Guillermo Fadanelli - Barracuda

F A A N E L L Bl VRI UVLUf t I V KELAT A33B37 1997 ACOttPA" R e l a t r\y ( e s p a r a a e o m I C

Views 162 Downloads 70 File size 9MB

Report DMCA / Copyright

DOWNLOAD FILE

Recommend stories

Citation preview

F A

A

N

E

L

L

Bl VRI UVLUf t I V

KELAT A33B37 1997

ACOttPA"

R e l

a t

r\y

(

e s

p a r a

a e

o

m

I

C I U D A D

DE

p

a

n a

s

a

y u

M E X I C O

o

1 9 9 7

DISEf30

DEL

C g> 1997

DR © Y M

Y O L A N D A

GUI LLERMO J.

M A R T iN E Z

FADANELLI

199 7 POR PRODUCCIONES MO HO

G U A D A R R A M A .

C A L L E A M N . 4 0 4 4 0 0

N * I 9

C O L . E D U C A C I G N

M t X I C O . D - F .

C O N S E J O N O R M A

E D I T O R I A L :

Y O L A N D A

F A D A N E L L l - G U I L L E R M O

I S B N

I M

LIBRO:

M A R T i N E Z F A D A N E L L I

9 6 8 - 7 5 7 6 - 0 5 - 7

P R E S O

E N

M

E

X

I

C

O

M A I Z E N A TU

AMOR

D E NO

L I M O L I N

FRESA

ES

BASURA,

9 FABIOLA

....................................................................

17 23

C A B EZ A

PERRA m "”

^ m

Y Ml

CAZ ARE

UN

PADRE

................................................

l N F I E R N O

8 A C A S O

EN

49 53 57

QUE

I M B EC I L?

VALERIA 10

....

........................................................

GREEN UN

V E N A D O

7 7 m a t e m

A t i c a s

8 7

P ara L O S

V I E J O S

C E R D O S

(

^A a V z e n a

f r e s a

parada un c a r t e l de C u i d e m o s el agua, es p o r e l b le n d e todos. Tenia un ve sti do color b e t a b e l y z a p a t o s de aguja s largas y charol i m p e c a b l e , y su cab e ll o n e g r o , casi de p l a s t i c o , c o r t a d o po r u nas t i j e r a s b ie n a f l l a d a s . Era tan p a l i d a c o m o una puta del Cauca so, o si se quiere, tan blanca como la a v e n a o co mo el se m e n de un toro. “ Una m ujer

b la n c a par a e sta n o ch e n e gr a y e s t u p i d a ” , pense. La c a lle b a u t i z a d a co n el n o m b r e de un s a n t o , la b a n q u e t a e s t r e c h a y del f o n d o de s u s c o l a d e r a s un o l o r a o r i n e s y s a n g r e de ra ta, y e x c r e m e n t o y a r o m a t i z a d o r W i z a r d . Ella m a n t e n i a la b a r b i i i a a l z a d a , la n u c a r e c a r g a d a en la p a r e d , y la m ir a d a e x tr a v i a d a en un cartel de letras en orm es , t i p o g r a f i a h e l v ^ t i c a : “ No hay o b s t a c u l o s , lo que h ay so n m a la s d e c i s i o n e s . ” Me d e t u v e , t e n i a los h u e v o s a r d i e n d o , tal v e z p o r q u e d e s d e h a c i a m u c h o s m e s e s no r e c o g i a a u n a d e s c o n o c i d a p a r a c u b r i r i a con mis s a b a n a s s u c ia s , Menas de m a n c h i t a s de m o s t a z a y r e f r e s c o de n a r a n j a , s a l p i c a d a s con go titas de sa n g r e y e sc u p i ta j o s de p l u m a f u e n t e . Me a c e r q u e a e l l a , m i s t e r i o s o , c o m o si g u a r d a r a la n a v a j a en la m a n o , a u n q u e en lu g a r de la hoja fi lo s a y r e fu lg e n te s a q ue unas p a s t i ll a s de f r a m b u e s a que t a m b i e n b ri l l a r o n con un rojo i n t e n s e . Y se las o fr e c f. M e ti la Nave en el o jo de la c e r r a d u r a , a ti e n t a s , p o r q u e mis ojos e s ta b a n en otr a pa rte , y mis'^la bios u n t a d o s a su p e z o n , tan d u r o c o m o u n a a v e l l a n a s e c a . “ Esp e r a t e a que e n t r e m o s , p a p i t o ” , dijo,

H

1o

y su p a p i t o o b e d e c i o , e m p u j o la p u e r t a de p ino co n o l o r a vi ej o y a b a r ni z, e n c e n d i o la luz de un f o c o de 50 w a t t s y la i n v i t o a e n t r a r a un dep a rt a m e n t o sin a lfo m b ra s, ni lav a d o ra

D

en el ba no , ni c l o s e t de p u e r t a s averi ada s, ni p e c e r a s con p e c e s de ojos

s a l t o n e s , nl e n v o l t u r a s de c h o c o l a t e H e r s h e y s t i r a d a s en el t a p e t e del b a h o . Y e l l a e n t r o , tea c o m o en r e a l i d a d er a, d e s c u b i e r t a p o r la vil y a m a r i l l e n t a fa t a l i d a d del foc o , con su c a b e l l o mal c o r t a d o y sus z a p a t o s de c h a r o l d e s c a s c a r a d o s po r el us o , y sus u h a s p i n l a d a s de un n a r a n j a i n f e l i z y su p i e l d o r a d a c o m o la p i e l de u n a t o r t i l l a , y su v a g i n a l i m p i a y r o j i z a c o m o su v e s t i d o m a r c a d o c o n u n a q u e m a d u r a de c i g a r r o en el e s c o t e . “ ^ C u a n t o me c o b r a s po r h a c e r de c e n a r ? ” “ N a d a ” , d ijo y p re p a re

dos huevos

e s t r e l l a d o s , s u p u r a n d o a c e i t e , y c a l e n t o en un comal el pan Bim bo y e x p r im io la s a ls e r a co mo si e stu vie ra verga

e stru ja n d o

para s a c a rle

la g r a n el u l t i m o

c h o r r i t o de C a t s u p . Nos la v a m o s los d ie n te s con el m i s m o c e p i l l o de c e r d a s

j o d i d a s e h i c i m o s b u c h e s con A s t r i n g o s o l y nos e n s e n a m o s la l e n g u a co m o los q u e v a n a a g a rrarse a m a d ra zo s y an tes se m u e st ra n los pu nos l l e n o s de a n i l l o s y de h u e s o s c i c a t r i z a d o s y n u d i l l o s n e g r o s . P e r o la v e r d a d e s t a b a m o s tan a g o t a d o s , yo a c a u s a del t r a b a j o en la o f i c i n a , co n la m a n o a d o l o r i d a de t a n t o p o n e r s e l l o s en la p a r t e i n f e r i o r i z q u i e r d a de c i e n t o s de f a c t u r a s , y de ir en m e tr o h a s t a A t z c a p o t z a l c o a c o b r a r un a d e u do, y v o l v e r y e s p e r a r q u e a un p u to g e r e n t e se le h i n c h a r a n las b o l a s p a r a d e c irm e ; “ Vete de una ve z para que m a n a n a v u e l v a s mas t e m p r a n o . ” Y e lla e s t a b a ta m b i e n a pu nt o de d o r m i r s e , m o le s t a por la v i o l e t a de g e n c i a n a que t e n i a a un la d o del cu lo, “ me m o r d i o un m a l d i t o p e r r o ” , m e n t i a , porque se la h a bi a n co g id o ya tres v ec es , tres malas d e c i s i o n e s q u e h a b f a t o r n a d o p a r a s a l v a r el o b s t a c u l o , el g ra n o b s t a c u l o . “ Yo s o y tu b u e n a d e c i s i o n , mi p u t i t a ” , le d ij e , p e r o no p u d o e s c u c h a r m e , e s t a b a d o r m i d a , l le n a n d o m e el c u e i l o con su o lo r a A s t r i n g o s o l , 2

c l a v a n d o m e u n a r o d i l l a en los te s -

t i c u l o s h a c e un p a r de h o r a s a r d i e n t e s , y a h o r a frio s com o dos a lb o n d ig a s a m o ra tad a s reci^n s a c a d a s del re fr ig e r a d o r. S e q u e d o a v i v i r en mi c a s a

3

mientras estuv e c u r a nd o le su mordida de p e r ro ,

y e lla

h a c ie n d o m e

es-

p a g u e t i s , a v e c e s c o n c r e m a y a v e c e s co n t o m a t e y n u n c a c o n m o s t a z a c o m o a mi me g u s t a b a n . P e r o lo q u e si h a c i a m uy b i e n er a c h u p a rm e la

m ientras

yo

cerraba

los

ojos

i m a g i n a n d o m e a la p u t a c a u c a s i c a de c a b e l l o a z u l o s o y z a p a t o s i m p e c a b l e s q u e r e c o g i en la e s q u i n a de una c a lle con el n o m b re de un sa nto . Y s e g u i r p o n i e n d o s e l l o s y f i r m a n d o f a c t u r a s se v o l v i o un po co m e n o s a b u r r i d o p o r q u e s a b i a que l l e g a n d o a mi d e p a r t a m e n t o a b r i r i a la p u e r t a de p i n o y e l l a e s t a r i a o f r e c i e n d o m e un p l a t o de e s p a g u e t i s co n t o m a t e y sus l a b i o s h i n c h a d o s y ro jo s c o m o u n a g o m a de m a s c a r a p u n t o de reve n ta rse,

y su

cu lo ya c ica -

t r l z a d o , y mi c a s a un po co mas o r d e n a d a , si n los C o r n F l a k e s r e g a d o s en el p is o , ni mis calz o n e s R i m b r o s c o l g a n d o en la

f a l l e b a de la v e n t a n a , ni la taz a del bano ta t u a d a con las c o s tr a s de o rin e s ,

ni l a s c a j i t a s

de

M a i z e n a de fr e s a a l m a c e n a d a s en el h o m o de la e s t u f a , ni mis r e v i s t a s p o r n o t i e s a s de s e m e n r e g a d a s en e! p is o del b a h o . “ Al f i n a l la p u t a se c o n v ir t io en tu s i r v i e n t a ” , me dijo un d ia a n te s de que

nos c a s a ra m o s

p o r el c i v i l ,

porque

no

t e n i a m o s el d i n e r o s u f i c i e n t e p a r a m a s t u r b a r a C r i s t o , ni p a r a el v e s t i d o , y el a r r o z p r e f e r i a m o s c o m e r n o s l o con p la t a n o s fr i to s , y c h i c h a r o s muy v e r d e s , y e jo t e s b la n d it o s .

A h o ra vu e lv o a pasar por esa calle donde r e c o g i a mi e s p o s a y m a d r e de mis d os h i j o s , y su s p iro

cuando veo a una jo v e n c ita

a m a rilla

y ojos g ra n d e s

de p i e l

que me lla m a

para

d e c irm e ; “ Por que no nos v e n im o s j un to s, p a p i t o . ” Y tia c i6 n d o m e

p e nd e jo,

dejo

mi p o r t a f o l i o s

S a m s o n i t e en el piso par a b u s c a r en los b o ls i l lo s m ien tra s

le v e o

esas

d ie c is e is

a h o s y los

p ie rn a s

de

pezones

la-

m i e n d o el es c o te de su ve sti d o, y sus

o r e j a s p e q u e f i a s c o m o de p e r ro c h i h u a h u e f i o , y e n c u e n t r o un b il l e t e de d o s c i e n t o s p e s o s q u e le m u e s t r o p a s a n d o s e l o p o r e n t r e las p i e r n a s y

I

dand o le

una debil

m o rdid a

e n el

h o m b r o . “ Es t o d o lo q u e t e n g o ” , le d ig o , p e r o e ll a , t i e r n a , me d ic e : “ Es

todo

lo q u e v a l g o ” , y n o s v a m o s a un h o t e l

l la m a d o F a b i o l a d o n d e n u n c a hay a g u a c a li e n t e , ni m u s ic a e s te r e o f o n i c a , ni a l f o m b r a s , ni ropa ord e n a d a , ni c a ja s de M a i z e n a de f r e s a j u n t i t a s y f o r m a d i t a s en la a l a c e n a , ni g r it o s de n i h o s est u p i d o s , ni pu tas con el c u lo c i c a t r i z a d o e x i g i e n d o te a g r i t o s el d i n e r o p a r a c o m p r a r p a h a l e s , p a ga r la luz, el ag ua y la renta del d e p a r ta m e n to .

c

16

a m o r no as b a s u r a ,

fc

Fabia/a

cs

cs

dc

color

afcipado

y

brillantc como cl lomo dc

un

piicrco:

sobrc

CSC

lomo hay inscritas

dos palabras cn bianco qiic diccn En

cl

L o v i n g you.

piso

un

lino­

leum gastado, y tiradas al azar, sucias por cl polvo que vienc dc la callc, cstan las mcdias, pantalccas, y una camiscta cscocada, azul pastel, cstampada cn cl pccho con cl dibujo dc un pcqucho canario. La

casa cs dc Fabiola, todo

lo

Fabiola.

que

hay

y las pantalctas y cl

dentro

dc

clla

tapctc y

tambicn

cs dc

“ Mcnos la grabadora y la caza roja,

esas

son dc Maricla.” Limpio la sucla dc mis zapatos cn el tapctc afelpado y voy a scntarmc a iin rincon dc la cama —el unico objcto voluminoso aparte dc la grabadora y una silla dc plastico—, “ ^^sa tampoco cs mia, pcro ya no crco quc vcngan por clla.” Esto cs cl dcpartamcnto dc Fabiola, y ahora yo tambicn soy

dc clla,

paticos

me dice,

y musculos

como su gata dc ojos he-

tcnsos,

y como sus

picrnas

acancladas y su Icngua dc scrpicntc y sus... —Voy a poner a Luscious Jackson, ,jtc gusta.^ —Me cs iguai —le digo. —Entonccs no pongo nada. —Esta bicn. —ijEstas

a gusto

conmigo?

—me

prcgunta

hurgando en la exprcsion dc mis ojos, mientras con movimicntos faciles,

sc dcspoja dc su blusa y sus

pantaloncs. —Si,

cstoy a gusto cn cualquier lado,

pcro

contigo cstoy mcjor. Fabiola

csta un

poco pcrdida,

a 18

vcces

llora como

una nina y a vcccs

ric

cinicamcntc como si

lo ha visto todo. dc cumplir

fucra una vieja quc ya

Dice quc quicrc morirsc antes

los 20,

“ no voy a soportarlo” . Yo la

consuclo,

me

gusta

consolarla,

pa-

9 sandolc

un

hombros

le

por

la cdad,

por

matar

ciosa,

me

accitc del

lo jodido

un

poco

clava

el

sus

brazo digo:

airedcdor “ No

cs cstar silencio

ojos

tan

tc

sus

prcocupcs

vivo.” pcro

dc

Lo

clla,

ncgros

digo mali-

como

cl

Sicmprc

tc

mar.

—Ercs un pcsimista,

un micrda.

cstas qucjando. —No cs cicrto, Fabiola. Yo nunca me quejo. —Pcro dices cosas amargas, ^*no vcs quc yo tc am o.^ —jY cso quc? —Si amas a alguicn no Ic pucdcs dccir tanta micrda; cs como si dijcras: tu amor no importa, cs basura,

porquc

dc

todas

mancras

sicndo igual. —Tu

amor

no

cs

basura,

Fabiola. —^ ’Mc quicrcs? —No

me

hagas

prcguntas

la vida

siguc

pcndcjas, no tcncmos la misma cdad. —Pero

si

acabas

dc

dccir

quc

la cdad

no

importa. Asi son las convcrsaciones con Fabiola, ni mas ni

menos;

sicmprc

llegan

a un punto

en cl

quc

todo vuclve a rcpctirse. Pcro me cncucntro bicn a su lado,

Icjos

dc

los

titularcs

riodicos y dc los intcligcntcs, los pcrros

bravos

quc

dc

pc-

Icjos

tc ladran

dc

cn las

azotcas, ccrca dc Pabiola quc ahora lanza sus pantaletas al piso y me monta como si

fuera

yo

carruscl,

el

con

caballo

cuidado,

mas

vicjo

del

y tambicn

con

amor. —^'Tc siguc parcciendo jodida la vida? ,jEh? —No, caloncs alargar

ya

no —Ic

corridos mi

digo —.

hasta

mano

y

la

tomar

Icngo

rodilla

cl

pcro

frasco

dc

alojado cn una dc sus bolsas trascras. ric.

los

pcz

logro

poppers

Fabiola sc

Lo hacc sicmprc quc csta muy cxcitada,

ric y su rcspiracion comicnza a tcmblar, un

pan-

pcz

fucra

a punto

del dc

agua,

morir.

un Lc

sc

parccc

hcrmoso accrco

cl 2 0

frasquito

a la nariz

y lo aspira

pro-

fnndamcntc;

yo hago lo mismo, y lucgo clla otra

vcz, y yo, y asi varias veces. —jNos

vamos

puta! mi

a morir,

cabron,

jNos morimos!

corazon

tambicn

en

cercbro,

la

rccamara

cuando casi

inccndia

y

nuestras

en el

grita;

qucremos

liquido

vacia

dc

dciirio

pupilas

dc

—grita Fabiola,

mas CLiando scntimos cl porarsc

hijo

cva-

nucstro

un tunel

solo

vcn

cl

sc

rcs-

plandor dc una luz ncgra. —jMc quicro!

mucro,

maldito,

hijo

dc

puta!

jTc

jl'e quicro!

—jMucrctc perra! —Ic grito antes dc vcnirme y tirar la Icche cn su cuerpo incrtc, cncima

dc

bcrnablc,

clla,

con

mi

cucrpo

antes dc cacr vicjo

c

ingo-

antes dc darmc cucnta quc han pasado

muchas horas y cstamos dcspcrtando, nochc y Fabiola me dice: —(lEstas bicn? —Si. —ijQuicrcs

quc

ponga

a

Luscious Jackson? —Me es igual. —Maldita sea, pucs no pongo

y cs media

nada si no quiercs. —Haz lo quc quieras. —^*Y a tc quicrcs ir? —No, ^*tu quicrcs quc me vaya? —No, quedatc otro rato. ^Mc quiercs?

)

’ m

o

\

r\

c u a l q u i e r cosa c a p a z d e b r o t a r de la p o d r i d a g a r g a n l a de mi P a ­ na so n ic , a lgo q u e m a ­ te el m u r m u l l o p a t i b u l a r l o de mis v e c i n o s : r u i d o , s o l a m e n t e r u i d o . N o i m p o r t a si es b u e n a o m a l a mus ic a, solo d e b e sonar fu e rt e y j ama s l legar al

corazon.

Ya e s t a ,

sin to n izo

el

m a rtille a n te

g e m i d o de u n a m uj er , n a d i e es c a p a z d e c o g e r m e

c o m o i m a g i n o q u e m e p u e d e n c o g e r , s u g i e r e la letra

de

un

modo

velado,

dice

calor,

pasion,

e s p e r a n z a , d i c e te q u i e r o , su g a rgant a se a f i n a , su c o r a z d n r esue ll a, d i c e nuest ro a m o r en lugar de no quiero

semen

s i n o t us g o t i t a s de

leche.

Dios,

^como p u e d e n ser tan sucios? Pero la g e n te es asi, dicen

u n a c o sa c u a n d o q u i e r e n

otra,

no

encuentran

las

decir

palabras

a d e c u a d a s j u s t o p o r q u e las t i e n c n f r e n te a sus na r ic e s; y a pesar de t o d o , t o d o esta ta n b i e n , m e s i e n t o c o m o u n a r oc a lunar,

c o m o el

gantesca ja u la :

unico

sim io

bocarriba,

de

la g i -

descaizo,

b e b i e n d o w h i s k y y a g u a de f r u t a s , f u m a n d o c i g a r r o s de c o c a i n a ,

p r o v o c a n d o m e esos

m a g n i f i c o s est er to re s, ese e n t u s i a s m o r e p e n t i n o y efim ero cuya

f u e r z a me o b l i g a

a morder

la a l -

m o h a d a y gr ita r: " i C a r a j o , m a l d i t a sea, esto es la V i d a ! " Y c u a n d o t o d o a c a b e — es d e c i r , c u a n d o a c a b e el e f e c t o — , t o m a r e un b a h o , me p o n d r e des o d o r a n t e y t a l c o d e n t r o de los z a p a t o s , y s a l dr e a la c a l l e a r espi rar un p o c o de m i e r d a y a c o m p r o b a r si las h i j a s de mis v ecinas han c rec id o

lo s u f i c i e n t e c o m o

2 4

p a r a i n v i t a r l a s a l o m a r un vas o de L i m o l i n y ver de paso un v i d e o de Soni c Youth o un d o c u m e n t a l q u e nos a l e r t e s o b r e la e x l i n c i o n de las t o r t u ga s m ar ina s.

25 Esloy

m ord ien d o

la

alm o h ad a

c u a n d o suena la pue rt a, gr ave y sol ida, como

si q u i e n

in fu n d ir

a su

estuviera g o lp e a n d o la llam ad o

un

halo

de

quisiera

autoridad.

N o r m a l m e n t e n u n c a a b r o la p ue r t a a n a d i e , sea la hora q u e sea, tenga el d in e r o o el puesto o la fama o las pi ernas q u e tenga; pi enso de q ui e n l l a m a que esta e q u i v o c a d o y p r o n t o — si c o n t i n u a su busq u c d a — e n c o n t r a r a la p ue r t a a d e c u a d a ; p e r o esta v e z es d i f e r e n t e p o r q u e t engo deseos y pl anes para s a l i r a la c a l l e ; es d o m i n g o y mis v e c i n o s s i g ue n a l i m e n t a n d o y c u i d a n d o a sus pr eci os as hi jas; por eso m e i n c o r p o r o a v a n z a n d o c o n l e n t i t u d h a c i a donde

los g o l p e s no c es a n

de p r o v o c a r

un es-

t u p i d o e c o en las p a r ed e s : es u n a m u j e r , d e m e diana

estatura, tez blan ca,

claros,

pelo

castano,

ojos

ninguna

s e h a e n p a r t i c u l a r , y un c r u c i f i j o

discrete

m eciendose

e n t r e sus

senos avaros y c u r v i l i n e o s . La in-

v i t o a pasar , a r e s g u a r d a r s e de los o s c u r o s y e nferm izos

rayos

del

Lim o lin

m ienlras

mienten

porque

sol,

a tom arse

me d i c e

que

un v a s o de

los s a c e r d o te s

D i o s esta en n u e s t r a p i e l y en

nuestras i^gri mas, en nuestros dol ores m^s i nti mos, a l u m b r a n d o con su f u l go r i n f i n i t o la s o l ed a d; y yo le p r e g u n t o si el azucar aunque

o prefiere el

Limolfn m iel;

S e n o r no

lo l o m a c o n prefiere

s olo esta

miel

en

las

cosas d u l c e s sino p r i n c i p a l m e n t e en las a m a r g a s , a c i d a s , p u r u l e n l a s , a p u n t a ; le d i g o e s l o y de a c u e r d o y le p r e g u n t o si f u m a ; p e r o e l l a se ha q u e d a d o q u i e t a , c a l l a d a , p o r q u e de p r o n t o , c o m o si v o l v i e r a a la v i d a d e sp u e s de un l a r g o y p r o f u n d o s u e n o , se ha p e r c a t a d o de q u e esta s e n t a d a en el h o r d e de mi c a m a (el u n i c o l u g ar d e n t r o de mi casa, a p a r t e del s u e l o , d o n d e u n o p u e d e estar c 6 m o d o ) , y y o est oy v e s t i d o tan s ol o c o n mi c a m i s a •vam arilla

y

mis

c a lzo n c illo s

blancos

marca

R i m b r o s , y u n a j a r r a de l i q u i d o c o l o r v e r d e j a d e en mis ma nos. Muchas

gracias

por

re cib irm e,

d i c e , per o d e b o segui r mi c a m i n o , y yo

2 6

l e c o n t e s t o q u e no se d e b e m a r c h a r , s i n o pe rm a n e c e r a mi l a d o, p o r q u e me s ie nt o sol o, soy un a d i c t o y e l l a es la senal q u e e sp e r a b a d e sde h a ci a m u c h o s anos p a r a r e d i m i r m e . La beso: sus l a b i o s saben a L i m o l i n , y sus p i e r nas a s o m a n b a j o su f a l d a de a l g o d o n , y su c u e l l o t i e n e la sa! de un l eve sudor. Entonces, para ganar l i e m p o , television?

me dice:

Le r e s p o n d o

^ P o d r f a m o s v e r la

que na tu ra lm e n te ,

por

s u p u es t o, y e n c i e n d o c u a l q u i e r c a n a l , a u m e n t o el volum en,

y m ientras

ella

mira

un w e s t e r n

le

m u e r d o las pi ernas, la n uc a, le paso la verga ent re los senos y se la unt o al o m b l i g o ; e l l a me pr egunta si ha y mas L i m o l f n , le d i g o q u e s o l o t e n g o Kool A i d d e n a r a n j a , d i c e no I m p o r t a ; p e r o y o e st o y e x c i t a d o y me h i n c o f r e n t e a e l l a q u e no me ve p o r q u e esta t r a l a n d o de seguir el a r g u m e n t o de los v a q u e r o s , y m e m a s t u r b o hast a q u e mi l e c h e cae a sus pies en el m i s m o i n s t a n t e q u e r e l u m b a n dos b a l a z o s , u n o de e s c o p e t a y o t r o de S mi th

& W e s s o n , p o r q u e los

pinches vaqueros

se e s t a n

ma-

t a n d o y se i n s u l t a n , y de sa n gr a n, y

uno

m onta

en

un

cab allo

c a r g a n d o u n a b o l s a r e p l e t a de d o l a r e s y se a l e j a c a b a lg a n d o ligero, orgulloso, hacia una m ontaha espesa de arbustos

dorados,

piedras

l i sa s ,

una

m o n t a n a en cuya c i m a c o m i e n z a a oc u lt a rs e el sol.

28

c>aar)udos sc>i >7b xb)

mas de diez anos p ^ e r a un do ctor, r e c u e r d o se t r a t a b a de un h o m b r e v i e j o , b u eno y c o m p re n s iv o ; fu i p o r q u e en a q u e l e n t o n c e s la c o n s u l t a era g r a tu ita d u ra n te las ma n an a s y yo te n i a un animal metido en el esto m a g o . “ El p r o b le m a es e x a c t a m e n t e el con tra rio — dijo el d o c t o r — ; usted no tiene casi nu nca nada en el e s to m a go .” No quise anadir nada mas ni tarn-

po co p e di r co ns ejo , solo to m 6 un pa r de pa sti lla s m e n t o la d a s de una p e c e r a Mena de du lce s y volvi a ml ca sa. A h o r a el e s to m a g o v u e lv e a d o le r m e y e s to y s e g u ro que hay una en or m e b e st ia alli de ntro, m o r d i s q u e a n d o los int e s ti n e s y c a g a n d o s e en el p a n c r e a s . Pero no voy a ir al do ctor, es muy c a ro y no c o n o z c o a n a d ie ; a d e m a s , c o m o v o y a ir a un do ctor a estas alturas. Pienso en todo eso, ti ra d e en mi cama, e sp e r a n d o la primera seha! del dia: e! timbre del tel efo no, un cobrador, o un vecino que v e n ga a j od e r la puerta. No he escrito nada d e sd e ha ce v a ria s s e m a n a s pues no le e n c u e n t r o sen tido a hacerlo si no es estrictamente necesario; si algu ien me dice “ andale, cabron, te doy cien p e ­ sos po r u n a c u a r t i l l a ” , e n t o n c e s me le v a n to y e s ­ c r i b e c u a l q u i e r c o sa , p e n s a n d o en la m a r c a del vino, en el tipo de droga, en el te l e fo n o que voy a m a r c a r ; per o e s to y r e t i r a d o y n a d i e da un q u in to -vpor lo que e s c r i b o . P i e n s o en e llo ju s t o c u a n d o llega la primera sehal: es el telefono y una voz que me p r e g u n t a “ ^ e s t o y h a b l a n d o con G u i ll e r m o Fad a n e l l i ? ” No lo re co no zc o , no s6 qui6n es, tal vez un a migo de la infancia. “ Si, 3 0

s o y y o ” , le d ig o . Se ha ce un br e v e si-

lencio, op ortunidad que ambos ap ro ve ch a m os para diva ga r; en mi ca b ez a s o b r e v u e l a una p a r v ad a de cuervos flacos y desnudos, y en la suya: “ Usted no 31

me conoce, pero yo si. He leid o sus artic ulo s y quisiera invitarlo a un encuent r o . . . ” “ No me i n t e r e s a — lo I n te r r u m -

p o — , no q u ie r o e n c o n t r a r m e con n adi e; si qu ie re v e n g a a mi c a s a a to m a r s e a lgo y d e s a h o g u e s e , per o no me invite a n i n g u n l a d o . ” C u a n d o c u e lg o el a p a ra to , se que el d ia ha c o m e nz a d o ; la bestia lo sabe tambien y m uerde algo alli dentro. jHija de puta! A b r o el re fr ig e r a d o r, su p u e r t a bla n c a cruje d e j a n d o c a e r un m o n to n de h u e s o s ; no h ay n a da par a b e be r ni masticar, solo una v o lu m i n o s a ca pa de hielo o b s tru yen do el congelador. No me desanimo, porque se me ha ocurrido una idea: una mujer ca mina sola, es media noche y debe esc oge r entre c r u z a r el p a r q u e po r la mi tad o ro d e a r l o y l le g a r diez minutos mas tarde a su casa. Tras un arbusto, un h o m b r e a g u a r d a su d e c is i o n , tie n e

botas

de m i l i t a r y . . .

lo

d e m a s s a ld r a a p e n a s e s c r i b a un p a r de l i n e a s . B u s c o u n a h o ja d e ba jo de la cama, meto la mano

co n a s c o , c o m o si la h u n d i e r a en el a g u a del e x c u s a d o . En to n c e s toc an a la puerta. Es A l e j a n d r a y v i e n e a c o m p a n a d a de u n a j o v e n c i t a . “ Te p r e s e n t o a — d i c e un n o m b r e de m u je r q u e no lo g r o r e c o r d e r — ; q u e r i a m o s v e r si n os d e ja b a s fumar, ya s a b e s . ” “ Cla ro , p a s e n . ” No t i e n e n ma s de v e i n t e a n o s y s o n e s t u d i a n t e s de litera tur a. Se si en ta n sobre mi

cama

y

fu m a n

un

ciga rro

de

m a r ih u a n a mal he cho y a b un d a n te . — Mi m a e s t r o dice que tu no ha ce s lit e r a t u r a — su e lta de pro nto A le ja n d ra . — ^ N o ? — fin jo a so m b r a r m e . — No. Te e s t u v i m o s d e f e n d i e n d o , ^ v e r d a d ? Ella ta m b i e n te lee. — M u ch as gracias. — Quedamos de llevar algo tuyo para leer mahana en clase. Dice ei maestro que te va a destrozar. — Caray, e s p e r o c o n o c e r l o pro nto . ‘

C u a n d o t e r m i n a n de f u m a r , A l e j a n d r a se

levan ta y v a hacia la puerta. La otra sigue sus mov i m i e n t o s con la m i r a d a y lu e g o se da c u e n t a q u e ha l l e g a d o el m o m e n t o de partir. “ Oye, m u c h a s g r a c ia s , m a h a n a

3 2

nos ia va a pagar ese ca b r o n ” , dice. So nr io porque mi p e r s o n a j e f i n a l m e n t e ha d e c i d i d o a t r a v e s a r el p a r q u e , si, el c a m in o mas facif, a s im p le vi st a . Y 33

el te l6 fo n o otra vez. — ^ G u ill e r m o ? — S i . Soy yo. — Te llamo a e s ta hor a p o r q u e d ic e n que te

l e va n ta s hasta d e s p u ^ s de la una. — Gr ac ia s po r llamar. — Mira, el punto es este: m a h an a me voy a vivir a Estados Unidos; pero no desea ba irme sin decirte que algun d ia te admire, te lo digo de veras. — (iQuien eres? — pre gu n to solo con el fin de in t e r r u m p i r el halago. — Eso no i m p o r t a . Te a d m i r a b a de v e r d a d , co m p r6 tus libros, todo, pero ahor a ya no, ^.sabes po r qu e?, ^ t e i n te re sa sab erlo ? — Si no es muy largo. — Porque tu crees que las mujeres somos unas p e n d e j a s . En el fon d o , por mas que trates de hacerte el listo, cre­ es que solo servimos par a ten er hijos. No eres quien yo pensaba. — Oye — dije, p o rq u e la es-

c u c h a b a m uy a f l i g i d a — ; eso es lo q u e

pensaba

hace un mes, pero ya no. He ca m bia do de opinion. — Eres un ma ldito p e n d e jo y yo una e st u p id a por leer tus libros — dijo y colgo, just o c u a nd o mis de dos tocaron el fajo de hojas blancas j a la n d o hacia a fu e ra . Qui er o un cue nto breve, sin l a b e r in to s ni e n c r u c i j a d a s , l i g e r a m e n t e c u r v e a d o c o m o el se n de r© que c o r t a al p a r q u e po r la m i ta d . ^ Q u e caso ti en e invert ir tie mp o en un cue nto ?, n adi e va a p a g a r lo s u fi c ie n te , tal vez m a n a n a te d a r an un premio y un profesor de literatura dira que lo mejor de tu s c r o n ic a s eran los co m ie n z o s : “ N unc a su po te r m i n a r sus c u e n t o s ” , s e n te n c ia r a , y ni A i e ja n d ra ni su a m i g a e s t a r a n allf par a d e f e n d e r m e , 6q ue c a so t i e n e e n t o n c e s ? Todo se ira al ca r a jo an tes de que logre a p r e n d e r como te rm in a r un cuento. Y en l u g a r de s e n t a r m e a e s cr ib ir , s a lg o a la ca lle p a r a v o l v e r m i n u t o s d e s p u e s c a r g a n d o una bolsa con pan y d os lat as de a tu n . A t r a s de mi v i e n e ^ A r m a n d o . “ Qu e b u e n o q u e te v i ” , d ic e . “ Si, que b u e n o ” , digo yo tam bien . — Traigo un demo que te va a gustar, ^ lo p u edo poner? — Si.

3 4

— El g r u p o se l la m a S o n id o C o n t i n e n t a l ; sus m e j o r e s r o la s so n M a m b o M a l v a v i s c o y C h e v y Nova, ^ e h ? ^ Q u e tal? — Excelente. 35

C uan do el cas et concluye, A r m a n ­ do se m u e ve en d ire cc io n a mi co cina; all! s o lo e n c u e n t r a un pa r de latas de atun y una b o ls a de pan. Se p r e pa ra un s a n d w i c h y v u e lv e a la reca mara . Estoy tra ta n d o de c o m e n z a r el cu ento. “ ^ Q u e te parecio el grupo? — p re g u n ta — , bien, ^ v e r d a d ? Yo s a b f a q u e iba a g u s t a r t e , es com o m u si c a de s u p e rm e r c a d o , ^ n o ? ” C u a n d o A r m a n d o se m a r c h a s o lo me q u e d a u n a lata de a tu n y el s e n t i m i e n t o de otro d ia p e rdi do . La b e st ia sin c o ­ mer; yo, sin e s c r i b i r n a da ; per o me v a le m a d re s . La tarde viene c a r g ad a de una Iluvia tran qui la , los v e c i n o s h a bl a n en v o z a lta y yo no se com o va a re a cci o n a r la mujer cuand o se e n c ue n tre de frente con aquel hombre. Y a r n ! qu6 me importa, susurro en el m o m e n t o de l e v a n t a r otra vez la bocina. — Q u ie ro h a b l a r con G u i l l e r ­ mo. — El habla.

— ^ C o m o e st a s, M e m o? E s to y h a c i e n d o una e n c u e s t a en tre es cr ito re s y quiero s a b e r si hablas fra nc os . — No, so lo es panol. —

si qui er a ingles tecnico?

— No, nada. — ^ C u a l f u e el p r i m e r i i b r o q u e l e i s te en tu vida? — No s6, algun inst ru cti vo. — Es todo, Memo, te lo a g r ad e z co . — H ast a luego. Dejo la bo c in a d e s c o l g a d a y vu e lvo a la c a m a . Q u i e r o s e g u i r d u r m i e n d o , do ce bo ras mas, to d a s las que se an nece sa ria s. La be sli a se morira de ha mbre y la lluvia t e r m i n a r a m e t i ^ n d o s e a mi r e c a m a r a de a l g u n a man era. Me e n vu e lv o en una co b ija y le paso lista a las pa la b ra s que p u edo de ci r en tran ce s; la rue, le v o itiu re , le s o le il, la m a is o n . No s6 si la pr onu n-

ciac ion es correcta, pero no importa, porque estoy c a y e nd o de ca b e z a en el sueno, la rue, la m a is o n . le c h ia n ... 3 6

X 'oSTT^'a

\ 2i

Se-ASserp/enfe

'dc trcs dfas dc el MadrBd Via,

so!

por

entro la

a

Gran

durolhasca

las

scis dc la tgrdc y lucgo

de-

jando iin rastro dc mi­ ni faldas,

cabeileras

sucltas y clitoris rclajados. Salir a la callc rcsultaba un

humillante

pcligro:

la imagcn

dc todas csas

mujcrcs paseando cl culo en la cima dc sus bcllas piernas,

me cxcitaba

tanto quc

dcbia buscar un

bano o cualquicr otro lugar anonimo para masturbarmc,

y continuar

dcspucs

tranquilamcntc

mi

camino. Cuando era nino, rccucrdo, mi madrc acostumbraba llcvarmc con ella a haccr las compras dc !a manana.

Usaba faldas cortas y zapatos dc tacon

—todavia hoy escucho las agujas dc sus zapatos azotando sin picdad la accra—, y solia llcvarmc dc la mano porquc ya dcsdc cntonccs era un cabroncito y no desprcciaba la oportunidad para zafarmc y corrcr Icjos dc elia. Rccucrdo quc los hombrcs la miraban y Ic dccfan cosas como “ ^'a dondc vas, putita?” , o “ dcjamc haccrtc otro hijo” . Encrespado, como un pequcno ciclon, arremctia contra cllos a patadas, mordidas c insultos inofcnsivos, hasta quo exhausto, con lagrimas dc rabia en los ojos, los scntcnciaba: “ Cuando sea grande tc voy a partir los huevos.” Ahora quc me he masturbado cn una solitaria cabina telcfonica,

imaginandomc las piernas y cl

yculo dc aquclla rubia quc cn compania dc su hijo salia del

Cortc

Ingles,

me ha dado pcna por el,

^•quc pcnsaria si supicra quc un hombrc dc aspecto tan anodino como cl mfo sc mete a una cabina telcfonica y sc masturba pcnsan38 do cn su madrc? Pcro no todos los nines

son tan acomplcjados como lo era yo en la infancia; quizas cstc,

un nino moderno, podria volverse mi

amigo c incluso ayudarmc a conscguir, del armario dc su madrc, las pantalctas, las medias

39

o cualquier otra prcnda quc ayudc a fortalccer mis fantasias. pcnsando

cn la posibilidad

dc

Gasto el tal

ticmpo

amistad,

los

ticmpos ban cambiado, los nines son como adultos, murmuro.

Dc pronto, Andrade me toca la cspalda,

Andrade, un vicjo amigo mio, vcstido como cstructuralista francos: pantaloncs griscs, mocasincs, gabardina, bufanda inglcsa, y cl gcsto propio del quc ha descubicrto

los

mecanismos

sccrctos

dc

la

cultura y no esta dispucsto a profundizar mas cn cllos. La mujcr quc sc encuentra a su lado y cuyo aspccto me sugierc a una limosncra casual que ha scguido a Andrade rcsulta

para sacarlc algunas pesetas,

ser una amiga suya llamada

Jimenez,

Conchajimcna:

l^a C o n c h a .

mano, dos besos a la usanza euro­ pea y una frase amable: Jimenez,

tu debcs

“ Concha

tcner mas de

60 anos, ^*no.^” Despucs de aquel

estupido

Concepcion Estrecho su

comienzo

nos vamos

los

trcs

andando

por

San

Bernardo, cn silcncio; mis palabras han borrado su sonrisa

y yo

tambicn

me

sicnto

un

poco

mas

desgraciado; seguramente vamos los trcs pcnsando cn nucstras cdadcs, drade

yo en mis vcintitantos,

cn sus trcinta

An­

y tantos y Concha en sus

scscnta y algo.

Entramos

a un

bar

dc

nombrc El Gato Negro; cl reloj marca las 11:37, las ccrvczas cucstan 350 pesetas y cn los monitores vicjos quc cuclgan de la pared, rost.ros

dcsfilan, dc

maldita

musicos

urticaria,

adolcsccntcs

los quc

muestran la Icngua a la camara. Nos sentamos los trcs junto a la barra y pcdimos trcs ccrvczas, solo trcs. La dccoracion del lugar no csta tan mal, sillas ncgras,

cl

piso

negro,

cl

tccho negro,

las

parcdcs hcchas dc alambrc quc nos

hacen scntirnos como animalcs cn cautivcrio. Concha nos cucnta quc cn su ticrra natal,

La

Bilbao,

tuvo alguna vez mucho cxito montando un cspcctaculo dondc bailaba dcsnuda con una scrpicntc cnroscada cn cl cucllo.

El

cspcctaculo

era conocido como “ La Concha Jimena 4 0 y su Scxiscrpientc” . Andrade, quicn sin

duda conocc ya la historia, se quita dc enmedio y va a sugerirlc un cambio dc acmosfcra al

pincha

discos. “ Me introducfa una punta de la scrpicntc en el cono y la otra en la boca.

Zulma sc

me enrollaba cn cl cucrpo, micntras yo bailaba; estoy scgura dc quc Zulma sc ponia tan cachonda como yo.” “ (^arajo —bromco—, las mujcrcs son capaces dc cualquier cosa con tal dc mctcrsc algo cn el

cono.”

Pcro clla,

cntusias-

mada, me dice: “ No, Guillermo: arte, pcligro, excitacion; no seas tan simple o dcjare dc contartc cl final. El acto culminaba cuando me corrfa y untaba, con mis propios Hquidos, cl cuerpo dc Zulma, todo sii

cucrpo,

dc la cabcza a la cola.

Si

vieras como

brillaba.” Micntras Concha y yo convcrsabamos, Andrade habfa logrado colarsc, valicndosc dc esc fn'o razonamicnto fatalista tan propio dc cl, cn la cabina del pincha discos. Con scguridad se hallaba empenado cn defender, cismo del ultimo

contra cl

tipo

cscepti-

malcncarado,

disco de Ncubautcn:

el era

un intclcctual. Pcro, Concha, no vas a pc

dirme quc tc crca; para mojar una serpiente cntcra necesitas algo mas quc una simple vcnida. —Tu nunca has cstado con una vcrdadcra mujer, ^'vcrdad? —^Pcro codas las nochcs? jQuc bruta, Concha! Pcrdonamc, pero no tc pucdo crccr. —La verdad cs quc me orinaba; la

gcntc,

corricndo,

mi

publico,

y si

pcnsaba

cllos lo crcfan,

pcro bucno,

quc

me

cstaba

cs quc me cstaba

corricndo, ^ ’ enticndcs? Los artistas somos lo quc cl publico quicrc quc scamos. Cuando

Ministri

sacudio

cl

ccmentcrio

y

dctono el bar, supc quc Andrade habfa vcncido al pincha discos. A su rcgrcso la victoria fue cclcbrada con trcs doblcs dc vodka. Los asiduos del Tcmplo del Gato Negro saben quc cn cl vestibulo del bar, dcntro dc una vicrina, descansa una hcrmosa boa, una piton quc dcsafiando las Icycs dc la naturalcza cambia dc picl cuando sc Ic antoja. Para Concha, aqucl lugar era una csA

pecic dc salon del

rccucrdo:

cada vcz quc iba al

baho permanccia largos minutos junto a la vitrina, mirando a la scrpicntc, cspc4 2 tandolc palabras dc amor:

“ Zulma,

mi

culo csta muy solo sin t i ” , besando los cristales dc la vitrina

y

manchandolos

dc

un

rojo

tristc

c

intense. A las cuatro dc la manana, cl Tcmplo sc hailaba casi

43

parcja

vacfo;

besandosc

lampara,

solo qucdaba bajo

la luz

dc

una una

y un par dc cuarencones ju-

gando billar; la musica sc habia vuclto suave, como cn cl interior dc un elcvador. Dc pronto, micntras intcntaba convcnccr a Andrade dc pagar la cucnta, aparccio diantc, con

La

Concha

cn cl

centre dc la pista,

como cn sus mcjorcs ticmpos,

una cnormc

piton

enrollada

ra-

desnuda y

cn cl

cuerpo.

Concha Jimenez, cn su afan dc imprcsionarnos,

o

dc volvcr a sentir la adrcnalina dc su viejo cspcctaculo, no calculo cl peso dc la boa y mucho mcnos cl peso dc sus anos; probablcmcntc la vicja Zulma, su compancra,

dcbio

dc haber

sido mucho

mas

pequcna pucs csta vcz cayo dc rodillas vcncida por cl

peso del

animal,

y antes dc quc cl

Tcmplo o los jugadores dc billar pudicran

corrcr

cn su ayuda,

la

boa la habia cstrangulado dc un ligcro y definitive drade,

apreton.

“ An­

te has quedado sin abuc-

ducho del

la” , dijc,

por dccir algo, por no ponerme del

lado

dc la tragcdia, pcro Andrade estaba livido, la boca abicrta, mirando cl ultimo cspcctacjilo de Concha Jimenez. Salimos del bar lucgo dc soportar toda la parafcrnalia quc proccdc a la mucrte dc un ser humano. Subimos hasta la Gran Via dc nucvo por la callc de San Bernardo y nos dctuvimos bajo un reloj quc marcaba las 6:24. Le di­ jc a Andrade:

“ Espcro no llcgar nunca a

los 60.” El, sin mirarme, mcticndo las manos cn su gaban antiguo, a punto dc avanzar cn dircccion contraria, me dijo: “ Con­ cha, hijo dc puta, era una gran artista.”

O a

( o T

rrs a j

e r

mi casa, c o mo ITs

los d i a s .

Los

m u e b l e s en el m i s m o lugar, el o l o r de la co-

fo^, c i n a , la l u z d elI it cuantas habia

veces e m p u j a d ^^^ ^ a

p u e r ta para e n c o n t r a r me con el m i sm o e sc e n a r i o , ^mil? ^Clen mi l veces? C u a n t a s v e c e s me h a b f a d e j a d o c a e r en el s i l l 6 n a b r a z a n d o mi p o r t a f o l i o s c ont ra el p e c h o , d o r m i d o ha st a q u e su v o z m e d e s p e r t a b a y el o l o r de la

c o c i n a , un a r o m a a e sp^ r ra g os c o c i d o s , se v o l v i a mas i nt enso. C e n a b a m o s en s i l e n c i o p o r q u e a e l l a no le com placia

ha blar con

a p r e n d i d o d e su m a d r e :

la b o c a

Mena,

lo h a b i a

no h a b l a r si t i e n e s un

t r o z o de c o m i d a en la bo c a. — N o te p r e o c u p e s

por

mi,

no le

d i r§ a n a d i e q u e habl as con la b o c a Mena — le d i j e , a u n q u e la i r o n i a no f u e n u n c a mi c o s t u m b r e . — Yo no p u d e ir a la e s c u e l a ,

re-

c u e r d a l o ; la Oni ca e d u c a c i o n q u e pos eo es la q u e me d i o mi m a d r e . — S i e m p r e e st ^s t a n

callada

— le

r e p r o c h e . N o era a qu el el u n i c o c o n s e j o q u e h a b i a h e r e d a d o de su m a d r e, t a m b i e n ideas con respecto a m a s t i c a r l e n t a m e n t e . Si vas a pasar un t r o z o de c a m e p o r el e s 6 f a g o es m e j o r q u e v a y a m u y b i e n masticado. ^

— N o en b a l d e D i o s nos d i o los d i e n t e s y las

m u e l a s — d e c i a e l l a , mi m u je r. — El e s t o ma go es c a p a z de d i g er i r c u a l q u i e r cosa, por dur a que sea — ^aha4 6

d i , s a t i s f e c h o de c o n t a r con un t e m a

de c o nv e r s a c i o n y de te ne r la p o s i b i l i d a d de h a bl ar d u r a n t e la cena . Un h o m b r e n ecesi ta h a b l a r con su m u j e r , ^que i m p o r t a a c e r c a de que?

47 ■ IH

A n t e s de ir a la c a m a r e v i s e la correspondencia.

tendrian

^Cuantas personas

mi n o m b r e y mi d i r e c c i o n ? M e

lo p r e -

g u n t a b a p o r q u e d u r a n t e los u l t i m o s meses h a b i a est ado l l e g a n d o a casa una gran c a n t i d a d de a n u n cios c o m e r c i a l e s d i r i g i d o s a mi pe rsona . — H a e s t a d o l l e g a n d o t o d a esa ba su ra c o n tu n o m b r e — d i j o mi esposa, c o m o si h u b i e r a l og ra d o l ee r en mi m e n t e . Su c u e r p o d e l g a d o se d e r r e t i a al c u b r i r s e con el e d r e d o n y las sabanas. P ar e c i a tan inofensiva. — N o e st oy de a c u e r d o c o n t i g o . Si e l l o s me envf an su p u b l i c i d a d , es p o r q u e me cr een c a p a z de c o m p r a r sus p r o d u c t o s . N o se la e n v i a r i a n a c u a l q u i e r pe rsona . — e Q u i e n e s son e// os? — me p r e g u n t o . Sentfa el c u e r p o du ro y pe sa do c o m o una p i e d r a , deseaba d e s c a n s a r , e n t r a r a las c o b i j a s y s en t i r el c a l o r de mi m uj er .

— N o se q u i e n e s son e / / o s , p e r o e l l o s s abe n m u y b i e n q u i e n soy yo — le r e sp o n d f . — N o lo s a b e n . S o l o eres un n o m b r e y u n a d i r e c c i o n — d i j o . Supuse q u e su m a d r e le h a b fa ens e n a d o a d e c i r t a m b i e n ese t l p o de frases. Por un m o m e n t o o d i c a su m a d r e . — Si ,

pero

detras

de

ese

nom bre

y

esa

d i r e c c i o n ha y u n a sol a pe r so na : yo. — Pues e n t o n c e s ha y m u c h o s c o m o t u, c l e n tos, m i l es . M i s z a p a t o s n u e v o s p a r e c i a n ser t an v i e j o s . ^Por q u e m e p a s a b a n eslas cosas? T o d o se h a c i a tan v i c j o a p cn a s lo t o c a b a y o. Est uvi mos sin d e c i r p a l a b r a d u r a n t e m i n u t o s ; y o s e n t a d o en el b o r d e de la c a m a , e l l a a mis e sp a l d a s . — ^En v e r d a d pi ensa s eso? — le p r e g u n t e . — ^Qu^? ^Pienso qu6? — Q u e h a y c i e n t o s , m i l es c o m o yo. — N o , c l a r o q u e no — d i j o . M e i n t r o d u j e en las c o b i j a s , sin d e s v e s t i r m e . N o me s e n t i a t r i s t e, p e r o f u e i m p o s i b l e no l l o r a r . E l l a , sin n o t a r mis l a g r i m a s se a c e r c o a m i , m e a b r a z o , m e d i o su c a l o r de m u j e r . 48

m a s de ra s para llegar ■

a la p u e r t a d o n d e un

I I I

n u m e r o 9, o x i d a d o , e s t a a p u n t o de c a e r



bre y e s p e r o . S i e n t o

al s u e lo . Toco un tim-

^ s t o n i a g o se abre y d e r r a m a un l i q u i d o a m a r g o B o b r e las otras v i s c e r a s . Voy a e n t r e g a r do s g r a m o s de c o c a i n a a un ho m br e que n u nc a an tes he visto en mi vida. S o l o sS q u e su n o m b r e es A r t u r o y q u e d e b e

e n t r e g a r m e 4 0 0 pe s o s ; de ese d i n e r o me corr esp on de el 15 por clento. MIentras espero veo que las g o l o n d r i n a s han f a b r ic a d o un nido muy cerca del numero 9; un crio estira el cuello y abre el pico, una cav id ad inm e ns a ; estoy p e n sa n do m e t e r l e el d e d o m e n i q u e h a s t a la g a r g a n t a cu a n d o la p u er ta se abre y a p ar e ce un hombre d e s c a i z o ; p o d ri a a p o s ta r a que ti en e el c ab el lo pintado. Me invita a pasar a donde lo espera otro hom br e sen ta d o en una si lla a n ti g u a . Me s o n ri e y hace una seha invitan do me a ocupar otra silla, esta no tan an tig ua . No se quien es Arturo, pero s u p o n g o que es el h o m b r e d e s c a i z o ; lo co m pr u e b o c u a n d o me di ce que a n te s de pa gar me van a pr o b a r la coca; no d e s c o n f i a n pero creen que ob rar de esa manera sera mejor para todos. Yo no tengo objecion, nadie me dio instrucciones para afirmar o negar. Solo debo cobrar 400 pesos de los cuales me cor res po nd era el 15 por clento. El que no es Arturo de s cue lg a un cuadro de ^

la pared y sobre el cristal forma dos Ifneas blancas. En otra pared s o b r e s a le la cabeza de un ven ad o muerto; me acerco y acaricio su piel: sus ojos se pa-

50

recen a los de El iza be th Taylor. A un lado hay una pla c a do ra d a que dice: "Ca za do en Can ad a po r el Dr. A r t u r o J i m e n e z . ” Ima gin e al ve n a d o

B

corriendo a lo largo de una colina cubierta de nieve. Escucho sus jadeos; se estan besando; el que no es A r t u ­

ro esta sentado en las piernas del que si es: son maricones. Les pregunto si pueden pagarme, pero el que no es Arturo se ar rodilla y te chupa alii al otro, en fre n te de mf. Me volteo y quedo otra vez fre nte a frente con el venado, solo que ahora me r e su lta im p o s ib le i m a g i n a r m e l o c o r ri e n d o en la nieve. Despues de algunos minutos, Arturo me toca la espalda; es casi de mi tamaho y tiene arrugas en la frente: “400 pesos por la coca y 50 para ti, por s o p o r t a r n o s ” , dice. Si las cu e n ta s no me fallen, los 50 pesos mas el 15 por ciento, deberan ser un poco mas de 100. Si ahorro, algun dia podr6 ir a C a n a d a a c az a r un v e n a d o . Eso har6 cuando cumpla 18 ahos: me ire a C an ada , co m pr a r6 un rifle y cazar6 un venado.

I

i

52

T)^ 'O 7 b T>

B

t>

777 ) p ^ ^ 7 S>

^ r a vcz q u c me li p a d r e ,

tenia

yo seis o s i c t c anos de c d a d , lo r c c u e r d o m u y bien:

una imagen quc

jamas olvidarc cn toda mi v i d a .

La razon

dc

la g o l p i z a fu e q u c , cn c o n t u b e r n i o con m i f t c r m a n o , dos anos m c n o r q u c yo, l e r o b a m o s

tlBWHlHii d c

c i e n p e s o s q u e guar>

d a b a e n la c a r t c r a c u b r i c n d o u n fajo m as o m e n o s g r u c s o d c b i l l e t c s d c a p es o; lo h i c i m o s m i c n t r a s

c l s c b a n a b a y m i m a d r c Ic p o n l a s u r o p a c n c i m a d c la cama: cam is a Zaga, cartcra, citituron, zapacos nc g r o s y s u l o c i o n O l d S p i c c . C o n cl b i l l c t c c n l a s m a n o s s a l i m o s a c o m p r a r u n a lata d c r c s is t o l a la tlap a l c r i a q u c c s c a b a j u n t o al c d i f i c i o d o n d e v i v i a m o s . f i r a m o s u n a f a m i l i a h u m i l d c y cl b a r r i o er a u n b a r r i o dc

pobrcs.

El c n c a r g a d o d c la t l a p a l c r i a ,

aun

lo

r c c u c r d o , sc l l a m a b a P e d r o y Ic d c c i a n cl M a l d i t o , u n giicy d c baja cstatura, m an o s agrie tadas y cabcl l o s n c g r o s . C u a n d o c! M a i d i t o v i o cl b i l l c t c d c c i c n p e s o s , lo a r r e b a t o d c m i s m a n o s y n o s a c u s o c o n mi padre.

R c c u c r d o l a c s c e n a c o m o si f u e r a a y e r , m i

p a d r e t o m o cl c i n t u r o n y m e a z o t o c o m o n u n c a a n t e s lo h a b f a h c c h o ; yo corrla p o r t o d a la casa l l o r a n d o y b u scan d o cn vano un lugar d o n d e rcfugiarm c

dc

aquellos golpcs. C uando hub o term inado conmigo b u s c o a mi h c r m a n o , c s c o n d i d o , m u c r t o d c m i c d o dcbajo

d c la c a m a ;

furioso,

mi

padre

levanto

la

a r m a d u r a d c l a c a m a y c n c o n t r o al m a r i c a s o l l o z a n d o y con los p a n t a l o n c s h u m c d o s d c orincs. D c to d os m o d e s Ic a s c s t o d c c i n t u r o n a z o s m i e n t r a s mi m a d r c , dc

pic

y

rccargada

cn

una

pared,

contcm plaba como aquel cabron golpeaba

54 a s u s h i j o s c o m o si f u c r a n p c r r o s .

S i c m p r c q u c r c c u c r d o la e s c e n a m e d a n g a n a s d c vom itar. T e n g o otras historias dc c i n t u r o n a z o s y d e p a l i z a s s c m e j a n t c s , p c r o p o r a l g u n a m a l d i t a raz o n , c s a h i s t o r i a c s la u n i c a q u c p u c d o

55

rcconstruir p c r fc c ta m c n tc cn mi m cm oria d c s p u c s d c t a n t o s an os . H a p a s a d o m u c h o t i c m p o y a h o r a la v i d a m e ha l l e v a d o a csc r i b i r r c l a t o s , a p u b l i c a r d c v c z c n c u a n d o c n cl pcriodico, y a cocinar una pasta mas o m cnos bucn a p a r a , d u r a n t e la n o c h c , c o m e r m i c n t r a s v c o la television. N o quiero participar cn nin g u n proyccto y h e p c r d i d o la e s p e r a n z a d c q u c s c p u b l i q u e n las n o v c l a s q u c c s c r i b i c u a n d o era m as j o v c n ; la vcrd a d h e p c r d i d o cl i n t c r c s . T o d a v i a h a c c u n o s a n o s m e g u s t a b a v c r mi n o m b r c

cn un p crio d ic o o cn

u n a r c v i s i a , a h o r a , l a v c r d a d , p o d r i a l i m p i a r m c cl culo con mis propios

artfculos.

Ya n o m e

sienta

b icn p o n c r m c a dar op in io n cs y m uy p ronto dejarc dc cscribir

p c n d c j a d a s acerc a d c G a u d f , la p o s m o -

d c r n i d a d y todas csas m am ad as; o sobrc

novclas

dc cscritores

no conozco pcrsonalm cntc,

quc ^' quc

t a l si s o n u n o s h i j o s d c p u t a ? E s to sc a c ab o. H e c o n o c i d o a algu-

nos q u c escribcn p ro fcsion alm entc, q u c cstudiaron Ictras

cn

la u n i v e r s i d a d ,

frccucntcm cntc,

jcarajo!

o quc

publican

D e vcras

quc

libros

son

peor

q u c u n c s c u p i t a j o a l as s ci s d c la m a n a n a ; n o t c n g o mucho

en c o m u n

con cllos,

no he

podido

hacer

a m i g o s y c a d a d i a q u c p a s a m e p r c g u n t o si e s c o g i cl

camino

adecuado.

Hacc

unos

mcscs

m u r i o m i a b u c l a y n o q u i s e ir a su c n ticrro,

no

qucria

ver

como

Ic

tiraban

ti cr ra c n c i m a , t u v o la s u e r t c d e s er v i u d a dcsde

muy jovcn y sicm prc supo como

d i v c r t i r s c , no f u c u n a a b u c l a n o r m a l , yo soy u n p o co co m o ella, naci v i u d o y no m e g u s t a sufrir, ni c s f o r z a r m c d c m a s i a d o , n i l e e r m i s r c l a c o s c n v o z a l t a , ni t o m a r m c u n c a f e con

tal o cu a l

p in c h c cscritor.

A prcndcr a haccr

p a s t a n o e s f a c i l , n o c s n a d a m a s p o n e r el a g u a y hundir

los

tallarines,

sc

rcquicrc

dc

ticm po,

jcarajo! D i o s s a b c lo di fi ci l q u c cs h a c c r u n a b u c n a pasta.

Si a d c m a s h a y u n b u e n p r o g r a m a e n l a t e ­

l e v i s i o n , n o sc Ic p u c d c p c d i r n a d a m a s a la v i d a . E n c s o n o s o y c o m o m i a b u c l a , a e l l a Ic g u s t a b a c s t a r s i c m p r c c n la c a l l c , c o m e r fucra, vcr a sus amigas.

56

^ ^ \ K

d e (

In f (e r n o

cri bi r, es u n a p e n d e j a d a i gual q u e ot r a s ; j a m ^ s p l e n s o q u e soy un a r t i s l a o q u e soy s u p e r i o r al q u e Iimpia la mi e r d a en un ba h o ; incluso, d e sp ue s de c o n o c e r a algunos escritores, p l e n s o q u e es m e j o r l i m p i a r m i e r d a en un b a n o . Pe r o la e s c r i t u r a sirve p a r a d e s a h o g a r s e , al me n o s en est e caso, sirve para de ci r l e a j ul i et a q u e es una

m a l d i t a p e r r a y t o d o e s o q u e n o p u d e d e c i r l e en su c a r a . Te n g o u n a lista d e t i p o s d e m u j e r c o n q u i e n e s no d e s e o t e n e r n i n g u n a c l as e de c o n t a c t o ; por ejem pio, no quiero saber nada de escritoras, o j a U !es d e n a t o d a s p o r el c u l o , n o c o n o z c o a u n a s o l a c a p a z de a f e c t a r mi s e n s i b i l i d a d ; en fin, o l v i d e m o s e s t o , p o r q u e de q u i e n d e s e o h a b l a r en e s t a o c a s i o n es d e J u l i e t a , p a r a e s o va a s e r v i r me la e s c r i t u r a , p a r a h a b l a r d e la p e r r a del i n f i e r n o q u e c o n o c f h a c e me s e s b a i l a n d o en m i n i f a l d a enc i m a d e u n a me s a , f i n g i e n d o o r g a s m o s , p o n i e n d o c a r a d e q u e se v e n f a s o b r e la p e q u e h a m u l t i t u d q u e , e x t a s i a d a , o b s e r v a b a su n u m e r i t o . R e c u e r d o la mu s i c a , t o c a b a n Mo t o r c r a s h d e los Sugar C u b e s y j ul i e t a t e ni a 18 ahos , los c a l z o n e s b l a n c o s y unas me d i a s s a t i n a d a s y uno s z a p a t o s d e pl a t a f or ma y un t o p c o n la b a n d e r a d e S o m a l i a y u n o s l a b i o s mora dos y una cara de puta que podria re conoce r h a s t a un p o e t a . A v e c e s p i e n s o q u e n o h e t e n i d o s u e r t e en la vi da, y tal vez d e h a b e r si do a c u a r i o , t endr i a ya una relacidn estable con al guna mujer que h a b r i a d e c o n v e r t i r mi v i da en un n i d o de m om entos inolvidables;

p e r o al

n a c e r e s c o r p i o n , e n m e d i o d e e s t e mu-

58

l a d a r d e c e m e n t o y o r i n e s , n o me q u e d o o t r o rem e d i o q u e e n a m o r a r m e d e u n a per r a q u e se exci t a b a i l a n d o s o b r e u n a me s a . C u a n d o e r a n i n o d e s e a b a ser U l ­

59

t r a ma n y a p r e n d e r ka r a t e, d e s p u e s qul se c o n v e r t i r m e en G o d z i l l a y a p l a s t a r j a p o n e s e s c o n la p l a n t a d e los pi es: c a m b i a b a de o p i n i o n a c a d a m o m e n t o , d e s p u e s c r e el y c o m e n c e a masturbarme

viendo

un p r o g r a m a l l a m a d o

Senori t a Come t a ; ^se fue ml pr i mer s i mb o l o sexual: u n a s i r v i e n t a j a p o n e s a en m i n i f a l d a . Pe r o n o me q u e j o , al me n o s t u v e l l u s i o n e s y u n a i n f a n c i a n o r ­ mal , n o c o m o j u l i e t a , a q u i e n d e s d e los d l e z a n o s — d i c e ella, la m e n t i r o s a — , un p r i me suyo le met i a en la v a g i n a un d e d o u n t a d o c o n m e r m e l a d a d e f r es a; yo c r e o q u e lo i n v e n t a p a r a d a r s e e s e l o o k d e n i n a v i o l a d a q u e g u s t a a h o r a t a n t o a las muj e r e s : p o n e n c a r a d e m o n j a m i e n t r a s te h a c e n las c o n f e s i o n e s ma s p u e r c a s ; p e r o asi s o n , q u e se le va a h a c e r . Un o j a m a s d e b e e n amo r a r s e d e u n a mujer, h a c e r l o serla a l go t an e s t u p i d o c o m o escribir p o e m a s , o c o l e c c i o n a r m o n e d a s , o d i s c u t i r s o b r e p i n t u r a ; las

m u j e r e s e st an ahf, c o m o el Sida o las n u b e s , o los c a l e n d a r i o s ma y a s ; se les usa, se les c h u p a aqui o alia, se les s a c a d i n e r o , p e r o no est a u no p e n s a n d o en ellas, jcaraj o! He aili el me j or c o n s e j o q u e se le p u e d e dar a c u a l qu i e r hombr c: jDuro c on las perras! Y sin e m b a r g o , yo c o me t i el error d e sallr mas de u n a v e z d e la m a n o d e Jul i et a, d e drogarnos j unt os, de regalarle de mi c o c a , de lavarle los cal zones; mas el t i e mpo esta en la sangre, y una n oc he, u n a maldi l a n o c h e q u e recordar