yang, e não há assunto humano que não represente esta eterna e universal lei das mutações. O que quer e quem quer que não realize e perceba esta ordem infinita vê sua existência neste universo apenas em seus mundos relativos.

Diferenc iação Descompressão

.:

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YIN'\1

YANGf::j"

Atributo

Força Centrífuga

Força Centrípeta

Tendência Função

Contração Fusão

Movimento Vibração Direção Posição Peso Temperatura Luz i Luminosidade Umidade Densidade Tamanho Configuração Forma Textura Partícula atômica Elementos Ambiente Efeito do clima Qualidade biológica Sexo Estrutura dos órgãos Nervos Atitudes, emoção Trabalho Consciência Função mental Cultura

Expansão Difusão Dispersão Separação Decomposição Mais lento e inativo Ondas curtas e de mais alta freq . Ascendente e vert ical Ma is exterior e periférico Mais leve Mais frio Mais sombrio e escuro Mais úmido Menos espesso Maior Mais expansiva e frágil Mais longa Mais mole Elétron N, O, K, P, Ca, etc . Vibração ... Ar. .. Tropical Vegetal Fem inino Ma is ocos e expans ivos Mais periféricos: ortossimpático Mais branda , negativa defensiva Mais psicológico e mental Mais universal Mais voltada para o futuro Ma is esp iritualizada

Reun ião Organização Mais rápido e ati vo Ondas longas e de mais ba ixa freq. Descendente e Horizontal Ma is interior e central Ma is pesado Ma is quente Ma is claro e brilhante Mais seco Mais espesso Menor Mais contratiea e resistente ' Mais curta Mais dura Próton H, C, Na , As, Mg, etc .. . ... Água ... Terra Ma is frio An imal Masculino Mais compactos Mais centrais: parassirnp ático Mais at iva , positiva, agressiva Mais fisico e saeml ""ais específico Ma is voltada para o passado Ma is materialista

Dimensão

Espaço

Tempo

Maior Mais mole Mais leve Ma is lento Mais frio

a matéria se contrai, voltando a uma maior condensação (Curso D). O curso yang da contração se transforma num yin de expansão, e o yin da expansão se transforma num yang de compressão, numa alternância perpétua. A contração muda para expansão, e a expansão muda para contração; o físico se dissolve em espírito, e o espírito se contrai em matéria; o movimento se transforma em repouso, e o repouso, em mMimento; a solidificação se decompõe, e a decomposição gera uma outra solidificação; a prosperidade termina com a pobreza, e a pobreza se transforma em prosperidade; o sucesso leva ao fracasso, e o fracasso leva ao sucesso; a alegria termina com a vinda da miséria, e a miséria termina corna vinda da alegria; o amor torna-se ódio, e o ódio transforma-se em amor; o prazer transforma-se em desgosto, e o desgosto se transforma em prazer. O dia torna-se noite, a noite torna-se dia; o inverno transforma-se em verão, e o verão torna-eeo.nvernü;.a escuridão em luz, a luz em escuridão, saúde em doença, doença em saúde. A ascensão de uma civilização prepara o seu declínio. As dificuldades

Ass~

23

Há diversas leis fundamentais que regem o movimento do universo e todas as variações dos fenômenos naturais neste mundo relativo: l.

A força e tendência yin, centrifuga e expansiva atrai aforça e tendência yang, centrfpeta e contrativa, e vice-versa.

Para realizar e manter a harmonia de um universo único e infinito, as forças e tendências opostas atraem-se mutuamente para atingir um estado harmonioso. A criação e a dissolução do universo, continuamente se desenvolvendo em quase infinitas dimensões de tempo e espaço, constantemente produz numerosa variedade de fenômenos. Dentre estes, visíveis e invisíveis, pequenos e grandes, físicos e espirituais, operam continuamente movimentos visando a consecução da harmonia. Este movimento de atração universal entre diferentes forças e tendências é chamado, em nossa expressão humana, de "amor". O amor é portanto universal e permanente, surgindo em todo ~po e lugar, entre homem e mulher, carbono e oxigênio, elétron e próton, baixa e alta pressão, frio e quente, lento e rápido, positivo (+) e negativo (-) na eletricidade e no magnetismo, treva e luz, Norte e Sul, Leste e Oeste, espírito e matéria, ondas curtas e ondas longas - sempre, e onde quer que todos os fenômenos relativos de tendências opostas se atraem para produzir harmonia.

2.

A força e tendência yin, centrifuga e expansiva, repele forças e tendên- cias yin similares, e a força e tendência yang, centripeta e contrativa, repele forças e tendências yang similares.

Para manter a harmonia universal neste infinito oceano do universo, enquanto tendências opostas se atraem, todas as forças e tendências similares se repelem umas às outras. Para evitar uma possível desarmonia, fenômenos similares se e~purram e permanecem à distância uns dos outros, evitando excessiva acumulação das mesmas forças e tendências. Não ocorre casamento dentro do mesmo sexo; nenhuma melodia é composta pela continuação do mesmo som; nenhuma respiração ocorre só com a inalação ou exalação apenas; nenhum movimento continua, sem repouso. Pólos similares positivos (+) repelem-se, tal como os pólos negativos (-). O óleo e a água, que têm tendências análogas num estado natural, não se misturam; dentre partículas sólidas, como a areia, a condensação não ocorre a menos que um líquido aja como agente agregador. Pessoas de caráter semelhante, agressivo e extrovertido freqüentemente criam brigas e incompreensões entre elas mesmas, assim como pessoas de caráter suave e introvertido. Este movimento de repulsão entre forças e tendências similares está operando . universal e permanentemente em todos os fenômenos relativos. Em termos mais analíticos, pode ser chamado "separação", e em termos mais emocionais, "ódio", ~, bem como amor e harmonia, são os princípios maiores deste universo infinitamente mutável. ,

..

~

3.

Uma condição excessiva daforça e tendência vin, centrifugo. ou daforça e tendência yang, centripeta, produz e se transforma naforça e tendência oposta, respectivamente: vang ou yin.

Todo fenômeno relativo que emerge no oceano do universo infinito desenvolve-se até o pico, e então retorna ao curso oposto, declinante. Toda vida tem seu começo e fim, passando por seu estado de clímax. Qualquer indivíduo que continua a crescer após seu nascimento, começa a decair para a morte, depois de ter seu período mais ativo na meia-idade. Toda civilização tem ascensão e queda; todos os países se desenvolvem e declinam; todas as famílias prosperam e perecem. Pressões altas contraem a matéria; pressões extremamente altas causam uma explosão da mesma matéria; baixas temperaturas contraem a matéria; temperaturas extremamente baixas podem causar sublimação (isto é, JiRtssagem direta do sólido para o gasoso). A contração extrema gera a expansão. O dia se transforma em noite e noite em dia; verão em inverno e inverno em verão; paz em guerra e guerra em paz; tranqüilidade em excitação e excitação em tranqüilidade; saúde em doença e doença em saúde; vida em morte e morte em vida; espírito em matéria e matéria em espírito; matéria em energia e energia em matéria. Neste oceano sem fim do universo, não há nada de estático. Todos os fenômenos estão constantemente mudando de yin para yang e do yang para o yin, do invisível para o visível e do visível para o invisível. Por causa desta universal e permanente ordem de mudança, tudo neste universo é temporário e efêmero. Por causa deste 'eterno ciclo de movimento de uma para outra tendência oposta, tudo "reencarna" infinitamente. Estes três grandes princípios governam em qualquer parte do universo. Em todo lugar e tempo, toda coisa varia de acordo com estas leis. O destino desta Via Láctea, de nosso sistema solar, e da Terra, onde vivemos, não são exceções. Todas as designações humanas, pessoais e coletivas também estão variando segundo estes princípios. Nossas manifestações físicas, mentais e espirituais, bem como nossa~ atividades sociais também estão mudando de acordo com esta ordenação. Aqueles que conhecem esta ordem funcionando dentro e fora de nós, são capazes de atingir a saúde e a paz. Por outro lado, aqueles que não entendem esta ordem sofrem a confusão e o caos, o conflito e a miséria. Aqueles que conhecem essa ordem e se transformam para se adaptar às circunstâncias mutáveis, são capazes de atingir a felicidade; ao passo que aqueles que não conhecem essa ordem são incapazes de se adaptarem e sofrem o desespero e desapontamento, o descontentamento e a infelicidade. Aqueles que conhecem essa ordem e tomam a iniciativa de liderar as circunstâncias em mutação, são capazes de atingir a liberdade, ao passo que os outros, incapazes de tomar a iniciativa em seu ambiente, perdem sua liberdade e se escravizam, sofrendo com lutas sem fim.' Para viver saudavelmente, com felicidade e liberdade, é absolutamente essencial entender essa ordem eterna e universal do movimento infirnto. '25

, 2.

Materialização & Espiritualização

No oceano infinito do universo, espirais emergem, formando todo o mundo fenomênico. A formação do mundo relativo é promovida pela força contrativa yang, que forma um movimento espiralado da periferia rumo ao centro. Este processo da criação do mundo relativo na escala maior geralmente assume sete estágios orbitais:

Primeiro Estágio: Infinidade Una, sem começo e sem fim. Deus o Todo e Absoluto, onipresente, onipotente e onisciente. O oceano infinito do movimento sem-fim, que continuamente se expande em todas as direções com velocidade infinita. Segundo Estágio: O começo da polarização yin e yang. Todas as forças e tendências antagonistas e complementares resultam da formação de movimentos espiralados oriundos da interseção de forças se expandindo ao infinito. O começo de tempo e espaço, direções e dimensões; a diferenciação de velocidade, freqüência e forças. O princípio de todos os fenômenos relativos. Terceiro Estágio: Movimento, energia e vibração, ondulando entre os pólos que resultam da diferenciação do segundo estágio. Invisíveis, mas já fenômenos. Parte infinitesimal deste mundo é perceptível na escala humana como fenômenos espirituais e mentais, e uma parte ainda menor é perceptível a os cinco sentidos. Este mundo inclui o comprimento infinito de todas as vibrações, das ondas mais curtas às mais longas. Quarto Estágio: Mundo do movimento pré-atômico, princípio do mundo físico, material. Massa condensada do movimento espirálico da energia, aparecendo como partículas. Umas poucas das numerosas variedades de partículas são conhecidas' neste mundo como elétrons, nêutrons, etc. Quinto Estágio: Mundo dos elementos, resultando da reunião em espiral das partículas em moléculas. Constituindo o mundo da natureza - solo, água e ar -, os componentes deste estágio incluem mais de cem elementos, dos mais leves, como hidrogênio e hélio aos elementos pesados e radiativos, tanto quanto concerne a esta Terra. Sexto Estágio: Mundos dos organismos vegetais - o reino vegetal. Sua química recebe uma energia, especial da força centrífuga, expansiva, da terra. Milhares de espécies prevaleceram neste planeta, formadas a partir de terra, água e ar, e alimentadas pela radiação do sol e do céu. Sétimo Estágio: Mundo do reino animal, formado a partir do reino vegetal. Seu desenvolvimento foi influenciado mais pelas forças centrípetas, de

26

contração, que a terrã recebe do céu, do espaço sideral. Há cem mil espécies, altamente carregadas de energia, produzindo movimento ativo independente. Há duas categorias principais de espécies: animais da água e da terra. Seu processo evolutivo é composto de 7 estágios de desenvolvimento: a partir do organismo celular primitivo, passando pelos estágios de invertebrado, anfíbio: réptil, pássaro, mamífero, até o homem. O ser humano é a última e mais desenvolvida manifestação deste estágio. Do oceano invisível do universo à aparição de seres humanos no planeta, sete estágios orbitais de criação tomaram lugar. Este é o curso de fisicalização e materialização, um curso de interiorização do movimento espiral da criação, que surgiu do oceano infinito. Não há fronteiras marcadas entre estes estágios progressivos: cada estágio precedente torna-se o meio ambiente do seguinte. O sétimo estágio, o reino animal, é uma manifestação transformada de uma parte do sexto estágio, o reino vegetal. O sexto estágio, o reino vegetal, é manifestação transformada de parte do quinto estágio, o mundo dos elementos. O quinto estágio, o mundo dos elementos é manifestação transformada de parte do quarto estágio, o mundo pré-atômico. O quarto estágio, o mundo pré-atômico é manifestação transformada de parte do terceiro estágio, mundo de vibração e energia. O terceiro estágio, o mundo da vibração e da energia, é manifestação transformada da parte do segundo estágio, o mundo da bipolaridade. O segundo estágio, mundo da polarização, é um aspecto da Infinidade Una.

Fig.2

Criação do Universo

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\

Infinidade Una

7.° Céu: Totalidade

\ \ \

~

Mundo Absoluto e Eterno

\ \ \

\ \

Mundos Diferenciados, Relativos e Efêmeros

o mundo infinito do primeiro estágio é a origem de tudo, mas em si mesmo, não tem manifestação. O mundo da polarização é o princípio de todo o movimento, todo o mundo fenomênico, a ordem do universo . O mundo do terceiro estágio é o mundo espiritual invisível do qual parte . infinitesimal é perceptível à nossa experiência mental e sensorial. Os mundos do quarto ao sétimo estágios são os mundos relativos fenomênicos, alguns dos quais são cada vez mais perceptíveis através de nossas experiências diárias. Especificamente, o quarto e o quinto mundos são os mundos naturais físico e químico, e o sexto e o sétimo estágios são os mundos da vida orgânica. À medida que esta imensa espiral de sete órbitas de criação progride para dentro em sua trajetória de fisicalização e materialização, as variedades de fenômenos e manifestações em cada estágio vão se tornando cada vez mais numerosas. O primeiro estágio é o da unicidade. O segundo estágio é o da dualidade: yin e yang. Desenvolvendo-se através dos estágios, o número de variações cresce rapidamente no mundo dos elementos, cerca de cem; no mundo vegetal, milhares de espécies; no mundo animal, milhões de espécies. No último estágio - seres humanos - em nossa atual sociedade e neste século, mais de quatro bilhões de manifestações diferentes atuam de maneira independente. Este gigantesco movimento espirálico internalizante de criação, que se originou no oceano do universo infinito, tem naturalmente como destino reverter seu movimento espirálico internalizante para a direção oposta no sentido da dissolução de toda a espiral. Em outras palavras, a trajetória internalizante centrípeta yang de fisicalização e materialização volta sua direção, no centro da espiral, rumo à periferia, o oceano infinito, através do curso centrífugo yin de decomposição. Esta trajetória yin, de decomposição centrífuga de dissolução pelo movimento espiral, retornando ao oceano infinito do universo, pode ser chamada de desfisicalização ou desmaterialização, ou a trajetória de espiritualização. Este curso da desmaterialização progride em sete estágios orbitais, começando do centro e deslocando-se para a periferia da espiral: Primeiro Estágio: o mundo da vida orgânica, a manifestação mais condensada de vibração e energia, altamente carregada com atividade energética, vivendo ativa e independentemente. O reino animal, especialmente a constituição física do ser humano é a manifestação mais alta deste mundo. Segundo Estágio: o mundo das vibrações físicas e energia, descarregadas e irradiadas da atividade e decomposição dos organismos celulares, a saber, o corpo, ou constituição física. Movimentos maciços de energia calórica, evaporação de moléculas líquidas e movimento atmosférico entre o corpo e suas vizinhanças. A maioria dos fenômenos móveis neste nível pode ser identificada por nossas percepções sensoriais e emocionais.

chamada de "corpo astral", no mundo que é chamado o "mundo astral" d T . a erra. As dimensões deste modo são mil vezes maiores que o mund , I . o perceptíve sensonalmente.

Quarto Est~~io:.mundo da atividade eletromagnética. Todos os movimentos de alt~ freque.ncla formando correntes entre pólos diferenciados - positivonegativo ou ym-yang - através das dimensões do universo. Este mundo é mil vezes mais amplo que o anterior, do qual toda consciência relativa pensamentos e idéias provêm e no qual todas as manifestações físicas ~ fenô~e~os dos estágios prévios resultam. O universo visível é um mero ponto geometnco deste mundo. Quinto ~stá~io: mund? de radiação, propagando-se a alta velocidade pelo oceano infinito do uruverso. Neste mundo nascem várias manifestações e atividades espirituais. As dimensões deste mundo são mil vezes as do mundo anterior. Sexto Estágio: mundo da centripetalidade e centrifugalidade, forças primárias de todas as manifestações espirituais, físicas e materiais, e dos fenô~ cobre todo o âmbito do oceano infinito do universo, produzindo e diminuindo todos os universos e fenômenos nele contido. Este mundo é manifestado em

Fig. 3

Espiritualização do Universo

7.° Céu Oceano Infinito da Vontade e Consciência Universais Origem das Origens e Fim dos Fin s Sem Tempo e Sem Espaço Mundo do Nirvana e Satori yin e yang

I

Terceiro Estágio: mundo das vibrações e energia de ondas curtas. Mundo da consciência, vibrando e manifestando-se em idéias e pensamentos diversos. Manifestação maciça de pensamentos e idéias que, neste mundo, costuma ser

Mundos Relativos, em Mutação Constante Mundos Finitos e Fenômenos Efêmeros

29

todo o movimento. além de tempo e espaço, como tendências antagonistas e complementares em todo tempo lugar e coisa do universo. Sétimo Estágio : Infinidade Una, eterna e sem limitação. O mundo da constante expansão com velocidade infinita, omnidirecional. As dimensões deste mundo são infinitamente maiores que os anteriores, relativos. A origem perpétua de tudo, de todo lugar de Deus e suas manifestações em todos os seres. Terra natal de toda vida e fenômeno, para sempre. O passado, presente e futuro de todo mundo relativo. O mundo do Nirvana liberdade absoluta e justiça absoluta, absoluto amor e absoluta paz. Tudo surgiu deste mundo, retorna a este mundo, e ressurge desse mundo, continuamente.

Não existem fronteiras definidas entre estas etapas que compõem o curso yin centrífugo de retorno do estágio infinitesimal devida ao oceano infinito da vida: h,á uma variação contínua, progressiva, no processo de decomposição do universo em espiral, que emergiu do oceano da infinidade. Cada mundo torna-se progressivamente maior em comparação com o anterior, numa progressão logarítmica. O corpo humano, nossa maciça manifestação física, é o começo deste caminho de retorno rumo ao oceano infinito da vida. Viemos do infinito, vivemos dentro do infinito e retornamos ao infinito. Estamos experimentando estajornada da vida por bilhões de anos, estágio por estágio, mudando e adaptando nossa constituição à natureza particular de cada estágio . A experiência da vida humana é um mero piscar de olho em comparação com esta longa jornada da vida. A vida humana é efêmera, e o que quer que façamos durante o tempo de nossa vida é vão se considerarmos nossa vida humana existindo separadamente desta longa jornada da vida como um todo. Entretanto, a vida humana neste pequeno planeta, a terra, é um estágio entre o curso yang de fisicalização e materialização, e o curso yin da desfisicalização, que tem lugar na escala do universo infinito, com uma duração de tempo infinita e infinitas dimensões de fenômenos espirituais, mentais e físicos. A vida humana é o resultado de uma jornada passada através de bilhões de anos. A vida humana é o resultado de todas as experiências já sofridas neste universo, e representa um desejo candente, uma esperança, um sonho para o infinito futuro, de se tornar uma só com o infinito , com absoluta justiça e liberdade, com absoluta paz e amor. Nossa vida diária é o processo pelo qual estamos acumulando nosso desenvolvimento físico, mental e espiritual em preparação ao estágio futuro na jornada da vida universal. O que quer que façamos , o que quer que pensemos, terá resultados na nossa vida do estágio subseqüente, assim como nossa vida atual foi influenciada por tudo aquilo que fizemos e pensamos na vida anterior. Aqueles que entendem a jornada infinita da vida têm a sabedoria de projetar e dirigir sua vida humana, dia a dia, a fim de desenvolver suas qualidades físicas, mentais e espirituais, preparando-se para o estágio seguinte da jornada. Aqueles que não entendem esta jornada da vida sem-fim, não são sábios na orientação de sua vida cotidiana, desperdiçando suas vidas nesta Terra com assuntos mesquinhos. e desprezíveis, buscando o contentamento e satisfação efêmeros. 30

3.

A Eterna Jornada da Vida

Na longa jornada da vida, que tem dimensões temporais de bilhões de anos e di~e~s?es espaciais de âmbito quase infinito, a vida humana é uma etapa que

pnncipia nosso curso de retorno ao oceano ilimitado da vida, a eterna terra natal de todas as vidas e fenômenos. Através de nossas vidas, dia e noite, todos experimentamos parte deste curso de retorno. Diversos estágios deste trajeto são experimentados durante nossas atividades físicas, mentais e espirituais, e permanecem em nossa memória. Falando de maneira prática, geralmente experimentamos os diversos estágios da jornada de retorno como segue:

Primeiro Período da Vida: O começo da jornada de volta começa com nossas formas dos estágios anteriores se diferenciando em duas células antagonistas e complementares - o óvulo da mãe o espermatozóide do pai. Ambos vieram das células do sangue dos pais, que por sua vez vieram do reino vegetal. As células reprodutoras que estão ativas no útero da mãe são o resultado de transmutações de. vida de bilhões de anos, que começaram a partir do oceano infinito do universo em tempos imemoriais. Atingiram o estado de. vida orgânica como a constituição primária da vida animal, vibração energética altamente carregada. Quando estas células reprodutoras antagonistas e complementares - o óvulo yang e o espermatozóide yin - combinam-se e se fundem é o começo da trajetória de retorno de bilhões de anos rumo ao oceano infinito da vida . Cada uma delas carrega suas memórias passadas e a visão de seu futuro. Muito embora suas jornadas recentes as tenham separado em diferentes espécies de vegetais, diferentes tipos de moléculas e células sangüíneas do pai e da mãe, as lembranças da sua origem comum, a infinidade una , e a visão do futuro quarido se tornarão uma infinidade una nunca foram esquecidas. Quando se fundem uma com a outra, as memórias e as visões tornam-se manifestas num organismo que as sucede num sonho imperecível para cumprir a jornada de retorno da vida , para continuar a realizar a liberdade, justiça, amor e paz absolutos. Fisicamente, o ovo fertilizado é uma réplica da Terra em rotação, produzindo um campo de força à sua volta, e sofrendo deslocamentos periódicos em seu eixo . Ademais, o ovo fertilizado é nutrido por correntes de. energia que passam em espiral pelo canal espiritual do corpo da mãe: a força do céu yang descendo do céu ao centro da terra; e outra energia, yin, vinda da terra passando verticalmente pelo útero da mãe, ascendendo centrifugamente do centro da terra rumo ao céu. Por estas duas forças - uma centrípeta, outra centrifuga.c.ovo fertilizado está contiouamente equilibrado entre o mov~to celestial das ~ lações e o movimento da terra. A força descendente do céu passando pelo canal espiritual da mãe , também é nutrida pelas -suas emoções, pensamentos, idéias, imagens. Enquanto passa pelo cérebro da mãe, é reorientada e modificada por seus vários pensamentos e imagens, Duma nova qualidade de força energisadora. 31

, f

Segundo Período da Vida: A vida que sucede a fertilização cobre um período de cerca de sete dias. Durante este período, a nova vida viaja pela trompa de Falópio no útero da mãe, seus organismos celulares multiplicando-se rapidamente pelo movimento de constante rotação e freqüentes deslocamentos de eixo. Este período é uma repetição do crescimento primário de vida rumo aos organismos pluricelulares, na antiga condição gasosa. da Terra primitiva, há quase quatro bilhões de anos. Neste período, a vida viaja rapidamente para longe da região ovariana rumo a um pólo recém-desenvolvido pela carga intensiva das forças de céu e terra, nas profundezas do útero, onde deve crescer a placenta. A consciência mecânica primária governa e dirige esta vida. As memórias e visões que eram transportadas pelas células reprodutoras dos pais e fundidas numa só pela fertilização, são distribuídas a cada uma das células individuais em rápida multiplicação. Cada célula transporta as mesmas memórias e visões, e todas as células coletivamente transportam a mesma memória e a mesma visão. Durante este período, a vida é nutrida pelo fluxo de energia invisível que se origina da força descendente do céu e da força ascendente da terra; e também é nutrida pelas forças entre os dois pólos, o ovário e o útero - a região conhecida como Hara - bem como pelas forças geradas por sua própria rotação e deslocamento de eixo. Terceiro Período da Vida: O terceiro estágio do processo do retorno à infinidade começa com a implantação no útero e o crescimento da placenta. Este período continua até o parto, 'repeti nd o a evolução biológica na água. O saco amniótico, dentro do qual o embrião flutua e recebe alimento da placenta através do cordão umbilical, representa o oceano primitivo que cobria toda a superfície da Terra até a completa formação do solo. Durante este período, o embrião se desenvolve com seus sistemas, órgãos e glândulas, bem como todas as partes auxiliares do corpo. Além do alimento recebido pela placenta e cordão umbilical, que é primariamente o sangue materno, filtrado, o embrião continuamente recebe energia vibracional invisível passando pelo canal espiritual da mãe as forças do céu e da terra junto com a energia passando pelos meridianos situados ao longo da parede do útero. O embrião gira e repete os deslocamentos de eixo, sua memória e visões tornando-se mais diferenciadas e distribuídas pelas células em número cada vez maior. Neste período, o embrião desenvolve-se quase três bilhões de vezes em peso, em comparação com o peso original do ovo fertilizado. Esta vida aquática é o estágio preparatório para o seguinte, a vida aérea. Durante este período embrionário na água, os organismos celulares crescem constantemente, e o alicerce físico para a vida seguinte no ar é constituído . Em outras palavras, o principal propósito desta etapa da vida é a formação da constituição física, preparando terreno para o desenvolvimento mental e espiritual no estágio seguinte da vida. A vida embrionária na água procede por julgamento mecânico, e quase nenhuma consciência objetiva participa no desenvolvimento até o último período da gravidez. A constituição desenvolvida durante este tempo é um alicerce para o destino do estágio seguinte, e portanto é de importância fundamental que qualidade de alimentação o embrião recebe, que tipo de energia ele recebe da atividade da mãe, e que tipo de vibrações de consciência recebe dos 32

p:ensamentos e imagens da mãe. Todas estas coisas em conjunto cumprem o desenvolvimento embrionário e decidem que tipo de vida no período seguinte, o mundo a1éreo, o recém-nascido experimentar á.

Quarto Período da Vida: A trajetória de volta ao infinito continua da vida aHuática a um ambiente mais expandido: a vida aérea. Após uma média de 280 dias de vida na água, na escuridão, ocorre o nascimento, com repetidas contrações do útero e um dilúvio de água. A nova vida começa numa atmosfera meio luminosa, meio escura - dia e noite. O processo do nascimento é uma repetição das ocorrências na Terra há cerca de 400 milhões de anos: repetidas catástrofes na formação das terras emersas e dilúvio em grande escala. Para se adaptar ao novo ambiente atmosférico, expandido, o recém-nascido deve experimentar a contração, a "yanguização" no parto, passando pela passagem estreita, expirando substâncias excessivas e bebendo o líquido amarelo do seio da mãe antes de começar a tomar o leite normal. Origina-se uma perda de peso alguns dias depois do nascimento. A vida no ar sobre a terra é nossa vida humana, deixando para trás a placenta e o umbigo, e todos os organismos celulares - o corpo - continuam o caminho de volta ao infinito. O período inicial de cerca de um ano, porém; repete a evolução biológica sobre a terra, desde o estágio dos anfíbios, passando pelos répteis, mamíferos e primatas, atingindo finalmente o estágio humano . Este processo é completado quando se atinge a postura ereta - de pé - juntamente com o desenvolvimento da consciência sensorial e emocional, que evolui junto com o físico, do nascimento até o tempo da posição ereta. Com esta capacidade de ficar de pé, a verdadeira vida humana começa. Muito embora o crescimento físico continue durante os primeiros vinte anos desta vida, sucedendo o desenvolvimento cumprido na vida aquática, ou embrionária, a maior parte de nossa vida humana é usada para o desenvolvimento da consciência. A razão entre o período usado para o desenvolvimento físico e o mental e o período usado para o desenvolvimento mental e espiritual é aproximadamente de um para cinco, ou um para sete. O principal objetivo da vida humana é o desenvolvimento' da consciência mental e espiritual sobre o alicerce físico. Em outras palavras, a vida humana, fisicamente falando, visa refinar continuamente sua qualidade para garantir a capacidade máxima de aperfeiçoamento mental e espiritual; e espiritualmente falando , atingir, até o fim da vida humana, a maior extensão possível de compreensão e consciência universal. O desenvolvimento da compreensão e consciência geralmente tem lugar durante esta vida humana em sete estágios, que se desenvolvem numa espiral logarítmica, centrífuga:

Primeiro Nív el: Julgamento Mecânico e Espontâneo. A maior parte do movimento físico , especialmente o g óver n àdo pelo sistema ' nervoso autônomo, incluindo todas as funções físicas básicas assim como digestão, respiração, circulação, excreção, reações nervosas, e outras. 33

Segundo Nível: Julgamento Sensorial. Com o desenvolvimento dos cinco sentidos - tato, paladar, olfato, audição, visão - juntamente com o sentido de direção e equilíbrio, este nível de discernimento cresce durante o tempo da infância e juventude. Continua a ser refinado pelo aperfeiçoamento qualitativo destes órgãos sensoriais bem como pela ampliação das experiências através da vida. Terceiro Nível: Julgamento Sentimental e Emocional. Logo depois do começoda função sensorial, o discernimento sentimental começa a crescer, reconhecendo a alegria e a tristeza, conforto e desconforto , gosto e desgosto; e continua a crescer rumo a maiores dimensões, que geralmente denominamos atividade emocional, inclusive o reconhecimento de amor e ódio, beleza e feiúra, excitação e tranqüilidade, agressividade e passividade, e outros fenômenos mentais. Este discernimento sentimental e emocional continua a crescer cada vez mais refinado , até o fim da vida humana. Quarto Nível: Julgamento Intelectual. Por volta dos três anos, logo depois do começo do discernimento sentimental, um novo discernimento intelectivo começa a crescer. Aumenta a capacidade de identificar, contar, c~lcular, con~ formar, enumerar, organizar, analisar, dividir, sintetizar e outras atividades conceptuais e mentais. Pelas experiências e treinamento, este julgamento intelectual cresce, tornando-se capaz de usar a lógica e formular teorias, avaliações e hipóteses. Continua a crescer pela experiência e treinamento até o fim da vida humana. Quinto Nível: Julgamento Social. Com o crescimento do julgamento intelectual, a observação das relações familiares, sociais , políticas e mundiais, começa a se desenvolver. A determinação de manter relações harmoniosas com os outros, melhorar as condições sociais e vida comunitária, realizar o bem-estar, amor e paz, começa a orientar o modo de viver e de se expressar. A consciência social é o sinal da idade adulta , e inclui o respeito à tradição, bem como o planejamento para o futuro. Este discernimento social também continua a se desenvolver, com aperfeiçoamento constante, até o final da vida humana. Sexto Nível : Julgamento Ideológico . Com o desenvolvimento do julgamento social, com a experiência de vários conflitos que constantemente se levantam entre as pessoas e dentro da sociedade, questões filosóficas e ideológicas começam a crescer para revelar o que é o homem, o que é a vida, como o modo de viver deve ser conduzido,como a sociedade está mudando, por que a humanidade está aqui, e com que propósito nossa vida deve ser dirigida. A compreensão destas questões fundamentais da vida humana em última análise nos inspira a descobrir a ordem sem fim do universo e seu mecanismo universal; a partir deste, o nível seguinte, e último, do discernimento, começa a crescer. 34

Sétimo Nivel: " Julgamento Supremo. Cosmologico, Após terem sido experienciados ,exercitados e treinados todos os estágios prévios de julgamento, uma compreensão da vida, do homem e do universo começa a se desenvolver. À medida que cresce, todos os fenômenos são entendidos como manifestações complementares do oceano infinito do universo. Percebemos que nada é antagônico, que tudo está se movendo e mudando, de acordo com a ordem universal, para cumprir e manter a infinita harmonia. Neste nível de consciência, todos os problemas de saúde, guerra e paz, pobreza e doença, felicidade e infelicidade, miséria e prosperidade, encontram sua solução enquanto manifestações variáveis de uma mutação contínua do oceano do universo. Tal desenvolvimento de compreensão e consciência que tem continuidade durante o período .d a vi.dahumana,nossa vida aérea é o preparo do alicerce de nossa vida futura. Quando a morte desta vida humana ocorre descartamos o corpo físico, o organismo celular, que se originou durante a vida aquática --a era embrionária - e prosseguimos para a vida seguinte, com .nossa massa vibracional de entendimento e consciência. Quinto Período da Vida: A nova vida começa com a "mà'rt e da vida humana, que é o nascimento para o novo meioambiente. O ambiente da vida pré-humana era a água; o ambiente da vida humana é o ar; o ambiente da nova vida nascida do ar é o mundo da vibração. Enquanto que a escuridão era o ambiente da vida n~ água, e a luz: e a treva alternantes (dia e noite) , o ambiente da vida humana no ar, o novo ambiente está repleto de luminosidade constante. Analogamente, enquanto o espaço na vida embrionária era muito limitado e o espaço da vid a humana passa a ser centenas de bilhões de vezes maior, cobrindo toda a superfície da Terra, a nova vida no mundo vibracional experimenta uma extensão muito maior - trilhões de vezes maior que antes, cobrindo todo o âmbito do sistema solar. Entretanto, nesta enorme amplidão, recém-nascida vida da consciência -pode chamá-Ia de "alma" - experimenta diversos níveis, de acordo com a"sua qualidade . Aqueles que sãouma massa de vibrações pesadas , ilusórias; vagam no nível inferior deste novo espaço, freqüentemente apegando-se à atmosfera circunstante a um ser humano, e por-vezes mesmo tornando-se visível fisicamente a pessoas de percepção incomumente aguda, sob certas condições. Aqueles cuja massa vibracional é mais refinada , estabelecem-se na região média do grande mundo vibracional, onde sua qualidade continua a aperfeiçoar-se. Deste nível, alguns prosseguem para um nível mais alto da esfera vibracional, e outros descem ao nível atmosférico, atingin-do o renascimento pela fusão com a matéria do mundo de água e ar. Aqueles com massa vibracional altamente refinada gravitam para o nível mais alto da "esfera vibracional, preparando-se para mais aperfeiçoamento para adiantar-sé à próxima vida alterando sua massa vibracional para ondas e raios. Neste mundo , todas as massas vibracionais, comumente çbj • ' 5 "almas" apresentam entendimento e consciência diferentes " da percepção física , mas análogos àqueles experimentados enquanto consciência mental e espiritual durante a vida humana. Desta vida, a vida prévia pode ser observada, assim como

a

35

durante a vida humana podemos entender a vida embrionária prévia. A felicidade e a infelicidade nesta vida vibracional dependem grandemente do grau de compreensão e consciência desenvolvidos na vida ,h uma na prévia, assim como o nosso destino na vida humana grandemente se deve ao período de desenvolvimento embrionário. Se claro ou obscuro, elevado ou baixo, tudo dependerá de nosso nível de discernimento e consciência desenvolvido d~rante a vida humana e da continuidade de seu àp~rfeiçoamento na vidavibracional, .'

Fig . 4

Vontade e Espírito Universais Movimentos de Velocidade Infinita ; i

................ .•••., .

Sexto Período da :Vida: A morte da vida vibracional ocorre com a dissolução da massa de vibrações que é o nascimento para a vidaseguinte.corno entidade de ondas e raios movendo-se a alta velocidade: O ambiente deste estágio seguinte da vida é o mundo da radiação, que cobre todo espaço galáctico. O corpo vivo é transferido , no nascimento neste mundo de radiação, numa luz cintilante - pode-se chamar "espírito" ,- conduzindo pensamentos e imagens, viajando por centenas de milhares deanos-luz. A partir deste mundo, algumas entidades descem à esfera vibracional de diversos sistemas solares e planetas, retornando ao estado de massas vibracionais e outras adiantam-se além para se dissolverem em movimento de velocidade infinita. Dentre aquelas que desceram à esfera vibracional, algumas se transformam ulteriormente dentro da atmosfera e das esferas inferiores, tomando a trajetória da materialização, rumo à manifestação física sobre o planeta.

O Eterno Ciclo da Vida

.... ..............~ :

Reencarnação Universal

J

-•••••

\~ 6.Curso da Materialização

e

Sé/imo Período da Vida: A vida é transformada desenvolvida num movimento de velocidade infinita cobrindo todas as dimensões, de além de tempo e espaço. Este estágio da vida é término do processo de retorno ao lar, de origem à infinidade. A vida torna-se uma com o oceano infinito; torna-se absoluta liberdade-onipresente, onipotente e onisciente: toda natureza relativa, que caracterizou as' vidas prévias desaparece completamente e, neste sentido, a vida atinge o estado sem fenômenos , sem aparências, sem manifestação. Entretanto, por se mover com velocidade absoluta, diferenciando-se constantemente na correnteza e expansão sem limites, que eventualmente forma de novo o mundo relativo pelo movimento espiral, pode-se dizer que esta vida tem a Vontade Universal, ou Consciência Universal: 'Deus . Deste mundo infinito, o movimento espiral de novo emerge aqui e ali, e de novo começa o curso da materialização e corporificação, com o aparecimento e desaparecimento das formas no amplo oceano do universo sem fim . A Vontade Universal produz e manifesta imagens e pensamentos na esfera de radiação , o mundo espiritual; transformando-se ainda mais em vários sonhos relativos e idéias no mundo vibracional; e corporificando-se mais ainda nas esferas inferiores a esta. Assim, a reencarnação entre cada nível tem lugar continuamente; e a reencarnação na escala universal, nas infinitas dimensões do universo , processa-se incessantemente . A memória de cada nível prévio da vida é levada adiante bem como a visão do futuro. A memória eterna e o sonho sem fim cobrindo toda a dimensão da reencarnação universal são também conduzidos ao longo de cada etapa da vida universal , muito embora muitas vezes sejam irreconhecíveis, especialmente durante os estágios inferiores da vida . 36

4.

O Modo de Comer

A vida macrobiótica, recomendada pelos sábios da antigüidade e praticada amplamente para o aperfeiçoamento físico, mental e espiritual consiste das seguintes artes : comer, respirar e vida cotidiana. , . Como um ser humano é parte de seu meio ambiente, tendo evoluído biologicamente por três bilhões de anos sobre este planeta, suas condições físicas, mentais e ~spirituais, estão baseadas naquilo que ele consome de seu ambiente natu~al e no seu alimento . O modo de comer é o fator mais essencial para seu desenvolvimento. A prática dietária macrobiótica recomendada e seguida tradicionalmente por milhares de anos consiste do seguinte padrão, para um clima temperado, de quatro estações ou clima subtropical:

a.

O alimento principal

Pelo menos metade de nosso consumo diário de comida ou, se possível mais (de 50% a 60%) deve ser de grãos integrais ou seus prod utos , assim como arroz integral,

37

trigo em grão, cevada, aveia e centeio. Milho e trigo sarraceno podem também suplem:ntar os outros grãos, Vários. métodos de preparação podem ser aplicados a cada grao - cozer, refogar, assar, e fazer farinha para pão, massas e outros. De ~cordo com. o clim~, vá~ios. tipos de feijões, favas, lentilhas e ervilhas podem Integrar a alimentação principal ..

b,

Esses vegetais do mar são cozinhados sozinhos ou com legumes e grãos. Podem ser assados, torrados e moídos, depois de torrados. Alguns são usados como condimentos, com ou sem a adição de sementes e sal. 4. Frutas. Dentre os alimentos vegetais, as frutas são consideradas secundariamente em relação aos vegetais e algas po is os cereais são as "frutas" apropriadas para o consumo humano. Frutas da região devem ser incluídas como alimento suplementar, especialmente as da estação. As frutas, além de comidas frescas podem ser cozidas, secas, ou conservadas. São tradicionalmente consumidas como sobremesas, em pequena quantidade. As pessoas que não consomem muita carne têm uma tendência natural a usar frutas com freqüência.

O alimento suplementar

o alimento suplementar consiste de todos os outros tipos de comida do reino vegetal e animal, exceto carne de mamíferos: I. Legumes e verduras. Dentre os alimentos suplementares, a maioria ou pelo menos met~de, deve ser d~ verd uras e legumes da mesma região climática, do mesmo ecossistema, ou analogo. Para este propósito a escolha de verduras e outro~ ~rodutos agrícolas deveria ser feita num raio de aproximadamente 500 quilometros,._nas regiões vizinhas. As verduras cultivadas tradicion~lmente na regiao são preferíveis àquelas importadas de regiões mais distantes. *

5. Frutos do mar. Vertebrados e invertebrados, criaturas de água salgada ou água doce, são alimentos suplementares mais esporádicos. Dentre os peixes, recomendam-se os de carne branca. Os de carne vermelha bem como os de pele azulada - mesmo que tenham carne branca - são tradicionalmente evitados. Por serem facilmente deterioráveis, também os mariscos são geralmente evitados . Na preparação dos frutos do mar pode-se cozinhar, refogar, fritar , secar e defumar. São tradicionalmente consumidos com quantidades iguais ou maiores de vegetais crus ou levemente cozidos. Para evitar intoxicação , é também costume temperá-los com gengibre, mostarda, cebolinha verde e rábanos silvestres.

Estes vegetais podem ser preparados de diversas maneiras : cozidos refogados, assados rsaur é'', fritos, em conserva. Contudo, deve-se evitar o consumo freqüente de grande quantidade de verduras cruas. 2. Leguminosas e sementes. Feijões, ervilhas e .várias sementes como as sementes ~e gergelim, a_bóbora e girassol, bem como pequena qua~tidade de n~~~s, amen.doas, etc . sao usados como alimento suplementar. O consumo de feijões e ervilhas .deve ser proporcionalmente maior que o de sementes. E~tas leguminosas e sementes são preparadas também de diversas ~an_elras, ~o~o cozer, refogar, fritar, assar emoer, Algurnas. icorno feijão soja, sao tradicionalmenre processadas por fermentação natural, como cereais e sal, resulta~do em condimentos como o (miso) e o molho de soja . Algumas seme~tes sao usadas para a extração do óleo, e algumas usadas como condimentos e lanches, com um pouco de sal. :

Animais terrestres. Alguns animais são usados como alimento suplementar, consumidos porém com menos freqüência que vegetais, e menos ainda que os frutos do mar. Dá-se preferência a espécies mais primitivas, assim como anfíbios, répteis e aves, evitando-se animais mais evoluídos biologicamente, como diversos mamíferos . Mamíferos herbívoros devem ser preferidos aos carnívoros . A preparação inclui diversos métodos: cozinhar, refogar, assar, secar, defumar, conservar. A carne sempre exigiu mais cuidados na sua preparação que os outros alimentos. Por exemplo: é costume tradicional colocá-Ia de molho em salmoura ou tempero por várias horas, antes de cozinhá-la e ainda cortar fora a camada de gordura. Para se evitar ainda seus efeitos tóxicos, a carne pode ser cozida com vegetais e servida com molhos picantes e vegetais crus . 6.

3. Plantas do mar. Algas e diversos outros vegetais marinhos tais como Kombu, Wak~me, arome,h~ziki, mori, agar-agar, etc. podem ser usados como ~uplemento alimentar, especialmente pelas pessoas que vivem no litoral ou em ilhas.

c. N. ~v R. - ~vnvém notar que a dieta padrão aqui sugerida está voltada para o habitante de clima no verã.v.. exigira . . . uma d. . temperado. O clima trooical . r , especialmente , a aptaçao condizente, com utilização maior de alimentos vin - legume d I ' 'd . s, ver uras, lq~, os - e ~lenvs daqueles relativamente mais yang.como os alimentos do reino animal, cereais e sal.

38

Bebidas

o líquido que se toma além daquele naturalmente contido no alimento ou usado no processo do cozimento pode ser chamado de bebida. Água de boa qualidade, água quente e chás de ervas como bancha, dente de leão, bardana e outros chás tradicionais são recomendados. O volume de líquido tomado, porém, não deve exceder o 39

estritamente necessário para a saúde física mental e " I O b ~ . , , . ,esplfltua . arometro para d escobnr quanto IIq, uido devemos tomar em média é beb " do ti . d ~ er so quan o tIvermos sede e urinar e tres a quatro vezes por dia. Fig. 5 Exemplo de Dieta Orientada para o Desenvolviment

o

F" ISICO

(P

Fig. 8 "'7"' Exemplo de Dieta para o Desenvolvimento Ffsieo, Mental e Espiritual de Pessoas 'Vivendo em Altas Montanhas (Proporções Aproximadas)

_ roporçoes Aproximadas) A -

Trigo sarraceno e outros cereais. Várias sementes e Irutos.na forma de grãos, de árvores silvestres egrarnincas locais. cozidos. assados ou secos.

B -

Sopa, contendo grãos silvestres, raízes e gramíneas.

c-

Folhas, caules e raízes de gramíneas e arbustos das montanhas, cozidos, assados, secos ou em conserva.

o-

Frutos das montanhas, de arbustos ou árvores: pássaros silvestres ocasionalmentee peixes dos rios das montanhas.

A '- Cereais integrais, preparados em vários estilos e formas. B -

Sop'a. principalmente de vegetais. ocasionalmente incluindo produto animal.

C -

V:getais. parte cozidos, parte crus, escolhidos na regiao e da estação.

O -

Ali':lento animal, incluindo peixes, frutos do mar e ocaSIOnalmente aves, mas excluindo os mamíferos.

E -, Feijões ou outras leguminosas e vegetais marinhos preparados juntos ou separadamente. F -

'

Frutas locais e sazonais frescas, cozidas ou secas, sementes e nozes torradas ou não; picles e outros suplementos vegetais, incluindo a sobremesa.

Fig. 6 Exemplo de Dieta Or' tad ' ien a para o Desenvolvimento Mental (Proporções Aproximadas) A -

Cereais integrai~, cozidos em vários estilos, mas mais na forma de grao que na de farinha.

B -

Sopa vegetal, incluindo vegetais da terra e do mar.

C -

Vegetais, parcialmente cozidos e parte crus, escolhidos regional e sazonalmente.

O -

Feijões ?U Outras leguminosas e vegetais do mar, COZidos Juntos ou separados, ocasionalmente suplementados Com peixes de carne branca ou frutos do mar.

E -

Frutas frescas, cozidas ou secas, escolhidas local e sazonalmente; sementes torradas e nozes; pickles e outr?s suplementos de qualidade vegetal, incluindo ocasronal sobremesa.

PRINCÍPIOS PARA A PRÁTICA DIETÉTICA Os seguintes princípios' são essenciais para nossa prática dietética. ; I. 2.

3.

Fig. 7 Exemplo de Dieta Orientada para o Desenvolvimento Espiritual (Proporções Aproximadas) A -

Cereais integrais, mais como grãos e menos como fannha.

8 -

Sopa vegetal, incluindo vegetais da terra e do mar.

4.

C -

Vegetais da região, parte cozidos, parte crus.

D -

Feijões .ou outras legurrrrnosas e vegetais do mar COZidos Juntos ou separadamente. '

E-

40

Frutas locais e sazonais fres~as. cozidas ou secas sementes torrada.s e nozes; picles e outros suplementos vegetars, mclusive sobremesa.

5.

j

'6.

Deve ser feita uma clara distinção entre o alimento principal e o suplementar, sendo o principal sempre constituído de grãos integrais. Como o homem e seu ambiente são um só, um ser humano é produto natural de seu meio. ambiente. As espécies de comida queingeredevemser .selecionadas a partir das espécies da mesma região climática. Quem vive em região de clima temperado deve evitar alimentos cultivados em regiões tropicais, semitropicais ou muito frias e vice-versa. Corno a constituição do sangue é equivalente e análoga à do solo, é aconselhável consumir alimentos da mesma região geográfica em que se vive: num raio de 500 quilômetros, em países de grande extensão territorial-como os Estados Unidos (e o Brasil), ou cerca de 100 quilômetros em países pequenos como o Japão e a Inglaterra, onde há grande variação climática e geográfica de região para região. O ser humano deve defender primariamente o reino vegetal como alimento, especialmente nas regiões temperadas, semi tropicais e tropicais. As exceções correm por conta de circunstâncias excepcionais tais corno durante um inverno gélido na neve ou em altas montanhas. Nas regiões polaresé possívelconsumir mais carne e outros derivados de animais que em outras regiões climáticas. O alimento deve ser consumido, tanto quanto possível, inteiro, de forma a preservar o seu equilíbrio natural. Isto é, evitar,se possÍVet,~"'~p&rtede um organismo vegetal ou animal. O alimento é basicamente cozido. O alimento cru é suplemento do cozido, 41

servindo especialmente para equilibrar o consumo de c . seco e quente. ame, ou em clima

I.

7.

A. comida. deve reter sua energia vital até o momento da _ alimento Industrializado deve ser evitado ta t preparaçao. Todo . . , n o quanto possível ' . processamento artificial destrói sua vitalidade. ' ja que o 8. O tempero deve ser moderado e o mais natural possível 9. No processo de cozinhar em geral o I' . . " a rrnenro deve ser . b I possível entre todos os fatores antaaoni o mais a anceado . . agonIstas e complem . ' mmerais versus carboidratos ' ca b id entares, assim como , r OI ratos versus ág . ' sal versus óleo; pressão versos . I . ua, agua versus fogo; ar, ca or versus fno, etc.

Visão clara de eventos futuros . Poder de curar vários males. 6. Converter- vibrações e ar em matéria densa. 7. Controle do clima, assim como a chuva. 8. Ler a mente das pessoas, seu passado e futuro espiritual. 9. Recuperação de mortos. lO. Caminhar sobre as águas. I l. Conhecer as vidas anteriores e seu futuro espiritual. 4.

5.

SERVIR E COMER

No mundo atual há algumas pessoas que treinam este caminho, o "Shin-Sen, Dô", ou o "Caminho dos Homens Livres", especialmente no Oriente. Sua exis-

O modo de servir e comer as refeições tem os seguintes pri .. ' nncipros. I.

A mesa deve estar bem arrani d fica. ja a e atraente, para criar uma atmosfera pací-

2.

O ruído exce~sivo deve se: evitado durante a refeição. ' Deve-se mastigar bem o alimento no mí . rando ao máximo a comida e a ' I' rrurno 50 vezes por bocado, rnistu- . sa Iva. E Importante desenvolver a atitude mental d . _ . reza, plantas e animais..e por aqueles ue e grat~dao pelo uruverso, natunhararn e serviram a refeição. q produzIram, processaram, cozi-

3.

4.

5.

As refeições podem ser uma duas ou trê . _ ' horas de ir dormir. ' s por dia, mas nao a menos de três

6.

O alim~nto principal, os cereais, deve ser con . . da refeição, e o alimento suplementar deve sumido d~ começo ao fim principal na ordem: sopa, vegetais e al as c . ser. consun.udo Junto com o de frutas. g ozidos; vegetaIS crus, sobremesa

7.

Vida longa; mais de 100 anos.

2. Telepatia. 3. Transportar-se a grande velocidade, a pé, e por vezes levitando.

tência e estas práticas não são amplamente difundidas na sociedade civilizada. Porém, os princípios alimentares descritos acima são o alicerce biológico e psicológico para o desenvolvimento da liberdade física, mental e espiritual. Por esta prática alimentar diária, depois de uns lO dias, experimentamos as primeiras alterações positivas em nossas condições físicas, mentais e espirituais, tais como: I. 2. 3. 4. 5. 6. 7.

Libertação da fadiga, em geral. Pensamento mais claro. Recuperação gradual de flexibilidade e resistência física. Libertação gradual de distúrbios físicos e mentais. Aumento gradual de paz e tranqüilidade. Desenvolvimento gradual de amor pelos outros. Recuperação da autoconfiança, resultando no desenvolvimento da honestidade. 8. Maior adaptabilidade ao ambiente mutável. 9. Liberação de confusão, cobiça e egoísmo; dissolução da arrogância egocêntrica. 10. Desabrochar do espírito de aventura. lI. Melhor discernimento. 12. Desenvolvimento do espírito ordeiro em todos os aspectos da vida.

Em cada refeição, o volume de alimento consumi . . ralmente a não mais de 70Cf( d id sumido deve ser limItado natuo a capaci ade do estômago.

O padrão de alimentação acima descrito

f

.

._

ecossistema: clima estação sexo id d di s..? rera .v~na~oes de acordo com o id d '" I a e, con rçoes SOCIaIS upo d t b Ih SI a, es pessoais especiais Na ti üid d . ' e ra a o, neces. d . an rgui a e havia pes esenvolvimento físico , mental e es iritual hab: soas. que tremavam o . nas montanhas. Em tais casos é : ' . itando em I?callsolado, geralmente daqueles que viviam nas Planí~ie~ ;co provavel qu~ s~a dieta tenha sido a mesma tres, frutas, raízes e cascas Sua di~t eu a lmdento teria Incluído mais plantas silves. . . . a, contu o era certamente id 1 . pIOS tradiCIOnais de preparação e co d 'I' regr a pe os princí. . nsumo e a imentos Dentre t pratIcas levaram ao desenvolvimento d es as pessoas, suas e longevidade, e eram freqüentemente ehconscdlen~lacos~lca universal, saúde física idê . c ama os evr encra em lendas e escritos sob . Sen - Nin' ou Uh ornens liivres". Há 42 re sua capaCIdade excepcional, que incluía: ' A

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.





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Sem uma dieta macrobiótica não é possível desenvolver a própria condição física, mental e espiritual. Há pessoas, porém, que não praticam uma alimentação ordenada, mas atingem grande aperfeiçoamento físico, mental e espiritual: foram bem alimentadas na gestação, através de suas mães, bem como na infância e juventude. Sua condição original foi boa, e a despeito de sua ignorância sobre a influência da dieta e de sua alimentação desordenada na idade adulta, ainda mantêm sua boa forma inicial. Entretanto, depois dos 50 ou 60 anos é quase certo que decaiam de sua força original. Todos os exercícios físicos , mentais e espirituais, tradicionais ou modernos. devem basear-se na alimentação macrobiótica adequada. Todas os antigos 43

Velocidade

filósofos, pensadores, líderes espirituais, artistas, líderes políticos e fundadores de artes e ciências par~ o aperfeiçoamento de saúde, mente e espírito pela felicidade total observam .efe t iva rne n te uma nutrição macrobi:ótica. . ' É altam~nte recomendável que todas as pessoas de nossos dias, especialmente as que anseiam recuperar sua saúde física e mental, e aqueles que querem desenvolver seu bem-estar e beleza - e '1' . . 'corno ,Um -t o do, junto' com uma 'co m preensao consciencia. 1 Imitadas, antes de mais.nada " uma alimenta çao - .correta, ,,. ' pratiquem; ., . segundo pnnclplOs: macrobióticos.

2.

5.

3.

' A

metabolismo físico desacelera, incluindo o batimento cardíaco, a circulação sangüínea e a circulação de outros fluidos corporais. A temperatura do corpo tende a se tornar ligeiramente mais baixa. Mentalmente, produzindo um estado mais tranqüilo e pacífico, pensamento mais claro e compreensão objetiva, bem como respostas mais sensíveis ao



Os Princípios da Respiração

e

mineral do homem, seu meio geogr áficoebiológico. O 'mod o de se alimentar é o m?do ~~ n~~ ad~ptarmos ha:moniosamerité ao nosso ecossistema.' Beber é adaptars~ ,rela unificação do organismo com o mundo líquido, parte de nosso ambiente éxter~o.Exercitando o modo de beber corretamente, harmonizamo-nos com o ecossistemaliquido: oceanos, rios ; chuva; umidade -do solo, do ·a r. , ' Analogamente, a respiração é o intercâmbio entre nós e o ecossistema aéreo: o m?do de respi.rar visa cumprir, com o máximo de eficácia, nossa adaptação ar. harrnoruosa ao ambiente at~osférico como parte de um todo.xío mesmo modo que o comer e o. b.eberapropnaQlJs são essenciais ao nosso aperfeiçoamento físico, mental e ,espmtual: ~ man~ira ,apropriada de respirar -tam b érn é essencial .pa ra nossa saude e felicidade, Juntamente com nossa compreensão e consciência universais. ' a manifestação da fu?ção yin, centrífuga e 'e função y~ng cent~lp~ta e contrauva, alternativamente exercitadas num movimento harmo~IO:O, pnn~lpal,~ente por nossos. órgãos respiratórios.' Entretanto, não só os orgaq.s. resp~ra:'ono~ com~ , ~s , caY ldad es nas a i s e., b ro n q u i a ~s e OS pulmões, mas tambe~ o: orgao~ circulatórios e suas funções estão diretamente relacionados com a resFlraçao. 0 . sistema nervoso, incluindo as reações nervosas ,autônomas e as funçoes cerebr~ls, também está.relacionado diretamente com a função de respirar. Fala.ndo_gen~ncamente,o funcionamento .ati vo destes sistemas e órgãos .a celera a resplraç.ao auva, e a respiração ativa por sua vez, acelera o funcionamento ativo d7s~~s sl~t~mase ór~ão~. Por outrolado suas funçõeslentas e inativas resultam em respiraçao lenta e mativa; e .respir a ção lenta e inativa resulta, eventualmente na função lenta e in~tiva ~eles. Concomitantemente, nosso controlede respiração,~ 9 volume dear na inalação e exalação, a duração de ambas bem como a velocidade da re~p~raç~p têm diferentes ~~ei~ossobre todas as fu~çõe~ e órgãos 9igestiv'os, circulatórios, n.ervosos e excretorios. Isto também, direta ou indiretamente infl ' . : . 1" ' , uenCla nos d , . sas :onlç.oes pSlCO ogicas e.espirituais, mudando. a espécie. idireção, volume e dimens ão de Imagens e pensamento. " . . . São exe~~10s~r.incipaisdas~di.ferentesman~ira~derespirar,:e seusefei~ossobre ' nossas, condições Iísicas, mentais e espirituais:

I.

Fisicarnente, resultando no metabolismo mais rápido de ' diversas funções corporais. O batimento cardíaco, bem como a circulação sangüínea e fluidos corporais são acelerados. A temperatura do corpo tende a aumentar. ' 2 ~ ' Mentàrmente, produzindo uma condição mais instável e excitável e alterações emocionais análogas. A atitude tende a se tornar extremada:' defen- .

°

Respir~r:é

ambiente. Espiritualmente, produzindo uma percepção mais ampla, intuição mais profunda e levando a uma consciência mais universal.

Respiração mais ~ápiâa (produZindo efeitos mais yang):

Logodepoisdo que se come e bebe, a segundafunçãó'impottanteentre o homem e se~,af!lble~te ,é' a resplraçã.o ~ O ~limento é parte do ambiente animal, vegetal

44

o

I.

siva ou ofensiva. Espiritualmente, desenvolvendo observação e avaliação das condições ambientais de forma mais subjetiva e egocêntrica, com mais apego a interesses •fr'agtrientários e: parciais do que percepçõesamplás e universais. ' '

3.

expa,n~iv~, ~~

b.

Profundidade Respiração mdis sup~rfit:ia{ (pro;duzindo efeitos mais vin): 1.

;



-r

.

~

FisicarrÍ~Ate~ r'esuftandonum metabolisrno mais inativo, bem como descoor-

denação e desarmonia entre diversas funções físicas. A ' remperarura do corpo tende a variar irregularmente. .. 2. Mentalmente, produzindo uma tendência à ansiedade, instabilIdade, frustração e descontentamento, resultando freqüentemente nóde'senvolviinento 'd o medo. ' , " . " , 3. Espiritualmente,'desenvolvendo uma tendência à percepção superficial,freq üentes mudanças de opinião, perda de autoconfiança,' falta de coragem, . bem como perda da memória 'e da visão do futuro .

Respiração 'mais profunda (produzindo efeito 6 mais yang): 1.

I

2.'

Fisicamente,resultárldo metab'ôlismo mais ativo e profundó, ;e;~ar~o;;' nia entre os sistemas e órgãos. A temperatura docorpo tende' ~ estabIlidade: Mentálmente, produzindo uma profunda satisfação, estabilidade ernocio45

em

3.

nal, ~orte autoconfiança,e manutenção de urna forma de pressão constante e estavel. E~piritualmente, desenvolvendo a tendência à meditação e uma fé inabalavei, bem corno a tendência à abrangência, e uma personalidade cheia de amor.

c.

Extensão

também força uma respiração rápida, superficial e curta. Comer e beber em grandes quantidades tamb ém tende a acelerar. a respiração, tornando-a superficial e curta . portanto , para desenvolver paz e harmonia física, mental e espiritual, a ingestão diária de um volume modesto de alimento é mais aconselhável.

CINCO PADRÕES DE RESPIRAÇÃO

Como prática normal para o aperfeiçoamento físico, mental e espiritual, a respiração pode ser usada ele cinco maneiras diferentes, de acordo com o grau de

Respiração mais longa (produzindo efeitos mais yin):

intensidade: I.

2.

3.

F.isicamente, ~esultando em melhor coordenação entre o metabolismo de diver.s~s funçoes. A tempe~at~ra do corpo tende a ficar estável e, em geral, as atividades de todos os orgaos e glândulas tende a desacelerar. ~e~talmen.:e, ~roduzi?do uma sensação de satisfação e paz. Mais persistenci~, pacrencia e quietude, bem como menos excitação e irritabilidade emocional. Espiritualmente, desenvolvendo percepção mais objetiva e ampla, bem como compreensão mais profunda. As memórias do passado e do futuro tendem a tornar-se mais extensas.

Respiração mais curta (produzindo efeitos mais yang): l.

2.

3.

Fisicamente, numa tendência ao metabolismo rá pido e iirregu Iar , . f resultando _ el.m .vanas unçoes do corpo. A temperatura do corpo tende a aumentar rgeirarnente. Mentalmente, produzindo alterações freqüentes de imagem e pens t bem co mo freoü . amen o mu d ança de Idéia. As tendências à impaciênci . ~ requente . Cla, a me-' nor .p~rslstencla e explosões de irritação são todas aceleradas ESpI~ltualmen.te, desenvolvendo a desarmonia com o ambiente. São desenvolvId?s . sentimentos antagônicos e conflitantes com uma . . mesquinha e subjetiva. ' visao mais

Del~~ordo com

as diferenças quanto à eficácia dos vários tipos de respiração é um padrão de respiração mais lento, am lo' e ao de rápido, superficial e curto. O aperfeiçoamento físico e espir~tual e par~lelo ao grau de respiração pelo ajuste destas variáveis. Entretanto u m ajuste .consciente da velocidade, profundidade e extensão da respiração deve se; rumo a um respirar . .. mais . natural, que opera sem intenção artificial ou d esenvolvido f . ~s orço ts.peClal. Uma. respiração lenta, profunda e longa pode com efeito ser esenvo vld~ auto~atlcamente pela prática macrobiótica, no m'odo de com~r e com um regime ~als ve~e~ariano .; centrado em cereais integrais, suplementado ~orl?ut~;s vegetais e o mIOlr:n0 de alimento animal. A ingestão de uma quantidade e iqui os , bem como a ingestão de açúcar refinado e produtos açucarados

~conse a~el ~ue m~n~enhamos

on~~,

46

~nves

me~tal

I. Muito Lenta. Tranqüila e Longo: Respiração do Não-Eguísmo . Esta respiração é executada pelo nariz, para inalar e exalar, muito quietamente, a ponto de uma folha de papel de seda na frente do nariz não se mover. A duração da exalação de ve ser de duas a três vezes mais-Ionga que a inalação.O efeito desta respiração é acalmar todas as atividades físicas , mentais e espirituais, de modo a entrarmos em meditação profunda e desenvolver a visão interior, atingindo o máximo grau de adaptação ao ambiente. Esta respiração também produz o efeito de minimizar a ilusão egocêntrica.

2. Lenta Nurma'l. ' Tranq üila: Respiraçiio da Harmonia- Esta respiração também é executada através do nariz , mas levemente mais forte que descrita acima (N." I) . É a respiração tranqüila usual de um momento de quietude. De novo , a duração da exalação deve ser duas ou três vezes maior que a inalação. O efeito desta respiração é manter relações pacíficas e harmoniosas com o ambiente em movimento ativo, mantendo a si mesmo em posição central, o que aumenta nossa percepção do ambiente.

3. Lenta e Tranqüila, mas Mais Furte : Respiraçãu da Cunjlança. Esta respiração é ina lad a pelo nariz e exalada -pela boca, ligeiramente aberta. A exalação é de três a cinco vezes mais longa que a i.nalação. Esta respiração é mais forte que as duas' maneiras imediatamente acima. Seu efeito é acelerar a harmonia ativa entre todas as funções físicas, mentais e espirituais, desenvolvendo a confiança interior, preparando para qualquer movimento ativo que possa ser necessário, a qualquer tempo , para se adaptar a condições ambientais em rápida mudança.

4.

Longa, Profunda e Forte : Respiração da Ação. Esta respiração é feita através da boca ligeiramente aberta, tanto para inalar quanto para exalar. A duração da exalação deve ser de três a cinco vezes a da inalação. O efeito desta respiração é ativar todos os poderes físicos, mentais e espirituais, sem perder a observação objetiva. Esta respiração pode também ~ jisada para se li~ da estagnação física e mental, produzindo o relaxamento. 47

, 5. Longa. Profunda. Forte e Intensa. com Emissão de Som: Respiração da' Espirit ualidade. Esta respiração é feita pelaboca, para.inalar e exalar. A exalação deve ser de três a cinco vezes mais longa que a inalação. Ao inalar, o som agudo "H F' ocorre naturalmente, por causa da intensa inalação feita entre os dentes entre:'; abertos, com a língua levemente tensionada. Durante a exalação, um som longo e natural de "FU" é feito continuamente. O efeito desta respiração, é ativamente energizar o metabolismo físico e mental, ê eS''t>ihtuaÜzar toda' a personalidade. Ó som "HI" tem o significado de "espírito", "fogo" e "Sol", numa pronúncia pré-histórica universal, intuitivamente usada em todo o mundo da antigüidade. o SOm "FU'~ tem o significado de "vento", "diferenciação" "expansão", na pronúncia antiga. Naquele tempo, HI e FU também tinham os significados respectivos de "um" e "dois".

e

eletromagnénca. Com a prática, esta respiração resulta no aprimoramento de várias habilidades físicas e mentais.

3. Respiração CU/1/ a Região do Coração, ou Região Superiordo Tórax: Respiração do Amor. Nesta respiração, a inalação e a exalação são lentas e longas; concentrando-se na região do coração, ou região central superior do tórax. A duração da inalação é quase igual à exalação, e o fôlego não é retido entre uma e outra - ambos se interligam natural e suavemente; em movimentos lentos e longos. O efeito desta respiração é harmonizar Ü' batimento cardíaco .e gerar uma circulação suave do sangue e fluidos do corpo. Mentalmente, gera um sentimento de harmonia e amor ,com todos os aspectos do ambiente bem como as pessoas próximas. Também desenvolve sensibilidade, simpatia, compreensão e compaixão,

CINCO MÉTODOS ESPECIAIS DE RESPIRAR Como práticas respiratórias especiais para o aperfeiçoamento físico, mental e espiritual, os, seguintes cinco métodos podem ser usados, cada' um para seu propósito especial:

I. Respirar com o Centrodo Abdômen (Tan-Den, ou Hara): Respiração da Fisicalização. Esta respiração é feita profunda e lentamente como o movimento natural do abdômen. No momento de uma inalação lenta e profunda, as profundezas da região abdominal ficam cheias de energia e o baixo abdômen naturalmente se expande para a frente .. No momento da exalação, lenta e mais longa, a mesma região contrai-se.

Entre o inalar e o exalar, o fôlego deve sei retido por váriossegundos. A exalação deve ser de duas a três vezes mais longa que a inalação. Aeficáciadestaresji], ração é gerar energia física, estabilidade mental e autoconfiança espiritual. Resulta no alicerçamento firme de si mesmo neste mundo e a capacidade de não ser influenciado por um ambiente mutável. Produz um aumento na temperatura do corpo. Esta respiração também acelera as funções digestivas e circulatórias ativas em todo o organismo, resultando no desenvolvimento de saúde e longevidade totais.

2. Respiração com o Cent;o do Estômago: Respiração do Poder. Esta respiração é feita com o movimento natural da região do estômago. N~ momento da inalação, a região do estômago (Chu/ Kan) naturalmente se expande para fora, e no momento da exalação, contrai-se. Entre a inalação e a exalação, o fôlego deve ser retido por vários segundos. A exalação é levemente maior que a inalação. . O efeito desta respiração é o desenvolvimento da persistência, paciência e tole.rância e, quando o fôlego é retido por um tempo maior entre a inspiração e a exptração, produz a intensificação da energização.interna de L~.-«KpO, preenchendo-o com o que podemos chamar de poder espiritual -'-- energia' 48

4. Respiração com a Região da Garganta e Raiz da Língua: Respiração da Inteligência. Esta respiração é executada na região da garganta e raiz da língua, com inalação mais forte e exalação mais fraca. No momento da inalação, o fôlego é concentrado e retido na região da garganta e raiz da língua por vários segundos, e então é liberado. O efeito desta respiração é desenvolver sentidos apurados, para li concentração física e mental rumo a um certo objetivo, Desenvolve também a observação clara e intuição penetrante num problema que se considere. A concentração espiritual é acelerada e a compreensão intelectual é estimulada. 5. Respiração C0I11:a Região Central do Cérebro: Respiração 'da Espiritualiz ação., Esta respiração é feita na região mediana do cérebro, O centro da cabeça. A inalação é feita lenta 'mas intensa, como respirando 'em direção ao zênite da cabe~a, com a sensação de impulsionar o corpo para cima. Esta inalação deve ser feita suave e continuamente, tão longa quanto possível, e em seu ponto extremo, o fôlego é súbita mas suavemente liberado, A exalação deve ser feita para baixo, rumo à boca. O efeito desta respiração é espiritualizar nossa consciência relativa, rumo a um âmbito mais universal, possibilitando ainda a liberação da percepção para outras dimensões incluindo a compreensão de eventos que estejam ocorrendo à distância. Todo o metabolismo físico rapidamente é retardado à medida em que esta respiração é continuadamente exercitada e a temperatura do corpo cai, como se aproximando da morte. As cinco maneiras de respiração para o desenvolvimento geral de nossa condição física, mental e espiritual e as cinco maneiras de respirar para finalidades específicas do desenvolvimento físico, mental e espiritual podem ser usadas livremente na vida cotidiana: enquanto sentados, trabalhando, agindo, em reuniões ou no trabalho com outras pessoas. Há muitas outras variações da respiração para manter a saúde geral e o bem-estar, bem como para desenvolver capacidades físicas, mentais e espirituais especiais, mas estes dez tipos de respiração apresentados acima são os métodos fundamentais para todos os outrcs mtJdos de --:'-49

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respirar. Para executar esses modos de respirar eficazmente, porém, é essencial conservar uma dieta moderada. *

6.

Vida Cotidiana

Para desenvolver a felicidade física mental e es . .( I . . . ' .. ' plrl ua , e Importante ordenarmos arrnoruosamente nossa vida dlana das seguint es maneiras . :

harrnoni

I. . Lev~nrar A~i~S da A urora: A atividade anual começa no primeiro dia do primeiro mes, e a atividade do dia começa com o nasc er do' S I O . o. erxar a cama antes do nascer do ~ol e pre~arar-nos para ir a.o encontro do Sol com um exercício simples d~ ~o-In e e~senclal para nossa orientação física, mental e espiritual para a atividade do dia. Quando o n.asce.r do Sol estiver próximo, a atmosfera à nossa volta começ~ a ser ca.rre~ada mais ativamente, estimulando nossas condições física~ 'e me~t~ls. Na antigüidade, em países do Extremo Oriente, como China e Japão as decisões ~o go~e:no sobre assuntos públicos eram feitas antes da aurora . Por ca~sa de~ta antiga pratica, o centro dogoverno era chamado de "Corte da Manhã" (ChuTei). A atmosfera da madrugada é benéfica para nossa visão clara dos planos futuros.

2. Limpar-nus e Nus~u Ambiente, Logo Depois de Levanrar: Devemos lavar o rosto e o corpo, preferivelrnenre com água fria, e escovar os dentes com sal arinho ou outro dentifrício natural, tornando nossas condições físicas e mentais agudamente alertas para as atividades que se seguirão num dia de trabalho. Ao

·"Quocieme respiratório rQR): razão entre o volume de C02 prod zid U I

Volume de C02 expirado Volume de 02 Inspirado

= Quociente

. • , 'O . o e oxrgeruo ( r) consumido:

Respiratório

Na oxidação dos carboidratos tem lugar a seguinte reação: Cf> HI2 +602

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6CQi

+6H~ O+cncrgi