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#KetResumos MEDICINA #KetResumos Ketoly Pascoal Colati 11º Período (2018) #KetResumos DOENÇAS E TRATAMENTOS FERRO

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MEDICINA

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Ketoly Pascoal Colati 11º Período (2018)

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DOENÇAS E TRATAMENTOS FERRO PROFILÁTICO A TERMO / AIG: 1 mg/kg/dia = de 6 meses a 2 anos. Prematuros com < 2,5 kg: 2 mg/kg/dia = de 30 dias a 01 ano*. Prematuros com < 1,5 kg: 3 mg/kg/dia = de 30 dias a 01 ano*.

Opções: Neutrofer Combiron Ultrafer

Prematuros com < 1,0 kg: 4 mg/kg/dia = de 30 dias a 01 ano*.

1 gota = 2,5 mg de Fe elementar

*Após 01 ano e até 02 anos = normaliza a dose com 1 mg/kg/dia. *** Prematuros AIG usar 2mg/kg/dia até 1 ano de idade

ANEMIA FERROPRIVA HEMOGLOBINA - VALORES DE REFERENCIA NA CRIANÇA: Idade

Hb (g/dl)

Idade

Hb (g/dl)

Idade

Hb (g/dl)

Idade

Hb (g/dl)

Nasc. (cordão)

13,5 a 19,5

2 semanas

12,5 a 20,5

3 a 6 meses

9,5 a 13,5

6 a 12 anos

11,5 a 15,5

1 a 3 dias

14,5 a 22,5

1 mês

10,0 a 18,0

0,5 a 2 anos

10,5 a 13,5

1 semana

13,5 a 21,5

2 meses

9,0 a 14,0

2 a 6 anos

11,5 a 13,5

ALTERAÇÕES LABORATORIAIS NA ANEMIA FERROPRIVA: - Hemograma: ↓Hb / ↓ VCM / ↓ HCM / ↑ RDW - ↓ Ferritina / ↓ Fe sérico / ↑ TIBC TRATAMENTO: 4 a 6 mg/kg/dia durante 3 a 6 meses. * Receita: Dar x gotas, 30 minutos antes do almoço, durante 3 meses (Repetir o exame, e se necessário fazer mais 3 meses).

FÓRMULAS 1ª linha: - NAN (< 6 meses) - Aptamil (> 6 meses)

2ª linha: - Nestogeno (< 6 meses) - Millupa (> 6 meses)

* Ajuste: 200 ml/kg/dia dividido por 8 ou 25 ml/kg/mamada (para encontrar a quantidade de água). Aproximar o valor encontrado para múltiplo de 30, pois 1 medida da fórmula = 30 ml de água. * Receita: Diluir x medidas da fórmula em y ml de água filtrada ou mineral e dar de 3 em 3 horas. (3X/dia se aleitamento materno complementado). Obs.: leite ninho só a partir de 01 ano de idade. Obs²: Se > 6 meses ou em aleitamento materno complementado, pode-se usar mamadeira 180 ml + 6 medidas da fórmula.

VITAMINAS VITAMINA D (AD-TIL® e Grow D®)

VITAMINA C (Redoxon gotas)

- 30 dias a 01 ano: Dar 02 gotas, 1X/dia; - 01 ano a 02 anos: Dar 03 gotas, 1X/dia

- RN e prematuros: 1 a 3 gotas/dia. *Prematuros: usar até 1 ano. - Crianças: 1 gota/kg/dia

ZINCO (Biozinc®) Uso em prematuros até 06 meses. Dose = Dar 01 ml, 1 x ao dia.

GANHO PONDERAL 1° trimestre = 25 - 30 gramas/dia; DOBRAR o peso do nascimento em 5-6 meses 2° trimestre = 15 - 20 gramas/dia; TRIPLICAR em 01 ano. 3° trimestre = 10 - 15 gramas/dia; 4° trimestre = 5 - 10 gramas/dia. Obs.: Perda fisiológica inicial do RN é de 10% do peso corporal recuperado em 10 dias.

EXAMES (1 ano de idade) - Hemograma completo; - Ferro sérico e ferritina; - EAS (saco coletor); - EPF.

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DOENÇAS, MEDICAÇÕES E DOSES ANTIALÉRGICOS

ANTIBIÓTICOS

USO ORAL:

USO ORAL:

Hidroxizine 2mg/ml ----------------------------------------- 1 Frasco Dar 0,5 mg/kg/dose de 8 em 8 horas durante 5 dias

Amoxicilina 250mg/5ml --------------------------------------- X Frasco Dar 50 mg/kg/dia de 8/8h por 10 dias

Desloratadina 0,5mg/ml ---------------------------------- 1 Frasco De 06 meses a 01 ano: Dar 2 ml, 1x/dia durante 5 dias De 01 ano a 05 anos: Dar 2,5 ml, 1 x/dia durante 5 dias > 05 anos: Dar 5 ml, 1x/dia durante 5 dias

Amoxicilina + Clavulanato 250 + 62,5mg/5ml ------------ X Frasco Dar 50mg/kg/dia de 8/8h durante 10 dias

Ebastina 1mg/ml --------------------------------------------- 1 Frasco De 02 a 05 anos: Dar 2,5 ml, 1x/dia durante 5 dias De 06 a 11 anos: Dar 5 ml, 1x/dia durante 5 dias (Crianças acima de 2 anos)

Cefalexina 250mg/5ml ----------------------------------------- X Frasco Dar 75 mg/kg/dia 6/6 h durante 7 dias. Azitromicina 200mg/5ml -------------------------------------- X Frasco Dar 10mg/kg 1x/dia no 1° dia Dar 5mg/kg/ 1x/dia do 2° dia ao 5° dia. USO IM: Penicilina G Benzatina 1.200.000 UI ----------------------- 1 Ampola Diluir 1 ampola em 3ml de AD e aplicar X (50.000UI/kg) IM + 0,2ml de lidocaína em glúteo médio em dose única. 1.200.00 ----------------------------- 3ml 50.000/kg --------------------------- X X = --- ml

EXPECTORANTES (Xaropes)

ANALGÉSICOS/ ANTITÉRMICOS

USO ORAL:

USO ORAL:

Torante / Abrilar ® (hedera helix) ----------------------- 1 Frasco Até 07 anos: Dar 2,5 ml de 8/8h durante 5 dias > 07 anos: Dar 5 ml de 8/8h durante 5 dias.

Dipirona gotas 500mg/ml ------------------------------------- 1 Frasco Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h, se dor e/ou febre.

ACEBROFILINA Xarope pediátrico 25mg/5ml -------- 1 Frasco 1 a 3 anos: Dar 2 mg/kg/dia de 12/12h durante 5 dias. 3 a 6 anos: Dar 5 mL de 12/12h durante 5 dias. 6 a 12 anos: Dar 10 mL de 12/12h durante 5 dias.

Paracetamol gotas 200mg/ml -------------------------------- 1 Frasco Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h, se dor e/ou febre. Ibuprofeno gotas ------------------------------------------------ 1 Frasco ---- 50mg/ml - Dar 2 gotas/kg/dose de 6/6h, se dor e/ou febre. ---- 100mg/ml - Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h, se dor e/ou febre.

ESTOMATITE

DRGE

USO ORAL:

USO ORAL:

Paracetamol gotas 200mg/ml ---------------------------- 1 Frasco Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h, se dor e/ou febre.

Domperidona 1mg/ml (Motilium®) ------------------------ 1 Frasco Dar 0,25 mg/kg/dose de 8/8h 30 minutos antes das refeições.

KALOBA -------------------------------------------------------- 1 Frasco Até 6 anos – Dar 10 gotas de 8/8h durante 5 dias De 6 a 12 anos – Dar 20 gotas de de 8/8h durante 5 dias > 05 anos – Dar 30 gotas de 8/8h durante 5 dias

Omeprazol 10 mg cápsula --------------------------------------- 1 caixa Dar 1 mg/kg/dia, 1x/dia 30’ antes da primeira refeição. *Diluir o conteúdo de 01 cáp. em 10 ml de AD (1mg/ml) e fornecer na dose de 1mg/kg/dia, 1X/dia.

USO TÓPICO:

Ranitidina gotas 40mg/ml (Label®) ------------------------- 1 Frasco Dar 2mg/kg de 8/8h (2mg = 1 gota)

MUD ORAL® ---------------------------------------------------- 1 Tubo Aplicar a pomada 3 x por dia durante 7 dias. Cepacaína spray ---------------------------------------------- 1 Frasco Aplicar 02 jatos na garganta, antes das refeições.

Ranitidina suspensão: 15mg/ml ----------------------------- 1 Frasco Dar 2mg/kg de 8/8h

FIMOSE

SINÉQUIA

USO TÓPICO:

USO TÓPICO:

Postec® (betametasona + hialuronidase) --------------- 1 Tubo Aplicar 2 x ao dia, durante 02 meses.

Premarin® pomada (estrogênio) ------------------------------ 1 Tubo Aplicar 2x/dia durante 3 semanas. (Apenas casos Graves)

DERMATITE DAS FRALDAS (Amoniacal) USO TÓPICO:

USO TÓPICO:

Dermodex Tratamento® (óxido zinco + nistatina + vit. A). Aplicar sobre as áreas afetadas, a cada troca de fraldas, após lavagem e secagem cuidadosa do local.

BALANOPOSTITE / BALANITE Nebacetin Pomada ---------------------------------------------- 1 Tubo Passar no local da lesão 2x/dia durante 5 dias.

#KetResumos CORTICÓIDE

CÓLICA

USO ORAL:

USO ORAL:

Prednisolona 3mg/ml (Prelone®, Predsim®) ----------- 1 Frasco Dar 1 a 2 mg/kg/dia durante 5 dias

Dimeticona 75mg/ml ----------------------------------------- 1 Frasco Lactentes: Dar 4 gotas de 8/8h caso gases e/ou cólicas 2 a 12 anos: Dar 8 gotas de 8/8h caso gases e/ou cólicas

USO TÓPICO: Dexametasona creme ------------------------------------------ 1 Tubo Aplicar nas lesões de 12/12h durante 5 dias. DIARRÉIA

FARINGOAMIGDALITE BACTERIANA

USO ORAL:

USO IM:

Zinco 2mg/0,5ml (Biozinc®, Grow Zinco®) --------------- 1 Frasco < 6 meses - Dar 2,5ml (10mg) 1x/dia por 10 dias. > 6 meses - Dar 5ml (20mg) 1x/dia por 10 dias.

Penicilina G benzatina 1.200.000 UI --------------------- 1 Ampola Aplicar 50.000 UI/kg/dose, IM, em dose única.

Probióticos (Floratil®, Repoflor®) -------------------------- 1 Caixa Dar 1 envelope, 2x/dia durante 3 dias.

USO ORAL: (Alternativa) Amoxicilina 250mg/5ml ------------------------------------- X Frasco Dar 50 mg/kg/dia de 8/8h por 10 dias Amoxicilina + Clavulanato 250 + 62,5mg/5ml ---------- X Frasco Dar 50mg/kg/dia de 8/8h durante 10 dias (Casos recorrentes)

BRONQUIOLITE USO INALATÓRIO (NEBULIZAÇÃO)

CONJUTIVITE VIRAL USO OFTALMOLÓGICO

Berotec ® (Fenoterol) ----------------------------------------- 1 Frasco 1 gota a cada 3 kg.

Lacribell® colírio (lubrificante oftálmico) --------------- 1 Frasco Aplicar 1 gota em cada olho de 6/6h, se necessário

Atrovent® (ipratrópio) --------------------------------------- 1 Frasco < 10kg: 10 gotas ≥ 10 kg: 20 gotas

Lavar com SF 0,9% gelado sempre que necessário. Atestado por 5 dias.

Soro Fisiológico 0,9% ----------------------------------------- 1 Frasco 5ml de SF 0,9% Nebulizar de 6/6h RINITE USO INALATÓRIO: Budesonida Spray --------------------------------------------- 1 Frasco Até 02 anos: 32 mcg De 02 - 05 anos: 50 mcg De 05 - 10 anos: 64 mcg > 10 anos: 100 mcg Aplicar 01 jato em cada narina de 12/12h por 3 meses. USO ORAL: Montelucaste ---------------------------------------------------- 1 Caixa 2 a 5 anos: Sache 4mg – 1x/dia por 30 dias > 5 anos: Comprimido mastigável 5mg – 1x/dia por 30 dias

ASMA TRATAMENTO AMBULATORIAL USO INALATÓRIO: Beclometasona 250mcg (Clenil®) --------------------------- 1 Caixa Aplicar 1 jato, via espaçador à noite Salbutamol spary 100 mcg (Aerolin®) -------------------- 1 Frasco Aplicar 3 jatos, via espaçador, se crise (SOS). Montelucaste ---------------------------------------------------- 1 Caixa 2 a 5 anos: Sache 4mg – 1x/dia por 30 dias > 5 anos: Comprimido mastigável 5mg – 1x/dia por 30 dias

IMPETIGO

OTITE MÉDIA AGUDA

USO ORAL:

USO ORAL:

Cefalexina 250mg/5ml --------------------------------------- X Frasco Dar 75 mg/kg/dia 6/6 h durante 7 dias.

Amoxicilina 250mg/5ml ------------------------------------- X Frasco Dar 50 mg/kg/dia de 8/8h por 10 dias

USO TÓPICO

Amoxicilina + Clavulanato 250 + 62,5mg/5ml ---------- X Frasco Dar 50mg/kg/dia de 8/8h durante 10 dias (Quadros graves ou recorrentes; falha terapêutica após 72 horas; uso de ATB nos últimos trinta dias; menores que 2 anos ou frequentando creches).

Mupirocina creme 2% ------------------------------------------ 1 Tubo Aplicar mupirocina em cavidade nasal, axila e virilha, 1X/dia (à noite) durante 7 dias. (Impetigo de repetição)

#KetResumos OTITE EXTERNA

PITIRÍASE VERSICOLOR

USO TÓPICO:

USO TÓPICO:

Ciprofloxacino + Hidrocortisona solução otológica (Otociriax®) ----------------------------------------------------- 1 Frasco Pingar 3 gotas na orelha afetada de 12/12h durante 7 dias. (Agitar o frasco antes de usar e deixar a cabeça inclinada por 30”)

Sulfeto de Selênio 2,5% ou Cetoconazol Xampu ------- 1 Frasco Aplicar no couro cabeludo ao tomar banho e deixar agindo por 3 minutos, durante 7 dias. Após isso, continuar o uso 1x/semana, durante 4 semanas;

USO ORAL: Ibuprofeno gotas 100mg/ml -------------------------------- 1 Frasco Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h, se dor e/ou febre

Miconazol creme ------------------------------------------------ 1 Tubo Aplicar nas lesões 3X/dia, durante 2 semanas; USO ORAL: Hidroxizine 2mg/ml ------------------------------------------- 1 Frasco Dar 0,5 mg/kg/dose de 8/8h durante 5 dias, caso prurido.

DERMATITE ATÓPICA

DERMATITE SEBORREICA

ATOPIA LEVE

USO TÓPICO:

USO TÓPICO:

Drenison® loção (fludroxicortida) ------------------------- 1 Frasco Aplicar sobre as lesões de 12/12h durante 1 semana.

Hidratante com ureia pós-banho: Fisiogel, Hidrakids ou Neutrogena + Sabonete glicerinado para o banho.

Opção para lesão úmida

ATOPIA MODERADA A GRAVE

USO TÓPICO:

USO ORAL:

Drenison® Creme ------------------------------------------------ 1 Tubo Aplicar sobre as lesões de 12/12h durante 1 semana.

Hidroxizine 2mg/ml ----------------------------------------- 1 Frasco Dar 0,5 mg/kg/dose de 8 em 8 horas durante 5 dias USO TÓPICO: Dexametasona creme ------------------------------------------ 1 Tubo Aplicar nas lesões de 12/12h durante 7 dias. Hidratante com ureia pós-banho: Fisiogel, Hidrakids ou Neutrogena + Sabonete glicerinado para o banho.

Opção para lesão seca e escamosa USO TÓPICO: Drenison® Pomada ---------------------------------------------- 1 Tubo Aplicar sobre as lesões de 12/12h durante 1 semana.

PARASITOSES DOENÇA AMEBÍASE

TRATAMENTO Metronidazol suspensão 40 mg/ml: 30 mg/Kg/dia, VO de 8/8h por 7 dias. Secnidazol suspensão 30mg/ml: 30mg/kg/dia, VO, dose única

GIADÍASE

Metronidazol suspensão 40 mg/ml: 30 mg/Kg/dia VO de 8/8h por 7 dias. Albendazol Suspensão 40mg/ml: 10ml (400mg) 1x/dia, VO por 5 dias.

ASCARIDÍASE

Mebendazol suspensão 20mg/ml: 5 ml (100mg), VO, de 12/12h, por 03 dias. Repetir em 14 dias. Albendazol Suspensão 40mg/ml: 10ml (400mg), VO dose única.

ANCILOSTOMÍASE

Mebendazol suspensão 20mg/ml: 5 ml (100mg), VO, de 12/12h, por 03 dias. Repetir em 14 dias. Albendazol Suspensão 40mg/ml: 10ml (400mg), VO dose única.

TRICURÍASE

Mebendazol suspensão 20mg/ml: 5 ml (100mg), VO, de 12/12h, por 03 dias. Repetir em 14 dias. Albendazol Suspensão 40mg/ml: 10ml (400mg), VO dose única.

TOXOCARÍASE

Mebendazol suspensão 20mg/ml: 100 a 200 mg de 12h/12h, VO durante 5 dias. Repetir em 14 dias. Albendazol Suspensão 40mg/ml: 10ml (400mg)/dia, VO durante 5 dias.

ENTEROBÍASE/OXIURÍASE

Mebendazol suspensão 20mg/ml: 100 a 200 mg de 12h/12h, VO durante 5 dias. Repetir em 14 dias. Albendazol Suspensão 40mg/ml: 10ml (400mg) 2x/dia, VO durante 5 dias. Pirvínio (susp. 10mg/ml ou Comp. 100mg) – 10 mg/kg OU 1 comp. de 100mg a cada 10kg, dose única.

TENÍASE / CISTICERCOSE

Praziquantel (comp. 150 ou 500mg): 10 a 20mg/kg, em dose única. (TENÍASE) Praziquantel (comp. 150 ou 500mg): 50 a 60 mg/kg, em dose única. (CISTICERCOSE)

ESQUISTOSSOMOSE

Praziquantel (comp. 150 ou 500mg): 60 mg/kg, em dose única.

ESTRONDILOIDÍASE

Ivermectina 6mg - ½ comp. para crianças > 15kg. A cada 10 kg, adicionar ½ comp. Máx. de 2 comp. Tiabendazol suspensão 50mg/ml: 25mg/kg/dia (máx. 3g/dia), VO, de 12/12h por 3 dias.

ESCABIOSE

Ivermectina 6mg - ½ comp. para crianças > 15kg. A cada 10 kg, adicionar ½ comp. Máx. de 2 comp. Monossulfiram (Tetmosol) solução

LARVA MIGRANS CUTÂNEA

Tiabendazol 5% pomada – Aplicar na lesão 2 vezes ao dia durante 14 dias Tiabendazol suspensão 50mg/ml: 25-50 mg/kg/dia (máx. 3g/dia), VO de 12/12h, por 5 dias.

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DOSES EM PEDIATRIA ANALGÉSICOS E ANTITÉRMICOS DIPIRONA Injetável

PESO X 0,04 = Dose

RANITIDINA Injetável 50mg/2ml

Peso ÷ 20 = dose em ml EV

DEXCLORFENIRAMINA 2mg/5ml (Polaramine®) PROMETAZINA Injetável 50mg/2ml (Fenergan®)

Peso ÷ 4 = dose em ml de 8h/8h durante 5 dias (Máx.: 5ml/dose) Peso X 0,02 = dose em ml IM (Máx.: 2ml)

ÁCIDO NALIDIXICO 50mg/ml (NÃO usar < 3 meses) CEFTRIAXONE 250mg / 500mg / 1g METRONIDAZOL Suspensão Oral 4%

Peso ÷ 4 = dose em ml de 6h/6h durante 7 dias (Máx.: 10ml/dose) 50mg/kg/dose 1x/dia IM de 3 a 7 dias (Máx.: 1g/dose) 0,5ml/Kg/dia ÷ 2 ou 3x/dia (Máx.: 10ml/dose)

ANTIÁCIDO E RGE ANTIALÉRGICOS

ANTIBIÓTICO

ANTIEMÉTICO/VÔMITOS BROMOPRIDA Gotas DIMENIDRATO Gotas 25mg/ml (Dramin) DIMENIDRATO Injetável 40mg/ml IM DRAMIN Injetável 30mg/10ml EV METOCLOPRAMIDA Gotas 4mg/ml (Plasil) METOCLOPRAMIDA Injetável 10mg/2m

3 a 6 gotas/kg/dia de 8h/8h (Máx.: 40 gotas/dose) 1 gota/kg/dose de 6h/6h SN. (Máx.: 40 gotas/dose) Peso X 0,03 = dose em ml IM (Máx.: 1ml/dose) 10Kg = 4ml (Máx.: 10ml/dose). EX.: SG5% 250ml + Dramin 4ml EV 2/3 PESO = dose em gotas 8h/8h SN (Máx.: 40 gotas/dose) Peso ÷ 20 = dose em ml IM / EV (Máx.: 2ml)

ANTIESPASMÓTICOS/CÓLICAS ESCOPOLAMINA + DIPIRONA (Buscopam Composto) BUSCOPAM COMPOSTO Injetável

1 gota/Kg/dose de 6h/6h (Máx.: 40 gotas/dose) Peso ÷ 20 dose em ml. Infundir diluído no Soro lentamente.

ANTIINFLAMATÓRIOS CETOPROFENO Gotas 20mg/ml (Profenid) DICLOFENACO Gotas 15mg/ml (Cataflan) NIMESULIDA Gotas (Scaflam)

1 gota/Kg/dose de 8h/8h 2 a 5 dias (Máx.: 50 gotas/dose) 1 gota/Kg/dose de 8h/8h 2 a 5 dias (Máx.: 40 gotas/dose) 1 gota/Kg/dose de 12h/12h 2 a 5 dias (Máx.: 50 gotas/dose)

ANNITA Suspensão Oral 20ml/ml (Nitazoxanida) ALBENDAZOL Suspensão Oral 400mg/10ml MEBENDAZOL Suspensão Oral 100mg/5ml IVERMECTINA 6mg (Revectina)

7,5 x Peso ÷ 20 = dose em ml 12h/12h 3 dias (Máx.: 14ml/dose) 10ml Dose Única. Giardíase: 10ml/dia por 5 dias. Evitas < 2 anos. 5ml 12h/12h por 3 dias. Evitar < 2 anos. Escabiose, Pediculose, Miíase. ½ comp. A cada 15kg.

ANTIPARASITÁRIOS

XAROPES/TOSSE/ASMA FENOTEROL (Nebulização) ACEBROFILINA Xarope 25mg/5ml (Filinar) CARBOCISTEÍNA Xarope Infantil 20mg/ml KÓIDE D XPE (DEXCLOR. + BETAMETASONA) LEVODROPROPIZINA Xarope 30mg/5ml (Antux) SALBUTAMOL Xarope 2mg/5ml (Aerolin) TERBUTALINA Xarope (Bricanyl)

1 gota a cada 3kg / Se grave: 1 gota/kg – Inalação a cada 20 min. Pode fazer até 3X Peso ÷ 5 = dose em ml 12h/12h por 5 dias (Máx.: 10ml/dose) 1-4 anos: 2,5ml 5-10 anos: 5ml > 10 anos: 10ml 8h/8h por 5 dias Peso ÷ 4 = dose em ml 8h/8h por 5 dias (Máx.: 5ml/dose) Tosse seca, irritativa. > 2 anos. Vide Tabela Asma. Vide Tabela 1 Jato por 2 – 3Kg (Máx 10 jatos) 0,25ml/Kg/dose 8h/8h 5 dias (Máx.: 5ml/dose)

CORTICÓIDES/ALERGIA/ASMA/LARINGITE DEXAMETASONA Elixir (Decadron) DEXAMETASONA 4mg/ml (Decadron) HIDROCORTISONA 100 a 500mg (Solucortef)

Peso ÷ 3 = ml/dose 8h/8h por 3 a 5 dias (Máx.: 15ml/dose) 0,3mg/Kg/dose IM ou EV (Máx.: 4mg/dose) 5mg/Kg (ASMA) e 10mg/Kg (ALERGIA). Infundir em SG5% lento

ÓLEO MINERAL (EVITAR < 1 ano) LACTULONA Xarope LEITE DE MAGNÉSIA

1 a 2 ml/kg/dose – 1 a 2 x/dia (Máx.: 15ml/dose) < 1 ano: 5ml/dia // 1 a 5 anos: 7,5ml/dia // 6 a 12 anos: 12ml/dia 1 a 3 ml/dia 1 a 2x/dia (Máx.: 30ml/dia)

LAXANTES

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PROTOCOLO ALOJAMENTO CONJUNTO AVALIAÇÃO DE PESO DO RN A quase totalidade dos recém-nascidos apresentam perda de peso ponderal nos primeiros dias de vida. A maioria dos estudos comprovam que a perda está relacionada à redução dos fluidos, mas também é consequência do uso, pelo RN, de tecido adiposo como fonte de energia. A perda de peso aceitável nos 23 primeiros dias de vida é de 5-7% do peso de nascimento. Se perda de peso < 7% com 48 horas de vida: ALTA HOSPITALAR Se perda de peso 8-10% do peso de nascimento: ALTA HOSPITALAR COM RETORNO AO AMBULATÓRIO EM 48 HORAS PARA REAVALIAÇÃO. Se perda de peso > 10%: SUSPENDER ALTA HOSPITALAR, avaliar amamentação (apojadura) e necessidade de complementação com fórmula láctea, após mamadas. OBS.: Sempre avaliar amamentação: pega e técnica correta. AVALIAÇÃO DE HIPOGLICEMIA Um recém-nascido de termo necessita de alimentação frequente, pois suas reservas de glicogênio são capazes de fornecer glicose por aproximadamente 4 horas, entre as mamadas. O diagnóstico precoce, a introdução urgente do tratamento e a prevenção de futuros episódios de hipoglicemia são de fundamental importância para a proteção do cérebro em desenvolvimento da carência de glicose. Um valor de glicemia capilar inferior a 40 mg/dL (hipoglicemia neonatal), obtido por glicosímetro à beira do leito, deverá ser confirmado por dosagem plasmática de glicose. Deixar controle de dextro em todo RN: Pré-termo (< 37 semanas) PIG GIG Filho de mãe diabética. Esquema: Pré-termo, GIG e PIG: Na 2º e 6º hora de vida e após de 6/6 horas Filho de mãe diabética: Na 1º, 2º, 4º e 6º hora de vida e após de 6/6 horas. Observações: Se dextro < 40mg/dl assintomático: Colocar em seio materno e complemento, se necessário → repetir em 40 minutos se mantiver < 40 mg/dl → solicitar vaga em UTIN. Se dextro < 40 mg/dl com RN sintomático ou dextro < 20mg/dl: Solicitar vaga em UTIN imediatamente. Manter o controle de glicose por 48 horas e alta apenas se normalidade dos controles nas últimas 24 horas. AVALIAÇÃO DE ICTERÍCIA Na maioria das vezes a icterícia reflete uma adaptação neonatal ao metabolismo da bilirrubina e é denominada de “fisiológica”. Por outras vezes decorre de um processo patológico, podendo alcançar concentrações elevadas e ser lesiva ao cérebro, instalandose o quadro de encefalopatia bilirrubínica aguda. A hiperbilirrubinemia significante presente na primeira semana de vida é um problema preocupante em RN de termo e prematuros tardios e com frequência está associada à oferta láctea inadequada, perda elevada de peso e desidratação, muitas vezes decorrente da alta hospitalar antes de 48 horas de vida e da falta do retorno ambulatorial. A hiperbilirrubinemia indireta denominada “fisiológica” caracteriza-se na população de termo por início tardio (após 24 horas) com pico entre o 3º e 4º dias de vida e bilirrubinemia total (BT) máxima de 12 mg/dL. A presença de icterícia antes de 24-36 horas de vida ou de valores de BT > 12 mg/dL, independentemente da idade pós-natal, alerta para a investigação de processos patológicos. Risco para Icterícia patológica: Icterícia nas primeiras 24-36 horas de vida Incompatibilidade materno-fetal Rh (antígeno D – Mãe negativo e RN positivo) – Coombs direto positivo ou ABO (mãe O e RN A ou B) – podendo ou não ter Coombs direto positivo Idade gestacional de 35 e 36 semanas (independentemente do peso ao nascer) Aleitamento materno exclusivo com dificuldade ou perda de peso > 7% em relação ao peso de nascimento Irmão com icterícia neonatal tratado com fototerapia Presença de céfalo-hematoma ou equimoses Descendência asiática Mãe diabética.

#KetResumos Indicação de Fototerapia

Quando em Fototerapia: Se RN de alto risco repetir a BTF em 6 horas para avaliar queda e solicitar HB, Ht e reticulócitos Para retirada esperar BT< 10 mg/dl e retorno em 24-48 horas (no ambulatório) para avaliação de rebote. Quando, sem nível de BT para fototerapia, porém com fatores de risco: RN em ZONA DE RISCO INTERMEDIÁRIO ALTO → Retorno no ambulatório em 48 horas. RN em ZONA DE ALTO RISCO → Retorno no ambulatório em 24 horas.

AVALIAÇÃO DE DOENÇAS CONGÊNITAS HEPATITE B

RN a TERMO Avaliar Sorologia Materna

HBsag (+)

- IMunoglobulina hiperimune 0,5ml IM até 12h de vida. - Vacina Hepatite B 0,5ml IM até 12h de vida.

Perfil Desconhcido

- Vacina Hepatite B

HBsag (-)

A transmissão pode ocorrer durante a gestação ou no período perinatal. Dos RNs infectados, em torno de 70 – 90% evoluem para forma crônica.

- Vacina Anti-hepatite B

- Solicitar Sorologia Materna

HEPATITE C Atualmente, não existe profilaxia pré ou pós exposição com imunoglobulina ou vacina efetiva para prevenir infecção pelo VHC. A prevenção da transmissão e aquisição do VHC depende da prevenção à exposição ao sangue infectado.

#KetResumos TOXOPLASMOSE

Deve-se buscar o diagnóstico em todas as situações de suspeita: RN de mães com evidências de primo-infecção na gravidez- IgM positivo RN de mães em imunossupressão, com evidências sorológicas de exposição pregressa ao toxoplasma - IgG positivo RN com alteração compatível (coriorretinite, calcificações intracranianas, LCR com aumento de monócitos ou de proteínas) RN com IgM antitoxoplasma positivo, no painel de triagem neonatal (“teste do pezinho”). Tratamento: 1 - Sulfadiazina (100mg/ml) - 100mg/kg/dia, via oral de 12/12horas. 2 - Pirimetamina (2mg/ml) -2mg/kg/dia via oral por 2 dias, de 12/12 horas e posteriormente 1mg/kg/dia, 1x/dia. 3 - Acido folínico (10mg/ml) - para combater a ação anti-fólica da pirimetamina, com supressão medular, preconiza-se 5 a 10mg três vezes na semana. Manter por uma semana após a retirada da pirimetamina. 4 - Prednisona: 0,5mg/kg/dose a cada 12 horas, via oral por quatro semanas. Quando há comprometimento do SNC (proteína > 1g/dl) e/ou coriorretinite ativa. A sulfadiazina e a pirimetamina associadas ao acido folínico são usados por seis meses sob monitoração hematológica semanal e depois mensal. No segundo período (últimos seis meses) a sulfadiazina é usada diariamente, a pirimetamina em dias alternados (três vezes na semana); se ocorrer neutropenia aumenta-se o acido folínico para 10mg diariamente e em situações graves com leucócitos menor que 500/mm3 interrompe-se a pirimetamina. HIV Quimioprofilaxia com AZT + NPV para todos os recém-nascidos de mães com diagnóstico de infecção pelo HIV que não receberam ARV na gestação, mesmo que a mãe tenha recebido AZT injetável no momento do parto. OBS: a Nevirapina não é indicada para RN < 35 semanas, nesse caso utilizar apenas a zidovudina. Mães que receberam ARV na gestação com carga viral indetectável, usar apenas AZT no recém-nascidos. Esquema de quimioprofilaxia neonatal preconizado: ARV POSOLOGIA AZT (10mg/ml): 4MG/KG/DOSE, VIA ORAL, A CADA 12H

DURAÇÃO 6 SEMANAS

AZT + NVP NVP (10mg/ml): PESO NASCIMENTO de 1,5 A 2 KG: 8MG (0,8ML)/DOSE, VIA ORAL. PESO NASCIMENTO > 2KG: 12MG(1,2ML)/DOSE, VIA ORAL.

1ª DOSE primeirasas 48h de vida 2ª DOSE 48h após a 1ª dose 3ª DOSE 96h após a 2ª dose

#KetResumos SÍFILIS VDRL Materno Positivo

Mãe Tratada Adequadamete

Mãe não Tratada inadequadamente ou recidiva

VDRL do RN

VDRL do RN

Negativo

Seguimento ou 1 dose de penicilina benzatina se seguimento for incerto

≤ 2 diluições da mãe

1 dose de penicilina Benzatina ou se Seguimento incerto Penicilina procaína

> 2 diluições

Tratamento com penicilina cristalina 10 dias e seguimento

Se qualquer título e RN sintomático

> 2 diluições da mãe

INVESTIGAÇÃO: ✓ LCR ✓ HMG ✓ RX de osso longos ✓ RX de tórax ✓ USTF ✓ Fundo de olho ✓ BERA ✓ Função hepática

INVESTIGAÇÃO: ✓ LCR ✓ HMG ✓ RX de osso longos ✓ RX de tórax ✓ USTF ✓ Fundo de olho ✓ BERA ✓ Função hepática

Tratamento com penicilina cristalina 10 dias e seguimento

Tratamento com penicilina cristalina 10 dias e seguimento

≤ 2 diluições ou negativo

Investigação ✓ HMG ✓ LCR ✓ Ossos longos

Se Positivo

Tratamento com penicilina cristalina 10 dias e seguimento

Se Negativo

1 dose de penicilina Benzatina ou se Seguimento incerto Penicilina procaína

Tratamento: Penicilina G Cristalina: 50.000 UI/kg/dose, EV de 12/12 horas, até 7 dias de vida e depois de 8/8 horas, completar 10 dias de tratamento. Penicilina G procaína: 50.000 UI/Kg/dia, 24/24 horas, IM, por 10 dias. Observações: Se neurosífilis: sempre usar penicilina G cristalina. Se sífilis, porém VDRL do líquor negativo ou líquor normal: pode ser usado penicilina G cristalina ou procaína. Se mãe adequadamente tratada e exames de triagem do Rn normais, porém na impossibilidade de acompanhamento: Penicilina G benzatina: 50.000 UI/kg/dose única, IM. CUIDADOS ESPECIAIS COM O RN PREMATURO TARDIO (34 SEMANAS A 36 SEMANAS): RN com idade gestacional de 34 a 36 semanas completas (prematuros tardios), comumente apresentam peso acima de 2500g, ficam em alojamento conjunto com suas mães, assemelham-se a RN de termo, mas são pré-termos e imaturos em vários aspectos fisiológicos e metabólicos e NÃO devem ser cuidados como se fossem de termo. Prematuros tardios que recebem alta em 48 horas, especialmente em aleitamento materno exclusivo, apresentam risco 2X maior de morbidade em até 28 dias com perda de peso maior que 2% ao dia. As principais causas da reinternação hospitalar nos primeiros 10 dias de vida são: Icterícia (pico ocorre do 5º ao 7º dia) Problemas alimentares Desidratação Hipotermia Apneia Infecções A extensão da estadia deverá ser baseada em características únicas de cada binômio mãe-filho, incluindo a saúde da mãe; saúde e estabilidade do RN; capacidade, habilidade e confiança da mãe para cuidar de si e de seu RN, o adequado suporte em casa e o acesso à assistência e seguimento qualificado. Todos os esforços devem ser feitos para que mãe e RN tenham alta hospitalar juntos, e os profissionais que prestam assistência devem decidir, em concordância com a família, sobre o momento mais adequado da saída.

#KetResumos CRITÉRIOS DE ALTA HOSPITALAR Pelo Ministério da Saúde: “As altas não deverão ser dadas antes de 48 horas, considerando o alto teor educativo inerente ao sistema de Alojamento Conjunto e, ser este período importante na detecção de patologias neonatais”. 48 horas de vida em parto vaginal e cesárea 72 horas de vida: o RNPT < 37 semanas o Incompatibilidade sanguínea (incompatibilidade ABO ou RH - coombs positivo) Documentação dos sinais vitais do RN devem estar normais e estáveis nas 12 horas que antecedem a alta: o FR < 60 irpm o FC de 100-160 bpm o Temperatura axilar de 36,1 a 37,0ºC em berço aberto com vestimenta apropriada Boa sucção ao seio materno e mãe segura para cuidados Diurese e evacuação presente (lembrando que a quantidade de diurese adequada é 6-8 vezes ao dia e reflete o sucesso da amamentação). CRITÉRIOS PARA ALTA HOSPITALAR PRECOCE NO RN A TERMO (37 a 41 semanas) (Antes de 48h): Evolução pré, intra e pós- parto sem complicações para mãe e RN Sinais vitais normais e estáveis por um período de 12 horas antes da alta Diurese e evacuação presentes Presença de pelo menos 2 mamadas bem-sucedidas O risco do desenvolvimento da icterícia deve ser avaliado e planejado sobre a conduta adequada a ser estabelecida O RN deve ser avaliado e monitorizado quanto a possibilidade de desenvolver sepse, conforme dados maternos. Exames laboratoriais, incluindo: sorologia materna para Sifilis, hepatite B, HIV, tipagem sanguínea da mãe e RN e teste coombs se for indicado. Teste do coraçãozinho após 24 horas de vida. Habilidade materna nos cuidados com RN para alimenta-lo (seio materno ou fórmula láctea); para cuidar da pele e do coto umbilical; que esteja apta a reconhecer sinais e sintomas de doenças e problemas comuns desse período da infância, especialmente icterícia e que tenha noção de segurança da criança Avaliação dos fatores familiares, ambientais e de risco social Retorno em consulta médica marcado para 48 horas após alta hospitalar (e não mais de 72 horas), caso esta tenha ocorrido antes de 48 horas de vida Cada binômio mãe-filho deve ser avaliado individualmente para determinar o melhor momento para alta hospitalar. ANTES DA ALTA Checar e anotar em prontuário se foi realizado: Teste do coraçãozinho (saturação pré e pós-ductal): Cardiopatias congênitas críticas: apresentação clínica decorre do fechamento ou restrição do canal arterial (cardiopatias canal-dependentes): - Cardiopatias com fluxo pulmonar dependente do canal arterial: Atresia pulmonar e similares. - Cardiopatias com fluxo sistêmico dependente do canal arterial: Síndrome de hipoplasia do coração esquerdo, coartação de aorta crítica e similares. - Cardiopatias com circulação em paralelo: transposição das grandes artérias. No grupo das cardiopatias congênitas críticas, ocorre uma mistura de sangue entre as circulações sistêmica e pulmonar, o que acarreta uma redução da saturação periférica de O2. Neste sentindo, a aferição da oximetria de pulso de forma rotineira em recém-nascidos aparentemente saudáveis com idade gestacional > 34 semanas, tem mostrado uma elevada sensibilidade e especificidade para detecção precoce destas cardiopatias. Na maioria das Unidades Neonatais, a alta hospitalar é realizada entre 36 e 48 horas de vida. Nesta fase, a manifestação clínica das cardiopatias críticas pode ainda não ter ocorrido, principalmente nas cardiopatias com fluxo sistêmico dependente de canal arterial. Além disso, a ausculta cardíaca pode ser aparentemente normal nesta fase.

#KetResumos Ortolani - se alterado, solicitar US de quadril e avaliação da ortopedia. Reflexo vermelho: percepção do reflexo vermelho que aparece ao ser incidido um feixe de luz sob a superfície retiniana. Para que este reflexo possa ser visto, é necessário que o eixo óptico esteja livre, isto é, sem nenhum obstáculo à entrada e à saída de luz pelo orifício pupilar. Como deve ser realizado: A sala do exame deve ser escurecida, e um auxiliar deve segurar com delicadeza a cabeça do bebê. O oftalmoscópio deve ser posicionado a uma distância de aproximadamente 30 cm de cada olho do bebê, e o reflexo vermelho deve ser visto facilmente, homogêneo e simétrico em ambos os olhos. O teste pode ser feito por qualquer pediatra treinado. Quando o pediatra conseguir identificar o reflexo vermelho de ambos os olhos, o resultado é "normal”, mas se tiver dificuldade, o bebê deve ser encaminhado ao oftalmologista com urgência. Avaliar as sorologias maternas e se foi realizado as medidas necessárias conforme resultado dos exames. Avaliar Risco para Icterícia Teste da orelhinha (emissões otoacústicas): protocolos diferenciados para os recém-nascidos de baixo risco e alto risco para perda auditiva. o A triagem auditiva deve ser realizada em todos os recém-nascidos (RN), preferencialmente durante a internação na maternidade ou até o primeiro mês de vida. Quando realizado desta forma é dito UNIVERSAL. o O diagnóstico da perda auditiva deve ser feito até os 3 meses de idade o Os exames indicados são as emissões otoacústicas (EOA), recomendadas para todos os recém-nascidos e/ou o potencial evocado auditivo de tronco encefálico (PEATE ou BERA) para aqueles que apresentam algum indicador de risco para surdez. o Indicadores de risco para surdez:  História familiar de deficiência auditiva congênita  Síndromes associadas à deficiência auditiva  Malformação de cabeça e pescoço  Internação em UTI neonatal por mais de 5 dias  Muito baixo peso ao nascer, ou seja, peso inferior a 1500g  Asfixia perinatal grave  Uso de ventilação mecânica por mais de 5 dias  Infecção gestacional (toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, sífilis, herpes e HIV)  Meningite bacteriana  Uso de medicação ototóxica  Hiperbilirrubinemia com nível de exsanguíneo transfusão. Apesar de existir os indicadores de risco, a triagem auditiva universal é recomendada, porque se rastrearmos somente os RN que apresentarem os indicadores de risco, estaremos perdendo aproximadamente 50% dos indivíduos que apresentam perdas auditivas congênitas, ou seja, a metade da população infantil com surdez não será diagnosticada precocemente, pois não apresenta nenhum indicador de risco ao nascimento. NA ALTA ENCAMINHAR PARA: Puericultura até 7 dias da alta ou nos casos citados para retorno de reavaliação pós-alta em 48 horas Realização de vacinas (BCG e Hepatite B) Teste do pezinho (o ideal é que a coleta seja realizada entre o 3-5/7º dia de vida, porém pode ser realizada até 30º dia de vida). Não devendo realizar antes de 48 horas de alimentação proteica (amamentação) e nunca superior a 30 dias. Teste do Pezinho Master detecta as seguintes doenças: : . Fenilcetonúria e outras Aminoacidopatias : . Hipotireoidismo Congênito : . Anemia Falciforme e outras hemoglobinopatias : . Hiperplasia Adrenal Congênita : . Fibrose Cística : . Galactosemia : . Deficiência de Biotinidase : . Toxoplasmose Congênita : . Deficiência de Glicose-6-Fosfato Desidrogenase : . Sífilis Congênita : . Citomegalovirose Congênita : . Doença de Chagas Congênita : . Rubéola Congênita

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GASOMETRIA ARTERIAL VALORES DE REFERÊNCIA

pH = 7,35 a 7,45 BIC = 22 a 26 PCO2 = 35 a 45 BE = + 3 a – 3 ←←← METABÓLICO │7,35 (BIC)

PCO2 ↑ = Acidose PCO2 ↓ = Alcalose BIC ↑ = Alcalose BIC ↓ = Acidose ●

7,45│ RESPIRATÓRIO →→→ (PCO2)

SEQUÊNCIA PARA ANÁLISE DA GASOMETRIA 1º - pH (7,35 – 7,45) NORMAL – Entre 7,35 – 7,45 ÁCIDO – Abaixo de 7,35 BÁSICO – Acima de 7,45 2º - BIC (22 – 26) Se NORMAL, seguir com a sequência de análise Se ALTERADO realizar os seguintes cálculos para encontrar o PCO2 real: o Acidose (↓) → (BIC x 1,5) + 8 = ± 2 o Alcalose (↑)→ BIC + 15 = ± 2 3º - PCO2 (SEMPRE comparar com os valores encontrados nas fórmulas acima) NORMAL ÁCIDO (↑) BÁSICO (↓) 4º - BE (+3 a -3) NORMAL = Distúrbio Respiratório (AGUDO) ALTERADO = Distúrbio Metabólico

OBS.: 60% do PCO2 é metabólico 40% do PCO2 é respiratório HCO3- + H+ → CO2 + H2O

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MEDICINA

RESUMO - SEMANA 1

ALEITAMENTO MATERNO IMUNIZAÇÃO PARASITOSES INTESTINAIS DOENÇAS EXANTEMÁTICAS

Ketoly Pascoal Colati 11º Período

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VACINAÇÃO

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PARASITOSES INTESTINAIS e CUTÂNEAS NÃO PRESCREVER ALBENDAZOL EM MENORES DE 2 ANOS

PARASITOSES QUE FAZEM CICLO PULMONAR

CICLO DE LOSS

S A N T A

Strongyloides stercoralis Ancylostoma duodenale Necator americanus Toxocara canis Ascaris lumbricoides

Estrongiloidíase Ancilostomose “Amarelão” Ancilostomose Toxocaríase “larva migrans visceral” Lombriga

AMEBÍASE Agente etiológico: Entamoeba hystolitica. Período de incubação: 2 a 6 semanas. Contágio: ingestão de água e alimentos contaminados com CISTOS vindos das fezes. O protozoário invade a mucosa colônica. Habitat: Intestino Grosso QUADRO CLÍNICO: 90% assintomáticos. Invasão da mucosa intestinal: COLITE AMEBIANA. Disseminação pela corrente sanguínea: abscesso hepático, abcesso pulmonar, abcesso cerebral. Forma Intestinal - colite, principalmente em ceco e sigmoide: FORMA AGUDA OU DISENTERIA AMEBIANA Diarreia mucossanguinolenta (10-12 dejeções/dia) Náuseas e vômitos Tenesmo Cólicas abdominais intensas Grave (colite amebiana fulminante): ↑↑↑ febre, leucocitose, perfuração intestinal; Megacólon tóxico (dilatação intensa).

FORMA CRÔNICA (INCOMUM) Intermitente Desconforto abdominal Irregularidade do hábito intestinal

AMEBOMA (RARO) Granuloma de parede intestinal ↓↓↓ lúmen intestinal Massa papável

Forma Extraintestinal: • Abscesso hepático (mais comum): manifesta-se de forma aguda (< 10 dias) com dor em hipocôndrio direito, hepatomegalia, febre, sudorese noturna e SINAL DE TORRES-HOMEM POSITIVO (Dor à percussão do gradil costal sobre o hipocôndrio direito). Laboratório: leucocitose neutrofílica importante (20.000 a 30.000) e aumento das enzimas hepáticas. o No conteúdo do abcesso hepático, encontram‐se fragmentos proteicos acelulares, tipo “pasta de anchovas”, que correspondem a hepatócitos destruídos pelos trofozoítos. o Diagnóstico: USG ou TC + sorologia antiameba = ABCESSO HEPÁTICO o Tratamento: ATB (Metronidazol) + Drenagem (Raro) DIAGNÓSTICO DA AMEBÍASE: EPF - Pesquisa de trofozoítas ou cistos nas fezes (FAUST / MIF= 3 amostras consecutivas). o Trofozoítos com hemácias fagocitadasm no exame a fresco é PATOGNOMÔNICO Sorologia (ELISA) e pesquisa de antígenos fecais de ameba. Colonoscopia com escovado e/ou biópsia da mucosa. TRATAMENTO DA AMEBÍASE: Metronidazol suspensão 40 mg/ml: 30 mg/Kg/dia, VO de 8/8h durante 7 dias. Secnidazol suspensão 30mg/ml: 30mg/kg/dia, VO, dose única. Dose máxima de 2g.

#KetResumos ASCARIDÍASE Agente etiológico: Ascaris lumbricoides. Faixa etária mais acometida: 2 a 10 anos. Contágio: Ingestão de ovos (alimentos ou água contaminados) ou pelo contato das mãos com o solo contaminado. Verminose mais prevalente no mundo. Relacionada a saneamento básico e baixos níveis socioeconômicos. CICLO PULMONAR DE LOSS: LARVAS NO ESTÔMAGO → PENETRAM A MUCOSA → CORRENTE SANGUÍNEA → PULMÃO / ALVÉOLOS → MATURAÇÃO → ASCENDEM A ÁRVORE TRAQUEOBRÔNQUIVA → DEGLUTIDAS → ESTÔMAGO → INTESTINO DELGADO. QUADRO CLÍNICO: Maioria assintomático. SÍNDROME DE LÖEFFLER (pneumonia eosinofílica): o Tosse seca // Broncoespasmo // Febre baixa; o Infiltrados intersticiais migratórios e múltiplos. o Eosinofilia (10 a 30%) Dor abdominal, diarreia, náuseas e anorexia. Obstrução intestinal (valva ileocecal) – “Bolo de áscaris” em 40% Invasão da árvore biliar o Cólica biliar // Icterícia (Colangite ascendente) // Pancreatite. DIAGNÓSTICO: Identificação dos ovos nas fezes: o Métodos de sedimentação de LUTZ ou de HOFFMAN: para ovos inférteis; o Métodos de suspensão (como o de FAUST): para ovos férteis. Exames radiológicos do tipo baritados (CPER) podem revelar imagens de “falhas de enchimento” patognomônicas de ascaridíase. Laboratorial: Eosinofilia no sangue periférico TRATAMENTO: Formas não complicadas (não usar nas formas complicadas): o Albendazol suspensão 40mg/ml: 10 ml (400mg), VO, dose única, quando > 2 anos; o Mebendazol suspensão 20mg/ml: 5 ml (100mg), VO, de 12/12h, por 03 dias e repete em 14 dias. Formas complicadas (Obstrução intestinal): o SNG + Jejum + hidratação; o Citrato de piperazina: 50-100 mg/kg/dia (máx. 3,5g), VO, durante 2 dias. Imobiliza o sistema muscular do verme. o Óleo mineral 40 a 60 ml/dia; o Antiespasmódico o Após eliminação: mebendazol 100 mg, VO, de 12h/12h durante 3 dias.

ANCILOSTOMÍASE Agentes etiológicos: Necator americanus e Ancylostoma duodenale. Contágio: Contato com solo contaminado e ingestão de água e alimentos contaminados. QUADRO CLÍNICO: Maioria assintomático. Quadro gastrointestinal agudo: náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal e flatulência. ENTERITE CATARRAL. Quadro crônico expoliativo: ANEMIA FERROPRIVA (HIPO/MICRO), hipoalbuminemia, desnutrição proteica, anasarca, eventual síndrome disabsortiva e prejuízo no desenvolvimento físico e mental das crianças (hiperinfestação). Eosinofilia leve a moderada. Erupções maculopapulares eritematosas e pruriginosas. SÍNDROME DE LÖEFFLER. DIAGNÓSTICO: Achado de ovos no EPF: o Métodos de Lutz, Willis ou Faust; o Contagem de ovos pelo Kato-Katz. *Quando as fezes não são frescas, pode haver liberação pelos ovos das larvas rabditoides (semelhantes aos do Strongyloides). • Achados laboratoriais: anemia ferropriva + hipoalbuminemia + eosinofilia. TRATAMENTO: É indicado para todas as pessoas infectadas da família ou para todos os grupos comunitários para interromper o ciclo de transmissão. Albendazol suspensão 40mg/ml: 10 ml (400mg), VO em dose única. Mebendazol suspensão 20mg/ml – 5 ml (100mg) de 12/12h por 03 dias e repete em 14 dias Controle de cura com EPF após 7°, 14° e 21° dias após o término do tratamento!!!

#KetResumos GIARDÍASE Agente etiológico (protozoário): Giardia lamblia. Período de incubação: 1 a 4 semanas. Contágio: ingestão de água não filtrada e alimentos não cozidos contaminados. A transmissão interpessoal (anal-oral) é comum em creches. A cloração da água não mata os cistos, somente a filtração e a fervura. Local de infecção: duodeno e jejuno proximal. CISTO E TROFOZOITO → ATAPETAMENTO DO DELGADO = SÍNDROME DA MÁ ABSORÇÃO QUADRO CLÍNICO: Maioria assintomática. Não é invasiva. Os trofozoítas são capazes de atapetar o delgado (duodeno e jejuno proximal). Forma aguda (enterite aguda): diarreia e dor abdominal (tipo cólica). Forma crônica (recidivante): o Esteatorreia (↓ vit. A, D, E, K, B12, FOLATO); o Fadiga e anemia o Anorexia e ↓ peso; o Flatulência e distensão abdominal; Síndrome disabsortiva. Giardíase Grave pode ocorrer em pacientes com hipogamaglobulinemia por IgA e AIDS DIAGNÓSTICO: EPF - Identificação de cistos/trofozoítas no exame direto das fezes pelo método Faust (3 amostras consecutivas). Identificação de trofozoítas no fluido do aspirado duodenal. TRATAMENTO: Metronidazol suspensão 40 mg/ml: 30 mg/Kg/dia, VO de 8h/8h durante 7 dias. Albendazol suspensão 40mg/ml: 10 ml (400mg), VO durante 5 dias. Tinidazol Suspensão 100mg/ml: 50mg/kg/dia, dose única Secnidazol suspensão 30mg/ml: 30mg/kg/dia, VO, dose única. Dose máxima de 2g.

ESTRONGILOIDÍASE Agente etiológico: Strongyloides stercoralis. Contágio: Solo contaminado. QUADRO CLÍNICO: Assintomático; Sintomas digestivos altos (duodenojejunite): dor epigástrica (surda ou em queimação), que piora com a ingestão de alimentos (Simula úlcera péptica duodenal/epigastralgia); diarreia; desconforto abdominal; mal-estar; pirose; sonolência; náuseas e eventualmente vômitos. Síndrome disabsortiva: esteatorreia, hipoalmbuminemia e anasarca (duodenojejunite e atrofia das vilosidades). Manifestações dermatológicas (90%): lesões urticariformes ou maculopapulares periódicas. o LARVA CURRENS: lesão característica, extremamente pruriginosa. Tem aspecto linear e serpentiforme. Geralmente em nádegas, períneo, virilha, tronco e coxa proximal. Estrongiloidíase disseminada (Quadro Grave): o Fatores de risco: uso de altas doses de corticoide, desnutrição, etilismo e neoplasia (imunodeficientes); o Alta capacidade de invasão parasitária: SNC, Fígado, Peritônio e rins o Febre, dor abdominal, anorexia, náuseas, vômitos e diarreia que evolui com piora da febre, leucocitose neutrofílica com desvio à esquerda, sinais de peritonite, meningite e sintomas respiratórios. o As larvas carreiam Gram-negativos entéricos (risco de sepse). DIAGNÓSTICO: EPF - Achado das larvas rabditoides no EPF (método de Baermann-Moraes); Achado das larvas no aspirado duodenal; Testes Sorológicos TRATAMENTO: É indicado para todos os membros infectados da família ou para todos os membros de grupos comunitários para interromper o ciclo de transmissão. Não complicadas: o Ivermectina (6mg) – ½ comp. em 15 kg e mais ½ comp. a cada 10kg. Máximo de 2 comprimidos. o Albendazol suspensão 40mg/ml: 10 ml (400mg), VO dose única. o Tiabendazol suspensão 50mg/ml: 25-50mg/kg/dia (máx. 3g/dia), VO, de 12/12h durante 3 dias. Graves ou disseminadas: o Tiabendazol suspensão 50mg/ml: 25-50 mg/kg/dia (máx. 3g/dia), VO ou via enteral, de 8/8h, por 10 dias. O controle de cura se faz com três EPF no 7°, 14°, 21° dias após o término do tratamento!!!

#KetResumos TRICURÍASE Agente etiológico: Trichuris trichiura. CICLO: ser humano adquire os ovos através de água e alimentos contaminados → Intestino Grosso → ceco e cólon ascendente. QUADRO CLÍNICO: Assintomático. Dor em FID associada à síndrome disentérica (colite + enterorragia). PROLAPSO RETAL em crianças intensamente parasitadas (hipotonia esfincteriana devido a diarreia + tensão retal + peristalse sobre a mucosa inflamada). DIAGNÓSTICO: EPF (3 amostras – Lutz, Faust e Kato-Katz) – ovos com formato inconfundível de barril. TRATAMENTO: Mebendazol suspensão 20mg/ml – 5 ml (100mg) de 12/12h por 03 dias; Albendazol suspensão 40mg/ml: 10 ml (400mg), VO em dose única.

TENÍASE Agente etiológico: Taenia solium (porco) e Taenia saginata (vaca). Contaminação: Ingestão de carne contaminada. CICLO: Ingestão de carne infectada (boi – T. saginata; porco- T. solium) com cisticercos → verme adulto no intestino → ovos e proglotes (segmentos do parasita) nas fezes → boi e porco contaminados → cisticerco no músculo. ***** Homem é o hospedeiro definitivo (contém o verme adulto). QUADRO CLÍNICO: Assintomático; Dor abdominal, náuseas, vômitos, perda ponderal e fraqueza; Podem ser observados proglotes nas fezes. Teníase saginata é mais sintomática que teníase solium. DIAGNÓSTICO: Método de Tamização fecal - Detecção de ovos ou proglotes nas fezes. Método de Graham ou de Hall - procura de ovos na região perianal TRATAMENTO: Praziquantel (comp. 150 ou 500mg): 10 a 20 mg/kg (máx. 600mg), VO, dose única. Mebendazol suspensão 20mg/ml – 5 ml (100mg) de 12/12h durante 03 dias; Albendazol suspensão 40mg/ml: 10mg/kg/dia, máxima de 400 mg/dia, VO durante 03 dias. Niclosamida comprimido mastigável: dose única o Adultos e crianças > 8 anos = 2g o Crianças de 2 a 8 anos = 1g o Crianças < 2 anos = 0,5g

CISTICERCOSE Agente etiológico: Taenia solium. Contaminação: ingestão de carne de porco. CICLO: homem (hospedeiro intermediário), ingere ovos e proglotes → cisticercos disseminados no SNC, músculo, olhos, etc... QUADRO CLÍNICO – depende do órgão acometido Neurocisticercose: o Crises convulsivas; o Hidrocefalia por obstrução do fluxo de LCR; o Hipertensão intracraniana; o Meningite crônica; o Acidentes vasculares encefálicos. DIAGNÓSTICO: Na maioria das vezes o diagnóstico de certeza não é possível. Neurocisticercose: clínica + neuroimagem (escólex na TC) + testes sorológicos + LCR (pleocitose, eosinofilorraquia e positividade para reação de complemento) + história de exposição. TRATAMENTO: Praziquantel (comp. 150 ou 500mg): 50 a 60 mg/kg/dia, durante 21 dias + dexametasona Albendazol suspensão 40mg/ml: 15 mg/kg/dia, durante 30 dias + metilprednisona. Se necessário associar anticonvulsivantes (fenitoína ou diazepam).

#KetResumos TOXOCARÍASE Agente etiológico: Toxocara canis. Hospedeiro definitivo: cão. Típica de crianças entre 1 e 5 anos. Contaminação: Via oral e solo contaminado ***** Não completa o ciclo em humanos QUADRO CLÍNICO: Assintomáticos Maioria Autolimitado Cargas parasitárias elevadas: febre, adinamia, irritabilidade, hepatomegalia, rash cutâneo pruriginoso e convulsões. SÍNDROME DE LÖEFFLER Larva migrans ocular: redução da acuidade visual e estrabismo. Larva migrans visceral Não há quadro abdominal e sim uma invasão em diversos órgão: Fígado, coração, SNC, tecido ocular... DIAGNÓSTICO: Alterações laboratoriais: leucocitose à custa de eosinofilia; hipergamaglobulinemia (IgG, IgM e IgE). o ↑↑↑ Eosinofilia – Leuco: 30.000-100.000 (reação toxicoinflamatória) Método padrão-ouro: biópsia. Sorologia (ELISA). Não há postura de ovos ou larvas, não faz EPF (negativo). TRATAMENTO: Albendazol suspensão 40mg/ml: 10 ml (400mg), VO, VO durante 5 dias; Mebendazol suspensão 20mg/ml: 100 mg de 12h/12h, VO durante 5 dias. Corticoides sistêmicos: insuficiência respiratória, edema cerebral ou disfunção miocárdica (Casos Graves). o Prednisona: 1mg/kg/dia durante 2 a 4 semanas Toxocaríase ocular: albendazol + corticoide tópico ou sistêmico.

ENTEROBÍASE (OXIURÍASE) Agente etiológico: Enterobius vermiculares. Não respeita classe social. Ciclo Evolutivo: Vivem no intestino grosso (ceco) e as fêmeas grávidas “caem” para a região do tegumento anal, onde liberam os ovos. Transmissão: fecal-oral (autoinfestação). Parasitam o intestino grosso e migram para a região anal, onde liberam seus ovos. QUADRO CLÍNICO: PRURIDO ANAL (principalmente noturno). Dermatite perianal Dor em quadrante inferior direito Vômitos, dores abdominais, tenesmo e fezes sanguinolentas. Sexo feminino: prurido e corrimento vaginal. DIAGNÓSTICO: Método de Hall (swab anal) Método de Graham (fita gomada). TRATAMENTO: Albendazol suspensão 40mg/ml: 10 ml (400mg), VO em dose única OU o Albendazol comprimido 400mg: 1 comprimido, VO em dose única Mebendazol suspensão 20mg/ml: 5ml (100mg), VO, de 12/12h durante 3 dias. o Mebendazol comprimido 100mg: 1 comprimido, VO, de 12/12h durante 3 dias. Pirvínio suspensão 10mg/ml – 10 mg/kg dose única OU o Pirvínio comprimido 100mg – 1 comprimido de 100mg a cada 10kg, dose única. (NÃO é a melhor opção)

#KetResumos ESQUISTOSSOMOSE Agente etiológico: Schistosoma mansoni. Contaminação: Banhos em lagoas contaminadas. O agente penetra na pele. CICLO: O verme adulto parasita o sistema venoso mesentérico (circulação porta) → postura de ovos no plexo venoso da junção retossigmoide → ovos nas fezes, ovos retidos nos pequenos vasos ou circula pelo sistema porta → ovos na água → miracídio → caramujo Biomphalaria → cercária → penetração na pele de humanos. O período de incubação é de um a dois meses. QUADRO CLÍNICO: Pode ser assintomático FORMA AGUDA o Dermatite cercariana (prurido do nadador): prurido seguido por erupção maculopapular pruriginosa (12-24 h depois da penetração da cercária, podendo durar por mais de 1 semana); o FEBRE DE KATAYAMA – reação imunológica após 4 a 8 semanas do contato inicial: febre alta, calafrios e sudorese; mal-estar, mialgias, cefaleia; hepatoesplenomegalia e microadenomegalia, anorexia, dor abdominal, diarreia e vômitos.  Laboratório: Eosinofilia em torno de 20 a 30%  Exame físico: dermatite, micropoliadenopatia e hepatoesplenomegalia. FORMA CRÔNICA (Presença de ovos maduros): o Formação de granulomas  Forma intestinal (ovos na mucosa intestinal): Quadro inespecífico de dor abdominal em cólica, anorexia, náuseas, vômitos, eructações e flatulência.  Forma hepatoesplênica (ovos retidos no espaço porta): Fibrose granulomatosa intra-hepática pré-sinusoidal (FIBROSE DE SYMMERS), que resulta na hipertensão porta e suas consequências, como formação de varizes de esôfago e esplenomegalia congestiva com hiperesplenismo.  Forma Pulmonar: Pela hipertensão porta, parte do sangue do sistema porta é desviado para o sistema cava, permitindo a disseminação de ovos para outros órgãos e tecidos. O principal é o sistema vascular pulmonar, levando a hipertensão vascular pulmonar. o Fenômenos Imunológicos:  Forma renal 15% (glomerulonefrite esquistossomótica): Ocorrência de reação antígeno-anticorpo leva a formação de imunocomplexos circulantes que se depositam nos vasos renais. DIAGNÓSTICO: Pesquisa de ovos nas fezes (Lutz e Kato-Katz). Biópsia de mucosa retal. TRATAMENTO: Praziquantel (comp. 150 ou 500mg): 60 mg/kg, em dose única (preferencial em todas as formas clínicas). o Não deve ser usado em gestantes; é excretado no leite materno (72 horas) o Contraindicado na insuficiência renal, hepática e cardíaca graves e na forma hepatointestinal descompensada. Oxamniquina suspensão 50mg/ml: 20 mg/kg, em dose única (adultos: 15 mg/kg em dose única). OU o Oxamniquina comprimido 250mg: 20 mg/kg, em dose única (adultos: 15 mg/kg em dose única).  Contraindicado em grávidas, lactantes, crianças < 2 anos, na insuficiência renal, hepática e cardíaca descompensadas e na hipertensão porta descompensada; não deve ser usado em pessoas com epilepsia. Controle de cura feito com EPF mensal, por seis meses consecutivos, após o tratamento, devendo-se fazer biópsia retal no 6º mês pós- tratamento!!!

#KetResumos LARVA MIGRANS CUTÂNEA Agente etiológico: Ancylostoma braziliense ou Ancylostoma caninum. ***** Bicho Geográfico. CICLO: Animais infectados pelos helmintos eliminam os ovos do parasita nas fezes. As fezes contaminadas quando em contato com um solo quente, úmido e arenoso eclodem, liberando as larvas. No solo, as larvas se alimentam de bactérias, e ao longo de 5 a 10 dias, passam por duas fases evolutivas até se tornarem aptas a infectar humanos ou outros animais. A contaminação do homem se dá quando há um contato da pele com o solo contaminado por larvas. Transmissão: Causada pelas larvas de parasitas que vivem nos intestinos de cães e gatos QUADRO CLÍNICO: Penetração das larvas (pode passar despercebido) → pápula (um ponto com relevo de mais ou menos 1 cm de diâmetro) avermelhado e pruriginoso → Após 2 a 3 dias da invasão, surgem os pequenos túneis causados pela migração do verme por baixo da pele. Cada invasão origina um túnel → Lesões são discretamente elevadas, serpiginosas, marrom-avermelhadas e provocam muita COCEIRA. Os túneis avançam cerca de 2 a 5 cm por dia. A duração do processo é variável podendo curar-se espontaneamente ao fim de 2 semanas ou durar meses. A larva migrans quando desaparece espontaneamente, sem tratamento, pode reaparecer semanas ou meses depois. DIAGNÓSTICO: Clínico TRATAMENTO: EM POUCAS LESÕES (< 5): Tiabendazol 5% pomada – Aplicar na lesão 2 vezes ao dia durante 14 dias OU Albendazol (suspensão 40mg/ml OU Comp. 400mg): 10 ml (400mg), VO em dose única. Repetir após 7 dias. (> de 2 anos) LESÕES DISSEMINADAS Tiabendazol suspensão 50mg/ml: 25-50 mg/kg/dia (máx. 3g/dia), VO de 12/12h, durante 5 dias. OU Albendazol (suspensão 40mg/ml OU Comp. 400mg): 10 ml (400mg), VO 1x/dia durante 3 dias. OU Ivermectina 200mcg/kg em dose única (Crianças acima de 5 anos e > de 15 kg).

ESCABIOSE Agente etiológico: Sarcoptes Scabei. Ciclo Evolutivo: As fêmeas penetram na epiderme e depositam seus ovos, estes se tornam parasitas adultos em 2 semanas. Transmissão: Contato com pessoas infectada, roupas e/ou outros objetos. QUADRO CLÍNICO: Pápulas eritematosas, vesículas, nódulos Prurido intenso, principalmente a noite Pode ocorrer crostas melicéricas (cor de mel) e pústulas decorrentes de infecção secundária. DIAGNÓSTICO: Clínico Identificação do parasita ou de seus ovos na avaliação microscópica. TRATAMENTO: Todas as pessoas da casa devem ser tratadas, independente se possuem sintomatologia. Orientar a lavagem de todas as roupas e exposição ao sol. Monossulfiram (Tetmosol) solução - Diluir uma parte de Tetmosol Solução em três partes iguais de água. Após o banho, secar o corpo e aplicar a solução nas áreas afetadas deixando-a secar naturalmente, em seguida o paciente pode se vestir. Em alguns casos este procedimento pode ser repetido sucessivamente por dois ou três dias SE CRIANÇAS > 2 MESES Loção de permetrina a 5% - Aplicar (poupar boca e olhos) após o banho 1x/dia à noite, deixar agir durante 8 a 12 horas e enxaguar. Reaplicar após 7 dias. OU Deltametrina loção a 20mg/100ml – Aplicar 1x/dia durante 5 dias. SE CRIANÇAS MAIORES DE 5 ANOS E > 15kg associar: Ivermectina 6mg: 200mcg/kg VO em dose única. Repetir após 7 dias.

#KetResumos AGENTE Entamoeba histolytica Giardia lamblia Ascaris lumbricoides Necator americanus e Ancylostoma duodenale Trichuris trichiura Toxocara canis e catis Taenia saginata e Taenia solium Schistosoma mansoni Strongyloides stercoralis Sarcoptes scabiei Enterobius vermiculares Ancylostoma (braziliensis e caninum)

DOENÇA AMEBÍASE GIARDÍASE ASCARIDÍASE ANCISLOTOMÍASE TRICURÍASE TOXOCARÍASE TENÍASE / CISTICERCOSE ESQUISTOSSOMOSE ESTRONGILOIDÍASE ESCABIOSE ENTEROBÍASE / OXIURÍASE LARVA MIGRANS

DOENÇA AMEBÍASE // GIADÍASE

TRATAMENTO Metronidazol suspensão 40 mg/ml: 30 mg/Kg/dia, VO de 8/8h por 7 dias.

ASCARIDÍASE TRICURÍASE ANCILOSTOMÍASE TOXOCARÍASE *** ENTEROBÍASE/OXIURÍASE

Mebendazol suspensão 20mg/ml: 5 ml (100mg), VO, de 12/12h, por 03 dias. Repetir em 14 dias. Albendazol Suspensão 40mg/ml: 10ml (400mg), VO dose única.

TENÍASE / CISTICERCOSE ESQUISTOSSOMOSE

Praziquantel (comp. 150 ou 500mg): 10 a 20mg/kg, dose única. (TENÍASE) Praziquantel (comp. 150 ou 500mg): 50 a 60 mg/kg, dose única. (CISTICERCOSE / ESQUISTOSSOMOSE)

ESTRONDILOIDÍASE ESCABIOSE PEDICULOSE LARVA MIGRANS

Ivermectina 6mg - ½ comp. para crianças > 15kg. A cada 10 kg, adicionar ½ comp. Máx. de 2 comp.

LARVA MIGRANS CUTÂNEA

Tiabendazol 5% pomada – Aplicar na lesão 2 vezes ao dia durante 14 dias Tiabendazol suspensão 50mg/ml: 25-50 mg/kg/dia (máx. 3g/dia), VO de 12/12h, por 5 dias.

DOENÇA AMEBÍASE

TRATAMENTO Metronidazol suspensão 40 mg/ml: 30 mg/Kg/dia, VO de 8/8h por 7 dias. Secnidazol suspensão 30mg/ml: 30mg/kg/dia, VO, dose única

GIADÍASE

Metronidazol suspensão 40 mg/ml: 30 mg/Kg/dia VO de 8/8h por 7 dias. Albendazol Suspensão 40mg/ml: 10ml (400mg) 1x/dia, VO por 5 dias.

ASCARIDÍASE

Mebendazol suspensão 20mg/ml: 5 ml (100mg), VO, de 12/12h, por 03 dias. Repetir em 14 dias. Albendazol Suspensão 40mg/ml: 10ml (400mg), VO dose única.

ANCILOSTOMÍASE

Mebendazol suspensão 20mg/ml: 5 ml (100mg), VO, de 12/12h, por 03 dias. Repetir em 14 dias. Albendazol Suspensão 40mg/ml: 10ml (400mg), VO dose única.

TRICURÍASE

Mebendazol suspensão 20mg/ml: 5 ml (100mg), VO, de 12/12h, por 03 dias. Repetir em 14 dias. Albendazol Suspensão 40mg/ml: 10ml (400mg), VO dose única.

TOXOCARÍASE

Mebendazol suspensão 20mg/ml: 100 a 200 mg de 12h/12h, VO durante 5 dias. Repetir em 14 dias. Albendazol Suspensão 40mg/ml: 10ml (400mg)/dia, VO durante 5 dias.

ENTEROBÍASE/OXIURÍASE

Mebendazol suspensão 20mg/ml: 100 a 200 mg de 12h/12h, VO durante 5 dias. Repetir em 14 dias. Albendazol Suspensão 40mg/ml: 10ml (400mg) 2x/dia, VO durante 5 dias. Pirvínio (susp. 10mg/ml ou Comp. 100mg) – 10 mg/kg OU 1 comp. de 100mg a cada 10kg, dose única.

TENÍASE / CISTICERCOSE

Praziquantel (comp. 150 ou 500mg): 10 a 20mg/kg, em dose única. (TENÍASE) Praziquantel (comp. 150 ou 500mg): 50 a 60 mg/kg, em dose única. (CISTICERCOSE)

ESQUISTOSSOMOSE

Praziquantel (comp. 150 ou 500mg): 60 mg/kg, em dose única.

ESTRONDILOIDÍASE

Ivermectina 6mg - ½ comp. para crianças > 15kg. A cada 10 kg, adicionar ½ comp. Máx. de 2 comp. Tiabendazol suspensão 50mg/ml: 25mg/kg/dia (máx. 3g/dia), VO, de 12/12h por 3 dias.

ESCABIOSE PEDICULOSE

Ivermectina 6mg - ½ comp. para crianças > 15kg. A cada 10 kg, adicionar ½ comp. Máx. de 2 comp. Monossulfiram (Tetmosol) solução (Apenas escabiose)

LARVA MIGRANS CUTÂNEA

Tiabendazol 5% pomada – Aplicar na lesão 2 vezes ao dia durante 14 dias Tiabendazol suspensão 50mg/ml: 25-50 mg/kg/dia (máx. 3g/dia), VO de 12/12h, por 5 dias.

*** Período de posologia diferente

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DOENÇAS EXANTEMATICAS INTRODUÇÃO CAUSA VIRAL SARAMPO RUBÉOLA VARICELA – Varicela Zoster ERITEMA INFECCIOSO – Parvovírus B19 EXANTEMA SÚBITO – Herpes vírus humano tipo 6 e 7 MONONUCLEOSE INFECCIOSA – Epstein Barr

CAUSA BACTERIANA ESCARLATINA – Estreptococo beta hemolítico do grupo A CAUSA REUMATOLÓGICA DOENÇA DE KAWASAKI

SARAMPO ETIOLOGIA - Vírus Paramyxovirus, subgrupo Morbillivirus, vírus RNA não muito resistente fora do organismo. EPIDEMIOLOGIA - Doença extremamente contagiosa. Transmissão por via respiratória (Gotículas de ar). Período de incubação de 1 a 3 semanas QUADRO CLÍNICO Febre baixa inicialmente → ↑da febre → Exantema →↓diminuição da febre. Coriza Tosse Conjuntivite + Fotofobia MANCHAS DE KLOPK – Enantema oral (Específico do sarampo). DESCAMAÇÃO FURFURÁCEA EXANTEMA Maculopapular Morbiliforme Distribuição crânio (Fronte – retroauricular – nuca) → caudal (Progressão lenta) COMPLICAÇÕES Otite média (Mais comum). Pneumonia (Mais mata) TRATAMENTO Sintomático (Pode intercalar um antitérmico com um anti-inflamatório) o Dipirona gotas 500mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre. o Paracetamol gotas 200mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre o Ibuprofeno gotas 100mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre. Vitamina A no 1º e no 2º dia após o diagnóstico o Dose: de 6 a 12 meses, 100.000UI VO em dose única, e maiores de 12 meses, 200.000UI também em dose única. PROFILAXIA Imunização – 12 MESES (Tríplice viral) e 15 MESES (Tetra viral) PÓS CONTATO (Pacientes não imunizados): Vacinar contactantes em até 72 horas e gamaglobulina até 6 dias após a exposição na dose de 0,25mL/kg IM em pacientes de risco (< 6 meses e grávidas), dobrando a dose nos imunodeprimidos. Essa vacina não entra no calendário vacinal.

RUBÉOLA ETIOLOGIA - Togavírus. EPIDEMIOLOGIA - Período de incubação de 1 a 3 semanas QUADRO CLÍNICO Febre baixa Coriza branda Conjuntivite branda LINFADENOPATIA – Retroauricular, occipital, cervical posterior. SINAL DE FORCHHEIMER (Não é específico) – Pode ocorrer na escarlatina, na faringotonsilite estreptocócica. EXANTEMA Rubeoliforme (Maculopapular) – Rosa bebe. Distribuição crânio → caudal (Progressão rápida)

#KetResumos COMPLICAÇÕES Artropatia – principalmente em pequenas articulações. Prescrever AINES Encefalite (1/6.000 casos) com mortalidade de 20%. Entre os sobreviventes, sequelas são incomuns. Púrpura trombocitopênica (1/3.000 casos) é outra complicação possível. SÍNDROME DA RUBÉOLA CONGÊNITA – GRAVE!!! o Mãe não imunizada entra em contato com vírus até a 16ª semana de gestação = MÁ FORMAÇÃO FETAL (Surdez, catarata, má formação cardíaca) o NÃO tem profilaxia caso ocorra o contato. TRATAMENTO Sintomático (Pode intercalar um antitérmico com um anti-inflamatório) o Dipirona gotas 500mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre. o Paracetamol gotas 200mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre o Ibuprofeno gotas 100mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre. PROFILAXIA Imunização – 12 MESES (Tríplice viral) e 15 MESES (Tetra viral)

VARICELA ZÓSTER ETIOLOGIA – Vírus Varicela Zoster. EPIDEMIOLOGIA – Primoinfecção = Varicela. Vírus permanece latente no organismo → Reativação → Herpes Zoster. Período de incubação de 2 semanas. QUADRO CLÍNICO Febre PRURIDO INTENSO Sintomas inespecíficos EXANTEMA VESICULAR / PLEOMORFISMO = Mácula → pápula → vesícula → pústula → crosta Progressão centrífuga e Distribuição centrípeta (lesões no centro do corpo) Acomete mucosas (oral, vaginal, conjuntiva dos olhos) COMPLICAÇÕES Infecção secundária de pelo (IMPETIGO) Varicela progressiva (GRAVE) – Geralmente em imunocomprometido. o Lesões com sangue em seu interior. Pode atingir órgãos internos VARICELA CONGÊNITA (< 20 semanas de gestação) - Má formação de membros, principalmente MMII Ataxia Cerebelar Encefalite Fasciite necrosante (Streptococcus beta-hemolítico do grupo A); Síndrome de Reye; Pneumonia; Hepatite; Herpes-zóster; TRATAMENTO Sintomático (Pode intercalar um antitérmico com um anti-inflamatório) o Dipirona gotas 500mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre. o Paracetamol gotas 200mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre o Ibuprofeno gotas 100mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre. Anti histamínico – Hidroxizine 2mg/ml: Dar 0,5ml/kg/dose de 8/8h durante 7 dias. Banhos com permanganato de potássio ATB – Em caso de infecção secundária de pele (Streptococcus pyogenes ou Staphylococcus aureus) o Cefalexina 250mg/ml: Dar 50 a 100mg/kg/dia de 6/6h durante 7 dias. ANTIVIRAL (Aciclovir) – Indicação: o ACICLOVIR VIA ORAL:  Adolescentes maiores que 12 anos  Crianças menores que 12 anos que tenham doença cutânea crônica, doença pulmonar Crônica, uso de corticoides inalatórios ou sistêmicos em doses NÃO imunossupressoras  Uso crônico de AAS  2º caso na família.

#KetResumos o

ACICLOVIR VIA PARENTERAL:  Imunocomprometidos  Uso de corticoide sistêmico em dose imunossupressora  Mulheres grávidas  Sinais de acometimento sistêmico de infecção (Pneumonia, Hepatite, Trombocitopenia, Encefalite)

PROFILAXIA Imunização – 15 MESES (Tetra viral) e 4 anos. PÓS CONTATO o Vacinar em até 5 dias após o contato o Imunoglobulina específica (VZIg) em até 4 dias após o contato. (imunocomprometidos, RN de mãe que apresentou varicela 5 dias antes ou 48 horas após o parto, grávidas)

EXANTEMA SÚBITO OU ROSÉOLA INFANTIL ETIOLOGIA – Hérpes Vírus Humano tipo 6 (+ comum) e 7. EPIDEMIOLOGIA – Primoinfecção = Exantema Súbito. Contaminação pela saliva. Não atinge menores de 6 meses pela imunidade da mãe. 6 meses a 24 meses QUADRO CLÍNICO Febre alta (39 a 40ºC) durante 3 dias → cessa a febre → Exantema. Criança em bom estado geral Sintomas inespecíficos EXANTEMA Maculopapular Rubeoliforme Progressão centrífuga

FARMACODERMIA POR ATB (Diagnóstico diferencial) Exantema urticariforme (MUITO pruriginoso)

COMPLICAÇÕES - CONVULSÃO FEBRIL TRATAMENTO – NÃO FAZER ATB Sintomático (Pode intercalar um antitérmico com um anti-inflamatório) o Dipirona gotas 500mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre. o Paracetamol gotas 200mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre o Ibuprofeno gotas 100mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre. PROFILAXIA – Não há

ERITEMA INFECCIOSO ETIOLOGIA – Parvovírus B19. Possui trofismso pelos pré-eritroplastos, parando a produção de glóbulos vermelhos por 5 a 7 dias. EPIDEMIOLOGIA – 5 a 15 anos. QUADRO CLÍNICO Inespecífico ou inexistente Febre baixa. Astenia

TRIFÁSICO: FACE ESBOFETEADA + EXANTEMA RENDILHADO + RECIDIVA

EXANTEMA Distribuição crânio → caudal Ocorre em 3 fases (TRIFÁSICO): o 1ª FASE – FACE ESBOFETEADA (3 a 4 dias) o 2ª FASE – EXANTEMA RENDILHADO o 3ª FASE – Recidiva por estresse físico, calor, atividade física, etc... ***** Na fase exantemática não há disseminação do vírus. COMPLICAÇÕES Crise Aplásica – Principalmente em anemias hemolíticas (Anemia falciforme) Hidropsia Fetal (edema em 3 ou + compartimentos do feto) Artropatia em pequenas articulações SÍNDROME PAPULAR PURPÚRICA EM LUVAS E MÃOS – extremamente doloroso.

#KetResumos TRATAMENTO Sintomático (Pode intercalar um antitérmico com um anti-inflamatório) o Dipirona gotas 500mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre. o Paracetamol gotas 200mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre o Ibuprofeno gotas 100mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre. PROFILAXIA – NÃO HÁ

MONONUCLEOSE INFECCIOSA ETIOLOGIA – Vírus Epstein-Barr. Excretado nas secreções orais por mais de 6 meses após a infecção aguda (Doença do beijo). EPIDEMIOLOGIA – Até 5 anos. QUADRO CLÍNICO Quadro arrastado... Febre prolongada Mal estar / Cefaléia Mialgia SINAL DE HOAGLAND – edema palpebral Náuseas e dor abdominal ODINOFAGIA LINFANDENOPATIA GENERALIZADA ESPLENOMEGALIA HEPATOMEGALIA

TRÍADE DE HOAGLAND: 1. Faringite exsudativa 2. Linfadenopatia 3. Esplenomegalia.

EXANTEMA Ocorre em apenas 3 a 15% dos pacientes) Maculopapular AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR Hemograma o Leucocitose com 20 a 40% de linfócitos atípicos o Trombocitopenia Anticorpos Heterófilos específicos (VCA, EA, EBNA) COMPLICAÇÕES Ruptura esplênica Obstrução de Vias aéreas Sintomas neurológicos (Cefaléia, Convulsão, Ataxia cerebelar, Metamorfopsia – Alice no país das maravilhas, distorção visual dos objetos) TRATAMENTO Repouso Excluir atividade física por 1 mês pelo risco de ruptura esplênica Prednisolona 3mg/ml: Dar 1mg/kg/dia durante 10 dias. Sintomático (Pode intercalar um antitérmico com um anti-inflamatório) o Dipirona gotas 500mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre. o Paracetamol gotas 200mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre o Ibuprofeno gotas 100mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre. A prescrição inadequada de penicilina pode levar a uma vasculite imunomediada que ocasionará em exantema. PROFILAXIA – NÃO HÁ

ESCARLATINA ETIOLOGIA – Estreptococo beta hemolítico do grupo A (Estreptococo pyogenes). EPIDEMIOLOGIA – 5 a 15 anos. O paciente pode apresentar até 3 episódios de escarlatina na vida. A infecção pelo estreptococo pyogenes pode ocorrer em qualquer parte do corpo, mas o mais comum é na orofaringe. QUADRO CLÍNICO

FARINGOAMIGDALITE + EXANTEMA MICROPAPULAR (LIXA) + Febre alta LÍNGUA EM MORANGO + SINAL DE FILATOV + SINAL DE PASTIA Odinofagia (Faringoamigdalite) Língua “em framboesa” Descamação do tipo laminar em extremidades - Após 5-7 dias, inicia-se a descamação, que pode durar até 3 a 8 semanas.

#KetResumos EXANTEMA Micropapular (lixa) Distribuição crânio → caudal. Poupa as regiões palmares e plantares. o Sinal de Filatov - Palidez perioral contrasta com rubor de face. o Sinal de Pastia - Petéquias e linhas hiperpigmentadas na superfície flexora dos braços e nas raízes das coxas. COMPLICAÇÕES Febre Reumática GNPE TRATAMENTO Penicilina Benzatina 50.000 UI/kg IM em dose única Amoxicilina 250mg/ml – Dar 50mg/kg/dia de 8/8h durante 10 dias. Sintomático (Pode intercalar um antitérmico com um anti-inflamatório) o Dipirona gotas 500mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre. o Paracetamol gotas 200mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre o Ibuprofeno gotas 100mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre. PROFILAXIA – Não há

DOENÇA DE KAWASAKI ETIOLOGIA – Desconhecida. Provavelmente reumatológico. EPIDEMIOLOGIA – Não acomete < 6 meses e adultos. Vasculite de artérias de pequeno e médio calibre. Tropismo artéria coronária. QUADRO CLÍNICO FEBRE ALTA QUE DURA + DE 5 DIAS – SINAL OBRIGATÓRIO!!!!! (Mais 4 dos 5 sintomas a seguir): CONJUTIVITE NÃO EXUDATIVA BILATERAL. Região entre pálpebra e conjuntiva não está alterada ALTERAÇÃO DE LÁBIOS E CAVIDADE ORAL. Fissura labial, língua em morango vermelho. LINFOADENITE UNILATERAL > 1,5cm, geralmente em região cervical EXANTEMA POLIMORFO ALTERAÇÃO DE EXTREMIDADES. Hiperemia de mãos e pés, edema em dedos, DESCAMAÇÃO LAMINAR EXANTEMA - Polimorfo COMPLICAÇÕES - Aneurisma de artérias coronárias EXAMES COMPLEMENTARES VHS (MUITO ↑) Hemograma o Anemia o Leucocitose com aumento de neutrófilos (desvio a esquerda) o Trombocitose Ecodopplercardiograma. Fazer no diagnóstico → 2ª a 3ª semana após → Final da doença (VHS ↓) TRATAMENTO AAS comprimido 100mg: Dar 80 a 100mg de 6/6h até que o paciente esteja a 48h sem febre. Após reduzir a dose para 3 a 5mg 1x/dia. Imunoglobulina venosa 2g/kg em BIC por 12h. Pode repetir 1X caso não responda. Acompanhar FC e PA. Sintomático (Pode intercalar um antitérmico com um anti-inflamatório) o Dipirona gotas 500mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre. o Paracetamol gotas 200mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre o Ibuprofeno gotas 100mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre. PROFILAXIA – Não há

#KetResumos HERPANGINA ETIOLOGIA – Coxsakievírus. EPIDEMIOLOGIA – Não acomete < 6 meses e adultos. Vasculite de artérias de pequeno e médio calibre. Tropismo artéria coronária. QUADRO CLÍNICO FEBRE ALTA (até 41ºC) Disfagia Dor de garganta Sialorréia Irritabilidade Crianças maiores poderão apresentar dor abdominal e vômitos. EXAME FÍSICO - Pequenas úlceras e vesículas com halo eritematoso na região posterior da orofaringe: tonsilas, pilares, úvula e palato mole. TRATAMENTO Sintomático (Pode intercalar um antitérmico com um anti-inflamatório) o Dipirona gotas 500mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre. o Paracetamol gotas 200mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre o Ibuprofeno gotas 100mg/ml: Dar 1 gota/kg/dose de 6/6h se dor e/ou febre. PROFILAXIA – Não há A febre dura, em média, 1 a 4 dias, e o restante dos sintomas se resolve com 1 semana.

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MEDICINA

RESUMO - SEMANA 2

INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS ITU ICTERÍCIA NEONATAL DIARRÉIAS

Ketoly Pascoal Colati 11º Período

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IVAS DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO Dificuldade respiratória Tosse Otalgia Obstrução nasal Odinofagia Febre LOCALIZAÇÃO DO ACOMETIMENTO NA VIA AÉREA IVA SUPERIORES SEM taquipnéia SEM estridor

IVA INTERMEDIÁRIA SEM taquipnéia COM estridor

IVA INFERIORES COM taquipnéia SEM estridor

* Resfriado comum e suas complicações * Faringite aguda

* Epiglotite * Laringotraqueíte aguda

* Pneumonia por germes típicos, atípicos ou viral

ESTRIDOR: Ruído das vias de condução extra pleurais. Refere obstrução na laringe e estruturas periglóticas. TAQUIPNÉIA: Até 2 meses = FR ≥ 60 irpm 2 a 11 meses = FR ≥ 50 irpm 1 a 5 anos = FR ≥ 40 irpm FATORES DE MAIOR GRAVIDADE E MORTALIDADE PARA AS IVA AGUDAS Dificuldade e demora no acesso à assistência médica Aglomeração de pessoas Baixa cobertura vacinal Baixo nível socioeconômico Baixo peso ao nascer Desmame precoce Desnutrição RESFRIADO COMUM / RINOSSINUSITE → SEM ESTRIDOR / SEM TAQUIPNÉIA Infecção viral autolimitada da mucosa do trato respiratório superior com elevada frequência (6 a 8 episódios/ano). ETIOLOGIA: Rinovírus (200 tipos), Coronavírus, Influenza, Parainfluenza e VSR. TRANSMISSÃO: Aerossóis, gotículas e contato direto CLÍNICA: Dura cerca de 7 dias Coriza (hialina → mucopurulenta) Obstrução nasal Tosse predominantemente noturna (Gotejamento pós-nasal) Odinofagia (Dor de garganta) Febre baixa (< 01 ano pode ter febre alta) Sintomas gerais DIAGNÓSTICO: CLÍNICO! DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 1. RINITE ALÉRGICA Causada por alérgenos (Ambientais, animais). Paciente com face adenoideana, RONCOS NOTURNOS, respiração bucal e corneto hipertrófico. Tratamento: Budesonida (Noex): Aplicar 1 jato em cada narina à noite durante 3 meses. Se necessário, aumentar a dose para 12/12h. o até 02 anos = 32 mcg o 02 a 05 anos = 50 mcg o 05 a 10 anos = 64 mcg o Maior que 10 anos = 100 mcg Montelucaste (Piemonte): Dar 01 comprimidos, 1X/ dia, por 30 dias (Comp. mastigável) o 02 a 05 anos = 4mg o 05 anos em diante = 5mg 2. CORPO ESTRANHO: Obstrução nasal unilateral com secreção fétida e sanguinolenta 3. GRIPE: Doença sistêmica causada pelo vírus Influenza, caracterizada por febre alta, mialgias e prostração.

#KetResumos COMPLICAÇÕES: Otite média aguda (30%) Sinusite bacteriana aguda ( 5 a 13%) TRATAMENTO DO RESFRIADO SEM COMPLICAÇÕES: Hidratação Antipiréticos/ Analgésico: o Dipirona = 1 gota/ kg/ dose de 6/6 horas o Paracetamol = 1 gota/ kg/ dose de 6/6 horas o Ibuprofeno (100 mg/ml) = 1 gotas /kg/ dose de 6/6 horas o Não usar AAS pelo risco de desenvolvimento da síndrome de Reye (degeneração hepática / encefalopatia) Desobstrução nasal Evitar mucolíticos, anti – histamínicos e descongestionantes em < 6 anos PREVENÇÃO: Lavagem de mãos OTITE MÉDIA AGUDA Inflamação e infecção supurativa de início súbito na orelha média. ETIOLOGIA: Streptococcus pneumoniae (Pneumococo), Haemophilus influenzae (não tipavél) e Moraxella catarralis FATORES DE RISCO: Idade < 02 anos (Imaturidade Imunológica e Anatomia) Sexo masculino Perfil Socioeconômico Tabagismo Passivo FATORES PROTETORES: Aleitamento materno (reduz 13%) e Vacinação. QUADRO CLÍNICO: Otalgia Otorreia Hipoacusia Choro e Irritabilidade A febre pode estar ou não presente. OBS: Crianças mais novas = irritabilidade, choro, ato de coçar ou puxar o pavilhão auricular; DIAGNÓSTICO: Otoscopia Membrana Timpânica normal Transparente Coloração perolada Triângulo luminiso Levemente côncava Móvel à insuflação pneumática

Membrana Timpânica na OMA Abaulamento Hiperemia Opacidade Sem mobilidade à insuflação pneumática

TRATAMENTO Analgésicos + Antipiréticos Amoxicilina 50 mg/kg/dia de 8/8 horas por 10 dias. Amoxicilina 80-90 mg/kg/dia por 10 dias, se: < 2 anos, creches, uso recente de antibioticoterapia nos últimos 90 dias e áreas geográficas com maior risco de cepas resistentes. FALHA TERAPÊUTICA: Amoxicilina → amoxicilina + clavulanato (50 mg/kg/dia) → Ceftriaxona OMA + conjuntivite = Amoxicilina + clavulanato (50 mg/kg/dia) durante 10 dias. IDADE

OTORRÉIA COM OMA

SINTOMAS GRAVES

6 meses a 2 anos

Antibióticoterapia

Antibióticoterapia

≥ 2 anos

Antibióticoterapia

Antibióticoterapia

OMA BILATERAL (Sem otorréia) Antibióticoterapia

Antibióticoterapia OU Observação inicial SINTOMAS GRAVES: Otalgia moderada a grave, febre ≥ 39ºC ou otalgia por mais de 48h. Menores de 6 meses: Havendo suspeita de OMA o tratamento dedve ser instituído. COMPLICAÇÃO: Perfuração timpânica Otite média aguda recorrente (3x em 6meses ou 4x por ano) Labirintite;

OMA UNILATERAL (Sem otorréia) Antibióticoterapia OU Observação inicial Antibióticoterapia OU Observação inicial

#KetResumos Mastoidite Aguda o Otalgia, Hiperemia e edema da região retroauricular o Tratamento: Internação = Miringotomia e ATB parenteral SINUSITE AGUDA Inflamação da mucosa de um ou mais dos seios paranasais provocada por vírus ou bactérias. SINUSITES VIRAIS  Consequência direta dos resfriados comuns (resolução espontânea) SINUSITES BACTERIANAS  Mesmos agentes da OMA: Pneumococo, Influenza e Moraxela Obs: Sinusite bacteriana crônica (> 90 dias): H. Influenza, Estreptococos Alfa e beta-hemolíticos, M.Catarrhalis QUADRO CLÍNICO Resfriado arrastado → Quadro persiste por mais de 10 dias sem melhora dos sintomas (Congestão nasal, rinorreia e tosse diurna) “Quadro que piora”: Recorrência dos sintomas após melhora inicial ou novos sintomas de febre, secreção nasal e tosse diurna “Quadro grave” → Sintomas mais graves: Febre alta e rinorreia mucopurulenta por 03 ou mais dias consecutivos * Cefaleia não faz parte do quadro pois crianças até 07 anos não possuem seio frontal plenamente desenvolvido. DIAGNÓSTICO CLÍNICO. Não há indicação de solicitação de exames de imagem nos menores de 6 anos. Critérios Radiológicos de Sinusite (Radiografia simples e Tomografia): Espessamento mucoso (> 4 mm) Opacificação (velamento) do seio (comparar com o seio contralateral) Nível hidroaéreo TRATAMENTO Uso de antibioticoterapia é questionável! o Amoxicilina 45 a 50 mg/kg/dia (quadro não complicado) por até 7 dias após o desaparecimento do último sintoma; o Amoxicilina 90 a 100 mg/kg/dia (< 2 anos, crianças que frequentam creches e as que fizeram uso de antimicrobiano nos 90 dias anteriores). o Alérgicos à penicilina: cefalosporinas  Cefuroxima. Recomendação da AAP: antimicrobiano nos casos de apresentação grave os sintomas que pioram. Solução salina nasal COMPLICAÇÕES Celulite Orbitária Celulite Periorbitária Complicações intracranianas (meningite, abscesso, trombose do seio cavernoso). FARINGOTONSILITES AGUDAS → SEM ESTRIDOR / SEM TAQUIPNÉIA Processo inflamatório que acomete as membranas mucosas e estruturas subjacentes da garganta (Tonsilites, faringotonsilites e as nasofaringites). Podendo ser virais ou bacterianas ETIOLOGIA BACTERIANA - Estreptococo Beta-hemolítico grupo A (Streptococus Pyogenes) VIRAIS - Adenovírus, Epstein-Barr... QUADRO CLÍNICO Criança 5 a 15 anos início agudo com febre alta + odinofagia + exsudato amigdaliano. Além de queixas como dor abdominal e vômitos. Viral ocorre com crianças de 3 a 5 anos, quadro arrastado com tosse, coriza... DIAGNÓSTICO Clínica – Descrito no quadro clínico Exame físico (Oroscopia) - Hiperemia faríngea + amigdalite exsudativa* + petéquias no palato + adenomegalia cervical anterior dolorosa + febre alta Cultura da Orofaringe (Padrão ouro) ou Teste rápido - detecção da bactéria (sensibilidade de 90%) o Teste rápido - Menor sensibilidade e se for negativo, deve-se fazer a cultura. TRATAMENTO Analgésicos e antitérmicos Antibioticoterapia: o Penicilina G Benzatina 50.000 UI/kg: dose única, IM. o Amoxicilina: 50 mg/kg/dia - dose única diária por 10 dias o Ampicilina e a Penicilina V oral também podem ser prescritas. o Alérgicos à penicilina: Eritromicina ou Azitromicina (5 dias);

#KetResumos Tonsilectomia o Pacientes com 07 ou mais episódios no ano anterior o 05 ou mais por ano nos 02 anos anteriores o 03 ou mais por ano nos 03 anos anteriores COMPLICAÇÕES NÃO SUPURATIVAS: o GNPE (Glomerulonefrite pós-estreptocócica) o Febre reumática. SUPURATIVAS: o Abscesso periamigdaliano: Adolescentes e adultos jovens com disfagia, sialorréia e trismo.  Tratamento: Drenagem do abscesso + Antibioticoterapia (Clindamicina 30mg/kg/dia VO em 3 ou 4 doses) o Abcesso retrofaríngeo: Crianças menores de 5 anos com disfagia e torcicolo.  Tratamento: Internação + Antibioticoterapia parenteral (Ceftriaxone + Clindamicina) EPIGLOTITE → COM ESTRIDOR / SEM TAQUIPNÉIA Inflamação aguda da epiglote e tecidos supraglóticos adjacentes, doença grave e potencialmente fatal. Em crianças, o agente causal mais comum é o Haemophilus influenzae B, com faixa etária mais acometida entre 2 e 6 anos de idade. Pode também ser causada pelas seguintes bactérias: Streptococcus pyogenes, Staphylococcus aureus, Streptococcus. pneumoniae. Incidência reduzida pela imunização universal contra o principal agente. QUADRO CLÍNICO Quadro de evolução fulminante! Febre alta (39 a 40 °C); Odinofagia progressivamente mais intensa; Sialorreia; Prostração; Toxemia; Intensa disfagia; Acentuada dificuldade respiratória; Assume posição típica: ‘’posição do tripé’’. DIAGNÓSTICO Clínico! Sinal Radiológico: Sinal do polegar (Edema da Epligote) Laringoscopia: Visualização da epiglote edemaciada e cor vermelho-cereja TRATAMENTO: Conduta imediata: Garantir via aérea avançada Intubação orotraqueal ou traqueostomia Enquanto isso... o Manter a criança em posição confortável, no colo dos pais o Não agitar a criança – exames não solicitar o Oferecer oxigênio desde que isso não agite mais a criança GARANTIDA PERMEABILIDADE AÉREA: cultura de esfregaço supraglótico, hemocultura e ATB Antibioticoterapia venosa - 7 a 10 dias o Ceftriaxone: EV, 50 a 100 mg/kg/dia (frasco-ampola 250, 500, 1000, 2000 mg/50ml) PREVENÇÃO: Vacina Hib (2,4,6 meses - pentavalente) LARINGOTRAQUEÍTE VIRAL (CRUPE VIRAL) → COM ESTRIDOR / SEM TAQUIPNÉIA Processo inflamatório que envolve as pregas vocais e as estruturas infraglóticas. Acomete criança entre 3 meses e 5 anos ETIOLOGIA Vírus parainfluenza - 70% (tipos 1, 2 e 3) Outros: Adenovírus, VSR, influenza CLÍNICA Pródromos catarrais (RESFRIADO) Febre baixa Tosse metálica (CRUPE) - pior à noite Posição sentada ou em pé Rouquidão Estridor (No repouso = grave).

#KetResumos DIAGNÓSTICO: clínico! EXAMES COMPLEMENTARES: Radiografia Estreitamento infraglótico - ‘’Sinal da Torre’’ ou “ponta do lápis “ TRATAMENTO Umidificação das vias aéreas e hidratação CASO LEVE: SEM estridor em repouso ou desconforto respiratório o Desobstrução nasal com SF, hidratação oral e antipirético o Considerar corticóide (dexametasona) e alta para casa CASO GRAVE: COM estridor em repouso ou desconforto respiratório o Nebulização com ADRENALINA (0,3 a 0,5 ml/kg – max. 5ml): efeito rápido que dura até 2h. Observar:  Sem estridor = alta  Com estridor = repete nebulização + observação + benefícios do corticóide)  Corticóide (dexametasona IM dose única) COMPLICAÇÕES Laringotraqueíte bacteriana: o Piora da febre (febre alta) o Secreção purulenta nas vias aéreas o Toxemia o Piora clínica o Resposta ausente ou pequena a adrenalina o Tratamento:  Internação  ATB com cobertura para S. aureus (oxacilina + vancomicina) o Intubação ou ventilação, se necessário. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL LARINGITE ESTRIDULOSA - Despertar súbito sem pródromos, com tosse e estridor. PNEUMONIA TÍPICA → SEM ESTRIDOR / COM TAQUIPNÉIA Inflamação no parênquima pulmonar, provocado na maioria das vezes, por agentes infecciosos. FATORES DE RISCO Desnutrição Baixa idade Presença de comorbidades

Baixo peso ao nascer Permanência em creche Episódios prévios de sibilos e pneumonia

Ausência de aleitamento materno Vacinação incompleta Variáveis socioeconômicas ambientais.

ETIOLOGIA (TÍPICOS): < 2 meses - S. agalactiae (Estreptococos grupo B) - Gram negativos entéricos

> 2 meses - S. pneumoniae - H. influenzae - S. aureus (porta de entrada, grave, rapidamente progressiva, 1º ano)

CLÍNICA CRIANÇAS MAIORES, ADOLESCENTES E ADULTOS Instalação HIPERAGUDA Febre ALTA (≥39°C) Tosse Dor torácica

LACTENTES Quadro menos exuberante Pródromos catarrais seguidos de elevação da FR Irritabilidade, redução do apetite.

Sinais de Gravidade: Tiragem Subcostal // Batimento da asa nasal // Gemência // Cianose AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR RADIOGRAFIA DE TÓRAX o Padrão lobar com presença de broncograma aéreo. o Confirmar o diagnóstico o Avaliar extensão do processo o Identificar a presença de complicações LABORATÓRIO - Leucocitose (15.000 a 40.000), predomínio de neutrófilos. HEMOCULTURA - Sempre solicitada na internação.

e

#KetResumos INDICAÇÕES DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR < 2 meses Doença grave concomitante Falha terapêutica ambulatorial Sinais radiológicos de gravidade (derrame pleural, abscessos e pneumatoceles, condensação extensa) Comprometimento do estado geral (sinais de toxemia, sinais de gravidade, incapacidade de beber líquidos) Presença de sinais respiratórios graves (hipoxemia – SatO2 < 92%, tiragem, gemência ou batimento de asa nasal, FR > 70 em menores de 1 ano) TRATAMENTO Tratamento Ambulatorial: Recomendações gerais quanto ao aparecimento de sinais de gravidade Oferta de líquidos Medicações para controle da febre REAVALIAÇÃO APÓS 48 HORAS o Amoxicilina VO – 50 mg/kg/dia de 8/8 horas, até que esteja afebril por no mínimo de 72h, com duração mínima de 10 dias. OU o Penicilina Procaína IM 50.000 UI/kg/dia 1x por dia por 10 dias. Tratamento na internação: > 2 meses - Penicilina Cristalina 200.000 UI/kg/dia IV, 6/6 horas por até 10-14 dias < 2 meses - Ampicilina e gentamicina PNEUMONIA MUITO GRAVE (evolução muito rápida; extensa; comprometimento severo do estado geral; cianose; evidência de falência respiratória/exaustão; hipotensão arterial; persistência de febre ou instabilidade clínica após 4872h de tratamento) - Oxacilina + Ceftriaxona Falha terapêutica: febre ou instabilidade clínica após 48-72 horas de tratamento. 1º PASSO: é avaliar possível complicação, a principal é o Derrame pleural (Abolição/diminuição do MV). Não escalona ATB. DERRAME PLEURAL = TORACOCENTESE CRITÉRIOS DE LIGHT PARÂMETROS TRANSUDATOS EXUDATOS Relação entre proteína do líquido pleural e sérica ≤ 0,5 > 0,5 Relação entre DHL do líquido pleural e sérica ≤ 0,6 > 0,6 DHL no líquido pleural > 2/3 do limite superior no soro Não Sim A presença de qualquer um dos 3 critérios de exsudato é suficiente para sua caracterização e a presença dos 3 critérios de transudato é necessária para sua caracterização EMPIEMA: Aspecto purulento, pH < 7,2, glicose < 40mg/dl, gram e/ou cultura positivos = DRENAGEM EXSUDATO NÃO COMPLICADO: Irá regredir com o próprio tratamento adequado para pneumonia. Outro motivo de falha terapêutica é o tipo de germe: pode ser um pneumococo resistente ou um Estafilococos Aureus, nesse caso deve-se escalonar o ATB para Oxacilina + Ceftriaxona PNEUMONIA ATÍPICA → SEM ESTRIDOR / COM TAQUIPNÉIA ETIOLOGIA: Mycoplasma pneumoniae Incidência maior a partir do 5º ano de vida; História de contato familiar doente é comum. Convívio em ambientes fechados (escolas, acampamentos e instituições). CLÍNICA: Quadro arrastado Cefaleia, mal-estar, febre baixa, rinorreia e dor de garganta, rouquidão e tosse. Coriza é incomum. Evolução longa (7-21 dias) – persiste tosse e expectoração. COMPLICAÇÕES: MANIFESTAÇÕES EXTRAPULMONARES! Miringite bolhosa, pericardite, miocardite, meningoencefalite... LABORATÓRIO: Leucograma: normal VHS ↑ RADIOGRAFIA DE TÓRAX: Infiltrado intersticial difuso ou broncopneumonia.

#KetResumos TRATAMENTO: Azitromicina (200mg/5ml) durante 5 dias o 10mg/kg/dia, 1x ao dia, no 1º dia o 05 mg/kg/dia, 1x ao dia do 2º ao 5º dia PNEUMONIA AFEBRIL DO LACTENTE → SEM ESTRIDOR / COM TAQUIPNÉIA ETIOLOGIA: Chlamydia trachomatis Antes dos 3 meses de idade História de parto vaginal! Parto cesáreo com bolsa rota prévia CLÍNICA: Quadro arrastado História de conjuntivite (5-14 dias de vida) Colonização de nasofaringe e vias aéreas inferiores, durante o parto. Coriza, obstrução nasal, tosse intensa e taquipneia. LABORATORIAL: Presença de Eosinofilia DIAGNÓSTICO DEFINITIVO: Cultura da nasofaringe ou conjuntiva DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: COQUELUCHE Agente - Bordetella Pertussis Clínica: o Fase catarral: 1 a 2 semanas. Síndrome gripal arrastada. o Fase paroxística: 2 a 6 semanas. Fase típica. Tosse seca intensa seguida de inspiração profunda (guincho), apneia e cianose (< 3 meses). o Fase convalescença: > 2 semanas. Redução dos sintomas. Laboratório – leucocitose com linfocitose. Radiografia – infiltrado perihilar Tratamento: o Azitromicina 200 mg/5ml --- 10 mg/kg/dia no 1º dia e 5 mg/kg/dia do 2º ao 5º dia o Trato todos próximos TRATAMENTO: Azitromicina (20mg/kg/dia por 3 dias) BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA → SEM ESTRIDOR / COM TAQUIPNÉIA ETIOLOGIA Vírus sincicial respiratório (80%) Rinovírus, Influenza, Parainfluenza, Adenovírus Primeiros 02 anos de vida FATORES DE RISCO Sexo masculino Ausência de aleitamento materno Baixa idade (lactentes) Prematuridade Tabagismo durante a gestação. CLÍNICA Pródromos catarrais: espirros, rinorreia, congestão Febre + tosse Taquipnéia Sibilância DIAGNÓSTICO DEFINITIVO: Swab nasofaringe RADIOGRAFIA: Hiperinsuflação e áreas de atelectasia TRATAMENTO: Oxigenioterapia (sat 100.000 UFC Saco coletor > 100.000 UFC - Trocar a cada 30 minutos. ↑ VPN Cateterismo vesical > 10.000 UFC Punção supra púbica - 1 UFC HEMOGRAMA: Leucocitose com Neutrofilia - Leucocitose exuberante (20.000 – 25.000 cel/mm³) sugere abscesso renal. ↑ PCR e VHS

TRATAMENTO CISTITE - Tratar por 5 DIAS Tratar no ambulatório, independente da idade.

ANTIBIÓTICO Amoxicilina + Clavulanato 250 + 62,5 mg/5ml Cefalexina 250mg/5ml (Primeira escolha) Nitrofurantoina Ácido Nalidixico 50 mg/ml (NÃO usar < 3 meses)

DOSE 20 a 40 mg/kg/dia de 8/8h 50 a 100 mg/kg/dia de 6/6h 5 a 7 mg/kg/dia de 6/6h 55mg/kg/dia de 6/6h

PIELONEFRITE - Tratar por 14 DIAS Quando internar? Menores de 01 mês (sepse neonatal) Criança grave (toxemia, vômitos, estado geral comprometido) Desidratada Falha terapêutica

ANTIBIÓTICO Ceftriaxona EV Ampicilina + Gentamicina EV

DOSE 50 a 75 mg/kg/dia Ampicilina - 100 mg/kg/dia Gentamicina - 5 mg/kg/dia

Bom Estado Geral = TRATAMENTO AMBULATORIAL ANTIBIÓTICO Ceftriaxona IM Amoxicilina + Clavulanato 250 + 62,5 mg/5ml Ciprofloxacino (comp. 250 e 500mg)

DOSE 100 mg/kg/dia 40 mg/kg/dia de 8/8h 30mg/kg/dia (> 17 anos)

DISFUNÇÃO DE ELIMINAÇÕES Correção dos hábitos urinários adequados (urinar ao acordar, urinar a cada três horas) Melhora da ingesta hídrica Corrigir a constipação Higiene adequada Tratar as parasitoses 1º EPISÓDIO DE PIELONEFRITE → Solicitar USG e DMSA → Se APENAS 1 ALTERADO → Solicitar UCM 2º EPISÓDIO DE PIELONEFRITE → Solicitar UCM PROFILAXIA Indicações: Durante investigação (após a 1ª ITU) Refluxo Vesical Ureteral graus III, IV e V Uropatias obstrutivas Quimioprofilaxia: • SMT + TMT 1-2 mg/kg/dose • CEFALEXINA 25mg/kg/dose • AMOXICILINA 25 mg/kg/dose • NITROFURANTOÍNA 1-2mg/kg/dose

Litíase Renal Bexiga neurogênica Recidivas frequentes manter (6m-1a)

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ICTERÍCIA NEONATAL Coloração amarelada da pele e mucosas, causada pelo acúmulo da fração direta e/ou indireta de bilirrubina, quando os níveis desta no RN, ultrapassam valores de 5-7 mg/dl. Acomete cerca de 60% dos RN’s a termo e 80% dos RN’s prematuros em sua primeira semana de vida.

METABOLISMO DA BILIRRUBINA Cerca de 75% da bilirrubina produzida no corpo tem origem na degradação de hemácias senis. O restante é originado de outras proteínas que contenham o pigmento “heme” (citocromo P450 e a mioglobina).

METABOLISMO NA VIDA FETAL Na vida fetal a excreção de bilirrubina é por via placentária, e na forma indireta. Mecanismos de captação/conjugação/excreção estão imaturos até os primeiros dias de vida. RN produz uma maior quantidade de bilirrubina que um adulto: 6-8mg/kg/dia // 3-4mg/kg/dia. Devido aumento da massa eritrocitária e menor meia-vida de hemácias. RN possui uma circulação êntero-hepática ↑. Alta atividade da BETAGLICURONIDASE INTESTINAL, e flora intestinal pouco colonizada.

CLASSIFICAÇÃO DA ICTERÍCIA ICTERÍCIA FISIOLÓGICA e ICTERÍCIA NÃO FISIOLÓGICA (Predomínio de Bilirrubina Indireta ou Predomínio de Bilirrubina Direta). ICTERÍCIA FISIOLÓGICA Icterícia as custas de bilirrubina INDIRETA Velocidade normal de aumento da BT < 5 mg/dl/24hs, garantindo um início tardio do quadro (após 24 horas de vida) Icterícia aparente quando BT > 5- 7 mg/dl, segundo ou terceiro dia de vida Níveis máximos de BT: o A TERMO: 12 a 13mg/dl o PREMATURO: 14 a 15mg/dl BT < 2mg/dl entre o 5º - 7º dia ICTERÍCIA NÃO FISIOLÓGICA Fatores relacionados a quadros não fisiológicos: Icterícia nas primeiras 24 horas (ou 24 -36 horas) de vida Nível de bilirrubina subindo a uma taxa superior a 5mg/dl nas 24 horas Nível de bilirrubina maior do que 12mg/dl em RN a termo ou 14-15 mg/dl em prematuros Icterícia persistente (mais de 8 dias nos RN’s a termo e mais de 14 dias nos prematuros) Aumento da bilirrubina direta (indicativo de investigação: níveis de BD> 2mg/dl ou sinais de colestase como acolia e colúria) Associação com alterações clínicas diversas (hepatoesplenomegalia, palidez) A AVALIAÇÃO DA ICTERÍCIA NÃO FISIOLÓGICA COMEÇA COM DISTINÇÃO ENTRE A ICTERÍCIA POR AUMENTO DA FRAÇÃO INDIRETA E A POR AUMENTO DA FRAÇÃO DIRETA.

#KetResumos ZONAS DE KRAMER Avaliação visual Progressão crânio-caudal

ZONAS

AREA CORPORAL

NIVEL BT

I

CABEÇA E PESCOÇO

6 mg/dl

II

TRONCO ATÉ UMBIGO

9 mg/dl

III

UMBIGO ATÉ AS COXAS

12 mg/dl

IV

JOELHOS ATÉ TORNOZELOS E COTOVELOS ATÉ PUNHOS

15 mg/dl

V

MÃOS E PÉS

18 mg/dl

IVESTIGAÇÃO INICIAL DA ICTERÍCIA Bilirrubina total e frações Tipo sanguíneo e fator Rh da mãe e do neonato Teste de coombs direto Eritrograma e contagem de reticulócitos Análise da lâmina de sangue periférico – TESTE DE FRAGILIDADE OSMÓTICA Outros: TSH/T4, pesquisa de galactosemia, pesquisa de deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase.

HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA PATOLÓGICA ICTERÍCIA ASSOCIADOS AO ALEITAMENTO MATERNO: FORMA PRECOCE: ICTERÍCIA DO ALEITAMENTO MATERNO Associada a falta do aleitamento materno: atraso na fase II da lactogênese, ↓ das mamadas ou mamadas ineficazes. Surge entre o 2º e 3º dia de vida. A baixa ingesta leva a um quadro de estase intestinal que favorece a ação da BETAGLICURONIDASE INTESTINAL e maior reabsorção da BI. Perda excessiva de peso TRATAMENTO: estímulo a amamentação e maior aporte calórico. FORMA TARDIA: ICTERÍCIA DO LEITE MATERNO Surge após a primeira semana. Os níveis séricos de BI continuam aumentando, podendo chegar a 20-30 mg/dl até o 14° dia de vida, que se estabilizam e caem lentamente, atingindo valores normais em 4 a 12 semanas. Bom estado geral Mecanismo patogênico desconhecido Se o aleitamento for suspenso os níveis caem rapidamente em 48 hs, após reintrodução não voltam a aumentar. Encefalopatia bilirrubínica: raro.

HIPERBILIRRUBINEMIA DIRETA PATOLÓGICA

ATRESIA DAS VIAS BILIARES Obliteração dos ductos biliares extra-hepáticos em qualquer ponto da árvore biliar com diminuição ou ausência da excreção de bile pelo intestino. Forma mais comum da doença é perinatal, ou adquirida. A icterícia surge entre a 2ª e 6ª semana de vida, juntamente com colúria e acolia fecal. A estagnação do pigmento evolui com lesão crônica, cirrose, hipertensão portal e fígado em estágio terminal.

#KetResumos INVESTIGAÇÃO: USG Cintilografia hepatobiliar com tecnécio: demonstra captação hepática sem eliminação do radiofármaco. Biópsia hepática: estrutura lobular hepática intacta, fibrose do espaço porta, plugs de bile e proliferação de ductos. Exame mais importante. ◦ Colangiografia intraoperatória: exame confirmatório, que permite a identificação da presença e o ponto de obstrução. TRATAMENTO: ◦ Cirúrgico- portoenterostomia de Kasai (anastomose de uma alça intestinal com a árvore biliar) ◦ Transplante hepático ◦ ◦ ◦

ACOMPANHAMENTO DA ICTERÍCIA Desde o nascimento e no decorrer da internação até a alta hospitalar, em todos os RN > 35 semanas: Avaliar os fatores epidemiológicos de risco para hiperbilirrubinemia Examinar o RN a cada 8 a 12 horas para detectar a icterícia ao exame físico Se a icterícia é visualizada antes de 24-36 horas, determinar a BT e identificar o risco de hiperbilirrubinemia significante. Após 36 horas de vida, se a icterícia atingir nível de umbigo ou mais, determinar a BT para identificar o risco de hiperbilirrubinemia significante. Quando após 48 hs o RN não apresentar icterícia ou apresentar apenas na face, com condições clínicas adequadas, avaliar a alta e agendar reavaliação ambulatorial em 72 hs.

FATORES DE RISCO PARA HIPERBILIRRUBINEMIA GRAVE - RN > 35 SEMANAS DE IG FATORES MAIORES Níveis de bilirrubina na zona de alto risco Icterícia nas primeiras 24 hs Incompatibilidade ABO, Rh ou outra doença hemolitíca. IG: 35-36 sem Irmão com icterícia neonatal tratado com fototerapia Céfalo-hematoma ou sangramento importante Aleitamento materno exclusivo, especialmente se a perda de peso for excessiva Raça asiática

FATORES MENORES Níveis de bilirrubina na zona de risco intermediária IG: 37-38 sem Icterícia observada antes da alta Irmão com icterícia anteriormente RN macrossômicos e de mães diabéticas Idade materna = 25 anos Sexo masculino

ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO PARA HIPERBILIRRUBINEMIA Os resultados de bilirrubina encontrados são plotados no normograma que classifica o RN em quatro zonas 1. Alto risco 2. Risco intermediário-alto 3. Risco intermediário-baixo 4. Baixo risco

TRATAMENTO FOTOTERAPIA Aplicação de luz de alta intensidade e com espectro visível na cor azul. Promove uma reação fotoquímica na BI, transformando-a em compostos (lumirrubina) que podem ser excretados na bile ou na urina sem necessidade de conjugação. A eficácia da fototerapia depende em especial dos seguintes fatores: comprimento de onda da luz, irradiância espectral e superfície corporal exposta à luz.

#KetResumos Na maioria dos RN ≥ 35 semanas a fototerapia é instituída no alojamento conjunto, ao lado da mãe que amamenta em livre demanda INDICAÇÃO: leva-se em conta a dosagem periódica da BT, a idade gestacional e a idade pós-natal, além das condições agravantes da lesão bilirrubínica neuronal. CUIDADOS: aumentar oferta hídrica e manter temperatura corporal constante, proteção ocular com cobertura radiopaca, proteger equipos de nutrição parenteral. EXSANGUÍNEOTRANSFUSÃO Consiste na troca de mais de uma volemia do RN. A principal indicação é presença de doença hemolítica grave por incompatibilidade Rh. Objetivos: 1. Diminuir a intensidade da reação imunológica na doença hemolítica (remove os anticorpos ligados ou não às hemácias), 2. Remover BI 3. Corrigir a anemia Complicações: tromboses, embolias, hipernatremia, acidose metabólica, arritmias, sobrecarga de voume... - Diminuir em 2mg/dL o nível de indicação de fototerapia ou EST se doença hemolítica (Rh, ABO, outros antígenos), deficiência de G-6-PD, asfixia, letargia, instabilidade na temperatura, sepse, acidose ou albuminemia < 3g/dl. - Iniciar fototerapia de alta intensidade sempre que: BT > 17–19mg/dL e colher BT após 4–6 horas; BT entre 20–25 mg/dL e colher BT em 3–4 horas; BT > 25 mg/dL e colher BT em 2–3 horas, enquanto o material da EST está sendo preparado. - Se houver indicação de EST, enquanto ocorre o preparo colocar o RN em fototerapia de alta intensidade, repetindo a BT em 2 a 3 horas para reavaliar a indicação de EST. - A EST deve ser realizada imediatamente se houver sinais de encefalopatia bilirrubínica ou se a BT estiver 5mg/dL acima dos níveis referidos. - A fototerapia pode ser suspensa, em geral, quando BT < 8–10 mg/dL, sendo a BT reavaliada 12–24 horas após suspensão para detectar rebote.

IMUBOGLOBULINA - Nos casos de hiperbilirrubinemia por doença hemolítica isoimune. É recomendada quando os níveis de bilirrubina aproxima-se dos níveis que indicam EST. A medicação diminui a necessidade de EST, por reduzir o processo de hemólise. ALIMENTAÇÃO PRECOCE - O alimento no tubo digestivo induz a peristalse e acelera a excreção de bilirrubina conjugada presente no lúmen, reduzindo sua desconjugação e reabsorção através do ciclo êntero-hepático. ALBUMINA - Promove maior ligação desta proteína com a bilirrubina, e portanto, reduzir o nível tóxico livre deste pigmento. Empregada em complemento com a EST. NEUROTOXICIDADE BILIRRUBÍNICA A maior complicação desta impregnação ocorre a nível encefálico: encefalopatia bilirrubínica ou kernicterus: HIPOPROTEINEMIA: menor concentração de albumina, e, portanto maior teor de bilirrubina livre. Deslocamento da bilirrubina de seus sítios de ligação na albumina por: o Uso de determinadas drogas: sulfas e CEFTRIAXONA. o Acidose o Aumento dos ácidos graxos livres no soro (hipoglicemia e hipotermia) Aumento da permeabilidade da barreira hematoencefálica: imaturidade (prematuros), asfixia, infecção. ENCEFALOPATIA BILIRRUBÍNICA - KERNICTERUS Síndrome neurológica causada pelo depósito de BI nas células do SNC. Quanto mais imaturo o RN, maior é a suscetibilidade e a neurotoxidade da bilirrubina. Níveis maiores de 25 mg/dl 75% RN’s vêm a falecer e 80% dos sobreviventes apresentam sequelas. FORMA AGUDA: surge em torno do 2º ao 5º dia nos RN’s a termo o Fase 1: hipotonia, letargia, má sucção, choro agudo durante algumas horas. o Fase 2: hipertonia da musculatura extensora (opistótono), convulsões e febre. o Fase 3: de aparente melhora, em que a hipertonia diminui ou cede, se instala após a primeira semana FORMA CRÔNICA: sequelas neurológicas (retardo mental, surdez, espasmo muscular involuntário, distúrbios extrapiramidais)

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SÍNDROMES DIARREICAS Diarreia é a perda excessiva de água e eletrólitos pelas fezes, resultando em: Aumento do volume das fezes e aumento na frequência das evacuações; Alteração na consistência das fezes; Ocorrência de ≥ 3 evacuações amolecidas em 24 horas. Mudança do padrão habitual Mais de 200 g/dia ou volume fecal acima de 10ml/kg/dia (OMS).

CLASSIFICAÇÃO DA DIARRÉIA SEGUNDO A DURAÇÃO DOS SINTOMAS DIARRÉIA AGUDA

Duração < 14 dias

AQUOSA – Secreção ativa de água e eletrólitos sob a estimulação de determinadas substâncias (80% vírus = ROTAVÍRUS) DISENTERIA – Agente infeccioso invade a mucosa do cólon. Há exsudação de muco, pus e sangue.

DIARRÉIA PERSISTENTE

Duração ≥ 14 dias

Infecção continuada de um agente, danificando as vilosidades e/ou uma regeneração inadequada dos eritrócitos devido à desnutrição crônica. Pode apresentar-se sob a forma de diarreia aquosa ou disenteria.

DOARRÉIA CRÔNICA

Duração > 30 dias

Grande variedade de causas: inflamações crônicas, alergia a alimentos, cólon irritável, parasitoses intestinais, etc.

TOPOGRAFIA DA SÍNDROME Alta (Intestino Delgado) Fezes Volumosas Baixa Frequência Sem Tenesmo

Baixa (Colônica) Fezes Pouco Volumosas Alta Frequência Com Tenesmo

Haverá diarreia sempre que houver quebra de equilíbrio entre absorção e secreção de solutos no trato gastrointestinal. MECANISMOS ETIOPATOGÊNICOS OSMÓTICO SOLUTOS: magnésio, fosfato, lactulose, sorbitol, carboidratos. CLINITEST: detecta açúcar nas fezes. Ex: laxantes, deficiência de lactose, má absorção de glicose-galactose. Retenção de líquidos no lúmem

SECRETÓRIA Secreção intestinal ativa de água e eletrólitos (Cl⁻e HCO₃⁻), devido toxinas bacterianas (lesão direta dos enterócitos) ou ação direta de patógenos. É o tipo de maior volume fecal, com sódio fecal elevado, osmolalidade fecal reduzida. Desidratação rápida. Exemplo: E. Coli – Produz toxina → Lesão do enterócito → Muda a função de absorção para secreção → passa a secretar água e eletrólitos. Rotavírus – Adere nos enterócitos e permanece por 14 dias, até a total descamação e regeneração desses, levando ao entapetamento e deixando somente a exposição do enterócito imaturo (secreção). INVASIVA (inflamatória) Com os enterócitos destruídos, os agentes invadem a mucosa e submucosa, levando ao aparecimento de leucócitos e polimorfonucleares → produção de muco e pus. Ocorre também destruição de vasos locais, levando ao aparecimento de sangue e leucócitos nas fezes. Agentes causadores: Salmonella, Shiegella, Yersinia, Campylobacter, Amebíase. AUMENTO DA MOTILIDADE: diminuição do tempo de trânsito intestinal por aceleração da peristalse. Ex.: Sínd. Do Intestino Irritável e Hipertireoidismo. DIMINUIÇÃO DA MOTILIDADE: diminuição na unidade neuromuscular, com estase e supercrescimento bacteriano. Ex.: pseudoobstrução e Síndrome Da Alça Cega.

#KetResumos DIMINUIÇÃO DA ÁREA DE SUPERFÍCIE: diminuição da capacidade intestinal de absorção de água, eletrólitos e nutrientes de uma forma geral. Ex.: Doença Celíaca, Enterite por Rotavirus. DIARREIA AGUDA Epidemiologia: É a 2ª causa mais prevalente no mundo de morte entre crianças abaixo de 5 anos. Mata por desidratação e causa morbidade por desnutrição. Doença autolimitada; O termo gastroenterite aguda denota uma causa infecciosa para a diarreia, que pode ser provocada por: Vírus (rotavírus, hepatite A, adenovírus, calicivírus, astrovírus) Bactérias (E. coli, Salmonella, Shigella, Campylobacter, entre outras) Protozoários (Giárdia e Entamoeba) ROTAVÍRUS Mecanismo: osmótico e secretor (via toxina NSP4) Faixa etária: 6 a 24meses. Sazonalidade: inverno (países temperados) e todo ano (países tropicais). Transmissão: via fecal-oral. Depressão transitória das DISSACARIDASES Clínica: vômitos + febre + diarreia líquida e volumosa; Duração 4 a 8 dias.

HEPATITE A Transmissão: fecal-oral. Clínica: diarreia, colúria, icterícia, sintomas gripais (febre, cefaleia, mal-estar, dor abdominal, náuseas). Laboratório: elevação TGO e bilirrubinas. Sorologia: anti-HAV e IgM . Duração: 2 semanas a 3 meses.

ESCHERICHIA COLI Tipos: Enteropatogênica (ECEP) Enterotoxigênica (ECET)

Enteroinvasiva (ECEI) Entero-Hemorrágica (ECEH)

Enteroagregativa (ECED) Enteroaderente difusa (ECEA)

E. Coli Enteropatogênica (ECEP) Mecanismo: osmótico e secretor. Com adesão e destruição das microvilosidades e inflamação da lâmina própria. Importante: em lactentes < 2 anos e em lactentes < 6m que não estão em aleitamento materno pode evoluir para diarreia persistente. Ocorre em locais com má condições de higiene. Clínica: vômitos, mal-estar, febre e muco nas fezes.

E. Coli Enterotoxigênica (ECET) Mecanismo: secretor. Através da produção de enterotoxinas. É a principal causa de diarreia bacteriana no Brasil. Acomete todas as idades. Causa a DIARREIA DO VIAJANTE. Transmissão: água e alimentos contaminados. Clínica: evacuação abundante, aquosa e explosiva, sem muco ou leucócitos. Apresenta náuseas e dor abdominal. Não há febre. Duração: 3-5 dias.

E. Coli Enteroinvasiva (ECEI) Mecanismo: Invasão das células epiteliais com invasão da mucosa. Acomete todas as idades. Infrequente antes de 1 ano de vida. Clínica: disenteria e febre. NÃO há produção de toxinas, não está envolvida com a SHU.

E. Coli Entero-Hemorrágica (ECEH) Transmissão: ingestão de carne bovina malcozida e leite não pasteurizado. Faixa etária: 6 meses a 10 anos e adultos. Produz potente toxina: Shiga like I e II. O sorotipo mais associado à SHU é o O157:H7. Clínica: início agudo, com diarreia aquosa, rapidamente evolui para disenteria, cólica e vômitos. Ausência de febre ou febre baixa. Duração: 1 a 24 dias; Laboratório: anemia hemolítica + trombocitopenia + IRA/uremia. Síndrome Hemolítico Urêmica = ANEMIA HEMOLÍTICA +TROMBOCITOPENIA +IRA

SALMONELLA spp São divididas em dois grupos: tifoides (exclusiva do homem) e não tifoides (S. enteritidis) Transmissão: ingestão de carne, ovos, leite e aves contaminados. Existe estado de PORTADOR CRÔNICO. Clínica: início abrupto com febre, cólicas e diarreia líquida; em alguns casos com disenteria. Lactentes < 3 meses ou com resposta imune reduzida podem apresentar bacteremia, evoluindo com sepse, meningite e osteomielite. Algo a mais: febre elevada, cefaleia, confusão mental, meningismo e convulsões.

#KetResumos SHIGELLA spp Transmissão: fecal-oral e interpessoal Alta infectividade. É a principal causa de DISENTERIA. Shigella flexneri é o agente mais comum. Faixa etária: 1 a 4 anos Clínica: diarreia aquosa leve, que por volta do 2º dia, evolui para disenteria, tenesmo, cólicas abdominais, fezes em pequena quantidade, com elevada frequência. Casos mais graves evoluem com acometimento do SNC (convulsão). Pode evoluir para SHU, por produzir a potente shigatoxina (S. dysenteriae). Síndrome Hemolítico Urêmica = ANEMIA HEMOLÍTICA +TROMBOCITOPENIA +IRA CAMPYLOBACTER JEJUNI Mais frequente em menores de 2 anos Transmissão: fecal-oral e interpessoal. Clínica: semelhante à da Shiguella, com DISENTERIA. Duração: 2 a 10 dias Casos graves: Tratados com azitromicina ou quinolonas. Complicações: S. Guillan-Barré, S. Reiter, Artrite Reativa.

YERSINIA ENTEROCOLÍTICA Transmissão: fecal-oral Clínica: diarreia, febre e dor abdominal. Pode mimetizar apendicite (adenite mesentérica). Laboratório: leucocitose. Complicações: ulcerações difusas intestinais, intussuscepção e megacólon tóxico.

CLOSTRIDIUM DIFFICILE Transmissão: interpessoal. Causa importante de infecção nosocomial. Fator de Risco: cefalosporinas, ampicilina, clindamicina, metotrexate. O quadro pode surgir dias ou meses após o uso desses e não é dose dependente. Clínica: Diarreia leve → colite pseudomembranosa. Diarreia: surge 4 a 9 dias após uso de antibiótico, com mais de 20 evacuações/dia, com dor abdominal, febre e leucocitose. Colite pseudomembranosa: síndrome disentérica. Pode evoluir para megacólon tóxico e óbito. Tratamento: metronidazol ou vancomicina oral 7-10 dias

VIBRIO CHOLERAE Transmissão: fecal-oral Causa diarreia pela secreção de enterotoxinas . Local: intestino delgado Clínica: assintomáticos, diarreia leve → casos graves, que podem levar ao choque e morte em poucas horas. Casos típicos: início súbito, com diarreia aquosa profusa (grande perda de água), fezes líquidas amarelo-esverdeadas, com odor peculiar de peixe, sem muco ou sangue, ‘‘água de arroz’’. Não há dor abdominal ou febre. IBP e bloqueadores H1 predispõe a doença grave. DIAGNÓSTICO: bacilo nas fezes ou vômitos

GIÁRDIA LAMBLIA Incidência: crianças entre 1 a 5 anos. Transmissão: fecal-oral (água) ou interpessoal Clínica: diarreia intercalando com períodos de constipação, distensão abdominal, cólicas, flatulência, tenesmo e síndrome de má absorção de nutrientes com perda de peso e fezes gordurosas.

ENTAMOEBA HISTOLYTICA Incidência: aumenta com a idade. Transmissão: fecal-oral ou interpessoal. Clínica: 90% são assintomáticos. Quando invade a mucosa causa disenteria fulminante, abscesso hepático, colite, febre, dor abdominal, calafrios, tenesmo, diarreia intensa e desidratação

DESIDRATAÇÃO (Vide folha em anexo dos Planos) LABORATORIAL Nos casos de desidratação grave, podem ser considerados as seguintes avaliações: Hemograma (reservado para casos suspeitos de disseminação do processo infeccioso) Bioquímica: Na, K, Cl e de acordo com o quadro clínico solicita-se Cr, U e glicose. Gasometria arterial: na suspeita de acidose metabólica (perda de bicarbonato nas fezes) Parasitológico de fezes (pesquisa de ovos, cistos e parasitas) Pesquisa de rotavírus nas fezes: ELISA ou aglutinação. Coprocultura (em infecção disseminada, epidemias em comunidades fechadas, imunodeprimidos e doença crônica) PH das fezes: < 5,6 indica componente osmótico. Sangue e leucócitos nas fezes Substâncias redutoras > 0,5%: diarreia osmótica Osmolaridade e eletrólitos fecais. ANTIBIÓTICOS Uso está indicado nos casos de DISENTERIA e comprometimento do estado geral. Crianças: 1. Ciprofloxacino (2mg/ml ou 10mg/ml): 15mg/kg/dose 12/12h VO por 3 dias ou 2. Ceftriaxone (250mg, 500mg e 1g): 50-100mg/kg IM 1x/dia por 2 a 5 dias.

#KetResumos Casos de CÓLERA GRAVE: hidratação + antibióticos 1. Eritromicina (25mg/ml ou 50mg/ml): 12mg/kg VO 6/6h por 3 dias 2. Azitromicina (600mg, 900mg ou 1500mg): 20mg/kg VO dose única 3. Ciprofloxacina: 20mg/kg VO dose única 4. Doxiciclina (100mg cp solúvel): 2-4mg/kg VO dose única DEMAIS CONDUTAS TERAPÊUTICAS ZINCO: a OMS recomenda a suplementação em < 5anos, concomitante à terapia de reidratação oral: < 6 meses: 10 mg/dia por 10-14 dias > 6 meses: 20 mg/dia por 10-14 dias PROBIÓTICOS: Saccharomyces boulardii Geram resistência à colonização por microrganismos patogênicos e geram imunomodulação. Contribuição nutricional, parece haver melhora na digestão de lactose em humanos; DIARREIA CRÔNICA

SÍNDROMES DISABSORTIVAS Podem ser classificadas quanto ao seu mecanismo fisiopatológico.

#KetResumos FIBROSE CÍSTICA (Osmótica) Doença multissistêmica, autossômica recessiva que leva a alteração de um canal condutor de cloreto transmembrana presente em vários epitélios do organismo. CLÍNICA: múltiplas e repetidas IVAs e Síndrome Disabsortiva Intestinal, por disfunção enzimática do pâncreas exócrino, com fezes gordurosas, desnutrição ou dificuldade de ganho ponderal e deficiência de vitaminas lipossolúveis. DIAGNÓSTICO: dois testes do suor positivos (> 60mEq/L) em dias separados + sintomas clínicos compatíveis OU história familiar compatível Ou teste de triagem positivo. DOENÇA CELÍACA É uma enteropatia crônica autoimune desencadeada pela exposição ao glúten→ síndrome Disabsortiva. Afeta pessoas de todas as idades, mas principalmente, crianças de 6 meses a 5 anos. DESENVOLVIMENTO: Genética + exposição + fator ambiental (infecção por rotavírus) Associada a síndrome de Down, Diabetes tipo I, tireoidite, síndrome de Turner, síndrome de Wiliams e deficiência seletiva de IgA, dermatite herpetiforme. CLÁSSICA

CLÍNICA ATÍPICA (sem clínica GI)

Diarreia crônica

Oligo ou monoasssintomática

Distensão Abdominal

↓ estatura

Edema (pré adolescente)

Osteoporose

Rarefação de pelos Emagrecimento

Anemia: refratária ao tratamento (deficiência de ferro, folato ou Vit. B12)

DIAGNÓSTICO 1º dosar os anticorpos

Antigliadina Antiendomisio Antitransglutaminase IgA

2º biopsia (Padrão ouro)

Atrofia de microvilosidades Hiperplasia de criptas

Infiltrado linfoplasmocitário na lâmina própria 3º melhora com retirada do glúten (tratamento)

Sempre dosar imunoglobulina IgA, junto com um dos anticorpos, para evitar falso negativo. ALERGIA A PROTEÍNA DO LEITE DE VACA (APLV) Mecanismo de hipersensibilidade mediada imunologicamente (IgE mediada a mais grave), desencadeado pela presença de antígeno proteico, no caso: betalactoglobulina e caseína. A alergia pode se desenvolver em AME ou sob aleitamento artificial e quando introduz-se PLV. Alergia é mais frequente em menores de 3 anos. DIAGNÓSTICO: CLÍNICO! Suspensão temporária do leite de vaca + teste de provocação oral (Padrão Ouro) + teste cutâneo + exame auxiliar Principais sinais e sintomas relacionados com a APLV de acordo com o mecanismo subjacente e o sistema envolvido:

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Enchimento Capilar

Até 3 segundos

3 a 5 segundos

5 segundos

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DESIDRATAÇÃO Letárgica/inconsciente Fundos Má ingestão da bebida ou incapacidade Prega que retrai muito lentamente (>2s) Se houver 2 ou mais dos sinais: DESIDRATAÇÃO GRAVE

ALGUM GRAU DE DESIDRATAÇÃO Irrequieta/irritadiça Fundos Sedento, avidez

PLANO

C

B

Epidemiologia

Quadros clínicos

CONDIÇÃO OLHOS SEDE PELE CLASSIFICAÇÃO

Prega que retrai lentamente Se houver 2 ou mais dos sinais: DESIDRATAÇÃO DE ALGUM GRAU

Antibiótico

SEM DESIDRATAÇÃO ----Não havendo sinais suficientes para classificar como desidratação grave ou de algum grau: SEM DESIDRATAÇÃO A

Observações

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MEDICINA

RESUMO - SEMANA 3

REANIMAÇÃO NEONATAL ASMA FEBRE REUMÁTICA GNPE ORTOPEDIA PEDIÁTRICA CIRURGIA PEDIÁTRICA

Ketoly Pascoal Colati 11º Período

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REANIMAÇÃO NEONATAL

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ASMA E LACTENTE SIBILANTE INTRODUÇÃO Doença inflamatória crônica das vias aéreas inferiores, caracterizada por hiper-responsividade e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou ao tratamento. CRISE ASMÁTICA = obstrução aguda das vias aéreas (Broncoespasmo, edema de mucosa e hipersecreção de muco). Pode ser iniciada por infecções virais respiratórias, alérgenos, agentes químicos, fármacos, mudanças climáticas, exercício físico, estresse emocional.

LACTENTE SIBILANTE Até 2 anos (pulmão imaturo) → 3 ou mais episódios dentro de 6 meses OU crise de sibilância por mais de 30 dias Predisposição genética Atopia Tabagismo Mais comum em crianças do sexo masculino (< 14 anos) e mulheres na fase adulta ATOPIA - Tendência do sistema imunológico à formação de anticorpos IgE contra aeroalérgenos Linha de Dennie-Morgan: Dupla prega palpebral Tubérculo de Kaminski: Protrusão de lábio superior Sinal de Hertog: Rarefação do terço externo das sobrancelhas Linha transversal nasal

CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA Asma extrínseca alérgica (90% casos entre 2-15 anos) – Aeroalérgenos (ÁCAROS, baratas, cães e gatos) Asma extrínseca não alérgica - Irritação direta da mucosa por substâncias tóxicas Asma criptogênica - Fator causal não identificado. Asma na fase adulta Asma induzida - Associado a rinite e pólipos nasais. AINEs QUADRO CLÍNICO DISPNEIA TOSSE SIBILÂNCIA

Desconforto torácico Pior à noite ou nas primeiras horas da manhã Fator desencadeante

Asma sazonal ou perene Sem sibilância  asma oculta (tosse*) Melhora espontânea ou após medicação broncodilatadora

EXAME FÍSICO Taquipneia Tempo expiratório prolongado (TE > TI) Tiragem intercostal Tiragem supraclavicular Batimento da asa de nariz

Ausculta Respiratória: --- Sibilos (expiratório ou inspiratório*/expiratório) --- MV abolido * --- Sibilos ausentes*

Respiração abdominal Cianose central * Posição de tripé* Pulso paradoxal *

EXAME COMPLEMENTAR: Espirometria – Prova broncodilatadora positiva (Realizada em crianças maiores) CRISE ASMÁTICA B2 AGONISTAS DE CURTA DURAÇÃO Primeira escolha na crise Duração do efeito: 3 a 6 horas

Efeito broncodilatador de início imediato, inibe formação de edema e muco Efeitos colaterais: taquicardia e tremor muscular

SALBUTAMOL (AEROLIN)

FENOTEROL (BEROTEC)

TERBUTALINA (BRICANYL)

MDI: 100 µg/jato, 1 jato/2-3kg (2 a 6 jatos, máx.: 10 jatos) NBZ: 5 mg/ml, 0,07 – 0,15 mg/kg/dose (máx.: de 5 mg) + 3-4 ml de SF 0,9% + O2 6-8 L/min

MDI: 100 µg/jato, 1 jato/2-3kg (2 a 6 jatos, máx.: 10 jatos) NBZ: 5 mg/ml, 0,07 – 0,15 mg/kg/dose (máx.: de 5 mg) + 3-4 ml de SF 0,9% + O2 6-8 L/min (1 gota a cada 3 kg)

MDI: 100 µg/jato, 1 jato NBZ: 10 mg/ml, 0,07 – 0,15 mg/kg/dose (máx.: de 5 mg) + 3-4 ml de SF 0,9% + O2 6-8 L/min

#KetResumos ANTICOLINÉRGICOS Mecanismo: broncodilatação Menos eficazes Demoram mais para agir  30-60 minutos

Podem ser associados aos β2 – agonista de curta ação  efeito aditivo COMBIVENT: ipratrópio + salbutamol (aerolin)

Brometo de Ipratrópio (Atrovent) MDI: 20 µg/jato, < 5 anos – 2 jatos/ dose; > 5 anos – 4 jatos/ dose NBZ: 0,25 mg/ml, < 10 kg – 0,5 ml (10 gts); > 10 kg – 1 ml (20 gots)

ABORDAGEM TERAPÊUTICA DA CRISE Se SpO2 < 95% → oxigênio 3l/min LEVE/ MODERADA

GRAVE

MUITO GRAVE

Salbutamol, 20/20 minutos na 1ª hora

Salbutamol + Brometo de Ipratrópio, 20/20 minutos na 1ª hora Fazer na 1ª hora: Prednisolona 3mg/ml 1 a 2 mg/kg, VO (máx.: de 40mg/dia)

Cuidados intensivos IOT: Midazolam 0,1 a 0,5 mg/kg (máx.: 10mg), IV + quetamina 1 a 4 mg/kg, IV + succinilcolina 1 a 2 mg/kg

#KetResumos INTERNAÇÃO: Casos graves ou refratários SpO2 < 92% PFE < 50% após BD Critérios socioeconômicos CRITÉRIOS DE INTUBAÇÃO: Acidose respiratória (pH < 7,30) SpO2 < 85% Hipoxemia grave ( 500 µg/dia Intervalo: Começar 1x/noite, pode ser 12/12h

1 jato: 50µg e 200µg Dose: Baixa: 100 - 200µg/dia Média: 200 - 400µg/dia Alta: > 400µg/dia Intervalo: começar 1x/noite, pode ser 12/12h

BECLOMETASONA (CLENIL) 1 jato: 50µg e 250µg Dose: Baixa: 100 - 200µg/dia, Média: 200 - 400 µg/dia Alta : > 400 µg/dia Intervalo: Começar 1x/noite, pode ser 12/12h

B2 AGONISTAS DE AÇÃO PROLONGADA (LABA) *Não usar em < 5 anos SALMETEROL (SEREVENT) Aerossol Apresentação: 50 µg Dose: 50 µg, 2x/dia

FORMOTEROL (FLUIR)

BAMBUTEROL (BAMBAIR)

TERBUTALINA (BRYCANIL)

Aerossol Apresentação: 12 µg Dose: 12 µg, 2x/dia

Solução Apresentação: 1mg/ml Dose: 10 a 20mg/dia

Comprimido e xarope Apresentação: 5mg Dose: 5 mg, 2x ao dia

SALMETEROL + FLUTICASONA = SERETIDE FORMOTEROL + BUDESONIDA = ALENIA, FORASEQ

#KetResumos ANTILEUCOTRIENOS

ANTICORPO MONOCLONAL (ANTI – IGE)

MONTELUCASTE

OMALIZUMABE (XOLAIR)

Apresentação: sachê ou cp. mastigável de 4 ou 5mg.• Dose: • 6 meses a 5 anos: 1 sachê, 4 mg/dia • > 5 anos: 1 cp. 5 mg/dia

Apresentação: pó para solução injetável de 150mg Dose: 75-600 mg, SC a cada 4 semanas > 12 anos Neutraliza IgE circulante

XANTINAS TEOFILINA (TEOFILINA) Apresentação: 100 mg/15ml 100 mg, 8/8hrs Efeito imunomodulador, estimula movimento ciliar e efeito analéptico respiratório Efeitos adversos: distúrbios GI, arritmias cardíacas, cefaleia e crise convulsiva Monitorização dos níveis séricos (10 – 20 mg/ml) Bamifilina é menos tóxico e não exerce efeito estimulante do SNC

ETAPA 1

LEVE ETAPA 2 Selecionar 1 opção

TRATAMENTO DE MANUTENÇÃO DA ASMA MODERADA GRAVE ETAPA 3 ETAPA 4 Educação e controle ambiental + B2 de curta duração de SOS Selecionar 1 opção

Selecionar 1 opção

Dose baixa de CI

Dose Baixa de CI + LABA

Dose moderada ou alta de CI + LABA

Antileucotrieno

Dose média ou alta de CI

Dose moderada ou alta de CI + LABA + Antileucotrienos

Asma controlada por 3 meses → reduzir 1 passo Controle > 1 ano sob doses baixas de corticoide inalatório → avaliar sua suspensão Perda de controle: recorrência ou piora dos sintomas que requer doses repetidas de LABA > 2 dias

ETAPA 5 Adicionar 1 ou + em relação a etapa 4 Corticoide oral na dose + baixa possível Anti-IgE

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FEBRE REUMÁTICA Decorre da resposta imune tardia após uma infecção faríngea por estreptococos beta-hemolítico do grupo A em pessoas geneticamente predispostas, com idades entre 5 e 18 anos. Na FR, anticorpos e linfócitos T do hospedeiro dirigidos contra antígenos estreptocócicos também reconhecem estruturas (coração, articulações, sistema nervoso) do hospedeiro, e desencadeiam o processo de doença. CLÍNICA ARTRITE (75%): Manifestação mais comum, com dor, edema e limitação de movimentos. É autolimitada e não deixa sequelas. Tem padrão assimétrico e migratório, principalmente das grandes articulações dos membros inferiores. A resposta aos AINEs é drástica, com melhora da dor em 24 horas e desaparecimentos dos sinais inflamatórios em 2-3 dias. CARDITE (40-70%): é a manifestação mais grave, havendo uma pancardite (pericárdio, miocárdio e endocárdio). Contudo, a maioria dos sintomas clínicos se devem ao acometimento valvar. Pode haver atrito/derrame pericárdico de pouco volume, miocardite expressa por cardiomegalia e insuficiência cardíaca e lesões valvares, especialmente as regurgitações de valvas mitral e aórtica na fase aguda. As lesões estenóticas prevalecem na fase crônica. Mitral > aórtica > tricúspide // Insuficiência > estenose COREIA DE SYDENHAM (5-36%): prevalecem no sexo feminino, e pode aparecer como manifestação tardia isolada até sete meses após a infecção estreptocócica. Algumas vezes, pode estar associada à cardite subclínica. Aparece de forma insidiosa, com labilidade emocional, queda do rendimento escolar, movimentos coreicos de face, língua (levando a disartria), tronco e membros. Tais movimentos involuntários tendem a desaparecer com o sono e aumentar com o estresse emocional. Podem também ser verificados tiques e comportamentos obsessivo-compulsivos. Duram cerca de 2-3 meses, mas podem perdurar por um ano. Em todo caso de coreia aguda deve ser solicitado o FAN, pois a coreia reumática deve ser diferenciada da coreia lúpica. Pode haver recorrência da coreia reumática. ERITEMA MARGINADO (< 3%): lesões eritematosas com bordos elevados e centro claro, podendo adquirir aspecto serpinginoso, geralmente localizados em tronco e face interna dos membros. São indolores e não pruriginosos, estando geralmente associados à cardite. NÓDULOS SUBCUTÂNEOS (2 a 5%): são formações arredondadas, firmes, de 0,5-2 cm de diâmetro, indolores, localizados sobre cotovelo, punhos, joelhos, tornozelos e região occipital. Estão fortemente associados à presença de cardite grave. DIAGNÓSTICO O diagnóstico do primeiro surto de febre reumática deve se basear nos Critérios de Jones Modificados (1992):

A definição do diagnóstico de FR deve ser feito na presença de: Dois critérios maiores + evidência de infecção estreptocócica. Um critério maior + 2 critérios menores + evidência de infecção estreptocócica. Em casos de coreia de Sydenham e Cardite indolente não há necessidade de outros critérios maiores ou menores para o diagnóstico, e nem mesmo a necessidade de evidência de infecção estreptocócica, pois tais manifestações clínicas podem aparecer muito tardiamente, em um momento em que já não existem alterações laboratoriais. A glicoproteína ácida e a alfa-2-globulina (eletroforese de proteínas) são reagentes de fase aguda que podem ser utilizados para o acompanhamento da atividade de doença. TRATAMENTO 1. Erradicação do estreptococo da orofaringe: profilaxia primária. 2. Tratamento da artrite: AAS na dose de 80-100 mg/kg/dia 6/6h ou naproxeno 10-20 mg/kg/dia 12/12h. 3. Tratamento da cardite: prednisona 1-2 mg/ kg/dia durante 2-3 semanas, com redução progressiva da dose nas próximas dez semanas. Na cardite grave refratária a corticoterapia inicial, pode-se tentar a pulsoterapia com metilprednisolona (30 mg/kg/dia EV). Além disso, são utilizados sintomáticos para a insuficiência cardíaca, como: diuréticos, anti-hipertensivos e digitálicos. 4. Tratamento da coreia: apenas indicado para as formas graves: haloperidol, ácido valproico e carbamazepina.

#KetResumos PROFILAXIA PRIMÁRIA Penicilina G Benzatina: 50.000 UI/kg dose única IM. Amoxicilina: 50 mg/kg/dia 8/8h ou 12/12h por 10 dias. PROFILAXIA SECUNDÁRIA Penicilina G Benzatina: 50.000 UI/kg IM em dose única, a cada 21/21 dias. Duração: FR sem cardite: até 21 anos, ou após 5 anos do último surto, o que for mais longo. FR com cardite, mas de resolução completa: até 25 anos, ou após 10 anos do último surto, o que for mais longo. FR com cardite e lesão residual: 40 anos ou por toda a vida.

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GNPE – GLOMERULONEFRITE PÓS ESTREPTOCÓCICA A GNDA é a causa mais comum de síndrome nefrítica (hematúria, edema, hipertensão arterial e insuficiência renal) na infância, e é a outra complicação não supurativa tardia da infecção faríngea ou cutânea por cepas nefritogênicas (12 e 49) do estreptococo beta-hemolítico do grupo A, geralmente com idades entre 5-12 anos. A GNDA surge entre 1-2 semanas após a infecção faríngea ou 3-6 semanas após a piodermite. Assim como a FR, a GNDA também parece derivar de um processo mediado imunologicamente, pois a microscopia eletrônica dos glomérulos revela depósitos de imunoglobulinas e complemento no mesângio e membrana basal, além da infiltração de leucócitos polimorfonucleares. Também na GNDA, vale a teoria do mimetismo molecular entre antígenos estreptocócicos e proteínas glomerulares provocando a agressão autoimune. A antibioticoterapia precoce para faringite ou piodermite estreptocócicas previnem a ocorrência de FR, mas não de GNDA. CLÍNICA O quadro clínico varia desde hematúria isolada até casos mais graves, com insuficiência renal. A síndrome nefrítica completa é caracterizada por hematúria glomerular, oligúria, edema, hipertensão, graus variáveis de disfunção renal, até encefalopatia hipertensiva (cefaleia, visão borrada, alteração do nível de consciência e crises convulsivas). Admite-se que a encefalopatia também possa ser provocada por efeitos tóxicos de antígenos estreptocócicos no SNC. Apenas 5% dos casos poderão desenvolver uma síndrome nefrótica. A fase aguda dura em média 6-8 semanas. 95% das crianças recuperam-se sem sequelas, e a maior morbidade relaciona-se ao desenvolvimento de complicações, como encefalopatia, insuficiência renal e insuficiência cardíaca. LABORATÓRIO Anemia leve, devido à hemodiluição. C3 e CH50 reduzidos. EAS: hematúria, proteinúria, dismorfismo eritrocitário, cilindros hemáticos, leucócitos polimorfonucleares. Evidência de infecção estreptocócica: cultura de orofaringe, teste rápido antiestreptocócico, e elevação dos títulos de anticorpos, ASLO nas infecções faríngeas e Anti-DNAse B nas piodermites. RNM: nas crianças com encefalopatia pode ser identificada uma leucoencefalopatia posterior reversível na RNM. A proteinúria e a hipertensão normalizam-se em 4-6 semanas. O C3 normaliza-se em 6-8 semanas. A hematúria microscópica pode persistir por 1-2 anos. INDICAÇÕES DE BIÓPSIA RENAL 1. 2. 3. 4. 5.

Anúria ou oligúria importante por mais de 72h C3 baixo que não melhora em até 8 semanas Proteinúria > 50 mg/kg/24h por mais de 4 semanas Hipertensão arterial ou hematúria macroscópica por mais de 6 semanas Azotemia acentuada ou prolongada TRATAMENTO Repouso durante fase inflamatória aguda Restrição hidrossalina (restrição volêmica e de sódio) • Dieta Hipossódica • Volume = 500ml + diurese do dia anterior. Diuréticos de alça – Furosemida Anti-hipertensivos (NIFEDIPINA, hidralazina). Se PA > P90 (verificar no gráfico e anotar na prescrição). Nitroprussiato de sódio para encefalopatia hipertensiva em BIC Medidas de suporte: • Diurese em 24h • PA de 4/4h • Peso diário. Hemodiálise com ultrafiltração se síndrome urêmica e congestão volêmica grave e refratária à terapia medicamentosa.

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ORTOPEDIA PEDIÁTRICA DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES DEFINIÇÃO: caracterizada como osteonecrose avascular da cabeça do fêmur que promove deformidades locais, de causa desconhecida e comportamento autolimitado, acomete crianças entre 4 e 8 anos de idade (80% dos casos). MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Em geral, a queixa é a claudicação, e a dor não é freqüente, mas, quando presente, manifesta-se na virilha, coxa ou irradia-se para a face medial do joelho. O principal sinal é a limitação da rotação interna do quadril. DIAGNÓSTICO: Clínica + Radiografia em AP (ântero-posterior) e Lauenstein (posição da rã). Achados: nas fases iniciais, principalmente na projeção de “rã”, aparece como uma linha translúcida subcondral (↑ do espaço articular); nas fases mais tardias, pode ser observado a fragmentação da epífise femoral proximal (zonas mais densas entremeadas por radiolúcidas). TRATAMENTO: é variável. A criança deve ser encaminhada ao ortopedista pediátrico para dar sequência ao tratamento, devendo ser orientada, de forma geral, a interromper a descarga de peso no membro afetado, com a ajuda de muletas ou cadeira de rodas. < 6 anos: Melhor prognóstico e baixo risco de deformidade. Observação e imobilização inguinomaleolar bilateral em abdução; > de 6 anos: Reabsorção do pilar lateral, subluxação da cabeça femoral. Terapia definitiva precoce (osteotomia). DOENÇA DE OSGOOD-SCHLATTER DEFINIÇÃO: é a osteocondrose mais prevalente na adolescência. Acomete a tuberosidade anterior da tíbia (TAT) por microtrauma, que é o local de inserção dos tendões patelares e do quadríceps. É mais comum no sexo masculino (12 a 14 anos) e, frequentemente, associada à prática de esportes. MANIFESTAÇÃO CLÍNICA: Dor na região da tuberosidade anterior tibial e limitação do movimento do joelho acometido. Edema ou hiperemia em alguns casos. DIAGNÓSTICO: Clínica + Radiografia de Joelho em Perfil (Achado de Fragmentação da Tuberosidade Tibial, sendo “puxada” pelo tendão). TRATAMENTO: Sempre conservador, com indicação de repouso relativo e analgesia (AINE’s apresentam benefício controverso), além do uso de contensor infrapatelar. SINOVITE TRANSITÓRIA DO QUADRIL DEFINIÇÃO: É uma sinovite idiopátia da articulação do quadril, mais comum em crianças de 3 a 8 anos. Quadro agudo de claudicação dolorosa. Pródromo:

Infecção prévia do trato respiratório superior de 7-14 dias antes dos sintomas.

Quadro clínico:

Febre inexistente ou baixa; Claudicação leve a moderada; Dor persiste por 10 dias, com melhora gradual e espontânea

Mobilização articular:

Limitação parcial;

Exames laboratoriais:

Leucograma, hemograma, VHS e PCR: normais; Leucócitos: 5.000-15.000, com menos de 25% de PMN

Diagnóstico:

Clínico.

Tratamento:

Sintomáticos, limitação das atividades, Recuperação dentro de 3 semanas.

#KetResumos JOELHO VARO E VALGO EVOLUÇÃO NATURAL Ao nascimento até início da marcha: Varo fisiológico 6º ao 12º mês: Varo fisiológico máximo 18º ao 24º mês: Neutro 2 a 7 anos: Valgo progressivo Adulto: Valgismo fisiológico residual: - Homem: 5-7 graus; - Mulher: 7-9 graus. Ângulo metáfiso-diafisário normal: até 16 graus. JOELHO VARO Pode causar compressões no compartimento medial e distensões constantes e progressivas nas estruturas cápsuloligamentares laterais. Se não corrigida leva a instabilidade do joelho e desenvolvimento de artrose. Entre as causas patológicas destaca-se o raquitismo, displasia ósseas e deformidades congênitas. AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA: Deformidades progressivas, Assimetria, Persistência e Angulação maior que 15º. TRATAMENTO: Acompanhamento ambulatorial e orientações. Se “deformidade” persistente: Órtese de Kafo ou Osteotomia Tibial. JOELHO VALGO O genuvalgo tem uma tendência à correção espontânea em 95% dos casos. As crianças sintomáticas em geral são obesas, com atitude de pronação dos pés, sendo que algumas referem dor na panturrilha e na face anterior da coxa. Durante a fase de valgo fisiológico, radiografias são indicadas apenas: Na evidência de baixa estatura; Discrepância entre os membros; Histórico de trauma, infecção ou doença osteometabólica. TRATAMENTO: osteotomias ou fechamentos definitivos ou provisórios das placas de crescimento na sua porção medial, as hemiepifisiodeses.

PÉ TORTO CONGÊNITO DEFINIÇÃO: O pé torto é caracterizado pela aparência do pé torcido ou até mesmo totalmente invertido. Predomina no sexo masculino e pode ser bilateral em 50% dos casos. DIAGNÓSTICO: É essencialmente clínico, sendo observadas as deformidades já ao nascimento TRATAMENTO: O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico, sempre dando prioridade ao conservador, com manipulações e trocas de gesso, seguidas pelo uso órtese de Dennis-Browne. Caso não sejam alcançados bom resultados, o cirúrgico é indicado. DOENÇA DE SEVER DEFINIÇÃO: Inflamação da apófise de crescimento da tuberosidade posterior do calcâneo. Mais comum em meninos de 5 a 12 anos. A diminuição da espessura do coxim adiposo de amortecimento do calcâneo e da camada córnea está associada ao desenvolvimento da doença. MANIFESTAÇÃO CLÍNICA: Dor no calcâneo que se manifesta em associação com esforços, limitando o desempenho funcional. Existe uma associação com obesidade e com o início da prática de esportes. TRATAMENTO: Utilização de palmilhas de amortecimento para o calcâneo e crioterapia local. Nas crises álgicas, pode-se utilizar AINE’s e suspender as atividades desportivas.

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CIRURGIAS PEDIÁTRICAS ONFALOCELE E GASTROSQUISE ONFALOCELE DEFINIÇÃO: Defeito central no fechamento da parede abdominal, com aproximadamente 4 cm ou mais de diâmetro. Este defeito permite a formação de um “saco herniário”, que pode conter tanto vísceras ocas (alças intestinais) quanto sólidas (fígado) recobertas por peritônio. Anomalias associadas ocorrem em 30 a 70% dos casos (anormalidades cromossômicas, cardiopatias).

GASTROSQUISE DEFINIÇÃO: Ocorre exteriorização das alças intestinais em virtude de um defeito na parede abdominal, geralmente pequeno (2-4 cm) e à direita do cordão umbilical. Não há saco herniário. As vísceras sólidas permanecem dentro da cavidade. A presença de anomalias associadas é rara, exceto as anomalias intestinais associadas.

TRATAMENTO DA ONFALOCELE E GASTROQUISE Instituído após estabilização (monitorarização de temperatura e volemia) da criança e início de antibioticoterapia profilática. O tratamento visa a redução das vísceras abdominais para a cavidade e fechamento primário do defeito.

HÉRNIA UMBILICAL DEFINIÇÃO: Resulta do fechamento incompleto das fáscias dos retos abdominais na cicatriz umbilical. É mais comum em RN’s de baixo peso. Raramente causam sintomas na infância e evoluem, em 80% dos casos, para fechamento espontâneo do defeito por volta dos 5 anos de idade. TRATAMENTO: A cirurgia está indicada em casos de encarceramento, em anel herniário maior que 2 cm e na persistência após os 5 anos de idade. ESTENOSE HIPERTRÓFICA DE PILORO DEFINIÇÃO: Hipertrofia da musculatura circular do piloro, determinando estreitamento/suboclusão ao esvaziamento gástrico e alongamento pilórico. MANIFESTAÇÃO CLÍNICA: Apresenta-se com surgimento progressivo de vômitos não biliosos, em jato. Ao exame físico, o paciente encontra-se irritado, com abdome ligeiramente escavado, com ganho ponderal insuficiente. DIAGNÓSTICO: Clínico com a palpação de tumoração em epigástrio (oliva pilórica), que representa o piloro estenosado. Se a palpação for inconclusiva, a USG (anel hipoecoico típico com centro ecogênico de ↑ da espessura muscular) confirma o diagnóstico. TRATAMENTO: Pilorotomia extramucosa com secção e liberação da musculatura hipertrofiada.

#KetResumos INVAGINAÇÃO (INTUSSUSCEPÇÃO) INTESTINAL DEFINIÇÃO: Ocorre invaginação quando um segmento do intestino penetra em outro localizado mais distalmente, ocasionando obstrução intestinal e compressão vascular da alça invaginada. A forma mais comum é a ileo-cólica. O retorno venoso é comprometido, levando ao edema da alça com isquemia e necrose subsequentes. MANIFESTAÇÃO CLÍNICA: Obstrução intestinal em criança previamente hígida, com cólicas intermitentes, palidez e fácies de sofrimento. Com o progredir surgem vômitos e a eliminação de fezes com muco e sangue. DIAGNÓSTICO: É definido pela palpação de massa constituída pela “cabeça” do segmento invaginado. A USG abdominal pode auxiliar no processo TRATAMENTO: Nas crianças em boas condições e que estejam evoluindo há menos de 24h, o tratamento de escolha é a redução hidrostática ou pneumática por endoscopia. A abordagem cirúrgica está indicada para pacientes com sinais de irritação peritoneal, na presença de instabilidade hemodinâmica e em situações de falência da abordagem conservadora. SINAL DO ALVO

SINAL DE ROSA

DIVERTÍCULO DE MECKEL DEFINIÇÃO: Divertículo verdadeiro localizado a aproximadamente 45-60 cm da válvula ileocecal. Geralmente é assintomático, sendo identificado acidentalmente em laparotomia. As complicações mais encontradas são o sangramento, inflamação e obstrução. TRATAMENTO: Na presença de hemorragia digestiva, o tratamento consiste na ressecção do segmento ileal contendo o divertículo. Em situações onde o DM é encontrado de forma incidental, muitos concordam em ressecar o segmento, pelo risco de complicações futuras. HIDROCELE DEFINIÇÃO: Acúmulo de líquido peritoneal ao redor do testículo, no interior da túnica vaginal, devido à persistência total ou parcial do processo vaginal, que acompanha o testículo na sua migração para o escroto. HIDROCELE SIMPLES: Acúmulo de líquido ao redor do testículo, após a obliteração proximal completa do processo vaginal. Comum ao nascimento, frequentemente bilateral; HIDROCELE COMUNICANTE: Decorre da obliteração incompleta do processo vaginal, que permite o enchimento e esvaziamento da túnica vaginal ao redor do testículo com líquido peritoneal. Responsável pela maioria das hidroceles em recém-nascidos e crianças. DIAGNÓSTICO: História clínica + Exame físico. No exame físico, pode ser identificada pela manobra de transiluminação do escroto. Em caso de dúvidas, a USG de Bolsa escrotal pode ser solicitada. TRATAMENTO: A conduta inicial é expectante, já que a maioria dos casos se resolve espontaneamente até o primeiro ano de vida. Caso persista após este período, o tratamento é cirúrgico, com o fechamento do CPV. CRIPTORQUIDIA DEFINIÇÃO: Consiste na falha de descida do testículo ao escroto. Tem incidência aumentada nos prematuros. O testículo tende a descer nos primeiros meses. Caso não ocorra a migração até os 9 meses de vida, provavelmente o órgão não “descerá” mais. No exame físico, o testículo pode ou não ser palpável. Quando palpável, é classificado em retrátil, ectópico ou inguinal. O testículo impalpável pode ser intra-abdominal ou ausente. DIAGNÓSTICO: Na maior parte das vezes é clínico, através do exame físico. Em casos do testículo não palpável, a laparoscopia se encontra indicada. A criptorquidia, quando bilateral, requer exame de cariótipo para que o sexo seja definido. TRATAMENTO: A cirurgia é indicada na maioria dos casos. Idealmente, a orquidopexia deve ser realizada entre 9-15 meses de vida, através de um acesso inguinal.

#KetResumos TORÇÃO TESTICULAR DEFINIÇÃO: Acontece quando o testículo e cordão espermático (responsável pela vascularização do órgão) sofrem um ou mais giros, no eixo vertical, resultando em edema progressivo da gônada, obstrução venosa e comprometimento de sua perfusão arterial. Isquemia tecidual e, eventualmente, infarto do órgão e necrose são as principais e mais temidas complicações. CLÍNICA/DIAGNÓSTICO: O paciente queixa-se de dor testicular súbita unilateral. No exame físico, temos testículo aumentado de volume e horizontalizado. A USG com Doppler da bolsa escrotal é o método complementar de escolha para confirmação diagnóstica. TRATAMENTO: Cirúrgico e em caráter de emergência, já que a viabilidade do testículo é dependente do tempo. Após a abertura da rafe do escroto, o testículo é acessado, destorcido e sua viabilidade avaliada. Em seguida é realizada orquidopexia bilateral (fixação dos testículos em dois pontos na bolsa escrotal). FIMOSE DEFINIÇÃO: Impossibilidade de retração manual do prepúcio com exposição da glande. Pode ocorrer uma dificuldade de exposição da glande nos RN’s, por conta de aderências fisiológicas, tendo resolução do quadro em 90% dos pacientes até os 3 anos de idade. CLASSIFICAÇÃO: Grau 1 = Retração completa do prepúcio, sem estreitamento do mesmo atrás da glande; Grau 2 = Retração completa do prepúcio, com estreitamento do mesmo atrás da glande. Grau 3 = Exposição parcial da glande, limitada pelo prepúcio; Grau 4 = Retração discreta, mas não há exposição nem da glande, nem do meato uretral; Grau 5 = Nenhuma retração do prepúcio. TRATAMENTO: A abordagem inicial é com o uso tópico de cremes de corticosteroides (Postec), com sucesso de 70 a 80% em 6 a 7 semanas de acompanhamento. Nos pacientes com fimose que não responderam ao tratamento conservador e não apresentam complicações (Ex.: ITU e Balanopostites de repetição), o momento para realização da Postectomia varia entre 3-10 anos de idade. PARAFIMOSE DEFINIÇÃO: é uma situação de emergência. Ela é caracterizada pelo prepúcio retraído com um anel constritivo localizado ao nível do sulco balano-prepucial, ocasionando estrangulamento e edema. TRATAMENTO: A conduta consiste em redução manual imediata com o auxílio de lubrificantes; contudo, antes da recolocação do prepúcio em volta da glande é necessário um controle apropriado da dor e redução do edema, sendo utilizados anestesia tópica e gelo local. Na incapacidade de redução, existe necessidade de intervenção cirúrgica pelo risco de complicações isquêmicas.

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MEDICINA

RESUMO - SEMANA 4

INFECÇÕES CONGÊNITAS TRAUMA MAUS TRATOS PREVENÇÃO DE ACIDENTES DISTÚRBIOS NUTRICIONAIS REFLUXO GASTROESOFÁGICO

Ketoly Pascoal Colati 11º Período

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INFECÇÕES CONGÊNITAS CONCEITO: Infecções que são transmitidas ao feto in utero por via hematogênica transplacentária. Sífilis Congênita Toxoplasmose Congênita EXAMES PRÉ-NATAIS: Rubéola Congênita VDRL Citomegalia Congênita

TOXOPLASMOSE IgG E IgM

Importante causa de morte intrauterina, CIUR e prematuridade. Diferenciar das infecções perinatais: Sepse, HIV e Herpes. “Ascendem pelo canal de parto.” TRANSMISSIBILIDADE X GRAVIDADE INÍCIO DA GESTAÇÃO MENOR Transmissibilidade MAIOR Gravidade Clínica

FINAL DA GESTAÇÃO MAIOR Transmissibilidade MENOR Gravidade Clínica

Maioria é assintomática ao nascer. Quando há manifestação clínica ela é semelhante entre as infecções. (Ex.: visceromegalias, microcefalia, plaquetopenia, icterícia, exantemas...) Quando investigar? SUSPEITA: Através das sorologias da gestante e do RN. ATENÇÃO!! IgG MATERNO ultrapassa placenta IgM MATERNO não ultrapassa placenta IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL COM EFICIÊNCIA

SÍFILIS CONGÊNITA INFECÇÃO CONGÊNITA MAIS COMUM NO BRASIL AGENTE: Treponema pallidum (bactéria espiroqueta) TRANSMISSÃO: Transplacentária Pode ocorrer em qualquer estágio da gestação ou fase da doença materna, porém, a fase da doença materna está diretamente relacionada ao risco de transmissão. O risco é maior em mulheres NÃO TRATADAS durante as fases primária e secundária (70100%). Na GESTANTE: Sífilis primária: Cancro duro. Desaparece após 4 semanas. Sífilis secundária: Lesões cutaneomucosas. Sífilis terciária: Tabes dorsalis, tubérculos/gomas e artropatia. Sífilis latente: Portador assintomático.

QUADRO CLINICO SINTOMAS: Maioria assintomático ao nascer (50%). Os primeiros sintomas somente aparecerão em torno do 3° mês de vida. Quando sintomático ao nascer, o RN pode apresentar as seguintes manifestações, em ordem DECRESCENTE de frequência: Hepatoesplenomegalia Prematuridade Restrição do crescimento uterino (CIUR)

Lesões Cuteneomucosas: - Pênfigo palmoplantar - xantema Maculopapular - Rinite serossanguinilenta

Lesões ósseas: - Periostite - Osteíte ou osteocondrite Edema, hidropsia Menigoencefalite assintomática Anemia

A clínica pode ser dividida em precoce e tardia. PRECOCE (ATÉ 2 ANOS DE VIDA) O RN pode ser prematuro ou pequeno para a idade gestacional LESÕES CUTANEOMUCOSAS: são ricas em treponemas e permitem o contágio da doença pelo contato direto PÊNFIGO PALMOPLANTAR: Lesões maculopapulares, eritematosas. Único surto. SIFÍLIDES: Lesões que se apresentam como máculas e pápulas (dorso, nádegas e coxas). CONDILOMA PLANO: Em torno do ânus, vulva e boca. RINITE (CORIZA SIFILÍTICA): É a manifestação mais precoce. Apresenta-se com secreção mucossanguinolenta. Se houver lesão da cartilagem nasal, poderá surgir o NARIZ EM SELA, estigma da sífilis.

#KetResumos LESÕES ÓSSEAS: São as manifestações clínicas MAIS FREQUENTES. O acometimento é simétrico e localizado em ossos longos (úmero, rádio, fêmur e tíbia). São autolimitadas, curando-se com ou sem tratamento. OSTEOCONDRITE METAFISÁRIA: 75 a 100% dos sintomáticos. Epífise quase sempre preservada. Lesões extremamente dolorosas com impotência funcional (PSEUDOPARALISIA DE PARROT). SINAL DE WIMBERGER: inflamação da metáfise da margem superior interna da tíbia. (visto na radiografia). PERIOSTITE: Acomete diáfise dos ossos longos e ossos do crânio. Espessamento extenso e bilateral da diáfise (SINAL DO DUPLO CONTORNO). OUTRAS LESÕES: VISCERAIS: Hepatoesplenomegalia. SISTEMA NERVOSO CENTRAL: Meningite. OCULARES: Coriorretinite (PADRÃO SAL E PIMENTA). HEMATOLÓGICAS: Anemia hemolítica com Coombs negativo, leucopenia, leucocitose com monocitose e plaquetopenia. TARDIA (APÓS 2 ANOS DE VIDA) As anomalias NÃO são mais contagiosas e resultam, principalmente, da cicatrização que sucede as lesões inflamatórias encontradas na sífilis precoce. SEQUELAS DA PERIOSTITE NA FASE AGUDA: o Fronte olímpica (bossa frontal); o Espessamento da junção esternoclavicular (SINAL DE HIGOUMENÁK); o Arqueamento da porção média da tíbia (TÍBIA EM SABRE). o FACE: NARIZ EM SELA, maxilar curto e rágades (por fissuras peribucais). Anormalidades dentárias: DENTES DE HUTCHINSON E MOLARES EM AMORA. LESÃO DE 8º PAR CRANIANO: levando a surdez e vertigem. Manifestação ocular: Ceratite Intersticial ARTICULAÇÃO DE CLUTTON: derrame estéril na articulação dos joelhos. Hidrocefalia Retardo mental

TRÍADE DE HUTCHINSON Ceratite Intersticial Dentes de Hutchinson Surdez

DIAGNÓSTICO Pesquisa direta do treponema (lesões úmidas) - negativa após 1º dia de tratamento. Sorologias: NÃO TREPONÊMICO – VDRL INESPECÍFICO: Não avaliam anticorpos contra treponema e sim contra complexo lipídico que o treponema libera quando é lesado. RN: Amostra do SANGUE PERIFÉRICO RESULTADO: (Não reagente, não exclui infecção) Qualitativo (“REAGENTE ou NÃO REAGENTE”) → Avalia IgM e IgG Quantitativo (Titulações 1:2, 1:8 etc.) VDRL reagente no RN: Não há necessariamente infecção, uma vez que o IgG materno ultrapassa a placenta. VDRL do RN for igual ou menor que o da mãe  IgG é materno? Repetir VDRL em 15 dias. Títulos ascendentes a infecção é ativa e provável. VDRL do RN for maior que o da mãe: Provavelmente infectado. TESTES TREPONÊMICOS – FTA-ABS Detectam anticorpos específicos contra o Treponema pallidum. Exame específico. Úteis na confirmação diagnóstica e na exclusão de resultados VDRL falso-positivos; Permanecem reagentes por toda a vida, mesmo após a cura; NÃO são recomendados para RN (FTA-ABS não titula). OUTROS EXAMES Hemograma/ Perfil Hepático/ Eletrólitos - Todo RN com sífilis congênita ou suspeita. Possíveis achados: Anemia, plaquetopenia, leucopenia ou leucocitose (em geral com linfocitose ou monocitose). Radiografia de ossos longos - Realizar em todo RN com sífilis congênita ou suspeita, pois até 20% dos infectados assintomáticos podem ter como única manifestação a presença de alterações radiográficas. LCR - Punção lombar para investigação de comprometimento neurológico em todo os casos de sífilis congênita. VDRL, celularidade e a proteinorraquia.

#KetResumos PARÂMETRO

LEUCÓCITOS

LCR NORMAL PRÉ-TERMO 9 + 8 céls/mm3

LCR NORMAL A TERMO 8 + 7 céls/mm3

LCR SUGESTIVO NO RN

LCR SUGESTIVO CRIANÇAS > 28 DIAS

3 (LVN: 0-32 céls/mm3) Maior que 25céls/mm 90mg/dL (LVN: 20-170mg/dL) Maior que 150mg/dL

Maior que 5céls/mm3

PROTEÍNAS

(LVN: 0-29 céls/mm3) 115mg/dL (LVN: 65-150mg/dL)

VDRL

Não reagente

Não reagente

Reagente

Reagente

Maior que 40mg/dL

LVN: limite de variação do normal

OBS.: A cada 500 hemácias, desconta 1 leucócito.

RASTREIO NA GESTAÇÃO VDRL no 1º e 3º trimestre de gravidez e repetido na admissão para trabalho de parto ou aborto.  Mãe com VDRL POSITIVO  Coleta do sangue periférico do RN. Nenhum RN deve receber alta do berçário antes do resultado do VDRL da mãe.

TRATAMENTO NA GESTAÇÃO ESTÁGIO DA DOENÇA

TRATAMENTO RECOMENDADO

ALTERNATIVA

Gestantes

Penicilina G Benzatina (2,4 milhões UI, IM) Dose de acordo com a fase da doença

NÃO HÁ ALTERNATIVA COMPROVADA

Recente - Primária - Secundária - Latente Recente: 28 dias) → Mantém os mesmos esquemas recomendados, porém com intervalos diferentes: o Penicilina G Cristalina: de 4 em 4 horas. o Penicilina G Procaína: de 12 em 12 horas, mantendo-se os mesmos esquemas de doses recomendados. Interrupção do tratamento por mais de 24 horas → Reiniciar o esquema. Precaução de contato para todos os casos de sífilis congênita por até 24 horas após o início do tratamento com penicilina. SEGUIMENTO DO RN Consultas mensais até o sexto mês e bimensais do 6º ao 12º mês; Realizar VDRL com 1, 3, 6, 12 e 18 meses (interromper se 2 exames consecutivos negativos); Se elevação de títulos ou não negativação até os 18 meses: reinvestigar e tratar; Acompanhamento oftalmológico, neurológico e audiológico semestral por 2 anos; Casos onde o LCR esteve alterado: punção lombar de 6/6 meses até a normalização do LCR Após os 18 meses de idade: realizar Fta-abs para a confirmação do caso;

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TOXOPLASMOSE CONGÊNITA AGENTE: Toxoplasma gondii → Protozoário TRANSMISSÃO: Via transplacentária após infecção materna primária ou reativação de infecção latente em mulheres imunodeprimidas Risco de transmissão médio é de 40%; EPIDEMIOLOGIA: Brasil tem uma das taxas mais elevadas de prevalência (1:3.000 nascidos vivos). IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL COM EFICIÊNCIA DIAGNÓSTICO MATERNO Realizar sorologia IgG e IgM materna na primeira consulta de pré-natal. Repetir o exame em 2 a 3 meses se susceptível (contato com animais domésticos, terra, dieta com carne mal passada, etc). SOROLOGIA MATERNA E CONDUTA Se IgM e IgG positivos: Infecção aguda ou crônica? Fazer o teste de avidez do IgG (Se 1, 45 m de altura: banco com cinto de segurança. Viajar no banco traseiro até 13 anos.

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INJÚRIAS INTENCIONAIS: VIOLÊNCIA (maus-tratos) Na maioria dos casos, os agressores são pessoas conhecidas pela criança. O pai e a mãe têm sido identificados como os principais agentes da agressão. Classicamente os maus-tratos são divididos em quatro categorias: Abuso físico Abuso psicológico Abuso sexual Negligência Sindrome de Münchausen por procuração: um dos pais simula ou causa a doença no próprio filho FATORES DE RISCO Pais jovens, sem amadurecimento emocional e sem rede de apoio familiar; Gestação indesejada ou fruto de relação extraconjugal ou na adolescência; Uso de fumo, álcool e drogas ilícitas; Situação econômica precária; Mãe abandonada pelo parceiro; Depressão e outras doenças psiquiátricas; História prévia de abandono; Doença crônica ou malformações no bebê; Idealização exagerada do filho. ABUSO FÍSICO É o uso da força física de forma intencional, não-acidental, praticada por pais, responsáveis, familiares ou pessoas próximas da criança ou adolescente, com o objetivo de ferir, danificar ou destruir esta criança ou adolescente, deixando ou não marcas evidentes. QUANDO SUSPEITAR? Existe discrepância entre a história e o grau de lesões físicas; Intervalo de tempo prolongado entre o trauma e a procura por atendimento médico; História de traumatismos de repetição e de atendimentos em diferentes hospitais; A história do trauma muda ou é diferente entre os pais ou cuidadores; Os pais não respondem de forma adequada ou são evasivos; MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Criança triste, fala pouco, fecha os olhos e protege o rosto. PELE: equimose, contusões, lacerações, cortes, lesões cicatriciais, queimaduras. Encontradas particularmente em nádegas, face, dorso, punhos e tornozelos. Podem apresentar-se em diferentes estágios de evolução ou na forma do objeto agressor. Queimaduras: apresentação em ‘’ luva” ou em ‘’meia”, ou numular em casos de queimaduras por cigarro. OSSOS: fraturas múltiplas, bilaterais e em diferentes estágios de consolidação. Em região de costelas posteriores, escápula e as que ocorrem no mesmo local. SISTEMA NERVOSO CENTRAL: traumatismo craniano é a principal causa de mortalidade, em 8 a 12% dos casos. O encontro de fraturas na ausência de acidente automobilístico é sugestivo. o SÍNDROME DO BEBÊ SACUDIDO, caracterizado por hemorragia subdural, subaracnoidea, edema cerebral difuso, hemorragia retiniana (50- 80% dos casos). Ausência de outros sinais de lesão. ABDOME: 2 ª causa de morte. Geralmente causadas por socos ou pontapés.

#KetResumos ABUSO PSICOLÓGICO O agente agressor utiliza de ações verbais ou atitudes para humilhar, culpar, rejeitar ou até ameaçar a criança ou adolescente, criando um sentimento de menos valia e baixa autoestima que influenciarão negativamente o desenvolvimento psíquico do indivíduo envolvido. Exemplos: testemunho de violência, síndrome da alienação parental, bullying. MANIFESTAÇÕES CLINICAS Distúrbios do desenvolvimento psicomotor, intelectual, emocional, social. Distúrbios de comportamento tais como agressividade, passividade e hiperatividade. Problemas psicológicos que vão desde a baixa autoestima, problemas no desenvolvimento moral e dificuldades em lidar com a agressividade e a sexualidade. Distúrbios do controle de esfíncteres (enurese, encoprese). Psicose, depressão e tendências suicidas. ABUSO SEXUAL Presume-se violência sempre que o indivíduo tiver menos de 14 anos, ou for deficiente mental ou quando a vítima não puder resistir a agressão. Cerca de 80 % dos casos o agressor é um homem. 20% existe contato oral-genital ou penetração. Mais prevalente no sexo feminino MANIFESTAÇÕES CLINICAS Pode não apresentar sinais clínicos de violência Apresentam queixas vagas como: dor abdominal, constipação, enurese, encoprese, disúria, corrimento vaginal, masturbação excessiva, distúrbios do sono, distúrbios da fala, baixo desempenho escolar e distúrbios do comportamento. LESÕES GENITAIS o Região vulvar: hematomas, lesão de mucosa, de uretra, lacerações clitorianas o Vagina: hemorragias, rotura do fundo de saco, rotura himenal (nem sempre faz diagnóstico de abuso). o Lesões anais: lacerações de mucosa, rotura de esfíncter, rotura de mucosa retal ou formação de abscessos locais. CONDUTA ACOLHIMENTO DA VÍTIMA EXAME FÍSICO COMPLETO PROVIDÊNCIAS LEGAIS: o Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais. (Lei n. 8069/1990). o A violência sexual e a tentativa de suicídio passam a ter notificação imediata (24 horas) para a Secretaria Municipal de Saúde. (Portaria GM/MS nº 1.271, de 6 de junho de 2014, define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças) o A ausência de denúncia é considerada crime. INTERNAÇÃO HOSPITALAR: o Há risco de vida para a criança ou adolescente o Há gravidade no quadro clínico, seja pela repercussão física ou psíquica o Risco de novas agressões ABORDAGEM DA CRIANÇA VÍTIMA DE ABUSO SEXUAL Solicitar exames laboratoriais: VDRL: na admissão, 3 e 6 meses depois; Anti-HIV: na admissão, 3 e 6 meses depois; HBsAg: na admissão, 3 e 6 meses após Anti-HCV: na admissão, 3 e 6 meses depois Transaminases, hemograma, glicose, ureia e creatinina: admissão e 2 semanas após o evento. Realizar profilaxia para: PROFILAXIA CONTRA GRAVIDEZ: LEVONORGESTREL, 2 comp (0,75mg/comp), VO, dose única . REALIZAR QUIMIOPROFILAXIA CONTRA HIV /AIDS: Iniciar em 24 horas após exposição, ou até no máximo 72 horas, com duração de 4 semanas, sem interrupção. PROFILAXIA CONTRA DST NÃO VIRAIS- Crianças e adolescentes pesando até 45 kg o Sífilis - PENICILINA G BENZATINA: 50.000UI/Kg, dose única, IM. o Gonorreia – CEFTRIAXONE: 125mg, dose única IM o Clamídia - AZITROMICINA: 20 mg/kg, dose única, VO (máx 1g) PROFILAXIA CONTRA A HEPATITE B (imunoglobulina e confirmar vacinação)

#KetResumos NEGLIGÊNCIA É o ato de omissão do responsável pela criança ou adolescente em prover as necessidades básicas para o seu desenvolvimento. O abandono é a forma de gravidade máxima. APRESENTAÇÃO Aspecto de má higiene (corporal, roupas sujas, dermatite de fraldas, lesões de pele de repetição). Desnutrição por falta de alimentação, por erros alimentares persistentes, por restrições devido a ideologias dos pais (vegetarianos estritos, por exemplo). Abandono do tratamento para doenças crônicas. Distúrbios de crescimento e desenvolvimento sem causa orgânica. Falta ou ausência escolar.

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DISTÚRBIOS NUTRICIONAIS Os primeiros mil dias de vida (da concepção até os dois anos de vida) são os mais vulneráveis à desnutrição, e este dano precoce ao crescimento e desenvolvimento provoca consequências futuras na saúde do indivíduo, com prejuízo na capacidade intelectual, desempenho escolar, produtividade laborativas. EPIDEMIOLOGIA Declínio 72% nas taxas de desnutrição nos últimos 25 anos. Aumento nos índices de sobrepeso e obesidade. Incidência de baixo peso ao nascer declinando de 11% para 8%. Aumento na prevalência da anemia.

#KetResumos DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO-PROTEICA (DEP) A desnutrição é um distúrbio na nutrição decorrente da falta concomitante de calorias e de proteínas em diferentes proporções. Pode ser dividida em PRIMÁRIA e SECUNDÁRIA: PRIMÁRIA resulta da combinação de três fatores ambientais: o Carência alimentar, o Falta de acesso a condições sanitárias e serviço de saúde o Falta de práticas de cuidados infantis. SECUNDÁRIAS são provocadas por doenças que aumentam as necessidades metabólicas, diminuem a absorção intestinal ou levam a perda de nutrientes. CONSEQUÊNCIAS do DEP Uma das principais causas de mortalidade e morbidade nas crianças abaixo de 5 anos. Aumenta a gravidade e a mortalidade das infecções intercorrentes. Hipoatividade, diminuição do ganho de peso e estatura. Alterações hormonais (aumento de cortisol, hormônio do crescimento, catecolaminas e diminuição de glicose e aminoácidos. Alterações imunológicas, neurológicas, gastrintestinais, cardiovasculares e renais. COMBATE A DESNUTRIÇÃO INFANTIL A OMS destaca as principais intervenções globais em prol do combate à desnutrição infantil: INTERVENÇÕES MATERNAS: suplementação de ferro e ácido fólico na gestação, utilização do sal iodado, suplementação de cálcio materno, redução do tabagismo; INTERVENÇÕES NEONATAIS: promoção do aleitamento materno; INTERVENÇÕES INFANTIS: promoção do aleitamento materno, melhorias da qualidade da alimentação complementar, suplementação de ferro, zinco, vitamina A e iodo, e estimulação de práticas de higiene. DIAGNÓSTICO O diagnóstico de desnutrição é feito a partir da história clínica da criança (história gestacional, HPP, vacinação, anamnese alimentar e social), bem como pelo seu exame físico. As medidas de peso, estatura, perímetro cefálico são imprescindíveis para o diagnóstico. O uso da circunferência de braço é apontado como uma medida simples, eficaz e de boa precisão para o diagnóstico de desnutrição grave. Peso x Idade, Peso x Estatura, Estatura x Idade, IMC x Idade, também se prestam a avaliação antropométrica e avaliação do estado nutricional infantil. O diagnóstico de déficit ponderal ou desnutrição é feito com base nos percentis/escores Z das novas curvas da OMS.

FORMAS CLÍNICAS – DEP GRAVE DEP grave é aquela que se verifica algumas das condições abaixo: Índices de peso ou estatura para idade estão abaixo de 3 DP da média; Circunferência braquial abaixo de 115 mm nas crianças entre 6 e 59 meses; Edema com cacifo bilateral.

#KetResumos As principais são o marasmo e o kwashiorkor. MARASMO o Significa “desgaste”; o Deficiência calórica total; o Instalação insidiosa, permitindo adaptações do organismo à deficiência; o Retirada do aleitamento materno precoce, substituindo-o por formulas caloricamente deficientes; Combinado com a ignorância sobre higiene e atrasos das vacinas, leva a quadro infecciosos preveníveis, que iniciam o ciclo vicioso, que leva ao marasmo; o Apetite preservado; o Anemia e diarréia são comuns, abdome volumoso. KWASHIORKOR o Deficiência dietética de proteína; o Criança “consumida”; o Edema; o Alterações mentais/comportamentais (apatia, hipoativa) o Sem apetite; o Tecido subcutâneo presente; o Hepatomegalia (esteatose).

CLASSIFICAÇÃO PELO MS

EXAMES LABORATORIAIS PROTEINAS SÉRICAS HEMOGRAMA, FUNÇÃO RENAL E HEPÁTICA, ELETRÓLITOS. GLICEMIA URINA TIPO 1 EPF CULTURA (COPROCULTURA, HEMOCULTURA E UROCULTURA)

#KetResumos TRATAMENTO INDICAÇÕES DE HOSPITALIZAÇÃO NA DEP: 1- Crianças cujo peso para altura esteja abaixo de - 3 DP (magreza acentuada); 2- Crianças com edema simétrico envolvendo no mínimo os pés; 3 - Presença de descompensação. O tratamento envolve 3 fases: Estabilização, reabilitação e acompanhamento ESTABILIZAÇÃO (1-7 DIAS) HIPOGLICEMIA: glicose sanguínea é inferior a 54mg/dl (menor de 3 mmol/l). o Criança consciente: 50ml de glicose ou sacarose a 10%, via oral ou nasogástrica. Alimentar a cada 2horas, durante todo o período. Repetir glicemia capilar após 30 minutos. o Criança inconsciente, letárgica ou com convulsão: 5ml/kg de glicose a 10%, intravenoso em bolus e manter velocidade de infusão de glicose (VIG) de 4-6mg/kg/min. o Inicia Antibioticoterapia de amplo espectro. HIPOTERMIA: Temperatura axilar abaixo de 35,0 ºC ou a temperatura retal abaixo de 35,5 ºC. Deve-se aquecê-la e monitorar. DESIDRATAÇÃO: o Criança consciente: ReSoMal, 5ml/kg a cada 30 minutos por 2 horas, via oral ou nasogástrica e posteriormente, 510ml/kg /hora nas próximas 4-10 horas. Repor 50-100ml de ReSoMal para crianças abaixo de 2 anos e 100-200ml para crianças maiores de 2 anos, após cada episódio de diarréia ou vômito. o Criança inconsciente: Solução glico-fisiológica 1:1. Deve-se administrar 15ml/kg, intravenoso por uma hora e monitorizar a criança cuidadosamente para sinais de hiperidratação; se não houver melhorar, repetir a hidratação venosa por mais uma hora. Assim que possível, deve-se substituir a hidratação venosa por hidratação oral ou nasogástrica com o ReSoMal no volume de 10ml/kg/hora. o MONITORIZAÇÃO!! Distúrbios Hidroeletrolíticos: A OMS recomenda a adição de potássio e magnésio extras nos preparados alimentares dessas crianças (3-4mmol/kg/dia e 0,4-0,6mmol/kg/dia, respectivamente). (+ RESOMAL) INFECÇÃO: o Criança sem sinais de infecção - amoxicilina 25mg/kg/dose, via oral, de 12/12h durante 5 dias. o Criança letárgica com hipoglicemia, hipotermia ou com sinais clínicos de infecção: Gentamicina: 7,5mg/kg de peso, IM ou IV, 1 vez ao dia por 7 dias, associado à Ampicilina: 50mg/kg de peso, IM ou IV a cada 6 horas, por 2 dias, seguido por: Amoxicilina, 15mg/kg de peso, via oral de 8/8h durante 5 dias. o Obs: Se amoxicilina não disponível, dê Ampicilina, 25mg/kg via oral a cada 6 horas. Deficiências de Micronutrientes: Tratar deficiência de Vitamina A: Crianças sem manifestações clínicas oculares deve ser feita a administração rotineira de vitamina A, em dose única por via oral, no primeiro dia de internação. < 6meses 50000 UI; 6 meses a 1 ano 100000 UI; > 1 ano 200000 UI. Se manifestação ocular 3 doses (1º, 2º e 14º d). Anemia: Se Hb < 4 – 6 + distúrbio respiratório – sangue 10ml/kg em 3 horas. Com sinais de ICC - concentrado de hemácia 5-7 ml/kg (furosemida 1 ml/kg no início da transfusão). Reposição de micronutrientes em desnutridos graves: via oral por no mínimo 2 semanas: Cobre: 0,2 mg/kg/dia. Dose máx: 2 mg/dia; Zinco: 2 mg/kg/dia. Dose máxima: 20 mg/dia; Ferro: 3 a 4 mg/kg/dia; Vitaminas 2 vezes o recomendado (RDA) para a idade Ácido fólico: 5mg no 1º dia e após: 1mg/dia Multivitaminas – Protovit, Revitam JR. REABILITAÇÃO (2 A 6 SEMANAS) Retorna apetite, regride edema periférico Suplementação com outras vitaminas B, C, D, E e K. Ganho de peso alto: 10-15g/kg/dia. SUBSTITUIR F75 (75Kcal/100ml e 0.9 g proteína) por F100 (100Kcal / 100ml e 2.9 g proteína) em 48hs e continuada até que a criança atinja -1 DP (90%) da mediana dos valores de referências do NCHS/OMS para o peso e altura. Ferro: 3mg/kg/dia Programa alta, estimulando vínculo mãe-filho sempre!! Para promover o crescimento rápido, é necessária uma ingestão energético-protéica mais alta (150-220 Kcal/kg/dia e 4-5g de proteína/kg/dia), capaz de promover ganho de peso superior a 10g/kg/dia. Para isso, deve ser utilizado o preparado alimentar para crescimento rápido (F de crescimento rápido) que contém 100 Kcal/100ml e 2,9g de proteína/100m. ACOMPANHAMENTO 7ª a 26ª semana Acompanha-se a criança e sua família, para prevenir a recaída e assegurar a continuidade do desenvolvimento emocional, físico e mental. Deve ser vista 1 semana, 2 semanas, 1 mês, 3 meses e 6 meses após alta. Visitas 2x/ ano até que a criança tenha, no mínimo 3 anos.

#KetResumos SÍNDROME DA REALIMENTAÇÃO Complicação grave (fosfato sérico menor ou igual a 0.5mmmol/l, levando a fraqueza muscular, rabdomiólise, disfunção de neutrófilos, arritmias cardíacas, convulsões e morte súbita. Monitorização desde fase de reabilitação. Seguir processo alimentar, enteral ou parenteral, corretamente. DISTÚRBIOS CARENCIAIS DE MICRONUTRIENTES VITAMINAS (ORIGEM ORGÂNICA) E MINERAIS (ORIGEM INORGÂNICA) HIDROSSOLÚVEIS: VITAMINA C E COMPLEXO B LIPOSSOLÚVÉIS: VITAMINAS A, D, E e K. (CARÊNCIAS EM DIETAS E SINDROMES DISABSORTIVAS). VITAMINA A (RETINOL) - Fígado, gema de ovo leite e derivados; vegetal verde escuro, legumes, frutas vermelhas e amarelas. Manifestações oculares: ↓ da visão no escuro, MANCHAS DE BITOT (queratinização bulbar), fotofobia, xeroftalmia; METAPLASIA. Tratamento: > 1 ano 200.000 UI VO 2-4 semanas repete dose; < 1 ano metade. VITAMINA B1 - TIAMINA - Carne, especialmente a de porco, vísceras, peixes, gema de ovo, leite; legumes, nozes e trigo. GRAVE: BERIBÉRI - sintomas neurológicos e cardiovasculares; metabólico + precoce. Tratramento: Crianças devem receber 10mg/dia. VITAMINA B2 - RIBOFLAVINA - Leite, carnes, ovos, legumes, vegetais. Manifestações raras isoladamente: Queilite ou estomatite angular, glossite, dermatite, anemia Tratamento: 3-10MG/DIA VO ou 2mg/dia IM; * URINA 24HS < 30mcg VITAMINA BE - NIACINA - Deficiência rara; PELAGRA, dermatite, diarreia e demência. Tratamento: 50-300 mcg/dia VO ou 100 IM. VITAMINA B5 - AC. PANTOGÊNICO // VITAMINA B6 - PIRIDOXINA // VITAMINA B7 - BIOTINA - Deficiência rara e manifestações inespecíficas. Erro inato do metabolismo em neonatos. Tratamento: B6 IV 10-100mg, manutenção diária. VITAMINA B9 - AC. FÓLICO* - Gestante; anemia macrocítica, atraso do desenvolvimento psicomotor, microcefalia Tratamento: 0.5 -1mg/dia VO 4-6 semanas ou até resolver anemia. VITAMINA B12 - CIANOCOBALAMINA - Deficiência relacionada com ANEMIA PERNICIOSA, Síndromes disabsortivas, infecção por h. pylori, omeprazol*, outras. Tratamento da anemia perniciosa: 100-1000mcg IM/dia por 1 semana/mês, se persiste, repõe por toda vida. VITAMINA C - Frutas e hortaliças verdes. Deficiência por ingestão inadequada (lactentes em uso de leite de vaca em pó). Escorbuto aa < 0.2mg/dl. Tratamento: 300-500mg 3x/dia VO 3-4 semanas. VITAMINA D - Síntese cutânea 90%. Deficiências nutricionais, congênitas, secundárias, raquitismo e osteomalácia. Níveis séricos 25 (OH)D < 20ng/ml. Tratamento.:400 a 4000 UI/dia por 6-12 semanas + prevenção (até 01 ano 400 UI/dia, 1-2 anos 600 UI/dia) VITAMINA E - Óleos vegetais, grãos, sementes, vegetais. Prematuro desenvolvem 2º mês anemia hemolítica, trombocitose e edema, Tratamento: 25-50 unidades/dia por uma semana; sintomas neurológicos. Níveis séricos 32 E >1KG = 1MG IM OU EV; 1kg 0.5mg; 20 segundos + Bradicardia < 34 semanas Metilxantina (CAFEÍNA) o Dose de ataque de 20 mg/kg o Dose de Manutenção 5 mg/kg Quando passar de CPAP para ventilação mecânica? o 2 a 3 apneia/ hora ou 1 apneia com VPP.

TAQUIPNÉIA TRANSITÓRIA DO RN Autolimitado – 72h Brando Parto Cesária Rx: Infiltrado intersticial difuso Tratamento = Suporte SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO ↓ Idade Gestacional ----- ↑ Chance de desenvolver a patologia Grave e longa duração Rx: Vidro moído ou vidro fosco Tratamento: VM + surfactante exógeno Sequela: Displasia boncopulmonar SÍNDROME DE ASPIRAÇÃO MECONIAL Pacientes a termo e pós termo Sofrimento fetal ----- Mecônio Grave RX: Infiltrado grosseiro / Pneumatocele Consequência: o Pneumonia o Hipertensão Pulmonar ----- Tratamento: Óxido Nítrico / Milrinona / Sildenafila Protocolo de reanimação.

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SEPSE NEONATAL

O QUE NÃO DEVE SER ESQUECIDO SEPSE PRECOCE ou IRAS – POM o ≤ 48h o Branda o Germe: Estreptococo do grupo b (egb, s. Agalactie) e a escherichia coli. o Ampicilina + Gentamicina

SEPSE TARDIA ou IRAS OH o > 48h o Grave o Germe hospitalar

TRIAGEM INFECCIOSA: Hemograma Hemocultura PCR

RN SEM FATOR DE RISCO - CONDUTA ASSINTOMÁTICO – NADA SINTOMÁTICO – Realizar em 12h triagem infecciosa = (+) ATB empírico (Ampicilina + Gentamicina) durante 7 dias = (-) NADA OBS.: Repetir exames no D3 e no D7 de ATB. RN COM FATOR DE RISCO - CONDUTA ASSINTOMÁTICO – Realizar em 12h triagem infecciosa = (+) ATB empírico (Ampicilina + Gentamicina) durante 7 dias = (-) NADA SINTOMÁTICO – Realizar Hemocultura + ATP profilático na 1ª hora, após 12h → Realizar triagem infecciosa = (+) ATB empírico (Ampicilina + Gentamicina) durante 7 dias = (-) Manter ATB por 48/72h e repetir a Triagem, → Se Triagem = (+) Completar esquema de ATB = (-) Suspender ATB