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• Roger Enmanuel Gomez Aleman

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Étienne Gasón (1884-1978) es sin duda uno de los m á s impor­ t a n t e s filósofos del siglo xx. Sus obras han constituido u n a notable aportaeión al desarrollo de la in­ vestigación teórica en E u r o p a y América, sobre todo en el campo de la Metafísica y e s p e c i a l m e n t e en Epistemología, Teología natu­ ral y Estética. Su juventud discurre en un am­ biente neopositivista que no logra desalentar su interés por la inves­ tigación metafísica. La inestima­ ble producción filosófica de Gilson - m á s dé 50 libros y numerosos ar­ t í c u l o s - lia contribuido en buena medida a superar el equívoco kan­ tiano sobre «la m u e r t e de la Meta­ física».

EL ESPÍRITU DE LA FILOSOFÍA MEDIEVAL

ÉTIENNE GILSON

EL ESPÍRITU DE LA FILOSOFÍA MEDIEVAL Cuarta edición

EDICIONES RIALP, S. A. MADRID

Título original: L'esprií

de la philosophie

médiévale

©

1 9 7 9 by L i b r a i r i e P h i l o s o p h i q u e J. V r i n . P a r í s .

©

2 0 0 9 d e l a p r e s e n t e e d i c i ó n , v e r s i ó n p u b l i c a d a p o r E m e c é E d i t o r e s , S. A . , B u e n o s A i r e s 1 9 5 7 , by E D I C I O N E S R 1 A L P , S . A . , A l c a l á , 2 9 0 . 2 8 0 2 7 M a d r i d

MÉXICO ^ /

F I L O S O F Í A

LETRA£

S a l v o en sus páginas preliminares, este libro es idéntico a la edición d e 1 9 8 1 .

ISBN: 978-84-321-3492-0 Depósito legal: M . 46.507-2009 Impreso

en España

Printed A n z o s , S. L. - F u e n l a b r a d a ( M a d r i d )

in Spain

Í N D I C E

Prefacio

11

Nota para la segunda

edición

francesa

12

C a p í t u l o I.

El p r o b l e m a de la

filosofía

C a p í t u l o II.

La noción de

C a p í t u l o III.

El ser y su n e c e s i d a d

47

C a p í t u l o IV.

Los seres y su contingencia

71

C a p í t u l o V.

Analogía, causalidad y

Capítulo VI.

El o p t i m i s m o cristiano

115

Capítulo VIL

La gloria de Dios

137

C a p í t u l o VIII.

La providencia cristiana

157

Capítulo IX.

La antropología cristiana

177

Capítulo X.

El personalismo cristiano

195

Capítulo XI.

E l c o n o c i m i e n t o d e sí m i s m o y el

filosofía

cristiana

cristiana

13 27

finalidad

92

socratis-

m o cristiano

213

Capítulo XII.

El c o n o c i m i e n t o de las cosas

232

Capítulo XIII.

El intelecto y su objeto

246

Capítulo XIV.

El a m o r y su objeto

261

Capítulo XV.

Libre albedrío y libertad cristiana

277

Capítulo XVI.

Ley y moralidad cristiana

296

Capítulo XVII.

Intención, conciencia y obligación

314

Capítulo XVIII.

L a e d a d m e d i a y la n a t u r a l e z a

333

Capítulo XIX.

La e d a d m e d i a y la historia

352

Capítulo XX.

La e d a d m e d i a y la

filosofía

369

8

ÍNDICE

APÉNDICE AL CAPÍTULO X I V . N o t a s o b r e l a c o h e r e n c i a d e l a mística cisterciense

N o t a s bibliográficas p a r a servir a la historia de la n o c i ó n d e filosofía c r i s t i a n a

índice de nombres propios

Al señor

JOHN

LAIRD

P R O F E S O R DE F I L O S O F Í A EN LA U N I V E R S I D A D DE A B E R D E E N

I l a p á ©eoü x e p l @eoü uoc @eíu A t e n á g o r a s , Legatio

pro

Christianis,

vn

PREFACIO

Las diez lecciones que forman este volumen han sido dictadas en la Universidad de Aberdeen, en las G i f f o r d L e c t u r e s de ig3i. Invitado a la tarea bastante difícil de definir el espíritu de la filosofía medieval, la he aceptado, sin embargo, pensando en la opinión muy difundida de que si bien la Edad Media tiene una literatura y un arte, no posee una filosofía propia. Tratar de desentrañar el espíritu de esa filosofía era ponerse en la obligación de presentar la prueba de su existencia, o reconocer que jamás existió. Al intentar definirla en. su propia esencia, me vi llevado a presentarla como la "filosofía cristiana" por excelencia. Pero, llegado a este punto, la misma dificultad me esperaba en otro plano, pues si se ha podido negar la filosofía medieval como un hecho, se ha negado igualmente la posibilidad de una filosofía cristiana en cuanto idea. Sucede, pues, que las dos series de lecciones, de las cuales ésta es la primera, concurren hacia esta conclusión: que la Edad Media ha producido, además de una literatura cristiana y un arte cristiano, lo que es harto sabido, una filosofía cristiana, que es lo que suele negársele. No se trata de sostener que esa filosofía la creó de la nada, así como no sacó de la nada su arte y su literatura. Tampoco se trata de pretender que no hubo en la Edad Media más filosofía que la cristiana, como no sería posible pretender que toda la literatura medieval es cristiana y todo el arte medieval, cristiano. La única cuestión que se trata de examinar es la de saber si la noción de filosofía cristiana tiene un sentido, y si la filosofía medieval, considerada en sus más calificados representantes, no sería precisamente su más adecuada expresión histórica. El espíritu de la filosofía medieval, tal como lo entendemos aquí, es, pues, el espíritu cristiano, penetrando la tradición griega, trabajándola desde adentro y haciéndole producir una visión del mundo, una Weltanschauung específicamente cristiana. Fueron menester templos griegos y basílicas romanas para que hubiese catedrales; sin embargo, sea cual sea la deuda de nuestros arquitectos medievales hacia sus predecesores, se diferencian de ellos. Y el espíritu nuevo que les permitió crear es quizá el mismo en que se inspiraron con ellos los filósofos de su tiempo. Para saber qué puede haber de cierto en esta hipótesis, el único método que se debe seguir es mostrar el pensamiento medieval en

la

PREFACIO

su estado naciente, en el punto preciso en que el injerto judeo-cristiano se ingiere en la tradición helénica. La demostración intentada es, pues, puramente histórica. Si muy pocas veces ha sido provisionalmente adoptada una actitud más teórica, es porque el historiador debe, por lo menos, hacer inteligibles las nociones que va exponiendo; se trataba de sugerir cómo, aun hoy, pueden ser concebibles doctrinas con las que, durante siglos, se satisfizo el pensamiento de quienes nos precedieron. La segunda serie de estas lecciones se dictará en ¡g32, en la Universidad de Aberdeen. Nos ha parecido preferible publicarlas por separado, pues la discusión que seguirá a la publicación de los principios podrá ayudar a precisar las conclusiones previstas, y a rectificarlas, si necesario fuere.

* NOTA

PARA

LA

SEGUNDA

EDICIÓN

FRANCESA

El conjunto de la obra reproduce el texto de la edición de ig3s, pero los dos volúmenes han sido reunidos en uno solo. Las notas, que se habían puesto al final, figuran ahora al pie de las páginas del texto. Y las n o t a s b i b l i o g r á f i c a s , que se han dejado como antes al final del tomo, han sido completadas.

París, 7 de abril de 1943.

CAPÍTULO EL PROBLEMA

PRIMERO

DE LA FILOSOFÍA

CRISTIANA

N o H A Y expresión q u e a c u d a m á s naturalmente al pensamiento de u n h i s t o r i a d o r d e la filosofía m e d i e v a l c o m o la d e "filosofía c r i s t i a n a " ; n i n g u n a , al parecer, p u d i e r a p r o v o c a r menos dificultades, y p o r consiguiente n o debe extrañarnos verla e m p l e a d a c o n t a n t a frecuencia. S i n e m b a r g o , p o c a s e x p r e s i o n e s h a y q u e , si b i e n s e r e f l e x i o n a , s e a n c i e r t a m e n t e m á s o b s c u r a s y d e m á s difícil d e f i n i c i ó n . L a c u e s t i ó n n o es, e n e f e c t o , s a b e r si u n h i s t o r i a d o r d e l p e n s a m i e n t o m e d i e v a l t i e n e el d e r e c h o d e c o n s i d e r a r l a s f i l o s o f í a s e l a b o r a d a s p o r c r i s t i a n o s , e n e l transcurso d e la E d a d M e d i a , s e p a r a d a m e n t e d e las q u e fueron concebidas p o r j u d í o s o m u s u l m a n e s . P l a n t e a d o e n esta f o r m a , el p r o b l e m a es d e o r d e n p u r a m e n t e h i s t ó r i c o y p u e d e ser f á c i l m e n t e r e s u e l t o . E n justicia, n o p o d e m o s aislar e n l a historia lo q u e e s t u v o u n i d o e n la r e a l i d a d . Y d a d o q u e s a b e m o s q u e el p e n s a m i e n t o c r i s t i a n o , el p e n s a m i e n t o j u d í o y el p e n s a m i e n t o m u s u l m á n h a n o b r a d o u n o s e n otros, m a l m é t o d o sería estudiarlos c o m o otros t a n t o s sistemas cerrados y aislados. D e h e c h o , la investigación histórica vive d e abstracciones, y c a d a u n o d e nosotros se l a b r a e n ella u n d o m i n i o c u y a s f r o n t e r a s s o n l a s d e s u c o m p e t e n c i a ; l o i m p o r t a n t e es n o c r e e r q u e l a s l i m i t a c i o nes d e nuestro m é t o d o sean límites de la realidad. 1

E l v e r d a d e r o p r o b l e m a n o e s t á a h í ; es d e o r d e n filosófico, y m u c h o m á s grave. R e d u c i d o a su m á s simple fórmula, consiste e n p r e g u n t a r s e si l a n o c i ó n m i s m a d e filosofía cristiana t i e n e u n sentido y, s u b s i d i a r i a m e n t e , si c o r r e s p o n d e a u n a r e a l i d a d . N a t u r a l m e n t e , n o s e t r a t a d e s a b e r si h a h a b i d o c r i s t i a n o s f i l ó s o f o s , s i n o d e s a b e r si p u e d e h a b e r f i l ó s o f o s c r i s t i a n o s . E n e s t e s e n t i d o , el p r o b l e m a s e p l a n t e a r í a del m i s m o m o d o r e s p e c t o d e los m u s u l m a n e s y d e los j u d í o s . T o d o s s a b e m o s q u e la civilización m e d i e v a l se c a r a c t e r i z a p o r l a e x t r a o r d i n a r i a i m p o r t a n c i a q u e e n ella t o m a el e l e m e n t o religioso. T a m p o c o i g n o r a m o s q u e el j u d a i s m o , el i s l a m i s m o y el c r i s t i a n i s m o p r o d u j e r o n e n t o n c e s c u e r p o s d e d o c t r i n a s e n los q u e la filosofía se c o m b i n a b a m á s o m e n o s f e l i z m e n t e c o n el d o g m a religioso, y q u e se d e s i g n a c o n el 1

Sobre la noción

de

"filosofía

e s t e t o m o , l a s Notas bibliográficas de "filosofía cristiana".

cristiana"

para

y su historia,

servir

véanse,

a la historia

de

al final

la

de

noción

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

n o m b r e , p o r lo d e m á s b a s t a n t e v a g o , d e escolástica. L a cuestión está p r e c i s a m e n t e e n s a b e r si e s a s e s c o l á s t i c a s , y a s e a n j u d í a s , m u s u l m a n a s , o m á s e s p e c i a l m e n t e c r i s t i a n a s , m e r e c e n el n o m b r e d e filosofías. A h o r a b i e n : e n c u a n t o se p l a n t e a el p r o b l e m a e n e s t o s t é r m i n o s , l e j o s d e a p a r e c e r c o m o evidente, la existencia y a u n la posibilidad de u n a f i l o s o f í a c r i s t i a n a se v u e l v e p r o b l e m á t i c a , a p u n t o t a l q u e h o y p a r e c e n c o n c o r d a r los p a r t i d o s f i l o s ó f i c o s m á s o p u e s t o s p a r a r e h u s a r l e a e s t a expresión todo significado positivo. E n p r i m e r l u g a r , t r o p i e z a c o n l a c r i t i c a d e los h i s t o r i a d o r e s , q u e , s i n d i s c u t i r a priori l a c u e s t i ó n d e s a b e r si p u e d e o n o h a b e r u n a "filosofía cristiana", c o m p r u e b a n c o m o u n h e c h o q u e , a u n e n la E d a d M e d i a , j a m á s la h u b o . F r a g m e n t o s de doctrinas griegas m á s o m e n o s t o r p e m e n t e c o s i d o s a u n a t e o l o g í a , es c a s i t o d o l o q u e n o s h a n d e j a d o los p e n s a d o r e s c r i s t i a n o s . O r a a c u d e n a P l a t ó n , o r a a A r i s t ó teles, a m e n o s q u e , a ú n p e o r , n o i n t e n t e n unirlos en u n a imposible s í n t e s i s y, c o m o y a l o d e c í a J u a n d e S a l i s b u r y e n el s i g l o x v u , t r a t e n de reconciliar muertos q u e n o cesaron de disputarse mientras vivieron. N u n c a v e m o s a l z a r el v u e l o a u n p e n s a m i e n t o q u e sea a l a vez p r o f u n d a m e n t e c r i s t i a n o y v e r d a d e r a m e n t e c r e a d o r ; el c r i s t i a n i s m o , p u e s , n o h a c o n t r i b u i d o e n n a d a a e n r i q u e c e r el p a t r i m o n i o filosófico d e la humanidad. 2

L o s f i l ó s o f o s n o s e x p l i c a n l a r a z ó n d e l h e c h o q u e los h i s t o r i a d o r e s c r e e n c o m p r o b a r . Si n u n c a h u b o u n a filosofía c r i s t i a n a h i s t ó r i c a m e n t e o b s e r v a b l e , es p o r q u e l a n o c i ó n m i s m a es c o n t r a d i c t o r i a e i m p o s i b l e . E n l a p r i m e r a f i l a d e los q u e c o m p a r t e n e s t a o p i n i ó n d e b e m o s c o l o c a r a l o s q u e p o d r í a m o s l l a m a r r a c i o n a l i s t a s p u r o s . T a n c o n o c i d a es l a o p i n i ó n d e é s t o s , q u e a p e n a s s e r í a ú t i l d e s c r i b i r l a , si s u i n f l u e n c i a n o se h u b i e s e e x t e n d i d o m u c h o m á s a l l á d e l o q u e c o m ú n m e n t e se s u p o n e . P a r a ellos, e n t r e la r e l i g i ó n y la filosofía h a y u n a d i f e r e n c i a de esencia, q u e u l t e r i o r m e n t e h a c e imposible cualquier otra colabor a c i ó n e n t r e sí. N o t o d o s c o n c u e r d a n s o b r e l a e s e n c i a d e l a r e l i g i ó n , l e j o s d e e l l o ; p e r o t o d o s e s t á n a c o r d e s e n a f i r m a r q u e n o es d e l o r d e n d e la r a z ó n , y q u e a su vez la r a z ó n n o p o d r í a d e p e n d e r d e l ord e n d e l a r e l i g i ó n . A h o r a b i e n : e l o r d e n d e l a r a z ó n es p r e c i s a m e n t e el d e l a filosofía. H a y , p u e s , u n a i n d e p e n d e n c i a e s e n c i a l d e la filosofía r e s p e c t o d e t o d o l o q u e n o es e l l a , y p a r t i c u l a r m e n t e c o n r e l a c i ó n a e s e i r r a c i o n a l q u e es l a R e v e l a c i ó n . N a d i e p e n s a r í a h o y e n h a b l a r de u n a m a t e m á t i c a cristiana, o de u n a biología cristiana, o de u n a m e d i c i n a cristiana. ¿ P o r q u é ? P o r q u e la m a t e m á t i c a , la biología y l a m e d i c i n a s o n c i e n c i a s , y l a c i e n c i a es r a d i c a l m e n t e i n d e p e n d i e n t e d e la religión, t a n t o e n sus conclusiones c o m o e n sus p r i n c i p i o s . L a e x p r e s i ó n " f i l o s o f í a c r i s t i a n a " n o es, s i n e m b a r g o , m e 2

Véase

BIBLIOGRAFÍA.

Textos

de

M.

Scheler, y

de

É.

Bréhier.

EL

nos

s

absurda ,

PROBLEMA

y

lo

DE

único

LA

que

FILOSOFÍA

debe

CRISTIANA

hacerse

es

'5 abandonarla.

N a t u r a l m e n t e , e n nuestros días n o e n c o n t r a r í a m o s u n solo neoescolástico q u e a d m i t i e r a q u e n o h a y n i n g u n a r e l a c i ó n e n t r e l a filosofía y l a r e l i g i ó n ; s i n e m b a r g o , n o s e q u i v o c a r í a m o s si c r e y é s e m o s q u e u n a o p o s i c i ó n a b s o l u t a los s e p a r a a t o d o s d e l r a c i o n a l i s m o t a l c u a l a c a b a d e ser descrito. A l c o n t r a r i o : a u n c u a n d o e n o t r o p l a n o m a n t i e n e n e x p r e s a m e n t e relaciones necesarias, algunos a d m i t e n las premisas d e la a r g u m e n t a c i ó n r a c i o n a l i s t a , y o t r o s h a s t a t i e n e n el v a l o r d e a c e p t a r la c o n c l u s i ó n . L o q u e esos n e o e s c o l á s t i c o s n i e g a n es q u e n i n g ú n p e n s a d o r c r i s t i a n o h a y a c o n s e g u i d o c o n s t i t u i r u n a filosofía, p u e s sostienen q u e S a n t o T o m á s d e A q u i n o f u n d ó u n a ; p e r o n o sería menester aprem i a r l o s m u c h o p a r a q u e r e c o n o c i e r a n q u e es l a ú n i c a , y q u e , si es la ú n i c a , es j u s t a m e n t e p o r q u e s e c o n s t i t u y ó e n u n p l a n o p u r a m e n t e r a c i o n a l . L o q u e los s e p a r a d e l o s r a c i o n a l i s t a s e s , p u e s , u n d e s a c u e r d o s o b r e l o s h e c h o s m á s q u e u n a d i s c o r d a n c i a a c e r c a d e los p r i n c i p i o s , o si e n t r e e l l o s h a y d e s a c u e r d o s o b r e l o s p r i n c i p i o s , n o s e r e f i e r e a l a n o c i ó n m i s m a d e l a f i l o s o f í a , s i n o a l l u g a r q u e l e c o r r e s p o n d e e n la j e r a r q u í a d e las ciencias. M i e n t r a s el r a c i o n a l i s t a p u r o c o l o c a a l a filosofía e n l a c i m a y l a i d e n t i f i c a c o n l a s a b i d u r í a , el n e o e s c o l á s t i c o l a s u b o r d i n a a la teología, ú n i c a q u e m e r e c e p l e n a m e n t e el n o m b r e d e s a b i d u r í a ; p e r o ¿ p o r q u é ciertos neoescolásticos piensan q u e , a u n s u b o r d i n a d a a l a t e o l o g í a , s u filosofía p e r m a n e c e e s e n c i a l m e n t e i d é n t i c a a l á q u e n o reconoce n i n g u n a Sabiduría p o r e n c i m a d e ella? ¿ C ó m o explicar semejante actitud? 4

Si p u d i é r a m o s p r e g u n t a r a los p e n s a d o r e s d e l a E d a d M e d i a q u é d e r e c h o s se r e c o n o c e n a l t í t u l o d e filósofos, o b t e n d r í a m o s r e s p u e s t a s m u y diferentes. E n p r i m e r lugar, algunos r e s p o n d e r í a n sin d u d a q u e es u n título del q u e n o se p r e o c u p a n d e n i n g ú n m o d o , p o r q u e t i e n e n o t r o , el d e cristianos, q u e les d i s p e n s a d e ello. P u d i e r a n citarse, p a r a apoyarlo, adversarios resueltos d e la dialéctica, c o m o S a n B e r n a r d o o S a n P e d r o D a m i á n ; p e r o a u n f u e r a d e esos casos e x t r e m o s , casi n o 5

3

V é a s e BIBLIOGRAFÍA, L . F e u e r b a c h . V é a s e BIBLIOGRAFÍA, P . M a n d o n n e t , y M . - D . G h e n u . E l teologismo p u r o de S a n Pedro D a m i á n equivale a u n a negación radical d e l a filosofía c r i s t i a n a , p u e s t o q u e s u e s e n c i a es e l i m i n a r l a filosofía e n b e n e ficio d e l a teología. L a v i d a d e l c r i s t i a n o n o t i e n e sino u n f i n : l o g r a r s u s a l v a c i ó n . L a s a l v a c i ó n se l o g r a p o r l a f e . A p l i c a r l a r a z ó n a l a fe es d i s o l v e r l a . D e m o d o q u e n o q u e d a sino prohibir al cristiano l a investigación del conocimiento racional como u n a e m p r e s a peligrosa p a r a l a o b r a d e su salvación. E n s u m a : el d i a b l o es q u i e n h a i n s p i r a d o a los h o m b r e s el d e s e o d e l a c i e n c i a , y ese d e s e o es el q u e h a c a u s a d o e l p e c a d o o r i g i n a l , f u e n t e d e t o d o s n u e s t r o s males: "Porro, qui vitiorum o m n i u m catervas moliebatur inducere, cupiditatem scientiae quasi d u c e m exercitus posuit, sicque p e r e a m infelici m u n d o c u n e t a s i n i q u i t a t u m t u r m a s i n v e x i t . " P E D R O D A M I Á N , De sancta simplicitate, I; Patr. lat., t . 1 4 5 , c o l . 6 9 5 - 6 9 6 . O t r o s t e x t o s s e h a l l a n r e u n i d o s e n Études de philosophie médiévale, Estrasburgo, 1 9 2 1 , págs. 30-38. 4

5

l6

E L

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

e n c o n t r a r í a m o s m á s q u e a los a v e r r o í s t a s p a r a a d m i t i r l a l e g i t i m i d a d de. u n e j e r c i c i o d e l a r a z ó n q u e f u e s e p u r a m e n t e f i l o s ó f i c o y s i s t e m á t i c a m e n t e s u s t r a í d o a l a i n f l u e n c i a d e l a fe. T a l c o m o se m a n i f e s t ó e n los s i g l o s x i i y X I I I , p o r e j e m p l o , l a o p i n i ó n m e d i a e s t á b a s t a n t e b i e n representada p o r S a n Anselmo y San Buenaventura, que, con razón a d e m á s , d e c l a r a n seguir a S a n Agustín. E l ejercicio de la r a z ó n p u r a les p a r e c e s e g u r a m e n t e p o s i b l e ; y ¿ c ó m o d u d a r d e ello d e s p u é s d e P l a t ó n y Aristóteles? P e r o se m a n t i e n e n s i e m p r e e n el p l a n o d e las c o n d i c i o n e s d e h e c h o e n q u e se ejercita l a razón, n o e n el d e l a defin i c i ó n . A h o r a b i e n : lo c i e r t o es q u e e n t r e los filósofos g r i e g o s y n o s otros h a h a b i d o la Revelación cristiana y q u e ésta h a modificado p r o f u n d a m e n t e las c o n d i c i o n e s e n q u e se e j e r c i t a l a r a z ó n . ¿ C ó m o los q u e f o s e e n e s t a r e v e l a c i ó n p o d r í a n f i l o s o f a r c u a l si n o l a t u v i e r a n ? L o s e r r o r e s d e P l a t ó n y d e Aristóteles s o n p r e c i s a m e n t e los d e l a r a z ó n p u r a ; t o d a f i l o s o f í a q u e p r e t e n d a b a s t a r s e a sí m i s m a v o l v e r á a c a e r e n los m i s m o s errores, o e n otros p e o r e s ; d e m o d o q u e e n a d e l a n t e el ú n i c o m é t o d o seguro p a r a nosotros consiste e n t o m a r a la revelación c o m o guía, a fin d e llegar a a l g u n a inteligencia d e su c o n t e n i d o ; y esta i n t e l i g e n c i a d e l a r e v e l a c i ó n e s l a f i l o s o f í a m i s m a . Fides quaerens inte lie ctum: h e a h í e l p r i n c i p i o d e t o d a e s p e c u l a c i ó n m e d i e v a l ; p e r o ¿ n o sería t a m b i é n u n a c o n f u s i ó n d e la filosofía y d e l a teología, q u e a r r u i n a r í a a la p r o p i a filosofía? 6

P a r a a p a r t a r s e d e ese peligro, ciertos neoescolá'sticos h a n creído d e b e r a d o p t a r p a r c i a l m e n t e l a posición d e sus adversarios. C o n c e d i e n d o el principio, intentan p r o b a r q u e e n la E d a d M e d i a n u n c a h u b o otra filosofía d i g n a d e ese n o m b r e q u e l a d e S a n t o T o m á s . San Anselmo y S a n B u e n a v e n t u r a p a r t e n d e la fe, d e m o d o q u e se e n c i e r r a n e n la teología. L o s averroístas se e n c i e r r a n e n l a r a z ó n , p e r o r e n u n c i a n a t e n e r p o r v e r d a d e r a s las m á s n e c e s a r i a s conclusiones r a c i o n a l e s ; así, 7

M . D E W U L F , Histoire de la philosophie médiévale, 4 * e d i c . 1 9 1 2 , p á g . 1 8 6 , n o t a 2. Reconozcamos, p o r lo demás, q u e la expresión "racionalismo cristiano", q u e se h a p r o p u e s t o p a r a d e s i g n a r l a a c t i t u d d e S a n A n s e l m o (BOUCHITTÉ, Le rationalisme chrétien, P a r í s , 1 8 4 2 ) , es e q u í v o c a , a m e n o s q u e se p r e c i s e e x a c t a m e n t e su sentido. P a r a el racionalismo p u r o , l a r a z ó n debe ser juez d e t o d o , incluso la r e v e l a c i ó n ; el solo h e c h o de a d m i t i r u n d o g m a q u e n o d e p e n d e sino d e l a fe b a s t a p a r a c o l o c a r al p e n s a d o r cristiano e n u n p l a n o m u y distinto. P o r lo demás h e tratado d e mostrar q u e ni Escoto Erígena, ni S a n Anselmo, ni siquiera Abelardo, admitieron la legitimidad de u n ejercicio de la r a z ó n , n o sólo hostil, sino h a s t a s i m p l e m e n t e indiferente al contenido de Y

l a r e v e l a c i ó n . V é a s e Le sens du rationalisme médiévale,

Estrasburgo,

7

Así, según el P . M a n d o n n e t , los escolásticos d e h a b e r a b s o r b i d o " t i e n e u n f u n d a m e n t o r e a l e n los d e ser, n a t u r a l m e n t e , e n lo q u e se

Siger vaina,

de Brabant 1 9 1 1 , págs.

chrétien,

e n Études

de

philosophie

1 9 2 1 , págs. 1 - 2 9 .

et l'averroisme 55-56.

la acusación tan a m e n u d o lanzada contra el o b j e t o d e l a filosofía e n el d e l a t e o l o g í a teólogos agustinianos", pero n o tiene razón refiere a la escuela tomista. P. M A N D O N N E T ,

tatin

au XIII'

siécle,

2 " parte, 2 " edic, L o -

EL

PROBLEMA

DE

LA

FILOSOFÍA

CRISTIANA

17

p u e s , s e e x c l u y e n d e l a f i l o s o f í a . S ó l o el t o m i s m o s e d a c o m o u n s i s t e m a c u y a s c o n c l u s i o n e s filosóficas s o n d e d u c i d a s d e p r e m i s a s p u r a m e n t e r a c i o n a l e s . E n él e s t á l a t e o l o g í a e n s u l u g a r , es d e c i r , e n l a c ú s p i d e d e la e s c a l a d e las c i e n c i a s ; f u n d a d a e n la r e v e l a c i ó n d i v i n a , q u e le p r o v e e sus p r i n c i p i o s , es u n a c i e n c i a d i s t i n t a , q u e p a r t e d e la fe y sólo e m p l e a l a r a z ó n p a r a e x p o n e r s u c o n t e n i d o o p r o t e g e r l a c o n t r a el e r r o r . E n c u a n t o a l a f i l o s o f í a , si b i e n es c i e r t o q u e se s u b o r d i n a a l a t e o l o g í a , s i n e m b a r g o c o m o t a l n o d e p e n d e s i n o d e l m é t o d o q u e l e es p r o p i o : f u n d a d a en la r a z ó n h u m a n a , al n o d e b e r su v e r d a d sino a la e v i d e n c i a d e sus p r i n c i p i o s y a la e x a c t i t u d d e sus d e d u c c i o n e s , r e a l i z a e s p o n t á n e a m e n t e s u a c u e r d o c o n l a f e s i n t e n e r q u e d e f o r m a r s e ; si c o n c i e r t a c o n l a fe es s i m p l e m e n t e p o r q u e es v e r d a d e r a , y l a v e r d a d n o p u e d e contradecir a la verdad. 8

E n t r e u n neoescolástico s e m e j a n t e y u n p u r o racionalista q u e d a , sin d u d a , u n a d i f e r e n c i a f u n d a m e n t a l . P a r a el n e o e s c o l á s t i c o , l a f e s u b s i s t e , y t o d o d e s a c u e r d o e n t r e s u f e y s u f i l o s o f í a es s i g n o c i e r t o d e e r r o r filosófico. E n ese c a s o , t i e n e q u e v o l v e r al e x a m e n d e sus c o n c l u s i o n e s y d e s u s p r i n c i p i o s , h a s t a q u e d e s c u b r a el e r r o r q u e los v i c i a . S i n e m b a r g o , a u n e n t o n c e s , si n o s e e n t i e n d e c o n el r a c i o n a l i s t a , n o es p o r q u e n o h a b l e n el m i s m o l e n g u a j e . N o s e r á él q u i e n c o m e t a e l e r r o r i m p e r d o n a b l e d e u n S a n A g u s t í n o d e u n S a n A n s e l m o , y c u a n d o se le p i d a q u e p r u e b e a D i o s , p r i m e r o n o s i n v i t a r á a c r e e r e n él. Si su filosofía es v e r d a d e r a , a s u s o l a e v i d e n c i a r a c i o n a l se l o d e b e ; si n o c o n s i g u i e r a convencer a su adversario, n o sería juego limpio de su p a r t e a c u d i r a l a fe p a r a justificarse, n o sólo p o r q u e esa fe n o l a a d m i t e n sus a d v e r s a r i o s , s i n o a d e m á s p o r q u e l a v e r d a d d e s u f i l o s o f í a n o se a p o y a d e n i n g ú n m o d o e n la d e su fe. C u a n d o se t i r a c o m o d e s d e e l e x t r e m o d e u n h i l o l a f i l o s o f í a d e S a n t o T o m á s d e A q u i n o e n ese s e n t i d o , n o t a r d a n e n a p a r e c e r c o n s e cuencias tan sorprendentes c o m o ineluctables. E n p r i m e r lugar record a m o s l a s v e h e m e n t e s p r o t e s t a s d e l o s a g u s t i n i a n o s d e t o d o s los t i e m p o s c o n t r a l a p a g a n i z a c i ó n d e l c r i s t i a n i s m o p o r el t o m i s m o . S i c i e r t o s t o m i s t a s m o d e r n o s n i e g a n q u e el a g u s t i n i a n i s m o s e a u n a filosofía, los a g u s t i n i a n o s d e la E d a d M e d i a les t o m a r o n la d e l a n t e r a n e g a n d o q u e e l t o m i s m o s e a fiel a l a t r a d i c i ó n c r i s t i a n a . C a d a v e z q u e h u b i e r o n d e l u c h a r c o n t r a a l g u n a t e s i s t o m i s t a c u y a v e r d a d les p a r e c í a c o n t e s t a b l e , r e f o r z a r o n su crítica d i a l é c t i c a c o n objeciones d e o r d e n m u c h o m á s g e n e r a l y q u e c r e e n a l c a n z a r a h e r i r el p r o p i o e s p í r i t u d e l a d o c t r i n a . S i e l t o m i s m o se e q u i v o c ó s o b r e e l p r o b l e m a d e l a i l u m i n a c i ó n , d e l a s r a z o n e s s e m i n a l e s o d e l a e t e r n i d a d d e l m u n d o , ¿ n o es p o r q u e p r i m e r o se h a b í a e q u i v o c a d o s o b r e e l p r o b l e m a f u n d a m e n t a l d e l a s r e l a c i o n e s 8

S o b r e la o b r a l l e v a d a a cabo p o r S a n t o T o m á s e n ese terreno, véase el m a g i s t r a l e s t u d i o d e l P . M . - D . C H E N U , La théologie comme science au XIII'

siécle, e n Archives págs.

31-71.

d'histoire

doctrináis

et littéraire

du moyen

age, t. I I

(1927),

l8

E L ESPÍRITU

DE

LA FILOSOFÍA

MEDIEVAL

e n t r e l a r a z ó n y l a f e ? P o r q u e , d e s d e el m o m e n t o e n q u e u n o se n i e g a a seguir a S a n Agustín, el cual h a c e profesión d e seguir la fe, p a r a s e g u i r e n c a m b i o los p r i n c i p i o s d e a l g ú n filósofo p a g a n o o d e sus c o m e n t a r i s t a s árabes, l a r a z ó n se vuelve i n c a p a z d e discernir la v e r d a d d e l e r r o r ; r e d u c i d a a s u p r o p i a l u z , se d e j a c e g a r p o r d o c t r i n a s c u y a f a l s e d a d le e s c a p a d e b i d o a s u p r o p i a c e g u e r a . P e r o lo m á s curioso n o está e n eso. A s í c o m o ciertos agustinianos le r e p r o c h a n a l t o m i s m o d e s e r u n a filosofía falsa, p o r q u e n o es c r i s t i a n a , ciertos t o m i s t a s r e p l i c a n q u e si e s t a filosofía es v e r d a d e r a , n o p u e d e ser e n m o d o a l g u n o p o r q u e es c r i s t i a n a . D e h e c h o , n o p u e d e n d e j a r d e a d o p t a r esta p o s i c i ó n , p o r q u e d e s d e el m o m e n t o e n q u e se s e p a r a l a r a z ó n d e la fe e n s u ejercicio, t o d a r e l a c i ó n i n t r í n s e c a e n t r e el C r i s t i a n i s m o y la filosofía se t o r n a c o n t r a d i c t o r i a . S i u n a filosofía es v e r d a d e r a , n o p u e d e s e r l o s i n o e n c u a n t o r a c i o n a l ; p e r o si m e r e c e e l t í t u l o d e r a c i o n a l , n o p u e d e serlo e n c u a n t o cristiana. H a y q u e elegir, p u e s . U n t o m i s t a n o a d m i t i r á j a m á s q u e e n la d o c t r i n a d e S a n t o T o m á s h a y a l a m e n o r cosa c o n t r a r i a al espíritu o a l a letra d e la fe, pues profesa e x p r e s a m e n t e el a c u e r d o d e l a r e v e l a c i ó n y d e l a r a z ó n c o m o n o s i e n d o o t r a c o s a s i n o el a c u e r d o d e l a v e r d a d c o n s i g o m i s m a ; p e r o n o d e b e r á s o r p r e n d e r n o s d e m a s i a d o si v e m o s a a l g u n o s d e ellos a c e p t a r s i n p e s t a ñ e a r el clásico r e p r o c h e d e los a g u s t i n i a n o s : v u e s t r a filosofía d e j a d e t e n e r carácter intrínsecamente cristiano. ¿ Y c ó m o podría tener ese carácter sin d e j a r d e ser? L o s p r i n c i p i o s filosóficos d e S a n t o T o m á s s o n los d e Aristóteles, es decir, l o s d e u n h o m b r e p a r a q u i e n n o existían n i la r e v e l a c i ó n c r i s t i a n a , n i a u n l a r e v e l a c i ó n j u d í a ; si el t o m i s m o p r e c i s ó , c o m p l e t ó , d e p u r ó al aristotelismo, n u n c a lo hizo a p e l a n d o a l a fe, sino d e d u c i e n d o m á s c o r r e c t a m e n t e o m á s c o m p l e t a m e n t e d e c u a n t o lo hizo Aristóteles las consecuencias implicadas e n sus propios principios. E n s u m a : m i e n t r a s n o s m a n t e n e m o s e n el p l a n o d e l a e s p e c u l a c i ó n filosófica, el t o m i s m o n o es m á s q u e u n a r i s t o t e l i s m o r a c i o n a l m e n t e c o r r e gido y juiciosamente c o m p l e t a d o ; pero Santo T o m á s n o tenía p o r q u é bautizar al aristotelismo p a r a hacerlo verdadero, como n o hubiera ten i d o q u e bautizar a Aristóteles p a r a entenderse c o n él: las conversaciones filosóficas s e m a n t i e n e n d e h o m b r e a h o m b r e , n o d e h o m b r e a cristiano. 9

9

Será suficiente r e c o r d a r , a título d e ejemplo, el texto clásico d e J u a n P e c k h a m e n e l s i g l o x i n : " H e c i d c i r c o v o b i s s c r i b i m u s , s á n e t e p a t e r , u t si forsan aliqua d e h a c m a t e r i a insonuerínt sapientie vestre auribus, facti noveritis infallibilem v e r i t a t e m , e t u t sacrosancta R o m a n a ecelesia a t t e n d e r e dignar e t u r , q u o d c u m d o c t r i n a d u o r u m O r d i n u m (seil. s. F r a n c i s c i e t s. D o m i n i c i ) i n ó m n i b u s d u b i t a b i l i b u s sibi p e n e p e n i t u s h o d i e a d v e r s e t u r , c u m q u e d o c t r i n a a l t e r i u s e o r u n d e m (seil. s. D o m i n i c i ) , a b j e c t i s e t e x p a r t e v i l i p e n s i s S a n c t o r u m sententiis, philosophicís d o g m a t i b u s q u a s i t o t a l i t e r i n n i t a t u r , u t p l e n a sit ydolis d o m u s D e i e t langore, q u e m predixit apostolus, p u g n a n t i u m q u e s t i o n u m : quant u m inde futuris t e m p o r i b u s poterit ecelesie p e r i c u l u m i m m i n e r e . " DENIFLE y G H A T E L A I N , Chartul. universit. Parisienses, t . I , p á g . 6 2 7 .

EL

PROBLEMA

DE

LA.

FILOSOFÍA

CRISTIANA

19

E l r e s u l t a d o l ó g i c o d e s e m e j a n t e a c t i t u d es l a n e g a c i ó n p u r a y s i m p l e d e l a n o c i ó n d e f i l o s o f í a c r i s t i a n a , y, p o r s o r p r e n d e n t e q u e s e a , l o c i e r t o es q u e h a s t a e s o se l l e g ó . N o s ó l o h u b o h i s t o r i a d o r e s q u e n e g a r o n q u e el c r i s t i a n i s m o h a y a a f e c t a d o s e r i a m e n t e el c u r s o d e l a e s p e c u l a c i ó n filosófica , sino q u e ciertos filósofos neoescolásticos l l e g a r o n a a f i r m a r c o m o e v i d e n c i a i n d i s c u t i b l e q u e l a n o c i ó n d e filosofía c r i s t i a n a c a r e c e de sentido. E n e f e c t o : o se u t i l i z a l a f i l o s o f í a p a r a f a c i l i t a r l a a c e p t a c i ó n d e los d o g m a s religiosos, y se c o n f u n d i r á a l a filosofía c o n l a a p o l o g é t i c a ; o b i e n se s u b o r d i n a r á e l v a l o r d e l a s c o n c l u s i o n e s o b t e n i d a s p o r la r a z ó n a su a c u e r d o c o n el d o g m a , y se c a e r á e n la t e o l o g í a ; o b i e n , p a r a e v i t a r esas d i f i c u l t a d e s , h a b r á q u e d e c i d i r s e r e s u e l t a m e n t e a d e c i r q u e "filosofía c r i s t i a n a " significa p u r a y s i m p l e m e n t e " f i l o s o f í a v e r d a d e r a " , y e n t o n c e s n o se v e r á p o r q u é e s t a f i l o s o f í a h a b r í a d e ser descubierta y profesada p o r cristianos m á s b i e n q u e p o r incréd u l o s o a d v e r s a r i o s d e l c r i s t i a n i s m o ; o , p o r ú l t i m o , se a g r e g a r á q u e , p a r a ser c r i s t i a n a , b a s t a c o n q u e e s t a filosofía v e r d a d e r a sea c o m p a t i b l e c o n e l c r i s t i a n i s m o ; p e r o si e s a c o m p a t i b i l i d a d n o es m á s q u e u n e s t a d o d e h e c h o , d e b i d o a l d e s a r r o l l o p u r a m e n t e r a c i o n a l d e sus p r i n cipios p r i m e r o s , la r e l a c i ó n d e la filosofía al c r i s t i a n i s m o p e r m a n e c e n o m e n o s e x t r í n s e c a q u e e n el c a s o p r e c e d e n t e , y si e s a c o m p a t i b i l i d a d resulta d e u n esfuerzo especial p a r a obtenerla, volvemos a la teología o a l a a p o l o g é t i c a . E s t a m o s e n e l t o r n o . T o d o s e d e s a r r o l l a c o m o si i n t e n t á s e m o s definir e n t é r m i n o s c l a r o s u n a n o c i ó n c o n t r a d i c t o r i a : la d e u n a f i l o s o f í a , es d e c i r , d e u n a d i s c i p l i n a r a c i o n a l , p e r o q u e a l m i s m o t i e m p o s e r í a r e l i g i o s a , e s t o es, c u y a e s e n c i a o e j e r c i c i o d e p e n d e r í a d e condiciones no racionales. ¿ P o r q u é no renunciar a u n a noción q u e a n a d i e satisface? E l a g u s t i n i a n i s m o a d m i t e u n a filosofía c r i s t i a n a , c o n t a l q u e se c o n f o r m e c o n s e r c r i s t i a n a y r e n u n c i e a s e r u n a f i l o s o f í a ; el n e o t o m i s m o a c e p t a u n a f i l o s o f í a c r i s t i a n a , s i e m p r e q u e se c o n f o r m e c o n ser u n a filosofía y r e n u n c i e a ser c r i s t i a n a ; ¿ n o . s e r í a m á s sencillo d i s o c i a r c o m p l e t a m e n t e l a s d o s n o c i o n e s y, d e j a n d o l a f i l o s o f í a a la r a z ó n , r e s t i t u i r el c r i s t i a n i s m o a l a r e l i g i ó n ? 1 0

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A n t e s e m e j a n t e c o n c o r d a n c i a d e l a o b s e r v a c i ó n d e los h e c h o s y d e l a n á l i s i s d e l a s n o c i o n e s , p a r e c e r í a a b s u r d o q u e r e r i r m á s a l l á , si n o r e c o r d á r a m o s o p o r t u n a m e n t e la c o m p l e j i d a d d e las r e l a c i o n e s q u e u n e n las i d e a s a los h e c h o s . E s m u y c i e r t o q u e , s i m p l e c o l e c c i ó n d e h e c h o s , la historia n u n c a resuelve n i n g u n a cuestión d e d e r e c h o , p u e s la decisión p e r t e n e c e s i e m p r e a l a s i d e a s ; p e r o es i g u a l m e n t e c i e r t o q u e l o s c o n c e p t o s se i n d u c e n a p a r t i r d e l o s h e c h o s , d e q u i e n e s se c o n v e r t i r á n e n j u e c e s u n a v e z i n d u c i d o s . A h o r a b i e n : es u n h e c h o c i e r t o q u e , si b i e n 1 0

V é a s e BIBLIOGRAFÍA, É . Bréhier. " E n r e a l i d a d n o h a y filosofía c r i s t i a n a , sino s o l a m e n t e u n a filosofía verd a d e r a q u e c o n c i e r t a p l e n a m e n t e c o n l a religión c r i s t i a n a , d e l a q u e es p e r f e c t a m e n t e d i s t i n t a . " G . S I E R P , e n K L E U T G E N , La philosophie scolastique, t. I , 1

1

pág.

8.

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E L ESPÍRITU

D E L A FILOSOFÍA

MEDIEVAL

se h a d e d u c i d o m u c h o , se h a i n d u c i d o m u y p o c o al t r a t a r d e definir l a n o c i ó n d e filosofía c r i s t i a n a ; y a g r e g u e m o s q u e se h a i n d u c i d o m u y p o c o colocándose e n el p u n t o d e vista cristiano. ¿ C ó m o h a n concebido sus r e l a c i o n e s e l p e n s a m i e n t o filosófico y l a fe c r i s t i a n a ? ¿ Q u é c o n c i e n c i a t e n í a n r e s p e c t i v a m e n t e d e l o q u e d a b a n y r e c i b í a n e n los c a m bios q u e se e s t a b l e c í a n e n t r e ellos? C u e s t i o n e s i n m e n s a s , a las q u e n o faltan respuestas tajantes, cuya investigación m e t ó d i c a desafía las fuerzas del p e n s a m i e n t o , n o sólo a c a u s a d e l a m u l t i p l i c i d a d d e los p r o b l e m a s p a r t i c u l a r e s q u e s e r í a n e c e s a r i o r e s o l v e r p a r a l l e v a r l a a feliz t é r m i n o , s i n o t a m b i é n p o r q u e l a s o l u c i ó n d e c a d a u n o d e esos p r o b l e m a s d e p e n d e e n p a r t e d e la a c t i t u d q u e se a d o p t e frente a los hechos mismos. S i n e m b a r g o , s o n p r o b l e m a s q u e i m p o r t a p o r l o m e n o s p l a n t e a r , si q u e c e m o s p r e p a r a r u n a d i s c u s i ó n d e l a n o c i ó n d e filosofía c r i s t i a n a q u e s e a p o y e e n b a s e s s e r i a s , y, c a s o d e q u e e x i s t i e r a u n a r e a l i d a d h i s t ó r i c a correspondiente, h a c e r su definición. Pero ¿existe esa realidad histórica? ¿ E s siquiera concebible q u e h a y a existido? B u e n o s h i s t o r i a d o r e s l a h a n n e g a d o , f u n d á n d o s e e n el c a r á c t e r exclusivamente práctico y extraño a toda especulación del Cristianismo primitivo. H a r n a c k hizo m u c h o p o r difundir esta idea, y después la e n c o n t r a m o s f r e c u e n t e m e n t e e n autores m u y distintos. E l desarrollo d e estas lecciones m o s t r a r á b a s t a n t e lo q u e pienso d e ello; p o r el m o m e n t o sólo q u i e r o e l i m i n a r l a c u e s t i ó n p r e v i a q u e se p l a n t e a y l e v a n t a r l a especie d e e n t r e d i c h o c o n q u e a q u é l l a se o p o n e a t o d a e m p r e s a d e l género de la q u e voy a intentar. ¿ Q u é se p r e t e n d e decir a l afirmar q u e el Cristianismo n o es n a d a " e s p e c u l a t i v o " c u a n d o se le c o n s i d e r a e n sus c o m i e n z o s ? S i c o n ello se e n t i e n d e q u e el C r i s t i a n i s m o n o es u n a filosofía, n a d a e s m á s e v i d e n t e ; p e r o si se q u i e r e s o s t e n e r q u e , a u n e n el t e r r e n o p r o p i a m e n t e religioso, el C r i s t i a n i s m o n o c o m p o r t a b a n i n g ú n e l e m e n t o " e s p e c u l a t i v o " y se limitaba a u n esfuerzo d e a y u d a m u t u a , a la vez espiritual y material, en las c o m u n i d a d e s , quizá sea ir m á s allá d e c u a n t o l a observación histórica permite afirmar. ¿ D ó n d e hallaríamos ese Cristianismo práctico a j e n o a t o d a e s p e c u l a c i ó n ? P a r a e n c o n t r a r l o d e b e r í a m o s i r m á s allá de S a n Justino y eliminar d e la literatura cristiana primitiva bastantes p á g i n a s d e los P a d r e s Apostólicos; s u p r i m i r l a i* Epístola d e J u a n c o n t o d a l a mística especulativa d e la E d a d M e d i a , cuyos principios asienta; desechar la predicación paulina d e la gracia, d e la q u e pronto nacerá el a g u s t i n i a n i s m o ; s u p r i m i r el E v a n g e l i o d e S a n J u a n , c o n l a d o c t r i n a del V e r b o c o n t e n i d a e n el P r ó l o g o ; sería menester r e m o n t a r s e m á s allá d e los Sinópticos, y n e g a r q u e el p r o p i o Jesús enseñó l a d o c t r i n a d e l P a d r e C e l e s t i a l , p r e d i c ó l a fe e n u n D i o s p r o v i d e n c i a , a n u n c i ó a los h o m b r e s l a v i d a e t e r n a e n el R e i n o q u e n o t e n d r á fin; h a b r í a q u e o l v i d a r sobre todo q u e el Cristianismo primitivo estaba t a n t o m á s estrecha1

1

2

Véase

2

BIBLIOGRAFÍA,

É.

Bréhier.

EL

PROBLEMA

DE

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CRISTIANA

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m e n t e u n i d o al judaismo c u a n t o m á s primitivo era. A h o r a bien: la B i b l i a c o n t e n í a u n a m u l t i t u d d e n o c i o n e s s o b r e D i o s y el g o b i e r n o d i v i n o , q u e , s i n t e n e r c a r á c t e r p r o p i a m e n t e filosófico, sólo e s p e r a b a n u n terreno propicio para enunciarse explícitamente en consecuencias filosóficas. E l h e c h o d e q u e n o h a y a filosofía e n l a E s c r i t u r a n o a u t o riza, p u e s , a sostener q u e ésta n o p u e d e h a b e r ejercido n i n g u n a i n f l u e n c i a e n l a e v o l u c i ó n d e l a filosofía. P a r a q u e l a p o s i b i l i d a d d e semejante influencia fuera concebible, basta c o n q u e la vida cristiana h a y a c o n t e n i d o desde sus orígenes t a n t o e l e m e n t o s especulativos c o m o e l e m e n t o s p r á c t i c o s , a u n c u a n d o esos e l e m e n t o s e s p e c u l a t i v o s sólo fuesen tales e n u n sentido p r o p i a m e n t e religioso. Si, d e s d e el p u n t o d e v i s t a d e l a h i s t o r i a , n a d a se o p o n e a l i n t e n t o d e s e m e j a n t e e s t u d i o , p o d e m o s a ñ a d i r q u e t a m p o c o e s a b s u r d o a priori d e s d e el p u n t o d e v i s t a d e l a filosofía. N a d a ; n i s i q u i e r a l a s e c u l a r q u e r e l l a q u e libran ciertos a g u s t i n i a n o s y ciertos tomistas. Si éstos n o se e n t i e n d e n e s p o r q u e , b a j o e l m i s m o n o m b r e , t r a b a j a n p o r r e s o l v e r dos p r o b l e m a s diferentes. Los tomistas a c e p t a r á n la solución agustin i a n a d e l p r o b l e m a el d í a q u e los a g u s t i n i a n o s r e c o n o z c a n q u e , a u n e n u n c r i s t i a n o , l a r a z ó n es e s e n c i a l m e n t e d i s t i n t a d e l a f e , y l a f i l o s o f í a , de la religión. S a n Agustín m i s m o lo r e c o n o c e ; d e m o d o q u e admitir u n a d i s t i n c i ó n t a n n e c e s a r i a e s p r o p i a d e a g u s t i n i a n o . I n v e r s a m e n t e , los a g u s t i n i a n o s a c e p t a r á n l a s o l u c i ó n d e l p r o b l e m a c u a n d o los t o m i s t a s r e c o n o z c a n q u e , e n u n c r i s t i a n o , l a r a z ó n e s i n s e p a r a b l e d e l a fe e n s u ejercicio; el p r o p i o S a n t o T o m á s lo r e c o n o c e ; n a d a se o p o n e , p u e s , a q u e u n t o m i s t a a d o p t e e s t a p o s i c i ó n . S i e s t o es a s í , a u n c u a n d o n o s e p a m o s t o d a v í a e n q u é consiste l a filosofía c r i s t i a n a , é s t a a p a r e c e c o m o n o s i e n d o t e ó r i c a m e n t e c o n t r a d i c t o r i a . H a y p o r lo m e n o s u n p l a n o e n el c u a l n o es i m p o s i b l e : el d e las c o n d i c i o n e s d e h e c h o e n q u e se e j e r c i t a la razón d e l cristiano. N o h a y r a z ó n cristiana, p e r o p u e d e h a b e r u n e j e r c i c i o c r i s t i a n o d e l a r a z ó n . ¿ P o r q u é r e h u s a r í a m o s a priori a d m i t i r q u e el C r i s t i a n i s m o h a y a p o d i d o c a m b i a r el c u r s o d e l a h i s t o r i a d e l a filosofía, a b r i e n d o a l a r a z ó n h u m a n a , p o r m e d i o d e l a fe, p e r s p e c t i v a s q u e a q u é l l a n o h a b í a d e s c u b i e r t o a ú n ? É s t e es u n h e c h o q u e p u e d e no haberse producido, pero n a d a autoriza a afirmar que no puede h a b e r s e p r o d u c i d o . Y a u n p o d e m o s ir m á s allá: h a s t a decir q u e u n a s i m p l e m i r a d a p o r l a h i s t o r i a d e l a filosofía i n v i t a a c r e e r q u e ese h e c h o se h a p r o d u c i d o r e a l m e n t e . R a z ó n es q u e se v i n c u l e e l i m p u l s o d e l a f i l o s o f í a c l á s i c a d e l s i g l o x v n al d e s a r r o l l o d e las ciencias p o s i t i v a s e n g e n e r a l y d e l a física m a t e m á t i c a e n p a r t i c u l a r . E s j u s t a m e n t e p o r l o q u e el c a r t e s i a n i s m o se o p o n e a las metafísicas d e la E d a d M e d i a . Pero ¿ p o r q u é n o p r e g u n t a r s e m á s a m e n u d o e n q u é se o p o n e el c a r t e s i a n i s m o a las m e t a f í s i c a s g r i e g a s ? N o se t r a t a d e h a c e r d e D e s c a r t e s u n "filósofo c r i s t i a n o " , p e r o ¿ s e a t r e v e r á n a sostener q u e la filosofía m o d e r n a sería e x a c t a m e n t e lo q u e h a s i d o , d e D e s c a r t e s a K a n t , si n o se h u b i e s e n i n t e r p u e s t o " f i l o s o f í a s

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c r i s t i a n a s " e n t r e el fin d e l a é p o c a h e l e n í s t i c a y el c o m i e n z o d e la e r a m o d e r n a ? E n otros t é r m i n o s : la E d a d M e d i a quizá n o h a y a sido t a n f i l o s ó f i c a m e n t e e s t é r i l c o m o se d i c e , y t a l v e z se d e b a n a l a i n f l u e n c i a p r e p o n d e r a n t e e j e r c i d a p o r e l C r i s t i a n i s m o e n e l t r a n s c u r s o d e ese p e r í o d o a l g u n o s d e los p r i n c i p i o s d i r e c t o r e s e n q u e l a filosofía m o d e r n a se h a i n s p i r a d o . E x a m í n e s e s u m a r i a m e n t e l a p r o d u c c i ó n f i l o s ó f i c a d e los siglos xvii, X V I I I y a u n x i x , y se d i s c e r n i r á n i n m e d i a t a m e n t e c a r a c t e r e s q u e p a r e c e n d e d i f í c i l e x p l i c a c i ó n si n o s e t o m a e n c u e n t a e l t r a b a j o d e r e f l e x i ó n r a c i o n a l d e s a r r o l l a d o p o r el p e n s a m i e n t o c r i s t i a n o e n t r e el f i n d e l a é p o c a h e l e n í s t i c a y e l c o m i e n z o d e l R e n a c i m i e n t o . A b r a m o s , p o r e j e m p l o , las o b r a s d e R e n e D e s c a r t e s , el r e f o r m a d o r f i l o s ó f i c o p o r e x c e l e n c i a , d e q u i e n H a m e l i n se a t r e v í a a e s c r i b i r q u e " s e «¡ploca d e s p u é s d e l o s a n t i g u o s , c a s i c o m o si n a d a h u b i e s e e n t r e ellos y él, c o n e x c e p c i ó n d e los físicos". ¿ Q u é d e b e m o s e n t e n d e r p o r e s e casi? P u d i é r a m o s e n p r i m e r l u g a r r e c o r d a r el t í t u l o d e s u s Meditaciones acerca de la metafísica " d o n d e la existencia d e Dios y la i n m o r t a l i d a d del a l m a q u e d a n d e m o s t r a d a s " . P o d r í a m o s r e c o r d a r u n a vez m á s el p a r e n t e s c o d e s u s p r u e b a s d e l a e x i s t e n c i a d e D i o s c o n l a s d e S a n A n s e l m o y a u n las d e S a n t o T o m á s . N o sería imposible m o s t r a r lo q u e su d o c t r i n a d e la l i b e r t a d d e b e a las e s p e c u l a c i o n e s m e d i e v a l e s sobre las relaciones d e la g r a c i a y del libre a r b i t r i o , p r o b l e m a cristiano p o r excelencia. P e r o q u i z á s e a suficiente i n d i c a r q u e t o d o el sistema cartesiano está s u p e d i t a d o a la idea de u n Dios t o d o p o d e r o s o , q u e en c i e r t o m o d o se c r e a a sí m i s m o , y c o n m a y o r r a z ó n c r e a l a s v e r d a d e s e t e r n a s , i n c l u s i v e l a s m a t e m á t i c a s , c r e a el u n i v e r s o ex nihilo y lo c o n s e r v a e n el s e r p o r u n a c r e a c i ó n c o n t i n u a d e t o d o s l o s i n s t a n t e s , s i n la c u a l t o d a s las cosas v o l v e r í a n a la n a d a d e d o n d e su v o l u n t a d las sacó. P r o n t o t e n d r e m o s q u e p r e g u n t a r n o s si l o s g r i e g o s c o n o c i e r o n l a i d e a d e c r e a c i ó n ; p e r o el s o l o h e c h o d e q u e t e n g a m o s q u e p r e g u n t á r n o s l o s u giere irresistiblemente la hipótesis d e q u e Descartes d e p e n d e e n esto d i r e c t a m e n t e de la tradición bíblica y cristiana, y q u e , e n su esencia m i s m a , su c o s m o g o n í a n o h a c e sino p r o f u n d i z a r l a e n s e ñ a n z a d e sus m a e s t r o s r e f e r e n t e a l o r i g e n d e l u n i v e r s o . P o r l o d e m á s , ¿ q u é es, e n s u m a , ese D i o s d e D e s c a r t e s : ser i n f i n i t o , p e r f e c t o , t o d o p o d e r o s o , c r e a d o r d e l cielo y d e la t i e r r a , q u e h a h e c h o al h o m b r e a su i m a g e n y s e m e j a n z a , y c o n s e r v a t o d a s las cosas p o r el m i s m o a c t o q u e las h a c r e a d o , s i n o el D i o s d e l C r i s t i a n i s m o , c u y a e s e n c i a y a t r i b u t o s t r a d i c i o n a l e s se r e c o n o c e n a q u í t a n f á c i l m e n t e ? D e s c a r t e s a f i r m a q u e s u filosofía n o d e p e n d e e n n a d a d e la teología n i d e la r e v e l a c i ó n ; q u e todas las ideas d e q u e p a r t e son ideas claras e inteligibles, q u e la razón n a t u r a l d e s c u b r e e n sí m i s m a p o r p o c o q u e a n a l i c e a t e n t a m e n t e s u c o n t e n i d o ; p e r o ¿ a q u é se d e b e q u e esas i d e a s d e o r i g e n p u r a m e n t e 1

1

3

É.

Études sur le role de la pensée médiévale dans la formation cartésien. P a r í s , J . V r i n , 1 9 3 0 . Cf. La liberté ches Descartes et la

GILSON,

du systéme théologie.

3

Paris,

F.

Alean,

1913.

EL

PROBLEMA

DE

LA

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23

CRISTIANA

r a c i o n a l s e a n e x a c t a m e n t e las m i s m a s , e n lo e s e n c i a l , q u e las q u e el C r i s t i a n i s m o h a b í a e n s e ñ a d o , e n n o m b r e d e l a fe y d e la r e v e l a c i ó n , d u r a n t e d i e c i s é i s s i g l o s ? E s t a c o n c o r d a n c i a , s u g e s t i v a e n sí m i s m a , lo es a ú n m á s si se c o t e j a el c a s o d e D e s c a r t e s c o n t o d o s l o s c a s o s a n á l o g o s q u e le r o d e a n . C o m p a r a d a c o n la d e su m a e s t r o , la p e r s o n a l i d a d d e M a l e b r a n c h e s ó l o a p a r e c e e n el s e g u n d o p l a n o ; s i n e m b a r g o , n o p o d e m o s d e j a r d e tenerla e n c u e n t a , p a r a n o h a c e r ininteligible la historia de la m e t a física m o d e r n a . S u d o c t r i n a d e l a i n d e m o s t r a b i l i d a d d e l a e x i s t e n c i a del m u n d o exterior, c o m b i n a d a c o n la d e la visión e n Dios, p r e p a r a i n m e d i a t a m e n t e el i d e a l i s m o d e B e r k e l e y ; s u o c a s i o n a l i s m o , q u e s u p o n e la i m p o s i b i l i d a d d e p r o b a r c u a l q u i e r a c c i ó n t r a n s i t i v a d e u n a s u b s t a n cia sobre otra, p r e p a r a de s e g u i d a la crítica dirigida p o r H u m e c o n t r a e l p r i n c i p i o d e c a u s a l i d a d , y, p o r l o d e m á s , b a s t a l e e r a H u m e p a r a c o m p r o b a r q u e t i e n e c o n c i e n c i a d e seguir e n eso a M a l e b r a n c h e . T r á t a s e , p u e s , d e u n m o m e n t o i m p o r t a n t e , q u i z á decisivo, e n la h i s t o r i a d e la filosofía m o d e r n a . A h o r a b i e n : ¿ a q u i é n d e c l a r a seguir M a l e branche? A San Agustín, tanto c o m o a Descartes. Es m u y cierto q u e p r o t e s t a c o n t r a la filosofía e s c o l á s t i c a c o n m á s v e h e m e n c i a d e la q u e e m p l e ó el m i s m o D e s c a r t e s , p e r o e n l u g a r d e r e p r o c h a r l e h a b e r c o n f u n d i d o filosofía y religión, c o m o p u d i e r a s u p o n e r s e , este filósofo m o d e r n o le h a c e e l r e p r o c h e d e n o h a b e r s i d o s u f i c i e n t e m e n t e c r i s t i a n a . E l y e r r o d e S a n t o T o m á s d e A q u i n o es el d e h a b e r s e g u i d o a Aristóteles y a A v e r r o e s , u n p a g a n o y su " m i s e r a b l e c o m e n t a r i s t a " , e n vez d e seguir al perfecto representante de la tradición cristiana q u e fué S a n Agustín. Y a q u í n o se t r a t a d e u n a c r í t i c a a c c i d e n t a l o e x t e r i o r al sistema, sino d e u n r e p r o c h e q u e le a p u n t a a l c o r a z ó n . S i l a e s c o l á s t i c a h u b i e s e s i d o m á s a g u s t i n i a n a , h a b r í a s i d o m á s religiosa y, p o r c o n s i g u i e n t e , h a b r í a resultado más verdadera. 1

4

¿ Q u é d e b e r í a ser, e n efecto, u n a filosofía c r i s t i a n a d i g n a d e ese n o m b r e ? P r i m e r o y a n t e t o d o la e x a l t a c i ó n d e la g l o r i a y del p o d e r d e D i o s . É l es el S e r y e l E f i c a z , e n el s e n t i d o d e q u e t o d o c u a n t o es n o es s i n o p o r É l y q u e t o d o c u a n t o s e h a c e l o h a c e É l . ¿ Q u é s o n , a l c o n t r a r i o , el a r i s t o t e l i s m o y el t o m i s m o ? S o n filosofías d e la n a t u r a l e z a , es d e c i r , s i s t e m a s e n l o s c u a l e s s e s u p o n e q u e e x i s t e n f o r m a s s u b s t a n ciales, o n a t u r a l e z a s , q u e son c o m o e n t i d a d e s d o t a d a s d e eficacia y p r o d u c t o r a s d e t o d o s los e f e c t o s q u e a t r i b u í m o s a l a a c t i v i d a d d e l o s c u e r p o s . E s m u y n a t u r a l q u e u n a filosofía p a g a n a , c o m o la d e A r i s t ó t e l e s , a t r i b u y a a los s e r e s f i n i t o s e s a s u b s t a n c i a , e s a i n d e p e n d e n c i a y esa eficacia. Es t a m b i é n n a t u r a l q u e h a g a d e p e n d e r d e la existencia y d e l a a c c i ó n d e los c u e r p o s s o b r e n u e s t r a a l m a el c o n o c i m i e n t o q u e d e ella tenemos. Pero u n cristiano debiera estar m e j o r inspirado. S a b i e n d o M

MALEBRANCHE,

Recherche

de la vérité

par

la raison

naturelle,

S o b r e los e l e m e n t o s religiosos d e la filosofía de M a l e b r a n c h e , lentes obras de H . G O U H I E R , citadas en la BIBLIOGRAFÍA.

Prefacio. v é a n s e las exce-

EL

24

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

q u e c a u s a r es c r e a r , y q u e c r e a r es l a o p e r a c i ó n p r o p i a d e l s e r d i v i n o , S a n t o T o m á s h u b i e r a d e b i d o n e g a r la existencia d e las n a t u r a l e z a s o d e l a s f o r m a s s u b s t a n c i a l e s ; r e l a c i o n a r a D i o s s o l o t o d a l a e f i c a c i a y, p o r l a m i s m a r a z ó n , s i t u a r e n él t a n t o el o r i g e n d e n u e s t r o s c o n o c i m i e n t o s c u a n t o el d e n u e s t r o s a c t o s . E n u n a p a l a b r a : M a l e b r a n c h e m a n t i e n e la v e r d a d del ocasionalismo y d e la visión e n Dios c o m o piezas esenciales d e u n a filosofía v e r d a d e r a m e n t e c r i s t i a n a y f u n d a d a e n l a i d e a d e la o m n i p o t e n c i a . F á c i l m e n t e p u d i e r a n m u l t i p l i c a r s e los e j e m p l o s y m o s t r a r q u é v e r d a d e r a obsesión ejerció s o b r e la i m a g i n a c i ó n d e los metafísicos clásicos el D i o s c r e a d o r d e l a B i b l i a . C i t a r a P a s c a l s e r í a f a c i l i t a r s e d e m a s i a d o el p a r t i d o , puesto q u e en g r a n p a r t e sería citar a San Agustín; p e r o quizá o l v i d e m o s d e m a s i a d o el p r e g u n t a r n o s q u é q u e d a r í a d e l s i s t e m a d e L e i b n i z , si p o r l a i m a g i n a c i ó n le s u p r i m i é s e m o s los e l e m e n t o s p r o p i a m e n t e c r i s t i a n o s . N i s i q u i e r a q u e d a r í a la p o s i c i ó n d e s u p r o b l e m a f u n d a m e n t a l , el d e l o r i g e n r a d i c a l d e l a s c o s a s y d e l a c r e a c i ó n d e l u n i v e r s o p o r u n D i o s p e r f e c t o y libre. P o r e s a n o c i ó n d e l ser p e r f e c t o se inicia el Discurso de metafísica; y con u n a justificación d e la providencia d i v i n a , y h a s t a c o n u n a i n v o c a c i ó n al E v a n g e l i o , c o n c l u y e ese t r a t a d o c u y a i m p o r t a n c i a capital en la o b r a d e Leibniz n o p u e d e ser contest a d a : " L o s a n t i g u o s filósofos c o n o c i e r o n m u y p o c o e s a s v e r d a d e s i m p o r t a n t e s ; sólo J e s u c r i s t o las e x p r e s ó d i v i n a m e n t e b i e n , y d e m a n e r a t a n c l a r a y f a m i l i a r , q u e los e s p í r i t u s m á s t o s c o s l a s c o n c i b i e r o n ; p o r eso su E v a n g e l i o c a m b i ó e n t e r a m e n t e la faz d e las cosas h u m a n a s " . E s a s n o s o n p a l a b r a s d e u n h o m b r e q u e c r e e c o l o c a r s e d e s p u é s d e los g r i e g o s c o m o si n a d a h u b i e s e e x i s t i d o e n t r e e l l o s y él. O t r o t a n t o p u d i e r a d e c i r s e d e K a n t , si n o o l v i d á r a m o s t a n a m e n u d o d e c o m p l e t a r s u Crítica de la razón pura c o n s u Crítica de la razón práctica. Y aun p u d i e r a d e c i r s e lo m i s m o d e a l g u n o d e n u e s t r o s c o n t e m p o r á n e o s . 1 5

1 6

P u e s u n h e c h o c u r i o s o y m u y d i g n o d e o b s e r v a c i ó n es q u e , a u n c u a n d o h a n d e j a d o d e r e c o n o c e r s u p a r e n t e s c o c o n La ciudad de Dios y el Evangelio, como Leibniz no vacilaba en hacerlo, nuestros contempor á n e o s n o h a n d e j a d o d e sufrir su influencia. M u c h o s d e ellos v i v e n d e lo q u e y a n o c o n o c e n . C o m o e j e m p l o n o c i t a r é m á s q u e u n solo c a s o , p e r o c a r a c t e r í s t i c o e n t r e t o d o s : el d e M r . W . P . M o n t a g u e , c u y o Belief Unbound a c a b a d e ser p u b l i c a d o . Luego de haber notado el h e c h o d e q u e e n l a c o n c i e n c i a d e los h o m b r e s e n l a s é p o c a s p r i m i tivas d e la historia s u r g e n e s p o n t á n e a m e n t e hipótesis groseras, M r . W . P . 1 7

1

8

Sobre

los e l e m e n t o s

religiosos

de

la filosofía

de Leibniz

véase

J. BARUZI,

Leibniz 1

8

et l'organisation religieuse de la terre. P a r í s , A l e a n , 1 9 0 7 . KANT, Die Metaphysik der Sitien, M e t h o d e n l e h r e . S o b r e l a

de la véanse tienne.

filosofía m o d e r n a y del pensamiento cristiano, l a s p e n e t r a n t e s p á ; t ¡ n a s d e H . R I T T E R , Histoire P a r í s , L a d r a n g e , 1 8 4 3 , t. I , p á g s . 2 0 - 2 2 . W. P . M O N T A G U E , Belief Unbound. New Haven, 1930, págs. 9-10 y pág. 97. 1

7

patrístico

y

continuidad medieval,

de la philosophie Yale

University

chréPress,

1 EL

PROBLEMA

DE

LA

.

FILOSOFÍA

CRISTIANA

25

M o n t a g u e agrega que entonces vemos producirse u n fenómeno extraño, "el m á s e x t r a ñ o q u i z á y el m á s r e t r ó g r a d o e n t o d a la c u l t u r a h u m a n a , q u e consiste e n t r a s t r o c a r esas hipótesis groseras d e n u e s t r o s i g n o r a n t e s a n t e p a s a d o s e n d o g m a s p r o c l a m a d o s p o r l a o m n i s c i e n c i a d i v i n a " . A s í es c o m o la Biblia c r i s t i a n a , q u e se p r e s e n t a y p r e t e n d e i m p o n e r s e c o m o u n a r e v e l a c i ó n d i v i n a , n o es m á s q u e u n c u e r p o d e c r e e n c i a s p o p u lares, u n a m u e s t r a d e folklore i n d e b i d a m e n t e d i v i n i z a d o . H e a h í la c r e e n c i a r e d u c i d a a l a e s c l a v i t u d q u e M r . M o n t a g u e se e s f u e r z a p o r l i b e r a r y nos pide q u e colaboremos en su liberación. Necesita u n nuevo Dios p r o m e t e i c o , c o m o é l le l l a m a , " y l o q u e e s t a c o n c e p c i ó n p r o m e t e i c a d e D i o s s i g n i f i c a , es q u e e l s a n t o e s p í r i t u d e D i o s , si a a l g u n o f u e s e d a d o sentirlo, n o sería sólo c o r a j e p a r a fortificarnos e n n u e s t r a d e b i l i d a d y c o n s o l a c i ó n p a r a c o n f o r t a r n o s en la t r i s t e z a . . . sino fuerza y luz, y gloria m á s allá d e la q u e t e n í a m o s y d e c u a n t a h a y a m o s t e n i d o " . N o es p o s i b l e p r e d i c a r m e j o r , c o n s u c a u s a y r a z ó n . S i e s o es l o q u e n o s r e s e r v a l a n u e v a fe p o r fin l i b e r a d a d e l f o l k l o r e d e l a B i b l i a c r i s tiana, la U n i v e r s i d a d de Yale bien h u b i e r a p o d i d o substituir p o r u n a l e c t u r a p ú b l i c a d e S a n J u a n y d e S a n P a b l o l a s D. H. Terry Lectures; y si, c o m o c r e e M r . W . P . M o n t a g u e , el n u e v o D i o s d i f i e r e d e l a n t i g u o en q u e a f i r m a la v i d a e n vez d e negarla, nos v e m o s constreñidos a p r e g u n t a r n o s q u é sentido p u e d e h a b e r c o n s e r v a d o la n o c i ó n d e cristian i s m o e n el e s p í r i t u d e n u e s t r o s c o n t e m p o r á n e o s . E n r e a l i d a d , l a n u e v a r e l i g i ó n d e M r . M o n t a g u e es u n c a s o b a s t a n t e b o n i t o d e f o l k l o r e b í b l i c o c o m p l i c a d o c o n folklore g r i e g o ; t o m a p o r i d e a s filosóficas n u e v a s ciertos v a g o s r e c u e r d o s d e l E v a n g e l i o , l e í d o e n l a i n f a n c i a y q u e a l g o e n él se r e h u s a a o l v i d a r l o s i n q u e s e d é c u e n t a d e e l l o . H a y , pues, algunas razones históricas p a r a poner en d u d a la separ a c i ó n r a d i c a l d e l a f i l o s o f í a y d e l a r e l i g i ó n e n los s i g l o s p o s t e r i o r e s a l a E d a d M e d i a ; e n t o d o c a s o es m u y j u s t o p r e g u n t a r s e si l a m e t a f í s i c a c l á s i c a n o se h a n u t r i d o d e l a s u b s t a n c i a d e l a r e v e l a c i ó n c r i s t i a n a m u c h o m á s p r o f u n d a m e n t e d e l o q u e se d i c e . P l a n t e a r l a c u e s t i ó n e n e s t a f o r m a , es s e n c i l l a m e n t e p l a n t e a r e n o t r o t e r r e n o el m i s m o p r o b l e m a d e l a f i l o s o f í a c r i s t i a n a . S i p o r l a r e v e l a c i ó n c r i s t i a n a se h a n i n t r o d u c i d o i d e a s f i l o s ó f i c a s e n l a f i l o s o f í a p u r a ; si a l g o d e l a B i b l i a y d e l E v a n g e l i o h a p a s a d o a l a m e t a f í s i c a ; e n u n a p a l a b r a : si n o es p o s i b l e c o n c e b i r q u e los s i s t e m a s d e D e s c a r t e s , d e M a l e b r a n c h e o d e L e i b n i z h u b i e r a n p o d i d o c o n s t i t u i r s e t a l e s c u a l e s s o n si l a i n f l u e n c i a d e l a r e l i g i ó n c r i s t i a n a n o h u b i e s e o b r a d o e n e l l o s , es i n f i n i t a m e n t e p r o b a b l e q u e l a n o c i ó n d e filosofía c r i s t i a n a t i e n e u n s e n t i d o , p o r q u e la i n f l u e n c i a d e l C r i s t i a n i s m o s o b r e l a f i l o s o f í a es u n a r e a l i d a d . Q u i e n se c o n v e n c e d e e s t a r e a l i d a d p u e d e a d o p t a r d o s a c t i t u d e s a c e r c a d e ella. P u e d e a d m i t i r c o n A. G o m t e q u e la metafísica c a e r á e n d e s u s o c o m o l a s t e o l o g í a s d e l a s q u e n o es s i n o l a s o m b r a . O p u e d e c o m p r o b a r q u e , c o m o la teología h a sobrevivido a su oración fúnebre, la m e t a f í s i c a seguirá p o r m u c h o t i e m p o i n s p i r á n d o s e e n ella. É s t a es,

26

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

según creemos, una perspectiva más verdadera, porque concierta c o n la vitalidad persistente del Cristianismo, y n o v e m o s en qué contristar fuere

en

a quienes lo

creen

porvenir,

ésa

en es

el p o r v e n i r la

lección

"Sin duda —decía profundamente las

verdades

religiosas

q u e llegaran a serlo."

no i

s

eran

No

de

la metafísica.

que

se

Lessing—,

racionales,

desprende

cuando

pero

Sea del

fueron

fueron

deber de

la

respuesta.

será

la filosofía

beneficio

Al

interrogar

a

todas, quizá, pero al m e n o s

cristiana;

comienzo

de

los filósofos es lo

hallaba su razón

que

esa

investigación,

cristianos vamos

inspirándose

en

a

mismos

hacer

lo

reveladas,

algunas, y

el

el

ése

primer sentido

preguntándoles

la Biblia y e n

para

intentarán

nuestro sobre

que

pasado.

reveladas

es el s e n t i d o d e la c u e s t i ó n a la c u a l las lecciones siguientes hallar

mejor pudiera

qué

Evangelio.

9

1 8

L E S S I N G , Ueber die Erziehung G U É R O U L T , L'évolution et la structure E s t r a s b u r g o , 1 9 3 0 , t. I , p á g . 1 5 .

des Menschengeschlechtes; citado por M . de la doctrine de la science chez Fichte.

CAPÍTULO LA NOCIÓN

DE

FILOSOFÍA

II CRISTIANA

C U A N D O se p l a n t e a e l p r o b l e m a e n l o s t é r m i n o s q u e a c a b a m o s d e d e f i n i r , el m é t o d o m á s s e n c i l l o p a r a r e s o l v e r l o e s p r e g u n t a r n o s p o r q u é c i e r t o s h o m b r e s c u l t o s , v e r s a d o s e n el c o n o c i m i e n t o d e los s i s t e m a s d e la a n t i g ü e d a d , p u d i e r o n decidirse s ú b i t a m e n t e a hacerse cristianos. El h e c h o n o h a cesado de p r o d u c i r s e , y del m i s m o m o d o p u d i é r a m o s p r e g u n t a r n o s p o r q u é , a u n e n n u e s t r o s d í a s , t a n t o s filósofos c r e e n h a l l a r e n el C r i s t i a n i s m o u n a r e s p u e s t a a los p r o b l e m a s filosóficos m á s satisf a c t o r i a q u e l a s d e l a f i l o s o f í a m i s m a . S i n e m b a r g o , si q u e r e m o s e x a m i n a r la cuestión de m o d o objetivo y bajo formas e n q u e n o interv e n g a n n u e s t r o s i n t e r e s e s p e r s o n a l e s , o q u e n o les d e n c a b i d a d e m a n e r a t a n i n m e d i a t a , l o m á s s e n c i l l o es r e m o n t a r s e a los o r í g e n e s . S i el C r i s t i a n i s m o h a t r a í d o r e a l m e n t e a los filósofos m á s v e r d a d r a c i o n a l d e la q u e h a l l a b a n e n la filosofía, la r e a l i d a d d e esa a p o r t a c i ó n n u n c a d e b i ó ser m á s s e n s i b l e q u e e n e l m o m e n t o m i s m o e n q u e se p r o d u j o . V a m o s , p u e s , a p r e g u n t a r a los p r i m e r o s filósofos q u e se h i c i e r o n c r i s t i a n o s q u é i n t e r é s h a l l a b a n , e n c u a n t o filósofos, e n h a c e r s e cristianos. D e h e c h o , p a r a d i s c u t i r c o n v e n i e n t e m e n t e el p r o b l e m a , h a y q u e r e m o n t a r s e a ú n m á s a l l á d e los p r i m e r o s f i l ó s o f o s c r i s t i a n o s . E l t e s t i g o m á s a n t i g u o q u e p o d e m o s i n v o c a r a q u í n o es u n f i l ó s o f o , p e r o n o p o r eso su p e n s a m i e n t o d e j a d e d o m i n a r t o d a la e v o l u c i ó n u l t e r i o r del p e n s a m i e n t o c r i s t i a n o : es S a n P a b l o . P u e d e d e c i r s e q u e c o n é l y a e s t á p l a n t e a d o el p r i n c i p i o d e l a s o l u c i ó n d e f i n i t i v a d e l p r o b l e m a , y q u e las g e n e r a c i o n e s u l t e r i o r e s d e filósofos c r i s t i a n o s n o h a r á n sino d e s a r r o l l a r s u s c o n s e c u e n c i a s . S e g ú n el A p ó s t o l , e l C r i s t i a n i s m o n o es e n m o d o a l g u n o u n a filosofía, s i n o u n a religión. É l n o s a b e n a d a , n o p r e dica n a d a , excepto a Jesús crucificado y la r e d e n c i ó n del h o m b r e pecad o r p o r la gracia. Sería, pues, t o t a l m e n t e a b s u r d o t r a t a r de definir u n a filosofía d e S a n P a b l o ; y a u n c u a n d o e n sus escritos se e n c u e n t r a n f r a g m e n t o s d e filosofía g r i e g a , e s t á n e n ellos o r a c o m o e l e m e n t o s a d v e n t i c i o s , o r a , lo m á s a m e n u d o , c o m o e l e m e n t o s i n t e g r a d o s a u n a s í n t e s i s r e l i g i o s a q u é les t r a n s f o r m a c o m p l e t a m e n t e e l s e n t i d o . E l C r i s t i a n i s m o d e S a n P a b l o n o es u n a f i l o s o f í a q u e se a ñ a d a a o t r a s f i l o s o f í a s ; n i s i q u i e r a v i e n e a r e e m p l a z a r l a s : es s i m p l e m e n t e u n a r e l i g i ó n q u e h a c e i n ú t i l lo q u e d e o r d i n a r i o l l a m a m o s filosofía, y d e ella n o s d i s p e n s a . P u e s el C r i s t i a n i s m o es u n m é t o d o d e s a l v a c i ó n , es d e c i r , o t r a

28

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

cosa y m á s q u e u n m é t o d o d e conocimiento; y p o d e m o s agregar q u e n a d i e , m á s q u e S a n Pablo, h a t e n i d o clara conciencia d e esta v e r d a d . T a l c u a l e l l a m i s m a s e d e f i n e e n l a i" Epístola a los corintios, la n u e v a revelación está colocada c o m o u n a piedra d e escándalo entre el j u d a i s m o y el h e l e n i s m o . L o s j u d í o s q u i e r e n la s a l v a c i ó n p o r la o b s e r v a n c i a i n t e g r a l d e u n a ley y la o b e d i e n c i a a l a s ó r d e n e s d e u n D i o s c u y o p o d e r s e m u e s t r a e n m i l a g r o s d e g l o r i a ; los g r i e g o s q u i e r e n u n a salvación c o n q u i s t a d a p o r la rectitud d e la v o l u n t a d y u n a certeza o b t e n i d a p o r la l u z n a t u r a l d e l a r a z ó n . A u n o s y o t r o s ¿ q u é les t r a e el C r i s t i a n i s m o ? L a s a l v a c i ó n p o r l a f e e n C r i s t o c r u c i f i c a d o ; e s d e c i r , u n e s c á n d a l o p a r a los judíos, q u e r e c l a m a n u n m i l a g r o d e gloria, y a q u i e n e s s e les o f r e c e e n c a m b i o l a i n f a m i a d e u n D i o s h u m i l l a d o ; u n a l o c u r a p a r a los g r i e g o s , q u e r e c l a m a n lo inteligible, y a q u i e n e s se les p r o p o n e el a b s u r d o d e u n D i o s - h o m b r e , m u e r t o e n l a c r u z y r e s u c i t a d o d e e n t r e los m u e r t o s p a r a s a l v a r n o s . L o q u e el C r i s t i a n i s m o o p o n e a la s a b i d u r í a d e l m u n d o es, p u e s , lo i m p e n e t r a b l e , el e s c á n d a l o misterioso d e J e s ú s : " P o r q u e está e s c r i t o : d e s t r u i r é la s a b i d u r í a d e los sabios y r e p r o b a r é l a p r u d e n c i a d e los p r u d e n t e s . ¿ D ó n d e e s t á e l s a b i o ? ¿ D ó n d e e s t á e l p r u d e n t e ? ¿ D ó n d e e s t á e l filósofo d e l s i g l o ? ¿ A c a s o D i o s n o h a v u e l t o n e c e d a d la s a b i d u r í a d e este m u n d o ? Pues y a q u e el m u n d o n o h a sabido, p o r la sabiduría, conocer a Dios en la sabiduría d e Dios, p l u g o a D i o s s a l v a r a los q u e c r e e n p o r l a l o c u r a d e l a p r e d i c a c i ó n . L o s j u d í o s p i d e n m i l a g r o s y los g r i e g o s p i d e n s a b i d u r í a ; n o s o t r o s , a l c o n t r a r i o , p r e d i c a m o s al C r i s t o c r u c i f i c a d o , e s c á n d a l o p a r a los j u d í o s , l o c u r a p a r a l o s g e n t i l e s ; m a s p a r a los q u e s o n l l a m a d o s , s e a d e e n t r e los j u d í o s , s e a d e e n t r e l o s g e n t i l e s , e l C r i s t o es e l p o d e r d e D i o s y l a s a b i d u r í a d e D i o s , p o r q u e l a l o c u r a d e D i o s es m á s s a b i a q u e l a s a b i d u r í a d e l o s h o m b r e s y l a d e b i l i d a d d e D i o s m á s f u e r t e q u e l a f u e r z a d e los hombres." 1

N a d a m á s categórico y definitivo, a p r i m e r a vista, q u e semejantes d e c l a r a c i o n e s , p u e s t o q u e p a r e c e n e l i m i n a r p u r a y s i m p l e m e n t e l a filosofía g r i e g a e n b e n e f i c i o d e l a n u e v a fe. P o r eso, d e s d e l u e g o , n o se y e r r a al r e s u m i r el p e n s a m i e n t o d e S a n P a b l o sobre este p u n t o central d i c i e n d o q u e , s e g ú n é l , e l E v a n g e l i o es u n a s a l v a c i ó n , n o u n a s a b i d u r í a . 2

S A N PABLO, / ad Corinth., I , 1 9 - 2 5 . C f . op. cit., II, 5 y 8 . Ad Coloss., I I , 8. Esos textos h a n d e c l a r a d o seguir todos los adversarios cristianos d e la filosofía, d e los c u a l e s T e r t u l i a n o e n c a r n a el t i p o a l a p e r f e c c i ó n : " Q u i d e r g o Athenis et Hierosolymis? Quid Academiae et Ecclesiae? Q u i d haereticis et C h r i s t i a n i s ? N o s t r a i n s t i t u t i o d e P o r t i c u S a l i r a o n i s e s t (cf. Act. I, 12, Sap., I , 1) q u i e t i p s e t r a d i d e r a t D o m i n u m i n s i m p l i c i t a t e c o r d i s esse quaerendum. Viderint qui stoicum et platonicum et dialecticum Christianismum protulerunt. Nobis curiositate o p u s n o n est post J e s u m Christum, n e c inquisitione post evangelium. C u r a credimus, nihil desideramus ultra credere. H o c e n i m prius c r e d i m u s , n o n e s s e q u o d u l t r a c r e d e r e d e b e a m u s . " T E R T U L I A N O , De praescript. 1

haerelicorum, 2

VII.

C. TOUSSAINT, pág. 253.

Épitres

de saint

Paul.

París,

G.

Beauchesne,

1 9 1 0 , t.

I,

LA

NOCIÓN

DE

FILOSOFÍA

CRISTIANA

29

S i n e m b a r g o , es m e n e s t e r a g r e g a r q u e e n o t r o s e n t i d o e s a i n t e r p r e t a c i ó n n o es c o m p l e t a m e n t e e x a c t a , p u e s e n el m o m e n t o m i s m o e n q u e S a n P a b l o p r o c l a m a la b a n c a r r o t a d e la s a b i d u r í a griega, p r o p o n e substit u i r l a p o r o t r a , q u e es l a p e r s o n a m i s m a d e J e s u c r i s t o . L o q u e él e n t i e n d e h a c e r es e l i m i n a r l a a p a r e n t e s a b i d u r í a g r i e g a , q u e e n r e a l i d a d n o es s i n o l o c u r a , e n n o m b r e d e l a a p a r e n t e l o c u r a c r i s t i a n a , q u e , e n r e a l i d a d , es s a b i d u r í a . E n v e z d e d e c i r q u e , s e g ú n S a n P a b l o , el E v a n g e l i o es u n a s a l v a c i ó n , n o u n a s a b i d u r í a , m á s v a l d r í a d e c i r , p u e s , q u e l a s a l v a c i ó n q u e él p r e d i c a es a sus o j o s l a v e r d a d e r a s a b i d u r í a , y e s o p r e c i s a m e n t e p o r q u e es u n a s a l v a c i ó n . Si se a d m i t e esta i n t e r p r e t a c i ó n , y p a r e c e b i e n i n s e r t a e n el p r o p i o t e x t o , c l a r o a p a r e c e q u e , r e s u e l t o e n s u p r i n c i p i o , el p r o b l e m a d e l a filosofía c r i s t i a n a q u e d a e n t e r a m e n t e a b i e r t o e n c u a n t o a las c o n s e c u e n c i a s q u e d e e l l o se d e r i v a n . L o q u e S a n P a b l o l l e g ó a a f u m a r , y q u e n a d i e h a b í a d e d i s c u t i r j a m á s e n el i n t e r i o r d e l C r i s t i a n i s m o , es q u e p o s e e r l a f e e n J e s u c r i s t o , es c o n m a y o r r a z ó n p o s e e r l a s a b i d u r í a , p o r l o m e n o s e n el s e n t i d o d e q u e , d e s d e e l p u n t o d e v i s t a d e l a s a l v a c i ó n , la fe n o s d i s p e n s a r e a l y t o t a l m e n t e d e la filosofía. A u n p u d i é r a m o s decir que S a n P a b l o define u n a posición c u y a antítesis exacta s e r á f o r m u l a d a e n el 136? P r o v e r b i o d e G o e t h e :

i

Wer Wissenschaft und Hat auch Religión; Wer ¡ene beide nicht Der habe Religión.

Kunst

besitzt

besitzt

A q u í , l o c i e r t o es e x a c t a m e n t e l o c o n t r a r i o , p u e s q u i e n p o s e e l a r e l i g i ó n p o s e e t a m b i é n , e n s u v e r d a d e s e n c i a l , l a c i e n c i a , el a r t e y l a filosofía, disciplinas e s t i m a b l e s , p e r o q u e n o p u e d e n servir m á s q u e d e m e n g u a d o c o n s u e l o a q u i e n n o p o s e e l a r e l i g i ó n . S ó l o q u e , si es c i e r t o q u e p o s e e r l a r e l i g i ó n es t e n e r t o d o l o d e m á s , h a y q u e d e m o s trarlo. U n apóstol como San Pablo p u e d e conformarse con predicarlo; u n f i l ó s o f o q u e r r á a s e g u r a r s e d e e l l o . N o b a s t a c o n d e c i r q u e el c r e y e n t e p u e d e p a s a r sin filosofía p o r q u e t o d o el c o n t e n i d o d e la filosofía, y a u n m á s , e s t á i m p l í c i t a m e n t e d a d o e n s u c r e e n c i a : es n e c e s a r i o p r e s e n t a r la p r u e b a d e ello. A h o r a b i e n : p r o b a r l o e s ' s e g u r a m e n t e cierto m o d o d e s u p r i m i r l a f i l o s o f í a ; p e r o , si l a e m p r e s a t i e n e é x i t o , p u e d e d e c i r s e q u e e n o t r o s e n t i d o es q u i z á l a m e j o r m a n e r a d e f i l o s o f a r . ¿ Q u é v e n t a j a s f i l o s ó f i c a s h a l l a b a n , p u e s , e n c o n v e r t i r s e los m á s a n t i g u o s t e s t i g o s q u e se c o n v i r t i e r o n a l c r i s t i a n i s m o ? A q u e l c u y o t e s t i m o n i o r e s u l t a a l a v e z el m á s a n t i g u o y el m á s t í p i c o es S a n J u s t i n o , c u y o Diálogo con 'Frijón nos refiere la conversión en f o r m a v i v a y p i n t o r e s c a . T a l c o m o l o c o n c i b e d e s d e e l c o m i e n z o , el o b j e t o d e l a f i l o s o f í a es c o n d u c i r n o s h a c i a D i o s y u n i m o s a É l . E l p r i m e r s i s t e m a e n s a y a d o p o r J u s t i n o f u é el e s t o i c i s m o ; p e r o p a r e c e q u e dio

3o

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

con u n estoico m á s c u i d a d o s o d e p r á c t i c a m o r a l q u e d e teoría, pues este profesor r e c o n o c i ó q u e n o tenía p o r necesaria la ciencia d e Dios. El p e r i p a t é t i c o q u e le s u c e d i ó insistió m u y p r o n t o e n q u e c o n v i n i e r a n el p r e c i o d e s u s l e c c i o n e s , l o q u e J u s t i n o e s t i m ó p o c o f i l o s ó f i c o . S u t e r c e r p r o f e s o r fué u n p i t a g ó r i c o , q u e , a su vez, lo d e s p i d i ó p o r q u e a ú n n o h a b í a a p r e n d i d o la m ú s i c a , la a s t r o n o m í a y la g e o m e t r í a , ciencias indisp e n s a b l e s p a r a el e s t u d i o d e l a f i l o s o f í a . U n p l a t ó n i c o , q u e v i n o d e s pués, fué m á s a f o r t u n a d o : " L e frecuenté c u a n t o m á s a m e n u d o p u d e — e s c r i b e J u s t i n o — , y d e ese m o d o h i c e p r o g r e s o s ; c a d a d í a a d e l a n t a b a lo m á s posible. L a inteligencia d e las cosas corporales m e c a u t i v a b a e n g r a d o s u m o ; la c o n t e m p l a c i ó n d e las i d e a s d a b a alas a m i espíritu, t a n t o q u e l u e g o d e c o r t o t i e m p o creí h a b e r llegado a ser s a b i o ; h a s t a f u i b a s t a n t e n e c i o p a r a e s p e r a r q u e l l e g a r í a a v e r a D i o s , p u e s t a l es el f i n d e l a f i l o s o f í a d e P l a t ó n . " T o d o iba, p u e s , a m e d i d a d e su d e s e o , c u a n d o J u s t i n o se e n c o n t r ó c o n u n a n c i a n o q u e , i n t e r r o g á n d o l o s o b r e D i o s y el a l m a , lé p r o b ó q u e se h a l l a b a m e t i d o e n e x t r a ñ a s c o n t r a d i c c i o n e s ; y c o m o J u s t i n o le p r e g u n t a r a d ó n d e h a b í a a d q u i r i d o sus c o n o c i m i e n t o s e n a q u e l l a s m a t e r i a s , el a n c i a n o c o n t e s t ó : " H u b o e n t i e m p o s r e m o t o s , y m á s a n t i g u o s q u e t o d o s esos s u p u e s t o s filósofos, h o m b r e s f e l i c e s , j u s t o s y q u e r i d o s d e D i o s , q u e h a b l a b a n p o r el E s p í r i t u S a n t o y d a b a n s o b r e l o p o r v e n i r o r á c u l o s q u e a h o r a se h a n c u m p l i d o : s e les l l a m a p r o f e t a s . . . S u s e s c r i t o s s u b s i s t e n a ú n h o y , y q u i e n e s l o s l e e n p u e d e n , si t i e n e n f e e n e l l o s , s a c a r t o d a c l a s e d e p r o v e c h o s , t a n t o s o b r e los p r i n c i p i o s c o m o s o b r e e l f i n , a c e r c a d e t o d o l o q u e d e b e c o n o c e r el f i l ó s o f o . N o h a n h a b l a d o p o r m e d i o d e d e m o s t r a c i o n e s ; p o r e n c i m a d e t o d a d e m o s t r a c i ó n , e r a n los d i g n o s t e s t i g o s d e l a v e r d a d . " A I e s c u c h a r e s t a s p a l a b r a s , u n f u e g o s ú b i t o se e n c e n d i ó e n el c o r a z ó n d e J u s t i n o , y d i c e , " r e f l e x i o n a n d o a solas e n esas p a l a b r a s , e n c o n t r é q u e esa filosofía e r a la ú n i c a s e g u r a y p r o v e c h o s a . H e a h í c ó m o y p o r q u é soy filósofo". ;

8

4

5

3

JUSTINO,

Dialogue

avec

Tryphon,

II,

6;

trad.

G.

ARCHAMBAULT.

París,

Picard,

1909, págs. 11-12. * Op. cit., V I I , p á g . 3 7 .

J U S T I N O , Dialogue avec Tryphon, I I , 6 ; trad. G. ARCHAMBAULT. París, P i c a r d , 1 9 0 9 , p á g s . 1 1 - 1 2 . E s t a r e i v i n d i c a c i ó n d e l t í t u l o d e filósofo p o r u n c r i s t i a n o e s u n h e c h o a i s l a d o e n l a a n t i g ü e d a d . E n e l t e x t o d e l c u a l se h a t o m a d o el e p í g r a f e d e este t r a b a j o , A t e n á g o r a s define c l a r a m e n t e el d e r e c h o d e los c r i s t i a n o s a p r o p o n e r u n a e x p l i c a c i ó n filosófica del u n i v e r s o , e l a b o r a d a p o r la r a z ó n b a j o la c o n d u c t a d e l a r e v e l a c i ó n : " P u e s t o q u e casi todos, a u n q u e sea a pesar suyo, reconocen la existencia de u n a r e a l i d a d divina c u a n d o l l e g a n a los p r i n c i p i o s d e l u n i v e r s o , ¿ p o r q u é h a d e t e n e r e s a g e n t e el d e r e c h o d e d e c i r y escribir i m p u n e m e n t e s o b r e lo d i v i n o lo q u e les p a r e z c a , m i e n t r a s q u e u n a ley nos p r o h i b e demostrar p o r m e d i o d e a r g u m e n t o s y razonamientos v e r d a d e r o s q u e existe u n Dios, cosa q u e nosotros sabemos t a n t o p o r la razón c o m o p o r l a f e ? P o r q u e los p o e t a s y los filósofos, e n ésta c o m o e n o t r a s cosas, a n i m a d o s p o r el soplo d e D i o s , h a n i n t e n t a d o p o r v í a d e c o n j e t u r a y n o s i g u i e n d o c a d a c u a l s i n o s u a l m a , si n o l e s s e r í a p o s i b l e d e s c u b r i r y c o n c e b i r 5

LA

NOCIÓN

DE

FILOSOFÍA

0¡koc._ 8:í¡ x a í Stá -rauta í>tXóaoí>o

16

Op.

1 8

De gener.

cit.,

I,

2;

413

b,

24-27.

anim., 7 3 6 b , 2 8 . A R I S T Ó T E L E S , De anima, I I I , 5 ; 4 3 0 a, 1 0 - 2 5 . P . M A N D O N N E T , Siger de Brabant et l'averroisme latin aux XIII' siécle (Les philosophes belges, t. V I ) , L o v a i n a , 1 9 1 1 . E . G I L S O N , La philosophie de saint Bonaventure, París, J. Vrin, 1 9 2 4 , p á g . 1 6 . 1

7

1

8

i86

EL ESPÍRITU DE LA FILOSOFÍA MEDIEVAL

q u e la c o m p i l a c i ó n n e o p l a t ó n i c a c o n o c i d a c o n el n o m b r e d e Teología de Aristóteles e r a v e r d a d e r a m e n t e u n a o b r a d e Aristóteles; t o d a su filosofía s u p o n e , p u e s , u n esfuerzo p o r o p e r a r l a síntesis d e ese a p ó crifo c o n la d o c t r i n a c o n t e n i d a e n las o b r a s a u t é n t i c a s d e Aristóteles, lo q u e e q u i v a l í a a t e n t a r la síntesis d e A r i s t ó t e l e s y d e P l a t ó n . A h o r a b i e n : p o r u n a p a r t e , los p e n s a d o r e s c r i s t i a n o s d e b í a n e n c o n t r a r c o n g u s t o e n A v i c e n a t o d o lo q u e , g r a c i a s a S a n A g u s t í n , su p r o p i a t r a d i c i ó n h a b í a a s i m i l a d o ya del p l a t o n i s m o ; p o r o t r a p a r t e , lo q u e n e c e s i t a b a n s o b r e ese p u n t o e r a p r e c i s a m e n t e u n a d o c t r i n a c a p a z d e salvar a u n t i e m p o la i n m o r t a l i d a d platónica del a l m a y la u n i d a d aristotélica del c o m p u e s t o h u m a n o . A v i c e n a llegaba, pues, a p u n t o , y es l o q u e e x p l i c a l a p r o f u n d i d a d d e s u a c c i ó n s o b r e l a f i l o s o f í a c r i s t i a n a d e los siglos x m y x i v . S e i n t e n t ó , p u e s , l i m p i a r l e d e los e l e m e n t o s i n a s i m i l a b l e s al C r i s t i a n i s m o , r e d u c i r sus p r i n c i p i o s a los d e S a n A g u s t í n , y s u b o r d i n a r a esos p r i n c i p i o s l o s e l e m e n t o s a r i s t o t é l i c o s q u e e r a n e c e s a r i o c o n s e t v a r . ¿ C u á l e s f u e r o n los r e s u l t a d o s d e e s e t r a b a j o s o b r e el p u n t o q u e n o s i n t e r e s a ? E n lo q u e se r e f i e r e a l a d e f i n i c i ó n m i s m a d e l a l m a , p u d o p a r e c e r e n el c o m i e n z o q u e el t r a b a j o e s t a b a e n t e r a m e n t e h e c h o . P a r a A v i c e n a , dos p u n t o s d e vista s o b r e el a l m a s o n i g u a l m e n t e posibles. C o n s i d e r a d a e n sí m i s m a , e s d e c i r , e n s u e s e n c i a , e s u n a s u b s t a n c i a e s p i r i t u a l , s i m ple, indivisible y p o r consiguiente i n d e s t r u c t i b l e ; en este aspecto, la d e f i n i c i ó n q u e d a P l a t ó n es, p u e s , e n t e r a m e n t e s a t i s f a c t o r i a . C o n s i d e r a d a e n s u r e l a c i ó n c o n el c u e r p o q u e e l l a a n i m a , p u e d e d e c i r s e q u e l a p r i m e r a y l a m á s f u n d a m e n t a l d e l a s f u n c i o n e s q u e é s t a e j e r c e es l a d e s e r s u f o r m a ; e n e s t e a s p e c t o q u i e n t i e n e r a z ó n es A r i s t ó t e l e s , y e l a l m a es l a f o r m a d e l c u e r p o o r g a n i z a d o , q u e t i e n e l a v i d a e n p o t e n c i a . U n e j e m p l o sencillo, t o m a d o del m i s m o Avicena, h a c e c o m p r e n d e r f á c i l m e n t e el s e n t i d o d e s u d o c t r i n a . V e o u n t r a n s e ú n t e , l e p r e g u n t o q u é es, y m e c o n t e s t a u s t e d : " E s u n o b r e r o " . S u p o n g a m o s q u e la r e s p u e s t a sea e x a c t a y q u e ese t r a n s e ú n t e sea, e f e c t i v a m e n t e , u n o b r e r o ; l a r e s p u e s t a n o es c o m p l e t a , n i s i q u i e r a l a m á s p r o f u n d a q u e se p u e d a d a r , p u e s a n t e s d e ser u n o b r e r o , ese t r a n s e ú n t e es u n h o m b r e : es h o m b r e p o r s u e s e n c i a y o b r e r o p o r s u f u n c i ó n . E l c a s o d e l a l m a es s e m e j a n t e . E n sí m i s m a , el a l m a es u n a s u b s t a n c i a q u e ejerce la f u n c i ó n d e f o r m a , y p o r eso n o p o d e m o s t e m e r q u e se v e a a f e c t a d a p o r l a d e s t r u c c i ó n d e l c u e r p o q u e e l l a a n i m a b a ; c u a n d o el c u e r p o m u e r e es s e n c i l l a m e n t e q u e e l a l m a d e j a d e e j e r c e r e n él s u s funciones . 1 9

A l p r o n t o , s e m e j a n t e d o c t r i n a es m u y s a t i s f a c t o r i a p a r a c r i s t i a n o s . P u e s t o q u e el a l m a e s u n a s u b s t a n c i a , e s i n m o r t a l ; p u e s t o q u e el a l m a es u n a f o r m a , e l h o m b r e es u n o . D e h e c h o , l o q u e e n c o n t r a m o s 1 9

Los

textos

n e c e s a r i o s se

R O L A N D - G O S S E L I N , Sur e n Mélanges Mandonnet,

hallarán

reunidos

en

el

estudio

del

les relations de l'ame et du corps d'aprés P a r í s , J . V r i n , 1 9 3 0 , t. I I , p á g s . 4 7 - 5 4 ,

P.

M.

D.

Avicenne,

LA

ANTROPOLOGÍA

CRISTIANA

I8

7

e n la S u m a l l a m a d a d e A l e j a n d r o d e H a l e s , e n el C o m e n t a r i o d e S a n B u e n a v e n t u r a sobre las S e n t e n c i a s y e n varios teólogos d e m e n o r i m p o r t a n c i a , es l a s o l u c i ó n a v i c e n i a n a d e l p r o b l e m a . P a r a a s e g u r a r m e j o r la substancialidad del a l m a , S a n B u e n a v e n t u r a refuerza la doctrina d e A v i c e n a c o n l a d e G e b i r o l ; e n s e ñ a q u e el a l m a e s t á c o m p u e s t a d e u n a forma y de u n a materia incorpórea. A u n cuando rehusa admitir e s t a c o m p o s i c i ó n h i l e m ó r f i c a d e l a l m a , A l b e r t o M a g n o s o s t i e n e que: s u v e r d a d e r a d e f i n i c i ó n es l a q u e A v i c e n a h a d a d o d e e l l a ; n a d i e c o m p r e n d e m e j o r q u e él su c a r á c t e r c o m p u e s t o y q u e r e p r e s e n t a un e s f u e r z o d e s e s p e r a d o p a r a c o n c i l i a r i r r e c o n c i l i a b l e s : " S i se t r a t a d e d e f i n i r el a l m a e n sí m i s m a — d i c e — d a r e m o s r a z ó n a P l a t ó n ; si se t r a t a , p o r lo c o n t r a r i o , d e d e f i n i r l a c o m o f o r m a d e l c u e r p o , d a r e m o s r a z ó n a A r i s t ó t e l e s " . E l p e n s a m i e n t o c r i s t i a n o se m u e s t r a e n e s t o p r o p e n s o a u n e c l e c t i c i s m o f á c i l , p e r o los e c l e c t i c i s m o s n u n c a s o n f á c i l e s m á s q u e e n a p a r i e n c i a ; d u r a n el t i e m p o q u e se t a r d a e n c o m p r e n d e r l a d i f e r e n c i a e n t r e a c o r d a r s e los p r i n c i p i o s q u e s e n e c e s i t a n p a r a justificar sus conclusiones y a c o r d a r s e sólo las justificaciones q u e s u r g e n n e c e s a r i a m e n t e d e los p r i n c i p i o s . A q u í , c o m o e n o t r a s p a r t e s , el t o m i s m o v i n o a p e r t u r b a r l a q u i e t u d d e l a s s o l u c i o n e s p e r e z o s a s y a determinar nuevos progresos. 2 0

E n r e a l i d a d , t o d a l a d i f i c u l t a d se r e d u c e a e s t o : e l h o m b r e es u n a u n i d a d d a d a c o m o tal, c u y a e x p l i c a c i ó n c o r r e s p o n d e al filósofo. C u a n do digo que conozco, no quiero decir que m i cuerpo conoce por mi a l m a , o q u e m i a l m a c o n o c e g r a c i a s a m i c u e r p o , sino q u e este ser c o n c r e t o q u e s o y , t o m a d o e n s u u n i d a d , e j e r c i t a el a c t o d e c o n o c e r . Y l o m i s m o o c u r r e si d i g o q u e y o v i v o , o s i m p l e m e n t e q u e y o s o y : yo, n o es n i el c u e r p o n i el a l m a , s i n o e l h o m b r e . P o r e s o e l e c l e c t i c i s m o d e A l b e r t o M a g n o n o es v e r d a d e r a m e n t e u n a r e s p u e s t a a l a c u e s t i ó n p l a n t e a d a . M i e n t r a s las f u n c i o n e s a n i m a d o r a s del a l m a n o e s t á n i n c l u i d a s e n la d e f i n i c i ó n d e su e s e n c i a m i s m a , l a u n i ó n del a l m a y d e l c u e r p o es u n a c c i d e n t e s i n n i n g u n a n e c e s i d a d m e t a f í s i c a . En c u a n t o s u b s t a n c i a , el a l m a s i g u e s i e n d o e x a c t a m e n t e l o q u e es, y a i n f o r m e su c u e r p o , y a n o lo i n f o r m e . S i n d u d a , p u e d e t r a t a r s e d e s a l v a r l a s i t u a c i ó n d i c i e n d o q u e es " n a t u r a l " d e l a l m a s e r f o r m a d e l c u e r p o ; p u e d e irse t o d a v í a m á s allá y a t r i b u i r l e u n a especie d e i n c l i n a c i ó n n a t u r a l h a c i a su c u e r p o , p e r o sigue s i e n d o v e r d a d d e c i r q u e la u n i ó n c o n el c u e r p o n o e s t á i n c l u i d a e n l a e s e n c i a d e l a l m a e n c u a n t o a l m a . A h o r a b i e n : si a s í e s , el h o m b r e n o es u n s e r p o r sí, s i n o u n s e r p o r a c c i d e n t e ; y a n o p u e d o d e c i r m á s q u e soy, q u e v i v o o q u e p i e n s o , s i n e n t e n d e r c o n e l l o q u e soy u n a l m a q u e e s , v i v e y p i e n s a , y q u e s e r í a , v i v i r í a , t a n b i e n o m e j o r s i n el c u e r p o a l c u a l se h a l l a u n i d a . 2 Ü

" A n i m a m c o n s i d e r a n d o s e c u n d u m se, c o n s e n t i e m u s P l a t o n i ; c o n s i d e r a n d o autern e a m secundum formam animationis q u a m dat corpori, consentiemus A r i s t o t e l i . " A L B E R T O M A G N O , Sumiría theologica, I I , tr. 12, qu. 6 9 , m e m b r . 2, art. 2.

i88

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

N o es n a d a e x t r a ñ o , p u e s , q u e A v i c e n a a n t i c i p a r a la p o s i c i ó n d e D e s c a r t e s : si el a l m a e s u n a s u b s t a n c i a e s e n c i a l m e n t e s e p a r a b l e d e l c u e r p o , c a d a v e z q u e d i g o : y o p i e n s o , es d e m i a l m a s o l a d e l a q u e afirmo concluyendo: yo s o y . 2 1

É s a es p r e c i s a m e n t e l a r a z ó n p o r l a c u a l S a n t o T o m á s d e b i ó t o m a r la c u e s t i ó n d e s d e sus c o m i e n z o s y r e c o n s t r u i r c o m p l e t a m e n t e la solución. M u y p o c a s v e c e s p r e s e n t ó la h i s t o r i a d e las i d e a s e j e m p l o m á s h e r m o s o d e u n esfuerzo filosófico t í p i c a m e n t e c r i s t i a n o , p o r q u e n u n c a f u é t a n e v i d e n t e q u e h a c i é n d o s e m á s v e r d a d e r a m e n t e f i l o s o f í a es c o m o u n a filosofía se v u e l v e m á s c r i s t i a n a . S i n e m b a r g o , t a m p o c o h u b o n u n c a e s f u e r z o f i l o s ó f i c o p e o r r e c o m p e n s a d o . Y l a r a z ó n es s i e m p r e la m i s m a . S a n t o T o m á s e m p l e a la terminología de Aristóteles y util i z a los p r i n c i p i o s d e A r i s t ó t e l e s : p a r a é l — t o d o s l o s a b e m o s — el a l m a se d e f i n e c o m o f o r m a del c u e r p o o r g a n i z a d o , q u e t i e n e l a v i d a e n p o t e n c i a ; p o r o t r a p a r t e , n o q u e r i e n d o a c e p t a r los p r i n c i p i o s del p l a t o n i s m o , h a s t a e l i m i n a n d o d e la filosofía m e d i e v a l lo q u e la t r a d i c i ó n d e S a n A g u s t í n h a b í a i n t r o d u c i d o del p l a t o n i s m o s o b r e ese p u n t o , p r e t e n d e m a n t e n e r la i n m o r t a l i d a d i n d i v i d u a l d e las a l m a s , q u e p u e d a sola justificar l a filosofía d e P l a t ó n . ¿ N o d e b e decirse, c o m o se h a d i c h o , q u e e l t o m i s m o es u n e c l e c t i c i s m o , y a u n el p e o r d e t o d o s , p u e s t o q u e es u n e c l e c t i c i s m o i n c o h e r e n t e ? L a ú n i c a r e s p u e s t a p o s i b l e a l a p r e g u n t a se e n c u e n t r a e n u n e x a m e n c r í t i c o d e las f ó r m u l a s q u e e m p l e a , p e r o s o b r e t o d o d e la significación q u e les d a . P a r a a c l a r a r p o r a n t i c i p a d o el s e n t i d o d e e s t a d i s c u s i ó n p o d e m o s d e c i r d e s d e a h o r a q u e el a l m a t o m i s t a n o es n i u n a s u b s t a n c i a q u e d e s e m p e ñ a r í a el p a p e l d e f o r m a , n i u n a f o r m a q u e n o p o d r í a ser u n a s u b s t a n c i a , sino u n a f o r m a q u e posee y confiere la s u b s t a n c i a l i d a d . N a d a m á s s e n c i l l o , y s i n e m b a r g o se b u s c a r í a e n v a n o , a n t e s d e S a n t o T o m á s , u n f i l ó s o f o a q u i e n se le o c u r r i e r a , y a ú n h o y se e n c o n t r a r í a n p o c o s filósofos c a p a c e s d e e x p l i c a r c o r r e c t a m e n t e s u significación. 2 2

P a r a c o m p r e n d e r l a , debe observarse en p r i m e r lugar que, a u n c u a n d o n o h a y a sido descubierta p o r Aristóteles, esta solución del p r o b l e m a n o e s t á e n c o n t r a d i c c i ó n c o n sus p r i n c i p i o s . P o r lo c o n t r a r i o , c u a n d o s e o b j e t a q u e el a l m a n o p u e d e s e r a u n t i e m p o s u b s t a n c i a y f o r m a d e u n a s u b s t a n c i a , se o l v i d a q u e e n el p e r i p a t e t i s m o a u t é n t i c o h a y substancias q u e son p u r a s formas. E n cierto sentido, hasta podría V é a s e e l c u r i o s o t e x t o d e A V I C E N A , Lib. c i t a d o e n E . G I L S O N , Les sources gréco-arabes 2

1

(Archives

d'histoire

doctrínale

et littéraire

VI, naturalium, p a r s V , c a p . i, de l'augustinisme avicennisant da moyen age, t. IV [ 1 9 3 0 ] , p á g s .

40-41). S i n e m b a r g o , h a y q u e n o t a r q u e se s a b e m a l a los c o m e n t a r i s t a s g r i e g o s d e A r i s t ó t e l e s . E l p r o g r e s o a e s t a b l e c e r q u e a l g u n o d e e l l o s se l e a n t i c i p ó s o b r e ralmente en J u a n Filopono, aristotélico y cristiano muy indicado de Santo Tomás. 2 2

lo q u e S a n t o T o m á s d e b e de la historia quizá llegue ese p u n t o . Se p i e n s a n a t u que parece un predecesor

LA

ANTROPOLOGÍA

CRISTIANA

l8

9

decirse q u e c u a n t o m á s p u r a m e n t e f o r m a es u n a f o r m a , t a n t o m á s s u b s t a n c i a l es. P o r q u e es s u p r e m a m e n t e i n m a t e r i a l , el p e n s a m i e n t o d i v i n o es s u p r e m a m e n t e f o r m a l , y p o r q u e e s s u p r e m a m e n t e f o r m a l e s acto p u r o . Y lo m i s m o sucede, e n u n p l a n o inferior, c o n las Inteli­ gencias separadas d e Aristóteles; son formas inmateriales p u r a s de t o d a m a t e r i a , y sin e m b a r g o subsisten, lo q u e equivale a decir que son substancias . P a r a q u i e n r e c u e r d a estos h e c h o s b i e n c o n o c i d o s , el p r o b l e m a a p a r e c e i n m e d i a t a m e n t e s u s c e p t i b l e d e u n a s o l u c i ó n d i f e ­ r e n t e a l a q u e sin r a z ó n se a t r i b u y e a S a n t o T o m á s . S i h a y r a z o n e s p o s i t i v a s p a r a c o n s i d e r a r e l a l m a c o m o u n a s u b s t a n c i a , n a d a nos i m p e d i r á q u e a l m i s m o t i e m p o a d m i t a m o s q u e es u n a f o r m a , puesto que, por lo contrario, su formalidad es la que funda su substancialidad. L a c u e s t i ó n q u e s e p l a n t e a es o t r a ; s e t r a t a d e s a b e r p o r q u é esa f o r m a es l a d e u n c u e r p o , y n o , e n m o d o a l g u n o , d e s a b e r si e l a l m a es f o r m a ; d e m o d o q u e e l p r i m e r p r o b l e m a q u e t e n e m o s q u e resol­ v e r es e l d e s u s u b s t a n c i a l i d a d . 2

3

P o r u n a coincidencia q u e n a d a tiene d e fortuita, lo q u e Santo T o m á s invoca p a r a apoyar su demostración d e la substancialidad del a l m a es u n texto d e S a n Agustín, y ese texto a f i r m a p r e c i s a m e n t e q u e l a ú n i c a c a u s a q u e s e o p o n e a q u e los h o m b r e s a d m i t a n esa v e r d a d es s u i n a p t i t u d p a r a c o n c e b i r u n a s u b s t a n c i a q u e n o sea cor­ pórea . E n realidad, d e S a n A g u s t í n a S a n t o T o m á s , el p r o b l e m a sufre u n a transposición. P a r a el j o v e n S a n A g u s t í n y p a r a aquellos a q u i e n e s critica c u a n d o llega a l a m a d u r e z , l a c u e s t i ó n n o reside en s a b e r si e l a l m a e s s u b s t a n c i a , s i n o e n si s e p u e d e c o n c e b i r u n a s u b s t a n ­ c i a n o c o r p ó r e a . E n S a n t o T o m á s , si e l a l m a e x i s t e , s u i n c o r p o r e i d a d no deja lugar a dudas, pero n o ocurre lo m i s m o c o n su substancia2

2

4

3

Esas Inteligencias s e p a r a d a s , formas p u r a s y subsistentes c o m o tales, t i e n e n su e q u i v a l e n t e e n l a d o c t r i n a t o m i s t a ; l o s Á n g e l e s , q u e s o n s u b s t a n c i a s sepa­ r a d a s , p o r q u e son f o r m a s s e p a r a d a s . A h o r a b i e n : esas f o r m a s s o n i n d i v i d u a l e s . Es v e r d a d q u e , e n la doctrina tomista, c a d a ángel forma u n a especie aparte. E n efecto, p u e s t o q u e los á n g e l e s n o e s t á n c o m p u e s t o s d e m a t e r i a y d e f o r m a , y c o m o l a m a t e r i a es el p r i n c i p i o d e i n d i v i d u a c i ó n , es imposible q u e existan d o s á n g e l e s d e u n a m i s m a e s p e c i e (Sum. theol., I, 50, 4, Resp.). Pero esto n o quiere decir q u e el ángel tomista, forma pura, sea u n a especie q u e n o con­ tendría más q u e un individuo; es u n i n d i v i d u o q u e constituye él solo u n a e s p e c i e . C o m o se h a d i c h o m u y j u s t a m e n t e : " U n á n g e l n o c o n s t i t u y e u n a e s p e c i e , en el sentido lógico d e la palabra, sino u n v e r d a d e r o individuo, a u n q u e único p a r a c a d a e s p e c i e " . A . F O R E S T , La structure métaphysique du concret, p á g s . 1 2 0 . Sobre la doctrina d e I b n Gebirol ( A v i c e b r ó n ) , véase el substancial capítulo iv d e l a m i s m a o b r a , p á g s . 1 0 9 - 1 1 5 ; s o b r e l a d o c t r i n a d e S a n B u e n a v e n t u r a , op. cit., p á g s . 1 1 6 - 1 2 0 , y É . G I L S O N , La philosophie de Saint Bonaventure, págs. 236-239. * " Q u i s q u í s v i d e t m e n t í s n a t u r a m e t esse s u b s t a n t i a m e t n o n c o r p o r e a m , v i d e t eos q u i o p i n a n t u r e a m esse c o r p o r e a m , ab hoc errare, quod adjungunt ei e a sine q u i b u s n u l l a m possunt cogitare naturam, scilicet c o r p o r u m phantasias." S a n A G U S T Í N , De civitate Dei, c a p . v n . C i t a d o p o r S a n t o T O M Á S DE A Q U I N O , 2

Sum.

theol.,

I , 7 5 , 2 , Sed

contra.

1Q0

E L ESPÍRITU DE LA FILOSOFÍA

MEDIEVAL

l i d a d , y a e s e p u n t o p r e c i s o s e d i r i g e t o d o el e s f u e r z o d e su. d e m o s t r a ­ ción . 2 5

El principio de q u e surge — e s t o p a r e c e h a b e r sido d e m a s i a d o poco n o t a d o — es q u e t o d a o p e r a c i ó n d i s t i n t a s u p o n e u n a s u b s t a n c i a dis­ t i n t a . E n e f e c t o , l a s s u b s t a n c i a s s ó l o se c o n o c e n p o r s u s o p e r a c i o n e s , e, i n v e r s a m e n t e , l a s o p e r a c i o n e s s ó l o se e x p l i c a n p o r l a s s u b s t a n c i a s . S a b e m o s q u é es el s e r , y p r i n c i p a l m e n t e q u e es a c t u a l i d a d c o m o p o r d e f i n i c i ó n ; y a u n e s l o q u e h e m o s c o n s i d e r a d o c o m o el f u n d a m e n t o ú l t i m o d e l a c a u s a l i d a d e n los s e r e s c o n c r e t o s ; a l d e c i r q u e t o d o s e r es e n c u a n t o e s t á e n a c t o y q u e s ó l o o p e r a e n c u a n t o e s t á e n a c t o , h e m o s i d e n t i f i c a d o e l p r i n c i p i o d e l a a c t i v i d a d d e los s e r e s c o n s u actualidad . L u e g o , p u e s , si h a y a c t o s d e c o n o c i m i e n t o i n t e l e c t u a l , s u ' c a u s a n o p u e d e s e r u n p r i n c i p i o a b s t r a c t o c o m o el p e n s a m i e n t o e n g e n e r a l ; d e b e ser n e c e s a r i a m e n t e u n p r i n c i p i o c o n c r e t o , real y p o r consiguiente subsistente en u n a naturaleza determinada. E n u n a pala­ b r a : d o n d e h a y actos de p e n s a m i e n t o h a y substancias pensantes. D é ­ s e l e s el n o m b r e q u e se q u i e r a ; e s t o c a r e c e d e i m p o r t a n c i a p a r a l a c u e s t i ó n q u e n o s o c u p a . Y a se l l a m e n p e n s a m i e n t o s (mentes) en la ter­ m i n o l o g í a a g u s t i n i a n a , o i n t e l e c t o s (intellectus) e n la t e r m i n o l o g í a t o m i s t a , d e c u a l q u i e r m o d o son cosas q u e p i e n s a n , y sólo q u e d a p o r p r e c i s a r su n a t u r a l e z a . 2 6

L a s o p e r a c i o n e s d e l a s q u e l o s i n t e l e c t o s s o n los p r i n c i p i o s s o n o p e ­ r a c i o n e s c o g n o s c i t i v a s . P a r a el i n t e l e c t o , s o m o s c a p a c e s d e c o n o c e r la n a t u r a l e z a d e t o d a s las cosas c o r p o r a l e s ; a h o r a b i e n : p a r a p o d e r c o n o c e r t o d a s las c o s a s , l a p r i m e r a c o n d i c i ó n es n o ser n i n g u n a d e e l l a s e n p a r t i c u l a r , p u e s si e l i n t e l e c t o p o s e y e r a u n a n a t u r a l e z a c o r ­ p ó r e a d e t e r m i n a d a , n o s e r í a sino u n c u e r p o e n t r e los d e m á s , l i m i t a d o a su p r o p i o m o d o d e ser e i n c a p a z d e a p r e h e n d e r n a t u r a l e z a s diferen­ tes d e la suya. D i c h o d e o t r o m o d o : la s u b s t a n c i a p e n s a n t e q u e c o n o c e los c u e r p o s n o p u e d e s e r u n c u e r p o . D e a h í r e s u l t a q u e si e x i s t e n t a n t o s s e r e s c a p a c e s d e c o n o c i m i e n t o es p r e c i s a m e n t e p o r q u e n o s o n n a d a m á s q u e c u e r p o s , y q u e si e x i s t e n s e r e s c o r p ó r e o s q u e p i e n s a n , el p r i n c i p i o d e s u a c t i v i d a d c o g n o s c i t i v a n o s e h a l l a e n s u c o r p o r e i d a d . P o r e s o el i n t e l e c t o h u m a n o , p o r el h e c h o m i s m o d e s e r u n intelecto, d e b e ser c o n s i d e r a d o c o m o u n a s u b s t a n c i a i n c o r p ó r e a t a n t o e n su ser c u a n t o e n sus o p e r a c i o n e s . 2 7

2 5

" N a t u r a e r g o m e n t i s h u m a n a e n o n s o l u m est i n c o r p ó r e a , sed e t i a m est s u b s t a n t i a , scilicet a l i q u i d s u b s i s t e n s . " S a n t o T O M Á S DE A Q U I N O , i b i d . L a s ú l ­ t i m a s p a l a b r a s s i g n i f i c a n : u n a s u b s t a n c i a , e n el s e n t i d o d e ser s u b s i s t e n t e a p a r t e y n o e n el s e n t i d o d e sujeto o s o p o r t e d e o t r o ser. " N i h i l a u t e m p o t e s t p e r se o p e r a r i , n i s i q u o d p e r se s u b s i s t i t . N o n e n i m est o p e r a r i nisi entis i n a c t u . U n d e e o m o d o aliquid o p e r a t u r q u o e s t ; p r o p t e r q u o d n o n dicimus q u o d calor calefacit, sed calidum. R e l i n q u i t u r igitur a n i m a m h u m a n a m , q u a e d i c i t u r i n t e l l e c t u s , vel m e n s , esse a l i q u i d i n c o r p o r e u m e t s u b ­ s i s t e n s . " S a n t o T O M Á S DE A Q U I N O , Sum theol., I , 7 5 , 2 , R e s p . Esto resuelve a u n t i e m p o ei famoso p r o b l e m a del " a l m a d e las bestias". 2 U

2 7

LA ANTROPOLOGÍA

CRISTIANA

Si esto es así, ¿ q u é se o p o n e a q u e v a y a m o s m á s a l l á e mos

el i n t e l e c t o

hombre

c o n el h o m b r e ?

no ejecuta

identificar

Precisamente

sólo o p e r a c i o n e s

el h o m b r e

intelectuales.

con su alma,

identifique-

el h e c h o

d e q u e el

A u n si s e

tropezaríamos

con una

quisiera dificultad

del m i s m o género. S e m e j a n t e identificación sería posible e n la doctrina d e P l a t ó n o e n l a d e S a n A g u s t í n , p o r q u e , p a r a esos filósofos,

la sen-

s a c i ó n es u n a o p e r a c i ó n p r o p i a d e l a l m a y e l c u e r p o n o d e s e m p e ñ a e n ella n i n g ú n

papel.

Es p o r eso, a d e m á s ,

q u e los h e m o s 2

al h o m b r e c o m o a u n a l m a q u e se v a l e d e u n c u e r p o

8

visto

definir

. Pero

puesto

que rechazamos la disociación d e la u n i d a d del h o m b r e des a c c i d e n t a l m e n t e la

forma

hombre.

substancial Todo

que hemos

ocurre, pues,

de u n a materia tancia

unidas, necesariamente

corpórea

intelectual

descrito

como

no

y

que

u n a parte

estuviese

por u n a forma

organiza

en dos mita-

que admitir

es sino

si e l h o m b r e

organizada

que informa

tenemos

del

compuesto

y d e u n a subs-

esa m a t e r i a .

Hasta

ahí,

p u e s , t e n e m o s q u e l l e g a r p a r a p e r m a n e c e r fieles a los d a t o s d e n u e s t r o problema: cuerpo

el i n t e l e c t o m i s m o , s u b s t a n c i a

humano

Quizá

2

a

sea aquí

incorpórea,

es l a f o r m a

del

. donde

las dificultades

internas

del tomismo

van

a p a r e c e r m á s i n s u p e r a b l e s . C o n c e d a m o s q u e el i n t e l e c t o s e a u n a s u b s tancia otra

incorpórea;

substancia

¿cómo

puede

y sin e m b a r g o

a

un

formar

mismo

tiempo

ser p a r t e

c o n ella u n t o d o

de

q u e n o sea

u n c o m p u e s t o s i m p l e m e n t e a c c i d e n t a l ? E n u n a p a l a b r a : n o se v e c ó m o una doctrina q u e comienza con Platón podrá y la i n c o h e r e n c i a

del eclecticismo

cristiano

terminar

parece

en Aristóteles,

más

amenazadora

q u e n u n c a . S i n e m b a r g o , l a p o s i c i ó n d e S a n t o T o m á s es m u y d i s t i n t a de

la d e sus predecesores,

y mucho

m á s favorable.

Éste

no

pierde

d e v i s t a el h e c h o d e q u e , así c o m o es el h o m b r e y n o u n a s e n s i b i l i d a d q u i e n p i e n s a , es el h o m b r e y n o u n i n t e l e c t o el q u e p i e n s a . C o m o los d e m á s bado.

hechos, éste n o tiene p o r q u é ser d e d u c i d o ,

Existen

seres diferentes

y p o r consiguiente

todos

sino

compro-

otros seres

concebi-

bles. L a s I n t e l i g e n c i a s p u r a s s o n f o r m a s subsistentes s e p a r a d a s d e t o d o c u e r p o ; los a n i m a l e s y las p l a n t a s s o n f o r m a s c o r p ó r e a s n o s u b s i s t e n t e s ; los

hombres

son

formas

corpóreas

subsistentes.

¿Por

qué?

Precisa-

m e n t e p o r q u e esas s u b s t a n c i a s n o p u e d e n subsistir m á s q u e c o m o mas

d e ciertos cuerpos. S o n intelectos, y p o r consiguiente

for-

substancias

L o s animales tienen u n a l m a , p e r o e s a a l m a n o es u n intelecto y p o r consig u i e n t e t a m p o c o es u n a s u b s t a n c i a ; p o r e s o l a c u e s t i ó n d e su i n m o r t a l i d a d n o se p l a n t e a . Santo T o m á s mismo fué quien señaló esa conexión de ideas cuya import a n c i a e s f u n d a m e n t a l . V é a s e Sum. theol., I , 7 5 , 4 , R e s p . " I n t e l l e c t i v u m e r g o p r i n c i p i u m e s t f o r m a h o m i n i s . " S a n t o TOMÁS DE A Q U I N O , Sum. theol-, I , 8 6 , 1 , Sed contra. " S i c e r g o e x i p s a o p e r a t i o n e i n t e l l e c t u s a p p a r e t q u o d i n t e l l e c t i v u m p r i n c i p i u m u n i t u r c o r p o r i u t f o r m a . " Ibid., Resp. 2 8

2 9

E L ESPÍRITU DE LA FILOSOFÍA

¡ 9 3

MEDIEVAL

c a p a c e s d e a p r e h e n d e r lo inteligible; e n este sentido, n a d a falta a su substancialidad. separada

Pero u n intelecto

de su cuerpo

3

0

sin u n cuerpo

, una parte

es c o m o

una

de u n todo, impotente

e

mano inerte

c u a n d o se la s e p a r a . S u p o n g a m o s , p u e s , sencillamente, q u e h a y a tancias

espirituales

demasiado

débiles

para

aprehender

subs-

directamente

o t r o inteligible q u e a q u e l q u e se h a l l a i n c l u i d o e n los c u e r p o s , intelectos

tales

como

los nuestros,

es d e c i r ,

cegados

y como

deslumhrados

p o r el inteligible p u r o , p e r o sin e m b a r g o abiertos a l q u e se e n c u e n t r a en la materia:

es e v i d e n t e q u e t a l e s s u b s t a n c i a s n o p o d r í a n e n t r a r

en

relación c o n el m u n d o d e los c u e r p o s sino p o r i n t e r m e d i o d e u n cuerpo;

para

aprehender

las formas

sensibles

que

ellas

elaborarán

i n t e l i g i b l e s , l e s es n e c e s a r i o l l e g a r a s e r f o r m a s

de u n cuerpo

bajar

para

e n cierto m o d o

al plano

d e la materia

en

sensible,

comunicarse

con

ella. L e s es n e c e s a r i o , y ése es el p u n t o e s e n c i a l , p r e c i s a m e n t e p a r a ser e l g é n e r o d e s u b s t a n c i a s q u e s o n SI, Para

interpretar

correctamente

el s e n t i d o

de la respuesta

tomista,

n o es i n ú t i l o b s e r v a r q u e s u a p a r e n t e d i f i c u l t a d s e d e b e a u n a i l u s i ó n c u y a c a u s a es l a i m a g i n a c i ó n . A l d e c i r q u e el h o m b r e es u n a s u b s t a n cia c o n c r e t a

y completa

la substancialidad punto

3 0

puede

e n sí, n o s e c o n t r a d i c e

l a tesis q u e

del alma. El error d e interpretación

cometerse

proviene

d e q u e se i m a g i n a n

afirma

q u e sobre ese el c u e r p o

m

y el

S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , Sum. theol., I , 7 5 , 2 , R e s p . y a d l . L a doctrina p u e d e resumirse e n fórmulas m á s técnicas y, e n realidad, m á s c l a r a s . E l ser e s e l a c t o m i s m o d e e x i s t i r . A l p o n e r s e p o r e s e a c t o , e l s e r s e p o n e e n s í y p o r s í . P u e s t o q u e e s , p o r d e f i n i c i ó n é l m i s m o y n o o t r o : Indivisum in se et divisum ab alus; l l a m a m o s p r e c i s a m e n t e substancia a l s e r c o n c e b i d o e n s u u n i d a d i n d i v i s a , y s e l l a m a subsistencia l a p r o p i e d a d q u e tiene d e existir c o m o s u b s t a n c i a , es d e c i r , p a r a sí y sin d e p e n d e n c i a s u b s t a n c i a l r e s p e c t o d e o t r o s e r . Así el a c t o d e ser c a u s a l a s u b s t a n c i a y su subsistencia. Si lo c o n s i d e r a m o s , además, e n c u a n t o h a c e q u e el ser sea tal ser e n vez d e t a l otro, se le llama acto formal, y c o n s i d e r a n d o a p a r t e s u f o r m a l i d a d , s e d i c e q u e e l a c t o e s forma. Con e s o a g r e g a m o s a l a p r o p i e d a d q u e r e c o n o c e m o s a l a c t o d e c a u s a r l a s u b sistencia la d e d e t e r m i n a r el g é n e r o d e l a substancia a título d e f o r m a . E n t r e las formas, las h a y c u y a a c t u a l i d a d es suficiente p a r a p e r m i t i r l e s subsistir solas: s o n l a s formas puras o separadas. O t r a s h a y q u e n o p u e d e n existir sino e n u n a m a t e r i a a l a c u a l c o m u n i c a n s u a c t u a l i d a d : s o n formas substanciales. E n t r e esas f o r m a s s u b s t a n c i a l e s , a l g u n a s s o n p r i n c i p i o s subsistentes d e o p e r a c i o n e s q u e les s o n p r o p i a s : s o n l a s almas razonables; otras están vinculadas a la materia e n s u s e r y e n s u s o p e r a c i o n e s : s o n l a s formas materiales. P o r consiguiente, el h o m b r e es u n a s u b s t a n c i a c o n c r e t a , es decir, e n q u i e n se e n c u e n t r a n p a r t e s q u e es l e g í t i m o c o n s i d e r a r a p a r t e ; p e r o s u s e r es u n o , p r i m e r o p o r q u e sus p a r t e s substanciales, el a l m a y el cuerpo, n o p u e d e n subsistir a p a r t e ; y e n s e g u n d o lugar, p o r q u e l a substancia h o m b r e subsiste p o r l a subsistencia d e u n a sola d e ellas: el a l m a . B i e n se v e l a d i f e r e n c i a d e l p a p e l d e s e m p e ñ a d o p o r l a s d o s p a r t e s , e n q u e el a l m a , u n a vez q u e h a sacado del c u e r p o la a y u d a necesaria, p u e d e e n rigor subsistir sin él, c o m o lo h a r í a después d e la m u e r t e d e l h o m b r e , m i e n t r a s q u e e n n i n g ú n caso e l c u e r p o p u e d e subsistir sin el a l m a , a l a c u a l d e b e t o d a su a c t u a l i d a d , c o m o lo p r u e b a l a disolución d e l c a d á v e r . 3

1

LA ANTROPOLOGÍA CRISTIANA

alma

como

tercera,

dos substancias

q u e sería

c o n las cuales se i n t e n t a r í a

el h o m b r e .

Éste

es, e n efecto,

fabricar u n a

el caso

e n q u e el

h o m b r e tomista sería u n mosaico d e piezas reunidas, t o m a d a s u n a s P l a t ó n y otras a Aristóteles. E n realidad, muy

diferente,

pues,

como

pronto

el h o m b r e

tendremos

a

c r i s t i a n o es c o s a

oportunidad

d e verlo,

a u n c u a n d o sólo el h o m b r e m e r e c e c a b a l m e n t e el n o m b r e d e s u b s t a n ­ cia, t o d a su s u b s t a n c i a l i d a d P u e s el a l m a h u m a n a tancia;

el cuerpo,

la debe a la substancialidad

p o r lo c o n t r a r i o ,

arrollar sin él la p l e n i t u d

aunque

de su actualidad,

el a l m a

eso l a corrupción

del cuerpo

no puede

no pueda

des­

n o tiene m á s actualidad

ni subsistencia q u e las q u e recibe d e su forma, Por

de su alma.

e s a c t o . L u e g o e s u n a c o s a p a r a sí y u n a subs­

es d e c i r , d e s u a l m a .

acarrear

la del alma

3

2

,

p u e s si el p r i n c i p i o q u e d a a l c u e r p o s u s e r a c t u a l s e r e t i r a , el c u e r p o se d i s u e l v e , p e r o l a d i s o l u c i ó n d e l o q u e d e b e s u s e r a l a l m a n o p u e d e afectar al del a l m a nación

3

. L a s u b s t a n c i a h o m b r e n o es, p u e s , u n a c o m b i ­

d e dos substancias, sino u n a substancia

substancialidad percibe

a

u n o solo

la significación

las f ó r m u l a s Las

3

nueva

se convierten su actividad

compleja

q u e d e b e su

constitutivos.

q u e el pensamiento

d e Aristóteles, a u n c u a n d o

almas

desarrollar

d e sus principios

Aquí

cristiano agrega

las t o m a e n su t e n o r

en substancias

inmortales

s i n el c o n c u r s o

que no

d e órganos

obtener ese concurso, las almas actualizan u n a m a t e r i a

4

a

literal. pueden

sensorios; 3

se

para

; esta m a t e r i a

n o es u n c u e r p o sino p o r ellas, y sin e m b a r g o , éstas sólo s o n c u a n d o 3

2

V é a s e el t e x t o p e r f e c t a m e n t e c l a r o e n el q u e se e x p r e s a tomista sobre ese p u n t o : "Esse a u t e m convenit p e r se f o r m a e ,

Unde

materia,

secundum

hoc acquirit

esse

in actu,

quod

el p e n s a m i e n t o q u a e est actus.

acquirit

formam;

secundum h o c a u t e m accidit i n e a corruptio, q u o d separatur forma a b e a . Impossibile est a u t e m q u o d f o r m a s e p a r e t u r a seipsa. U n d e impossibile e s t q u o d f o r m a s u b s i s t e n s d e s i n a t e s s e . " S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , Sum. theol., I, 7 5 ,6 , Resp. O s ruego conservéis presentes e n la m e m o r i a las expresiones q u e hemos subrayado, pues son la clave d e l p r o b l e m a d e la individuación, cuyo sentido será discutido e n la p r ó x i m a lección. 3

3

Santo T o m á s reconoce q u e el p r o b l e m a d e l m o d o d e conocimiento d e l a l m a d e s p u é s d e l a m u e r t e es m á s difícil d e r e s o l v e r e n s u d o c t r i n a q u e e n e l platonismo. Sin embargo, debe observarse q u e n o h a y n i n g u n a dificultad e n c u a n t o a su subsistencia, pues q u e esta subsistencia pertenece a l alma e n pro­ p i e d a d , y n o se l a d e b e a l c u e r p o . A d e m á s , S a n t o T o m á s a d m i t e q u e e s a subsis­ tencia del a l m a sin su cuerpo, a u n c u a n d o posible, constituye p a r a ella u n a m a n e r a d e ser q u e n o le es n a t u r a l ( " p r a e t e r r a t i o n e m suae n a t u r a e " ) . Sepa­ r a d a d e l cuerpo, e n efecto, y a n o dispone m á s q u e d e sus conocimientos a d ­ q u i r i d o s , o d e los q u e p u e d e r e c i b i r d i r e c t a m e n t e d e D i o s . E l a l m a s e p a r a d a se encuentra, pues, provisionalmente, en u n estado de espera q u e n o tendrá término sino c u a n d o la resurrección del cuerpo la restablezca e n el pleno ejercicio d e s u s f u n c i o n e s d e f o r m a . C f . S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , Sum. theol., I , 8 9 , 1 ,

R e s p . Cont. 3

Geni.,

I I , c a p . LXXXI. Quaest.

disp.

de anima,

art. 1 5 .

* " E t ideo a d h o c u n i t u r ( a n i m a ) corpori u t sic o p e r e t u r s e c u n d u m s u a m . " S a n t o T O M Á S DE A Q U I N O , Sum. theol., I , 8 9 , 1 , R e s p .

naturam

E L ESPÍRITU DE LA FILOSOFÍA MEDIEVAL

194 están en u n

c u e r p o ; el h o m b r e n o es, p u e s , n i su c u e r p o , p u e s t o

el c u e r p o sólo subsiste p o r el a l m a , n i su a l m a , p u e s t o q u e é s t a d a r í a v a c í a e n ese c u e r p o :

es l a u n i d a d d e u n a l m a q u e

que que­

substancializa

su c u e r p o y d e l c u e r p o e n q u e esta a l m a subsiste. Y eso nos lleva umbral

de u n

alguna

luz s o b r e el s e n t i d o

individualidad

nuevo y d e la

problema,

cuya

discusión

d e las p r e c e d e n t e s

personalidad.

no

dejará

de

conclusiones:

al

arrojar el d e

la

CAPÍTULO EL

P E R S O N A L I S M O

X C R I S T I A N O

N o HAY nociones m á s familiares p a r a los espíritus m o d e r n o s q u e las d e i n d i v i d u a l i d a d y p e r s o n a l i d a d . H a s t a p o d e m o s p r e g u n t a r n o s si l a n e c e s i d a d d e r e a c c i o n a r c o n t r a los d a ñ o s d e l a p r o d u c c i ó n e n serie n o n o s llevaría a l g u n a s veces a e x a g e r a r su v a l o r . E l h e c h o es q u e en u n t i e m p o e n q u e lo colectivo t o m a u n valor p r o p i a m e n t e religioso, c o m o si f u e r a s u f i c i e n t e e l i m i n a r l o i n d i v i d u a l p a r a o b t e n e r l o d i v i n o , lo i n d i v i d u a l y lo p e r s o n a l r e i v i n d i c a n a s u v e z u n v a l o r d e s a g r a d o , y a u n se ofrecen c o m o los ú n i c o s f u n d a m e n t o s posibles d e t o d a religión . Diríase q u e los h o m b r e s s o n i n c a p a c e s d e p l a n t e a r u n a a n t i n o m i a sin a d o r a r los t é r m i n o s d e ésta. x

N o es a b s o l u t a m e n t e necesario q u e así sea. Q u i z á p u d i e r a s o ñ a r s e e n u n a filosofía q u e c o m p r o b a s e lo c o l e c t i v o d o n d e está, s i n c r e e r s e o b l i g a d a a sacrificarle los i n d i v i d u o s , n i sacrificarlo a los i n d i v i d u o s . A u n e n t o n c e s , el a c e n t o p u d i e r a r e c a e r e n u n o d e los d o s t é r m i n o s y los j u i c i o s d e v a l o r e m i t i d o s p o r e l f i l ó s o f o p o d r í a n s e r d i f e r e n t e s ; p e r o q u e d a r í a abierto u n terreno d e e n t e n d i m i e n t o , las conversaciones serían posibles y p o d r í a r e a l i z a r s e u n p r o g r e s o filosófico v e r d a d e r o . Es lo q u e sucedió e n t r e la especulación griega y l a e s p e c u l a c i ó n m e d i e v a l : p o r n o h a b e r n e g a d o n u n c a l a r e a l i d a d d e lo i n d i v i d u a l , los griegos h i c i e r o n p o s i b l e el r e c o n o c i m i e n t o d e l v a l o r e m i n e n t e d e l a p e r s o n a p o r el C r i s t i a n i s m o . N o sólo n o lo i m p i d i e r o n , o s i m p l e m e n t e r e t a r d a r o n , sino q u e e n él t r a b a j a r o n e f i c a z m e n t e . N o se p u e d e n e g a r , sin d e s c o n o c e r los m á s e v i d e n t e s h e c h o s históricos, q u e los cínicos, los e s t o i c o s y, c o m o V . B r o c h a r d s a b í a r e c o r d a r l o e l o c u e n t e m e n t e , l o s m i s m o s e p i c ú r e o s s u p i e r o n llevar el d e s a r r o l l o d e l a v i d a i n t e r i o r h a s t a un p u n t o d e perfección m u y elevado. L o s nombres d e Epicteto y d e S é n e c a n o s r e l e v a r á n d e t o d o c o m e n t a r i o , y es d e s o b r a s a b i d o q u e la E d a d M e d i a n o d e j a r á d e c o n s i d e r a r l o s c o m o p r e c u r s o r e s d e l Crist i a n i s m o , y a u n a veces c o m o santos. N o se p u e d e , p u e s , d u d a r q u e e n eso t a m b i é n el s e n t i m i e n t o a g u d o d e l a v e r d a d filosófica p r e c e d i e r a d e lejos a l r e c o n o c i m i e n t o a b i e r t o y a l a j u s t i f i c a c i ó n t é c n i c a d e esta v e r d a d ; l a c u e s t i ó n es s ó l o s a b e r s i e l C r i s t i a n i s m o n o h a a p r e s u r a d o 1

C H . R E N O U V I E R , Le personalisme, París, F . Alean, 1 9 0 3 (sobre la relación d e l p e r s o n a l i s m o a l a n o c i ó n d e c r e a c i ó n , p á g . 1 6 ) . Les derniers entretiens, París, J . V r i n , 1 9 3 0 (sobre el personalismo c o m o "religión laica", p á g . 1 0 5 ) .

196

E L ESPÍRITU DE LA FILOSOFÍA MEDIEVAL

l a m a d u r e z d e e s a v e r d a d y, d á n d o l e p l e n a c o n c i e n c i a d e s u absoluta,

no

lo h a

invitado

al

esfuerzo

especulativo

que

necesidad

le

quedaba

p o r h a c e r p a r a justificarse. Y sobre ese p u n t o preciso q u e d a b a por hacer. moral

N i los e p i c ú r e o s n i los estoicos f u e r o n

para

elevarse

a

les h u b i e r a i m p e d i d o principios

una

metafísica

tentar. N i

inetafísicos

a

esa

de

Platón

más

la persona,

cosa

tenían

una

plano

que

ni Aristóteles, q u e

justificación,

mucho

allá del

nada

debían

idea

los

bastante

e l e v a d a d e l v a l o r d e lo i n d i v i d u a l c o m o t a l p a r a p e n s a r e n

semejante

justificación. En

u n a d o c t r i n a c o m o l a d e P l a t ó n , l o q u e i m p o r t a n o e s ese

crates

al q u e

portancia

tanto

porque

celebró, sino

es

una

el h o m b r e .

participación

Sócrates

sólo

excepcionalmente

Só­

tiene feliz,

im­ acci­

d e n t a l s i n e m b a r g o , a l s e r d e u n a i d e a . L a i d e a d e H o m b r e es e t e r n a , inmutable,

necesaria;

como

todos

los

demás

individuos,

Sócrates

es s i n o u n ser t e m p o r a l y a c c i d e n t a l ; p a r t i c i p a d e l a i r r e a l i d a d

no

de

su

m a t e r i a e n l a q u e l a p e r m a n e n c i a d e l a i d e a se r e f l e j a , y s u s e r m o m e n ­ táneo transcurre

c o n el f l u j o

son mejores q u e

o t r o s , p e r o n o es e n v i r t u d

e inseparable

su p r o p i a

de

del devenir. Sin d u d a ciertos personalidad,

ticipan más o menos completamente

de algún

individuos

carácter

sino s o l a m e n t e

único

porque

par­

d e u n a r e a l i d a d c o m ú n , ese t i p o

ideal de h u m a n i d a d

q u e , u n o y el m i s m o p a r a t o d o s los h o m b r e s ,

sólo v e r d a d e r a m e n t e

real.

En

el s i s t e m a

de Aristóteles, la irrealidad

y el c a r á c t e r

d e l s e r f í s i c o i n d i v i d u a l , c u a n d o se l o c o m p a r a actos puros, son igualmente duda

muy

constituir propia.

diferente la

Estamos

filosofía

del

realidad

de

Platón,

tipo, ven

lejos, p u e s ,

2

decir

que

sofía

de

los seres p a r t i c u l a r e s existen

propiamente.

Aristóteles

acentúa

filosofía,

son

considera de

puede

los ú n i c o s más

Aristóteles reconoce

la

multiplicidad

la u n i d a d existir

breve

importa, su

los

sea

lejos

de

subsistencia nada

en

de

aparte,

la

vez

puesto serán

que

la

nacen

fuertemente

sean

de

los A

la

Cada

para

falta

pág. 169.

de

se

que

la

puede la

filo­

realidad

las ú n i c a s

sino una

se c o n f o r m a

subs­

es d e c i r ,

como

el

la

la éste

subs­

Humanidad con

de otra

que

moneda

u n o de nosotros nace, vive

siempre

nuevos por

cuando

los h o m b r e s ,

individuos

naturaleza

reemplazados

2 W . D . R o s s , Aristotle,

quienes decir

individualizada p o r la m a t e r i a ,

especie.

y desaparece

de

de Platón. Sin embargo, en u n a y

d e v e l l ó n q u e s o n los h o m b r e s .

a

Ideas, toda

no

A s í , p u e s , es j u s t o

f o r m a específica d e la h u m a n i d a d

tiempo

las

universal

l o q u e i m p o r t a es l o u n i v e r s a l . A u n

tancias reales q u e

no

lo

mucho

los i n d i v i d u o s q u e l a filosofía

tituto

que

se les r e c h a z a

de que

de

d e A r i s t ó t e l e s es s i n

d e Aristóteles, p e r o n o llega a g o z a r del privilegio d e la sub­

sistencia ;

no

puesto

eme

accidental

a la n e c e s i d a d

evidentes. El m u n d o

es

sin

hombres otros.

Los

dejar que

rastros; vivirán,

individuos

pero

un qué

morirán pasan,

y

pero

EL P E R S O N A L I S M O

CRISTIANO

197

l a e s p e c i e q u e d a ; t a n t o q u e e n r e s u m i d a s c u e n t a s el i n d i v i d u o q u e subsiste y p a s a n o está a h í sino p a r a a s e g u r a r la p e r m a n e n c i a d e lo q u e n o subsiste, p e r o n o p a s a . 3

E n q u é m e d i d a d e b í a c h o c a r c o n el s e n t i m i e n t o cristiano d e l v a l o r p e r m a n e n t e d e las p e r s o n a s h u m a n a s esa fragilidad y esa d e p r e c i a ­ c i ó n d e lo i n d i v i d u a l , p u e d e v e r s e f á c i l m e n t e d i r i g i é n d o s e a los m á s a n t i g u o s testigos d e la t r a d i c i ó n . H a y d o n d e elegir, y p o r eso i n v o c a r é d e p r e f e r e n c i a a u n o d e los m á s i n j u s t a m e n t e o l v i d a d o s , A t e n á g o r a s , c u y o t r a t a d o De la resurrección de los muertos es l a p r i m e r a t e n t a t i v a conocida p a r a justificar racionalmente la gran esperanza cristiana. L u e g o d e m o s t r a r q u e l a r e s u r r e c c i ó n d e los c u e r p o s h u m a n o s d e s t r u í d o s p o r l a m u e r t e n o es n i u n a o b r a i m p o s i b l e p a r a D i o s , n i u n a o b r a i n d i g n a d e él, el a p o l o g i s t a e m p r e n d e la t a r e a d e p r o b a r q u e h a y r a z o n e s p o s i t i v a s p a r a a d m i t i r q u e e l h e c h o se p r o d u c i r á . L a p r i m e r a es e x t r a í d a d e l a c a u s a f i n a l p a r a l a c u a l el h o m b r e h a sido creado. Dios n o nos h a h e c h o sino p a r a q u e participemos d e u n a v i d a d e s a b i d u r í a , q u e c o n s i s t e e n l a c o n t e m p l a c i ó n de su p e r f e c c i ó n y e n la d e la belleza d e sus o b r a s . P u e s t o q u e esta c o n t e m ­ plación n o p u e d e ser perfecta a q u í abajo, la causa del n a c i m i e n t o d e l h o m b r e es p a r a n o s o t r o s u n a g a r a n t í a d e s u p e r p e t u i d a d , y su p e r p e t u i d a d es a su v e z g a r a n t í a d e s u r e s u r r e c c i ó n , sin l a c u a l n o p u e d e s u b s i s t i r . É s e es e l p r i n c i p i o f u n d a m e n t a l s o b r e e l c u a l d e s c a n s a t o d a la d o c t r i n a , y q u e m á s t a r d e v e r e m o s e n g e n d r a r u n a c o n s e c u e n ­ c i a e p i s t e m o l ó g i c a i m p o r t a n t e : el p r i m a d o d e la c o n t e m p l a c i ó n . P o r el m o m e n t o c o n t e n t é m o n o s c o n a n a l i z a r s u s i m p l i c a c i o n e s e n l o q u e se refiere a la n a t u r a l e z a d e l h o m b r e . Si D i o s h u b i e s e c r e a d o a l m a s , el fin d e éstas s e r í a el q u e a c a b a de ser definido; pero h a creado hombres, de m o d o q u e , en realidad, n o h a y p r o p i a m e n t e h a b l a n d o fin d e l a l m a , sino u n fin del h o m b r e . P a r a q u e e l f i n d e l h o m b r e s e a i d é n t i c o a l d e s u a l m a es m e n e s t e r , p u e s , q u e e l c u e r p o h u m a n o s e a l l a m a d o a p a r t i c i p a r en é l : " S i e l p e n s a m i e n t o y la r a z ó n h a n sido d a d o s a los h o m b r e s p a r a q u e p u e ­ d a n c o n o c e r las cosas q u e l a r a z ó n a p r e h e n d e , y n o sólo su s u b s t a n c i a , s i n o t a m b i é n l a b o n d a d , l a s a b i d u r í a y l a j u s t i c i a d e A q u e l q u e se l a h a d a d o , es m e n e s t e r n e c e s a r i a m e n t e q u e , p e r m a n e c i e n d o i g u a l e s l a s c a u s a s p o r l a s c u a l e s e l c o n o c i m i e n t o r a c i o n a l les h a s i d o c o n c e d i d o , 8

D e s d e l u e g o , p o r eso lo i n d i v i d u a l c o m o t a l n o p u e d e ser o b j e t o d e ciencia. Es sabido q u e p a r a Aristóteles n o h a y ciencia sino d e lo universal. Esta f ó r m u l a c é l e b r e d e b e s e r e n t e n d i d a e n s u m á s f u e r t e s e n t i d o : en sí, s ó l o l o u n i v e r s a l e s o b j e t o d e c i e n c i a . H a s t a c u a n d o los filósofos c r i s t i a n o s r e p i t a n l a f ó r m u l a le d a r á n u n sentido m u y diferente. C u a n d o Santo T o m á s dice con Aristóteles q u e n o h a y ciencia d e lo particular, n o quiere decir, c o m o lo e n t i e n d e Aris­ t ó t e l e s , q u e en sí l o p a r t i c u l a r n o e s o b j e t o d e c i e n c i a , s i n o q u e n o l o e s para nosotros. E n s í , u n a c i e n c i a d e l o p a r t i c u l a r e s p e r f e c t a m e n t e p o s i b l e , p u e s t o q u e D i o s l a p o s e e . V é a s e J . C H E V A L I E R , Trois conférences d'Oxford, París, ediciones Spes, 1 9 2 8 , págs. 2 2 - 2 7 , d o n d e ese p u n t o está m u y d e s a r r o l l a d o .

ig8

E L ESPÍRITU DE LA FILOSOFÍA MEDIEVAL

subsista

el p o d e r

de

juzgar

que

les

es i n s e p a r a b l e .

Ahora

bien:

p o d r á s u b s i s t i r si l a n a t u r a l e z a q u e l a h a r e c i b i d o y e n l a c u a l n o s u b s i s t e . Pero hombre, que

y no

lo

que

el alma

el h o m b r e ,

ha

por

recibido

el pensamiento

sí misma.

compuesto

del

y

la

L u e g o es m e n e s t e r

alma

y

del

cuerpo,

no

reside

razón

es

el

necesariamente

subsista

siempre;

y n o p u e d e s u b s i s t i r si n o r e s u c i t a " *. Guando

p e s a m o s las expresiones d e A t e n á g o r a s , la p r o f u n d i d a d

la i n f l u e n c i a e j e r c i d a p o r la B u e n a N u e v a s o b r e el p e n s a m i e n t o val aparece de lleno. C r e a d o p o r Dios c o m o tinta, conservado

por

un

acto

de

creación

una

individualidad

continuada

en

de

mediedis-

el ser

d e él h a r e c i b i d o , e l h o m b r e e s e n l o s u c e s i v o el p e r s o n a j e d e u n

que

drama

qijfi e s el d e s u p r o p i o d e s t i n o . A s í c o m o n o d e p e n d í a d e n o s o t r o s existiéramos, t a m p o c o d e p e n d e de nosotros d e j a r d e existir. E l

que

decreto

d i v i n o nos h a c o n d e n a d o al ser; h e c h o s p o r la c r e a c i ó n , r e h e c h o s

por

la r e d e n c i ó n — ¡ y a q u é p r e c i o ! — sólo n o s q u e d a p o r elegir e n t r e

una

m i s e r i a o u n a b i e n a v e n t u r a n z a i g u a l m e n t e e t e r n a s . N a d a h a y m á s resistente que u n a individualidad

d e ese g é n e r o , p r e v i s t a , q u e r i d a ,

elegida

p o r D i o s , i n d e s t r u c t i b l e c o m o el d e c r e t o d i v i n o q u e la h i z o n a c e r ; p e r o tampoco hay

nada

que

sea m á s

ajeno

t a n t o a la filosofía

de

Platón

c o m o a la de Aristóteles. T a m b i é n en eso, a p a r t i r del m o m e n t o en

que

a p u n t a b a a u n a p l e n a j u s t i f i c a c i ó n r a c i o n a l d e su e s p e r a n z a , el p e n s a m i e n t o c r i s t i a n o se v e í a o b l i g a d o a l a D o s vías diferentes

se a b r í a n

originalidad.

a los p e n s a d o r e s

de

la E d a d

p a r a asegurar la subsistencia del individuo. A b a n d o n a n d o de

Media

propósito

el o r d e n c r o n o l ó g i c o , c o n s i d e r a r é p r i m e r a m e n t e la q u e p u e d e

parecer

m á s fácil, y p a r a m o s t r a r u n a vez m á s c ó m o la filosofía c r i s t i a n a p r o longa

la filosofía

intérpretes ñarán

griega

modernos

de

q u e el p r o b l e m a

filosofía

excediéndola, Aristóteles

tomaré

ciertas

a uno

de

los

consideraciones

de la i n d i v i d u a l i d a d

era ya u n

p u r a v a r i o s siglos a n t e s d e ser u n p r o b l e m a

y de una

ense-

problema

concreto,

a n á l o g a e n t o d o s los i n d i v i d u o s d e l a m i s m a , e s p e c i e ,

materia

que

lo i n d i v i d u a l i z a .

S i se c o n s i d e r a , p o r

ejemplo,

e l c a s o d e los h o m b r e s , n i n g u n o d e e l l o s p u e d e s e r c o n s i d e r a d o diferente

d e los d e m á s en c u a n t o

g r a d o y de la m i s m a e s específica,

de

cristiano.

S e g ú n los p r i n c i p i o s d e A r i s t ó t e l e s , u n i n d i v i d u o e s u n s e r hecho de forma

mejores

que

la f o r m a

manera.

En

como

h o m b r e ; t o d o s l o s o n e n el

mismo

una

porque

es d e l a m i s m a

palabra:

precisamente

naturaleza

en

todos

los

indi-

v i d u o s d e u n a m i s m a especie. P e r o n o o c u r r e lo m i s m o c o n la m a t e r i a q u e los i n d i v i d u a l i z a . U n a m i s m a c a n t i d a d d e m a t e r i a n o e x i s t e m á s q u e u n a v e z e n sí m i s m a , n o p u e d e r e p e t i r s e , p u e s es e s e n c i a l d e l a s p a r t e s d e la extensión extra

partes,

d e existir las u n a s f u e r a

de m o d o

* ATENÁGORAS,

De

que toda forma

resurrectione

mortuorum,

d e las o t r a s , d e t e n e r q u e se u n e cap.

xv.

a una

partes

materia

se

EL PERSONALISMO

CRISTIANO

199

vuelve distinta de toda forma u n i d a a otra porción de materia, en razón d e la división m i s m a d e la m a t e r i a a la c u a l se u n e . A q u í e m p i e z a n las dificultades, c o m o c o n r a z ó n se h a h e c h o observar. N o p u e d e tratarse de considerar la materia p r i m e r a como principio l a i n d i v i d u a c i ó n , p u e s l a m a t e r i a q u e s ó l o e s m a t e r i a es p u r a cialidad, i n d e t e r m i n a c i ó n a b s o l u t a , d e m o d o q u e la m i s m a f o r m a cífica,

al u n i r s e a lo q u e d e p o r

sí e s c o m p l e t a m e n t e

c u l t a d d i r e m o s q u e l a f o r m a se i n d i v i d u a l i z a

espe-

indeterminado,

seguiría siendo t a n indistinta después d e su u n i ó n con esa m a t e r i a antes. Nos replegaremos, pues, a otra posición, y p a r a

de

poten-

como

evitar la

al unirse a u n a

difi-

materia

ya calificada, p o r ejemplo, a tal m a t e r i a d e t e r m i n a d a p o r la extensión. M u y b i e n ; salvo q u e e n ese caso la m a t e r i a n o llega a ser p r i n c i p i o

de

individuación

En

sino p o r q u e

otros términos:

una

forma

la

ha

hecho

individuante.

si t o d a d i f e r e n c i a e s e n ú l t i m o a n á l i s i s u n a

diferencia

f o r m a l , n o se v e b i e n c ó m o la m a t e r i a p o d r í a d e s e m p e ñ a r el p a p e l

de

p r i n c i p i o d e i n d i v i d u a c i ó n . A g r e g u e m o s a esto q u e la dificultad se h a c e t a n t o m á s g r a v e c u a n t o q u e el a r i s t o t e l i s m o d e q u e e s t a m o s

tratando

se m u e s t r a m á s r i g u r o s a m e n t e c o n s e c u e n t e . S i s e a d m i t e l a u n i d a d d e l a f o r m a e n el c o m p u e s t o h a y q u e a d m i t i r q u e l a m a t e r i a r e c i b e d e l a f o r m a m i s m a esa c a n t i d a d y esa i m p e n e t r a b i l i d a d d e las c u a l e s se s u p o n e

que

la i n d i v i d u a l i z a n . E n s e m e j a n t e caso, y c a d a c u a l s a b e q u e ése será el c a s o d e l t o m i s m o , ¿ n o n o s v e r í a m o s c o n s t r e ñ i d o s a d e c i r q u e es l a f o r m a l a q u e se i n d i v i d u a l i z a g r a c i a s a l a c a n t i d a d c o n q u e r e v i s t e a l a

ma-

t e r i a ? R o d e o costoso e i n ú t i l , al p a r e c e r , q u e se p u d i e r a e v i t a r sin dificultad confesando

francamente

q u e es e n l a f o r m a m i s m a d o n d e

q u e c o l o c a r el p r i n c i p i o d e i n d i v i d u a c i ó n .

hay

5

S i n e m b a r g o , h a y p a r a eso serias dificultades en la d o c t r i n a d e Aris5

" S i d o s p o r c i o n e s d e c a r n e y d e h u e s o a las c u a l e s se u n e l a f o r m a son cualitativamente idénticas, n o son m á s capaces de p r o d u c i r dos hombres disting u i b l e s , q u e si f u e r a n d o s p o r c i o n e s d e m a t e r i a p r i m a . D e b e n e m p e z a r d i s t i n g u i é n d o s e p o r su c a r á c t e r , es decir, p o r su f o r m a . A u n q u e c o n c u e r d e n e n su f o r m a específica, Sócrates y Calías d e b e n diferir p o r l a f o r m a d e su m a t e r i a . Siguiendo esta línea de pensamiento llegaríamos a la noción de u n a esencia del i n d i v i d u o , q u e incluiría, a d e m á s d e la f o r m a específica, el g é n e r o d e c a r a c t e rísticas p e r m a n e n t e s q u e resultan d e diferencias e n l a m a t e r i a con q u e están hechos los diferentes i n d i v i d u o s . T e n i e n d o e n c u e n t a la correlación d e la f o r m a y d e l fin e n el s i s t e m a d e Aristóteles, t e n d r í a m o s e n t o n c e s q u e el fin d e c a d a i n d i v i d u o n o es s o l a m e n t e a l c a n z a r l a p e r f e c c i ó n q u e c a r a c t e r i z a a l a e s p e c i e , sino realizarla del m o d o p a r t i c u l a r al c u a l su f o r m a lo destina. Sin e m b a r g o , h a y p o c a s señales d e q u e tal h a y a sido el p e n s a m i e n t o d e Aristóteles." W . D . R o s s , Aristotle, p á g . 170. C i t a m o s esas o b s e r v a c i o n e s d e u n h i s t o r i a d o r q u e a q u í n o p i e n s a e n m o d o a l g u n o e n l a filosofía m e d i e v a l , p o r q u e m u e s t r a n q u é dificultades internas del aristotelismo justifican la solución escotista del p r o b l e m a . L o q u e W . D . Ross sugiere a q u í n o es, e n efecto, sino la salida p o r la c u a l D u n s Escoto intentó salir del callejón sin salida. Si Aristóteles hubiese p e n s a d o en lo q u e W . D . Ross dice con razón q u e n o pensó — y ya veremos q u e n o podía haber pensado en ello— aquél hubiese desembocado finalmente en la hecceitas escotista.

EL

2 0 0

ESPÍRITU DE LA FILOSOFÍA

MEDIEVAL

t ó t e l e s , y a n t e t o d o e n el p r o p i o e s p í r i t u d e l a d o c t r i n a . S u d e s c r i p c i ó n de u n a h u m a n i d a d diferencias

cuyos i n d i v i d u o s sólo se d i s t i n g u e n e n t r e ellos p o r

accidentales concordaba plenamente con su convicción in-

quebrantable

d e q u e los i n d i v i d u o s

n o están a h í sino e n vista d e la

especie, y q u e , e n r e s u m i d a s c u e n t a s , los i n d i v i d u o s , e n c u a n t o

tales,

n o c u e n t a n . P e r o h a y m á s ; n o se p u e d e c o n s e g u i r h a c e r q u e c u e n t e n , e n c u a n t o i n d i v i d u o s , s i n a r r u i n a r l a u n i d a d d e l a e s p e c i e m i s m a . S i se introduce

u n a diferencia

individual

en la forma

de cada

individuo,

h a r e m o s d e él u n a especie irreductible a t o d a otra. Sócrates será t a n diferente d e Galias c o m o Sócrates y Calías lo s o n a c t u a l m e n t e

de un

animal o d e u n árbol. E n u n a p a l a b r a : p a r a salvar mejor la originalidad del

individuo

se h a b r á

destruido

la u n i d a d

d e la especie,

sin darse

c u e n t a d e q u e l a p r i m e r a condición p a r a tener h o m b r e s es tener u n a humanidad. E n u n p e n s a d o r cristiano es t a l el d e s e o d e a s e g u r a r l a subsistencia y la originalidad d e l individuo, q u e D u n s Escoto n o vaciló e n correr ese riesgo. S e g ú n

él, c a d a f o r m a

m e n t e , está m a r c a d a

humana,

con u n carácter

en cuanto

individual

t o d a s las d e m á s . E n u n texto aislado

forma

precisa-

q u e la distingue

d e Aristóteles, él m i s m o

de

parece

h a b e r d i c h o a l g o p o r el estilo. " L a s c a u s a s y los e l e m e n t o s d e los diferentes individuos —escribía— y c a u s a motriz, y las m í a s . " tóteles n o c a m b i a b a n a d a forma

es d i f e r e n t e

son diferentes:

6

vuestra materia,

a los principios d e su d o c t r i n a ,

d e l a v u e s t r a , es p r o b a b l e m e n t e

dualiza u n a materia

forma,

P a r e c e claro q u e al expresarse así Aris-

diferente

d e la vuestra.

p u e s si m i

porque

la indivi-

Sin embargo,

eso bastó

p a r a q u e D u n s E s c o t o se a n i m a r a a s e g u i r s u p r o p i a v í a y a b u s c a r e n la

forma,

como

forma,

el

principio

último

de

la

individuación.

7

6

A R I S T Ó T E L E S , Metaf., A 1 0 7 1 a 2 7 - 2 9 . S e o b s e r v a r á q u e ese t e x t o , c i t a d o p o r W . D . R o s s c o m o a p o y o posible d e l a i n t e r p r e t a c i ó n q u e él sugiere, sin a t r i b u í r s e l a , p o r l o d e m á s , a A r i s t ó t e l e s ( W . D . R o s s , Aristotle, pág. 170, nota 3 ) , h a b í a s i d o y a a l e g a d o p o r D u n s E s c o t o , e n a p o y o d e s u p r o p i a d o c t r i n a : O pus Oxoniense, edic. G a r c í a , Q u a r a c c h i , n. 2 7 7 , t. I I , p á g . 2 5 8 . L a c o n c o r d a n c i a e n t r e las conclusiones d e l análisis d e l profesor Ross y las d e D u n s Escoto p r o sigue, p u e s , h a s t a e n el d e t a l l e . N i q u e d e c i r t i e n e q u e los r e p r e s e n t a n t e s posteriores d e l a Escuela escotista m a n t u v i e r o n fielmente la posición d e su m a e s t r o . Está p a r t i c u l a r m e n t e bien f o r m u l a d a e n el texto siguiente q u e sigue casi l i t e r a l m e n t e a D u n s E s c o t o : " Q u o d n o n e s t s e c u n d u m se d i s t i n c t u m , r e c d i v e r s u m , esse n e q u i t p r i m a r a t i o d i s t i n c t i o n i s v e l d i v e r s i t a t i s a l t e r i u s ; ergo m a t e r i a , n a t u r a e f u n d a m e n t u m , n o n p o t e s t esse p r i m a r a t i o p r o p t e r q u a m i n d i v i d u a p r i m o i n t e r s e s e d i s t i n g u a n t u r " . J E R . DE M O N T E F O R T I N O , / . Duns Scoti Summa theologica, R o m a e , 1 9 0 1 , t. I I I , 1, p á g . 1 4 6 . A r i s t ó t e l e s h a s i d o i n t e r p r e t a d o e n e l m i s m o s e n t i d o p o r O . H A M E L I N , Le systéme d'Aristote, París, Alean, 1920, págs. 238-240, 401-407. 7

E l ú n i c o filósofo preescotista a c t u a l m e n t e c o n o c i d o q u e h a y a expresamente e n s e ñ a d o l a i n d i v i d u a c i ó n d e l a f o r m a y p o r l a f o r m a es T o m á s d e Y o r k , e n u n t e x t o d e s u Sapientiale t o d a v í a inédita, q u e se e n c o n t r a r á c i t a d a p o r D . E . SHARP,

Franciscan pág.

philosophy

82. Si D u n s

at Oxford

Escoto

in the XIII

está c i t a d o ' a q u í

century,

antes

Oxford Univ. Press, 1930,

q u e Santo

Tomás,

aun

cuando

EL Si

la

forma

de

un

p o r sí m i s m a ,

como

caracteres

la

hay. viduo de

de

Luego sea

hombre

—dice

la m a t e r i a

en

individualidad,

es m e n e s t e r

el p r i n c i p i o

multiplicar

PERSONALISMO

no

Duns

cuanto

de

su el

que

de

no

posee

individuos

individuación. número

Escoto—

tal no

habrá

necesariamente

inútilmente

20I

CRISTIANO

la f o r m a

es

de

los

humanos.

Y

los

misma

Naturalmente,

las

formas

individual

ninguno

de

no

un

del

indi-

se

trata

individuo

a q u é l e s p o s t e r i o r , n o e s s ó l o p o i q u e s u s o l u c i ó n es m á s s e n c i l l a q u e l a d e S a n t o T o m á s , sino t a m b i é n p o r q u e es el p u n t o d o n d e d e s e m b o c a u n m o v i m i e n t o más antiguo q u e Duns Escoto y a u n q u e Santo T o m á s . Alberto M a g n o había f o r m u l a d o y a e n términos m u y claros las dificultades q u e i m p l i c a l a d o c t r i n a d e l a i n d i v i d u a c i ó n p o r l a m a t e r i a : Phys., V I I I , t r a c t . I , c a p . x m ( e s e t e x t o e s t á c i t a d o e n t e r a m e n t e p o r A . F O E E S T , La structure métaphysique du concret . . . , p á g . 1 0 6 , n . 2 ) . P a r a s a l i r d e l p a s o s e c o n t e n t a c o n a t r i b u i r l a i n d i v i d u a l i d a d a l t o d o c o n c r e t o , l o q u e es e v i d e n t e , p e r o n o dice d e d ó n d e el c o n c r e t o recibe su i n d i v i d u a c i ó n . S a n B u e n a v e n t u r a a c e p t a u n a solución a n á l o g a d e l p r o b l e m a ( É . G I L S O N , La philosophie de saint Bonaventure, pág. 2 4 2 ) . Admite q u e si l o i n d i v i d u a l e s l a s u b s t a n c i a c o n c r e t a , s e i n d i v i d u a l i z a p o r s u m a t e r i a . E n r e s u m e n , a m b o s a d m i t e n q u e e l i n d i v i d u o e n t e r o e s hoc aliquid; así, p u e s , l o i n d i v i d u a l n o e s n i s u f o r m a a p a r t e n i s u m a t e r i a a p a r t e ; p e r o e s hoc p o r s u m a t e r i a , aliquid p o r s u f o r m a , y l o q u e e s hoc aliquid e s l a u n i d a d d e l i n d i v i d u o mismo. Así, lo m i s m o q u e Alberto M a g n o , S a n B u e n a v e n t u r a rehusa admitir la individuación p o r la m a t e r i a sola: " I n d i v i d u a t i o igitur in creaturis consurgit e x d u p l i c i p r i n c i p i o " . In II Sent., l i b . I I , d i s t . 3 , p á g . 1 , a r t . 2 , q u . 3 , R e s p . ; edic. Q u a r a c c h i , t. I I , p á g . 1 1 0 . L a posición d e J . P e c k a m es a n á l o g a a l a d e S a n B u e n a v e n t u r a , a q u i e n sigue e n ese p u n t o . ¿ P u e d e irse m á s lejos y a t r i b u i r a S a n B u e n a v e n t u r a la d o c t r i n a d e l a i n d i v i d u a c i ó n p o r l a f o r m a ? Numerosos escotistas lo creyeron y siguen c r e y é n d o l o ; p o r ejemplo, Bart. de Barberiis y F e r c h i , c i t a d o s p o r E . L O N G P R É , La philosophie du B. Duns Scot, P a r í s , 1 9 2 4 , p á g . 2 6 6 , n o t a 1 0 . E l P . E . L o n g p r é m i s m o se c o l o c a a l l a d o d e é s t o s . S i n e m bargo, el texto d e S a n B u e n a v e n t u r a alegado p o r el P . E . L o n g p r é (pág. 2 6 6 ) está lejos d e ser decisivo. E n p r i m e r l u g a r , S a n B u e n a v e n t u r a n o h a b l a d e u n a " a d d i t i o s e u differentia contrahens", lo q u e , e n efecto, sería bastante i m p r e s i o n a n t e ; s o l a m e n t e d i c e : " i n d i v i d u a t i o p e r a d d i t i o n e m s i v e appositionem contrah e n t e m " (In I Sent., X X V , 1 ; e d i c . Q u a r a c c h i , t . I , p á g . 4 4 0 ) . A h o r a b i e n : esa adición o aposición q u e contrae l a forma d e la especie a los límites d e l i n d i v i d u o ¿ e s u n a p r o p i e d a d d e l a f o r m a e n c u a n t o t a l y, c o m o d i r á D u n s E s c o t o , u n a " u l t i m a r e a l i t a s f o r m a e " ? ¿ O se d e b e j u s t a m e n t e a l a u n i ó n d e l a f o r m a y d e l a m a t e r i a q u e c o n s t i t u y e e l hoc aliquid? Para atribuirle la doctrina escotista sobre ese p u n t o sería m e n e s t e r u n texto preciso a f i r m a n d o q u e l a additio d e q u e s e t r a t a p e r t e n e c e a l a f o r m a c o m o t a l y n o e n v i r t u d d e s u u n i ó n con la materia. E l texto quizá exista, pero y o n o lo h e observado. M i e n t r a s n o se lo cite, p a r e c e p r u d e n t e atenerse al p r i n c i p i o claro d e S a n B u e n a v e n t u r a : " I n d i v i d u a t i o i g i t u r i n c r e a t u r i s c o n s u r g i t e x d u p l i c i p r i n c i p i o " . Y si a B a r t . d e B a r b e r i i s le p a r e c e q u e S a n B u e n a v e n t u r a se c o n t r a d i c e e n e s e p u n t o , q u i z á s e a q u e quiere a t o d a costa e n c o n t r a r e n sus textos u n a doctrina escotista q u e n o e s t á e n e l l o s . E v i d e n t e m e n t e , S a n B u e n a v e n t u r a s e c o n t r a d e c i r í a si s o s t u v i e r a u n a s veces q u e la individuación tiene dos principios, y otras q u e n o tiene m á s q u e u n o . P e r o h a d i c h o n e t a m e n t e q u e t i e n e d o s , y h a s t a a h o r a n o se h a e n c o n t r a d o n i n g ú n t e x t o d o n d e d i g a c l a r a m e n t e q u e n o t i e n e s i n o u n o . Ergo . . . L a v e r d a d es q u e s u d o c t r i n a d e j a a b i e r t a u n a p u e r t a p o r d o n d e l a d e D u n s E s c o t o p o d r á i n t r o d u c i r s e , y q u e e n los filósofos a n t e r i o r e s a S a n t o T o m á s d e A q u i n o h a y a c e n t u a d a r e l u c t a n c i a a a d m i t i r l a i n d i v i d u a c i ó n p o r l a m a t e r i a sola.

EL

2 0 2

E S P Í R I T U DE LA FILOSOFÍA

MEDIEVAL

d a d o , pues n o sería posible hacerlo sin a r r u i n a r su u n i d a d ;

8

pero n o

es n e c e s a r i o a g r e g a r u n a f o r m a a c a d a f o r m a p a r a i n d i v i d u a r l a .

Nadie

p o n e e n d u d a q u e , desde cierto p u n t o d e vista, Dios n o s e a u n individuo, y sin embargo

n o se p u e d e

atribuir

su individualidad

ni a

materia,

ni a u n a f o r m a s u p l e m e n t a r i a q u e viniera a individuarlo. L o s Ángeles son individuos, y sin e m b a r g o son inmateriales y simples e n su forma. ¿ P o r q u é n o sería lo m i s m o e n lo q u e se refiere a l h o m b r e ? B a s t a c o n a d m i t i r q u e , t o m a d a e n sí m i s m a y e n s u r e a l i d a d f u n d a m e n t a l , e l a l m a es i n d i v i d u a l

y causa

de individualidad.

D e p o r sí, y p o r l o q u e l a

d e f i n e e n p r o p i e d a d , n o es s o l a m e n t e un a l m a , s i n o esta vidualidad

esencial

es l o q u e h a c e

cuerpo, al h o m b r e enteramente.

individual,

a l m a , y su indi-

con la materia

L a solución escotista del p r o b l e m a n o dejaba d e presentar utilidades.

Solución

comprensible

económica,

y transformaba

con el m í n i m o

d e su

9

e n el sentido

al h o m b r e

de que era

griego

en hombre

evidentes fácilmente cristiano

estricto d e hipótesis suplementarias. Sin e m b a r g o , p o r

m u c h a q u e f u e r a l a h a b i l i d a d d e u n filósofo m e d i e v a l p a r a

encontrar

c o n f i r m a c i o n e s d e sus ideas e n los t e x t o s d e Aristóteles, e r a difícil q u e hallara m u c h a

para

apoyar

e n su a u t o r i d a d

u n a doctrina

c o m o ésa.

A d e m á s , sensible a la dificultad d e m a n t e n e r e n su d o c t r i n a la u n i d a d de l a especie h u m a n a , p a r a conciliar la d e la especie c o n la del individuo, D u n s Escoto tenía q u e modificar la propia noción d e u n i d a d .

1

0

8

Podría creerse q u e D u n s Escoto a d m i t e l a presencia d e dos formas substanciales e n el h o m b r e : e l a l m a r a z o n a b l e y lo q u e él l l a m a l a " f o r m a d e corporeidad" ( s o b r e los a r g u m e n t o s e n f a v o r d e esta tesis, v é a n s e los textos r e u n i d o s e n J E R . DE M O N T E F O R T I N O , op. cit., p á g s . 5 0 4 - 5 1 0 ) . P e r o l a e x p r e s i ó n está t o m a d a a A v i c e n a , e n q u i e n n o es seguro q u e ella i m p l i q u e l a p l u r a l i d a d d e l a s f o r m a s : e l a l m a r a z o n a b l e m i s m a es l a f o r m a d e l a c o r p o r e i d a d . Duns Escoto quizá n o quiera decir m á s q u e eso. 9

" Q u o a d h o c ista realitas i n d i v i d u i est similis realitati specificae, q u o d est actus d e t e r m i n a n s illam realitatem speciei quasi possibilem e t potentialem. S e d q u o a d h o c dissimilis, q u i a ista n u n q u a m s u m i t u r a f o r m a a d d i t a , sed praecise a b u l t i m a r e a l i t a t e f o r m a e . " D U N S E S C O T O , Opus Oxoniense, lib. I I , dist. 3 , q u . 5 y 6 ; e d i c . G a r c í a , Q u a r a c c h i , 1 9 1 4 , t. I I , p . 2 6 7 , n . 2 8 7 . V é a n s e los t e x t o s r e u n i d o s e n J E R . D E M O N T E F O R T I N O , op. cit., t . I I I , 1 , p á g s . 145-150. Sobre la diferencia entre la concepción escotista y la concepción tomista d e la i n d i v i d u a l i d a d d e l a s I n t e l i g e n c i a s s e p a r a d a s , op. cit., p á g s . 1 5 0 - 1 5 7 . E s n a t u r a l que e n u n a doctrina e n q u e la forma es individual e n cuanto forma, u n a Inteligencia p u r a p u e d e ser u n individuo y q u e p u e d e h a b e r varios individuos d e ese género e n u n a m i s m a especie. Según S a n t o T o m á s , p o r lo contrario, p a r a quien l a i n d i v i d u a c i ó n se h a c e p o r l a m a t e r i a , t o d a s u b s t a n c i a s e p a r a d a , l u e g o i n m a terial, c o n s t i t u y e p o r sí sola u n a e s p e c i e . I n t e n c i o n a l m e n t e a p a r t a m o s l a s c o n troversias cristológicas latentes bajo el p r o b l e m a y q u e n o h a n d e j a d o d e ejercer u n a sensible i n f l u e n c i a sobre su historia. 1

Die

0

Sobre

este

Lehre

des Johannes

(Suiza),

aspecto

1 9 2 7 .Sobre

del pensamiento

Duns

la fuente

escotista,

véase

Scotus

con der Natura

principal

d e la doctrina,

cenne et le point de départ de Duns Scot, moyen age, t . I I ( 1 9 2 7 ) , p á g s . 8 9 - 1 4 9 .

e n Archives

sobre

todo

J . KRAUS,

Comniunis,

Friburgo

véase

d'hist.

É . GILSON,

doctr.

et litt.

Avi-

du

EL

PERSONALISMO

CRISTIANO

ao3

E n ese s e n t i d o , e l e s c o t i s m o t r o p i e z a c o n t a n t a s c o m p l i c a c i o n e s c o m o l a s q u e e v i t a , y q u i z á f u e r a el p r e s e n t i m i e n t o d e e s a s d i f i c u l t a d e s l o q u e alejó a S a n t o T o m á s de esa vía, p o r m u y t e n t a d o r a q u e pareciera al principio. A simple vista, n a d a distingue la respuesta tomista de la respuesta a r i s t o t é l i c a a l p r o b l e m a p l a n t e a d o . S u s p r i n c i p i o s s o n los m i s m o s y sus c o n c l u s i o n e s se f o r m u l a n e n t é r m i n o s i d é n t i c o s . L a d i s t i n c i ó n f o r m a l es l a q u e h a c e q u e u n a e s p e c i e s e d i s t i n g a d e o t r a e s p e c i e ; l a d i s t i n c i ó n m a t e r i a l es l a q u e h a c e q u e u n i n d i v i d u o se d i s t i n g a d e o t r o i n d i v i d u o . A h o r a b i e n : p u e s t o q u e l a m a t e r i a es i n f e r i o r a l a f o r m a c o m o l a p o t e n c i a l o es a l a c t o , es m e n e s t e r n e c e s a r i a m e n t e q u e l a d i s t i n c i ó n m a t e r i a l esté a h í e n vista d e la d i s t i n c i ó n f o r m a l , lo q u e e q u i v a l e a d e c i r q u e los i n d i v i d u o s e s t á n a h í e n v i s t a d e la e s p e c i e . C u a n d o l a e s p e c i e p u e d e r e a l i z a r s e e n u n s o l o i n d i v i d u o , c o m o e n el c a s o d e l a s I n t e l i gencias puras, no hay necesidad de dividirla en u n a pluralidad de i n d i v i d u o s n u m é r i c a m e n t e d i s t i n t o s . P o r e s o e n el s i s t e m a t o m i s t a t o d o á n g e l es p o r sí s o l o u n a e s p e c i e c o m p l e t a . D o n d e l a f o r m a e s p e c í f i c a n o p u e d e s u b s i s t i r p o r sí m i s m a e n s u p l e n i t u d , c o m o o c u r r e e n el h o m b r e , é s t a d u r a y se p e r p e t ú a p o r l a g e n e r a c i ó n ' y l a c o r r u p c i ó n d e u n a serie d e individuos n u m é r i c a m e n t e distintos y q u e la m a t e r i a individualiza. Parece imposible soñar m á s completo acuerdo entre d o s filosofías, a u n q u e q u i z á f u e r a m e j o r d e c i r q u e n o h a c e n m á s q u e u n a y q u e n o h a y sino u n a distinción n u m é r i c a e n t r e la de Aristóteles y l a d e S a n t o T o m á s d e A q u i n o . A d e m á s , p o r p o c o q u e r e c o r d e m o s el c a r á c t e r o r i g i n a l d e l a a n t r o p o l o g í a t o m i s t a , es d i f í c i l c r e e r q u e l a s u b s t a n c i a l i d a d del alma, t a n f u e r t e m e n t e a c e n t u a d a e n esa doctrina, n o t e n g a n i n g u n a r e p e r c u s i ó n s o b r e el p r o b l e m a d e l a i n d i v i d u a l i d a d . ¿ Q u é es, p u e s , u n i n d i v i d u o , s e g ú n S a n t o T o m á s d e A q u i n o ? 1

1

U n i n d i v i d u o es u n s e r d i v i d i d o d e t o d o s l o s d e m á s s e r e s y n o d i v i s i b l e e n o t r o s s e r e s . E n e s o es, p u e s , m u y d i f e r e n t e a u n a e s p e c i e , p u e s si es v e r d a d q u e l a e s p e c i e es f o r m a l m e n t e d i s t i n t a d e t o d a o t r a e s p e c i e , p u e d e ser d i v i d i d a e n u n a p l u r a l i d a d d e i n d i v i d u o s distintos sin p e r d e r su n a t u r a l e z a . L a h u m a n i d a d está e n c a d a h o m b r e , y p o r q u e h a y h o m b r e s e x i s t e l a e s p e c i e h u m a n a . U n h o m b r e , p o r l o c o n t r a r i o , es d i s t i n t o d e t o d o o t r o h o m b r e y n o se l o p u e d e d i v i d i r e n v a r i o s s i n d e s t r u i r l o ; p o r eso lo l l a m a m o s " i n d i v i d u o " . C u a n d o cotejamos está definición c o n nuestro análisis metafísico del ser h u m a n o v e m o s q u e a p e s a r d e u n a a p a r e n t e c o n t r a d i c c i ó n se c o n f i r m a n m u t u a m e n t e . P u e s es a u n t i e m p o v e r d a d d e c i r q u e el h o m b r e n o es u n a s u b s t a n c i a s i m p l e y q u e s i n e m b a r g o es i n d i v i s i b l e . N o e s el a l m a l a q u e es el h o m b r e , n i el c u e r p o , s i n o e l c o m p u e s t o d e l o s d o s . A h o r a b i e n : e s e c o m p u e s t o , p o r el h e c h o m i s m o d e q u e l a m a t e r i a q u e es u n a p a r t e s u b s t a n c i a l es i n c o m u n i c a b l e a t í t u l o d e e x t e n s i ó n , es p o r 1

1

Santo

TOMÁS

DE

AQUINO,

Sum.

theol.,

I,

47,

2.

204

EL

ESPÍRITU DE LA FILOSOFÍA

MEDIEVAL

d e f i n i c i ó n u n e j e m p l a r ú n i c o e n si, l u e g o o r i g i n a l e i r r e d u c t i b l e a c u a l q u i e r otro. L o q u e p u e d e e s t o r b a r n o s e n s e m e j a n t e c o n c e p c i ó n d e lo i n d i v i d u a l es l a i d e a d e q u e lo q u e h a c e q u e c a d a u n o d e n o s o t r o s sea él m i s m o , lo q u e d a a n u e s t r a p e r s o n a l i d a d ese c a r á c t e r p r o p i o q u e n o s c o m p l a c e m o s e n r e c o n o c e r l e y q u e j u z g a m o s t a n p r e c i o s o , n o se d e b e al e l e m e n t o espiritual d e n u e s t r a n a t u r a l e z a , sino al h e c h o accidental d e q u e la porción d e m a t e r i a c o n q u e nuestro c u e r p o está h e c h o n o es l a m i s m a q u e a q u e l l a c o n q u e está h e c h o el c u e r p o d e n u e s t r o vecino. Esto n o p a r e c e h u m a n o ni cristiano. N a d a m á s justo, pero t a m p o c o se t r a t a d e e s o . L a r e f l e x i ó n filosófica d e los p e n s a d o r e s m e d i e v a l e s l l e v ó el a n á l i s i s d e l o s p r o b l e m a s m u c h o m á s l e j o s d e c u a n t o l o h a c e m o s hoy p o r lo general. L o q u e la d o c t r i n a tomista d e la individuación t i e n e p o r o b j e t o e x p l i c a r es l a i n d i v i d u a c i ó n m i s m a , y n a d a m á s . D e l h e c h o d e q u e n o h a b r í a i n d i v i d u o s si n o h u b i e s e c u e r p o s h u m a n o s , n o r e s u l t a d e n i n g ú n m o d o q u e s e a e l c u e r p o el q u e c o n f i e r e a l i n d i viduo su dignidad, ni siquiera q u e defina su originalidad. R e c o r d e m o s q u e n o h a y s u b s t a n c i a c o n c r e t a sin m a t e r i a , sino q u e la s u b s t a n c i a l i d a d d e l c o m p u e s t o h u m a n o es l a m i s m a q u e l a f o r m a _ c o m u n i c a a s u m a teria, y la cuestión a p a r e c e r á e n seguida bajo u n a luz completamente nueva. A p a r t i r d e e s t e p u n t o es e v i d e n t e , e n e f e c t o , q u e a u n g u a r d a n d o los d a t o s a r i s t o t é l i c o s d e l p r o b l e m a n o e s t a r e m o s o b l i g a d o s a r e s o l v e r l o e x a c t a m e n t e c o m o A r i s t ó t e l e s . D e h e c h o , ¿ c u á l e s el p r i n c i p i o ? Q u e l a f o r m a del h o m b r e n o p u e d e subsistir c o m o u n sujeto i n d i v i d u a l ; pero la calidad d e s u b s t a n c i a p e r t e n e c e sin e m b a r g o al sujeto i n d i v i d u a l e n v i r t u d d e su f o r m a , p u e s ella es l a q u e d a a l a m a t e r i a su ser a c t u a l y así p e r m i t e subsistir al i n d i v i d u o . D e a h í r e s u l t a q u e el s e r d e la m a t e r i a y el s e r d e l c o m p u e s t o n o s o n sino el m i s m o ser d e s u f o r m a , 1

2

1 2

" I n d i v i d u u m compositum ex materia et forma habet quod substet accidenti e x p r o p r i e t a t e m a t e r i a e . U n d e e t B o e t i u s d i c i t i n l i b . De Trinitate, c a p . n : forma

simplex

subjecturn

esse non potest.

S e d q u o d p e r s e s u b s i s t a t (scit.

individuum)

h a b e t e x p r o p r i e t a t e s u a e f o r m a e , q u a e n o n a d v e n i t r e i s u b s i s t e n t i , s e d d a t esse a c t u a l m a t e r i a e , u t s i c i n d i v i d u u m s u b s i s t e r e p o s s i t . " S a n t o T O M Á S DE A Q U I N O , Sum. theol., I , 2 9 , 2 , a d 5 . " A n i m a i l l u d esse i n q u o subsistit communicat m a t e r i a e c o r p o r a l i , e x q u a e t a n i m a i n t e l l e c t i v a fit u n u m , i t a q u o d i l l u d esse q u o d e s t t o t i u s c o m p o s i t i , e s t e t i a m i p s i u s a n i m a e ; q u o d n o n a c c i d i t i n alus f o r m i s , q u a e n o n s u n t s u b s i s t e n t e s . " Sum. theol., I , 7 6 , 1, a d 5 . E s t a d e c l a ración, c u y a i m p o r t a n c i a es capital, n o h a sido o l v i d a d a p o r los r e p r e s e n t a n t e s posteriores d e la escuela tomista; h a n m a n t e n i d o , contra la escuela agustiniana,

quod esse animae

communicatur

corpori:

"Quaestione I quaerit (Thomas)

utrum

a n i m a possit esse f o r m a e t h o c a l i q u i d ; e t i n r e s p o n s i o n e p r i n c i p a l i dicit q u o d i d e m esse a n i m a e c o m m u n i c a t u r c o r p o r i u t s i t u n u m esse t o t i u s s p e c i e i . E t i n I ' s u p e r S e n t e n t i a s , d i s t i n c t i o n e 8, q u a e r e n s u t r u m a n i m a sit s i m p l e x , d i c i t h o c i d e m p l a n i u s i n s o l u t i o n e 3 a r g u m e n t i , scilicet q u o d u n u m esse q u o d e s t a n i m a e p e r se f i t c o n j u n c t i e t n o n e s t i b i e s s e n i s i i p s i u s f o r m a e . " P . G L O R I E U X , Le "correctorium corruptorii quare" ( B i b l i o t e c a t o m i s t a , I X ) , P a r í s , J . V r i n , 1 9 2 7 , pág. 3 6 1 . I g u a l d o c t r i n a , c o n o t r a t e r m i n o l o g í a , en S a n BUENAVENTURA: " I n d i v i d u u m e n i m h a b e t e s s e , h a b e t e t i a m existere. Existere d a t m a t e r i a formae,

EL PERSONALISMO

205

CRISTIANO

p e r o t a m b i é n , a l a i n v e r s a , q u e e l s e r d e l a f o r m a es e n t e r a m e n t e e l s e r del c o m p u e s t o . N a d a m á s n a t u r a l , p u e s t o q u e ella es l a q u e lo d a , y p o r e s o d e c í a e n l a ú l t i m a l e c c i ó n q u e es a b s u r d o i m a g i n a r q u e l a d e s t r u c c i ó n d e l c u e r p o p u e d a a c a r r e a r l a d e l a l m a , p u e s é s t a es l a q u e d a el s e r a l c u e r p o y n o e l c u e r p o a l a l m a . H a y q u e mantener, pues, e s t r i c t a m e n t e el p r i n c i p i o d e l a n o - i n d i v i d u a l i d a d d e l a l m a e n c u a n t o tal, p u e s d o s f o r m a s d e ese g é n e r o q u e f u e r a n n u m é r i c a m e n t e d i s t i n t a s e n c u a n t o f o r m a s es u n a b s u r d o ; n i s i q u i e r a l o s o n e n c u a n t o u n i b l e s a cuerpos diferentes, pues la dificultad metafísica sería la misma. Pero al m i s m o t i e m p o h a y q u e v e r t o d a la v e r d a d c o n t e n i d a e n el p r i n cipio d e Aristóteles, q u e él m i s m o n o s u p o t r a d u c i r , p o r q u e n o experim e n t a b a la i n q u i e t u d c r i s t i a n a d e f u n d a r s o b r e el e s p í r i t u l a u n i d a d del individuo. 1

3

E s t a v e r d a d s ó l o a p a r e c e c o n t o d a c l a r i d a d si se d i s t i n g u e , a l a l u z d e los análisis p r e c e d e n t e s , l a n o c i ó n d e i n d i v i d u a l i d a d d e la d e i n d i v i d u a c i ó n . E l p r i n c i p i o d e i n d i v i d u a c i ó n es l a m a t e r i a ; así, p u e s , ella es la q u e causa la i n d i v i d u a l i d a d ; p e r o la i n d i v i d u a l i d a d del i n d i v i d u o n o consiste e n su m a t e r i a ; p o r lo c o n t r a r i o , n o es i n d i v i d u a l , es decir, i n d i v i s o e n sí y d i v i d i d o d e l r e s t o , s i n o p o r q u e es u n a s u b s t a n c i a c o n c r e t a t o m a d a c o m o u n t o d o . E n este sentido, la m a t e r i a i n d i v i d u a n t e sólo es t a l e n v i r t u d d e su i n t e g r a c i ó n a l s e r d e l a s u b s t a n c i a t o t a l , y c o m o e l s e r d e l a s u b s t a n c i a es e l d e s u f o r m a , e s m e n e s t e r n e c e s a r i a m e n t e q u e la i n d i v i d u a l i d a d sea u n a p r o p i e d a d d e la f o r m a t a n t o c o m o d e la m a t e r i a . A ú n le p e r t e n e c e m u c h o m á s q u e a la m a t e r i a , p u e s t o que, c o m o la materia, la forma participa d e la individualidad de la s u b s t a n c i a , y p o r q u e , a d e m á s , e n e s t a s u b s t a n c i a , es e l l a y n o l a m a t e r i a la fuente d e la substancialidad. P a r a expresar d e otro m o d o la m i s m a i d e a , p u d i e r a d e c i r s e q u e l a m a t e r i a es l a q u e i n d i v i d u a l i z a l a f o r m a , p e r o u n a v e z i n d i v i d u a l i z a d a , l a i n d i v i d u a l es l a f o r m a . E n u n a p a l a b r a : e l a l m a es u n a f o r m a i n d i v i d u a l , a u n q u e n o l o s e a e n c u a n t o forma, y l a subsistencia d e esta f o r m a i n d i v i d u a l , al conferir a la 1

4

s e d essendi qu. 1 3

enim 1 4

actum

d a t f o r m a m a t e r i a e . " In II Sent.,

d i s t . I I I , p á g . I , a r t . '£,

3 , R e s p . ; e d i c . Q u a r a c c h i , t. I I , p á g . 1 1 0 . V é a s e m á s a r r i b a , p á g . 2 0 4 . C f . P . G L O R I E U X , op.

cit.,

pág. 1 2 6 :

"Quod

dicunt . . ."

" U n d e sicut diversitatem in genere vel specie facit diversitas m a t e r i a e vel f o r m a e absolute, i t a diversitatem i n n u m e r o facit h a e c f o r m a et h a e c m a t e r i a ; n u l l a a u t e m f o r m a , i n q u a n t u m h u j u s m o d i e s t haec e x s e i p s a ( n ó t e s e e l r e c h a z o a n t i c i p a d o d e l a hecceidad escotista). Dico autem in q u a n t u m hujusmodi propter a n i m a m rationalem, q u a e q u o d a m m o d o ex seipsa est h o c aliquid, sed n o n i n q u a n t u m f o r m a . " S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , In Boet. de Trinitate, qu. 4 , art. 2 , R e s p . E s e n o t a b l e t e x t o n o s r e c u e r d a q u e el caso d e l a l m a r a c i o n a l es u n c a s o ú n i c o . C o m o lo dice S a n t o T o m á s e n el t e x t o c i t a d o m á s a r r i b a ( n o t a 1 2 , t e x t o s e g u n d o ) , sólo subsisten las a l m a s d o t a d a s d e i n t e l e c t o y p o r eso s o n l a s ú n i c a s d e l a s c u a l e s se p u e d e d e c i r q u e s u s e r e s e l s e r d e t o d o e l c o m p u e s t o . T a l n o es el caso d e las a l m a s d e los a n i m a l e s . A s í , p u e s , l a s a l m a s h u m a n a s poseen u n a individualidad c o m o consecuencia d e su p r o p i a subsistencia. P o r lo

206

EL

ESPÍRITU

m a t e r i a su p r o p i a e x i s t e n c i a , Por no

lo

demás,

se p u e d e

mucho

qué

al

persona

de

h u m a n a

m á s que un

de un personaje, considera posee

la

MEDIEVAL

es l a q u e p e r m i t e

consiste

comprender

individualidad Toda

en

DE LA FILOSOFÍA

esa

subsistir

individualidad

plenamente

sino

elevándose

es e n

individuo,

primer

pues no

lugar

un

del

es

lo

plano

se h a b l a

individuo, de una

s i n o e n los c a s o s e n q u e l a s u b s t a n c i a

verdad

individuo.

alma

1

5

que

de

la

pero

es

personalidad.

en p r o p i e d a d

demás, sigue siendo

al

del

cierta

dignidad.

decir q u e n o la tienen

1

7

1

persona,

individual

Los a n i m a l e s

a título

6

como que se

s o n indi-

de formas,

sino e n

c u a n t o s u b s i s t e n t e s y f o r m a s d e esa s u b s t a n c i a q u e , s i n u n a m a t e r i a , n o e x i s t i r í a . 1 8

P u e d e c o m p r e n d e r s e m á s c l a r a m e n t e ese p u n t o c o m p a r a n d o el p r o b l e m a d e l a i n d i v i d u a c i ó n c o n el d e l a diversificación d e los seres. E s u n p r i n c i p i o c o m ú n a Aristóteles y a S a n t o T o m á s , q u e l a m a t e r i a existe s i e m p r e e n vista de la forma y n o la forma en vista de la materia. Es imposible, pues, imaginar q u e la diversidad d e las formas sea debida a la necesidad d e adaptarlas a la diversidad d e las m a t e r i a s ; lo c o n t r a r i o es l a v e r d a d : se necesitan materias diversas p a r a p e r m i t i r a f o r m a s diversas constituir c o n ellas sujetos concretos. C u a n d o se l o a p l i c a s i s t e m á t i c a m e n t e , c o m o l o h a c e S a n t o T o m á s , e s e p r i n c i p i o se c o n v i e r t e e n p i e z a e s e n c i a l d e l a a r m a z ó n m e t a f í s i c a d e l u n i v e r s o . A d i f e rencia d e Aristóteles, Santo T o m á s lo c o n j u g a c o n la i d e a d e creación. D e a h í r e s u l t a q u e e l D i o s c r i s t i a n o c r e a l a s f o r m a s p a r a sí m i s m a s y n o c r e a l a s d i v e r s a s m a t e r i a s s i n o e n l a m e d i d a e n q u e se r e q u i e r e n p o r l a d i v e r s i d a d p r o p i a d e l a s f o r m a s : " C a u s a a u t e m diversitatis r e r u m n o n est ex m a t e r i a nisi s e c u n d u m q u o d m a t e r i a a d r e r u r n p r o d u c t i o n e m p r a e e x i g i t u r , u t scilicet s e c u n d u m d i v e r s i t a t e m materiae diversae i n d u c a n t u r formae. N o n igitur causa diversitatis i n rebus a D e o p r o d u c t i s est m a t e r i a . A d h u c , s e c u n d u m q u o d r e s h a b e n t esse, i t a h a b e n t p l u r a l i t a t e m et u n i t a t e m , n a m u n u m q u o d q u e s e c u n d u m q u o d est e n s , est e t i a m u n u m ; sed n o n h a b e n t esse f o r m a e p r o p t e r m a t e r i a m , s e d m a g i s m a t e r i a e propter formas, n a m actus melior est p o t e n t i a ; i d a u t e m p r o p t e r q u o d aliquid est, o p o r t e t m e l i u s e s s e . Ñeque igitur formae ideo sunt diversae, ut competant materiis

diversis,

sed materiae

ideo sunt

diversae,

ut competant

diversis

formis."

Santo

T O M Á S D E A Q U I N O , Compendium theologiae, P a r s I , c a p . LXXI. E s t e p r i n c i p i o p e r m i t e c o m p r e n d e r c ó m o la m a t e r i a p u e d e ser el principio d e individuación e n l a d o c t r i n a t o m i s t a sin q u e l a i n d i v i d u a l i d a d se h a l l e p o r t a n t o s o m e t i d a a l a m a t e r i a ; pues el i n d i v i d u o supone u n a materia, pero puesto q u e la m a t e r i a n o e s t á a h í s i n o e n v i s t a d e l a d i v e r s i d a d d e l a s f o r m a s , e n d e f i n i t i v a , si l a s u b s tancia c o n c r e t a está d o t a d a d e i n d i v i d u a l i d a d es a causa d e su f o r m a . A . Forest o b s e r v a sobre este p u n t o , c o n m u c h a r a z ó n , q u e el e q u í v o c o p r o v i e n e d e q u e n o s e p l a n t e a e l p r o b l e m a d e l a i n d i v i d u a l i d a d e n e l p l a n o m e t a f i s i c o e n q u e se coloca v e r d a d e r a m e n t e . L o q u e el t o m i s m o q u i e r e d e c i r es q u e l a m a t e r i a e s principio y n a d a m á s . ¿ D e d ó n d e p r o c e d e n , pues, las diferencias individuales y o r i g i n a l e s d e c a d a s e r c o n c r e t o ? É s t a s s o n posibles p o r s u m a t e r i a , proceden d e s u f o r m a , ú n i c a a l a q u e p e r t e n e c e d a r e l a c t o . La structure métaphysique du concret, p á g s . 2 5 5 - 2 5 6 . 1 6

P o r u n o d e esos j u e g o s d e v o c a b l o s t a n f r e c u e n t e s e n l a E d a d M e d i a , les g u s t a b a l e e r e n persona: per se una. V é a s e S a n B U E N A V E N T U R A , In I Sent., d i s t . 2 3 , a r t . 1, q u . 1, R e s p . L o s e d i t o r e s d e Q u a r a c c h i (s. BONAVENTURAE, Opera omnia, t. I , p á g . 4 0 5 , n o t a 9 ) r e m i t e n t a m b i é n a ALBERTO M A G N O , Sum. theol., p a r s I , t r . 1 0 , q u . 4 4 , m e m b . 1, q u e a t r i b u y e l a e t i m o l o g í a a I s i d o r o d e Sevilla, y e n o t r o t e x t o se refiere a S i m ó n d e T o u r n a i . 1 7

"Persona de sui ratione dicit suppositum distinctum proprietate a d dignit a t e m p e r t i n e n t e . " S a n B U E N A V E N T U R A , ibid. E s t e t e ó l o g o p a r e c e h a b e r s i d o p a r t i c u l a r m e n t e a f o r t u n a d o e n su análisis d e l a n o c i ó n d e p e r s o n a , y es s e g u r a -

EL viduos, pero es u n a de

no

persona

son personas. H a y en

razón

ello la t e n e m o s

guien

lo

en

saludamos

dejando

PERSONALISMO

siempre

de modo

alta dignidad que

filósofos

debe definirse

porque pero La

la

Edad

precisar

el

1

9

La

Media

dentes

como

a

particulares

decirse

que

son

las

título

de

definición no

la

su

sin

pertenecen

substancias

una

señal

honrar

alta

a

de

é s t a es l a

como

"la

definir,

seres

pocos

satisfactoria, y a

es c o m ú n tanto

los

cuál

razón,

substancia

ella

las c o n s e c u e n c i a s .

como

al-

dignidad,

es d e B o e c i o ; s o n

substancia

los v e r d a d e r o s

cualquiera

y una

si b u s c a m o s

que

se a p l i c a r í a

embargo, a

más

bien:

y lo p a r t i c u l a r hasta

ser 1 8

encontraron

se t r a t a b a

sentido

un

se q u i e r e

encontramos

que

que

substancias;

porque las

cuando

el s e n t i d o y c o n s i d e r a r

cierto

allá:

eminente,

a la persona h u m a n a

distinción e n t r e lo universal d e seres. E n

más

contasen. A h o r a

c o n v e n í a a la realidad

importa

géneros

son

de

ir m á s

que

del h o m b r e ,

i n d i v i d u a l d e u n ser r a c i o n a l " . los

de

con

los d e m á s c o m o si n o

es l a m á s

que

de su d i g n i d a d

el h e c h o

207

CRISTIANO

2

sola; 0

a todos a

los

accidentes particular,

particulares,

los

accisólo debe en

el

m e n t e u n o d e los dos o tres mejores intérpretes d e l personalismo cristiano. S u posición sobre este p u n t o es p e r f e c t a m e n t e clara. P a r a él, l a i d e a d e p e r s o n a implica la d e individuo, m á s la de cierta dignidad del individuo. L a individ u a c i ó n proviene e n él d e l a u n i ó n d e su m a t e r i a y d e su f o r m a (y n o , c o m o se h a n o t a d o m á s a r r i b a , d e s u m a t e r i a s o l a ) ; e n c u a n t o a s u d i g n i d a d , l e pertenece principalmente e n razón d e su forma: "Personalis a u t e m discretio dicit singularitatem et dignitatem. I n q u a n t u m dicit singularitatem, h o c dicit e x conj u n c t i o n e p r i n c i p i o r u m , e x q u i b u s r e s u l t a t i p s u m q u o d est. S e d d i g n i t a t e m dicit p r i n c i p a l i t e r r a t i o n e f o r m a e ; e t sic p a t e t u n d e sit p e r s o n a l i s discretio o r i g i n a l i t e r , i n c r e a t u r i s l o q u e n d o , sive i n h o m i n i b u s , sive i n A n g e l i s . " S a n BUENAVENTURA, In II Sent., 3 , 1, 2 , 3 ; e d i c . Q u a r a c c h i , t . I I , p á g . 1 1 0 . I g u a l d o c t r i n a u n p o c o m á s allá: " Q u o d objicitur, q u o d individuatio est a m a t e r i a ; dicendum, q u o d p e r illas a u c t o r i t a t e s n o n d a t u r intelligi, q u o d m a t e r i a sit p r i n c i p i u m i n d i v i d u a t i o n i s , n i s i s i c u t c a u s a une qua non, n o n a u t e m s i c u t t o t a c a u s a . N e c t a m e n ita potest attribui materiae personalis discretio, sicut individuatio, p r o p t e r h o c q u o d d i c i t d i g n i t a t e m , q u a e p r i n c i p a l i u s r e s p i c i t f o r m a m . " Ibid., a d 4 - 6 , p á g . 1 1 0 . E n o t r o s t é r m i n o s , l a m a t e r i a n o e s m á s q u e l a c a u s a sine qua non d e l a i n d i v i d u a c i ó n ; n i s i q u i e r a e s l a c a u s a sine qua non d e l a p e r s o n a l i d a d , q u e e s u n a cualidad de la forma en cuanto tal. 1

t.

8

S a n B U E N A V E N T U R A , In III III, pág. 159).

Sent.,

dist. 6, a r t . 2 , q u . 2, a d 4

(Quaracchi,

1 9 " P e r s o n a e s t r a t i o n a l i s n a t u r a e i n d i v i d u a s u b s t a n t i a . " B O E C I O , De duabus naturis, c a p . m . C i t a d o p o r S a n B U E N A V E N T U R A , In I Sent., dist. 5 , a r t . 2, q u . 1 , R e s p . ; p o r S a n t o T O M Á S DE A Q U I N O , Sum. theol., I , 2 9 , 1, a d 1 . 2

0

R i c a r d o d e S a i n t - V i c t o r p r o p u s o sin e m b a r g o modificarla d e l a m a n e r a siguiente: "Persona est intellectualis n a t u r a e incommunicabilis existentia." De Trinitate, l i b . I V , c a p . XXII. D u n s E s c o t o e s n a t u r a l m e n t e f a v o r a b l e a e s a modificación. P a r a él, p u e s t o q u e el a l m a es i n d i v i d u a l , e n c u a n t o forma, a u n el a l m a s e p a r a d a es u n a p e r s o n a , lo q u e n o es e n el sistema d e S a n t o T o m á s ( c f . J E R . DE M O N T E F O R T I N O , / . D. Scoti Summa theologica, t. I , 2 , p á g . 6 2 ) ; p o r eso esta definición le parece preferible, y t a m b i é n p o r q u e el n o m b r e d e p e r s o n a c o n v i e n e e n p r o p i e d a d a D i o s , e n t a n t o q u e el n o m b r e d e individuo n o le conviene e n p r o p i e d a d .

208

EL ESPÍRITU DE LA FILOSOFÍA MEDIEVAL 2

1

sentido pleno del vocablo. T o m a d a s e n su s u b s i s t e n c i a c o n c r e t a , las s u b s t a n c i a s s o n , p u e s , i n d i v i d u o s ; p e r o h a y i n d i v i d u o s q u e se d i s t i n g u e n d e los d e m á s p o r u n a p r o p i e d a d n o t a b l e : l a d e s e r f u e n t e s a u t ó n o m a s d e acciones espontáneas. Los cuerpos naturales inorgánicos sufren pasivam e n t e l a s l e y e s d e l a n a t u r a l e z a , c u y a s e n e r g í a s los a t r a v i e s a n y los m u e v e n s i n q u e t e n g a n q u e c o o p e r a r n i r e a c c i o n a r . L a s p l a n t a s y los a n i m a l e s y a e s t á n c o l o c a d o s e n u n p l a n o m á s e l e v a d o , s o b r e t o d o estos ú l t i m o s , p o r q u e r e a c c i o n a n a las excitaciones exteriores, p e r o la n a t u raleza d e sus r e a c c i o n e s está d e t e r m i n a d a p o r la d e las acciones q u e s o p o r t a n , d e m o d o q u e t a m b i é n d e ellos p u e d e decirse q u e son a c c i o n a d o s a n t e s q u e a c c i o n a n t e s . E l c a s o d e l h o m b r e es m u y d i f e r e n t e . D o t a d o de razón, capaz de a p r e h e n d e r u n a multiplicidad de objetos d i f e r e n t e s , se l e o f r e c e n p o s i b i l i d a d e s d e e l e c c i ó n q u e n o e s t á n a l a l c a n c e d e los d e m á s s e r e s ; c o m o lo v e r e m o s c o n m a y o r a m p l i t u d m á s t a r d e , s u r a c i o n a l i d a d es el p r i n c i p i o m i s m o d e s u l i b e r t a d . E l h o m b r e se d i s t i n g u e , p u e s , d e l o s . i n d i v i d u o s d e t o d a o t r a e s p e c i e p o r el h e c h o d e q u e es d u e ñ o d e sus a c t o s ; é s t e a c c i o n a , a d i f e r e n c i a d e a q u e l l o s a q u i e n e s a c c i o n a n las fuerzas n a t u r a l e s . P a r a d e s i g n a r la i n d i v i d u a l i d a d p r o p i a d e u n s e r l i b r e , se d i c e q u e es u n a p e r s o n a . Así la esencia d e la p e r s o n a l i d a d se c o n f u n d e c o n la d e la l i b e r t a d ; p o r o t r a p a r t e , c o m o l a l i b e r t a d d e p e n d e d e l a r a c i o n a l i d a d , y c o m o es s u r a c i o n a l i d a d la q u e f u n d a la subsistencia del a l m a y la del h o m b r e , h a y q u e decir q u e e n n o s o t r o s s e c o n f u n d e n el p r i n c i p i o d e la i n d i v i d u a l i d a d y el principio de la personalidad. L a a c t u a l i d a d del a l m a razonable, c o m u n i c á n d o s e a l c u e r p o , d e t e r m i n a l a e x i s t e n c i a d e u n i n d i v i d u o q u e es u n a p e r s o n a , d e m o d o q u e el a l m a i n d i v i d u a l p o s e e l a p e r s o n a l i d a d c o m o por definición. 2

2

C o n semejante noción nos vemos llevados m u c h o m á s allá del pensam i e n t o g r i e g o , y a s e t r a t e d e l d e P l a t ó n o d e l d e A r i s t ó t e l e s . P u e s si e l a l m a h u m a n a es s u b s t a n c i a y p r i n c i p i o d e s u b s t a n c i a l i d a d , se d e b e a q u e e s u n i n t e l e c t o , es d e c i r , u n s e r i n m a t e r i a l p o r d e f i n i c i ó n , y p o r c o n s i g u i e n t e i n c o r r u p t i b l e . D e s d e ese m o m e n t o S a n t o T o m á s p u e d e t o m a r p o r s u c u e n t a , y l o h i z o s i n c a n s a r s e , el f a m o s o p r i n c i p i o a r i s t o t é l i c o q u e q u i e r e q u e el i n d i v i d u o n o esté a h í sino e n vista d e la e s p e c i e ; sólo cjue, p o r u n t r a s t r u e q u e i n e v i t a b l e p a r a l o s u c e s i v o , l a s c o n s e c u e n c i a s q u e e n e l s i s t e m a d e A r i s t ó t e l e s r e c a í a n e n b e n e f i c i o d e l a e s p e c i e , e n el sistema del filósofo cristiano r e c a e n en beneficio del i n d i v i d u o . A q u e l l o h a c i a l o c u a l t i e n d e l a i n t e n c i ó n d e l a n a t u r a l e z a es m u c h o m e n o s l a especie q u e lo i n c o r r u p t i b l e . S i a v e c e s a p u n t a al b i e n d e la e s p e c i e a n t e s q u e a l d e l o s i n d i v i d u o s , e s o s ó l o o c u r r e e n los c a s o s e n q u e , s i e n d o c o r r u p t i b l e s l o s i n d i v i d u o s , s ó l o l a e s p e c i e p e r m a n e c e ; p e r o c u a n d o se t r a t a d e s u b s t a n c i a s i n c o r r u p t i b l e s , n o es sólo la e s p e c i e la q u e p e r m a 2 1

P o r eso S a n t o T o m á s les r e s e r v a u n primeras", o "hipóstasis". 2 2

S a n t o T O M Á S , Sum.

theol.,

I, 29,

n o m b r e e s p e c i a l , el d e

1, R e s p .

"substancias

EL PERSONALISMO

209

CRISTIANO

n e c e , sino t a m b i é n los i n d i v i d u o s . P o r eso, e n d i c h o caso, los i n d i v i d u o s c a e n e n l a i n t e n c i ó n p r i n c i p a l d e l a n a t u r a l e z a : etiam ipsa individua sunt de principali intentione naturae. Ahora bien: la parte incorrupt i b l e d e l h o m b r e e s e l a l m a , y p o r c o n s i g u i e n t e se d e b e d e c i r q u e l a m u l t i p l i c a c i ó n d e los i n d i v i d u o s h u m a n o s es u n a i n t e n c i ó n p r i m e r a d e l a n a t u r a l e z a , o m á s b i e n d e l A u t o r d e l a n a t u r a l e z a , q u e es e l ú n i c o c r e a d o r d e las a l m a s h u m a n a s : D i o s . 2

3

Así, p a r a e n a d e l a n t e f u n d a d a sobre l a substancialidad d e l intelecto y l a i n m o r t a l i d a d q u e é s t a a c a r r e a , el s e r i n d i v i d u a l d e l c r i s t i a n o a d quiere la dignidad d e u n ser p e r m a n e n t e , indestructible, distinto d e todo otro e n su p e r m a n e n c i a m i s m a , y fuente original d e u n a actividad r a cional cuyo ejercicio decidirá el destino f u t u r o d e ese ser responsable. N o h a y q u e ocultarse q u e aquí estamos en la fuente de toda la vida del e s p í r i t u e n s u d o b l e e j e r c i c i o t e ó r i c o y p r á c t i c o , p u e s t o q u e es e n c u a n t o r a c i o n a l , l u e g o e n c u a n t o p e r s o n a , c o m o el i n d i v i d u o p u e d e d i s c e r n i r lo v e r d a d e r o d e lo falso, es d e c i r , t e n e r u n a c i e n c i a , y d i s c e r n i r el b i e n del m a l , esto es, t e n e r u n a m o r a l . T o d a la vida interior del h o m b r e c r i s t i a n o se r e s u m e e n l a c o n s t i t u c i ó n p r o g r e s i v a , e n • el r e t o q u e i n c e s a n t e y e n el p e r f e c c i o n a m i e n t o incansable d e esa p e r s o n a l i d a d q u e sólo a l c a n z a r á s u p l e n i t u d e n l a v i d a f u t u r a . P o r q u e es m u y cierto d e c i r q u e la p e r s o n a se c o l o c a e n l a • e x i s t e n c i a p o r el solo h e c h o d e q u e u n i n t e l e c t o , p r i n c i p i o d e d e t e r m i n a c i o n e s l i b r e s , se h a l l a u n i d o a u n a m a teria p a r a constituir u n a substancia racional. El propio K a n t , con todo el p e r s o n a l i s m o ínsito e n s u d o c t r i n a , n o s e r á sino el h e r e d e r o d e l a tradición cristiana c u a n d o v e a e n la persona la identidad d e u n a subst a n c i a p e n s a n t e , s i e m p r e l a m i s m a e n todos los actos q u e ésta ejerce, cuya u n i d a d m i s m a predestina a la i n m o r t a l i d a d . Pero hay q u e agreg a r q u e , a s e n t a d a e n sus p r i n c i p i o s , esta p e r s o n a está t o d a v í a lejos d e su c o m p l e t a p e r f e c c i ó n . A s i m p l e vista, la filosofía m e d i e v a l h i z o p o c o s esfuerzos p a r a v i n c u l a r a la n o c i ó n d e p e r s o n a el desarrollo c o m p l e t o d e l a v i d a i n t e r n a , y es l o q u e m u e s t r a q u e s u s p r i n c i p i o s t i e n e n t o d a v í a u n a fecundidad inagotable. Santo T o m á s exalta la personalidad m á s a l l á d e t o d a o t r a r e a l i d a d o b s e r v a b l e e n l a n a t u r a l e z a ; p a r a él n a d a es s u p e r i o r e n d i g n i d a d a l a e s e n c i a d e esos seres a q u i e n e s d e f i n e c o m o i n d i v i d u o s r a z o n a b l e s : singularia rationalis naturae. ¿Cómo había de ser d e o t r o m o d o , p u e s t o q u e c o n t o d o s los t e ó l o g o s d e l e n g u a l a t i n a S a n t o T o m á s extiende esa noción a Dios m i s m o e l a b o r a n d o su d o c t r i n a 2

4

2

2

2 3

5

6

S a n t o T O M Á S , Sum. theol., I , 9 8 , 1 , R e s p . S a n B U E N A V E N T U R A , In I Sent., d i s t . 2 5 , a r t . 1 , a d 2 . K A N T , Kritik der reinen Vernunft, Elementad., I I T h . , I I Abtheil., I I B u c h . I H a u p t s t . N o se t r a t a n a t u r a l m e n t e d e l a c u e r d o d e l a filosofía d e K a n t c o n l a filosofía d e S a n B u e n a v e n t u r a o d e S a n t o T o m á s , sino d e l a p e r s i s t e n c i a d e l a i n f l u e n c i a c r i s t i a n a a t r a v é s d e l a s filosofías n o c r i s t i a n a s . K A N T , op. cit., D r i t t e r P a r a l o g i s m u s d e r P e r s o n a l i t á t . E s s a b i d o c ó m o l o q u e es p a r a l o g i s m o d e s d e el p u n t o d e vista d e l a r a z ó n p u r a v u e l v e a ser v e r d a d d e s d e el p u n t o d e vista d e l a r a z ó n p r á c t i c a . 2

4

2 5

2 0

EL

2 1 0

ESPÍRITU DE LA FILOSOFÍA

MEDIEVAL

d e las p e r s o n a s d i v i n a s ? D e h e c h o , casi t o d o lo q u e s a b e m o s d e la f i l o s o f í a d e l a p e r s o n a se h a l l a e n l o s p e n s a d o r e s d e l a E d a d M e d i a , e n las c u e s t i o n e s q u e éstos c o n s a g r a n a la t e o l o g í a d e la T r i n i d a d . E n el De duabus naturis d e B o e c i o , es d e c i r , e n u n t r a t a d o s o b r e l a s d o s n a t u r a l e z a s d e C r i s t o , es d o n d e se e n c u e n t r a l a d e f i n i c i ó n d e l a p e r s o n a e n q u e se i n s p i r a r á t o d a l a E d a d M e d i a y q u e t a n t o p e s a r á s o b r e el desarrollo de la m o r a l m o d e r n a . Y p a r a s a b e r si t i e n e n e l d e r e c h o de aplicarla a Dios, San Buenaventura y Santo T o m á s escudriñan y p r o f u n d i z a n el s e n t i d o d e l a d e f i n i c i ó n d e B o e c i o . P o r ú l t i m o , v o l v i e n d o u n a vez m á s al p r i n c i p i o , ¿ c ó m o n o h a b í a d e ser la p e r s o n a l i d a d la m a r c a p r o p i a d e l ser e n su p u n t o m á s a l t o d e p e r f e c c i ó n , e n u n a filosofía c o m o la filosofía c r i s t i a n a , e n l a c u a l t o d o está s u s p e n s o d e l a c t o C r e a d o r d e u n D i o s p e r s o n a l ? P u e s t o d o h a s i d o h e c h o p o r el V e r b o , y el V e r b o e s t á c o n D i o s , y el V e r b o es D i o s , e s d e c i r , e s e s e r q u e se c o l o c a c o r n o p e r s o n a l p o r el s o l o h e c h o d e q u e s e p o n e c o m o el S e r : " E c c e p e r s o nabas d i s t i n c t i o : E x o d i t e r t i o , ego sum, qui sum". Así, pues, a la m e t a f í s i c a d e l É x o d o se v i n c u l a el p e r s o n a l i s m o c r i s t i a n o c o m o t o d o lo d e m á s ; s o m o s p e r s o n a s p o r q u e s o m o s las o b r a s d e u n a P e r s o n a ; p a r t i c i p a m o s e n la p e r s o n a l i d a d divina, c o m o p a r t i c i p a m o s e n su perfección, s i e n d o b i e n e s ; e n su o m n i p o t e n c i a c r e a d o r a , siendo c a u s a s ; e n su p r o v i d e n c i a , s i e n d o n o s o t r o s m i s m o s p r e v i s i o n e s , y, e n u n a p a l a b r a , c o m o p a r t i c i p a m o s e n s u Ser, siendo seres nosotros m i s m o s . S e r u n a p e r s o n a es p a r t i c i p a r e n u n a d e las m á s a l t a s d i g n i d a d e s d e l ser d i v i n o . L u e g o , a l p a r e c e r , se a c a b ó . N i u n a p a l a b r a e n t o d a l a m o r a l s o b r e e s a n o c i ó n d e l a q u e ellos m i s m o s n o s d i c e n q u e e x p r e s a la s u p r e m a d i g n i d a d del h o m b r e y p o r consiguiente de toda la naturaleza. ¿ C ó m o explicar que e n el p r e c i s o m o m e n t o d e u n d e s c u b r i m i e n t o d e e s a i m p o r t a n c i a , el p e n s a m i e n t o cristiano p a r e c e detenerse y r e n u n c i a a explotar su éxito? 2

7

28

E s t o es s ó l o a p a r e n t e . E s v e r d a d q u e l a n o c i ó n d e p e r s o n a p a r e c e n o d e s e m p e ñ a r n i n g ú n p a p e l e n l a m o r a l m e d i e v a l , p e r o s ó l o se l a p u e d e c r e e r a u s e n t e si se o l v i d a l a d e f i n i c i ó n q u e d e e l l a h a n d a d o los p e n s a d o r e s c r i s t i a n o s : u n i n d i v i d u o d e n a t u r a l e z a r a c i o n a l . Si, c o m o m á s a d e l a n t e t e n d r e m o s q u e demostrarlo, la m o r a l cristiana exige del h o m b r e q u e viva u n a v i d a p e r f e c t a m e n t e racional, n i u n a sola p a l a b r a d e lo q u e é s t a d i c e d e l a m o r a l d e j a d e r e f e r i r s e d i r e c t a m e n t e a l a historia de la personalidad. Es la persona, e n c u a n t o razón práctica, l a q u e c o n s u a c t i v i d a d t e j e l a t r a m a d e l a v i d a h u m a n a ; e l l a es l a q u e , d e s n u d a e n s u e s e n c i a , se e n r i q u e c e s i n c e s a r c o n c i e n c i a s n u e v a s , costumbres morales q u e son virtudes, costumbres prácticas q u e son artes, y, e n c i e r t o m o d o c o n s t r u y é n d o s e e l l a m i s m a , e n g e n d r a e s a s o b r a s 2 7

de

S o b r e e s t a i n f l u e n c i a p e r s i s t e n t e d e l a filosofía c r i s t i a n a e n l a h i s t o r i a l a filosofía m o d e r n a , v é a n s e las p á g i n a s s i e m p r e v e r d a d e r a s d e H . RITTER,

Histoire 2 8

pág.

de la philosophie

S a n BUENAVENTURA, 361.

chrétienne, t. I , p á g s . 2 0 - 2 2 . Cora, in Joan., V I I I , 3 8 ; e d i c . Q u a r a c c h i ,

t.

V I ,

EL PERSONALISMO

maestras humanas

CRISTIANO

q u e s o n e l s a b i o , e l h é r o e , el artista o el jarlto,

Obras maestras duraderas, imperecederas como

las p e r s o n a s q u e ellas

constituyen,

de un alma

esculpidas

e n la propia

substancia

inmortal

d e s t i n a d a a e n c o n t r a r s u c u e r p o e n l a i n m o r t a l i d a d . D e todas las cosas a d m i r a b l e s d e la n a t u r a l e z a , dice el p o e t a griego, n o conozco

ninguna

t a n a d m i r a b l e c o m o e l h o m b r e . A p a r t i r d e l C r i s t i a n i s m o y a n o es s ó l o el h o m b r e ; h a y q u e d e c i r l a p e r s o n a quod

est perfectissimum

in tota

humana: a

natura.

u

HgnificcU id

persona

P a r a s e g u i r e l d e s a r r o l l o di-

ese ser e m i n e n t e , e n l o sucesivo es c o n v e n i e n t e e s t u d i a r las c o n d i c i o n e s d e su a c t i v i d a d teórica y p r á c t i c a , l a adquisición d e sus c o n o c i m i e n t o s y el ejercicio d e su m o r a l i d a d . E n el m o m e n t o d e c o n c l u i r esta p r i m e r a serie d e lecciones siento m á s v i v a m e n t e q u e n u n c a c u a n i n a d e c u a d a s s o n a la g r a n d e z a d e l sujeto, y c u a n , p a r a decirlo en u n a p a l a b r a , esquemáticas. Sin e m b a r g o , a ese e s q u e m a t i s m o , q u e soy el p r i m e r o e n acusar, creo p o d e r a p e l a r excusarme.

L o que he querido

hacer,

en l a m e d i d a

para

d e mis fuerzas,

es p o n e r e n e v i d e n c i a u n p e q u e ñ o n ú m e r o d e n o c i o n e s filosóficas origen, e n el estado actual d e nuestros conocimientos, parece y más particularmente

judeo-cristiano.

Si lo esencial

cuyo

religioso

d e l a tesis q u e

s o s t e n g o es v e r d a d e r o , p u e d e d i f e r i r s e p r o v i s i o n a l m e n t e e l e s t u d i o d e l o t o m a d o p o r l a filosofía c r i s t i a n a a l a filosofía g r i e g a , c o n l a c e r t e z a d e q u e c u a l q u i e r e l e m e n t o d e o r i g e n h e l é n i c o u o t r o a c o g i d o e n la síntesis c r i s t i a n a sólo h a e n t r a d o s u f r i e n d o u n a a s i m i l a c i ó n y p o r c o n s i g u i e n t e una

transformación.

P l a n t e a r e l p r o b l e m a e n e s o s t é r m i n o s es m o s t r a r i n m e d i a t a m e n t e q u e n o p r e t e n d e m o s h a c e r d e l a filosofía c r i s t i a n a u n a s u e r t e d e c r e a c i ó n ex

nihilo,

sin vínculos p r o f u n d o s

c o n el p a s a d o . S e r í a

cosa d e

a c a b a r e n u m e r a r y clasificar sus f u e n t e s g r i e g a s , es decir,

nunca

precisamente

t o d o lo q u e el C r i s t i a n i s m o d e b i ó t o m a r a n t e s d e asimilarla. A ú n m á s : legítimamente filosofía impide

podemos preguntarnos

c r i s t i a n a si l a f i l o s o f í a imaginar

¿habría

griega

u n Cristianismo

habido

alguna vez u n a

n o hubiese existido? N a d a

reducido

y d e los E v a n g e l i o s , t a n p o c o e s p e c u l a t i v o

al contenido como

d e la

lo h a b í a

d a i s m o , y c u y a esencia religiosa sería estrictamente

nos

Biblia

s i d o el j u -

idéntica

a la q u e

h a c o n s e r v a d o e n n u e s t r o s d í a s . L a filosofía, a u n c r i s t i a n a , n o f u é n u n c a , n o es y j a m á s será u n e l e m e n t o n e c e s a r i o d e u n a d o c t r i n a d e s a l v a c i ó n . M u y lejos, p u e s , d e n e g a r q u e el p e n s a m i e n t o c r i s t i a n o d e b a m u c h o a l p e n s a m i e n t o g r i e g o , es j u s t o d e c i r q u e e n é l c o n t i n ú a l a f i l o s o f í a

griega,

e s d e c i r , l a f i l o s o f í a p u r a y s i m p l e . L a ú n i c a c u e s t i ó n e r a s a b e r si e s a filosofía

no h a cambiado

d e a s p e c t o , si s u d e s a r r o l l o n o h a

recibido

u n i m p u l s o n u e v o , p o r el h e c h o d e q u e c o n t i n u a b a e n r é g i m e n cristiano. P r e c i s a m e n t e a e s a p r e g u n t a p a r e c e d a r u n a r e s p u e s t a la filosofía

cris-

t i a n a , y q u e d a e n t e n d i d o q u e si a l a E s c r i t u r a d e b e m o s e l t e n e r u n a 2 9

S a n t o T O M Á S DE A Q U I N O , Sum.

theol,

I, 2 9 , 3 , Resp.

212

E L ESPÍRITU DE LA FILOSOFÍA MEDIEVAL

filosofía q u e s e a c r i s t i a n a , a la t r a d i c i ó n g r i e g a d e b e el C r i s t i a n i s m o el t e n e r u n a filosofía. S i n l a r e v e l a c i ó n b í b l i c a n o h a y m e t a f í s i c a del S e r p u r o , p e r o , t a m b i é n , sin la filosofía g r i e g a n o h a y m e t a f í s i c a s a l i d a d e esa revelación. Si esto es así, d e c i r q u e el e s p í r i t u d e l a filosofía m e d i e v a l , e n lo q u e t i e n e d e c o n s t r u c t i v o y d e c r e a d o r , n o e s m á s q u e el e s p í r i t u m i s m o d e l a f i l o s o f í a c r i s t i a n a , es s i m u l t á n e a m e n t e a f i r m a r q u e l a E d a d M e d i a f u é u n a é p o c a d e p r o g r e s o filosófico y q u e ese p r o g r e s o d e s c a n s a b a sobre la c o n t i n u i d a d d e u n a tradición. Acentuar, c o m o e n t o d o h e int e n t a d o h a c e r l o , s u s e l e m e n t o s c r i s t i a n o s y l a o r i g i n a l i d a d q u e les d e b e , e s t r a t a r d e s e ñ a l a r l o q u e l a d i s t i n g u e ; n o es e n m o d o a l g u n o o l v i d a r l a , sino m á s b i e n p r e s u p o n e r d e m a n e r a c o n s t a n t e t o d o s los e l e m e n t o s q u e ella c o n s e r v a y los c a r a c t e r e s q u e h a c e n d e ella u n a v e r d a d e r a filosofía. E n u n a p a l a b r a : a s í c o m o l a f i l o s o f í a c r i s t i a n a n o e s el t o d o d e l a f i l o s o f í a m e d i e v a l , t a m p o c o l a i n f l u e n c i a e s c r i p t u r a r i a e s el t o d o d e la filosofía c r i s t i a n a ; n i s i q u i e r a a g o t a s u e s e n c i a , p e r o s e ñ a l a su difer e n c i a específica y r e v e l a su espíritu. E n este s e n t i d o , la discusión hist ó r i c a d e l a n o c i ó n d e f i l o s o f í a c r i s t i a n a es i n d i s p e n s a b l e p a r a l a i n t e r p r e t a c i ó n d e la filosofía m e d i e v a l y p a r a u n a s a n a a p r e c i a c i ó n h i s t ó r i c a d e t o d a la E d a d M e d i a . P o r lo d e m á s , e n este p u n t o c e n t r a l d e n u e s t r a i n v e s t i g a c i ó n t o d a c o n c l u s i ó n sólo p o d r í a ser p r o v i s i o n a l . ¿ H a s a b i d o la E d a d M e d i a completar la metafísica y la antropología con u n a n o - é t i c a y c o n u n a m o r a l c r i s t i a n a s ? H e a h í el p r o b l e m a q u e h a b r e m o s d e d i s c u t i r a n t e s d e llegar a c o n c l u s i o n e s , y c u y o e x a m e n s e r á el o b jeto d e la s e g u n d a serie d e estas lecciones.

CAPÍTULO EL

XI

C O N O C I M I E N T O D E Sí M I S M O EL

SOCRATISMO

Y

CRISTIANO

¡ Q U É TONTO p r o y e c t o e l d e M o n t a i g n e d e p i n t a r s e a sí m i s m o ! efecto,

1

En

las incertidumbres d e M o n t a i g n e , las miserias d e M o n t a i g n e

casi n o i n t e r e s a n a P a s c a l p o r q u e s o n d e M o n t a i g n e , p e r o le i n t e r e s a n m u c h í s i m o , y b i e n s e e c h a d e v e r e n Conversación

con M,

de

Sacy,

p o r q u e s o n l a s d e l h o m b r e . P u e s " h a y q u e c o n o c e r s e a sí m i s m o : a u n c u a n d o esto n o sirviera p a r a h a l l a r lo v e r d a d e r o , sirve a l m e n o s reglar su vida, y n o h a y n a d a m á s justo".

2

para

A l f u n d a r así l a m o r a l sobre

el c o n o c i m i e n t o d e sí m i s m o , P a s c a l p e r m a n e c í a f i e l a l a m á s a n t i g u a de las t r a d i c i o n e s filosóficas; p e r o su m a n e r a d e i n t e r p r e t a r este c o n o c i m i e n t o e r a n u e v a , y l a h i s t o r i a n o c o m p r e n d e r í a c ó m o se e f e c t u ó l a t r a n s i c i ó n d e S ó c r a t e s a P a s c a l , a m e n o s q u e se r e s e r v a r a u n c a p í t u l o i m p o r t a n t e a l Nosce De

te ipsum

d e los filósofos c r i s t i a n o s .

t o d o s los c a s o s q u e e l h i s t o r i a d o r d e l a f i l o s o f í a c r i s t i a n a

pueda

t e n e r q u e c o n s i d e r a r , éste s i g u e s i e n d o el m á s a b i e r t o a l r e p r o c h e q u e 1

"¡Qué

tonto proyecto tiene de pintarse!"

PASCAL,

Pensées,

L.

Brunschvicg,

edic.

minor, n. 6 2 , p á g . 3 4 3 . P A S C A L , Pensées, e d i c . c i t a d a , n . 6 6 , p á g s . 3 4 5 - 3 4 6 . L . B r u n s c h v i c g r e m i t e a C H A R R O N , Traite de la Sagesse, c o m o fuente posible d e Pascal sobre ese punto. Brunschvicg tiene totalmente razón, puesto q u e Charron comienza, e n e f e c t o , s u o b r a c o n u n " L i b r o p r i m e r o , q u e e s e l c o n o c i m i e n t o d e sí y d e l a h u m a n a c o n d i c i ó n . E x h o r t a c i ó n a e s t u d i a r s e a sí m i s m o " . A g r e g u e m o s q u e C h a r r o n n o sólo d e c l a r a q u e sigue a M o n t a i g n e y a u n a S ó c r a t e s y otros a u t o res antiguos q u e cita, sino t a m b i é n al cristianismo y a l a Biblia. C i t a el S a l m o 138, 6 : " F o r m a s t i m e e t posuisti s u p e r m e m a n u m t u a m , ideo mirabilis facta e s t s c i e n t i a t u a e x m e . " A l g o m á s i m p o r t a n t e : c i t a e l Cant. Cant., I , 8 : si te ignoras, o pulcherrima . . . , q u e S a n B e r n a r d o h a aplicado a m e n u d o al conoc i m i e n t o d e l a l m a p o r sí m i s m a . T o d o e s t e L i b r o I d e l t r a t a d o d e C h a r r o n p u d i e r a , pues, n o ser c o m p l e t a m e n t e ajeno a la tradición cristiana de la E d a d M e d i a . Después d e todo, el teologal d e C o n d o m e r a u n sacerdote. L a s d i f i c u l t a d e s c o n q u e s e t r o p i e z a p a r a c o n c i l i a r l o s Discursos cristianos y las 2

Tres

verdades

c o n e l Tratado

de la sabiduría

se d e b e n e n p a r t e a q u e n o se

h a sabido discernir, bajo la n o v e d a d d e la ejecución, lo q u e la obra conservaba de l a tradición cristiana. P u d i e r a completarse e n ese sentido el libro, d e t o n o t a n j u s t o , d e J . B . SABRIÉ, De Vhumanisme au rationalisme, París, F. Alean, 1913. El racionalismo de C h a r r o n quizá n o tenga otras fuentes inmediatas q u e las del Renacimiento, pero el mismo R e n a c i m i e n t o tenía fuentes, y n o t o d a s se h a l l a n e n l a A n t i g ü e d a d .

214

EL

ESPÍRITU

DE LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

se l e h a c e d e c o n f u n d i r e l o r d e n f i l o s ó f i c o c o n e l o r d e n r e l i g i o s o . S i n e m b a r g o , d e l O r á c u l o d e D e l f o s r e c o g i ó S ó c r a t e s el c é l e b r e p r e c e p t o : " C o n ó c e t e a ti m i s m o " , y el O r á c u l o n o e n s e ñ a b a filosofía. A l i n t e r p r e t a r esta o r d e n c o m o u n p r o g r a m a y u n m é t o d o , Sócrates p r o p o n í a a sus sucesores q u e t r a b a j a r a n p o r conocerse p a r a hacerse mejores. Y c i e r t a m e n t e n o se i l u s i o n a b a s o b r e las d i f i c u l t a d e s d e la t a r e a . H i z o algo m á s q u e v e r l a s ; las e x p e r i m e n t ó , p u e s t o q u e m u r i ó p o r ellas. S i n e m b a r g o , si e n el e m p l e o d e s e m e j a n t e m é t o d o h a b í a m u c h o s o b s t á c u l o s filosóficos q u e s u p e r a r y a u n r i e s g o s s o c i a l e s q u e c o r r e r , n o c o n s t i t u í a e n sí m i s m o u n p r o b l e m a , y l a d e c i s i ó n d e e s t u d i a r a l h o m b r e n o t e n í a e n sí n a d a d e m i s t e r i o s o . M á s e x a c t a m e n t e , d e j a b a d e s e r m i s t e r i o s o d e s d e e l m o m e n t o e n q u e p a s a b a d e l a b o c a d e l O r á c u l o d e -Delfos a. l a d e S ó c r a t e s , p e r o n e c e s a r i a m e n t e v o l v e r í a a s e r l o e n e l m o m e n t o e n q u e p e n s a d o r e s cristianos lo recogieran y lo i n t e r p r e t a r a n . 3

S e a c u a l s e a e l a s p e c t o d e l h o m b r e q u e e l filósofo c r i s t i a n o c o n s i d e r e , concluye siempre relacionándolo y sometiéndolo a Dios. A h o r a bien: la n a t u r a l e z a m i s m a d e l h o m b r e es u n p u n t o s o b r e e l c u a l l a B i b l i a t e n í a a l g o q u e e n s e ñ a r a los filósofos. E n el sexto d í a d e l a c r e a c i ó n D i o s se d i j o : " H a g a m o s a l h o m b r e a n u e s t r a i m a g e n , c o n f o r m e a n u e s t r a s e m e j a n z a , y s e ñ o r e e e n los p e c e s d e l a m a r , e n los p á j a r o s d e l cielo, e n los a n i m a l e s d o m é s t i c o s , e n t o d a l a t i e r r a y e n los reptiles q u e se a r r a s t r a n p o r la tierra. Y Dios creó al h o m b r e según su i m a g e n ; lo creó a i m a g e n d e D i o s " (Gen., I , 26-27). T r e s veces a f i r m a d a e n u n a s pocas líneas, esa semejanza divina, inscrita e n la esencia m i s m a del h o m b r e p o r el a c t o c r e a d o r , r i g e l a e s t r u c t u r a í n t i m a d e s u s e r . N o s e t r a t a d e s e g u i r los d e t a l l e s i n f i n i t a m e n t e r a m i f i c a d o s d e s u i n f l u e n c i a , p e r o se p u e d e c u a n d o m e n o s señalar q u é transformaciones i m p o n e al problema d e l c o n o c i m i e n t o e n sí. El p r i m e r c a r á c t e r d e l a i m a g e n d i v i n a es su u n i v e r s a l i d a d ; esta u n i v e r s a l i d a d se e x p l i c a a s u v e z p o r e l h e c h o d e q u e n o s e t r a t a d e u n carácter accidental sobreagregado a l a naturaleza h u m a n a , sino d e esta n a t u r a l e z a m i s m a , t o m a d a e n lo q u e constituye su esencia. P o r eso G r e g o r i o d e Nisa a f i r m a q u e todos los h o m b r e s , sin n i n g u n a distinción, s o n a i m a g e n d e D i o s . L a m i s m a d o c t r i n a se e n c u e n t r a e n la S u m a d e Santo T o m á s , e n S a n Buenaventura, en Duns Escoto. E n resumen, s u g e r i d a p o r el t e x t o d e la Biblia, f o r m a n a t u r a l m e n t e p a r t e d e l b i e n c o m ú n d e l a filosofía cristiana. P o r lo c o n t r a r i o , las escuelas se d i v e r 4

Memorables, IV, 2, 24-25. NISA, De hominis opificio, c a p . x v i ; Patr. gr., t. 4 4 , D . S a n B U E N A V E N T U R A , In II Sent., 1 6 , 1, 2 , R e s p . (distingue entre

3

JENOFONTE,

4

GREGORIO

DE

col. 1 8 5 e l h o m b r e , i m a g e n natural d e D i o s , y e l V e r b o , i m a g e n connatural del Padre). L o s " f u n d a m e n t o s " d e e s t e a r t í c u l o se e x p r e s a n c o n t o d a l a f u e r z a q u e e s d e d e s e a r : " Q u o d i n e s t a l i c u i a s u a p r i m a o r i g i n e i n e s t e i n a t u r a l i t e r ; s e d esse i m a g i n e r a D e i c o n v e n i t h o m i n i a s u a p r i m a c o n d i t i o n e : e r g o e s t ei n a t u r a l e . í t e m , q u o d inest ó m n i b u s c o m m u n i t e r et inseparabiliter, inest naturaliter; sed e s s e i m a g i n e r a c o n v e n i t h o m i n i u n i v e r s a l i t e r e t i n s e p a r a b i l i t e r : e r g o , etc. ítem,

EL

CONOCIMIENTO

DE S Í

215

MISMO

sifican e n c u a n t o i n t e n t a n d e c i r e n q u é consiste l a i m a g e n d e Dios y e n c u a n t o se i n t e n t a Para podía

quien parecer

definirla.

seguía

sencillamente

fácil.

L a Biblia dice

el t e x t o

d e l Génesis,

q u e el h o m b r e

la

respuesta

h a sido h e c h o

a

i m a g e n d e D i o s , e n c u a n t o es s o b r e l a t i e r r a c o m o el v i c a r i o d e l C r e a d o r . D u e ñ o d e l m u n d o h e c h o p o r É l , D i o s lo g o b i e r n a según su g r a d o , p e r o h a entregado al h o m b r e u n a p a r t e de gobierno, d e m o d o q u e ejercemos sobre las cosas u n d o m i n i o a n á l o g o al d e D i o s m i s m o . Estas fundamentales prender

h a n sido y a discutidas, y basta recordarlas

en q u é sentido

el h o m b r e

es u n a i m a g e n

nociones

para

de Dios

com-

sobre

la

tierra: lo r e p r e s e n t a c o m o u n l u g a r t e n i e n t e a su soberano. E l v e r d a d e r o p r o b l e m a f i l o s ó f i c o es s a b e r p o r q u é e l h o m b r e e s c a p a z d e r e i n a r s o b r e el m u n d o y e j e r c e r e s a s o b e r a n í a c a s i d i v i n a . P r i m e r o ,

evidentemente,

p o r q u e , es l i b r e , m i e n t r a s q u e los d e m á s seres n o lo s o n . P e r o son l a s raíces d e e s a l i b e r t a d ? É s t a s se e n c u e n t r a n

¿ cuáles

e n sü inteligencia

y su r a z ó n , q u e le p e r m i t e n dirigirse y elegir, y p o r o t r a p a r t e lo disponen

a las influencias

d e las virtudes

enumeración, q u e nos propone S a n Efrén

y gracias

divinas. Esta

breve

d e Nísibe, m u e s t r a q u é p r o -

gresos h a b í a h e c h o la reflexión filosófica d e s d e m e d i a d o s d e l siglo ív.

5

E n lo sucesivo, l a i m a g e n , d i v i n a s e r á s i e m p r e c o l o c a d a p o r los t e ó l o g o s e n lo q u e el h o m b r e t i e n e d e m á s e m i n e n t e , es d e c i r , y a e n s u i n t e l i gencia, y a e n su libertad. Preludiando

las reflexiones

metafísicas

de Descartes,

San Bernardo

h a c e d e l libre albedrío h u m a n o la i m a g e n p o r excelencia d e Dios, pues siendo tal su naturaleza

q u e n o se le p u e d e

disminuir

sin destruirlo,

está e n nosotros c o m o u n a perfección inamisible, e t e r n a e n cierto m o d o , y semejante a la de Dios mismo.

6

S a n A g u s t í n , p o r lo c o n t r a r i o , insiste

q u o d convenit aliqui s e c u n d u m naturales ejus proprietates convenit ei n a t u r a l i t e r ; s e d esse i m a g i n e m c o n v e n i t h o m i n i s e c u n d u m i n t r í n s e c a s p o t e n t i a s e t n a t u r a l e s : e r g o c o n v e n i t e i n a t u r a l i t e r . í t e m , esse i m a g i n e m D e i n o n e s t h o m i n i a c c i d e n s , s e d t o t i u s s u b s t a n t i a l e , s i c u t esse v e s t i g i u m n u l l i a c c i d i t c r e a t u r a e " , loe. cit., f u n d a m . 1-4. S a n t o T O M Á S DE A Q U I N O , Sum. theol., I, 9 3 , 4. E n l o q u e r e s p e c t a a D u n s E s c o t o , cf. J E R . DE M O N T E F O R T I N O , / . D. Scoti Summa theologica, I , 9 3 , 4 . E l c a r á c t e r natural de la imagen divina, t a n fuertemente a c e n t u a d o p o r los p e n s a d o r e s d e l a E d a d M e d i a , es a veces c o n t e s t a d o e n el protestantismo contemporáneo. El aspecto protestante d e la cuestión está bien e x p r e s a d o e n K . B A R T H u n d H . B A R T H , Zur Lehre vom heiligen Geist, Munich, G. Kaiser, 1930, págs. 43-48. L a s d o s doctrinas tienen m u c h o s elementos com u n e s , a u n c u a n d o los e m p l e a n s e g ú n u n p l a n diferente. 5

S a n E F R É N DE N Í S I B E , Interpretationes in sacram scripturam, en ROUET J O U R N E L , Enchiridion patristicum, texto 722, págs. 252-253. " P u t o a u t e m i n his tribus libertatibus i p s a m a d q u a m conditi sumus, c o n d i t o r i s i m a g i n e m a t q u e s i m i l i t u d i n e m c o n t i n e r i ; et i m a g i n e m q u i d e m i n l i b e r t a t e m arbitrii, in reliquis a u t e m d u a b u s b i p e r t i t a m q u a m d a m consignan simil i t u d i n e m . H i n c est fortassis q u o d s o l u m l i b e r u m a r b i t r i u m sui o m n i n o defect u m , s e u d i m i n u t i o n e m n o n p a t i t u r , q u o d i n i p s o p o t i s s i m u m a e t e r n a e et i n commutabilis divinitatis substantiva q u a e d a m ¡mago impressa videatur." S a n

DE

8

BERNARDO, De gratia

et libero arbitrio,

c a p . rx, n . 2 8 ; Patr. lat., t . 1 8 2 , c o l . 1 0 1 6 .

216

E L ESPÍRITU

DE LA FILOSOFÍA

MEDIEVAL

m á s b i e n sobre l a e m i n e n t e d i g n i d a d del p e n s a m i e n t o , abierto a l a ilu­ m i n a c i ó n d e las ideas divinas, y a ese c o n t a c t o i n m e d i a t o d e l intelecto c o n D i o s es al q u e l a escuela a g u s t i n i a n a v i n c u l a r á noción d e imagen.

7

de preferencia

la

S e a c u a l s e a l a t r a d i c i ó n s e g u i d a , y é s t a s se c o m ­

p e n e t r a n p o r o t r a p a r t e a m e n u d o , es c i e r t o d e c i r q u e l a n o c i ó n b í b l i c a e n q u e se i n s p i r a r e c i b e d e ella u n a a m p l i t u d filosófica d e g r a n

impor­

t a n c i a ; p e r o la n o c i ó n filosófica d e l h o m b r e sale p r o f u n d a m e n t e

trans­

formada. D e c i r q u e el p e n s a m i e n t o y l a l i b e r t a d s o n e n n o s o t r o s l a i m a g e n d e Dios, n o significa, e n efecto, q u e el a l m a sea u n a suerte d e represen­ tación o de pintura q u e bastaría con mirar p a r a conocer la naturaleza de su a u t o r . P u e d e p a r e c e r l o e n cierto p l a n o inferior d e l a i m a g i n a c i ó n ó d e l análisis r a c i o n a l ; p e r o , p o r legítimas q u e p u e d a n ser e n su género tales e s p e c u l a c i o n e s , v a l e n m e n o s p o r el d e t a l l e q u e p o r el e s p í r i t u q u e las a n i m a . N o s o n sino o t r a s t a n t a s respuestas a u n a m i s m a

cuestión,

y l o q u e i m p o r t a es' l a p r e s e n c i a f e c u n d a d e l a c u e s t i ó n . E n l o s a u t o r e s de

la E d a d

Media

se e n c u e n t r a

u n a lozana

vegetación

trinitarios, u n a especie d e psicología simbólica

de

símbolos

e n q u e las facultades

v a n s i e m p r e d e a tres, sus funciones d e a tres, y t a m b i é n d e a tres las d i v e r s a s m a n e r a s c o n q u e l a s a b o r d a n . N a d i e p u e d e e x a g e r a r el v a l o r científico d e tales consideraciones, y S a n t o T o m á s h a l i m i t a d o

cuida­

d o s a m e n t e su a l c a n c e teológico. P o r lo d e m á s , éstos s o n h e c h o s

histó­

ricos d e m a s i a d o c o m p l e j o s p a r a q u e s o b r e ellos p u e d a e m i t i r s e u n j u i c i o d e v a l o r q u e se a p l i q u e i n d i s t i n t a m e n t e a t o d o s . L a s p r o f u n d a s

especu­

l a c i o n e s p s i c o l ó g i c a s d e l p r o p i o S a n A g u s t í n , e n e l De Trinitate, rían ser consideradas o r a como u n esclarecimiento

debe­

de la teología a la

luz d e l a p s i c o l o g í a , o r a c o m o u n a h o n d a m i e n t o d e l a p s i c o l o g í a p o r el esfuerzo

de interpretación

del dogma.

L a noción

la del Verbo, la psicología d e la voluntad

del verbo mental

y la teología

S a n t o se i n f l u y e n m u t u a m e n t e . S o n é s t a s c u e s t i o n e s i m p o r t a n t e s , d e t a l l e d e b e r á e s t u d i a r l a h i s t o r i a d e l a filosofía

y

del Espíritu cuyo

cristiana c u a n d o nos

Cf. RICARDO DE S A I N T - V Í C T O R , De statu interioris hominis, I , c a p . m ; Patr. lat., t. 1 9 6 , c o l . 1 1 1 8 - 1 1 1 9 . R . D E S C A R T E S , Medit. IV, e d i c . A d a m - T a n n e r y , t . V I I , pág. 7

5 7 , 1.

12-15.

" E r g o intelligimus h a b e r e nos aliquid u b i i m a g o D e i est, m e n t e m scilicet a t q u e r a t i o n e m . I p s a m e n s invocabit l u c e m D e i et v e r i t a t e m D e i . I p s a est q u a capimus j u s t u m e t i n j u s t u m ; ipsa est q u a discernimus v e r u m a falso; ipsa est q u a e v o c a t u r intellectus, q u o intellectu carent bestiae." S a n AGUSTÍN, Enarr. in Ps. 4 2 , n . 6 ; Patr. lat., t . 3 6 , c o l . 4 8 0 . C f . e s e t e x t o s o b r e e l c u a l volveremos: "Fecit (Deus) et hominern a d imaginem et similitudinem suam in m e n t e : ibi est e n i m i m a g o D e i ; ideo m e n s ipsa n o n potest comprehendi n e c a seipsa, u b i e s t i m a g o D e i . A d h o c facti s u m u s , u t creaturis caeteris d o m i n e m u r . . . " De symbolo, I , 2 ; Patr. lat., t . 4 0 , c o l . 6 2 8 . V é a s e también e n R O U E T D E J O U R N E L , Enchiridion patristicum, texto 1 8 0 6 , pág. 5 8 8 . S a n B u e n a v e n t u r a s i g u e a S a n A g u s t í n e n In II Sent., 1 6 , 1 , 1 , f u n d . 4 ; e d i c . Q u a ­ r a c c h i , t. I I , p á g . 3 9 4 .

EL

CONOCIMIENTO

DE SI

217

MISMO

h a y a m o s p u e s t o d e a c u e r d o sobre su espíritu y sus principios.

8

P o r el

m o m e n t o c o n t e n t é m o n o s c o n o b s e r v a r e l s e n t i d o e n q u e se d i r i g e n t o d a s esas especulaciones. N o v a n d e D i o s al h o m b r e , sino d e l h o m b r e a Dios. M á s e x a c t a m e n t e , l a i m a g e n d i v i n a e n el h o m b r e n o es sólo, n i sobre t o d o , a q u e l l o e n l o c u a l el h o m b r e sino

la conciencia

movimiento

q u e el h o m b r e

se a s e m e j a adquiere

p o r el c u a l , t r a s c e n d i é n d o s e

efectivamente

a Dios,

d e ser u n a imagen

en cierto m o d o

ella

y el

misma,

el a l m a e m p l e a e s a s i m i l i t u d d e h e c h o p a r a a l c a n z a r a D i o s . " L a i m a g e n d e D i o s se e n c u e n t r a e n el a l m a — e s c r i b e S a n t o T o m á s d e A q u i n o — , e n cuanto

ella se d i r i g e h a c i a D i o s

hacia Él."

9

o su n a t u r a l e z a

le p e r m i t e

dirigirse

D u n s Escoto, a u n q u e insiste c o n f u e r z a p a r t i c u l a r sobre l a

r e a l i d a d d e l a i m a g e n t a l c o m o se e n c u e n t r a e n sí m i s m a e n l a m e n t e , c o n c e d e t a m b i é n q u e é s t a p e r m a n e c e i m p e r f e c t a d u r a n t e t o d o el t i e m p o e n q u e e s t á r e p l e g a d a s o b r e sí m i s m a y n o t o r n a s u v a l o r p r o p i o c u a n d o se refiere e x p l í c i t a m e n t e a su m o d e l o .

1

0

logía h a ejercido la m á s extensa y decisiva influencia pretación

del hombre, d a n d o nacimiento

sino

P o r ese medio la teosobre la

inter-

a lo q u e sin d e m a s i a d a i m -

p r o p i e d a d p o d r í a m o s l l a m a r e l Socratismo

cristiano.

E n efecto, h a y u n e l e m e n t o c o m ú n al socratismo d e Sócrates y al q u e d e él h a n s a c a d o los P a d r e s d e l a I g l e s i a o los filósofos Media:

su antifisicismo. N i u n o s n i otros r e p r u e b a n

naturaleza

como

tal, pero todos concuerdan

d e la

Edad

el e s t u d i o

d e la

en admitir

q u e el

cuno

c i m i e n t o d e sí m i s m o e s m u c h o m á s i m p o r t a n t e p a r a el h o m b r e q u e el del

mundo

exterior.

L a experiencia

P l a t ó n l a r e f i e r e e n el Fedón

personal

d e Sócrates,

tal

(98 b y s i g . ) , h a e j e r c i d o e n e s t e

como

aspecto

u n a i n f l u e n c i a d e c i s i v a ; e n c i e r t o s e n t i d o se l e p u e d e n v i n c u l a r t o d o s l o s q u e , d e s d e e l e s t o i c i s m o h a s t a M o n t a i g n e y P a s c a l , e s t i m a n q u e el v e r d a d e r o sujeto d e e s t u d i o p a r a el h o m b r e es el h o m b r e . H a y q u e a ñ a d i r , p o r o t r a p a r t e , q u e si l a c i e n c i a la m á s i m p o r t a n t e ,

es p o r q u e

del h o m b r e

les p a r e c e

é s t a es l a ú n i c a

a todos

que puede

ellos

fundar

los

preceptos q u e rigen la c o n d u c t a d e la vida. S u antifisicismo n o p r e p a r a 8

Para

ese estudio

se e n c o n t r a r á n

dos excelentes

S C H M A U S , Die psychologische Trinitdtslehre 1 9 2 7 , y A . GARDEIL, La structure de Váme París, 8

puntos

de partida

en

M.

des hl. Augustinus, Münster, W . , et l'expérience mystique, 1 tomos,

Gabalda, 1927.

" S e d contra

est q u o d

Augustinus

dicit,

X I Vde Trinitate

(cap. x n )

quod

non propterea est Dei irnago in mente, quia sui meminit mens et intelligit ac diligit se; sed quia potest etiam meminisse et intelligere et amare Deum, a quo facta est. M u l t o i g i t u r m i n u s s e c u n d u m a l i a o b j e c t a a t t e n d i t u r i m a g o D e i i n m e n t e . . . . E t sic i m a g o D e i a t t e n d i t u r i n a n i m a , s e c u n d u m q u o d f e r t u r v e l n a t a e s t t e r r i i n D e u m . " S a n t o T O M Á S DE A Q U I N O , I , 9 3 - 8 , Sed contra y Rest). San Buenaventura, abordando el p r o b l e m a más directamente todavía, hace c o i n c i d i r l a i m a g e n d i v i n a e n el h o m b r e c o n el p r i v i l e g i o d e q u e g o z a d e estar en relación inmediata c o n Dios p o r la inteligencia y la voluntad: In II Sent., 1 6 , 1, 1, C o n c l . p r o b . 1 ; e d i c . Q u a r a c c h i , t . I I , p á g . 3 9 4 . 1

0

DUNS

pág. 476.

ESCOTO,

Op.

Oxon.,

I , 3,

11, 7 ; edic.

Quaracchi,

n.

5 2 1 , t. I ,

218

E L ESPÍRITU DE LA FILOSOFÍA

MEDIEVAL

l a s v í a s a u n p s i c o l o g i s m o : es m á s b i e n e l e n v é s d e u n m o r a l i s m o . A h o r a b i e n : p o r esos d o s a s p e c t o s , t e n í a p o r q u é s e d u c i r a los c r i s t i a n o s :

¿de

q u é s i r v e a l h o m b r e g a n a r el u n i v e r s o s i l l e g a a p e r d e r s u a l m a ?

Pero

n o p o d í a seducirlos sino a c e p t a n d o sufrir a su vez u n a

transformación

profunda.

conocerse

Cuando

Sócrates

m i s m o s , ese p r e c e p t o

les a c o n s e j a

significa

para

que intenten

ellos i n m e d i a t a m e n t e

que

a sí tienen

q u e c o n o c e r l a n a t u r a l e z a q u e D i o s les h a c o n f e r i d o y e l l u g a r q u e les h a a s i g n a d o e n el o r d e n u n i v e r s a l , c o n el fin d e q u e a s u v e z se o r d e n e n h a c i a D i o s . V e a m o s , p u e s , esos d i v e r s o s e l e m e n t o s e n a c c i ó n e n el p e n s a m i e n t o c r i s t i a n o y t r a t e m o s d e d i s c e r n i r l a ley s e g ú n l a c u a l s e h a n c o m p u e s t o a él. C o m o era natural esperarlo, fueron

l o s m o r a l i s t a s m á s b i e n q u e los

raetafísicos q u i e n e s se d i e r o n a l a t a r e a d e e x a m i n a r ese p r o b l e m a .

El

h o m b r e está r o d e a d o d e cosas q u e se h a l l a n a su n i v e l , o t r a s q u e e s t á n p o r d e b a j o d e él, y otras, e n fin, q u e e s t á n p o r e n c i m a d e él. S u interés podría, pues, ser solicitado p o r la profundización

d e las m á s diferentes

c i e n c i a s , p e r o l a ú n i c a q u e l e es i n m e d i a t a m e n t e n e c e s a r i a e s l a d e sí m i s m o . A l s u b o r d i n a r s e a la d o c t r i n a d e la salvación, el c o n o c i m i e n t o d e sí m i s m o l l e g a a s e r u n a n e c e s i d a d a b s o l u t a , y a u n s e p u e d e

decir

q u e es a l a v e z el c o m i e n z o d e t o d o c o n o c i m i e n t o , el ú n i c o o b j e t o d e l conocimiento,

el o b j e t o

último

del conocimiento.

No porque

todo

lo

d e m á s s e a i n ú t i l , l e j o s d e e s o ; p e r o l o e s s i n o se f u n d a s o b r e l a c i e n c i a d e l h o m b r e . " N o e s s e r s a b i o — d i c e S a n B e r n a r d o — n o s e r l o p a r a sí. E l h o m b r e s e r á s a b i o si l o e s p a r a sí. S e a , p u e s , e l p r i m e r o e n b e b e r e l a g u a d e su p r o p i o p o z o . C o m i e n z a p o r c o n s i d e r a r t e a ti m i s m o ; a ú n m á s : a c a b a p o r a h í . D o n d e t u c o n s i d e r a c i ó n se e s c a p a , t u s a l v a c i ó n g a n a r á e n q u e l a a t r a i g a s h a c i a ti. P a r a ti, t ú eres el p r i m e r o ; eres t a m b i é n el ú l t i m o . " 1

1

1

1

" J a m quod a d considerationis attinet fructum quatuor, u t oceurrunt, tibi c o n s i d e r a n d a r é o r : te, q u a e s u b t e , q u a e circa te, q u a e s u p r a te sunt. A t e t u a c o n s i d e r a t i o i n c h o e t , n e f r u s t r a e x t e n d a r i s i n a l i a t e n e g l e c t o . Quid

tibi prodest

si universum

mumdum

lucreris,

te unum perdens

(Mat.,

XVI, 26).

E t s i s a p i e n s s i s , d e e s t t i b i a d s a p i e n t i a m , si t i b i n o n f u e r i s . Q u a n t u m v e r o ? U t q u i d e m senserim e g o , t o t u m . Noveris licet o m n i a mysteria, noveris lata t e r r a e , a l t a c o e l i , p r o f u n d a m a r i s : si t e n e s c i e r i s , e r i s s i m i l i s a e d i f i c a n t i s i n e f u n d a m e n t o , r u i n a m , n o n estructurara faciens. Q u i d q u i exstruxeris extra te, e r i t i n s t a r c o n g e s t i p u l v e r i s , v e n t i s o b n o x i u m . N o n e r g o s a p i e n s , q u i sibi n o n est. S a p i e n s , si sibi s a p i e n s e r i t ; e t b i b e t d e fon t e p u t e i s u i p r i m u s ipse. A te proinde incipiat t u a consideratio; n o n solum autem, sed et in t h e finiatur. Q u o c u m q u e evagetur, a d te revocaveris e a m c u m salutis fructu. T u p r i m u s tibi, t u ultimus. S u m e e x e m p l u m d e s u m m o o m n i u m P á t r e , V e r b u m suum e t e m i t t e n t e e t r e t í n e n t e . V e r b u m t u u m , c o n s i d e r a t i o t u a . Q u a e si p r o c e d i t , n o n r e c e d a t ; sic p r o g r e d i a t u r , u t n o n e g r e d i a t u r ; sic e x e a t u t n o n deserat. I n acquisitione salutis n e m o tibi g e r m a n i o r ú n i c o matris tuae. C o n t r a salutem p r o p r i a m cogites nihil. M i n u s dixi, c o n t r a : p r a e t e r , dixisse d e b u e r a m . Q u i d q u i d se c o n s i d e r a t i o n i o f f e r a t , q u o d n o n q u o q u o m o d o a d t u a m i p s i u s s a l u t e m p e r t i n e a t , r e s p u e n d u i n . " S a n B E R N A R D O , De consideralione, lib. I I , c a p . m , n . 6 ; Patr. l a t . , t . 1 8 2 , c o l . 7 4 5 - 7 4 6 . E n e l m i s m o t r a t a d o s e v e r á c ó m o l a d e f i n i c i ó n c l á s i c a d e l h o m b r e , animal rationale moríale, r e c i b e u n a s i g n i f i c a c i ó n

EL

CONOCIMIENTO

DE

SÍ

219

MISMO

E l nosce te ipsum t o m a , pues, a q u í , el c a r á c t e r d e u n i m p e r a t i v o c u y a i m p o r t a n c i a es v i t a l y l a s a n c i ó n t r á g i c a , p e r o si e l h o m b r e d e b e r e l a c i o n a r t o d o c o n o c i m i e n t o a l q u e t i e n e d e sí m i s m o , v e r e m o s q u e n o puede conocerse verdaderamente mientras pretenda n o conocer m á s q u e a sí m i s m o . E l o r d e n , d i c e S a n A g u s t í n , es l a d i s p o s i c i ó n q u e a s i g n a a l a s c o s a s , s e m e j a n t e s o d i f e r e n t e s , el l u g a r q u e les p e r t e n e c e . Para conocerse h a y q u e colocarse, p u e s , e n su l u g a r , p o r d e b a j o d e aquello a lo cual se es inferior, p o r e n c i m a d e a q u e l l o a lo c u a l se es s u p e r i o r . E n r e a l i d a d , é s e es e l v e r d a d e r o s e n t i d o d e l p r e c e p t o d e S ó c r a t e s . S i p a r a e l a l m a s ó l o s e t r a t a s e d e t o m a r c o n c i e n c i a d e sí m i s m a , n a d a s e r í a m á s f á c i l , y a p e n a s s e r í a ú t i l p r e s c r i b í r s e l o . S i e m p r e p r e s e n t e a sí m i s m a , se s i e n t e , o c u a n d o m e n o s s e p r e s i e n t e a t r a v é s d e l a s i l u s i o n e s s e n s i b l e s q u e p u e d e n velarle sus p r o p i a n a t u r a l e z a . P e r o le q u e d a j u s t a m e n t e p o r librarse d e esas ilusiones, p a r a n o creerse n i m á s n i m e n o s d e lo q u e ella es. P o r eso, a p o y á n d o s e e n esta d o c t r i n a a g u s t i n i a n a del o r d e n , S a n B e r n a r d o i n t e r p r e t a el O r á c u l o d e Delfos c o n i n g e n u o a t r e v i m i e n t o , q u e p o d r í a h a c e r n o s s o n r e í r si n o s u p i é s e m o s q u é g r a n d e s Pensamientos h a b í a d e i n s p i r a r m á s t a r d e . ¿ C u á l es — s e p r e g u n t a — e l s e n t i d o d e l a respuesta de Apolo? Q u e h a y dos causas q u e hacen q u e nos ignoremos nosotros m i s m o s : u n a timidez excesiva q u e n o s lleva a h u m i l l a r n o s e x cesivamente, y u n a t e m e r i d a d todavía m á s peligrosa q u e nos invita a ser demasiado presumidos. Orgullo y presunción, pusilanimidad y falta d e confianza e n sí: h e a h í los d o s peligros q u e n o s asedian sin cesar; del orgullo nos libramos sometiéndonos a pruebas, d e la pusilanimidad t o m a n d o conciencia de nuestra verdadera naturaleza, y el v e r d a d e r o 1

1

2

3

1

m o r a l q u e le cristianiza:

op.

cit.,

a S a n B e r n a r d o , Meditationes

I I , 4 , 7. Cf. el t r a t a d o

devotissimae S A I N T - V Í C T O R , Benjamín

4

falsamente

atribuido

de cognitione humanae conditionis, major, l i b . I I I , c a p . v i ; Patr. tal.,

c a p . r. R I C A R D O D E t. 1 9 6 , c o l . 1 1 6 - 1 1 7 . 1 2 S a n A G U S T Í N , Be civ. Dei, X I X , 1 3 ; Patr. lat., t . 4 1 , c o l . 6 4 0 . " N o n ¡ t a q u e v e l u t a b s e n t e m se q u a e r a t c e r n e r é , s e d p r a e s e n t e m se c u r e t d e c e r n e r e . N e c se q u a s i n o n n o r i t c o g n o s c a t , s e d a b e o q u o d a l t e r u m n o v i t dignoscat. I p s u m enim q u o d a u d i t : cognosce te ipsam, q u o m o d o agere curabit, si n e s c i t , a u t q u i d s i t cognosce, a u t q u i d s i t teipsam? Si a u t e m utrumque n o v i t , n o v i t e t s e i p s a m . " S a n A G U S T Í N , De Trinitate, X , 9 , 1 2 ; Patr. lat., t. 4 2 , c o l . 9 8 0 . " U t q u i d e r g o e i p r a e c e p t u m est, u t se i p s a m cognoscat? C r e d o , u t se i p s a m c o g i t e t , e t s e c u n d u m n a t u r a m s u a m v i v a t , i d est, u t s e c u n d u m n a t u r a m s u a m o r d i n a r i a p p e t a t , s u b e o scilicet c u i s u b d e n d a est, s u p r a e a q u i b u s p r a e p o n e n d a est, s u b illo a q u o regí d e b e t , s u p r a e a q u a e r e g e r e 1 3

d e b e t . " Ibid.,

X , 5, 7, col. 9 7 7 .

" R e s p o n d i t i t a q u e s p o n s u s : o p u l c h r a i n t e r mulieres, scilicet ínter M a r i a m et M a r t h a m , q u i a n o l o u t a l t e r a m d e istis e l i g a s , s e d u t r a m q u e t e n e a s , c o n t e m p l a t i v a m s c i l i c e t v i t a m e t a c t i v a m ; o p u l c h r a i n t e r m u l i e r e s , si v i s n o s s e me, noli i g n o r a r e t e ; h o c est r e s p o n s u m D e l p h i c i A p o l l i n i s : scito t e i p s u m . D ú o s u n t q u a e n o s f a c i u n t i g n o r a r e n o s ipsos, vel n i m i a d e nobis t e m e r i t a s , vel n i m i a h u m i l i a t i o n i s timiditas. Secundum haec d ú o respondit Sponsus sponsae, vel de temeritate revocans e a m a d humilitatem, p e r experientiam sui; vel de timiditate a d confidentiam, ex perceptione p r a e t e r i t o r u m m u n e r u m .

EL

E S P Í R I T U DE LA FILOSOFÍA

MEDIEVAL

t é r m i n o d e l c o n o c i m i e n t o d e sí es c o n c i l i a r e s o s d o s a s p e c t o s n e c e s a r i o s del p r o b l e m a , m a n t e n i é n d o n o s a i g u a l d i s t a n c i a d e las d o s c e g u e r a s que padecemos. Y a v e m o s a p u n t a r a q u í , y a u n d i b u j a r s e n e t a m e n t e , e l t e m a q u e los historiadores d e l a literatura c o n o c e n bien p o r haberlo leído e n l a leng u a m a g n í f i c a d e P a s c a l : Grandeza y miseria del hombre. El hombre creado p o r Dios n o ignoraba su v e r d a d e r a naturaleza, p o r q u e sabía e x a c t a m e n t e s u l u g a r e n e l o r d e n u n i v e r s a l . " C o n o c e r s e a sí m i s m o es saber su condición, su orden, lo q u e debía a lo q u e está p o r e n c i m a d e él, e n él y p o r d e b a j o d e é l ; c o m p r e n d e r c u á l h a b í a sido h e c h o , c ó m o d e b í a c o n d u c i r s e , lo q u e d e b í a h a c e r o n o h a c e r : e n t o d o eso consistía c o n o c e r s e " , y es t a m b i é n e s a c i e n c i a p e r d i d a q u e el h o m b r e d e b e a n t e t o d o recobrar. G u á r d e s e , p u e s , d e t o d o lo q u e sabe, p e r o t a m b i é n d e t o d o lo q u e i g n o r a . P o r s u i n t e l i g e n c i a se e l e v a p o r e n c a m a d e las b e s t i a s ; p o r s u i g n o r a n c i a p e r m a n e c e p o r d e b a j o d e los ángeles. E l h o m b r e n o es, p u e s , n i á n g e l n i b e s t i a ; p e r o está e n t r e los d o s . 1 5

1 ( i

P a r a q u i e n c o n s i d e r a el p r o b l e m a e n m o r a l i s t a , s e m e j a n t e t e m a se p r e s t a n a t u r a l m e n t e a los m á s v a r i a d o s desarrollos. L a g r a n d e z a d e l h o m b r e está e n h a b e r sido c r e a d o a i m a g e n d e Dios. P o r s u l i b e r t a d m a n d a a la n a t u r a l e z a y u s a d e ella s e g ú n sus n e c e s i d a d e s ; p o r su inteligencia la conoce, y e n consecuencia la d o m i n a ; p e r o al m i s m o t i e m p o el h o m b r e s a b e q u e n o r e c i b i ó d e sí m i s m o s u p r o p i a g r a n d e z a , y é s t e es e l p r i m e r a s p e c t o d e s u p e q u e n e z . S i i g n o r a s u d i g n i d a d , s e i g n o r a r á a sí m i s m o ; si d e e l l a t o m a c o n c i e n c i a s i n d a r s e c u e n t a q u e l a r e c i b i ó d e u n o m á s g r a n d e q u e é l , s e h u n d i r á e n l a v a n a g l o r i a . Utrumque ergo D u a e e n i m s u n t i g n o r a n t i a e sui, vel q u a n d o plus, vel q u a n d o m i n u s d e se quis aestimat, et d ú o sunt q u a e h o c eíficiunt, praesumptio et pusillanimitas; d u a e vero h o r u m e f f e c t u u m c a u s a e , s u p e r b i a e t m i n o r sui e x p e r i e n t i a . Experientia v e r o s u i f a c i t h u m i l i t a t e m , h u m i l i t a s s u i c o g n i t i o n e m . " S a n BERNARDO, Brevis expositio in C. C, c a p . X X I I . C f . De gradibus humilitatis, cap. n (relación d e l a h u m i l d a d al c o n o c i m i e n t o d e s í ) . 1 5 H U G U E S D E S A I N T - V Í C T O R , De sacramentis, I , 6 , 1 5 ; Patr. lat., t . 1 7 6 , col. 2 7 2 . " A t t e n d e q u i d scias, a t t e n d e q u a n t u m nescias. A g n o s c e q u a n t u m emineas per ingenium spiritibus brutis, agnosce quantum subjaceas per intellectum spiritibus angelicis. Si attendis q u a n t u m p r a e c e d a s sensu spiritum b r u t u m c a n 1 6

tabis praecordialíter:

Benedicam

Dominurn,

qui tribuit

intellectum

(Salm. X V ,

7 ) . S i c o g i t e s i n t e l l i g e n t i a m a n g e l i c a m , c l a m a b i s p r o f e c t o : Deus, tu seis insipiantiam meam ( S a l m . L X V I I I , 6 ) . " R I C A R D O DE S A I N T - V Í C T O R , Benjamín major, l i b . I I I , c a p . x m ; Patr. lat., t . 1 9 6 , c o l . 1 2 2 . N o d e b e c a u s a r e x t r a ñ e z a q u e e s e t e m a se e n c u e n t r e c o n f r e c u e n c i a e n los teólogos d e los siglos x v i y XVII a n t e s d e d e s e m b o c a r e n P a s c a l , p u e s e s e s e n c i a l m e n t e m e d i e v a l y p a t r í s tico o, mejor dicho, cristiano. P o d r á n c o m p l e t a r s e e n ese sentido las interesant e s i n v e s t i g a c i o n e s d e E . J O V Y , Études pascaliennes, V I I I : Los antecedentes de lo i n f i n i t a m e n t e p e q u e ñ o e n P a s c a l , P a r í s , J . V r i n , 1 9 3 2 , p á g . 2 1 , n o t a 1. C f . P A S C A L , Pensées, L . Brunschvicg, edic. minor, p á g . 515 y nota 3. Se comp a r a r á el texto d e Bossuet, c i t a d o p o r L . B r u n s c h v i c g , c o n el d e S a n B e r n a r d o , c i t a d o m á s arriba, p á g . 2 1 9 , n o t a 14.

EL

CONOCIMIENTO

DE

SÍ

221

MISMO

scias neces.se est, et quid sis, et quod a te ipso non sis, ne aut omnino non glorieris, aut inaniter glorieris: h e a h í la p r i m e r a f o r m a del doble e s c o l l o q u e se t r a t a d e e v i t a r . V e a m o s a h o r a l a s e g u n d a . C r e a d o e n l a h o r a d e l a s e m e j a n z a d i v i n a , el h o m b r e p i e r d e esa h o n r a e n c u a n t o lo o l v i d a . S i n d u d a , su d i g n i d a d subsiste d e h e c h o , p e r o e n la m i s m a m e d i d a e n q u e d e j a d e t e n e r c o n c i e n c i a d e e l l a se e n v i l e c e a l n i v e l d e los a n i m a l e s y p o r l o m i s m o se c o n v i e r t e e n u n o d e e l l o s . S i n e m b a r g o , es a ú n m á s c r i m i n a l el e r r o r c o n t r a r i o p o r e l c u a l , o l v i d a n d o s u s m i s e r i a s , el h o m b r e q u i e r e e l e v a r s e a l a j e r a r q u í a d e los Á n g e l e s y a u n u s u r p a r el l u g a r d e D i o s . A s í , p u e s , d e s d e el s i g l o x n es u n l u g a r c o m ú n el a n á l i s i s e n d e t a l l e d e l o q u e h a c e l a g r a n d e z a d e l h o m b r e : u n a l m a q u e l l e v a l a s e m e j a n z a d i v i n a ; y l o q u e h a c e s u m i s e r i a : las h e r i d a s q u e esa a l m a h a sufrido y los dolores d e l c u e r p o q u e la a c o m p a ñ a n . El e x a m e n de conciencia tiene precisamente p o r objeto determ i n a r e l l u g a r d e l h o m b r e s o b r e el c a m i n o q u e lo c o n d u c e a s u v e r d a d e r a n a t u r a l e z a , sus p r o g r e s o s y sus r e t r o c e s o s e n la r e s t a u r a c i ó n d e la i m a g e n d i v i n a , y e n t r e g á n d o s e a é l es c o m o c a d a u n o d e n o s o t r o s s i e n t e m e j o r q u é f r a t e r n i d a d p r o f u n d a le u n e a s u s c o m p a ñ e r o s d e g r a n d e z a y d e miseria. P o c a s p á g i n a s nos l l e v a n t a n a d e n t r o d e la i n t i m i d a d secreta del a l m a medieval c o m o aquélla en q u e u n autor desconocido e x t i e n d e h a s t a l a c a r i d a d c r i s t i a n a el s e n t i d o d e l o r á c u l o d e i f i c o : 1 7

" V u e l v e s o b r e ti m i s m o , si n o s i e m p r e o c o n f r e c u e n c i a , a l m e n o s a l g u n a s v e c e s . . . P o n t e f r e n t e a t i , c o m o si e s t u v i e s e s e n f r e n t e d e o t r o , y l l o r a p o r t i . L l o r a t u s i n i q u i d a d e s y t u s p e c a d o s , p o r los c u a l e s h a s ofendido a D i o s ; cuéntale tus miserias, m u é s t r a l e la malicia de tus a d v e r s a r i o s , y m i e n t r a s así te c o n s u m e s e n l á g r i m a s , a c u é r d a t e d e m í , t e lo r u e g o . P u e s yo, d e s d e q u e t e c o n o c í , te a m o e n C r i s t o . T e n o m b r o d o n d e t o d o p e n s a m i e n t o ilícito m e r e c e castigo y t o d o b u e n p e n s a m i e n t o r e c o m p e n s a . P u e s t o a n t e el a l t a r d e D i o s , p e c a d o r , p e r o s a c e r d o t e , t u recuerdo me acompaña. L o mismo harás por mí a m á n d o m e y haciénd o m e p a r t i c i p a r e n t u s o r a c i o n e s . A h í es d o n d e q u i e r o e s t a r p r e s e n t e c o n t i g o p o r el r e c u e r d o , d o n d e p r o d i g a s a n t e D i o s t u s p l e g a r i a s p o r t i y p o r t o d o s los q u e te r o d e a n . Si d i g o p r e s e n t e , n o t e s o r p r e n d a s , p u e s si m e a m a s , y si m e a m a s p o r q u e s o y l a i m a g e n d e D i o s , e s t o y t a n p r e s e n t e e n ti c o m o l o e s t á s a t i m i s m o . Quicquid enim tu es substantialiter, hoc ego sum: t o d o lo q u e t ú eres s u b s t a n c i a l m e n t e , lo soy y o . T o d a a l m a r a z o n a b l e e s , e n e f e c t o , u n a i m a g e n d e D i o s . A s í el q u e b u s c a e n sí l a i m a g e n d e D i o s , t a n t o b u s c a a s u p r ó j i m o c o m o a sí m i s m o , y q u i e n l a e n c u e n t r a e n sí p o r h a b e r l a b u s c a d o , l a c o n o c e t a l c u a l es e n t o d o h o m b r e . P u e s l a v i s t a d e l h o m b r e es s u i n t e l i g e n c i a . D e m o d o q u e si t e v e s , m e v e s , p u e s n o soy o t r o s i n o t ú ; y si a m a s a l a i m a g e n d e D i o s , es a m í , c o m o i m a g e n d e D i o s , a q u i e n a m a s , 1

7

pág.

SAN

13.

BERNARDO,

De

diligendo

Deo,

cap.

n;

edic.

Watkin

W.

Williams,

EL

222

ESPÍRITU DE LA FILOSOFÍA

MEDIEVAL

p e r o a m i vez, a m a n d o a Dios, te a m o . Así, b u s c a n d o u n a m i s m a cosa, tendiendo

hacia

una

misma

cosa,

estamos

siempre

presentes

otro, p e r o lo e s t a m o s e n Dios, e n q u i e n nos a m a m o s . "

1

uno

en

8

N i u n instante pienso en ocultar q u e la mística cisterciense nos arrastró progresivamente, p o r u n a p e n d i e n t e insensible, m u c h o m á s allá

de

los l í m i t e s d e l a f i l o s o f í a . M u y p o r l o c o n t r a r i o , m e p r e s t é g u s t o s o a e s e m o v i m i e n t o p o r q u e , s e a c u a l s e a el p r o b l e m a e s t u d i a d o , e n l o s u c e s i v o llegará

a ser característico

del pensamiento

cristiano. L a

filosofía

o r d e n a e n él e s p o n t á n e a m e n t e h a c i a u n o r d e n s u p e r i o r , q u e ella p a r a a d a p t á n d o s e a él. L o q u e m o r a l i s t a s y místicos d e s a r r o l l a n d o s e al p l a n o d e la g r a c i a , los filósofos

saben expresarlo en

elevánfórmulas

concisas q u e sólo se d i r i g e n a la r a z ó n . A u n c u a n d o lo d i g a n d e diferente

al

de

San

Bernardo,

orden intermedio. Conforme

colocan

igualmente

al h o m b r e

modo en

un

al p r i n c i p i o d e Dionisio, q u e q u i e r e

lo a l t o d e l o r d e n i n f e r i o r l i n d e c o n lo b a j o

del o r d e n superior,

que

Santo

T o m á s c o l o c a a l h o n i b r e e n t r e el á n g e l y l a b e s t i a , t o c a n d o a u n o la c u m b r e d e su i n t e l e c t o y a l a o t r a p o r l a c a d u c i d a d E n e s t e s e n t i d o m u y p r e c i s o el h o m b r e una

es u n

especie de universo e n escala r e d u c i d a ,

del m u n d o

se h a l l a n

de

algún

modo

en

d e su

Por

1

de conocimiento.

9

Así, la filosofía

cristiana

eso S a n t o

ensancha

decir,

criaturas Tomás

a g r e g a q u e el a l m a es l a f r o n t e r a , o c o m o l a l í n e a d e l h o r i z o n t e , se t o c a n el m u n d o d e los E s p í r i t u s p u r o s y el d e los a n i m a l e s

por

cuerpo.

" m i c r o c o s m o " , es " p u e s t o d a s las

él".

donde

privados

doblemente

c a m p o q u e el h o m b r e se p r o p o n e e x p l o r a r e s t u d i á n d o s e a sí m i s m o :

m e n t e u n p o c o d e ese fisicismo del q u e

el por

sus m o r a l i s t a s , le o b l i g a b a a e s c u d r i ñ a r su c o n c i e n c i a p a r a a s e g u r a r p r o g r e s o d e s u v i d a i n t e r i o r ; p o r sus filósofos r e i n t r o d u c i r á

se

pre-

el

progresiva-

los m o r a l i s t a s t e n d í a n

i n t e r e s a r s e . C o n o c e r e l p e q u e ñ o m u n d o q u e es el h o m b r e c o r r e

a

des-

parejo

c o n a l g ú n c o n o c i m i e n t o d e l g r a n d e . D e a h í l o s r e i t e r a d o s e n s a y o s a los c u a l e s se e n t r e g a r o n l o s h o m b r e s d e l a E d a d

M e d i a , y a u n del

cimiento, p a r a construir antropologías completas en que la detallada del c u e r p o conducía

Rena-

descripción

a la del a l m a , y la del a l m a

al

cono-

cimiento de Dios. Sin embargo, otro, 1 8

cuya

este doble e n s a n c h a m i e n t o

significación

PSEUDO-BERNARDO,

es

aún

Meditaciones...

más

n o e s s i n o el p r e l u d i o

considerable. de

cognitione

Si

para

humanae

de

conocerse conditionis,

cap. i: D e dignitate h o m i n i s ; c a p . n : D e miseria hominis; c a p . n i : D e dignitate a n i m a e e t v i l i t a t e c o r p o r i s . E l t e x t o t r a d u c i d o se h a l l a e n e l c a p . v , a r t . 1 4 - 1 5 ; Patr. lat., t. 1 8 4 , c o l . 4 9 4 - 4 9 5 . S a n t o T O M Á S D E A C J U I N O , Sum. theol, I, 9 1 , I, R e s p . ; I, 9 6 , 2, Resp. Qu. de anima, q u . u n . , a r t . 1 , a d R e s p . E s t e ú l t i m o t e x t o se a p l i c a m á s particularmente al alma. " Q u i a e n i m h o m o m é d i u m tenet inter angelicam nat u r a m e t b r u t a l e m . . . " S a n B U E N A V E N T U R A , In II Sent., X V I I I , d u b . u n . ; e d i c . Q u a r a c c h i , t. I I , p á g . 4 5 4 ( r e s p e c t o d e l a c r e a c i ó n d e los s e x o s ) . V I T A L DU F O U R , Quaest. disp., q u . I , 1 ; e n Archives d'hist. doctr. et litt. du moyen 1 9

age,

t.

II

(1927),

pág.

157.

Et

CONOCIMIENTO

DE SI

223

MISMO

es m e n e s t e r c o n o c e r e l e s t a d o d e s u c o n c i e n c i a , si h a y q u e s a b e r l a r e l a c i ó n d e l h o m b r e a l o s s e r e s q u e l e r o d e a n , e s o y a es a l g o d i f í c i l , p e r o n o es n a d a e n c o m p a r a c i ó n c o n l o q u e q u e d a p o r d e s c u b r i r . L o q u e e l h o m b r e e n c u e n t r a circa se, o sub se, l o a g o b i a p o r s u e x t e n s i ó n ; l o q u e e n c u e n t r a in se l e m o l e s t a p o r s u o s c u r i d a d ; p e r o si b u s c a e n sí l o q u e s u s e r l e e n s e ñ a d e l o q u e e s t á supra se, t r o p i e z a c o n u n m i s t e r i o c u y a o p a c i d a d es c o m o p a r a e s p a n t a r l e . L o m á s g r a v e es q u e é l m i s m o se h a l l a e n v u e l t o e n e s e m i s t e r i o . S i el h o m b r e es v e r d a d e r a m e n t e u n a i m a g e n d e D i o s , ¿ c ó m o s e c o n o c e r í a s i n c o n o c e r a D i o s ? P e r o si es v e r d a d e r a m e n t e l a i m a g e n d e D i o s , ¿ c ó m o se c o n o c e r í a a sí m i s m o ? E l h o m b r e a d q u i e r e , pues, p o r ese m e d i o u n a p r o f u n d i d a d i n s o s p e c h a d a p o r l o s A n t i g u o s y q u e l o h a c e c o m o i n s o n d a b l e a sí m i s m o . ¿ Q u i é n c o n o c e el e s p í r i t u d e D i o s ? — p r e g u n t a el A p ó s t o l — . Y G r e g o r i o a ñ a d e , e n s u s e r m ó n sobre la I m a g e n : " P u e s yo digo a d e m á s : ¿ q u i é n c o n o c e su p r o p i o e s p í r i t u ? " Y s i n d u d a , si n u e s t r o e s p í r i t u n o s e n o s a l c a n z a , m e n o s a ú n se n o s a l c a n z a D i o s ; p e r o n o s o m o s i n e s c r u t a b l e s a n o s o t r o s m i s m o s sino p o r q u e p a r t i c i p a m o s d e la p r o f u n d i d a d d e Dios. P o r eso, c o m e n t a n d o a su v e z el t e x t o d e G r e g o r i o , E s c o t o E r i g e n a a g r e g a : " E l e s p í r i t u en el cual consiste t o d a la fuerza d e l a l m a , está h e c h o a i m a g e n d e D i o s y es e l e s p e j o d e l b i e n s u p r e m o , p o r q u e l a f o r m a i n c o m p r e n s i b l e d e l a e s e n c i a d i v i n a se r e f l e j a e n é l d e m a n e r a i n e f a b l e e i n c o m p r e n sible". M a s ¿ p a r a q u é c i t a r esos t e x t o s , p u e s t o q u e S a n A g u s t í n dijo en u n a f ó r m u l a l a p i d a r i a lo q u e h a b í a q u e d e c i r ? " D i o s h a h e c h o a l h o m b r e a su i m a g e n y semejanza, e n la m e n t e : a h í está la i m a g e n d e D i o s . P o r eso la m e n t e m i s m a n o p u e d e ser c o m p r e n d i d a , n i siquiera p o r sí m i s m a , e n c u a n t o es u n a i m a g e n d e D i o s . " 2

0

Mens ipsa non potest comprehendi, nec a seipsa, ubi est imago Dei: N o se p u e d e l e e r s e m e j a n t e s e n t e n c i a , a u n q u e c o m o t a n t a s o t r a s p a r e z c a caída p o r casualidad d e la p l u m a d e Agustín, sin v e r e n seguida q u e t o d o su p e n s a m i e n t o la p r e p a r a b a . R e c o r d e m o s sólo d e la d o c t r i n a d e l a m e m o r i a , d e s a r r o l l a d a e n c a p í t u l o s i n o l v i d a b l e s d e l l i b r o X d e Confesiones. T r a t a n d o d e e n c o n t r a r e n sí s u p r o p i a e s e n c i a , e l a l m a a t r a viesa p l a n o s sucesivos c a d a v e z m á s p r o f u n d o s . P r i m e r a m e n t e l a m e m o r i a d e las p e r c e p c i o n e s sensibles, a m p l i o p a l a c i o d o n d e e n c u e n t r a n l u g a r , d e m a n e r a i n c o m p r e n s i b l e , los espacios i n m e n s o s d e l u n i v e r s o ; es u n r e t i r o m i s t e r i o s o , v a s t o y a u n i n f i n i t o . ¿ Q u i é n a l c a n z ó j a m á s e l f o n d o ? N o es — d i c e S a n A g u s t í n — s i n o u n a f a c u l t a d d e m i e s p í r i t u ; sin e m b a r g o , n o se m e a l c a n z a , y y o m i s m o n o p u e d o a p r e h e n d e r t o d o l o q u e s o y : nec ego ipse capio totum, quod sum. A q u í es d o n d e , p o r v e z p r i m e r a e n la h i s t o r i a d e l p e n s a m i e n t o o c c i d e n t a l , el h o m b r e llegó a s e r 2 0

Para Gregorio y c a p . x i ; Patr. lat., t . v é a n s e De symbolo, I , d o n d e el corazón del

E s c o t o E r i g e n a , v é a n s e De divisione naturae, lib. I V , 122, col. 7 8 8 y 7 9 0 . P a r a el texto d e S a n Agustín, 2 ; Patr. lat., t . 4 0 , c o l . 6 2 8 . C f . e l t e x t o t a n p a s c a l i n o , h o m b r e es u n abismo i n v o c a n d o u n a b i s m o : Enarr.

in Ps., 4 1 , 1 3 ; t . 3 6 , c. 4 7 3 . Conf., I V , 1 4 - 2 2 , y X , 5 , 7 .

E L ESPÍRITU DE LA FILOSOFÍA

224

MEDIEVAL

p a r a sí m i s m o u n s u j e t o d e a s o m b r o y d e e s t u p o r : stupor adprehendit me. ¿ Q u é h a y q u e p e n s a r , p u e s , c u a n d o a l a m e m o r i a d e l a s c o s a s sensibles se a g r e g a la d e las c i e n c i a s y q u e las i d e a s p u r a s se o f r e c e n a l a c o n s i d e r a c i ó n d e l e s p í r i t u ? Quid ego sum, Deus? Quae natura sum? ¿ Q u é soy, D i o s m í o ? ¿ Q u é n a t u r a l e z a soy? P e r o eso n o es t o d o . M á s allá d e las ideas m i s m a s está la v e r d a d q u e las rige, y p u e s t o q u e e s a v e r d a d l l e v a los c a r a c t e r e s d i v i n o s d e l a n e c e s i d a d y d e l a e t e r n i d a d , m e n e s t e r es q u e D i o s m i s m o s e h a l l e p r e s e n t e e n n u e s t r a a l m a c a d a v e z q u e p i e n s a la v e r d a d p o r él. A h o r a y a n o b a s t a h a b l a r d e las p r o f u n d i d a d e s d e l e s p í r i t u , p u e s se a b r e s o b r e u n v e r d a d e r o i n f i n i t o , se p r o l o n g a e n D i o s ; l l e n o d e t e r r o r y d e h o r r o r s a g r a d o — n e s c i o quid horrendum— a l v e r e s a p r e s e n c i a d i v i n a , el h o m b r e se e s p a n t a e n t o n c e s d e sí m i s m o y p e r c i b e e l m i s t e r i o l a t e n t e b a j o l a s a p a r i e n c i a s d e s u naturaleza; si n o s e a l c a n z a a sí m i s m o e n c u a n t o i m a g e n d i v i n a , es p o r q u e l a ú l t i m a p a l a b r a d e l c o n o c i m i e n t o d e sí e s l a p r i m e r a d e l conocimiento de Dios. 2

1

D e a h í q u e l o s m o r a l i s t a s d e l a E d a d M e d i a se s i n t i e r a n i n c i t a d o s a b u s c a r e n la m í s t i c a las conclusiones ú l t i m a s d e su e s t u d i o d e l h o m b r e . R i c a r d o d e S a i n t - V í c t o r v a c i l a t a n t o m e n o s e n h a c e r l o c u a n t o q u e el carácter divino del O r á c u l o parece justificar la interpretación q u e p r o p o n e . D e l cielo b a j ó la o r d e n d e c o n o c e r n o s a nosotros m i s m o s ; ¿ p o r qué, p u e s , o b e d e c e r l e n o sería r e m o n t a r s e e n espíritu h a c i a el cielo? El p e n s a m i e n t o cristiano t u v o t a n c l a r a c o n c i e n c i a d e lo q u e a g r e g a b a a la filosofía g r i e g a s o b r e ese p u n t o , q u e b a s t a d e j a r l e la p a l a b r a p a r a i n s t r u i r n o s e n e s o : " P o r g r a n d e q u e s e a n u e s t r o c o n o c i m i e n t o d e las c r i a t u r a s , ¿ q u é o t r a cosa es, c o m p a r a d o c o n el d e l c r e a d o r , s i n o lo q u e l a t i e r r a es a l c i e l o , o el c e n t r o a l a c i r c u n f e r e n c i a d e l c í r c u l o e n t e r o ? C o m o esta t i e r r a , la c i e n c i a i n f e r i o r d e las cosas i n f e r i o r e s t i e n e sus m o n t a ñ a s y s u s c o l i n a s , s u s l l a n u r a s y s u s v a l l e s . L a s c i e n c i a s se d i v e r sificarán, pues, s e g ú n la diversidad d e las criaturas. C o m e n c e m o s p o r a b a j o : la distancia p u e d e ser g r a n d e e n t r e u n c u e r p o y otro c u e r p o , p u e s t o q u e h a y c u e r p o s celestes y c u e r p o s t e r r e s t r e s ; sin e m b a r g o , la d i s t a n c i a d e los c u e r p o s a los e s p í r i t u s es m a y o r q u e la d e c u a l e s q u i e r a 2

2 1

San

2 2

"Quantum

Confesiones, lib. X , caps, vii-xxvn. valeat plena cognitio sui. S e d n e t e p e r t e r r e a t

2

AGUSTÍN,

vel retrahat

labor itineris, d i i i i c u l t a s ascensionis, a u d i e t a t t e n d e quis sit f r u c t u s p e r v e n tionis. I n h u j u s m o n t i s c a c u m i n e J e s u t r a n s f i g u r a t u r ; in ipso Moyses cura Elia videtur, et sine Índice u t e r q u e cognoscitur; in ipso v o x Patris a d F i l i u m auditur. Q u i d h o r u m n o n mirabile? Q u i d h o r u m n o n desiderabile? Vis videre C h r i s t u m t r a n s f i g u r a t u m ? A s c e n d e i n r n o n t e m istum, disce cognoscere t e i p s u m . Vis v i d e r e e t a b s q u e ullo Índice c o g n o s c e r e M o y s e n e t Elian, vis a b s q u e doctore, sine expositore intellegere l e g e m e t p r o p h e t i a m ? A s c e n d e i n m o n t e m istum, disce cognoscere teipsum. V i s p a t e m i secreti a r c a n u m , ascende in m o n tera istum, disce cognoscere teipsum. D e coelo e n i m descendit, c u m dixit: -fvúfli oeauTov, i l l u d i d e s t Nosce teipsum. V i d e s n e a d h u c q u a n t u m v a l e a t m o n t i s h u j u s a s c e n s i o , q u a m utilis sit sui i p s i u s p l e n a c o g n i t i o ? " R I C A R D O D E S A I N T V I C T O R , Benjamín minor, c a p . L X X V I I I ; Patr. lat., t. 1 9 6 , c o l . 5 5 - 5 6 .

225

E L CONOCIMIENTO DE SÍ M I S M O cuerpos

y de

los m á s

desemejantes

posibles.

Pero

entre

esos

espíritus

m i s m o s h a y los q u e s o n r a c i o n a l e s y los q u e n o lo s o n . N o c o n s i d e r a r s i n o l a s c o s a s c o r p o r a l e s es t e n e r , p o r d e c i r l o a s í , l o s o j o s p u e s t o s e n l o

más

b a j o q u e h a y , y p o r lo c o n t r a r i o , d i r i g i r s e al e s t u d i o d e las c o s a s e s p i r i t u a les es d i r i g i r s e e n c i e r t o m o d o h a c i a l a s c u m b r e s . P a r a e l e s p í r i t u q u e i n t e n t a e l e v a r s e a e s a a l t a c i e n c i a , el p r i m e r y p r i n c i p a l e s f u e r z o d e b e conocerse

a

sí m i s m o . C o n o c e r s e p e r f e c t a m e n t e

a

sí m i s m o

es

ser

ciencia

d e g r a n a l t u r a . ¡ Q u é g r a n d e y a l t a m o n t a ñ a el c o n o c i m i e n t o p l e n a r i o d e u n e s p í r i t u d o t a d o d e r a z ó n ! E x c e d e las c u m b r e s d e t o d a s las

ciencias

humanas;

conoci-

mira

con

desdén

desde

lo a l t o

toda

la

filosofía,

el

m i e n t o entero del m u n d o . ¿ D e s c u b r i ó Aristóteles algo semejante? Platón

algo parecido? L a

algo semejante? calar esa para

cima

inmensa

En verdad,

y sin d u d a

d e su inteligencia,

encontrarse

muchedumbre

a sí m i s m o s ,

a l g u n a , si h u b i e s e n

si sus e s t u d i o s

nunca

d e filósofos

hubieran

¿Halló

¿inventó

podido

les h u b i e s e n

rendido

culto

a

ídolos,

j a m á s h u b i e r a n d o b l a d o la cerviz a n t e u n a c r i a t u r a o l e v a n t a d o beza

contra

profundo griego

2

3

q u e u n e los c u l t o s p a g a n o s a l a l i m i t a c i ó n d e l p u n t o d e

vista

la

naturaleza

del h o m b r e ;

vio,

no

juzgaría

q u e c a r e c e d e s i g n i f i c a c i ó n el h e c h o d e q u e A r i s t ó t e l e s e r i g i e r a

estatuas

a Zeus y a Deméter:

sobre

de Saint-Victor

calazo

elevado

Ricardo

la

p u e s , el

más

su c r e a d o r . "

es-

bastado

éste

el h o m b r e c r i s t i a n o es el ú n i c o e n s a b e r q u é

n i d a d lo p o n e p o r e n c i m a d e las c r i a t u r a s , p o r q u e es el ú n i c o e n

2 3

digsaber

" A d cognitionem siquidem Creatoris, quantalibet cognitio creaturarum, q u i d aliud est q u a m q u o d t é r r a a d coelum, q u o d c e n t r u m a d totius circuli a m b i t u m ? H a b e t enim haec térra, h a b e t haec inferior inferiorum scientia, m o n t e s e t colles, c a m p o s e t valles. S e c u n d u m differentiam c r e a t u r a r u m erit et differentia scientiarum. U t e n i m a b i m o i n c i p i a m u s , m a g n a est distantia inter Corpus et corpus. S i q u i d e m sunt c o r p o r a coelestia, sunt et c o r p o r a terrestria. M a j o r t a m e n est distantia cujuslibet corporis a d spiritum, q u a m q u o r u m libet e t q u a m l i b e t d i s s i m i l i u m c o r p o r u m . S e d e t i p s o r u m s p i r i t u u m alii s u n t i r r a t i o n a l e s , alii s u n t r a t i o n a l e s . O c u l o s e r g o q u a s i i n i m o defixos h a b e r e v i d e n tur, q u i sola a d h u c c o r p ó r e a m i r a n t u r . S e d j a m q u a s i a d a l t a a s c e n d u n t , q u i se a d s p i r i t u a l i u m i n v e s t i g a t i o n e m c o n v e r t u n t . A n i m u s q u i a d s c i e n t i a e a l t i t u d i n e m n i t i t u r a s c e n d e r é , p r i m u m e t p r i n c i p a l e sit ei s t u d i u m s e i p s u m c o g n o scere. M a g n a altitudo scientiae seipsum perfecte cognoscere. M o n s m a g n u s e t altus, p l e n a cognitio rationalis spiritus. O m n i u m m u n d a n a r u m scientiarum c a c u m i n a m o n s iste transcendit, o m n e m p h i l o s o p h i a m , o m n e m m u n d i scientiam ab alto despicit. Q u i d tale Aristóteles, quid tale Plato invenit, quid t a n t a p h i l o s o p h o r u m t u r b a , t a l e i n v e n i r s e p o t u i t ? V e r é , e t a b s q u e d u b i o , si h u n c m o n t e m i n g e n i i s u i a c u m i n e a s c e n d e r é p o t u i s s e n t , si a d s e i p s o s i n v e n i e n d o s e o r u m e i s s t u d i a s u f f i c e r e n t , si s e i p s o s p l e n e c o g n o v i s s e n t , n u n q u a m i d o l a c o l u i s sent, n u n q u a m creature collum inclinassent, n u n q u a m c o n t r a C r e a t o r e m cervicem erexissent. H i c defecerunt scrutantes scrutinio. H i c , i n q u a m , defecerunt, e t h u n c i n m o n t e m m i n i m e a s c e n d e r é p o t u e r u n t . Ascendat homo ad cor altum, et axaltabitur Deus (Salm. L X I I I , 7 ) . Disce h o m o cogitare, disce cogitare teipsum, et ascendisti a d c o r altum. Q u a n t u m quotidie in tui cognit i o n e m proficis, t a n t u m a d altiora s u p e r tendis. Q u i d a d p e r f e c t a m sui c o gnitionem pervinit, j a m montis verticem a p p r e h e n d i t . " RICARDO D E SAINTV I C T O R , Benjamín minor, c a p . L X X V ; Patr. lat., t . 1 9 6 , c o l . 5 3 - 5 4 .

226

E L ESPÍRITU DE LA FILOSOFÍA

de q u é propias es u n a esperar

MEDIEVAL

c r e a d o r e s l a i m a g e n ; p e r o p o r eso m i s m o s a b e t a m b i é n q u e sus p r o f u n d i d a d e s l o s o b r e p a s a n , y l a visión d e l a l m a p o r el a l m a a m b i c i ó n t a l q u e sólo la u n i ó n mística o la v i d a f u t u r a p u e d e n su realización. 2

4

A q u í t a m b i é n los filósofos d i c e n l o q u e l a s m í s t i c a s s u g i e r e n , y las especulaciones d e la metafísica m o d e r n a h a n sufrido f u e r t e m e n t e la i n f l u e n c i a d e l a q u e los p e n s a d o r e s d e l a E d a d M e d i a h a b í a n e l a b o ­ r a d o . D e s d e ese p u n t o d e v i s t a n o se p u e d e n e s t u d i a r los t e x t o s d e la E d a d M e d i a sin q u e i m p r e s i o n e l a e x t r e m a i m p o r t a n c i a q u e e n ella t o m a l a c u e s t i ó n d e l c o n o c i m i e n t o q u e e l a l m a p u e d e t e n e r d e sí m i s m a . H a b r í a q u e b u s c a r m u c h o e n los g r i e g o s a n t e r i o r e s a l a e r a c r i s t i a n a p a r a r e u n i r u n a d o c u m e n t a c i ó n d e a l g u n a i m p o r t a n c i a s o b r e el a s u n t o . E n e l s i g l o XIII h a y d e s o b r a d o n d e e l e g i r . L o q u e e n t o n c e s p r e o c u p a a los filósofos n o es l a e x i s t e n c i a d e u n a l m a e s p i r i t u a l : n a d i e d u d a d e ello, sobre t o d o d e s d e q u e S a n A g u s t í n la p l a n t e ó c o m o u n h e c h o d e ex­ p e r i e n c i a i n d i s c u t i b l e . A n t e s b i e n , p a r a e l l o s e l p r o b l e m a es s a b e r c ó m o y h a s t a d ó n d e p u e d e el a l m a p e n e t r a r e n el c o n o c i m i e n t o d e s u p r o p i a e s e n c i a . " C ó m o s e c o n o c e a sí m i s m a e l a l m a i n t e l i g e n t e y q u é es e n s í " , es l a c u e s t i ó n 87 d e l a p r i m e r a p a r t e d e l a Suma teológica de Santo T o m á s . " S i el a l m a se c o n o c e , así c o m o las d i s p o s i c i o n e s q u e e s t á n e n e l l a , p o r s u e s e n c i a , o s o l a m e n t e p o r s u s a c t o s " , es e l p r o b l e m a q u e s e plantea M a t e o d'Aquasparta. H a c i a la misma época, Rogelio M a r s t o n p r e c i s a l a c u e s t i ó n d e l a m a n e r a s i g u i e n t e : " C ó m o el a l m a se c o n o c e a sí m i s m a , a s í c o m o s u s d i s p o s i c i o n e s ; si es p o r s u e s e n c i a o l a d e s u s d i s p o s i c i o n e s , o a t r a v é s d e a l g ú n m e d i o c o m o se d i s t i n g u e " . U n p o c o m á s t a r d e , O l i v i v u e l v e a l e x a m e n d e l a d i f i c u l t a d e n e l l i b r o I I , q u . 86, d e su C o m e n t a r i o sobre P e d r o L o m b a r d o , y n a d a sería t a n fácil c o m o a l a r g a r l a lista. L o q u e i m p o r t a es m á s b i e n c o m p r e n d e r p o r q u é l a lista es l a r g a y q u é c o n f e r í a t a n t a i m p o r t a n c i a a l a c u e s t i ó n . 2

* " S e d n u m q u i d q u o m o d o vides v o l u n t a t e m t u a m , q u o m o d o nosti cogitationem t u a m , potes a e q u e videre, vel nosse a n i m a t u a e substantiam? Quis, i n q u a m , in h a c a d h u c carne positus, a n i m a m suam, vel q u a m l i b e t spiritualem substantiam in s u a p u r i t a t e vidit, vel e t i a m videre potuit! Procul dubio i n hac p a r t e h u m a n u s intellectus caecus est a nativitate, e t necesse h a b e t q u o t i d i e D o m i n o c l a m a r e : Illumina oculos meos ( S a l m o X I I , 4 ) . P r o f e r t o , si q u i s q u a e h u j u s m o d i s u n t i n h a c corruptibili c a r n e videre potuit, p e r m e n t i s excess u m s u p r a s e m i t i p s u m d u c t u s fuit, e t i n e o q u o d vidit intellectus h u m a n i metas, n o n propria industria, sed ex revelatione divina transcendit. Sed quidquid in h u n c m o d u m h u m a n a experientia potuit attingere, constat nimirum illud n o n a d h o c , sed a d aliud contemplantis genus pertinere. Q u a n t u m c u m q u e ergo in h a c consideratione ingenium t u u m exercueris, q u a n t u m c u m q u e studium t u u m continuaveris, q u a n t u m c u m q u e in h a c parte sensum t u u m dilataveris, scientiam t u a m a d p l e n u m c u b i t u m extendere n o n poteris." RICARDO D E S A I N T - V Í C T O R , Benjamín major, l i b . I I I , c a p . x i v ; Patr. lat., t . 1 9 6 , c o l . 1 2 3 ¬ 1 2 4 . T A U L E R , S e r m ó n 5 6 , e n Sermons de Tauler, P a r í s , D e s c l é e , 1 9 2 7 , t . I , p á g . 2 5 . E n l o q u e s e r e f i e r e a E c k h a r t , v é a s e G . T H É R Y , Édition critique des

piéces mayen

relatives age, I

au proces d'Eckhart, e n Archives (1926-1927), pág. 183, art. 13.

d'hist.

doctri.

et

litt.

du

EL CONOCIMIENTO DE SÍ MISMO T a l c o m o l a c o n c i b e n los f i l ó s o f o s c r i s t i a n o s , e l a l m a es c o s a d i s t i n t a a la i m a g e n d e u n a i d e a e n la m a t e r i a o la f o r m a p e r e c e d e r a d e u n compuesto. Es u n a substancia espiritual, inmortal y d o t a d a de u n a per­ s o n a l i d a d i n d e s t r u c t i b l e . S e a c u a l s e a l a s o l u c i ó n q u e se a d m i t a d e l p r o b l e m a d e l a i n d i v i d u a c i ó n , e l a l m a e s e s o y l o e s e n sí m i s m a . B u s ­ c a n d o c o n o c e r s e , el h o m b r e t r o p i e z a / p u e s , c o n la s u b s t a n c i a l i d a d d e su a l m a c o m o c o n u n o b j e t o d e i n v e s t i g a c i ó n q u e lo solicita, p e r o q u e t a m b i é n le resiste. Q u i z á se c o m p r e n d i e r a m e j o r la n a t u r a l e z a del p r o ­ b l e m a d i c i e n d o q u e el a l m a d e l h o m b r e n u n c a e s p a r a sí m i s m a u n objeto d e c o n o c i m i e n t o al q u e p u d i e r a a p r e h e n d e r c o m o u n a cosa, sino u n sujeto activo cuya e s p o n t a n e i d a d p e r m a n e c e siempre m á s allá del c o n o c i m i e n t o q u e a q u é l t i e n e d e sí m i s m o . E n r e s u m e n , l a i n t u i c i ó n d e l a l m a n o es j a m á s e q u i v a l e n t e a l a l m a q u e l a e j e r c e . L a c o n s t a n c i a d e e s e r a s g o a t r a v é s d e l a s g r a n d e s d o c t r i n a s m e d i e v a l e s es d e f á c i l comprobación. N o d i g a m o s n a d a d e E s c o t o E r i g e n a , p a r a q u i e n t o d a s las esencias son i n s o n d a b l e s e i n c o m p r e n s i b l e s , y c o n m a y o r r a z ó n las esencias espi­ r i t u a l e s . T a m p o c o d e b e m o s i n s i s t i r s o b r e el c a s o d e S a n t o T o m á s . E n u n a filosofía c o m o la suya, d o n d e t o d o c o n o c i m i e n t o p r e s u p o n e u n a i n t u i c i ó n s e n s i b l e , el a l m a s ó l o p u e d e c o n o c e r s e i n d i r e c t a m e n t e . S i n d u d a e s t á i n m e d i a t a m e n t e p r e s e n t e a sí m i s m a , p e r o n o p u e d e a p r e h e n ­ derse i n m e d i a t a m e n t e , p u e s t o q u e e n t r e la e s p i r i t u a l i d a d d e su esencia y el c o n o c i m i e n t o q u e d e e l l a t i e n e , se i n t e i p o n e s i e m p r e e l v e l o d e l a s i m á g e n e s s e n s i b l e s . S a b e q u e es i n m a t e r i a l , y n o se v e c o m o t a l . A l g o m u c h o m á s d i g n o d e n o t a es q u e l o s p r o p i o s a g u s t i n i a n o s , a u n c u a n d o l u c h a r o n o b s t i n a d a m e n t e c o n t r a S a n t o T o m á s p a r a m a n t e n e r q u e el a l m a se c o n o c e p o r s u e s e n c i a y n o a t r a v é s d e i m á g e n e s s e n s i b l e s , s o s ­ t u v i e r o n e x p r e s a m e n t e q u e e s a e s e n c i a e s p i r i t u a l n u n c a se a p r e h e n d e sin i n t e r m e d i a r i o s . Si b u s c a m o s la r a z ó n d e ello, la e n c o n t r a r e m o s j u s ­ t a m e n t e e n e l h e c h o d e q u e es u n a i m a g e n d e D i o s . E l S e r c r e a d o r e s u n a r e a l i d a d i n f i n i t a q u e se c o n o c e e t e r n a m e n t e e n u n a c t o a d e ­ c u a d o : el V e r b o . M u y d i f e r e n t e e n eso d e l p e n s a m i e n t o p u r o d e A r i s ­ t ó t e l e s , n o es el p e n s a m i e n t o d e l p e n s a m i e n t o , s i n o el p e n s a m i e n t o del Ser. D e b e m o s , p u e s , m a n t e n e r s i e m p r e e n él la p r e s e n c i a d e esa r e a l i d a d i n f i n i t a , q u e se r e v e l a c o m o q u i e n d i c e a sí m i s m a p o r e l c o n o ­ c i m i e n t o i n t e g r a l q u e d e e l l a t i e n e . H e c h o a i m a g e n d e D i o s , el h o m b r e es t a m b i é n u n a s u b s t a n c i a i n t e l e c t u a l q u e n o sólo n e c e s i t a e x p r e s a r las d e m á s c o s a s p a r a c o n o c e r l a s , s i n o q u e se e x p r e s a i g u a l m e n t e e l l a m i s m a c u a n d o q u i e r e a p r e h e n d e r s e . P o r eso u n a l m a , a u n a g u s t i n i a n a , q u e se c o n o c e i n m e d i a t a m e n t e e l l a m i s m a , n o se a p r e h e n d e c o m o u n o b j e t o . E s f o r m a l m e n t e l a c a u s a s u f i c i e n t e d e l c o n o c i m i e n t o q u e t i e n e d e sí, p e r o sin e m b a r g o p e r m a n e c e , a t í t u l o d e c a u s a d e ese c o n o c i m i e n t o , m á s allá d e su m á s i n m e d i a t a a p r e h e n s i ó n . Así, t o d a a l m a h u m a n a i m i t a e n el p l a n o d e lo finito la f e c u n d i d a d d e l c o n o c i m i e n t o d i v i n o : " e x p r e s a " d e p o r sí l a p r e s e n t a c i ó n i n t e r n a d e s u p r o p i a e s e n c i a y se

E L ESPÍRITU DE LA FILOSOFÍA

MEDIEVAL

l a r e l a c i o n a a sí m i s m a p o r u n a c t o d e v o l u n t a d , c o m o , e n D i o s , P a d r e e n g e n d r a a l V e r b o y le u n e c o n s i g o p o r el E s p í r i t u S a n t o .

el

2 5

C o n s i d e r e m o s a h o r a lo q u e , e n el a l m a , e n g e n d r a a s í s u p r o p i o c o n o c i m i e n t o . S i e m p r e es lo q u e h a y e n e l l a d e m á s e l e v a d o , e s e apex mentís, o c i m a d e l a l m a , c o m o d i c e n los a g u s t i n i a n o s : s u " a g u d a p u n t a " , d i r á m á s t a r d e S a n F r a n c i s c o d e S a l e s . A h o r a b i e n : t o d o s los filósofos c o n c u e r d a n e n h a c e r d e e s a c u m b r e el p o r t a d o r d e l a i m a g e n d e D i o s e n n o s o t r o s . E l m i s m o S a n t o T o m á s c o l o c a el p e n s a m i e n t o , o mens, e n el p u n t o e n q u e el i n t e l e c t o , f o r m a d o d e l c o m p u e s t o , se a b r e a la i n í l u e n c i a r e g u l a d o r a d e las I d e a s divinas. T o d a la f e c u n d i d a d d e l a m e n t e , t o d o el p o d e r c o n s t r u c t o r q u e le p e r m i t e l e v a n t a r el e d i f i c i o d e l c o n o c i m i e n t o a l a l u z d e l o s p r i n c i p i o s , los t i e n e d e lo q u e e l l a e s , p o r lo q u e e n ella h a y d e m á s alto y m á s p r o f u n d o : u n a p a r t i c i p a c i ó n c r e a d a a la l u z d i v i n a . L a m a n e r a e n q u e S a n t o T o m á s e n t i e n d e la i l u m i n a c i ó n p u e d e d i f e r i r d e l m o d o e n q u e la e n t e n d í a S a n A g u s t í n , p e r o la m a n tiene e x p r e s a m e n t e , , y m u y p a r t i c u l a r m e n t e c u a n d o se t r a t a d e la ciencia d e l a l m a . C o n m a y o r r a z ó n es t a m b i é n a s í e n S a n B u e n a v e n t u r a , p a r a q u i e n el h o m b r e , e n c u a n t o i m a g e n , es c o m o u n i n t e r m e d i a r i o e n t r e Dios y la c r e a c i ó n . E s a s d i l a t a c i o n e s m i s t e r i o s a s d e l a l m a , q u e el 2

2

6

7

2 0

L o s a g u s t i n i a n o s e n s e ñ a n q u e e l a l m a se c o n o c e d i r e c t a m e n t e , p e r o a t r a v é s d e las " e s p e c i e s " . V é a s e , p o r e j e m p l o : " S i c e r g o dico, q u o d a n i m a semetipsam et habitus, qui sunt in ipsa, cognoscit non t a n t u m arguendo, sed i n t u e n d o e t c e r n e n d o p e r essentias suas objective, sed f o r m a l i t e r per •species e x i p s i s e x p r e s s a s , u n d e f o r m a t u r a c i e s c o g i t a n t i s s i v e i n l e l ü g e n t i s . " R a z ó n : " A n i m a e n i m r a t i o n a l i s est i m a g o D e i . " M A T . D ' A Q U A S P A R T A , Quaest. disp. de cognitione, qu. V, Resp.; edic. Q u a r a c c h i , 1 9 0 3 , págs. 3 3 3 - 3 3 4 . U n a d o c t r i n a a n á l o g a e n s e ñ a P . J . O L I V I , In lib. II Sent., q u . 7 6 ; e d i c . B . J a n s e n , Q u a r a c c h i , 1 9 2 6 , t. I I I , p á g s . 1 4 8 - 1 4 9 , d o n d e l a m e m o r i a d e s e m p e ñ a el p a p e l d e species. E s t e t e x t o e s i m p o r t a n t e p o r q u e r e m i t e a S a n A n s e l m o , Monologion, c a p . x x x i n , y a S a n A g u s t í n , De Trinitate, I X , 1 1 - 1 2 , c o m o fuentes de la d o c t r i n a . P e r o e l t e x t o e n q u e se e s t u d i a r á m á s c ó m o d a m e n t e l a r e l a c i ó n de la posición a g u s t i n i a n a del p r o b l e m a con respecto a la de S a n t o T o m á s es l a m u y n o t a b l e e d i c i ó n d e R O G E L I O M A R S T O N , Quaest. disp. de eraanaúone adema, de statu naturae lapsae et de anima, Q u a r a c c h i , 1 9 3 2 . V é a s e s o b r e t o d o De anima, q u . I, p á g s . 2 0 6 - 2 2 1 , c u y a c o n c l u s i ó n es é s t a : "Concedo i g i t u r q u o d res m e r e s p i r i t u a l e s n o n p o s s u n t c o g n o s c i a b a n i m a nisi p e r s p e c i e r a a l i q u a m a se: d i í f e r e n t e m " . C o n s ú l t e s e p a r t i c u l a r m e n t e : S a n t o T O M Á S D E A Q U T N O , De veritate, qu. X V , a r t . 1 , e n e l q u e se e n c o n t r a r á n l a s r e f e r e n c i a s n e c e s a r i a s a S a n A g u s t í n y D i o n i s i o e l A r c o p a g i t a . V é a n s e s o b r e t o d o l a s Sed contra y Resp. Este p u n t o h a s i d o , p o r l o d e m á s , e s t u d i a d o p o r e l P A . G A R D E I L , La structure 2 0

de l'áme, -1 S a n

t. I , p á g . 2 4 . Epist. In ¡I Sent., 4 2 ,

I I , 3 ; Patr. lat., t. 3 3 , c o l . 5 3 9 . S a n B U E N A C o n c l u s . ; e d i c . Q u a r a c c h i , t. I I , p á g . 9 6 5 . L a relación de esta i d e a a la doctrina de la iluminación divina aparece claramente en San B u e n a v e n t u r a y está expresada por M a t e o d'Aquasparta con t o d a la f u e r z a d e s e a b l e : " H a e c a u t e m p o r t i o ( s u p e r i o r r a t i o n i s ) est illa, in q u a est i m a g o D e i ; et a e t e r n i s regulis inhacrescit, p e r q u a s definit et j u d i c a t q u i d q u i d c e r t i t u d i n a l i t e r c o g n o s c i t . " Quaest. de Cognitione, qu. I I , R e s p . ; edic. citada, pág. 2 5 5 . VENTURA,

AGUSTÍN,

140, 2,

1,

EL CONOCIMIENTO DE SÍ MISMO

229

p e n s a m i e n t o m e d i e v a l n o s i n v i t a a p r e s e n t i r , n o l a s h a o l v i d a d o l a filo-, s o f í a m o d e r n a . P o r m u y c a r t e s i a n o q u e s e a , M a l e b r a n c h e es d e m a s i a d o c r i s t i a n o p a r a n o s a b e r q u e el a l m a es d e u n a b e l l e z a t a n p e r f e c t a su m i s m a perfección nos h a c e inaccesible su esencia. A u n e n es a s í , p u e s s u Cogito,

que

Descartes

p o r m á s t r a n s p a r e n t e a sí m i s m o q u e se p r e t e n d a

e n u n p r i n c i p i o , se c a r g a p r o n t o d e m i s t e r i o s a s r e t i c e n c i a s q u e a f e c t a n el s e n t i d o d e t o d o el s i s t e m a . No puedo

abstenerme

de p r e g u n t a r m e

a veces p o r q u é u n a s

q u e los h i s t o r i a d o r e s n o q u i e r e n t o m a r e n s e r i o c u a n d o l a s

ideas,

encuentran

e n u n t e ó l o g o d e l s i g l o x m , les p a r e c e n d e i n c o m p a r a b l e v a l o r c u a n d o es D e s c a r t e s q u i e n las e x p r e s a . E l p a d r e del r a c i o n a l i s m o m o d e r n o h a p r o c l a m a d o t a n t a s veces c o m o u n d o g m a la i n d e p e n d e n c i a d e la r a z ó n , q u e se a c a b ó p o r c r e e r a l m e n o s e n l a d e l a s u y a . N o p o r e s o t o d a s u f í s i c a deja

d e ser solidaria

de

una

metafísica;

toda

su

metafísica

s u s p e n d i d a a l a i d e a d e D i o s y l a i d e a d e D i o s se c o n f u n d e la d e lo i n f i n i t o . P e r o infinito?

¿cuál

es a s u v e z el o r i g e n

se

halla

e n él

con

d e esa i d e a d e

C u e s t i ó n es é s t a q u e n o p r e o c u p ó a P l a t ó n , n i a

lo

Aristóteles,

n i a n i n g u n o d e los f i l ó s o f o s a n t e r i o r e s a l a e r a c r i s t i a n a , y q u e t o m ó

un

s e n t i d o p r e c i s o l u e g o d e l a t r a n s f o r m a c i ó n q u e el c r i s t i a n i s m o h i z o s u f r i r a esa n o c i ó n d e lo infinito. A h o r a b i e n : cartesiano

es l a m i s m a

que

la de

San

la respuesta del Agustín,

San

racionalismo

Buenaventura

D u n s E s c o t o . C o m o t o d o s los p e n s a d o r e s d e l a E d a d M e d i a , t i e n e su i n t e r p r e t a c i ó n p e r s o n a l d e la p a l a b r a d e l S a l m o : super

nos

para

lumen

vultus

tui,

Domine,

signatura

s i t u a r e n l a l u z d i v i n a el o r i g e n

obrero

a l g u n o . . . , es, c o m o impresa

sobre

lo h e 2

su trabajo".

de nuestra idea

d e lo

dicho

8

antes,

como

la

infinito,

d e las i d e a s c l a r a s y ese p e n s a m i e n t o

Cogito

del

E s t r i b a n d o a s í el p r i n c i p i o d e

p r i n c i p i o s e n el s e r d i v i n o , l a f i l o s o f í a cristianas

partes

marca

mantenía

profundidades

est

y si a e l l a se r e f i e r e es j u s t a m e n t e

esa i d e a " d e la c u a l n o e n c o n t r a m o s ni en nosotros ni e n otras ejemplo

y

Descartes

tras

los

distintas

puro

que

el

p a r e c í a a l p r o n t o e n t r e g a r e n t e r o d e u n g o l p e . P o r a h í el H o m b r e

d e R e n e D e s c a r t e s a c e p t a b a a su vez recibir la i m p r e s i ó n d e la faz

de

D i o s , y p r e p a r a b a a l d e M a l e b r a n c h e , c u y a i d e a d e S e r es e s a i m p r e s i ó n m i s m a ; p e r o sobre t o d o p r e p a r a b a al d e P a s c a l , q u e i b a a j u n t a r e n la unidad zado

d e s u p e n s a m i e n t o los d o s t e m a s q u e h a s t a a q u í h e m o s

Pascal, dos

anali-

separadamente. escribe

empleos

del

uno

de

sus m á s

conocimiento

de

profundos sí m i s m o :

historiadores, el u s o

"distingue

especulativo,

en

q u e el c o n o c i m i e n t o d e sí m i s m o s i r v e d e b a s e a l c o n o c i m i e n t o d e verdadero Sócrates

que

es p a r a

limitaba

la

Pascal

eficacia

Dios de

su

S i el u s o e s p e c u l a t i v o se a g r e g a e n 2

8

R . D E S C A R T E S , Secondes

2

9

B . P A S C A L , Pensées,

L.

réponses;

mismo; método Pascal

el de

uso

práctico,

reflexión

al uso p r á c t i c o

al

interior" en que

e d i c . A d a m - T a n n e r y , t. I X , p á g .

Brunschvicg, edic. minor, pág.

345, nota

2.

lo

cual 2 9

.

se 108.

!¿3o

E L ESPÍRITU DE LA FILOSOFÍA

interesaba

Sócrates,

es p r e c i s a m e n t e

se i n t e r p u s o l a d o c t r i n a es su c o r o l a r i o . conocimiento crates:

P e r o el m i s m o

"Conoce,

pues,

uso práctico

Sócrates

y

al q u e Pascal

Pascal

soberbio,

qué

paradoja

eres

a

imbécil;

condición, q u e ignoras. Escucha

a Dios"

3 Ü

ti

el Só-

mismo.

aprende

al h o m b r e , y escucha

convencerse

destina

a l q u e se p r o p o n í a

i m p o t e n t e ; cállate, naturaleza

c h a r esas p a l a b r a s p a r a entre

entre

es m u y d i f e r e n t e

el h o m b r e s o b r e p a s a i n f i n i t a m e n t e tu v e r d a d e r a

porque

d e la creación y la d e la i m a g e n d i v i n a q u e

d e sí m i s m o

Humíllate, razón

MEDIEVAL

que

de tu

Señor

. Basta

escu-

de q u e algo ocurrió en

filosofía,

P l o t i n o y P a s c a l . E s e a l g o es el m i s t i c i s m o c i s t e r c i e n s e , e n q u e

se i n s p i r a e l d e l o s V i c t o r i n o s , y d e l q u e l a h i s t o r i a m o s t r a r á s i n d u d a alguna

que una cadena

continua

le u n e a P a s c a l :

"El

conocimiento

d e D i o s s i n el d e n u e s t r a m i s e r i a h a c e el o r g u l l o ; el c o n o c i m i e n t o n u e s t r a m i s e r i a sin el d e D i o s h a c e la d e s e s p e r a c i ó n .

El

de

conocimiento

d e J e s u c r i s t o es el m e d i o , p o r q u e e n él e n c o n t r a m o s a D i o s y n u e s t r a 3 1

miseria" cristiana puesta pues,

.

En

esas

pocas

del p r o b l e m a

medieval acoger

al precepto

sin sorpresa

se h a l l a n

del

condensadas

E r a al m i s m o

Apolo

e l Sócrates

ese libro, d e l q u e B a l z a c quien

líneas

y su respuesta.

deifico.

cristiano

no encontró

El

la res-

xvn

d e la filosofía

recordé

tal

como

la p a l a b r a

sus

mismos

de Bossuet:

representantes

" L a sabiduría

de elevarnos ciencia

descubrir

al conocimiento

de Dios"

ya están echados p a r a

los resortes secretos

conocer

bien

al

3 2

la

habría

en conocer

descuidado

p o r los t e ó l o g o s

ello d i j e r o n

dependería

mismos

Los cimientos

d e esa

estudiar

historia

la

el

de

asiento

filosofía. de

la

d e la E d a d

de la historia El

imagen

estudio divina,

a

de nosotros

la a c t i v i d a d

que

pro-

concibieron,

más adelante, pero

que mueven

hombre

.

cristiana.

el

quedan del

Media;

cuerpo

pero

por

hombre.

a l m a . El e s t u d i o d e l c u e r p o , c o m o lo r e c o r d é h a c e u n i n s t a n t e ,

es

aun

Pascal

de definirla

consiste

D i o s y e n c o n o c e r s e a sí m i s m o . E l c o n o c i m i e n t o

fué

supo,

pero

lo escribió.

visionalmente

Para

posición

m á s q u e el t í t u l o , f u é

D e s d e el p r i n c i p i o d e estas i n v e s t i g a c i o n e s , t r a t a n d o

doble

siglo

de Balzac;

Así h e m o s l l e g a d o a l c o r a z ó n d e l p r o b l e m a

ha

la

tiempo

y

el

jamás

lo q u e d e

d e las c i e n c i a s a n t e s q u e d e la del

alma,

ha

sido

precisamente el

objeto

de

porque sus m á s

30 op. 8 1

al

cit., p á g . 5 3 1 . Op. cit., p á g . 3 6 7 .

32 V é a s e Premiére serie, c a p . n , f i n a l . D e s p u é s d e e s c r i t o e s t e c a p í t u l o , d e b o abate C o m b e s el conocimiento d e u n texto interesante p a r a la historia del

Socratismo

cristiano:

e l Livre

de saínete

rnéditation

en congnoissance

de soy,

de Roberto Ciboule (1403-1458), del q u e prepara u n estudio seguido de una c o l e c c i ó n d e t e x t o s e l e g i d o s . C i b o u l e se i n s p i r a e n R . d e S a i n t - V i c t o r y e n l a mística cisterciense (así como e n m u c h a s otras corrientes del pensamiento) y p a r e c e ser u n o d e esos i n t e r m e d i a r i o s i n t e r e s a n t e s e n t r e l a E d a d M e d i a y P a s c a l (cf. p á g . 2 2 0 , n o t a 1 6 ) q u e s e r i a c o n v e n i e n t e e s t u d i a r . Cf. Archives

d'hisloire

doctrínale

et littéraire

du moyen

age, t . V I I I

(1933), págs. 9 3 y 259.

EL CONOCIMIENTO DE S Í MISMO

23 I

a t e n t o s c u i d a d o s , y s o b r e t o d o e n ese d o m i n i o es e n el q u e l a i n f l u e n ­ cia d e l C r i s t i a n i s m o se h a r e v e l a d o p r o f u n d a . N o s q u e d a , p u e s , se­ guirlos e n su d e t e r m i n a c i ó n del fin ú l t i m o , al c u a l t o d a s las activi­ d a d e s d e l h o m b r e se s u b o r d i n a n , y b u s c a r c o n ellos c ó m o lo p r e p a r a n esas a c t i v i d a d e s . Así n o s v e r e m o s l l e v a d o s a e s b o z a r las n o c i o n e s f u n ­ damentales de conocimiento, de amor, de libertad y de moralidad, e n s u r e l a c i ó n a l fin d e l h o m b r e , q u e es v i v i r e n s o c i e d a d c o n D i o s .

CAPÍTULO EL

CONOCIMIENTO

DE

XII LAS

COSAS

PARÉGEME u n h e c h o d i g n o d e o b s e r v a c i ó n el d e q u e t o d a s l a s g r a n des e p i s t e m o l o g í a s m e d i e v a l e s h a y a n sido lo q u e h o y llamaríamos r e a l i s m o s . D e s p u é s d e m á s d e tres siglos d e e s p e c u l a c i ó n i d e a l i s t a , la n e o e s c o l á s t i c a se p r e s e n t a h o y c o m o u n n e o r r e a l i s m o , r e c h a z a seguir el m é t o d o p r e c o n i z a d o p o r D e s c a r t e s , o , si le o c u r r e s e g u i r l o , se e s f u e r z a p o r e v i t a r s u s c o n c l u s i o n e s . ¿ C ó m o l o q u e se i m p o n e a t a n t o s c o n t e m p o r á n e o s nuestros c o m o u n a evidencia p r i m e r a n o fué n u n c a sospechado p o r S a n Agustín, Santo T o m á s de Aquino o D u n s Escoto? ¿ C ó m o e x p l i c a r s o b r e t o d o q u e , u n a vez p r o c l a m a d a , la n e c e s i d a d d e p a r t i r d e la m e n t e sea a ú n hoy n e g a d a p o r t a n t o s filósofos m o d e r n o s , y q u e aquellos q u e d i c e n seguir la t r a d i c i ó n medieval e s t é n t o d o s e n t r e los q u e l a n i e g a n ? E n u n a p a l a b r a : ¿ p o r q u é t o d o p e n s a d o r c r i s t i a n o es r e a l i s t a , si n o p o r d e f i n i c i ó n , c u a n d o m e n o s p o r ' u n a e s p e c i e d e v o c a c i ó n ? É s t e es el p r o b l e m a q u e q u i s i e r a a b o r d a r h o y p o r u n o d e sus m á s i m p o r t a n t e s a s p e c t o s , m o s t r a n d o q u e el o b j e t o d e l c o n o c i m i e n t o es d e t a l n a t u r a l e z a , e n u n u n i v e r s o c r i s t i a n o , q u e es c a p a z d e s o p o r t a r u n a e p i s t e m o l o g í a r e a l i s t a . N a d a p r o b a b a a priori q u e así d e b í a d e ser, y las v a c i l a c i o n e s d e S a n A g u s t í n b a s t a r í a n p a r a p r o b a r l o . P l a t ó n , e n q u i e n se i n s p i r a , n o p e n s a b a q u e la n a t u r a l e z a d e las c a u s a s m a t e r i a l e s fuese bastante consistente p a r a h a c e r d e ellas objetos de c o n o c i m i e n t o cierto. Al p e n s a m i e n t o p u r o s e a b r e el m u n d o d e l a s I d e a s , q u e s o n o b j e t o d e c i e n c i a , p e r o t o d o c u a n t o a l c a n z a l a s e n s a c i ó n , f l o t a n d o e n t r e el s e r y el n o - s e r , n o p u e d e f u n d a r u n c o n o c i m i e n t o m á s e l e v a d o q u e l a simple opinión. L a necesidad q u e e x p e r i m e n t a b a S a n Agustín de librarse d e l a i n c e r t i d u m b r e d e l o s e s c é p t i c o s lo l l e v ó a a b r a z a r e s a d o c t r i n a . T e m p r a n o c o m p r e n d i ó , a t r a v é s d e P l o t i n o , q u e el s e n s u a l i s m o p u r o e n g e n d r a i n e v i t a b l e m e n t e u n a d u d a u n i v e r s a l . S i l o r e a l se r e d u c e , e n efecto, a la a p a r i e n c i a sensible, c o m o está en p e r p e t u a c o n t r a d i c c i ó n c o n s i g o m i s m a , n i n g u n a c e r t e z a es p o s i b l e s e a d e l o r d e n q u e sea. D e a h í esas conclusiones, d e u n a s e v e r i d a d q u e n a d a a t e n ú a , y s o b r e l a s c u a l e s t o d o s los g r a n d e s f i l ó s o f o s d e l s i g l o x m habrán d e r e f l e x i o n a r : " T o d o l o q u e los s e n t i d o s d e l c u e r p o a l c a n z a n , l o q u e l l a m a m o s lo sensible, n i p o r u n i n s t a n t e d e j a d e c a m b i a r . E l q u e los c a b e l l o s c r e z c a n e n l a c a b e z a , q u e el c u e r p o e n v e j e z c a o e s t é

233

EL CONOCIMIENTO DE LAS COSAS lozano

en la j u v e n t u d ,

rrumpe.

Ahora

bien:

está en u n

perpetuo

lo

permanece

que

no

ser p e r c i b i d o . Percibir, e n efecto,

d e v e n i r y j a m á s se incambiado

es c o m p r e n d e r

que

los

sentidos

corporales

p u r e z a " 1. E l non

est

corporis

como

quedará

igitur

d e g r a d o se d e t u v i e r o n la E d a d La cosas es

de

un

en

el

inmutable,

de

modo

donde

podemos

extraer

Mateo aun

m a s dificultades clara

se l a

medieval

esas d i f i c u l t a d e s luego

desempeñar

qué

Para

como

el

examen

cerca

se o p u s o

esencial el

discípulo que

de

San

su

esta

de

las

cierto,

llega

conocimiento

depende

de

Todo,

no

de

por

siglo de

una

cuestión de

que

con

éste San otros extre-

gran

refuerzo

era

al

cada

determinó el

doctrina

llevó

lo

su l u c h a

que

conciencia

con

las

xm. las

último

se

de

y muchos

del p r o b l e m a en

no

es

decirse el

cuenta

salvarla

tomémoslo

período

crítico,

Buenaventura,

la inestabilidad

negativa.

tan

papel de

ese

pensamiento

hoy

llamamos

esa t e n t a c i ó n

el

y

saber

que

entra

sucumbir.

conocimiento es

que

objeto

posible

el p r o b l e m a

en

en

darse

la

intentar

es

Puede

posición. L a

fué

Lo de

como

a

simplificar

decididamente

de

de

todavía

y

sensible

que

Rogelio Marston

dejaban

i d e a l i s m o , es i n s t r u c t i v o v e r l o e n por

verdad.

d'Aquasparta, no

su

sensibus

meditar,

orden

agustiniana

inherentes a semejante de

tan

la

escuela

complementarias.

podía y

la

cuando

abandonara,

de hipótesis género,

de

en

a

acomodarse.

inmutable;

común

verdad

a

no

esperar,

n u m e r o s o s filósofos

e

lo e n s e ñ a r o n ,

que

fácilmente

necesaria

advertencia de hecho

ni

lugar

vez m á s

solemne

necesario

Buenaventura,

que

una

la

veritatis

nada

encuentra

es

entreguen sinceritas

e n ello, q u e

Media pudieron

verdad

nos

exspectanda

puede

p o r la ciencia, y

se p u e d e c o m p r e n d e r l o q u e n o c e s a d e c a m b i a r . N o d e b e r n o s pues,

inte-

no

en

su

Mateo

cosas

e n el p u n t o

es

decir,

existencia

doctrina,

no a

de

lo

en

el

d'Aquasparta.

sensibles

naturalmente la

en

muy

Persuadido

le p e r m i t e

fundar

preguntarse su

objeto,

empujaba

a

original

y

si su

esta

de un

nuestro respuesta

conclusión.

T e n e m o s c o n o c i m i e n t o s ciertos, o, e n o t r o s t é r m i n o s , h a y u n a

ciencia;

e s t a c i e n c i a n o e n c u e n t r a d e q u é f u n d a r s e e n l a n a t u r a l e z a d e las c o s a s m a t e r i a l e s ; es, p u e s , i n d e p e n d i e n t e d e la e x i s t e n c i a d e é s t a s : a

su

virtud

activa,

lo u n i v e r s a l

de

el

intelecto

lo p a r t i c u l a r ,

las

agente

puede

especies

abstraer

inteligibles

de

"Gracias

por las

su

luz

especies

sensibles, las esencias d e las cosas a c t u a l m e n t e e x i s t e n t e s . A h o r a

bien:

es c o s a

cierta que

esen-

cias

las

de

cosas

los u n i v e r s a l e s , no

tienen

las especies

relación

con

existente. Por

lo c o n t r a r i o , s o n i n d i f e r e n t e s

existencia

las cosas, n o

modo

que

de

la existencia

se r e f i e r e n

o la n o

ni

inteligibles

ninguna

cosa

y las

actualmente

a la existencia o a

la

no

ni

al

tiempo,

de

de la cosa

no

hace

al

existencia

lugar,

nada

al c o n o c i m i e n t o q u e d e ella t e n e m o s . Así, d e la m i s m a m a n e r a q u e 1

S a n A G U S T Í N , De

div. quaest.

83, q u . 9 ; Patr.

lat., t . 4 0 , c o l . 1 3 .

el

234

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

intelecto p u e d e conocer la esencia d e u n a cosa p o r su especie intelig i b l e , e x i s t i e n d o e s a c o s a , t a m b i é n p u e d e c o n o c e r l a a u n si e s a c o s a n o e x i s t e . " S e o b j e t a r á , s i n d u d a , q u e e n e s e c a s o el i n t e l e c t o t e n d r í a la n a d a c o m o o b j e t o , lo q u e p a r e c e c o n t r a d i c t o r i o , p e r o M a t e o d ' A q u a s p a r t a n o se d e j a t u r b a r p o r t a n p o c o . A esa o b j e c i ó n tiene, n o u n a , sino dos respuestas. L a p r i m e r a es q u e si s e t o m a nada e n s e n t i d o a b s o l u t o , es e f e c t i v a m e n t e c o n t r a d i c t o r i o q u e lo q u e n o es n a d a p u e d a s e r el o b j e t o d e l i n t e l e c t o , p e r o n o l o es q u e el i n t e l e c t o t e n g a p o r o b j e t o l a e s e n c i a d e u n a cosa n o e x i s t e n t e . M u y p o r lo c o n t r a r i o , p u e d e d e c i r s e q u e , e n c i e r t o s e n t i d o , el o b j e t o d e l i n t e l e c t o n o es n u n c a e l s e r e n t e n d i d o e n e l s e n t i d o d e e x i s t e n c i a . P o s e y e n d o e n sí l a e s p e c i e i n t e l i g i b l e d e u ñ a esencia, la d e l h o m b r e , p o r e j e m p l o , e x t r a e el c o n c e p t o cor r e s p o n d i e n t e , p e r o sin r e p r e s e n t a r s e al h o m b r e c o m o e x i s t e n t e o n o e x i s t e n t e . L u e g o el o b j e t o d e l i n t e l e c t o es l a e s e n c i a d e l a c o s a , i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e s u e x i s t e n c i a : nam, nec re existente, quidditas ut est in rebus, est inteüectus objectum. H e ahí, pues, u n a solución p o s i b l e del p r o b l e m a . É s t a se a p l i c a b i e n a la c u e s t i ó n , y d e u n m o d o filosófico; sin e m b a r g o , M a t e o d ' A q u a s p a r t a m i s m o t i e n e sus d u d a s y s e p r e g u n t a si p u e d e r e s o l v e r s e c o m p l e t a m e n t e el p r o b l e m a c o n los solos p r i n c i p i o s d e l a filosofía, sin a c u d i r a l a t e o l o g í a : iste modus est philosophicus et congruus; non tarnen puto, quod sufficiat, •et fortassis hic deficiunt principia philosophiae, et recurrendum ad principia theologica. O i g a m o s sus r a z o n e s . L a p r i n c i p a l es q u e si n o s a t e n e m o s a e s e p u n t o d e v i s t a f i l o s ó f i c o , el ú n i c o o b j e t o q u e p o d a m o s g a r a n t i z a r a n u e s t r o i n t e l e c t o es el concepto. Supongamos durante un instante que nuestro conocimiento n o a l c a n c e s i n o e s p e c i e s i n t e l i g i b l e s o los c o n c e p t o s q u e d e e l l a s e x t r a e , y lo m i s m o sería d e c i r q u e n o a l c a n z a n i n g u n a r e a l i d a d . E s u n a c i e n c i a s i n o b j e t o , l u e g o v a c í a . A l o s u m o p o d r í a d e c i r s e q u e el i n t e l e c t o p o s e e e n t o n c e s la c i e n c i a d e sus p r o p i o s c o n c e p t o s , p e r o , c o m o se d e s i n t e r e s a d e s a b e r si les c o r r e s p o n d e n c o s a s r e a l e s , s u conocimiento n o tiene contenido. Es m u y digno de observar q u e nuest r a filosofía llega a q u í a dirigir c o n t r a su p r o p i a c o n c e p c i ó n d e u n a ciencia d e las esencias p u r a s las objeciones q u e y a Aristóteles h a b í a d i r i g i d o c o n t r a l a t e o r í a p l a t ó n i c a d e las I d e a s . Si el o b j e t o p r o p i o d e n u e s t r a ciencia son éstas, ¿ e n q u é n u e s t r a ciencia sería u n c o n o c i m i e n t o d e las cosas, p u e s t o q u e las cosas n o son las I d e a s ? La ú n i c a diferencia, y d e i m p o r t a n c i a , es p r e c i s a m e n t e que Mateo d ' A q u a s p a r t a n o c u e n t a m á s c o n las cosas p a r a e n t r e g a r n o s el o b j e t o de u n a ciencia cierta, de m o d o que, p a r a r e s p o n d e r a la objeción a r i s t o t é l i c a q u e él m i s m o p l a n t e a , n e c e s i t a v o l v e r a P l a t ó n , p o r l o m e n o s tal c u a l lo c o m p l e t a r o n S a n A n s e l m o y S a n A g u s t í n . 2

2

ARISTÓTELES,

Metaph.,

I , 9, 9 9 1 a

12.

EL CONOCIMIENTO DE LAS COSAS ¿Cuál

es, e n

efecto,

el c o n t e n i d o

de nuestro

gSj)

concepto?

d e d e c i r q u e n o es u n a e x i s t e n c i a ; p e r o t a m p o c o e s u n un

puro

Corno

conocible;

lo

dice

es

San

una

verdad

Agustín

en

necesaria,

su

De

libero

Acabamos

puro

inmutable arbitrio

posible,

y

eterna.

(II,

8, 2 1 ) :

" T o d o lo q u e t o c o p o r m i s s e n t i d o s c o r p o r a l e s , ese cielo o e s t a

tierra,

por

no

ejemplo,

cuánto

o

tiempo

ahora,

sino

podido

alguna

diez." lo

cosas

existirá;

ahí, y

pero

y

no

vemos,

que

creadas

su

origen nos

no

San

es m á s

Agustín

cuerpos

siete

hay

más

modo de

puedo

tres

de

un

no

puede

queda

por

que

una

dice, y

veritate,

que

percibir,

hacen

que

siete

diez,

y

más

tres

diez, ni q u e a l g u n a vez d e j e n

pues,

Sólo

e n s u d i á l o g o De medida

demás

vez n o h a c e r

sensible.

increada.

los

siempre,

Por

necesaria de

todos

golpe,

que

encontrarse recordar

suerte

San

de

Anselmo

no

hayan

de

hacer

existe

una

en

contingencia

que

la

la

ciencia

verdad

expresión

de

lo establece

de' las

la

verdad

con

fuerza

q u e c a d a c o s a n o es v e r d a d e r a s i n o e n

e n q u e se c o n f o r m a

a su m o d e l o d i v i n o . D e j e m o s

a un

las i m p l i c a c i o n e s m e t a f í s i c a s d e e s t a d o c t r i n a , s o b r e las c u a l e s d e v o l v e r p r o n t o , y sólo g u a r d e m o s

de

ella la

luz q u e

nuestro p r o b l e m a . N o h a c e n a d a m e n o s q u e proveer al humano vacía;

el o b j e t o

no

la

concepto ipsa

de

la

concepta

plar

que

cosa

3

Nada

mejor,

problema

es

necesita:

sensible,

esencia

ab

aetemum

no

cuya

el c o n c e p t o ,

inestabilidad

relacionado

intellectu

nostro,

a

su

relata

que

hace

modelo

tamen

en

verdad,

llevada

Mateo

de

y debemos

mano

con

Platón,

confesar

maestra.

d e ser s i e m p r e u n a

análisis

es

que

la

el o b j e t o

Seguramente,

si n o

d'Aquasparta

no deja humano

es u n a

Sólo

artem

que

la

debemos

no

es p e r f e c t a m e n t e

de ciencia la

divina

sive

discusión

del

agregar'

que

que

de

posición.

terminar

c o h e r e n t e y su

entrega sola,

sino

su

q u e es ella, y n o

estabilidad

bastarían

a

y

de

necesidad

fundar

esta

ciencia

Debe responder, y responde, p o r la afirmativa. nada una 3

sentido

la

más,

pues

ciencia

no

causa la

de

causa

es l a s

nuestro que

cosas,

Todo ese análisis sigue a edic. Quaracchi, 1 9 0 3 ; qu. I , D e pág. 236.

Que

conocimiento

hace

sino

sus

colaboración lo sensible,

que

la

n e c e s i t a . B i e n se e c h a d e v e r c u a n d o M a t e o d ' A q u a s p a r t a se divinas

de

ofrecerle.

divina

siempre

en

ciencia

lo r e a l sensible n o p u e d e

iluminación

elemento

debe

intelecto

trae

cierto

exern-

al

l o s e n s i b l e es d e t a l n a t u r a l e z a ,

Ideas

el

quidditas

c i e n c i a d e las ideas. E l r e s u l t a d o

iluminación

que

si l a s

forma sino

divino:

es i n c o h e r e n t e ,

con

el

sobre

conocimiento

.

comienza

Platón.

hemos

inasible,

ad

la

lado

arroja

esa m i s m a m a e s t r í a n o h a c e sino s u b r a y a r los p e l i g r o s d e l a Quien

sé sólo

las

MATEO

que

un

Resp.,

objetos.

hecho,

págs.

bien:

las

Quaest. 230-233;

en

pero

conocimiento

ahora

D'AQUASPARTA,

cognitione,

pregunta

los

las cosas s e a n

es

nuestro

Ideas;

sin

la

ciencia

sea Ideas

disputae; ad

8™,

236

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

n o d e p e n d e n d e l a s c o s a s ; l a v e r d a d es l a i n v e r s a ; el i n t e l e c t o p u e d e c o n o c e r , p u e s , p o r e s a s I d e a s , a u n si l a s c o s a s n o e x i s t e n . E n r e s u m e n : las cosas n o s o n la c a u s a n e c e s a r i a d e n u e s t r o c o n o c i m i e n t o ; si D i o s i m p r i m i e r a d i r e c t a m e n t e s u s e s p e c i e s e n n u e s t r o s i n t e l e c t o s c o m o h a c e e n los d e los á n g e l e s , l a s c o n o c e r í a m o s t a l e s c u a l e s l a s c o n o cemos . 4

5

L l e g a r a s e m e j a n t e s c o n s e c u e n c i a s es r e c o n o c e r q u e l a f i l o s o f í a p u r a n o t i e n e e n sí d e q u é f u n d a r l a c i e n c i a , y p u e s t o q u e M a t e o d ' A q u a s p a r t a c o n s i d e r a la d o c t r i n a d e la i l u m i n a c i ó n c o m o esenc i a l m e n t e t e o l ó g i c a , p u e d e d e c i r s e q u e s u e p i s t e m o l o g í a es u n e s c e p t i c i s m o filosófico r e s c a t a d o p o r u n f i d e í s m o . V a l e d e c i r q u e l a fe s o l a g a r a n t i z a l a c e r t i d u m b r e d e n u e s t r o s c o n o c i m i e n t o s y q u e el p e n s a m i e n t o m e d i e v a l t o m a el c a m i n o q u e l l e v a a l t e o l o g i s m o d e O c k h a m . L a importancia del p r o b l e m a era tanto m a y o r cuanto que M a t e o d ' A q u a s p a r t a n o e r a y n o p o d í a ser u n aislado. Sus c o n c l u s i o n e s s o n s o l i d a r i a s , d u n a p o s i c i ó n d e l a c u e s t i ó n q u e n o le e r a personal, de la q u e surgían p o r vía de consecuencia necesaria. N a d a m á s i n t e r e s a n t e q u e v e r a los m i s m o s a g u s t i n i a n o s d a r s e c u e n t a d e l p e l i g r o q u e les a m e n a z a . O l i v i q u i e r e s e g u i r l a t r a d i c i ó n q u e i n v o c a a S a n A g u s t í n , p e r o q u i e r e s e g u i r l a sine erróte, y h e a q u í el p r i m e r error en q u e t e m e c a e r s i g u i é n d o l a : " E n lo q u e se refiere a n u e s t r o i n t e l e c t o , h a y q u e c u i d a r s e d e n o q u i t a r l e el p o d e r d e e m i t i r j u i c i o s v e r d a d e r o s y c i e r t o s , c o m o lo h i c i e r o n los A c a d é m i c o s , y d e n o a t r i b u i r l e u n a c i e n c i a o r i g i n a l d e t o d a s las cosas, q u e éste p o s e e r í a n a t u r a l m e n t e , c o m o lo h i z o P l a t ó n , q u e d e b i d o a e s o d e c í a q u e a p r e n d e r n o es s i n o r e c o r d a r " . E n t r e u n i n n a t i s m o q u e n a d i e q u i e r e y el e s c e p t i c i s m o q u e a m e n a z a , ¿ q u é v í a p o d r á s e g u i r e l p e n s a m i e n t o m e d i e v a l ? N o l e q u e d a m á s s i n o r e h a b i l i t a r el o r d e n s e n s i b l e , y es lo que h a r á D u n s Escoto, después de Santo T o m á s de Aquino. e

6

E l d e s e o d e e s t a b i l i z a r el o r d e n s e n s i b l e y d e c o n f e r i r l e u n a i n t e l i g i b i l i d a d d i g n a d e ese n o m b r e n o a r r a s t r ó a S a n t o T o m á s a r e n u n c i a r a los d e r e c h o s d e l a m e n t e . N i s i q u i e r a t u v o l a t e n t a c i ó n d e h a c e r l o . E n el s e n t i d o p l e n o y p r o p i o d e l v o c a b l o , l a v e r d a d s ó l o se e n c u e n t r a e n la m e n t e ; p u e s h a y v e r d a d c u a n d o h a y a d e c u a c i ó n d e l a c o s a y d e l i n t e l e c t o ; a h o r a b i e n : e n e s t a r e l a c i ó n es el i n t e l e c t o el q u e se h a c e a d e c u a d o a l a c o s a y e n é l es d o n d e se e s t a b l e c e e s a 4

MATEO D'AQUASPARTA,

op.

cit.,

Contra,

5, págs.

6

MATEO

op.

cit.,

ad

pág.

D'AQUASPARTA,

12"',

225-226.

237.

P . J . O L I V I , In II Sent., A p p e n d i x , q u . I I ; e d i c . B . J A N S E N , Q u a r a c c h i , 1926, t. I I I , p á g . 5 0 5 . N ó t e s e e n l a p á g . 5 0 2 , a r t . 6 , e l e x c e l e n t e r e s u m e n q u e d a Olivi de la posición a g u s t i n i a n a : " P r a e t e r e a , n u l l u m fallibile et m u t a bile potest infallibiliter certificare aut a c t u m infallibilem et immutabilem g e n e r a r e ; sed o m n i s species seu r a t i o c r e a t a est fallibilis et m u t a b i l i s ; e r g o impossibile est q u o d intellectus per speciem creatam aut lumen creatum infallibiliter et i m m u t a b i l i t e r certificetur; et i t a o p o r t e t q u o d certificetur p e r rationem a e t e r n a m et l u m e n a e t e r n u m . " 6

EL CONOCIMIENTO DE LAS COSAS a d e c u a c i ó n ; a s í , p u e s , es e n el i n t e l e c t o d o n d e se h a l l a l a v e r d a d : ergo nec ventas nisi in intellectu. D i c h o esto, conviene agregar dos cosas p a r a c o m p r e n d e r la posición tomista del p r o b l e m a : en primer l u g a r , q u e l a a d e c u a c i ó n d e l i n t e l e c t o a l o b j e t o es u n a a d e c u a c i ó n real; l u e g o , q u e l a s c o s a s a l a s q u e el i n t e l e c t o se c o n f o r m a , se c o n f o r m a n ellas m i s m a s a o t r o i n t e l e c t o . E x a m i n e m o s s u c e s i v a m e n t e esos dos p u n t o s , p u e s d e ello d e p e n d e la i n t e l i g e n c i a d e la posición cristiana del problema. Es e x a c t o q u e la v e r d a d está e s e n c i a l m e n t e e n el i n t e l e c t o , q u e a f i r m a q u e las cosas son o n o son y j u z g a q u e son esto e n vez d e a q u e l l o . H o y es c o r r i e n t e o b j e t a r a e s a c o n c e p c i ó n q u e l a n o c i ó n d e u n a v e r d a d - c o p i a n o r e s i s t e el e x a m e n , p u e s t o q u e el i n t e l e c t o n o p u e d e c o m p a r a r l a c o s a t a l c u a l es, y q u e n o se l e a l c a n z a , c o n l a c o s a t a l c u a l se l a r e p r e s e n t a , ú n i c a q u e él c o n o c e . . M e a t r e v o a d e c i r q u e si e s o es t o d o l o q u e el i d e a l i s m o m o d e r n o p u e d e r e p r o c h a r a l r e a l i s m o m e d i e v a l , a q u é l n i s i q u i e r a se d a c u e n t a d e lo q u e p u e d e s e r u n r e a l i s m o v e r d a d e r o . S i n d u d a , l a c o s t u m b r e q u e se h a t o m a d o , d e s d e D e s c a r t e s , d e ir s i e m p r e d e l a m e n t e al ser, i n v i t a a i n t e r p r e t a r l a adaequatio rei ad intellectus c o m o si se t r a t a s e d e c o m p a r a r l a r e p r e s e n t a c i ó n d e u n a c o s a a e s e f a n t a s m a q u e es p a r a nosotros la cosa fuera d e t o d a r e p r e s e n t a c i ó n . Es fácil j u e g o d e n u n c i a r las c o n t r a d i c c i o n e s sin n ú m e r o e n q u e i n c u r r e la e p i s t e m o l o g í a c u a n d o e n t r a e n e s a v í a , p e r o n o e s j u s t o a ñ a d i r , p u e s es u n h e c h o , q u e l a f i l o s o f í a m e d i e v a l c l á s i c a n o dio e n e l l a s . L a v e r d a d d e q u e é s t a h a b l a es c i e r t a m e n t e l a d e l j u i c i o , p e r o e l j u i c i o n o e s c o n f o r m e a l a c o s a s i n o p o r q u e el i n t e l e c t o q u e l o e x p r e s a se v o l v i ó p r i m e r o c o n f o r m e al ser d e la cosa. Es su esencia m i s m a p o d e r llegar a ser t o d o p o r m o d o i n t e l i g i b l e . D e m o d o q u e si p u e d e a f i r m a r q u e u n a c o s a e s , y q u e es e s t o e n v e z d e a q u e l l o , e s p o r q u e el s e r i n t e l i g i b l e d e l a c o s a se h a h e c h o s u y o . S i n d u d a , n o e n c o n t r a m o s n u e s t r o s j u i cios e n las cosas, y p r e c i s a m e n t e p o r eso n o son infalibles, p e r o e n l a s c o s a s e n c o n t r a m o s a l m e n o s el c o n t e n i d o d e n u e s t r o s c o n c e p t o s , y si, e n c o n d i c i o n e s n o r m a l e s , el c o n c e p t o r e p r e s e n t a s i e m p r e t a l c u a l es l o r e a l a p r e h e n d i d o , es p o r q u e el i n t e l e c t o s e r í a i n c a p a z d e p r o d u c i r l o si él m i s m o n o h u b i e s e l l e g a d o a s e r l a c o s a q u e el c o n c e p t o e x p r e s a y s o b r e l a e s e n c i a d e l a c u a l el j u i c i o d e b i e r a r e g i r s e s i e m p r e . R e s u m i e n d o : l a a d e c u a c i ó n q u e e l j u i c i o e s t a b l e c e e n t r e l a c o s a y el i n t e l e c t o p r e s u p o n e s i e m p r e u n a a d e c u a c i ó n a n t e r i o r e n t r e el c o n c e p t o y l a c o s a , q u e a s u v e z s e f u n d a e n u n a a d e c u a c i ó n real d e l i n t e l e c t o c o n el o b j e t o q u e l e i n f o r m a . A s í , p u e s , e n l a r e l a c i ó n o n t o l ó g i c a p r i m i t i v a d e l i n t e l e c t o a l o b j e t o y e n s u a d e c u a c i ó n r e a l se e n c u e n t r a , si n o l a v e r d a d e n s u f o r m a p e r f e c t a q u e s ó l o a p a r e c e c o n el j u i c i o , al m e n o s la raíz d e esa i g u a l d a d d e la q u e el j u i c i o t o m a c o n c i e n c i a y expresa en u n a fórmula explícita. El

vocablo

verdad

presenta,

pues,

tres

sentidos

diferentes,

aunque

238

EL ESPÍRITU DE LA FILOSOFÍA MEDIEVAL

e s t r e c h a m e n t e v i n c u l a d o s , e n l a filosofía d e S a n t o T o m á s : u n sen­ tido p r o p i o y absoluto, y dos sentidos relativos. E n u n p r i m e r sentido r e l a t i v o , el v o c a b l o " v e r d a d e r o " d e s i g n a l a c o n d i c i ó n fundamental s i n l a c u a l n i n g u n a v e r d a d s e r í a p o s i b l e , es d e c i r , el s e r . E n e f e c t o , n o p u e d e h a b e r v e r d a d sin u n a r e a l i d a d q u e p u e d a ser l l a m a d a ver­ d a d e r a c u a n d o se h a l l e e n r e l a c i ó n c o n u n i n t e l e c t o . E n este s e n t i d o e s , p u e s , e x a c t o d e c i r c o n S a n A g u s t í n q u e l o v e r d a d e r o es lo q u e e s : verum est id quod est. E n e l s e n t i d o p r o p i o , l a v e r d a d c o n s i s t e f o r ­ m a l m e n t e e n el a c u e r d o o n t o l ó g i c o d e l s e r a l i n t e l e c t o , es d e c i r , e n l a c o n f o r m i d a d d e h e c h o q u e se e s t a b l e c e e n t r e e l l o s , c o m o se e s t a ­ b l e c e e n t r e e l o j o y e l c o l o r q u e é l p e r c i b e ; es l o q u e e x p r e s a l a d e f i n i c i ó n c l á s i c a d e I s a a c I s r a e l i : veritas est adaequatio rei et intel­ lectus, o t a m b i é n la de S a n A n s e l m o , repetida p o r S a n t o T o m á s : veritas est rectitudo solamente perceptibilis, pues adecuación de hecho e s l a r e c t i t u d d e u n a m e n t e q u e c o n c i b e q u e lo q u e es e s , y q u e lo q u e n o es n o es. P o r ú l t i m o l l e g a l a v e r d a d l ó g i c a d e l j u i c i o , q u e n o es s i n o l a c o n s e c u e n c i a d e e s t a v e r d a d o n t o l ó g i c a : et tertio modo definitur verum secundum effectum consequentern, d e m o d o q u e el c o n o c i m i e n t o es a q u í l a m a n i f e s t a c i ó n y l a d e c l a r a c i ó n d e l a c u e r d o y a r e a l i z a d o e n t r e el i n t e l e c t o y e l s e r : el c o n o c i m i e n t o r e s u l t a y s u r g e l i t e r a l m e n t e d e l a v e r d a d eximo u n e f e c t o d e s u c a u s a , y p o r eso, f u n d a d o e n u n a r e l a c i ó n real, n o tiene p o r q u é p r e g u n t a r s e c ó m o alcanzar la r e a l i d a d . 7

P o r a h í se v e p r i m e r a m e n t e q u e l o s c r í t i c o s m o d e r n o s d e l a e s c o ­ lástica ni siquiera s o s p e c h a n - la n a t u r a l e z a ni la p r o f u n d i d a d del d e s a c u e r d o q u e l o s s e p a r a , p e r o t a m b i é n se p e r c i b e q u é n e c e s i d a d v i t a l o b l i g a b a a l p e n s a m i e n t o m e d i e v a l a m a n t e n e r i n t a c t o el v a l o r i n t e l i g i b l e d e l o r d e n s e n s i b l e . L a v e r d a d se h a l l a p r o p i a m e n t e e n el intelecto h u m a n o , pero debe encontrarse también, en cierto sentido, e n l a s c o s a s , a u n c u a n d o s ó l o se e n c u e n t r e e n e l l a s e n r e l a c i ó n a u n i n t e l e c t o . Y lo e s t á e n p r i m e r l u g a r e n r e l a c i ó n al i n t e l e c t o d i v i n o . E s t o es l o d e f i n i t i v o e n l a s c o n c l u s i o n e s d e De veritate de San An­ s e l m o . E n r e l a c i ó n al h o m b r e , l a v e r d a d está s o b r e t o d o e n el i n t e ­ l e c t o h u m a n o , p e r o a b s o l u t a m e n t e h a b l a n d o , se e n c u e n t r a e n el i n t e l e c t o d i v i n o . H a y , p u e s , u n a sola v e r d a d d e t o d a s las cosas, e n el s e n t i d o d e q u e l a v e r d a d d e l i n t e l e c t o d i v i n o es u n a , y d e e l l a d e r i v a n las m ú l t i p l e s v e r d a d e s d e l a s c o s a s p a r t i c u l a r e s , aunque, s i n e m b a r g o , h a y u n a v e r d a d p r o p i a a c a d a c o s a , q u e le p e r t e n e c e c o n el m i s m o t í t u l o q u e s u e n t i d a d . C o m u n i c a d a a t o d o s e r p o r D i o s , l e es i n s e p a r a b l e , p u e s t o cjue l a s c o s a s s ó l o s u b s i s t e n p o r q u e el i n t e l e c t o d i v i n o l a s p r o d u c e e n e l s e r . L a a c c i ó n c r e a d o r a d i v i n a , S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , Quaest. disp. de Veritate, q u . I, arts. 1 y 2. Se c o n s u l t a r á c o n p r o v e c h o sobre el c o n j u n t o d e esta c u e s t i ó n el o p ú s c u l o de J . P I E P E R , Die Wirklichkeit und das Gute nach Thomas von Aquin, H e l i o s V e r l a g , M ü n s t e r i. W . , 1 9 3 1 . 7

EL

CONOCIMIENTO

DE

LAS

23

COSAS

9

e n g e n d r a n d o l o s s e r e s , les c o m u n i c a p o r e s o m i s m o u n a v e r d a d q u e les e s i n h e r e n t e : l a d e s u e n t i d a d a l a c u a l el i n t e l e c t o s e h a c e a d e c u a d o , o del intelecto q u e se l a h a c e a d e c u a d a . D e todos m o d o s , n o h a b r í a i n t e l e c c i ó n si el o b j e t o sensible d e l c o n o c i m i e n t o n o e s t u viese d o t a d o d e su p r o p i a inteligibilidad. 8

D e m o d o q u e si s e p l a n t e a r a a S a n t o T o m á s l a c u e s t i ó n m o v i d a p o r M a t e o d ' A q u a s p a r t a , la contestación n o sería d u d o s a : ¿Queda u n a v e r d a d c u a n d o las cosas m i s m a s se d e s t r u y e n ? S í ; l a d e l i n t e lecto d i v i n o subsiste, p e r o la v e r d a d relativa d e las cosas d e s a p a r e c e c o n e l l a s o c o n el i n t e l e c t o h u m a n o q u e s ó l o p u e d e p e r c i b i r l a . L a doctrina cristiana de la creación implica necesariamente esa consec u e n c i a , p u e s , o b i e n e l t é r m i n o d e l a c t o c r e a d o r e s n u l o , c a s o e n el cual n o h a b r í a n i ser n i v e r d a d f o r m a l d e las cosas p o r c o n o c e r : o b i e n e s e t é r m i n o e s p o s i t i v o , y e n t o n c e s m e n e s t e r es q u e l a s c o s a s s e a n s e r e s r e a l e s , a s í c o m o l a v e r d a d q u e les es i n h e r e n t e . E n u n a . filosofía c r i s t i a n a p l e n a m e n t e c o n s c i e n t e d e l s e n t i d o d e sus p r i n c i p i o s h a y u n o r d e n d e la v e r d a d c u y a e x i s t e n c i a es c o n t i n g e n t e , p e r o c u y a e s e n c i a es t a n e s t a b l e c o m o l a d e l s e r q u e l a p o s e e : nulla res

est suum

esse, et lamen

esse reí quaedam

res creata

est; et

eodern

9

modo veritas reí aliquid creatum est . E s t a v e r d a d c r e a d a , c u y a n o ción es c a r a c t e r í s t i c a d e l a filosofía c r i s t i a n a , p e r t e n e c e , p u e s , d e p l e n o d e r e c h o a las cosas sensibles y a l a p e r c e p c i ó n q u e las a p r e h e n de. L o q u e q u e d a d e l a c r í t i c a a g u s t i n i a n a d e las s e n s a c i o n e s es q u e el s e n t i d o , p o r e l h e c h o m i s m o d e q u e e s t á v i n c u l a d o a u n ó r g a n o c o r p o r a l , n o p u e d e llevar a c a b o el regreso c o m p l e t o sobre su acto, q u e s e r í a n e c e s a r i o p a r a q u e l o c o n o c i e s e . E s e r e g r e s o se e s b o z a , p u e s t o q u e el a n i m a l s i e n t e q u e s i e n t e , p e r o n o se a c a b a , p u e s t o q u e e l a n i m a l n o s a b e q u é es s e n t i r . N o p o r e s o d e j a d e s e r c i e r t o q u e si l a v e r d a d n o s e e n c u e n t r a e n l o s e n s i b l e b a j o s u f o r m a e x p l í c i t a , se h a l l a c o n q u é f u n d a r l a : veritas est in sensu sicut consequens acturn

ejus;

dum scilicet

judicium

sensus

est de re, secundum

quod

est

1 0

.

D e q u e el sentido n o c o n o c e la v e r d a d , n o p u e d e concluirse q u e lo q u e c o n o c e n o es v e r d a d ; p o r l o c o n t r a r i o , e l i n t e l e c t o n o t i e n e m á s q u e a p l i c a r s e a los d a t o s sensibles p a r a e x t r a e r l a v e r d a d . E l t e x t o f u n d a m e n t a l e s S a n A N S E L M O , De vertíate, c a p . x m ; Patr. lat., t. 1 5 8 , c o l . 4 8 4 - 4 8 6 . L o s a g ú s t i n i a n o s lo u t i l i z a n p a r a e s t a b l e c e r q u e , s i n l a v e r d a d d i v i n a q u e es ú n i c a , n o h a b r í a e n l a s cosas v e r d a d p a r t i c u l a r ; v é a s e , p o r e j e m p l o , R . G R O S S E T E S T E , De única forma omnium, e d i c . L . B a u r , p á g i n a s 1 0 6 - 1 1 1 , y De veritate, p á g s . 1 3 0 - 1 4 3 . S a n t o T o m á s , p o r l o c o n t r a r i o , d i s c u t i e n d o las conclusiones d e S a n A n s e l m o , se a p l i c a e n m o s t r a r q u e , a d m i t i d a e s a t e s i s , a ú n q u e d a e n l a s c o s a s u n a v e r d a d q u e l e s e s p r o p i a : Qu. disp. de 8

Veritate,

I , 4, Resp.

S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , QU. disp. de Veritate, I , 4 , a d 3™ y 4 . S a n t o T O M Á S D E A Q J U T N O , op. cit., I , 9, Resp. Santo T o m á s apunta e x p r e s a m e n t e e n e s a c o n t e s t a c i ó n al t e x t o d e S a n A g u s t í n s o b r e l a i n c e r t i d u m b r e d e l o s e n s i b l e : Ibid., 2 " o b j . 9

1

m

0

240

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

P o r m i p a r t e , c r e o q u e la g r a n d e z a y la p o t e n c i a vital d e la escuela franciscana en ninguna parte resplandece más manifiestamente q u e en la facilidad c o n q u e sus r e p r e s e n t a n t e s c o m p r e n d i e r o n la n e c e s i d a d d e e s t a c o n c l u s i ó n y, u n a v e z a p r e h e n d i d a , l a d e m o s t r a r o n s e g ú n sus p r o p i o s p r i n c i p i o s . H a c e d e esto m u c h o s a ñ o s , u n sociólogo a m i g o m e f e l i c i t a b a p o r q u e t r a t a b a las filosofías d e la E d a d M e d i a c o m o g r u p o s y h a b l a b a d e ellas c o m o d e r e a l i d a d e s colectivas. E n r e a l i d a d , l o s g r u p o s se h a n c o n s t i t u i d o a l r e d e d o r d e i n d i v i d u o s y n a d a es t a n f á c i l c o m o c o m p r o b a r l o e n el c a s o q u e n o s o c u p a . P o r t o d a s las t r a d i c i o n e s f r a n c i s c a n a s , D u n s E s c o t o d e b i ó e n t r a r en g u e r r a c o n t r a S a n t o T o m á s y m a n t e n e r l a s o s p e c h a l a n z a d a s o b r e el o r d e n s e n s i b l e p o r los a g u s t i n i a n o s d e s u O r d e n , p e r o c o r n o j u z g a b a esfa p o s i c i ó n f i l o s ó f i c a m e n t e i n s o s t e n i b l e , la r e c h a z ó p u r a y sencillam e n t e , a u n c u a n d o de o t r o m o d o s a l v a r a lo q u e de, v e r d a d c o n t e n í a la doctrina de S a n Agustín. T a m b i é n él se i n c l i n ó c u r i o s a m e n t e s o b r e el p r o b l e m a q u e p l a n t e a b a l a n o v e n a De las 83 cuestiones diversas de San Agustín. Conoce t o d o s los t e x t o s , n o s ó l o c l á s i c o s , s i n o d e m u c h o a n t e s t r a t a d o s e n su é p o c a , c o n los c u a l e s e r a c o s t u m b r e r e f o r z a r é s t e ; p e r o a esa a c u m u l a c i ó n de citas agustinianas, b a s t a u n a sola p a l a b r a de S a n P a b l o p a r a h a c e r l e c o n t r a p e s o : Invisibilia Dei a creatura mundi per ea quae facía sunt intellecta conspiciuntur (Rom., I, 2 0 ) . Pues, según p r o p i a c o n f e s i ó n d e S a n A g u s t í n , e s a s invisibilia Dei s o n l a s I d e a s d i v i n a s : " L u e g o las I d e a s s o n c o n o c i d a s a p a r t i r d e las c r i a t u r a s ; luego t a m b i é n h a y , a n t e r i o r m e n t e a la visión d e esas ideas, u n c o n o c i m i e n t o c i e r t o d e las c r i a t u r a s " . D a n d o v u e l t a d e ese m o d o a la p o s i c i ó n a g u s t i n i a n a d e l p r o b l e m a , D u n s E s c o t o se c o m p r o m e t í a a j u s t i f i c a r el v a l o r d e l c o n o c i m i e n t o s e n s i b l e , y y a v e r e m o s q u e a e l l o se e n t r e g ó a c t i v a m e n t e . 1 1

E l h e c h o es t a n t o m á s n o t a b l e c u a n t o q u e t o d a l a n o - é t i c a d e D u n s E s c o t o t i e n d e a r e f o r z a r c u a n t o es p o s i b l e l a i n d e p e n d e n c i a d e l i n t e l e c t o r e s p e c t o d e l o r d e n s e n s i b l e . E n e s o m i s m o se d i s t i n g u e de la d e S a n t o T o m á s . A t r a v é s d e t o d a s las c o r r e c c i o n e s q u e h a c e a la d o c t r i n a d e S a n A g u s t í n , subsiste u n a v e n a a g u s t i n i a n a , p u e s el c o n o c i m i e n t o s e n s i b l e n o es p a r a él s i n o l a " o c a s i ó n " d e l c o n o c i m i e n t o i n t e l i g i b l e . S i n e m b a r g o , a l p a r q u e l i m i t a a s í el p a p e l , D u n s Escoto estima absolutamente necesario establecer sólidamente el v a l o r . É s t e d e b e s e r i n a t a c a b l e e n e l l u g a r q u e l e c o r r e s p o n d e . ¿ P o r q u é esa solicitud? P o r q u e D u n s E s c o t o h a visto m u y bien q u e l a N u e v a A c a d e m i a es l a h i j a l e g í t i m a d e l a A n t i g u a ; el i d e a l i s m o t r a s c e n d e n t e d e P l a t ó n se a v i e n e m u y b i e n a u n e s c e p t i c i s m o c o m p l e t o r e s p e c t o d e l m u n d o d e los c u e r p o s ; a h o r a b i e n : D u n s E s c o t o 11

pág.

D U N S

358.

ESCOTO,

Op.

Oxon.,

I,

3,

4,

2;

edic.

Quaracchi,

n.

399,

t.

I,

E L CONOCIMIENTO DE LAS COSAS

241

n o p u e d e a v e n i r s e a ese e s c e p t i c i s m o a c a u s a d e su C r i s t i a n i s m o . E s t a b l e c i d o e n u n m u n d o d e s u b s t a n c i a s c r e a d a s , necesita a d q u i r i r la c i e n c i a d e é s t a s p a r a e l e v a r s e a l a s d e l a s i d e a s y n o i n s t a l a r s e e n el m u n d o d e las ideas p a r a d e s p r e c i a r a su a n t o j o esa ciencia. D e t r á s d e la c r í t i c a a g u s t i n i a n a d e lo sensible, A r i s t ó t e l e s n o le m u e s t r a sólo a P l a t ó n , sino a H e r á c l i t o . P u e s éste es q u i e n le d a la m a y o r d e l s i l o g i s m o , y e s a m a y o r e s f a l s a : antecedens hujus rationis, scilicet quod sensibilia continué mutantur, falsum est; haec enim est opinio quae imponitur Heráclito. A l o p o n e r s e así a l a d e p r e c i a c i ó n p l a t ó n i c a d e lo sensible, D u n s E s c o t o se v e í a n a t u r a l m e n t e l l e v a d o a c r i t i c a r la c o n c e p c i ó n a g u s t i n i a n a d e l a i l u m i n a c i ó n . A n t e t o d o le r e p r o c h a q u e q u i e r a c o n s t r u i r s o b r e c i m i e n t o s e n r u i n a . Si el e l e m e n t o sensible d e l c o n o c i m i e n t o escapa p o r esencia a la a p r e h e n s i ó n de la ciencia, ¿ c ó m o la ilumin a c i ó n d i v i n a p o d r í a c o m u n i c a r a l c o n o c i m i e n t o q u e d e ella t e n e m o s u n a e s t a b i l i d a d q u e l e es e s e n c i a l m e n t e a j e n a ? O b i e n l a l u z d i v i n a v a a e n c e r r a r s e e n lo sensible y p a r t i c i p a r e n su c a d u c i d a d , c a s o e n el c u a l n o h a b r e m o s g a n a d o n a d a ; o b i e n v a a t r a n s f i g u r a r l o d e tal m a n e r a q u e nuestra ciencia n o t e n d r á m á s n i n g u n a relación con la v e r d a d e r a n a t u r a l e z a d e su o b j e t o : c a e r e m o s e n el e r r o r q u e A r i s t ó t e l e s r e p r o c h a a P l a t ó n . L a ú n i c a m a n e r a d e s a l i r d e l p a s o es, p u e s , a d m i t i r q u e existe u n a c e r t i d u m b r e e m p í r i c a f u n d a d a e n u n r a z o n a m i e n t o e x p e r i m e n t a l . S i n d u d a , l a i n d u c c i ó n d e las leyes a p a r t i r de la experiencia n o nos c o n d u c e a conclusiones a b s o l u t a m e n t e neces a r i a s ; n o es c o n t r a d i c t o r i o q u e l a s c o s a s p u e d a n p r o d u c i r s e d e m o d o d i s t i n t o a l q u e se p r o d u c e n , p e r o el c o n o c i m i e n t o q u e d e s u s l e y e s t e n e m o s n o es m e n o s c i e r t o y e s t á s u b s t r a í d o a l e r r o r , p u e s d e s c a n s a p r e c i s a m e n t e s o b r e la e s t a b i l i d a d y l a n e c e s i d a d d e las n a t u r a l e z a s . E l g r a n p r i n c i p i o q u e g a r a n t i z a el v a l o r d e l a c i e n c i a e x p e r i m e n t a l es q u e t o d o lo q u e s u c e d e r e g u l a r m e n t e , e n v i r t u d d e u n a c a u s a n o l i b r e , e s el e f e c t o n a t u r a l d e e s a c a u s a . N a t u r a l , e s d e c i r , n o a c c i d e n tal, sino n e c e s a r i o ; la c i e n c i a d e la n a t u r a l e z a , q u e p o d e m o s a d q u i r i r p o r la e x p e r i e n c i a , ofrece p u e s , t a m b i é n ella, u n c a r á c t e r de n e c e sidad 12. T o d a la d o c t r i n a d e D u n s E s c o t o sobre ese p u n t o i m p o r t a n t e p u e d e r e s u m i r s e d i c i e n d o q u e se o p o n e a l h e r a c l i t i s m o , p o r q u e si l a s c o s a s n a t u r a l e s p a s a n , s u n a t u r a l e z a n o p a s a . D e m o d o q u e n o es p o r c a s u a l i d a d , n i p o r u n j u e g o a b s u r d o d e l a h i s t o r i a , q u e el s i g l o x i n vio e x p a n d i r s e l a o b r a d e R o g e r i o B a c o n , o q u e el siglo x i v p u d o a s i s t i r a los p r i m e r o s d e s a r r o l l o s d e l a c i e n c i a p o s i t i v a . S i n e m b a r g o , n o s e q u i v o c a r í a m o s si a t r i b u y é r a m o s a l o s h o m b r e s d e l a E d a d M e D U N S E S C O T O , Op. Oxon., I , 3 , 4 , 2 , 9 ; e d i c . Q u a r a c c h i , n . 4 0 8 , t. I , p á g . 3 6 7 - 3 6 8 . V é a s e s o b r e e s a c u e s t i ó n : Avicenne et le point de départ de Duns Scot, e n Arch. d'hist. doctr. et litt. du moyen age, t . I I ( 1 9 2 7 ) , p á 1

2

ginas

117-119.

242

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

d í a el a m o r d e l a c i e n c i a p o r l a c i e n c i a , o, c o m o g u s t a d e c i r s e h o y , d e l a c i e n c i a " d e s i n t e r e s a d a " . S u a m o r p o r l a c i e n c i a es t a n d e s i n t e r e s a d o d e f i n e s p r á c t i c o s c o m o el n u e s t r o p u e d e s e r l o , y a v e c e s a ú n m á s , p e r o l a c i e n c i a d e l a s c o s a s n o es p a r a e l l o s u n f i n e n sí. M i r a n a la n a t u r a l e z a p o r q u e son c r i s t i a n o s y c o m o c r i s t i a n o s la e s t u dian. A m a n e n ella la o b r a d e Dios. D e ahí esa s u e r t e d e t e r n u r a religiosa c o n q u e e n u m e r a n las m a r a v i l l a s y el c u i d a d o s o c e l o q u e p o n e n en asegurar su inteligibilidad. 1 3

E l r e a l i s m o d e l a E d a d M e d i a f u é , p u e s , el h e r e d e r o d e l r e a l i s m o g r i e g o , p o r u n m o t i v o m u y d i f e r e n t e a a q u e l e n q u e se i n s p i r a b a l a f i l o s o f í a d e A r i s t ó t e l e s , y es l o q u e le c o n f i e r e s u c a r á c t e r p a r t i c u l a r . A r i s t ó t e l e s d e s c o n f i ó d e l i d e a l i s m o p l a t ó n i c o , p o r q u e el r e i n o d e l h o m b r e es d e e s t e m u n d o , y n e c e s i t a m o s s o b r e t o d o u n a c i e n c i a q u e sea la del m u n d o e n q u e vivimos. L o s Cristianos desconfiaron c a d a v e z m á s d e l i d e a l i s m o p l a t ó n i c o , p o r q u e el r e i n o d e D i o s n o es d e e s t e m u n d o , p e r o e s t e m u n d o es el p u n t o d e a p o y o n e c e s a r i o p a r a q u i e n q u i e r e e l e v a r s e h a s t a él. D i s o l v e r l o e n u n flujo d e a p a r i e n c i a s i n c o n s i s t e n t e s es q u i t a r n o s d e l a s m a n o s el m e d i o m á s s e g u r o q u e t e n e m o s d e c o n o c e r a D i o s . S i l a o b r a d e l a c r e a c i ó n n o es i n t e l i g i b l e , ¿ q u é s a b r e m o s j a m á s d e su a u t o r ? O , m á s bien, ¿ c ó m o la i m a g i n a r e m o s , si e l l a n o es m á s q u e el t r a n s c u r r i r p e r p e t u o d e l m u n d o d e H e r á c l i t o ? P o r q u e t o d o es n ú m e r o , p e s o y m e d i d a , l a s a b i d u r í a d e D i o s r e s p l a n d e c e e n l a n a t u r a l e z a . P o r q u e es f e c u n d o , se a t e s t i g u a su p o d e r c r e a d o r . P o r q u e las cosas s o n ser, y n o c a s i - n a d a , s a b e m o s q u e D i o s es el S e r . A s í , lo q u e l a r e v e l a c i ó n e n s e ñ a d e D i o s , l o c o n f i r m a la vista del u n i v e r s o : " L a s criaturas de este m u n d o sens i b l e s i g n i f i c a n los a t r i b u t o s i n v i s i b l e s d e D i o s , p o r q u e D i o s es el o r i g e n , el m o d e l o y el f i n d e t o d a c r i a t u r a , y p o r q u e t o d o e f e c t o d e s i g n a s u c a u s a , t o d a i m a g e n s u m o d e l o , t o d o c a m i n o el t é r m i n o al c u a l c o n d u c e " . S u p r i m i d n u e s t r o c o n o c i m i e n t o del efecto, de la i m a g e n y d e l c a m i n o , y n o s a b r e m o s m á s n a d a d e la c a u s a , d e l m o d e l o , n i del t é r m i n o . E l r e a l i s m o filosófico d e la E d a d Media está a l i m e n t a d o d e motivos cristianos y subsistirá u n realismo m i e n tras la influencia d e l C r i s t i a n i s m o siga h a c i é n d o s e sentir. 1 4

S i n e m b a r g o , m u y a m e n u d o se h a b l a d e i d e a l i s m o c r i s t i a n o , y efectivamente p u e d e q u e la expresión t e n g a u n sentido, p e r o entonc e s se t r a t a d e u n c r i s t i a n i s m o m u y d i f e r e n t e d e l c a t o l i c i s m o m e d i e v a l . P a r a el l u t e r a n i s m o , c u y a t e o l o g í a i n v i t a a d e s i n t e r e s a r s e d e u n a n a t u r a l e z a i r r e m e d i a b l e m e n t e c o r r o m p i d a , el i d e a l i s m o es u n a s a l i d a f i l o s ó f i c a q u e se p r e s e n t a s o l a . Q u i z á f u e r a m á s e x a c t o d e c i r q u e es m u y n a t u r a l q u e s e a él q u i e n l a e n c o n t r ó . R e d u c i e n d o l a h i s t o r i a :

P o r e j e m p l o , S a n B U E N A V E N T U R A , Itinerarium mentís in Deum, I , 1 4 ; Q u a racchi, edic. minor, pág. 3 0 1 . S a n B U E N A V E N T U R A , op. cit., I I , 1 2 ; e d i c . c i t a d a , p á g s . 3 1 2 - 3 1 3 . 1 8

1 4

EL

CONOCIMIENTO

DE LAS

243

COSAS

d e l c o s m o s a l d r a m a í n t i m o d e l a s a l v a c i ó n i n d i v i d u a l , el v e r d a d e r o l u t e r a n o n o tiene p o r q u é b u s c a r a Dios e n la n a t u r a l e z a : lo siente o b r a n d o e n su alma, y eso basta. E l catolicismo medieval n o ignoró c i e r t a m e n t e q u e l a n a t u r a l e z a e s t á e n l u c h a c o n el p e c a d o y t i e n e u r g e n t e n e c e s i d a d d e g r a c i a ; h a d i c h o y r e p e t i d o q u e el m u n d o m a terial está h e c h o p a r a el h o m b r e y el h o m b r e p a r a D i o s . B a s t a n t e le h a n sido r e p r o c h a d o s ese a n t r o p o c e n t r i s m o y el g e o c e n t r i s m o q u e a q u é l p a r e c e t r a e r c o n s i g o , p a r a q u e se l e a c u s e h o y d e h a b e r d e s conocido la i m p o r t a n c i a d e l p u n t o d e vista h u m a n o . S i n e m b a r g o , es v e r d a d d e c i r q u e e n u n s e n t i d o p r o f u n d o l a E d a d M e d i a s i e m p r e se m a n t u v o a p a r t a d a d e l a n t r o p o c e n t r i s m o e n q u e s e c o m p l a c e e l idealismo d e nuestros contemporáneos. P u e s éste es u n o d e los m á s e x t r a o r d i n a r i o s e s p e c t á c u l o s d e la h i s t o r i a , c u y o p r i m e r a c t o c o m i e n z a c o n D e s c a r t e s y se p r o l o n g a t o d a v í a h o y . L o s filósofos c r i s t i a n o s p o d í a n m u y b i e n e s t a r p e r s u a d i d o s d e q u e l a n a t u r a l e z a e s t a b a h e c h a p a r a e l h o m b r e , y es c i e r t o d e c i r e n este sentido q u e el m u n d o m e d i e v a l t e n í a a l h o m b r e p o r c e n t r o ; p e r o n o p o r eso d e j a b a n d e s a b e r q u e , p u e s D i o s c r e ó el u n i v e r s o , este u n i v e r s o está d o t a d o d e u n a e x i s t e n c i a p r o p i a , q u e el h o m b r e p u e d e conocer, pero n o tener l a pretensión de c r e a r . P o r eso, g a r a n t i z a d a p o r la eficacia d e l a acción divina, la n a t u r a l e z a d e las cosas.' es s i e m p r e p a r a l a m e n t e u n a d i s t i n t a r e a l i d a d p o r r e c o g e r e n sí, p a r a a p o d e r a r s e d e e l l a y a s i m i l á r s e l a . C u a n d o K a n t d e c l a r ó q u e i b a a realizar u n a revolución copernicana substituyendo p o r el i d e a l i s m o crítico el r e a l i s m o d o g m á t i c o d e l a E d a d M e d i a , lo q u e en verdad h a b í a de ocurrir e r a necesariamente lo contrario . El 1 5

1 6

1

5

P u e d e decirse q u e e n u n s e n t i d o el k a n t i s m o consiste e n a t r i b u i r a l a mente del hombre la función creadora de inteligibilidad q u e la E d a d Media reservaba a Dios: "Scientia D e i aliter c o m p a r a t u r a d res q u a m scientia nostra; c o m p a r a t u r e n i m a d eas sicut e t c a u s a e t m e n s u r a . T a l e s e n i m r e s sunt secund u m v e r i t a t e m , q u a l e s D e u s s u a s c i e n t i a e a s o r d i n a v i t . Ipsae autem res sunt causa et mensura scientiae nostrae. U n d e sicut e t scientia n o s t r a referetur a d res realiter, et n o n e contrario, i t a r e s r e f e r u n t u r realiter a d s c i e n t a m D e i , e n o n e c o n t r a r i o . " S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , QU. disp. de Potentia, V I I , 10, a d 5 ' " . E s l o q u e t a m b i é n s u g i e r e o t r o t e x t o , d o n d e se v e q u e n u e s t r o intelecto d e s e m p e ñ a e n K a n t , frente a las cosas n a t u r a l e s , el p a p e l q u e S a n t o T o m á s r e s e r v a al i n t e l e c t o d i v i n o y n o n o s a t r i b u y e sino r e s p e c t o d e los o b j e t o s a r t i f i c i a l e s ; n u e s t r a s creaciones: "Intellectus enim practicus causat res, unde est m e n s u r a d o r e r u m q u a e p e r i p s u m fiunt, sed intellectus speculativus, quia a c c i p i t a r e b u s , est q u o d a m m o d o m o t u s a b ipsis rebtis, e t i t a r e s m e n s u r a n t ipsum. E x q u o patet quod res naturales, ex quibus intellectus noster scientiam a c c i p i t , m e n s u r a n t i n t e l l e c t u m n o s t r u m , u t d i c i t u r X Metaph. (com. 9): sed s u n t m e n s u r a t a e a b intellectu divino, i n q u o s u n t o m n i a c r e a t a , sicut o m n i a artificiata i n intellectu artificis. S i c e r g o intellectus d i v i n u s e s t m e n s u r a n s n o n m e n s u r a t u s ; res autem naturalis, mensurans et m e n s u r a t a ; sed intellectus noster

e s t m e n s u r a t u s , non mensurans quidem Qu. disp. de Veritate, I, 2, Resp. 1

6

Kant,

Kritik

der

reinen

Vernunft,

res naturales, prefacio

s e d artificiales

de la segunda

tantum."

edición.

E

844

L

ESPÍRITU

DE L A FILOSOFÍA

MEDIEVAL

sol q u e K a n t e s t a b l e c e e n e l c e n t r o d e l m u n d o es e l h o m b r e , d e m o d o q u e s u r e v o l u c i ó n es e x a c t a m e n t e a l a i n v e r s a d e l a d e C o p é r n i c o , y nos conduce a u n antropocentrismo m u c h o m á s radical q u e aquel d e q u e se a c u s a a l a E d a d M e d i a . E l h o m b r e m e d i e v a l sólo se c r e í a l o c a l m e n t e e n el centro d e l m u n d o ; esta creación, d e la q u e e r a el f i n y s e r e c a p i t u l a b a e n é l , n o d e j a b a d e s e r u n e x t e r i o r a l q u e debía someterse p a r a conocer la naturaleza d e aquél. Nutrido d e idealismo kantiano, el h o m b r e m o d e r n o estima, p o r lo contrario, q u e l a n a t u r a l e z a es lo q u e l a s leyes d e l e s p í r i t u h a c e n . P e r d i e n d o su i n d e p e n d e n c i a d e obras divinas, e n a d e l a n t e las cosas g r a v i t a n a l r e d e d o r d e l p e n s a m i e n t o h u m a n o , d e l q u e t o m a n s u s leyes. D e s p u é s de eso, ¿ c ó m o asombrarse d e q u e la crítica h a y a eliminado progres i v a m e n t e t o d a m e t a f í s i c a ? P a r a s o b r e p a s a r a l a física es m e n e s t e r q u e h a y a u n a física. P a r a e l e v a r s e p o r e n c i m a d e l o r d e n d e l a n a t u r a l e z a es m e n e s t e r q u e h a y a u n a n a t u r a l e z a . D e s d e e l m o m e n t o e n q u e e l u n i v e r s o se r e d u c e a l a s leyes d e l espíritu, ese n u e v o c r e a d o r n o tiene m á s n a d a a su disposición q u e le p e r m i t a sobrepasarse. Legisl a d o r d e u n m u n d o a l q u e su p r o p i a m e n t e d a n a c i m i e n t o , el h o m b r e es e n l o s u c e s i v o p r i s i o n e r o d e s u o b r a y y a n o c o n s e g u i r á e v a d i r s e d e ella. C o n s i d e r a r e l e s p í r i t u d e l a r e f o r m a k a n t i a n a es h a c e r m u c h o p o r c o m p r e n d e r el q u e ésta p r e t e n d e e l i m i n a r . P u e s a l o q u e K a n t a p u n t a es a l r e a l i s m o m e d i e v a l a t r a v é s d e l d o g m a t i s m o q u e e n é l s e i n s p i r a ; l a Crítica i n a u g u r a u n a e r a n u e v a , cum revera sit infiniti erroris finis et terminas legitimus . L o q u e n o p a r e c e h a b e r s o s p e c h a d o es q u e el r e a l i s m o m e d i e v a l n o p u e d e s e r a r r a n c a d o d e los espíritus sino c o n el e s p í r i t u c r i s t i a n o q u e h a r e g u l a d o s u e v o l u c i ó n y a s e g u r a d o su c r e c i m i e n t o . E n s e ñ a d o s p o r e l G é n e s i s q u e e l m u n d o es l a o b r a d e D i o s , n o d e l h o m b r e , los p e n s a d o r e s d e l a E d a d M e d i a lo e s t a b a n p o r e l E v a n g e l i o d e q u e e l f i n d e l h o m b r e n o es e l m u n d o , s i n o D i o s . A l s u b v e r t i r l a p o s i c i ó n t r a d i c i o n a l d e l p r o b l e m a , el i d e a l i s m o crít i c o h a c e i m p o s i b l e l a s o l u c i ó n . S i m i m e n t e es l a c o n d i c i ó n d e l s e r , p o r ella j a m á s i r é m á s allá d e m i s p r o p i o s límites y m i c a p a c i d a d d e i n f i n i t o n u n c a s e r á s a t i s f e c h a . A u n si m i m e n t e n o h a c e s i n o p l a n t e a r l a s c o n d i c i o n e s a priori d e la experiencia, siempre h a b r á entre Dios y yo la pantalla d e las categorías d e l entendimiento, q u e h o y m e i m p e d i r á el c o n o c i m i e n t o d e s u e x i s t e n c i a y m á s t a r d e la visión b e a tífica d e s u perfección. S i n d u d a está p e r m i t i d o i m a g i n a r u n a transm u t a c i ó n c o m p l e t a d e l h o m b r e , p e r o eso es p r e c i s a m e n t e lo q u e los filósofos c r i s t i a n o s j u z g a r o n p o c o filosófico y c r e y e r o n n e c e s a r i o evit a r . T o m a d o t a l c u a l es, el h o m b r e v i a j e r o d e b e e s t a r e n c a m i n o h a c i a u n f i n q u e , p o r m u c h o q u e l e e x c e d a , n o es t a l q u e s u n a t u 1 7

1

7

F R . BACON,

d e l a Crítica

Instauratio

de la razón

magna,

pura.

Praef.;

inscrito

por

Kant

en

epígrafe

EL

CONOCIMIENTO

DE

LAS

COSAS

245

r a l e z a s e a e s e n c i a l m e n t e i n c a p a z d e a l c a n z a r ; t a l c o m o se d e s a r r o l l a n , las o p e r a c i o n e s d e l i n t e l e c t o d e b e n p r e p a r a r l o p a r a e l l o ; a b r i é n d o s e d ó c i l m e n t e a los seres c u y a s e s e n c i a s la l l e n a n sin s a c i a r l a , la m e n t e d e l h o m b r e s e d e j a c o n d u c i r h a c i a e l S e r y se p r e p a r a a r e c i b i r a l ú n i c o o b j e t o q u e p u e d e c o l m a r l a . P e r o c u á l es s u r e l a c i ó n a e s e o b j e t o y e n q u é s e n t i d o es c a p a z d e e l l o , es u n a c u e s t i ó n q u e n o s queda por examinar.

CAPÍTULO EL

INTELECTO

Y SU

X I I I OBJETO

PROBLEMA del objeto del conocimiento h u m a n o contiene dos cuestiones, al m i s i n o t i e m p o distintas y e s t r e c h a m e n t e conexas. L a p r i m e r a se a p l i c a a l o b j e t o n a t u r a l d e l c o n o c i m i e n t o , y c o n s i s t e e n b u s c a r , d a d o u n i n t e l e c t o c u a l el n u e s t r o , q u é c l a s e d e s e r e s c a e d i r e c t a m e n t e y c o m o d e p l e n o d e r e c h o e n s u e s f e r a . L a s e g u n d a se a p l i c a a s u o b j e t o a d e c u a d o y p r e g u n t a si lo q u e n o s es n a t u r a l m e n t e c o n o c i b l e b a s t a p o r sí s o l o a c o l m a r l a c a p a c i d a d d e n u e s t r o i n t e lecto. D o s p o d e r o s a s síntesis m e t a f í s i c a s h a n r e s u e l t o el p r o b l e m a s e g ú n d o s m é t o d o s d i f e r e n t e s , p e r o e n el m i s m o e s p í r i t u : la d e S a n t o T o m á s d e A q u i n o y la d e D u n s E s c o t o ; n a d a p u e d e ser m á s útil p a r a la p r o s e c u c i ó n d e n u e s t r o objeto q u e considerarlas en sus divergencias t a n t o c o m o e n sus c o n c o r d a n c i a s .

EL

A s i m p l e v i s t a p u d i e r a c r e e r s e q u e filósofos deseosos d e a s e g u r a r al h o m b r e la p o s i b i l i d a d d e c o n o c e r a D i o s , n o p u d i e r o n c o n c e b i r n a d a m á s sencillo, p a r a h a c e r q u e este c o n o c i m i e n t o fuera posible, q u e p l a n t e a r a D i o s c o m o el o b j e t o n a t u r a l d e n u e s t r o i n t e l e c t o . D e s d e l u e g o , a s í es c o m o se i n t e r p r e t a n a v e c e s s u s s i s t e m a s , c u a n d o , c a n s a d o s d e a c u s a r l o s d e s e r t e o l o g í a s , se les a c u s a d e s e r m í s t i c a s . E n r e a l i d a d , n a d a es m e n o s e x a c t o . H a c e r d e D i o s el o b j e t o n a t u r a l d e n u e s t r a m e n t e es, p o r lo c o n t r a r i o , u n a d e las a c u s a c i o n e s q u e l o s filósofos m e d i e v a l e s se a c h a c a n g u s t o s o s u n o s a o t r o s , p r e c i s a m e n t e p o r q u e el p e l i g r o es p a r a e l l o s t a n g r a v e , q u e c a d a c u a l se j a c t a d e h a b e r t r i u n f a d o d e él m á s c o m p l e t a m e n t e q u e su v e c i n o . S a n B u e n a v e n t u r a se lo r e p r o c h a a G r o s s e t e s t e ; D u n s E s c o t o a E n r i q u e d e G r a n t e , y m á s d e u n t o m i s t a se l o r e p r o c h a a ú n h o y a D u n s E s c o t o . N o n o s e n g a ñ e m o s ; es u n p u n t o q u e d e c i d e l a s u e r t e d e t o d a l a e p i s t e m o l o g í a c r i s t i a n a y v a l e la p e n a d e t e n e r s e e n él. E n esto, c o m o e n otras cosas, la t e n t a c i ó n d e seguir la l í n e a d e m e n o r r e s i s t e n c i a y b u s c a r e n el p l a t o n i s m o los p r i n c i p i o s d e u n a s o l u c i ó n e r a m u y f u e r t e p a r a m u c h o s c r i s t i a n o s . N o es l o q u e h i z o S a n t o T o m á s . L e j o s d e c o n c e d e r a P l a t ó n q u e el o b j e t o p r o p i o y n a t u r a l d e n u e s t r o intelecto f u e r a la I d e a inteligible, a la c u a l nos e l e v a r í a m o s p e n o s a m e n t e p o r el e s f u e r z o o b s t i n a d o q u e n o s a p a r t a r í a d e l o s s e n t i d o s , se d e c l a r a d e a c u e r d o c o n A r i s t ó t e l e s y c o n l a e x p e riencia p a r a afirmar q u e en esta vida no podemos formar ningún

EL

INTELECTO

Y

SU

247

OBJETO

c o n c e p t o sin h a b e r t e n i d o p r i m e r o u n a s e n s a c i ó n , n i s i q u i e r a v o l v e r l u e g o a e s e c o n c e p t o s i n r e c u r r i r a las i m á g e n e s q u e l a s s e n s a c i o n e s h a n depositado en la i m a g i n a c i ó n . H a y , pues, u n a relación natural, u n a p r o p o r c i ó n esencial e n t r e el i n t e l e c t o h u m a n o y la n a t u r a l e z a d e l a s c o s a s m a t e r i a l e s , d e d o n d e r e s u l t a q u e si h a y I d e a s p u r a m e n t e inteligibles, c u a l e s las d e P l a t ó n , el h e c h o m i s m o d e q u e p o r e s e n c i a e s c a p e n a la a p r e h e n s i ó n d e n u e s t r o s sentidos h a c e i m p o s i b l e consid e r a r l a s c o m o el o b j e t o n a t u r a l d e n u e s t r o i n t e l e c t o . A h o r a b i e n : e l i m i n a r las i d e a s p l a t ó n i c a s d e l c a m p o n o r m a l d e l conocimiento h u m a n o es e l i m i n a r d e él t o d o s los o b j e t o s d e l a m i s m a n a t u r a l e z a , es d e c i r , t o d o s los q u e t r a s c i e n d e n l a e x p e r i e n c i a s e n s i b l e . E n p r i m e r lugar, nos n e g a r e m o s a conceder a ciertos filósofos q u e p o d a m o s llegar, c o n la a y u d a d e c o n c e p t o s a b s t r a c t o s d e lo s e n sible, a f o r m a r u n c o n o c i m i e n t o p r o p i o d e t o d a s u b s t a n c i a p u r a m e n t e i n t e l i g i b l e . L o p u r o i n t e l i g i b l e es, e n e f e c t o , d e u n a n a t u r a l e z a e n t e r a m e n t e d i f e r e n t e a la d e las esencias sensibles; d e m o d o q u e p o r más que abstraigamos, afinemos y purifiquemos, jamás conseguirem o s q u e l o q u e se n o s d a c o m o s e n s i b l e p u e d a r e p r e s e n t a r l o p u r o inteligible. S i n d u d a , el c o n o c i m i e n t o a b s t r a c t o d e l o ' inteligible p u r o vale más que nada, pero de ahí a tomarlo por u n conocimiento p r o p i o d e l o i n t e l i g i b l e h a y g r a n t r e c h o . P e r o l o q u e es v e r d a d d e o b j e t o s n o s e n s i b l e s , t a l e s c o m o l a s i n t e l i g e n c i a s p u r a s , l o es a ú n m u c h o m á s c u a n d o se t r a t a d e D i o s . P u e s las i n t e l i g e n c i a s p u r a s s ó l o se d i s t i n g u e n d e nosotros p o r su i n m a t e r i a l i d a d ; substancias diferentes d e lo q u e s o m o s , p o r q u e n o e s t á n c o m p u e s t a s c o m o n o s o t r o s d e m a t e r i a y d e f o r m a , n o d e j a n d e ser sin e m b a r g o s u b s t a n c i a s , p u e s t o q u e están compuestas de esencia y de existencia. E n u n a palabra, a u n c u a n d o n o pertenezcamos al m i s m o género natural, entran con noso t r o s e n el m i s m o g é n e r o lógico, el d e la s u b s t a n c i a , o , m á s sencillam e n t e a ú n , e n el d e l a c r i a t u r a , e s d e c i r , e n el d e t o d o lo q u e , n o s i e n d o el S e r , n o t i e n e e n s u e s e n c i a l a r a z ó n s u f i c i e n t e d e s u e x i s t e n c i a . P e r o D i o s n o e n t r a n i e n el m i s m o g é n e r o n a t u r a l q u e el n u e s t r o , p u e s n o e s t á c o m p u e s t o d e m a t e r i a y d e f o r m a ; n i e n el g é n e r o lógico d e la s u b s t a n c i a e n g e n e r a l , p u e s ni s i q u i e r a está c o m p u e s t o d e e s e n c i a y d e e x i s t e n c i a , ¿ C ó m o , p u e s , lo q u e t r a s c i e n d e d e s d e t o d o p u n t o d e v i s t a e l a l m a h u m a n a q u e c o n o c e y el o b j e t o q u e ella c o n o c e p u e d e caer n a t u r a l m e n t e bajo la a p r e h e n s i ó n d e n u e s t r o i n t e l e c t o ? A s í , l a r e s p u e s t a t o m i s t a a l p r o b l e m a p l a n t e a d o es a l a v e z s e n c i l l a y c l a r a : u n i n t e l e c t o c u y o c o n o c i m i e n t o se a p l i c a natur a l m e n t e a las cosas sensibles n o p u e d e t e n e r n a t u r a l m e n t e a Dios por objeto . 1

La 1

posición

escotista

es

mucho

S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , Sum.

R e s p . Cont.

Gent.,

I I I , 42-43.

más

theol,

compleja

y

menos

I, 8 8 , 2, R e s p . y a d

m

4 .

fácil

de

I, 8 8 , 3,

248

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

comprender, pero concuerda enteramente con la conclusión del tomism o . E n a m b a s d o c t r i n a s es i g u a l m e n t e v e r d a d d e c i r q u e e l i n t e l e c t o h u m a n o n o p u e d e a p r e h e n d e r l o p u r o i n t e l i g i b l e , pro statu isto ; lo q u e las s e p a r a s o n sus d o s c o n c e p c i o n e s d i f e r e n t e s d e l e s t a d o a c t u a l del h o m b r e y d e l a r a z ó n p o r la c u a l está e n ese estado. C u a n d o S a n t o T o m á s d e c l a r a q u e el intelecto debe n e c e s a r i a m e n t e dirigirse h a c i a l o s e n s i b l e , secundum statum praesentis vitae, e n t i e n d e d e c i r q u e e l e s t a d o d e l h o m b r e e n e s t a v i d a es t a m b i é n s u e s t a d o n a t u r a l , a q u e l e n e l c u a l s e h a l l a c o l o c a d o p o r e l s o l o h e c h o d e q u e s u n a t u r a l e z a es u n a n a t u r a l e z a h u m a n a . E l p e c a d o o r i g i n a l lo h a h e r i d o , p e r o n o p u e d e haberlo c a m b i a d o , pues c a m b i a r u n a n a t u r a l e z a equivaldría a dest r u i r l a . P o r lo d e m á s , ¿ c ó m o p u e d e s e r d e o t r o m o d o ? P u e s t o q u e l a ' u n i ó n d e l a l m a a l c u e r p o es u n a u n i ó n n a t u r a l , el e s t a d o q u e r e s u l t a d e esta u n i ó n es u n e s t a d o n a t u r a l y el m o d o d e c o n o c i m i e n t o p o r a b s t r a c c i ó n d e l o s e n s i b l e q u e r e s u l t a d e e s e e s t a d o es u n m o d o d e c o n o c i m i e n t o n a t u r a l : anima ex sua natura habet quod intelligat convertendo se ad phantasmata. S a n t o T o m á s v a t a n lejos e n ese sentido, y s i e m p r e v a t a n lejos c o m o su r a z ó n lo exige, q u e c u a n d o r e c o n o c e q u e el a l m a s e p a r a d a d e l c u e r p o d e b e s e r c a p a z d e c o n o c e r d i r e c t a m e n t e l o i n t e l i g i b l e , a g r e g a q u e el e s t a d o e n q u e é s t a se e n c u e n t r a entonces y a n o es el q u e c o n v i e n e a su n a t u r a l e z a . Y esto c a e d e su peso. E l a l m a está u n i d a al cuerpo precisamente p a r a p o d e r o b r a r c o n f o r m e a s u n a t u r a l e z a — u n i t u r corpori ut sic operetur secundum naturam suam—; el m o d o d e c o n o c i m i e n t o q u e a ú n p u e d e e j e r c e r u n a v e z s e p a r a d a d e l c u e r p o , m á s n o b l e e n sí q u i z á , n o p u e d e s i n e m b a r g o serle n a t u r a l . 2

3

L o q u e D u n s E s c o t o l l a m a u n estado, p o r l o c o n t r a r i o , n o es a b s o l u t a m e n t e i d é n t i c o a lo q u e S a n t o T o m á s designa c o n ese n o m b r e . P a r a él, el e s t a d o d e u n s e r n o se d e f i n e e n f u n c i ó n d e u n a n a t u r a l e z a q u e b a s t a r í a a a s e g u r a r l o ; n i s i q u i e r a es u n a c o n s e c u e n c i a d e d e r e c h o f u n d a d a sobre la necesidad i n t e r n a d e u n a esencia q u e e n cierto m o d o p u e d e e x i g i r l o ; es s e n c i l l a m e n t e u n a m a n e r a d e s e r estable, c u y a p e r 2

"Intellectus noster s e c u n d u m s t a t u m praesentis vitae n a t u r a l e m respectum h a b e t a d n a t u r a s r e r u m m a t e r i a l u m . . . " S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , Sum. theol., I, 8 8 , 1 , Resp. " U n d e s e c u n d u m statum praesentis vitae ñ e q u e p e r intellect u m possibilem, ñ e q u e p e r intellectum a g e n t e m possumus intelligere substantias s e p a r a t a s i m m a t e r i a l e s s e c u n d u m s e i p s a s . " Ibid. "Respondeo dicendum quod, c u m intellectus h u m a n u s , s e c u n d u m s t a t u m praesentis vitae n o n possit intelligere substantias i m m a t e r i a l e s crcatas, u t d i c t u m est ( a r t . 2), m u l t o m i n u s potest intelligere e s s e n t i a m s u b s t a n t i a e i n c r e a t a e . U n d e simpliciter d i c e n d u m est, q u o d D e u s n o n est p r i m u m q u o d a nobis cognoscitur; sed magis per creaturas in D e i c o g n i t i o n e m p e r v e n i m u s , s e c u n d u m i l l u d A p o s t o l i : Invisibilia Dei per ea

quae

facta

sunt,

intellecta

conspiciuntur

(Rom., I, 2 0 ) .Primum

autem

quod

intelligitur a nobis s e c u n d u m s t a t u m praesentis vitae, est q u i d d i t a s rei m a t e r i a lis, q u a e e s t n o s t r i i n t e l l e c t u s o b j e c t u m , u t m u l t o t i e s s u p r a d i c t u m e s t ( q u . m

84, 7 ; 8 5 , 1 ; 8 7 2 , ad 2 )." ;

3

Sum theol,

I, 88, 3 .

S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , Sum. theol.,

I, 8 9 , 1, R e s p .

EL

INTELECTO

Y

SU

OBJETO

249

m a n e n c i a e s t á a s e g u r a d a p o r l a s l e y e s d e l a s a b i d u r í a d i v i n a : status non videtur esse nisi stabilis permanentia legibus divinae sapientiae firrnata. D e d o n d e r e s u l t a q u e , e n l a f i l o s o f í a d e D u n s E s c o t o , el e s t a d o d e l o i n t e l e c t u a l p u e d e s e r el m i s m o q u e e n l a f i l o s o f í a d e S a n t o T o m á s , sin q u e , sin e m b a r g o , e s t e m o s a u t o r i z a d o s a d e d u c i r las m i s m a s c o n s e c u e n c i a s , y e s t o es p r e c i s a m e n t e l o q u e se p r o d u c e r e s p e c t o d e l p r o b l e m a q u e n o s o c u p a . E s m u y c i e r t o q u e , s e g ú n D u n s E s c o t o , el i n t e l e c t o h u m a n o t o m a d o en su e s t a d o a c t u a l n o p u e d e f o r m a r n i n g ú n c o n c e p t o s i n l a a y u d a d e l o s s e n t i d o s ; p e r o s ó l o se t r a t a d e u n e s t a d o d e h e c h o , n o de u n estado de derecho. Sin u n a m o c i ó n inicial del intelecto p o r la s e n s a c i ó n , n o h a y c o n o c i m i e n t o i n t e l e c t u a l . ¿ P o r q u é ? Q u i z á — y es u n a h i p ó t e s i s a la q u e D u n s E s c o t o a c u d e c o n a g r a d o , c o m o c a s t i g o d i v i n o del p e c a d o o r i g i n a l — , q u i z á s e n c i l l a m e n t e p o r q u e D i o s q u i e r e esa estrec h a c o l a b o r a c i ó n d e n u e s t r a s f a c u l t a d e s d e c o n o c e r . S e a c u a l sea la r a z ó n e n q u e n o s d e t e n g a m o s , l o q u e es a b s o l u t a m e n t e s e g u r o es q u e n a d a , ni en la n a t u r a l e z a del intelecto en c u a n t o tal, ni a u n en la n a t u r a l e z a d e e s e i n t e l e c t o e n c u a n t o u n i d o a l c u e r p o , e s t a b l e c e e n él la n e c e s i d a d d e a c u d i r al c o n o c i m i e n t o sensible p a r a . e j e r c e r sus o p e raciones. P e r o , si a s í e s , y a n o s e p u e d e d e c i r q u e el o b j e t o p r o p i o d e n u e s t r o i n t e l e c t o es l a e s e n c i a d e l a c o s a s e n s i b l e ; l u e g o t a m p o c o p u e d e s o s t e n e r s e q u e lo i n t e l i g i b l e p u r o e s c a p a a n u e s t r a a p r e h e n s i ó n e n r a z ó n d e s u m i s m a i n t e l i g i b i l i d a d ; p o r ú l t i m o , y a n o se p u e d e p r e t e n d e r q u e si D i o s n o es el o b j e t o n a t u r a l d e n u e s t r o c o n o c i m i e n t o se d e b e a q u e l a r e a l i d a d s e n s i b l e es l a ú n i c a q u e s e a n a t u r a l m e n t e p r o p o r c i o n a d a a n u e s t r o i n t e l e c t o . P o r eso D u n s E s c o t o , b l o q u e a d o e n el t e r r e n o d e l a e p i s t e m o l o g í a , se d i r i g i r á a l a m e t a f í s i c a . E l s e n d e r o p o r el c u a l n o s c o n d u c e e n e s e t e r r e n o n o d e j a d e t e n e r e s p i n a s , p e r o m e atrevo a invitaros a seguirlo y estoy p e r s u a d i d o de q u e n o lamentaréis h a b e r c a m i n a d o c o n él. 4

* " S i q u a e r i t u r q u a e est r a t i o i s t i u r s t a t u s , r e s p o n d e o , s t a t u s n o n v i d e t u r esse nisi stabilis p e r m a n e n t i a l e g i b u s d i v i n a e s a p i e n t i a e firrnata. Stabilitum est a u t e m illis l e g i b u s d i v i n a e s a p i e n t i a e , q u o d i n t e l l e c t u s n o s t e r n o n i n t e l l i g a t p r o s t a t u isto, nisi illa q u o r u m species r e l u c e n t in p h a n t a s m a t e , et h o c sive p r o p t e r p o e n a m originalis p e c c a t i , sive p r o p t e r n a t u r a l e m c o n c o r d i a m p o t e n tiarum animae in operando, s e c u n d u m quod videmus q u o d potentia superior o p e r a t u r c i r c a i d e m q u o d i n f e r i o r , si u t r a q u e h a b e a t o p e r a t i o n e m perfectam, e t d e f a c t o ita est in nobis, q u o d q u o d e u m q u e universale intelligimus, ejus singulare a c t u p h a n t a s i a m u r . I s t a t a m e n c o n c o r d i a , q u a e est de facto pro s t a t u isto, n o n est ex n a t u r a n o s t r i intellectus, n e c e t i a m u n d e in c o r p o r e e s t ; t u n e enim in corpore glorioso necessario haberet similem concordiam, quod f a l s u m e s t . U t c u m q u e i g i t u r sit i s t e s t a t u s , s i v e e x m e r a v o l ú n t a t e D e i , s i v e e x m e r a j u s t i t i a p u n i t i v a , sive e x i n f i r m i t a t e . . . , sive, i n q u a m , h a e c sit t o t a c a u s a sive a l i q u a a l i a , s a l t e m n o n est p r i m u m o b j e c t u m i n t e l l e c t u s , u t p o t e n t i a est, q u i d d i t a s r e i m a t e r i a l i s , sed est a l i q u i d c o m m u n e a d o m n i a i n t e l l i g i b i l i a , licet p r i m u m o b j e c t u m a e d e q u a t u m sibi i n m o v e n d o p r o s t a t u isto sit q u i d d i t a s r e i s e n s i b i l i s . " D U N S E S C O T O , Op. Oxon., I, 3, 3, 2 4 ; edic. Q u a r a c c h i , t. I , p á g s . 3 5 1 - 3 5 2 .

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EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

C o n v e n g a m o s e n l l a m a r " m o c i ó n " a la a c c i ó n e j e r c i d a p o r u n ser r e a l s o b r e o t r o y p r e g u n t é m o n o s si D i o s p u e d e s e r c o n s i d e r a d o c o m o u n o b j e t o c a p a z d e m o v e r n a t u r a l m e n t e n u e s t r o intelecto. A la cuestión así p l a n t e a d a sólo d o s r e s p u e s t a s son posibles, p u e s n o h a y sino dos m o c i o n e s c o n c e b i b l e s : la m o c i ó n n a t u r a l y la m o c i ó n v o l u n t a r i a . U n a m o c i ó n n a t u r a l es l a q u e u n s e r e j e r c e s o b r e o t r o e n v i r t u d d e u n a n e c e s i d a d i n t e r n a d e s u m i s m a n a t u r a l e z a ; le b a s t a c o n s e r p a r a e j e r c e r l a , y d e s d e el m o m e n t o e n q u e es n o p u e d e n o e j e r c e r l a . U n a m o c i ó n v o l u n t a r i a es l a q u e u n ser e j e r c e p o r u n a d e c i s i ó n l i b r e , y p o r c o n s i g u i e n t e s ó l o d e p e n d e d e él e j e r c e r l a o n o . L a c u e s t i ó n n o c o m p o r t a , p u e s , s i n o d o s r e s p u e s t a s : o D i o s m u e v e n u e s t r o i n t e l e c t o c o m o u n ser n a t u r a l o b r a s o b r e o t r o , y e n e s t e c a s o d e b e r á d e c i r s e q u e es el o b j e t o n a t u r a l d e n u e s t r o intelecto; o D i o s m u e v e n u e s t r o intelecto a cono¬ c e r l o p o r u n d e c r e t o d e su libre v o l u n t a d , y e n t o n c e s h a b r á q u e d e c i r q u e d e n o s o t r o s a él n o es c o n c e b i b l e r e l a c i ó n n a t u r a l a l g u n a , n i siq u i e r a la d e s u j e t o c o n o c i e n t e a o b j e t o c o n o c i d o . ¿ C u á l d e esas dos respuestas h a y q u e elegir? U n o d e l o s p u n t o s s o b r e l o s c u a l e s se e q u i v o c a n m á s a m e n u d o e n l a f i l o s o f í a d e D u n s E s c o t o es el p a p e l q u e e n e l l a d e s e m p e ñ a l a v o luntad. N i n g u n a expresión tan empleada como la de "voluntarismo e s c o t i s t a " . Y es m u y c i e r t o q u e l a v o l u n t a d d e s e m p e ñ a u n p a p e l c o n s i d e r a b l e e n su d o c t r i n a , p e r o t i e n e sus límites, y el m á s i m p o r t a n t e d e t o d o s , el q u e b a s t a r í a a s e p a r a r r a d i c a l m e n t e a D u n s E s c o t o d e a q u e l l o s q u e c o l o c a n l a v o l u n t a d e n el o r i g e n d e l s e r , es q u e p a r a él n i n g ú n v o l u n t a r i s m o es p o s i b l e e n D i o s r e s p e c t o a D i o s . M á s p r e c i s a m e n t e a ú n , puesto q u e clasificamos t o d a moción concebible en n a t u r a l o v o l u n t a r i a , es i m p o s i b l e q u e l a m o c i ó n a b s o l u t a m e n t e p r i m e r a , a q u e l l a d e la c u a l está s u s p e n d i d o t o d o lo d e m á s , sea u n a m o c i ó n v o l u n t a r i a . L o q u e e s t á e n el p r i n c i p i o n o p u e d e s e r s i n o u n a n a t u r a l e z a , n o u n a v o l u n t a d . L a r a z ó n d e e s t e h e c h o es f á c i l d e c o m p r e n d e r . P a r a q u e r e r h a y q u e c o n o c e r ; el a c t o p o r e l c u a l l a v o l u n t a d q u i e r e , p r e s u p o n e , p u e s , el a c t o p o r e l c u a l el o b j e t o q u e r i d o se h a c e c o n o c e r a l i n t e l e c t o ; a h o r a b i e n : l a m o c i ó n d e l i n t e l e c t o p o r el o b j e t o es u n a m o c i ó n n a t u r a l ; h a d e h a b e r , p u e s , u n a m o c i ó n n a t u r a l a n t e riormente a todo acto de la voluntad. Apliqúense ahora, por m á s i m p r o p i a s q u e s e a n c u a n d o se t r a t a d e D i o s , l a s d i s t i n c i o n e s q u e p r e c e d e n , y se v e r á s a l i r l a s o l u c i ó n d e l p r o b l e m a p o r v í a d e c o n s e c u e n c i a necesaria. L a primera naturaleza que p u e d e ejercer u n a moción, aquella antes d e l a c u a l , a b s o l u t a m e n t e h a b l a n d o , n i n g u n a o t r a es p o s i b l e , es l a e s e n c i a d i v i n a , p u e s p r e c e d e a t o d o l o d e m á s c o m o el i n f i n i t o p r e c e d e a lo f i n i t o . A h o r a b i e n : e s a m o c i ó n n a t u r a l y p r i m e r a d e t o d a s , s ó l o el i n t e l e c t o d i v i n o p u e d e r e c i b i r l a , d e m o d o q u e la p r i m e r a d e las m o c i o n e s es l a m o c i ó n n a t u r a l d e l i n t e l e c t o d e D i o s p o r s u e s e n c i a : omnino prima molió est naturalis molió divini intellectus a suo objecto. Enton-

EL

INTELECTO

Y

SU

OBJETO

e e s , y s o l a m e n t e e n t o n c e s , es c u a n d o l a v o l u n t a d d i v i n a p u e d e i n t e r v e n i r p a r a a p r e h e n d e r e n u n a c t o d e a m o r l a e s e n c i a i n f i n i t a así c o n o c i d a y e x p r e s a d a ; e l a c t o v o l u n t a r i o se a ñ a d e a l a c t o n a t u r a l , y así c o m o d e l a i n t e l e c c i ó n d e D i o s p o r sí m i s m o se e n g e n d r a e l V e r b o , así t a m b i é n d e l a m o r d e D i o s p o r sí m i s m o p r o c e d e el E s p í r i t u S a n t o . P o r a h í se c i e r r a el c í r c u l o d e las o p e r a c i o n e s i n m a n e n t e s a l a p r i m e r a e s e n c i a , p e r o y a se p u e d e d i s c e r n i r el g e r m e n d e l o q u e h a r á p o s i b l e l a e x i s t e n c i a d e t o d o lo d e m á s . D e s d e el p u n t o d e v i s t a d e l a n á l i s i s m e t a f í s i c o , e n e f e c t o , l a p r i m e r a d e t o d a s las m o c i o n e s c o n c e b i b l e s n o t e r m i n a sólo e n la i n t e l e c c i ó n d e la e s e n c i a d i v i n a t o m a d a e n su n e c e s i d a d y su i n f i n i d a d , p u e s al m i s m o t i e m p o a l c a n z a las p a r t i c i p a c i o n e s f i n i t a s y c r e a b l e s d e s u e s e n c i a , los s e r e s c u y a e x i s t e n c i a p o s i b l e , si é s t a se a c t u a l i z a r a , s e r í a u n a a n a logía d e l S e r q u e p u e d e sólo h a c e r l a s existir. P e r o , p o r u n a i n t u i c i ó n m u y p r o f u n d a y q u e n o s c o n d u c e a l c o r a z ó n m i s m o d e su p e n s a m i e n t o , D u n s E s c o t o h a c e o b s e r v a r q u e el c o n o c i m i e n t o d e los posibles e n D i o s n o p u e d e s e r d e l a m i s m a n a t u r a l e z a q u e el q u e t i e n e d e s u p r o p i a e s e n c i a . P u e s s u e s e n c i a es n e c e s a r i a , m i e n t r a s q u e , p o r d e f i n i c i ó n , los p o s i b l e s n o l o s o n . T o m a d o s e n sí m i s m o s y e n s u p o s i b i l i d a d p u r a c a r e c e n d e l a d e t e r m i n a c i ó n q u e se r e q u i e r e p a r a s e r a p r e h e n d i d o s p o r u n a m e n t e d i s t i n t a . P o r l o d e m á s , es f á c i l v e r l o si se c o n s i d e r a e l c a s o d e los f u t u r o s c o n t i n g e n t e s . S u p o n g a m o s , e n e f e c t o , q u e e l i n t e l e c t o d i v i n o , t o m a d o e n sí m i s m o y f u e r a d e t o d a d e t e r m i n a c i ó n v o l u n t a r i a , sepa q u e de dos acontecimientos posibles u n o debe ocurrir: será m e n e s t e r q u e , o b i e n e s e a c o n t e c i m i e n t o q u e d e c o n t i n g e n t e e n sí m i s m o , c a s o e n el c u a l el i n t e l e c t o d i v i n o p o d r í a e q u i v o c a r s e , o b i e n q u e el c o n o c i m i e n t o q u e d e él t i e n e el i n t e l e c t o d i v i n o s e a i n f a l i b l e , y e n e s e c a s o el a c o n t e c i m i e n t o d e j a r á d e s e r c o n t i n g e n t e . A s í , p u e s , e n t a n t o n o s a t e n e m o s a l o r d e n d e l i n t e l e c t o , es i m p o s i b l e u n c o n o c i m i e n t o d i s t i n t o d e l o c o n t i n g e n t e . ¿ Q u é se n e c e s i t a p a r a q u e l l e g u e a s e r p o s i b l e ? E n p r i m e r l u g a r es m e n e s t e r , d e s d e el p u n t o d e v i s t a d e l a n á l i s i s metafísico q u e p e r s e g u i m o s , q u e la v o l u n t a d d i v i n a d e c i d a q u e r e r cierto s e r o c i e r t o a c o n t e c i m i e n t o d e t e r m i n a d o . E n s e g u n d o l u g a r , el i n t e l e c t o d e D i o s , q u e v e esa d e t e r m i n a c i ó n infalible d e su v o l u n t a d , s a b e e n c o n s e c u e n c i a d e esa decisión q u e tal ser d e b e existir o q u e tal a c o n t e c i m i e n t o d e b e p r o d u c i r s e . M a t a n d o e n su raíz m i s m a el n e c e s i t a r i s m o d e A v i c e n a , D u n s E s c o t o p r u e b a , p u e s , q u e lejos d e d e r i v a r s e d e l ser p r i m e r o e n v i r t u d d e u n a l e y n a t u r a l , las c r i a t u r a s n o p u e d e n t e n e r e n él i d e a s d i s t i n t a s s i n u n a i n t e r v e n c i ó n l i b r e d e l a v o l u n t a d d e D i o s . P a r a q u e p u e d a n s e r d e t e r m i n a d a m e n t e c o n c e b i d a s es m e n e s t e r p r i m e r a m e n t e q u e D i o s lo q u i e r a ; la e s e n c i a d e l ser n e c e s a r i o m u e v e , p u e s , n e c e s a r i a m e n t e su intelecto, p e r o la esencia del ser c o n t i n g e n t e n o p u e de moverlo sino de m o d o contingente, puesto q u e p a r a m o v e r h a y q u e s e r , y el s e r d e p e n d e d e u n a v o l u n t a d . P e r o l a i n v e r s a n o es m e n o s v e r d a d , y a q u í l l e g a m o s al u m b r a l d e n u e s t r a c o n c l u s i ó n .

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EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

N i n g ú n o b j e t o c o n t i n g e n t e p u e d e ser el o b j e t o n e c e s a r i o y n a t u r a l d e l i n t e l e c t o d i v i n o . N o p u e d e s e r e l o b j e t o n e c e s a r i o , p o r q u e el ú n i c o o b j e t o n e c e s a r i o es l a e s e n c i a d i v i n a . N o p u e d e s e r el o b j e t o n a t u r a l , puesto q u e n o t o m a valor d e objeto sino en v i r t u d de la decisión de u n a v o l u n t a d . P e r o l a r e c í p r o c a es n o m e n o s e v i d e n t e . N i n g ú n i n t e l e c t o c r e a d o p u e d e t e n e r a D i o s p o r o b j e t o n a t u r a l , p u e s si n o h a y relación n a t u r a l e n t r e la criatura y Dios, t a m p o c o la h a y e n t r e Dios y la c r i a t u r a . P a r a q u e fuese d e o t r o m o d o sería m e n e s t e r q u e la r e lación d e n u e s t r o i n t e l e c t o a la esencia d i v i n a fuese l a m i s m a q u e la del intelecto de Dios a su esencia. A h o r a b i e n : de sobra sabemos q u e n o l o e s , p u e s t o q u e n u e s t r o i n t e l e c t o es c o n t i n g e n t e c o m o n u e s t r a e x i s t e n c i a m i s m a . P a r a q u e el h o m b r e p u e d a c o n o c e r a D i o s es m e n e s t e r q u e l a v o l u n t a d q u e l e h a a b i e r t o el p a s o d e l o p o s i b l e a l s e r i n t e r v e n g a d e n u e v o p a r a h a c e r l e f r a n q u e a r el a b i s m o d e l o f i n i t o a lo i n f i n i t o . Sólo el i n f i n i t o p u e d e h a c e r l o . Así, el ser q u e sólo existe e n virtud d e u n a decisión libre d e Dios, p o r q u e n o tiene relación necesaria a Dios, n o c o n o c e r á a Dios sino en v i r t u d d e u n a decisión divina i g u a l m e n t e libre, p o r q u e n o h a y relación n a t u r a l entre u n intelecto contingente y u n a esencia necesaria. Esta decisión la t o m ó Dios a l c r e a r este m u n d o visible q u e m a n i f i e s t a su g l o r i a y c u y a c o n s i d e r a c i ó n n o s e l e v a h a s t a é l ; t a m b i é n l a t o m ó a l e x a l t a r h a s t a él a los b i e n a v e n t u r a d o s q u e g o z a n d e él c a r a a c a r a , p e r o , t a n t o e n u n o c o m o e n o t r o caso, y a sea i n d i r e c t a m e n t e p o r su c r e a c i ó n o d i r e c t a m e n t e p o r s u g r a c i a , el i n t e l e c t o h u m a n o n o se e l e v a a l c o n o c i m i e n t o d e D i o s sino p o r q u e D i o s m i s m o lo h a q u e r i d o . 5

6

A l c o n s t r u i r s e m e j a n t e síntesis, D u n s E s c o t o n o sólo c o r t a b a la raíz d e l n e c e s i t a r i s m o á r a b e , sino q u e al m i s m o t i e m p o e s t a b l e c í a la i n c o m p a t i b i l i d a d e s e n c i a l d e t o d o o n t o l o g i s m o c o n su p r o p i a d o c t r i n a y c o n l a f i l o s o f í a c r i s t i a n a e n g e n e r a l . C u a n d o se p i e n s a e n q u e d e e l l o f u é a c u s a d o m u c h a s veces, n o p o d e m o s a b s t e n e r n o s d e s o ñ a r e n la inutil i d a d c o m p l e t a d e t o d o esfuerzo p o r ser c l a r o , p u e s t o q u e d e t o d a s las t e o r í a s d e l c o n o c i m i e n t o se le a t r i b u y e l a q u e p a r a él f u é . l a m á s o d i o s a y d e la c u a l su p r o p i a metafísica establece la r a d i c a l falsedad. A h o r a b i e n : e n ese p l a n o d e l a s tesis m a e s t r a s y d e las i d e a s d i r e c t r i c e s , p o r las vías q u e le s o n p r o p i a s llega a las p o s i c i o n e s q u e S a n t o T o m á s h a b í a a l c a n z a d o p o r l a s s u y a s . P u e s m u y e v i d e n t e es q u e a q u í n o s e t r a t a y a d e u n a d e esas c u e s t i o n e s d e m é t o d o e n q u e las d i v e r g e n c i a s t é c n i c a s s o n s i e m p r e p o s i b l e s : l o q u e e s t á e n j u e g o es l a e s e n c i a m i s m a d e l p e n s a m i e n t o c r i s t i a n o , y si S a n t o T o m á s n o e s t u v i e s e y a s e p a r a d o d e l o n t o l o g i s m o p o r s u e m p i r i s m o c o m o p o r u n a b a r r e r a e n sí m i s m a s u f i ciente, l e v a n t a r í a o t r a s t a n t a s c o m o D u n s Escoto en su p r o p i a m e t a física. T a n t o p a r a u n o c o r n o p a r a o t r o , e n efecto, v e r a D i o s p o r su 6

DUNS

ESCOTO,

Quaest.

6

D U N S

ESCOTO,

op.

cit.,

Quodtib., 16-17.

X I V ,

14-15.

EL

INTELECTO

Y

SU

OBJETO

253

e s e n c i a es l o p r o p i o d e D i o s ; n i n g u n a c r i a t u r a p u e d e , p u e s , a l c a n z a r e s e c o n o c i m i e n t o , a m e n o s q u e D i o s l a e x a l t e a e l l o : nisi Deo hoc faciente. E n a m b a s d o c t r i n a s , l a d i f e r e n c i a r a d i c a l q u e s e p a r a a l ser necesario del ser c o n t i n g e n t e s u p o n e u n t a j o e n el o r d e n d e l a exist e n c i a q u e se p r o l o n g a e n e l o r d e n d e l a m e n t e . S ó l o — d i c e S a n t o T o m á s — e l i n t e l e c t o d i v i n o v e d e sí l a e s e n c i a d i v i n a , j u s t a m e n t e p o r q u e él es l a e s e n c i a d i v i n a m i s m a ; p a r a q u e el n u e s t r o , q u e n o lo es, p u e d a c o n o c e r l a , es m e n e s t e r q u e u n a a c c i ó n d e D i o s l e h a g a c a p a z d e e l l o : haec igitur visio non potest advenire intellectui creato nisi per actionem Dei. Así, en a m b o s sistemas, u n c o n o c i m i e n t o n a t u r a l d e l a e s e n c i a d i v i n a es u n a c o n t r a d i c c i ó n e n los t é r m i n o s , y p o r eso D i o s n o p u e d e ser el o b j e t o n a t u r a l y p r i m e r o d e n u e s t r o i n t e l e c t o . 7

E s t a c o n c l u s i ó n t a n f i r m e n o h a c e m á s fácil la s o l u c i ó n d e la s e g u n d a p a r t e d e n u e s t r o p r o b l e m a . E n e f e c t o , es m e n e s t e r q u e e n a d e l a n t e e n c o n t r e m o s u n o b j e t o n a t u r a l del i n t e l e c t o q u e , sin ser D i o s , nos p o n g a s i n e m b a r g o e n l a v í a d e D i o s . E n o t r o s t é r m i n o s : si e l c o n o c i m i e n t o d e D i o s n o es n u e s t r o c o n o c i m i e n t o d e D i o s , l a b i e n a v e n t u r a n z a q u e aquél e n g e n d r a no será nuestra b i e n a v e n t u r a n z a ; a h o r a bien: p a r a q u e e s t e c o n o c i m i e n t o s e a n u e s t r o es m e n e s t e r q u e n u e s t r o i n t e l e c t o p u e d a a l m e n o s s e r c a p a z d e e l l o , y t a m b i é n p o r c o n s i g u i e n t e q u e se p u e d a d i s c e r n i r e n él, d e s d e a h o r a , el f u n d a m e n t o d e e s a c a p a c i d a d . Preguntemos sucesivamente a S a n t o T o m á s y a D u n s Escoto d ó n d e lo c o l o c a n y c ó m o se r e p r e s e n t a n l a r e l a c i ó n d e l i n t e l e c t o h u m a n o al m á s p e r f e c t o d e t o d o s los o b j e t o s . L a posición d e S a n t o T o m á s está n e t a m e n t e l i m i t a d a p o r su t e o r í a d e la m e n t e , y n i u n solo i n s t a n t e se le v e t r a t a r d e e s q u i v a r las c o n secuencias necesarias. N u e s t r o i n t e l e c t o f o r m a t o d o s sus c o n c e p t o s c o n la a y u d a d e i n t u i c i o n e s sensibles; n o se le p u e d e a t r i b u i r , p u e s , e n s u e s t a d o p r e s e n t e , u n o b j e t o q u e n o p u e d a a l c a n z a r a p a r t i r d e esas i n t u i c i o n e s . P o r lo d e m á s , n a d a p u e d e i n q u i e t a r l e e n esa c o n c l u s i ó n . S a n P a b l o dice q u e p o d e m o s elevarnos al c o n o c i m i e n t o d e Dios p a r t i e n d o d e l a s c r i a t u r a s ; es c l a r o , p u e s , q u e u n a e p i s t e m o l o g í a q u e se s u j e t a a p a s a r p o r lo sensible e n c o n t r a r á s i e m p r e a b i e r t a a n t e sí u n a v í a h a c i a D i o s : l a q u e t o m a s u p u n t o d e p a r t i d a e n el e s p e c t á c u l o d e la creación. E l e m p i r i s m o sensible n o acarrea, p u e s , agnosticismo en m a t e r i a d e t e o l o g í a n a t u r a l , p e r o , si n o s p e r m i t e a l c a n z a r a D i o s , ¿ q u é c o n o c i m i e n t o nos d a d e él? P a r a q u i e n p a r t e d e lo sensible, D i o s n o p u e d e ser a l c a n z a d o sino c o m o c a u s a c r e a d o r a del m u n d o d e los c u e r p o s , y t o d o el c o n o c i m i e n t o n a t u r a l q u e d e ello t e n e m o s se r e d u c e a lo q u e p o d e m o s s a b e r d e t a l c a u s a a p a r t i r d e t a l e s e f e c t o s . N o es n a d a ; n o es p o c o ; e s o n o es t o d o . A p o y á n d o s e e n l a e x i s t e n c i a d e los s e r e s c o n t i n g e n t e s , el r a z o n a m i e n t o p u e d e , e n efecto, elevarse h a s t a llegar a la c o n c l u s i ó n d e la existencia 7

S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , Cont.

Gent.,

III,

52.

E

254

L

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

d e u n s e r n e c e s a r i o . S a b e m o s , p u e s , q u e es, y q u e es l a c a u s a p r i m e r a d e t o d o l p d e m á s : c o n o c i m i e n t o q u e , c o m o se h a v i s t o , b a s t a p a r a t r a n s f o r m a r c o m p l e t a m e n t e n u e s t r a i n t e r p r e t a c i ó n filosófica del u n i v e r s o . A l c a n z a d o e s t e t é r m i n o , a ú n es p o s i b l e c i r c u n s c r i b i r e n c i e r t a m e d i d a l a e s e n c i a d i v i n a c u y a e x i s t e n c i a a c a b a m o s d e s e n t a r , p u e s si D i o s es c a u s a p r i m e r a e n el o r d e n d e l s e r , p o d e m o s e s t a r s e g u r o s d e q u e t r a s c i e n d e r a d i c a l m e n t e t o d o o t r o ser d a d o y a u n t o d o o t r o ser c o n c e bible p o r u n a m e n t e c r e a d a . E l esfuerzo del intelecto p o r n e g a r a Dios t o d o s los l í m i t e s c o n q u e se e n c u e n t r a g r a v a d o el s e r s e n s i b l e q u e c o n o cemos, nos lleva, p u e s , a p l a n t e a r la existencia d e u n a esencia sobree m i n e n t e y e n t e r a m e n t e d i s t i n t a d e los e f e c t o s d e q u e es c a u s a . D i c h o esto, t o d o lo q u e el h o m b r e p u e d e d e c i r está d i c h o . E s t a e s e n c i a d i v i n a c u y a e x i s t e n c i a a s i e n t a , s u i n t e l e c t o n o l a p e n e t r a , y y a s a b e m o s p o r lo q u e p r e c e d e q u e , p o r sí m i s m o , j a m á s l a a l c a n z a r á . D i o n i s i o t i e n e r a z ó n a l d e c i r q u e el D i o s a l c u a l se e l e v a n u e s t r a r a z ó n s i g u e s i e n d o u n D i o s c o m o q u i e n d i c e d e s c o n o c i d o : Deo quasi ignoto conjungimur; pues s a b e m o s b i e n q u e e s , y l o q u e n o es, p e r o d e s c o n o c e m o s c o m p l e t a m e n t e q u é e s : de Deo quid non sit cognoscimus, quid vero sit penitus manet ignotum. C i e r t a m e n t e , la d i s t a n c i a q u e s e p a r a al intelecto de Dios es i n m e n s a e n el t o m i s m o ; e s , si d e c i r s e p u e d e , u n a " d i s t a n c i a m á x i m a " ; s i n e m b a r g o , n o es t a l q u e D i o s n o p u e d a c o l m a r l a . 8

E n p r i m e r l u g a r , t é n g a s e e n c u e n t a q u e , p o r débil q u e sea, el i n t e l e c t o h u m a n o es y n o d e j a d e s e r u n i n t e l e c t o , es d e c i r , u n a c a p a c i d a d d e llegar a ser en cierto m o d o t o d a cosa p o r m o d o de representación. S u d e b i l i d a d es n o p o d e r a s i m i l a r s i n o l o i n t e l i g i b l e i n c l u i d o e n l o s e n s i b l e , p e r o l o q u e é l b u s c a es p r e c i s a m e n t e l o i n t e l i g i b l e , y n a d a lo d e t e n d r á e n e s a b u s c a m i e n t r a s le q u e d e i n t e l i g i b l e p o r a s i m i l a r . B a s t a n t e se e c h a d e v e r p o r p o c o q u e se c o n s i d e r e l a v i d a c i e n t í f i c a y f i l o s ó f i c a d e l e s p í r i t u . L i m i t a d o s c o m o e s t a m o s p o r el o b j e t o n a t u r a l d e n u e s t r a i n v e s t i g a c i ó n , p o r lo m e n o s n o n o s d a m o s t r e g u a h a s t a q u e h e m o s a l c a n z a d o l o s l í m i t e s , es d e c i r , o r d e n a d o el m a t e r i a l a c t u a l m e n t e adquirido en conocimiento nuestro bajo u n pequeño n ú m e r o de princ i p i o s p r i m e r o s i n t e l i g i b l e s . T o d o o c u r r e , p u e s , c o m o si l a v i d a d e l espíritu estuviese a n i m a d a desde a d e n t r o p o r u n deseo n a t u r a l de unif i c a r s e t a n c o m p l e t a m e n t e c o m o es p o s i b l e . O m á s b i e n , e s e d e s e o n a t u r a l n o es m á s q u e o t r o n o m b r e d e l a v i d a m i s m a d e l e s p í r i t u ; p u e d e d e c i r s e q u e es el p r o p i o e s p í r i t u c o n t i n g e n t e e n s u e s f u e r z o p o r a c t u a lizar sus p o s i b i l i d a d e s l a t e n t e s , p e r f e c c i o n a r s e y realizarse. P o r eso, a d e m á s , n i n g ú n d e s e o n a t u r a l p u e d e s e r v a n o ; p u e s el s o l o h e c h o d e q u e e x i s t e s u p o n e u n a p o s i b i l i d a d a c t i v a , c o n s c i e n t e d e sí m i s m a si se t r a t a d e u n intelecto, del q u e e x p r e s a sencillamente la t e n d e n c i a a a c t u a l i z a r s e . P o s i b i l i d a d , d e c i m o s , y n a d a m á s , p u e s el é x i t o d e l e s f u e r z o n o d e p e n d e sólo del sujeto eme p e n a ; d e p e n d e t a m b i é n d e la accesi8

Santo

TOMÁS

DE

AQUINO,

Cont.

Gent.,

III, 49, ad

Cognoscit

tamen.

EL

INTELECTO

Y

SU

OBJETO

255

b i l i d a d d e s u o b j e t o . N o b a s t a p r o b a r p a r a a l c a n z a r el é x i t o . S i n e m ­ b a r g o , u n a t e n t a t i v a q u e se d e t i e n e e n el c a m i n o n o es u n a t e n t a t i v a v a n a ; n o a l c a n z a su objeto, p e r o eso n o p r u e b a q u e n o t e n í a objeto. M u y p o r lo c o n t r a r i o : a u n c u a n d o q u e d a r a p r o b a d o q u e p o r s u s s o l a s f u e r z a s e l q u e d e s e a n o a l c a n z a r á c o m p l e t a m e n t e el o b j e t o d e s u d e s e o , y a u n q u e n o tuviese razón a l g u n a p a r a esperar u n socorro cualquiera q u e lo h a g a c a p a z d e e l l o , el d e s e o q u e e x p e r i m e n t a p e r m a n e c e , n o m u e r t o , sino e x a s p e r a d o h a s t a la a n g u s t i a p o r la c o n c i e n c i a d e su i m ­ p o t e n c i a . S a n t o T o m á s c o n o c e e s a a n g u s t i a ; es l a d e A l e j a n d r o d e A f r o d i s i o , l a d e A v e r r o e s , l a d e A r i s t ó t e l e s : in quo satis apparet quan­ tum angustiam patiebantur hinc inde eorum praeclara ingenia; la dei intelecto h u m a n o m i s m o , q u e p u e d e llegar a ser t o d o , a s i e n t a la exis­ t e n c i a del S e r a p a r t i r d e lo sensible, q u i s i e r a l l e g a r a serlo, y n o p u e d e . A q u í , y s o l a m e n t e a q u í , es d o n d e l a f ó r m u l a t a n t a s v e c e s r e p e t i d a p o r S a n t o T o m á s r e s p e c t o d e ese p r o b l e m a a d q u i e r e t o d o su s e n t i d o : impossibile est naturale desiderium esse inane. Q u e el deseo d e v e r a D i o s s e a n a t u r a l lo p r u e b a l a h i s t o r i a d e la filosofía y t a m b i é n la e x p e r i e n c i a p e r s o n a l d e t o d o h o m b r e q u e se e l e v a , p o r l a r a z ó n , d e l a c o n s i d e r a c i ó n d e l m u n d o a l a d e s u c a u s a . E l m u n d o s e n s i b l e n o s es d a d o y q u e r e m o s c o m p r e n d e r la r a z ó n d e su e x i s t e n c i a : la r e s p u e s t a a e s t a p r e g u n t a es q u e l a s c o s a s s o n p o r q u e D i o s e s . S a b i e n d o q u e D i o s es, q u i s i é r a m o s s a b e r q u é e s , y e n e s t o es d o n d e l a f i l o s o f í a f r a ­ c a s a ; p e r o lejos d e s u p r i m i r ese d e s e o , lo a g u z a p o r su m i s m o f r a c a s o . P u e d a o n o satisfacerlo, m i e n t r a s h a y a h o m b r e s p a r a c o n o c e r la exis­ t e n c i a d e Dios, h a b r á h o m b r e s p a r a q u e r e r c o n o c e r su n a t u r a l e z a , p a r a s a b e r q u e su a l m a n o tiene n i d e s c a n s o ni b i e n a v e n t u r a n z a m i e n t r a s esté p r i v a d a d e este c o n o c i m i e n t o y a u n p a r a sufrir p e o r e s miserias q u e las d e los d e m á s h o m b r e s , p o r q u e q u i e n e s n o s o n c o n s c i e n t e s d e su i g n o r a n c i a t a m p o c o lo s o n d e l b i e n m a g n í f i c o q u e les f a l t a . L a ú l t i m a p a l a b r a d e l a f i l o s o f í a es l a a f i r m a c i ó n c i e r t a d e l a e x i s t e n c i a d e u n bien s u p r e m o y de nuestra impotencia' p a r a participar en él; o m á s b i e n , s e r í a l a ú l t i m a si el c o n o c i m i e n t o d e s u e x i s t e n c i a y el d e s e o d e v e r s u e s e n c i a n o a t e s t i g u a r a n a l m i s m o t i e m p o q u e ese c o n o c i m i e n t o es p o s i b l e . L a a n g u s t i a d e l a l m a p a g a n a m i d e l a d i s t a n c i a q u e s e p a r a a l i n t e l e c t o h u m a n o d e l ú n i c o o b j e t o q u e p u e d e c o l m a r l o , y p o r eso la p r o ­ m e s a d i v i n a le l i b r a d e e l l a , p u e s s a b i e n d o l o q u e es u n i n t e l e c t o y q u e el a l m a es i n m o r t a l , l a g r a c i a d e D i o s p u e d e h a c e r q u e s u b i e n a v e n ­ t u r a n z a llegue a ser n u e s t r a b i e n a v e n t u r a n z a , p o r q u e n u e s t r a v e r d a d será p e r f e c t a p o r su v e r d a d . P r e c i s e m o s este ú l t i m o p u n t o . H a y , a u n e n la filosofía d e S a n t o T o m á s , u n a b a s e d e e s p e r a n z a p a r a u n d o n d i v i n o , q u e , p u e s t o q u e h a d e a g r e g a r s e a la n a t u r a l e z a c o m o u n a g r a c i a , lejos d e d e s t r u i r l a la p o n d r á e n la p e r f e c c i ó n s u p r e m a d e q u e es c a p a z . Q u e el i n t e l e c t o p u e d e r e c i b i r e s a p e r f e c c i ó n es c o s a 9

9

Santo TOMÁS

DE

AQUINO,

Cont.

Gent.,

III, 51,

init.

256

EL

ESPÍRITU

DE

LA FILOSOFÍA

MEDIEVAL

manifiesta. L o p u e d e p o r su n a t u r a l e z a misma, q u e es u n a c a p a c i d a d d e a p r e h e n d e r l o i n t e l i g i b l e . E n t r e l o q u e é l es y l o q u e D i o s es n o existe i n c o m p a t i b i l i d a d a l g u n a e n el o r d e n d e l c o n o c i m i e n t o , y p o r eso S a n t o T o m á s p u e d e d e c i r d e l a s u b s t a n c i a d i v i n a q u e é s t a n o es c o m p l e t a m e n t e a j e n a a l i n t e l e c t o c r e a d o . C i e r t a m e n t e , se h a l l a f u e r a d e su a l c a n c e , p e r o sólo p o r q u e está i n f i n i t a m e n t e p o r e n c i m a d e él, y n o p o r q u e s e a f o r m a l m e n t e i n c o n o c i b l e p a r a é l : divina substantia non sic est extra facultatem intellectus creati, quasi aliquid omnino extraneum ab ipso. E l p o d e r activo d e l intelecto respecto d e su propio objeto, q u e lo c o n d u c e a o r d e n a r todos sus c o n o c i m i e n t o s c o n relación al Ser, a u m e n t a a q u í c o n u n a p o s i b i l i d a d c o m p l e m e n t a r i a , q u e es l a d e a p r e h e n d e r a ese m i s m o S e r q u e él p o n e e n su e x i s t e n c i a s i n a l c a n z a r su e s e n c i a . P o s i b i l i d a d , p u e s c o m o s u o b j e t o p r o p i o es l o s e n s i b l e , n o t i e n e p o r sí m i s m a n a d a q u e l e p e r m i t a s o b r e p a s a r e s e n i v e l . A ú n m á s : a u n q u e s u o b j e t o p r o p i o f u e r a lo i n t e l i g i b l e , s i e n d o ella m i s m a u n s e r p a r t i c i p a d o , n o p o d r í a n a t u r a l m e n t e a l c a n z a r a D i o s e n sí, q u e e x c e d e r í a i n i i n i t a m e n t e sus p r o p i a s fuerzas. P e r o n o posibilidad abstracta, puesto q u e es l a c a p a c i d a d r e a l d e u n sujeto, y p o r q u e , n o t e n i e n d o n a d a d e l o q u e es m e n e s t e r p a r a a c t u a l i z a r s e p o r s í m i s m a , p u e d e s e r a c t u a l i z a d a p o r D i o s . N o p o d r í a serlo p o r el D i o s d e Aristóteles. L a s n a t u ralezas q u e i n t e n t a n conocerlo n o le d e b e n su existencia; t a l cual son siguen siéndolo mientras d u r a n , antes d e desaparecer p a r a siempre. P u e d e s e r l o p o r e l D i o s c r i s t i a n o , p u e s É l es q u i e n c r e ó e s a s n a t u r a l e z a s ; l u e g o p u e d e p e r f e c c i o n a r l a s . E l q u e les h a d a d o e l s e r , y el s e r i n m o r t a l e s , es c a p a z y libre d e a c r e c e n t a r sus d o n e s . P u e d e darles t o d o , c o n t a l q u e s e a n c a p a c e s d e r e c i b i r l o . D e m o d o q u e p u e s e n sí e l i n t e l e c t o es s u s c e p t i b l e d e l a i n t e l i g i b i l i d a d t o t a l , D i o s p u e d e c o n f e r í r s e l a , si l o q u i e r e , y e n e s e s e n t i d o e s c o m o , a u n m a n t e n i e n d o l a 1

0

S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , Cont. Gent., I I I , 5 4 , a d Rallones. E l fundam e n t o de la doctrina está ya echado p o r S a n Agustín: " Ñ e q u e e n i m omnes h o n i i n e s n a t u r a l i i n s t i n c t u i m m o r t a l e s e t b e a t i e s s e v e l l e m u s , n i s i esse p o s s e m u s . S e d h o c s u m m u m b o n u m p r a e s t a r i h o m i n i b u s n o n potest, nisi p e r G h r i s t u m e t h u n c c r u c i f i x u m , c u j u s v u l n e r i b u s n a t u r a n o s t r a s a n a t u r . I d e o justas ex ¡icle vivit." S a n A G U S T Í N , Cont. Iulian, pelag., I I , 3 , 1 9 ; Patr. lat., t. 4 4 , c o l . 7 4 7 . E l t e x t o c i t a d o a n t e r i o r m e n t e , p á g . 2 5 5 , e s t á t o m a d o d e l Cont. Gent., I I I , 4 8 . L o r e p r o d u z c o í n t e g r o , p o r q u e p e r m i t e a d i v i n a r el c o r a z ó n d e S a n t o T o m á s d e t r á s d e su d o c t r i n a : " I n q u o satis a p p a r e t , q u a n t a m angustiara p a t i e b a n t u r hinc inde e o r u m praeclara ingenia, a quibus angustiis liberabimur, si p o n a m u s s e c u n d u m p r o b a t i o n e s p r a e m i s s a s h o m i n e m a d v e r a m f e l i c i t a t e m post h a n c v i t a m p e r v e n i r e posse, a n i m a hominis i m m o r t a l i existente." D a r í a gustoso todos los " T r i u n f o s d e S a n t o T o m á s " , e n el q u e g r a n d e s artistas h a n r e p r e s e n t a d o a A v e r r o e s v e n c i d o y t e n d i d o a sus pies, p o r esas líneas d e t a n p r o f u n d a r e p e r c u s i ó n , e n q u e se e x p r e s a , c o n l a a l e g r í a d e l a l i b e r a c i ó n , l a fraterna piedad d e u n a l m a v e r d a d e r a m e n t e cristiana. Q u e sea, pues, p a r a nosotros "el incomparable Santo T o m á s d e Aquino, t a n g r a n d e d e espíritu como de corazón". N o tengo la crueldad, p a r a quienes m e r e p r o c h a n escribir u n a apología, d e a p r o p i a r m e l a fórmula sin avisarles de su origen. Es d e A U G U S T O C O M T E , Systtme de politique positive, t . I I I , p á g s . 4 8 8 - 4 8 9 . 1 0

EL

INTELECTO

Y

SU

257

OBJETO

v e r d a d d e la epistemología de Aristóteles, Santo T o m á s deja abiertas las p e r s p e c t i v a s s o b r e n a t u r a l e s q u e m o d i f i c a r á n p r o f u n d a m e n t e el sig­ nificado. S u teología n a t u r a l legitima, e n efecto, todas las ambiciones d e la e s p e r a n z a c r i s t i a n a , p e r o a l m i s m o t i e m p o es l a m á s m o d e s t a . L a d e D u n s E s c o t o es l a ú n i c a q u e , c o n i g u a l firmeza d e p e n s a m i e n t o , se a t r e ­ v i e r a a c o n c e d e r n o s u n p o c o m á s e n esta v i d a , sin q u e ello n o s a u t o r i c e a h a c e r d e D i o s el o b j e t o p r i m e r o d e n u e s t r o i n t e l e c t o . L a d o c t r i n a i g u a l m e n t e a c e p t a d a p o r a m b o s filósofos, e n lo q u e , p o r lo d e m á s , s i g u e n s e n c i l l a m e n t e a A r i s t ó t e l e s , es q u e el ser es el p r i m e r c o n c e p t o inteligible a l c a n z a d o p o r nuestros intelectos. N a d a p o d e m o s percibir n i c o n c e b i r q u e n o s e a c o m o u n ser, y sólo d e s p u é s d e t e r m i n a m o s l a n a t u ­ r a l e z a d e l o b j e t o así a p r e h e n d i d o . P o r eso S a n t o T o m á s a f i r m a q u e el s e r es el p r i m e r i n t e l i g i b l e y e l o b j e t o p r o p i o d e n u e s t r o i n t e l e c t o : ens est proprium objectum intellectus, et sic est proprium intelligibile. Sólo q u e , c u a n d o se expresa así, S a n t o T o m á s p i e n s a s i e m p r e q u e n u e s t r o c o n c e p t o d e ser es y p e r m a n e c e a b s t r a c t o d e lo sensible, d e m o d o q u e si t r a t a m o s d e a p l i c a r l o a u n p u r o i n t e l i g i b l e , c o m o D i o s , n o p u e d e c o n v e n i r l e s i n o p o r a n a l o g í a y s ó l o es u t i l i z a b l e l u e g o d e c o r r e g i d o p o r t o d a s las negaciones necesarias. 1

1

N o o c u r r e lo m i s m o e n l a filosofía d e D u n s E s c o t o . Y a h i c e o b s e r v a r q u e , s e g ú n él, n o es e n r a z ó n d e su e s e n c i a q u e el i n t e l e c t o está obli­ g a d o a p a s a r p o r lo sensible, sino s o l a m e n t e e n v i r t u d d e u n estado d e h e c h o c u y a r a z ó n ú l t i m a , s e a c u a l s e a , es c o n t i n g e n t e . P o r c o n s i g u i e n t e , n o p u e d e a s o m b r a r n o s v e r a l i n t e l e c t o escotista e x c e d e r los d a t o s s e n ­ sibles d e q u e p a r t e , m u c h o m á s a m p l i a m e n t e d e c u a n t o p u e d e h a c e r u n intelecto tomista. E n d e r e c h o , y p o r su n a t u r a l e z a misma, n o p u e d e tener p o r objeto propio sino u n p u r o inteligible, e x a c t a m e n t e c o m o los Á n g e l e s , c u y a n a t u r a l e z a e s t á t a n c e r c a d e l a s u y a . D e h e c h o , a u n e n su e s t a d o d e n a t u r a l e z a p e r e c e d e r a , lo q u e el i n t e l e c t o a l c a n z a i n m e d i a t a m e n t e n o es n i l a e s e n c i a d e l o s e n s i b l e s i n g u l a r e n c u a n t o tal, n i la e s e n c i a d e ese s i n g u l a r h e c h a u n i v e r s a l p o r u n a o p e r a c i ó n lógica, sino la esencia inteligible m i s m a , n i singular n i universal, t o ­ m a d a e n su i n d e t e r m i n a c i ó n p u r a . E s lo q u e e x p l i c a la f a m o s a d o c t r i n a escotista d e l a u n i v o c i d a d d e l ser. É s t a n o significa q u e el s e r d i v i n o sea del m i s m o o r d e n q u e el ser c r e a d o : D u n s Escoto sabe bien q u e n o s o n m á s q u e a n á l o g o s . T a m p o c o significa q u e el s e r s e a u n c o n c e p t o u n i v e r s a l l ó g i c a m e n t e a t r i b u í b l e a D i o s y a las c r i a t u r a s , p u e s t o d o el m u n d o lo a d m i t i r í a , c o n la reserva d e establecer luego e n q u é sentido les e s a t r i b u í b l e . L o q u e e s t a d o c t r i n a q u i e r e d e c i r e s q u e l a q u i d i d a d , la esencia m i s m a del a c t o d e existir, t o m a d a f u e r a d e las m o d a l i d a d e s q u e d e t e r m i n a n los d i f e r e n t e s m o d o s d e e x i s t e n c i a , es a p r e h e n d i d a p o r 1

1

1

1

Santo 2

DUNS

TOMÁS

2

DE A Q U I N O ,

ESCOTO,

Op.

Oxon.,

Sum. I,

theol, 3 , 7,

39.

I,

5,

2,

Resp.

258

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

e l i n t e l e c t o c o m o i d é n t i c a , s e a c u a l s e a , p o r l o d e m á s , el s e r d e q u e s e t r a t a . G u a n d o D u n s E s c o t o d i c e q u e el ser e s lo p r i m e r o q u e c a e b a j o la aprehensión del intelecto, ya n o entiende, con S a n t o T o m á s , la n a t u r a l e z a d e l s e r s e n s i b l e e n c u a n t o t a l , s i n o l a e x i s t e n c i a e n sí, s i n n i n g u n a d e t e r m i n a c i ó n g e n e r a l m e n t e c u a l q u i e r a y t o m a d a e n su p u r a inteligibilidad. E n e s a s c o n d i c i o n e s , d e c i r q u e e l s e r es u n í v o c o a D i o s y a l a c r i a t u r a es a f i r m a r s i m p l e m e n t e q u e e l c o n t e n i d o d e l c o n c e p t o q u e les a p l i c a m o s es el m i s m o e n a m b o s c a s o s , n o p o r q u e SOR seres del m i s m o o r d e n o siquiera d e o r d e n c o m p a r a b l e , sino p o r q u e ser es c o n s i d e r a d o e n t o n c e s s ó l o c o m o s i g n i f i c a n d o el a c t o m i s m o d e existir, o la existencia m i s m a d e este a c t o , i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e t o d a otra determinación. rEsa posición p e r m i t í a e v i d e n t e m e n t e a D u n s Escoto colocar al intel e c t o h u m a n o m á s c e r c a d e D i o s d e l o q u e p u e d e h a c e r l o el t o m i s m o S i l o q u e é l d i c e es v e r d a d , p o r l o m e n o s u n o d e n u e s t r o s c o n c e p t o s s o b r e p a s a el p l a n o d e l a a n a l o g í a , y es p r e c i s a m e n t e el m á s e l e v a d o d e t o d o s , el d e l s e r . L a g r a n v e n t a j a q u e e n c u e n t r a e n e s o , y se c o m p l a c e e n i n s i s t i r s o b r e e s e p u n t o , es q u e e l o b j e t o p r o p i o d e l i n t e l e c t o v a a coincidir c o n su o b j e t o a d e c u a d o , y q u e ese m i s m o o b j e t o a d e c u a d o v a a o r d e n a r s e e s p o n t á n e a m e n t e h a c i a el D i o s p r o p i a m e n t e c r i s t i a n o , q u e es e l s e r v e r d a d e r o , t o t a l e i n f i n i t o . E n a d e l a n t e h a b r á c o n t i n u i d a d esencial, a u n q u e sólo virtual, e n t r e lo q u e la n a t u r a l e z a p u e d e c o n o c e r y l o q u e l a g r a c i a p u e d e h a c e r c o n o c e r . S i n d u d a a l g u n a , l a g r a c i a es n e c e s a r i a y n o l o es m e n o s q u e el t o m i s m o . E l h e c h o m i s m o d e q u e e l s e r c o n c e b i d o p o r e l i n t e l e c t o es u n í v o c o , l e j o s d e e n t r e g a r n o s el s e r d i v i n o , p r u e b a q u e n u e s t r a a p r e h e n s i ó n n o le a l c a n z a . M i e n t r a s l o q u e p e n s a m o s es el a c t o d e e x i s t i r e n s u c o m u n i d a d c o n t o d o l o q u e e x i s t e , e s t á c l a r o q u e n o e s D i o s l o q u e p e n s a m o s ; si f u e s e é l , l o c o n c e b i r í a m o s c o m o el s e r i n f i n i t o , e l s e r p u r o , es d e c i r , c o n m o d a l i d a d e s q u e r o m p e r í a n la u n i v o c i d a d p a r a l l e v a r n o s a l a a n a l o g í a . P o r d e f i n i c i ó n , el ser p e n s a d o c o m o c o m ú n a D i o s y a l a c r i a t u r a n o es n i el d e D i o s , n i e l d e la c r i a t u r a . P o r eso, d e s d e luego, a n o t é m o s l o d e p a s o , las p r u e b a s e s c o t i s t a s d e l a e x i s t e n c i a d e D i o s s o n p r u e b a s v e r d a d e r a s , el h e c h o m i s m o q u e é s t a s p a r t e n d e l s e r s u p o n i e n d o q u e e s t e c o n c e p t o n o es el d e Dios, sin lo c u a l n o h a b r í a n a d a m á s p o r e n c o n t r a r . L a u n i v o c i d a d n o es, p u e s , u n c o m i e n z o d e v i s i ó n b e a t í f i c a , c o m o n o l o es l a a n a l o g í a , p u e s n o es e n e s e p l a n o d o n d e s e c o l o c a e l t a j o e n t r e D i o s y e l h o m b r e , s i n o e n el d e l a c r e a c i ó n . Y a s e a a n á l o g o o u n í v o c o e l s e r p e n s a d o , e l S e r e s c a p a n e c e s a r i a m e n t e a l a l c a n c e d e los s e r e s , q u e p o r s u c o n t i n g e n c i a r a d i c a l e s t á n s e p a r a d o s d e él. S i D i o s m i s m o n o l o h u b i e s e d i c h o , ¿ c ó m o s a b r í a el h o m b r e q u e l a p o s e s i ó n d e l s e r i n f i n i t o p u e d e s e r l e a c c e s i b l e ? P e r o d e s d e e l m o m e n t o q u e l o s a b e , ¡ c ó m o se a c l a r a t o d o ! E l D i o s q u e se o f r e c e a n o s o t r o s es el S e r ; el o b j e t o n a t u r a l d e 1

3

;

1

3

Santo

TOMÁS

DE

AQUINO,

Cont.

Gent.,

I, 6 2 ,

final.

EL

INTELECTO

Y

SU

OBJETO

259

n u e s t r o i n t e l e c t o es y a e l s e r ; s u o b j e t o a d e c u a d o es p r e c i s a m e n t e ese m i s m o objeto natural, p e r o a p r e h e n d i d o a h o r a e n su indeterminación c o m p l e t a , es d e c i r , t a m b i é n e l s e r . ¿ Q u é es m e n e s t e r p a r a a l c a n z a r a D i o s ? Q u e l u e g o d e h a b e r a s e n t a d o al ser infinito e n su existencia, p a r a l o q u e b a s t a l a r a z ó n n a t u r a l , D i o s le c o n f i e r a l a v i s i ó n b e a t í f i c a d e s u i n f i n i d a d , es d e c i r , d e l s e r d i v i n o e n c u a n t o d i v i n o , y y a h e m o s v i s t o q u e p o r sí m i s m a t o d a c r i a t u r a es i n c a p a z d e e l l o . A s í , l a u n i v o c i d a d e s c o t i s t a es l a n e g a c i ó n r a d i c a l d e l p a n t e í s m o , p u e s p a r a q u e el s e r p u e d a d e c i r s e e n c o m ú n d e D i o s y d e l a s c r i a t u r a s , es m e n e s t e r p r e c i s a m e n t e q u e n o s e e x t i e n d a a l o q u e h a c e q u e e l s e r d e D i o s es D i o s ; p e r o al m i s m o t i e m p o u n i f i c a el o r d e n t o t a l d e l c o n o c i m i e n t o h u m a n o , al afirmar, a través d e la diversidad de estados p o r q u e pasa, la u n i d a d esencial d e su objeto. T r a t e m o s a h o r a d e e x t r a e r el a s p e c t o n u e v o q u e reviste u n a epistem o l o g í a p o r el h e c h o d e h a l l a r s e i n t e g r a d a a u n a c o n c e p c i ó n c r i s t i a n a del universo. T a m b i é n a q u í h a y p o c a s f ó r m u l a s tomistas o escotistas c u y o s e q u i v a l e n t e s n o p u e d a n e n c o n t r a r s e e n los escritos d e P l a t ó n , d e A r i s t ó t e l e s , o h a s t a d e A v i c e n a . L a c u e s t i ó n s i g u e s i e n d o s a b e r si, c u a n d o r e p i t e n las f ó r m u l a s d e éstos, los filósofos cristianos d i c e n r e a l m e n t e lo m i s m o . Y e n el caso q u e n o s o c u p a es m u y d u d o s o , p u e s b a s t a s e g u i r a los p e n s a d o r e s d e l a E d a d M e d i a h a s t a e n sus c o n c l u s i o n e s ú l t i m a s p a r a d a r s e c u e n t a d e ello. G u a n d o s a b e m o s q u e la visión d e la V e r d a d es p o s i b l e , y s o b r e t o d o c u a n d o l a e s p e r a m o s , c o n s i d e r a m o s d e m o d o m u y d i s t i n t o la e s e n c i a d e c a d a v e r d a d . N o sólo su v a l o r , sino su p r o p i a e s e n c i a , p o r q u e e n a d e l a n t e y a n o t i e n e n i l a m i s m a c a u s a , n i el m i s m o o b j e t o , n i el m i s m o fin. Y a h e m o s v i s t o q u e l a s c o s a s t i e n e n u n a v e r d a d q u e les es p r o p i a , p u e s t o q u e s o n y p u e s t o q u e t o d o l o q u e es es i n t e l i g i b l e . S u v e r d a d es, e n e f e c t o , s u s e r , es d e c i r , s u f i d e l i d a d a s u e s e n c i a . P e r o e s t a f i d e l i d a d , q u e m i d e a l a v e z e l g r a d o d e s u s e r y e l d e s u v e r d a d , se m i d e e l l a m i s m a e n r e l a c i ó n a l t i p o i d e a l d e l a e s e n c i a c o n s i d e r a d a , es d e c i r , en relación a la idea divina m i s m a . P a r a u n p e n s a d o r cristiano la v e r d a d i n t r í n s e c a d e los s e r e s e s t á e n t e r a m e n t e p e n d i e n t e d e l a c t o p o r el c u a l D i o s l o s p i e n s a y d e a q u e l p o r e l c u a l l o s c r e a . A s í t a m b i é n , l a v e r d a d d e n u e s t r o i n t e l e c t o es u n a v e r d a d r e a l , y es v e r d a d e r a m e n t e n u e s t r a , p u e s t o q u e la h a c e m o s . S i n e m b a r g o , c a d a vez q u e se f o r m u l a u n j u i c i o v e r d a d e r o , se i n s e r t a e n t r e d o s ó r d e n e s d i s t i n t o s d e r e l a c i o n e s d i v i n a s , c a d a u n o d e los c u a l e s l a c o n d i c i o n a a l a v e z e n s u c o n t e n i d o y e n s u e x i s t e n c i a . S u c o n t e n i d o es s u o b j e t o , p u e s u n j u i c i o es v e r d a d e r o c u a n d o lo q u e dice d e las cosas c o r r e s p o n d e a lo q u e las cosas son. T o d a v e r d a d c o n c e b i d a es, p u e s , l a a p r e h e n s i ó n p o r el i n t e l e c t o d e u n a e s e n c i a q u e e s e n sí m i s m a l o q u e es e n D i o s , d e m o d o q u e l a m e n t e d i v i n a rige e n t o n c e s l a n u e s t r a p o r m e d i o d e l o b j e t o . S u e x i s t e n c i a l a c a u s a n u e s t r o i n t e l e c t o , p e r o n o l a c a u s a r í a si é l m i s m o n o f u e s e c a u s a d o p o r D i o s . C a d a l u z i n t e l i g i b l e c r e a d a es u n a p a r t i c i p a c i ó n a l a l u z

26o

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

d i v i n a ; t o d o l o q u e el i n t e l e c t o a g r e g a d e sí a l o s d a t o s b r u t o s d e l a experiencia externa o interna debe necesariamente recibirlo de Dios. L o s filósofos d e l a E d a d M e d i a p u e d e n n o ser d e la m i s m a o p i n i ó n s o b r e las m o d a l i d a d e s d e l a i l u m i n a c i ó n d i v i n a , p e r o t o d o s c o n c u e r d a n p a r a e n s e ñ a r q u e D i o s es e l c r e a d o r y el r e g u l a d o r d e los i n t e l e c t o s , p o r q u e les c o n f i e r e , n o s ó l o l a e x i s t e n c i a , s i n o t a m b i é n e l p o d e r d e f o r m a r t o d o s l o s p r i n c i p i o s p r i m e r o s s o b r e los c u a l e s d e s c a n s a n t o d a s l a s c i e n c i a s t e o l ó g i c a s y p r á c t i c a s . E n e s t e s e n t i d o , es v e r d a d d e c i r c o n A l b e r t o M a g n o q u e D i o s es e l p r i m e r m o t o r e n e l o r d e n d e l a m e n t e c o m o lo es e n el o r d e n d e l s e r ; d i g a m o s m á s b i e n q u e es el p r i m e r o e n el o r d e n d e l a m e n t e p o r q u e es el p r i m e r o e n el o r d e n d e l s e r , y p o r e s o el i n t e l e c t o d e l c r i s t i a n o n o t i e n e el m i s m o o b j e t o q u e el d e P l a t ó n o el d e A r i s t ó t e l e s . 1 4

Y a le s e a d a d o el s e r c o m o u n í v o c o o a n a l ó g i c o , l o a p r e h e n d e c o m o u n a p a r t i c i p a c i ó n e n el ser d i v i n o , y o t r o t a n t o p u e d e d e c i r s e del a c t o m i s m o p o r el c u a l l o a p r e h e n d e . S i n d u d a , es c i e r t o q u e p a r a n o s o t r o s , y s e g ú n e l o r d e n d e a d q u i s i c i ó n d e n u e s t r o s c o n o c i m i e n t o s , el o b j e t o p r i m e r o es el s e r s e n s i b l e , p e r o , e n sí, el p r i m e r i n t e l i g i b l e es D i o s , y l o es t a m b i é n p a r a n o s o t r o s s e g ú n el o r d e n d e l c o n o c i m i e n t o u n a v e z a d q u i r i d o ; p u e s e n t o n c e s s a b e m o s q u e él es l a c a u s a p r i m e r a d e l c o n o c i m i e n t o m i s m o , y t a m b i é n s a b e m o s q u e si p a r a n o s o t r o s h a y a l g o p o r c o n o c e r , es e n v i r t u d d e l a c o n f o r m i d a d d e los s e r e s a l i n t e l e c t o d i v i n o . Omnis apprehensio intellectus a Deo est, e s o es lo q u e n u n c a se e n c o n t r a r á e n Aristóteles, c o n la n o c i ó n de c r e a c i ó n q u e esa f ó r m u l a i m p l i c a ; veritas etiam rerum est, secundum quod conjormantur suo principio, scilicet intellectui divino, h e a h í l o q u e n o se p o d r á e n c o n t r a r e n e s e m i s m o s e n t i d o e n P l a t ó n , a m e n o s q u e se le p r e s t e g r a t u i t a m e n t e l a c o n c e p c i ó n a g u s t i n i a n a d e las I d e a s , c o n la d o c t r i n a d e l V e r b o q u e é s t a s u p o n e , es d e c i r , el C r i s t i a n i s m o m i s m o . L a m e t a física d e l É x o d o p e n e t r a , p u e s , e n el c o r a z ó n m i s m o d e la e p i s t e m o l o g í a , p o r q u e el i n t e l e c t o y s u o b j e t o q u e d a n s u s p e n s o s d e l D i o s a q u i e n u n o y o t r o d e b e n l a e x i s t e n c i a . L o q u e a q u í t r a e d e n u e v o es l a n o c i ó n , d e s c o n o c i d a d e los a n t i g u o s , d e u n a v e r d a d c r e a d a , e s p o n t á n e a m e n t e o r d e n a d a h a c i a el S e r d e l q u e es a l a v e z el f i n y e l o r i g e n , p u e s s ó l o p o r él e x i s t e , c o m o s ó l o él p u e d e p e r f e c c i o n a r l a y c o l m a r l a . 1 5

1 ( i

M A G N O , De intellectu et intelligibili, T r . 1, c a p . IL S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , Sum. theol., I , 1 6 , 5 , a d 3™. Cf. I , 8 8 , 3 , a d 2 ™ . S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , Sum. theol., I, 16, 5, ad 2 " . "Res dicuntur v e r a e p e r c o m p a r a t i o n e r a a d i n t e l l e c t u m d i v i n u m . " Op. cit., I , 1 6 , 6 , a d 2 ; L

É

ALBERTO

1 5

1 6

M

cf. Ibid-,

ad Resp.

CAPÍTULO EL

A M O R

Y SU

XIV O B J E T O

C O N C E B I R u n i n t e l e c t o q u e se s a b e u n o b j e t o n a t u r a l , p e r o n o se c o n o c e o t r o , l o s filósofos d e l a E d a d M e d i a n o t e n í a n m á s q u e m i r a r a los g r i e g o s . P a r a c o n c e b i r u n a m o r q u e se s a b e u n o b j e t o n a t u r a l , p e r o n o s e c o n o c e o t r o , los h o m b r e s d e l a E d a d M e d i a n o t e n í a n m á s q u e m i r a r s e a sí m i s m o s , y e n e s o e r a n s e m e j a n t e s a los h o m b r e s d e t o d o s los t i e m p o s . P o r l o d e m á s , si h u b i e s e n n e c e s i t a d o u n l i b r o , t e n í a n el Arte de amar de Ovidio, m a n u a l m u y explícito y detallado, q u e no d e j a r o n d e leer, c o p i a r e i m i t a r . E l a m o r p l a t ó n i c o • y el a m o r n e o p l a t ó n i c o q u e h a b í a d e e n c a n t a r al R e n a c i m i e n t o n o h a b í a sido d e s c u ­ b i e r t o t o d a v í a , o s ó l o lo c o n o c í a n a t r a v é s d e i n t e r p r e t a c i o n e s c r i s t i a n a s q u e a l t e r a b a n p r o f u n d a m e n t e s u c a r á c t e r . A r i s t ó t e l e s m i s m o , c o n lo p o c o q u e p o d í a a p o r t a r s o b r e ese p u n t o , n o h a b í a d e e n t r a r e n e s c e n a h a s t a el s i g l o x m ; a h o r a b i e n : e n el s i g l o x n , S a n B e r n a r d o y s u s discípulos h a b í a n c o n s t r u i d o y a u n a d o c t r i n a c o m p l e t a del a m o r cris­ t i a n o . P a r t i e r o n d e la r e a l i d a d m i s m a : la e x p e r i e n c i a c o m ú n d e l egoís­ m o y d e la s e n s u a l i d a d ; e n u n a p a l a b r a , del deseo h u m a n o e n su m á s pobre desnudez. PARA

L o q u e p r i m e r o c a r a c t e r i z a e s e d e s e o , t a l c o m o s e lo o f r e c í a l a o b s e r ­ v a c i ó n i n t e r i o r , es q u e i n m e d i a t a m e n t e se d i r i g e h a c i a el y o , o h a c i a t o d o lo q u e p u e d e s e r r e l a c i o n a d o a l y o . A s í l o d e s c r i b i e r o n S a n B e r ­ n a r d o y G u i l l e r m o d e S a i n t - T h i e r r y , los d o s m a e s t r o s d e e s a o r d e n c i s t e r c i e n s e c u y a g r a n d e z a , p o r m u c h o q u e i n j u s t a m e n t e se l a d e s c o ­ n o z c a , n o d e j a d e s e r c o m p a r a b l e a las m á s p u r a s . L u e g o d e c r e a r e n t e r a m e n t e l a c i e n c i a d e l a m o r c r i s t i a n o se r e t i r ó a l s i l e n c i o , p a r a vivir e n él e n vez d e h a b l a r d e él. S e c o n o c e n s a b i d u r í a s m e n o s p e r ­ f e c t a s ; p e r o a u n é s t a t i e n e s u s r i e s g o s , p u e s s u d i s c r e c i ó n se h a t o m a d o p o r o l v i d o , y p o r confesión d e u n e r r o r su n e g l i g e n c i a e n justificarse. Quisiera, pues, sencillamente h a c e r justicia a S a n Bernardo, recor­ d a n d o el s e n t i d o e x a c t o d e l a s e x p r e s i o n e s q u e e m p l e a . G u a n d o d i c e él y c u a n d o G u i l l e r m o d e S a i n t - T h i e r r y r e p i t e , q u e el a m o r h u m a n o comienza necesariamente siendo u n egoísmo y u n a m o r carnal, entien­ d e n s e n c i l l a m e n t e d e s c r i b i r u n e s t a d o d e h e c h o . O t r a c u e s t i ó n es s a b e r c u á l es e l e s t a d o h u m a n o d e d e r e c h o , y a e l l a t e n d r e m o s q u e l l e g a r n e c e s a r i a m e n t e . P o r el m o m e n t o c o n f o r m é m o n o s c o n t o m a r l a r e a l i d a d c o n c r e t a t a l c u a l n o s es d a d a . N a c i d o d e u n d e s e o c a r n a l , e l h o m b r e

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E L

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

necesita vivir, l u c h a r y a d q u i r i r c o n q u e m a n t e n e r s e ; a h o r a b i e n : n o p u e d e h a c e r l o s i n o p l a n t e á n d o s e él m i s m o c o m o el o b j e t o d e s u d e s e o , y c o m o n o p u e d e q u e r e r s e a sí m i s m o s i n q u e r e r t o d o c u a n t o l e es n e c e s a r i o , p r i m e r o se q u i e r e él y l u e g o q u i e r e t o d o lo d e m á s sólo p o r a m o r d e sí m i s m o . 1

A g r e g u e m o s , s i n e m b a r g o , q u e e n c u a n t o se lo a n a l i z a m á s d e t e n i ­ d a m e n t e , e s e d e s e o p r e s e n t a u n c a r á c t e r s i n g u l a r y q u e e n sí n o t i e n e n a d a d e n e c e s a r i o . A s i m p l e v i s t a n o s e v e p o r q u é s e r e s t a l e s c o m o los hombres, colocados en u n universo cuyos recursos están a su dispo­ sición g r a c i a s a s u i n t e l i g e n c i a , n o h a b r í a n d e llegar a satisfacer sus deseos. P o r l o d e m á s n o se n e c e s i t a t a n t o p a r a satisfacerlos. E p i c u r o t e n í a r a z ó n a l d e c i r q u e c o n u n p o c o d e p a n y a g u a el s a b i o es el i g u a l d e J ú p i t e r m i s m o . D i g a m o s m á s b i e n q u e d e b i e r a serlo, y p u e s t o q u e la r e c e t a d e l a f e l i c i d a d es t a n s e n c i l l a , p o d e m o s p r e g u n t a r n o s p o r q u é tratan d e utilizarla t a n pocos hombres. Quizá p o r q u e con u n poco de p a n y a g u a e l h o m b r e d e b i e r a s e r d i c h o s o , p e r o n o l o e s . Y si n o l o es, n o es n e c e s a r i a m e n t e p o r q u e n o s e a c u e r d o , sino s e n c i l l a m e n t e p o r ­ q u e es h o m b r e y l o q u e t i e n e d e m á s r e c ó n d i t o n i e g a a c a d a i n s t a n t e la c o r d u r a q u e se le ofrece. T o d o o c u r r e c o m o si c a d a u n o d e n o s o t r o s n o p u d i e r a p e r s e g u i r o t r o f i n s i n o s u f e l i c i d a d , p e r o t a m b i é n c o m o si fuese i n c a p a z d e a l c a n z a r l a , p o r q u e t o d o le g u s t a p e r o n a d a le con­ f o r m a . S i p o s e e u n a f i n c a , q u e r r á a g r a n d a r l a ; si e s r i c o , q u i e r e s e r a l g o m á s r i c o ; s i l a m u j e r a q u i e n a m a es h e r m o s a , q u i e r e u n a m á s hermosa, y a u n menos hermosa, c o n tal q u e sea otra. L a experiencia es d e m a s i a d o c o m ú n p a r a q u e v a l g a l a p e n a d e s c r i b i r l a , p e r o e s c o n v e ­ n i e n t e r e c o r d a r l a p o r lo m e n o s , p o r q u e el h e c h o s o b r e el c u a l d e s c a n s a t o d a l a c o n c e p c i ó n c r i s t i a n a d e l a m o r es q u e t o d o p l a c e r h u m a n o es deseable, p e r o n i n g u n o basta. L a impresión q u e e n g e n d r a en el h o m b r e esa persecución d e u n a s a t i s f a c c i ó n q u e s i e m p r e h u y e , es p r i m e r o u n p r o f u n d o t r a s t o r n o : l a i n q u i e t u d silenciosa, p e r o p u n z a n t e , del q u e b u s c a l a felicidad y a quien se l e r e h u s a h a s t a l a p a z . Pax, v o c a b l o m á g i c o p a r a u n a l m a m e d i e v a l ; i r r a d i a n d o u n a l u z i g u a l y t r a n q u i l a , a n u n c i a el m á s p r e c i a d o y el m e n o s a c c e s i b l e d e t o d o s l o s b i e n e s . P o r n o p o s e e r l o , el h o m b r e v a e r r a n t e d e o b j e t o e n o b j e t o , y n o s i n c a u s a , p u e s si e l q u e y a t i e n e es b u e n o , e l q u e n o t i e n e t a m b i é n l o e s . L l e v a d o p o r e l m o v i m i e n t o q u e lo a r r a s t r a , es m e n e s t e r q u e p i e r d a u n b i e n p a r a a d q u i r i r o t r o ; a g o t a r u n p l a c e r p a r a e x p e r i m e n t a r o t r o ; s e n t i r a l m i s m o t i e m p o el d i s g u s t o d e l q u e t e r m i n a y p r e s e n t i r , a t r a v é s d e l deseo, el disgusto del q u e le s e g u i r á . D e lo q u e h a b r í a él m e n e s t e r sería a g o t a r d e golpe S a n A G U S T Í N , Epíst. 1 4 0 , I I , 3 ; Palr. lat., t . 3 3 , c o l . 5 3 9 . E s t e t e x t o es i m p o r t a n t e p a r a d e t e r m i n a r e l s e n t i d o e x a c t o d e l primus gradus amoris e n S a n B E R N A R D O , De diligendo Deo, c a p . v m ; e d i c . W a t k i n W . W i l l i a m s , C a m ­ b r i d g e , U n i v e r s i t y P r e s s , 1 9 2 6 , p á g s . 4 1 - 4 2 . C f . F U L G E N C I O , De jide ad Petrum, 1

sive de regula

verae fidei,

I I , 1 6 ; Patr.

lat., t . 4 0 , c o l . 7 5 8 .

EL

AMOR

Y

S U

OBJETO

263

la s u m a d e t o d a s las v o l u p t u o s i d a d e s p o s i b l e s , y l u e g o m o r i r , p u e s t o q u e n o p u e d e h a c e r q u e ese goce sea e t e r n o . D e a h í ese vértigo insensato q u e n o p e r m i t e q u e el b i e n q u e p a s a e s p e r e a l q u e lo r e e m p l a z a , p a r a p a s a r a s u v e z . L a c a z a a l p l a c e r n o es s i n o l a d e c e p c i o n a n t e i m a g e n d e l a p a z q u e falta, c o m o el m o v i m i e n t o n o es m á s q u e l a i m a gen m o v e d i z a d e la inmóvil eternidad. E n ese p u n t o p r e c i s o es d o n d e se c o l o c a l a " c o n v e r s i ó n " r e c o m e n d a d a p o r el p e n s a m i e n t o medieval. C o n u n p o c o d e p a n y a g u a , amigos, y la p a z t a l c o m o este m u n d o l a d a , t a m p o c o h a y p a z todavía, p o r que el deseo d e lo d e m á s subsiste, y n o h a y n a d a p a r a a p l a c a r l o : dicentes: pax, et non est pax. E n e s t e s e n t i d o , t o d a l a a s c é t i c a d e l a m o r a l e p i c ú r e a y e s t o i c a es u n a a s c é t i c a p u r a m e n t e n e g a t i v a ; p i d e e l a b a n dono d e t o d o sin ofrecer n i n g u n a compensación. L a ascética d e la m o r a l c r i s t i a n a , p o r l o c o n t r a r i o , es u n a a s c é t i c a p o s i t i v a ; e n l u g a r d e m u t i l a r el d e s e o n e g a n d o su o b j e t o , c o l m a el d e s e o r e v e l á n d o l e el sent i d o . P u e s si n a d a d e l o q u e l e e s d a d o e s c a p a z d e s a t i s f a c e r l o , q u i z á s e a p o r q u e es m á s v a s t o q u e e l m u n d o . D e m o d o q u e , o h a b r á d e c o n f o r m a r s e c o n bienes q u e le d e j a n insatisfecho, y lo q u e e n t o n c e s se l e p r o p o n e e s u n a r e s i g n a c i ó n c e r c a n a a l a d e s e s p e r a c i ó n , o b i e n tendrá q u e r e n u n c i a r al deseo m i s m o , pues sería locura extenuarse q u e r i e n d o a p l a c a r u n h a m b r e q u e r e n a c e d e los m i s m o s a l i m e n t o s q u e se l e o f r e c e n . P e r o , ¿ q u é d a r e m o s a l h o m b r e p a r a c o m p e n s a r e s e r e n u n ciamiento? T o d o . Y p o r eso las e t a p a s del r e n u n c i a m i e n t o m e d i e v a l son o t r a s t a n t a s c o n q u i s t a s : las t e n t a t i v a s victoriosas d e u n deseo q u e s u e l t a l a s o m b r a p o r l a p r e s a . " ¿ T e es p e n o s o h a b e r p e r d i d o e s t o o a q u e l l o ? N o t r a t e s , p u e s , d e p e r d e r ; p u e s t r a t a r d e p e r d e r es q u e r e r a d q u i r i r l o q u e n o s e p u e d e c o n s e r v a r . " T a l e s l a v í a , y es v í a t r a b a j o s a ; p e r o lo es m e n o s p a r a q u i e n p i e n s a e n l a m e t a . " E l c a m i n o h a c i a D i o s es f á c i l , p o r q u e p o r é l s e a d e l a n t a d e s c a r g á n d o s e . S e r í a p e s a d o si p o r é l s e f u e r a c a r g á n d o s e . D e s c á r g a t e , p u e s , e c h a n d o t o d o , y l u e g o renunciando a ti m i s m o . " ¿ Q u é se n e c e s i t a p a r a d e c i d i m o s a ese renunciamiento ? 2

Primero, h a y q u e c o m p r e n d e r q u e la insaciabilidad del deseo h u m a n o tiene u n sentido positivo, y h e a q u í la explicación: u n bien infinito n o s atrae. E l disgusto del h o m b r e p o r c a d a bien p a r t i c u l a r n o es s i n o e l e n v é s d e l a s e d d e b i e n t o t a l q u e l o a g i t a , s u c a n s a n c i o n o es m á s q u e el p r e s e n t i m i e n t o d e l a i n f i n i t a d i s t a n c i a q u e s e p a r a lo q u e él a m a d e l o q u e s e s i e n t e c a p a z d e a m a r . E n e s t e s e n t i d o , e l p r o b l e m a d e l a m o r , t a l c u a l se p l a n t e a e n u n a f i l o s o f í a c r i s t i a n a , es e x a c t a m e n t e p a r a l e l o a l p r o b l e m a d e l c o n o c i m i e n t o . P a r a e l i n t e l e c t o , el a l m a e s G U I G U E S I I E L C A R T U J O , Meditaciones, I I y V , Patr. lat., t . 1 5 3 , c o l . 6 0 4 B y 6 1 0 B . E s t a s Meditationes d e u n m u y g r a n escritor ascético, h o y demasiado olvidado, son aquellas cuya lectura inflamó a S a n Bernardo y q u e motivaron e l e n v í o d e l a c a r t a q u e m á s t a r d e i n s e r t ó e n e l De diligendo Deo, c a p . x n y s i g u i e n t e . C f . S a n B E R N A R D O , Epist. 11, Patr. lat., t . 1 8 2 , c o l . 1 1 0 - 1 1 5 . 2

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

c a p a z d e l a v e r d a d ; p a r a e l a m o r , es c a p a z d e l B i e n ; s u t o r m e n t o p r o c e d e d e q u e l o b u s c a s i n s a b e r q u e es e s o l o q u e b u s c a y p o r c o n s i ­ g u i e n t e s i n s a b e r d ó n d e d e b e b u s c a r l o . E n c a r a d o e n e s t e a s p e c t o , el p r o b l e m a d e l a m o r s ó l o p u e d e s e r o i n s o l u b l e o e s t a r y a r e s u e l t o . S i se t r a t a d e r e s o l v e r l o m a n t e n i é n d o s e e n el p l a n o d e l a n a t u r a l e z a , es i n s o ­ l u b l e , p u e s el d e s e o c o n f u s o d e l o i n f i n i t o n o se s a t i s f a r á c o n c r i a t u r a s . S i se s u p o n e q u e l a s a c i e d a d d e l m u n d o es u n a m o r d e D i o s q u e se i g n o r a , y a e s t á r e s u e l t o , p u e s e n t o n c e s se c o m p r e n d e e s e a m o r , y s u f r a ­ caso, y q u e ese m i s m o f r a c a s o a t e s t i g u a la p o s i b i l i d a d d e su v i c t o r i a ; p e r o a ú n q u e d a n p o r d e t e r m i n a r las c o n d i c i o n e s . P a r a c o n o c e r l a s b a s t a c o n r e c o r d a r l o q u e el u n i v e r s o c r i s t i a n o e s : u n c o n j u n t o de criaturas q u e d e b e n su existencia a u n acto de amor. D i o s h a q u e r i d o t o d a s las cosas, y m u y p a r t i c u l a r m e n t e al ser inteli­ g e n t e q u e es el h o m b r e , p a r a q u e p u e d a n p a r t i c i p a r e n s u g l o r i a y e n su b i e n a v e n t u r a n z a . S e n t a r s e m e j a n t e p r i n c i p i o e q u i v a l e a a f i r m a r q u e t o d a a c t i v i d a d c r e a d a se r e f i e r e e s e n c i a l y n e c e s a r i a m e n t e a D i o s c o m o a s u f i n . L o q u e e s t á h e c h o p a r a D i o s , p o r el s o l o h e c h o d e q u e o b r a , t i e n d e e s p o n t á n e a m e n t e h a c i a D i o s en v i r t u d d e u n a ley inscrita en la s u b s t a n c i a m i s m a d e s u s e r . P u e d e q u e lo q u e así p e r s i g u e a l fin s u ­ p r e m o le p e r s i g a s i n s a b e r l o ; h a s t a es n a t u r a l m e n t e el c a s o d e t o d o s los seres q u e n o e s t á n d o t a d o s d e c o n o c i m i e n t o i n t e l e c t u a l y n o p u e d e n , y a sea c o n o c e r sus actos, y a sea r e f l e x i o n a r s o b r e sus a c t o s p a r a d e t e r ­ m i n a r s u f i n . N o p o r e s o es m e n o s c i e r t o q u e l a s c o s a s t i e n d e n h a c i a D i o s , p u e s n u n c a o b r a n s i n o e n v i s t a d e c i e r t o b i e n , q u e es u n a n á l o g o del B i e n s u p r e m o , d e m o d o q u e t o d a s sus a c c i o n e s t i e n d e n a h a c e r l a s a l g o m e n o s d e s e m e j a n t e s a él. E s a p e r s e c u c i ó n d e D i o s , q u e e n los d e m á s s e r e s s ó l o es v i v i d a , e n el c a s o d e l h o m b r e es c o n o c i d a y c o n s ­ c i e n t e . N o t i e n e s u f i c i e n t e s l u c e s p a r a s a b e r q u e e l B i e n l e es a c c e s i b l e , p u e s u n b i e n n o t i e n e m a y o r d e r e c h o al Bien q u e u n ser al Ser, p e r o t i e n e b a s t a n t e p a r a s a b e r q u e e s o es l o q u e b u s c a y p o r q u é l o b u s c a . P u e s , si l o q u e a c a b a m o s d e d e c i r es v e r d a d , el a m o r h u m a n o , s e a n c u a l e s s e a n s u s i g n o r a n c i a s , s u s c e g u e r a s y a u n s u s e x t r a v í o s , n o es m á s q u e u n a p a r t i c i p a c i ó n f i n i t a d e l a m o r q u e D i o s t i e n e p o r sí m i s m o . L a d e s g r a c i a d e l h o m b r e es q u e p u e d e e q u i v o c a r s e d e o b j e t o , y p a d e c e r p o r e l l o , a u n s i n s a b e r q u e se e q u i v o c a ; s i n e m b a r g o , h a s t a e n los m á s b a j o s p l a c e r e s , h a s t a e n el a g o t a m i e n t o d e l a v o l u p t u o s i d a d , t o d a v í a b u s ­ c a a D i o s ; a u n m á s : p o r lo p o s i t i v o d e su a c t o y lo q u e a ú n p u e d e t e n e r d e a n á l o g o c o n e l a m o r v e r d a d e r o , b u s c a a D i o s m i s m o e n é l , p a r a él. D e m o d o q u e , c o m o e r a d e e s p e r a r , p o r l o d e m á s , el f i n d e l a m o r h u m a n o es t a m b i é n s u c a u s a . E n e s a p e r s e c u c i ó n d e n u e s t r a p r o p i a f e l i c i d a d , D i o s se a l e j a y s i g u e d e l a n t e d e n o s o t r o s ; es a u n t i e m p o l o q u e d e s e a m o s y lo q u e h a c e q u e l o d e s e e m o s : praevenit, sustinet, implet; ipse facit ut desideres, ipse est quod desideras. E n ese s e n 3

3

S a n B E R N A R D O , De

diligendo

Deo,

cap. v n ; edic. citada, págs.

39-40.

EL

AMOR

Y

SU

265

OBJETO

t i d o , t o t a l m e n t e r a d i c a l , es c i e r t o d e c i r q u e l a c a u s a d e n u e s t r o a m o r d e D i o s es D i o s , p u e s é l c r e a n u e s t r o a m o r a l c r e a r n o s . P e r o si e s t o es v e r d a d , h a y q u e i r t o d a v í a m á s l e j o s , p u e s y a q u e e l a m o r es u n a b u s c a q u e q u i e r e l l e g a r a ser p o s e s i ó n , d e c i r q u e sin D i o s n o s e r í a m o s c a p a c e s d e a m a r a D i o s , es d e c i r q u e s i n É l n i s i q u i e r a s e r í a m o s c a p a c e s d e b u s c a r l o . D i o s q u i e r e , p u e s , q u e el h o m b r e l o p o s e a y a p o r el a m o r p a r a i n c i t a r l o a b u s c a r l e , y q u i e r e q u e e l h o m b r e lo b u s ­ q u e p o r el a m o r a f i n d e p o s e e r l e ; p u e d e b u s c á r s e l o y e n c o n t r á r s e l o ; l o q u e n o se p u e d e h a c e r es a n t i c i p á r s e l e : n a d i e p u e d e b u s c a r l o , a m e n o s q u e y a lo h a y a e n c o n t r a d o . Nerno te quaerere valet, nisi qui prius invenerit ; e s t a p a l a b r a , c u y o e c o se d e j a o í r e n u n a p á g i n a c é l e b r e d e P a s c a l , d a su s e n t i d o p r o p i o a l a n o c i ó n c r i s t i a n a d e l a m o r . 4

5

E n efecto, b a s t a con t r a n s p o n e r l a en t é r m i n o s metafísicos p a r a ver d e q u é i m p l i c a c i o n e s d o c t r i n a l e s e s t á c a r g a d a . E n el o r i g e n d e t o d o se h a l l a l a p a l a b r a d e S a n J u a n ( I , 4, 16) : Deus caritas est. A f i r m a r q u e D i o s e s c a r i d a d , n o es c o n t r a d e c i r q u e D i o s e s s e r ; m u y p o r l o c o n t r a r i o , es a f i r m a r l o p o r s e g u n d a v e z , p u e s l a c a r i d a d d e D i o s n o es s i n o l a g e n e r o s i d a d d e l S e r , c u y a p l e n i t u d s u p e r a b u n d a n t e se a m a e n sí m i s m o y e n s u s p a r t i c i p a c i o n e s p o s i b l e s . P o r e s o l a c r e a c i ó n es a l a v e z u n a c t o d e a m o r y u n a c t o c r e a d o r d e a m o r ; D i o s es l a c a u s a , et sicut ernissor et sicut progenitor, palabra que Santo Tomás d e A q u i n o c o m e n t a d i c i e n d o q u e D i o s es c a u s a d e l a m o r , e n q u e e n g e n d r a el a m o r e n sí y l o c a u s a e n l o s d e m á s s e r e s c o m o u n a i m a g e n y s e m e j a n z a d e sí m i s m o . S i e n d o el S e r , es el s o b e r a n o b i e n y el s o b e r a n o d e s e a b l e ; se q u i e r e , p u e s , y se a m a a sí m i s m o ; p e r o p u e s t o q u e e l b i e n q u e É l a m a n o es o t r o s i n o s u s e r , y p u e s t o q u e el a m o r p o r el c u a l a m a ese b i e n n o es s i n o s u v o l u n t a d , q u e es s u b s t a n c i a l m e n t e i d é n t i c a a s u s e r , D i o s es s u a m o r . A h o r a b i e n : e s e a m o r q u e D i o s e n g e n d r a e n sí, y q u e É l e s , l o c a u s a e n los d e m á s i m p r i m i é n ­ doles u n deseo d e su p r o p i a p e r f e c c i ó n a n á l o g o al a c t o e t e r n o p o r e l c u a l se a m a a sí m i s m o . P u e d e y d e b e d e c i r s e , p u e s , q u e m u e v e a sus c r i a t u r a s a q u e lo a m e n , p e r o a q u í , c o m o s i e m p r e e n u n a filo­ sofía c r i s t i a n a , la c a u s a m o t r i z p r i m e r a difiere d e l a d e Aristóteles e n u n a c a u s a c r e a d o r a . H a c e r s e a m a r d e o t r o es p o n e r l o e n m o v i ­ m i e n t o h a c i a sí, y c a u s a r m o v i m i e n t o , si q u i e n l o c a u s a es D i o s , es c r e a r . A s í , p u e s , es u n a s o l a y m i s m a c o s a d e c i r q u e D i o s es d i g n o d e s e r a m a d o , q u e m u e v e l o s s e r e s , q u e c a u s a el m o v i m i e n t o d e é s t o s h a c i a É l , o q u e c r e a e n e l l o s el a m o r p o r el c u a l l o a m a n : ad Deum autem pertinet quod moveat et causet motum in aliis; et ideo ad eum 4

" D i x i s u p r a c a u s a diligendi D e u m D e u s est; v e r u m dixi, n a m et efficiens et flnalis: ipse d a t occasionem, ipse c r e a t affectionem, d e s i d e r i u m ipse c o n s u m m a t . " Op. cit., p á g . 4 0 . S a n B E R N A R D O , op. cit., p á g . 4 1 . C f . P A S C A L , Pensées, L . B r u n s c h v i c g , e d i c . m i n o r , p á g . 5 7 6 : " C o n s u é l a t e ; n o m e b u s c a r í a s si n o m e h u b i e s e s e n c o n t r a d o " ; y p á g . 5 7 8 : " N o m e b u s c a r l a s si n o m e p o s e y e r a s " . 8

EL

ESPÍRITU

DE LA FILOSOFÍA

MEDIEVAL

pertinere videtur quod sit amabilis, in alus amorem creans . Ahora b i e n : e x p r e s a r s e así, ¿ q u é es sino decir lo m i s m o q u e y a h a b í a d i c h o S a n B e r n a r d o y q u e P a s c a l r e p e t i r í a : se p u e d e b u s c a r a D i o s y e n c o n t r a r l o , p e r o n o se p u e d e a n t i c i p a r s e a é l ? P a r a c o n f i r m a r sobre ese p u n t o l a u n i d a d d e l a t r a d i c i ó n cristiana, sólo n o s q u e d a p o r decir, e n t é r m i n o s metafísicos, q u e b u s c a r a D i o s es h a b e r l o e n c o n trado ya. 6

N a t u r a l m e n t e , nuestros metafísicos lo d i c e n : ¿ c ó m o p o d r í a n evitar esa consecuencia, p u e s t o q u e colocan nuestro a m o r d e Dios c o m o u n a p a r t i c i p a c i ó n d e Dios m i s m o ? E t e r n a m e n t e preexistente e n el s o b e r a n o bien, d e r r a m a n d o ese bien h a c i a las cosas p o r u n acto d e l i b r e g e n e r o s i d a d , e l a m o r v u e l v e a l b i e n q u e es s u o r i g e n . D e m o d o q u e a q u í n o se t r a t a d e u n a c o r r i e n t e q u e se a l e j a c a d a v e z m á s d e su f u e n t e , h a s t a q u e p o r ú l t i m o se p i e r d e . N a c i d o d e l a m o r , el universo c r e a d o está e n t e r a m e n t e p e n e t r a d o , m o v i d o , vivificado desde a d e n t r o , p o r el a n l o r q u e c i r c u l a e n él c o m o l a s a n g r e e n el c u e r p o q u e anima. H a y , pues, u n a circulación del amor, q u e parte d e Dios y a él v u e l v e : quaedam enim circulatio apparet in amore, secundum quod est de bono ad bonum . Si esto es así, n o se p u e d e evitar l a c o n c l u s i ó n d e q u e a m a r a D i o s es y a poseerlo, y p u e s t o q u e q u i e n lo b u s c a l o a m a , e l q u e l o b u s c a l o p o s e e . L a b u s c a d e D i o s e s e l a m o r d e D i o s e n n o s o t r o s ; p e r o e l a m o r d e D i o s e n n o s o t r o s es n u e s t r a p a r t i c i p a c i ó n f i n i t a a l a m o r i n f i n i t o p o r e l c u a l D i o s s e a m a a sí mismo. Arrastrados p o r la corriente del a m o r divino q u e nos penetra y p o r nosotros v u e l v e h a c i a su fuente, p o d e m o s decir c o n S a n A g u s t í n q u e a m a r a D i o s es l l e v a r l o c o n s i g o . 7

E s t a n u e v a m e t a f í s i c a d e l a m o r , e n t e r a m e n t e f u n d a d a e n l a filosofía d e l s e r , p l a n t e a b a p r o b l e m a s i g u a l m e n t e n u e v o s r e f e r e n t e s a l a naturaleza, a la psicología m i s m a del a m o r h u m a n o . L a discusión d e las d i f i c u l t a d e s así m o v i d a s es d e t a n t a i m p o r t a n c i a p a r a l a h i s toria d e l p e n s a m i e n t o y d e las l i t e r a t u r a s m e d i e v a l e s , q u e es necesario definir su sentido y extraer el e l e m e n t o d e n o v e d a d i m p l i c a d o e n la solución d e dichos problemas. M i e n t r a s n o s m a n t e n e m o s e n el p l a n o d e l h o m b r e y d e sus relaciones c o n bienes finitos, n o h a y p r o b l e m a metafísico del a m o r q u e resolver. C i e r t a m e n t e t r o p e z a m o s c o n u n p r o b l e m a m o r a l d e g r a n i m p o r t a n c i a : el h e c h o m i s m o d e l deseo h u m a n o y d e su insaciabilid a d radical. D e s d e este p u n t o d e vista, las m o r a l e s griegas p u e d e n ser c o n s i d e r a d a s c o m o otros t a n t o s esfuerzos p o r p a l i a r u n m a l inevitable y h a c e r q u e sus consecuencias sean lo m e n o s nocivas posible, sin a b r i g a r n i n g u n a e s p e r a n z a d e s u p r i m i r l o ; c u a l q u i e r a s e a la v í a p o r la cual n o s conducen, todas t e r m i n a n en u n acto d e resignación. S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , In lib. de Divinis edic. M a n d o n n e t , t. I I , p á g . 4 0 0 . 6

7

Santo

TOMÁS

DE AQUINO,

op.

cit.,

págs.

nominibus, 402-403,

lect. X I ; e n

Opuscula,

EL

AMOR

Y

S U

267

OBJETO

L a d i f i c u l t a d c o n q u e t r o p i e z a n es l a d e s a b e r q u é se d e b e a m a r . E n c u a n t o a l p r o b l e m a d e l o q u e es e l a c t o m i s m o d e a m a r , y l a r e l a c i ó n d e ese a c t o a s u o b j e t o , n o o c u l t a p a r a ellos n i n g ú n m i s t e r i o . T o d o l o q u e e s , es b u e n o ; t o d o l o q u e e s b u e n o , e s d e s e a b l e ; si conseguimos d e t e r m i n a r , e n t r e l a s cosas deseables, cuáles debemos desear p o r su m a y o r utilidad, h a b r e m o s d i c h o casi t o d o lo q u e sobre la cuestión p u e d e decirse. Pero n o o c u r r e lo m i s m o t r a t á n d o s e d e u n p e n s a d o r c r i s t i a n o , p u e s n o le es m u y difícil s a b e r q u é d e b e a m a r ; m a s s e p r e g u n t a c o n s t a n t e m e n t e , y n o s i n a n g u s t i a , si e s p o s i b l e a m a r l o y q u é es a m a r l o . E n s e m e j a n t e s i s t e m a , l a c u e s t i ó n difícil es, p u e s , l a n a t u r a l e z a m i s m a d e l a m o r , y p o r c o n s i g u i e n t e n o p u e d e a s o m b r a r q u e ese p r o b l e m a ofreciera al p e n s a m i e n t o m e d i e v a l u n a d e las m e j o r e s o p o r t u n i d a d e s q u e se le p r e s e n t a r a n p a r a p r o b a r su originalidad. D e s d e e l m o m e n t o e n q u e se p l a n t e a a D i o s c o m o e l S e r a b s o l u t o , se p l a n t e a u n B i e n a b s o l u t o , y c o m o el b i e n es el o b j e t o d e l a m o r , p o r eso m i s m o nos vemos llevados a p l a n t e a r u n a m o r absoluto. H a s t a es e l g r a n m a n d a m i e n t o . Y p l a n t e a r l o es s a l i r d e l c u a d r o d e l a filosofía g r i e g a , c o n el r i e s g o , d e s d e l u e g o , d e c a e r e n dificul­ tades q u e ni P l a t ó n n i Aristóteles conocieron. U n ser finito desea bie­ n e s f i n i t o s ; u n s e r r e l a t i v o d e s e a b i e n e s r e l a t i v o s ; es m u y f á c i l e x p l i ­ c a r su a c t i t u d . F a l t á n d o l e lo q u e le es n e c e s a r i o p a r a m a n t e n e r s e e n e l s e r , o p a r a p e r f e c c i o n a r s e , l o d e s e a , y l o d e s e a p a r a sí m i s m o . E n e s t e s e n t i d o , t o d o a m o r h u m a n o es e s p o n t á n e a m e n t e , n o r m a l m e n t e , u n a m o r m á s o m e n o s i n t e r e s a d o . N o es q u e el p e n s a m i e n t o g r i e g o ignorara c u á n t o desinterés exige la v e r d a d e r a a m i s t a d ; basta c o n recordar a Aristóteles p a r a n o caer e n ese error; pero Aristóteles mismo n o pensó en eliminar todo a m o r d e concupiscencia en prove­ cho del a m o r d e amistad. E l h o m b r e griego n u n c a tiene c o n sus d i o 8

8

" E t n u n c I s r a e l , q u i d D o m i n u s D e u s p e t i t a t e , nisi u t t i m e a s D o m i n u m D e u m T u u m , e t a m b u l e s i n viis e j u s , e t diligas e u m , a c servias D o m i n o D e o t u o i n t o t o c o r d e t u o , e t i n t o t a a n i m a t u a . " Deut., X , 1 2 - 1 3 . C f . Josué, X X I I , 5 . " D i l i g e s a m i c u m t u u m s i c u t t e i p s u m . E g o D o m i n u s . " Levit., X I X , 1 8 . E l h e c h o de q u e sea el Evangelio el q u e vincula el g r a n m a n d a m i e n t o al monoteísmo judío n o hace m á s q u e p o n e r e n evidencia la necesidad d e ese vínculo: M A R C O S , X I I , 2 8 - 3 1 . L a vinculación n o está e f e c t u a d a ni e n M A T . , X X I I , 3 7 - 3 9 , n i e n L U C A S , X , 2 7 . " H a e c e n i m r e g u l a d i l e c t i o n i s d i v i n i t u s c o n s t i t u t a e s t : "Diliges,

i n q u i t , proximum tuum sicut teipsum; Deum anima et ex tota mente (Levit,, 1 9 , 1 8 ; Deut.,

vero 6, 5 ;

ex toto corde, et ex tota Mat., 2 2 , 3 7 - 3 9 ) : u t o m n e s

cogitationes tuas et o m n e m v i t a m et o m n e m intellectum in illum conferas, a q u o

h a b e s e a i p s a q u a e c o n f e r s . C u m a u t e m a i t , toto corde,

tota anima,

tota

mente,

nullam vitae nostrae p a r t e m reliquit, q u a e vacare debeat e t quasi locum daré u t alia se velit frui: sed q u i d q u i d a l i u d d i l i g e n d u m venerit i n a n i m u m , illuc r a p i a t u r , q u o t o t u s d i l e c t i o n i s Í m p e t u s c u r r i t . " S a n A G U S T Í N , De doctr. chris-

tiana, I , 2 2 , 2 1 ; Patr. lat., t . 3 4 , c o l . 2 7 (cf. P s e u d o - A G U s - r Í N , De contritione cordis, Í - 2 ; Patr. lat., t . 4 0 , c o l . 9 4 4 ) . " T o t u m e x i g i t t e q u i f e c i t t e . " Sermo 34, 4 , 7 ; Patr. lat., t . 3 8 , c o l . 2 1 2 ( c f . Introduction a Velude de saint Augustin, págs.

173-174).

268

EL

ESPÍRITU

DE

LA.

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

ses s i n o u n a d e u d a f i n i t a . L a s c o s a s c a m b i a n d e s d e e l m o m e n t o e n q u e se a d m i t e la e x i s t e n c i a d e u n b i e n a b s o l u t o tal c o m o lo d e f i n e el C r i s t i a n i s m o . E l d e s e o h u m a n o se h a l l a e n t o n c e s e n p r e s e n c i a d e u n o b j e t o t a l q u e es i m p o s i b l e d e s e a r l o c o n m i r a s a c u a l q u i e r o t r a c o s a q u e n o s e a él. D e m o d o q u e el h o m b r e c r i s t i a n o v a a e n c o n t r a r s e u n a vez m á s e n t r e los t é r m i n o s d e la m i s m a a l t e r n a t i v a , cjue s i e m p r e p l a n t e a n l a s r e l a c i o n e s d e los s e r e s a l S e r ; l a ú n i c a d i f e r e n c i a e s t á e n q u e e n v e z d e e n c o n t r a r l a e n el t e r r e n o d e l a existencia, d e la causalidad o del conocimiento, a q u í está frente a e l l a e n e l t e r r e n o d e l a m o r ; y e n é s t e es p a r t i c u l a r m e n t e t e m i b l e . P u e s t o q u e el h o m b r e t i e n e u n a v o l u n t a d , d e s e a e l b i e n , es d e c i r , n a t u r a l m e n t e , l o q u e es el b i e n p a r a é l : s u b i e n . P o r o t r a p a r t e , . n i n g ú n f i l ó s o f o c r i s t i a n o p u e d e o l v i d a r q u e t o d o a m o r h u m a n o es u n a m o r d e D i o s q u e se i g n o r a ; a ú n m á s : c o m o a c a b a m o s d e m o s t r a r , t o d o a m o r h u m a n o es e n n o s o t r o s u n a p a r t i c i p a c i ó n a n a l ó g i c a d e l a m o r d e D i o s p o r sí m i s m o . A h o r a b i e n : e n v i r t u d d e s u p r o p i a p e r f e c c i ó n , D i o s n o se a m a s i n o e n v i s t a d e sí m i s m o ; d e m o d o q u e m i e n t r a s a m a m o s , n o sólo las d e m á s cosas, s i n o a D i o s m i s m o , e n v i s t a d e n o s o t r o s , n u e s t r o a m o r es i n f i e l a s u v e r d a d e r a e s e n c i a . P a r a a m a r c o m o es d e b i d o , h a y q u e a m a r p r i m e r a m e n t e t o d a s l a s cosas p o r D i o s , c o m o Él las a m a ; y l u e g o , a m a r a D i o s p o r É l m i s m o , c o m o É l se a m a . L a d i f i c u l t a d c o n s i s t e p r e c i s a m e n t e e n q u e n o es i n m e d i a t a m e n t e e v i d e n t e q u e e s a e x i g e n c i a n o s e a e n sí c o n t r a d i c t o ria. E l a m o r q u e u n ser finito e x p e r i m e n t a p o r su b i e n es, y p a r e c e q u e n o p u e d e d e j a r d e s e r l o , i n t e r e s a d o ; ¿ q u é h a r á si se le e x i g e u n a m o r d e s i n t e r e s a d o ? N a d a t a n s e n c i l l o c o m o q u e D i o s se a m e p o r su p r o p i a p e r f e c c i ó n ; p u e s t o q u e su p e r f e c c i ó n n o le d e j a m á s n a d a p o r a d q u i r i r , p u e d e g o z a r d e ella sin p o d e r l a c o m p l e t a r ; p e r o , ¿ n o es l a i m p o s i b i l i d a d m i s m a , q u e el h o m b r e , a q u i e n t a n t a s c o s a s f a l t a n , y m á s q u e n a d a le f a l t a D i o s , p u e d a y a u n d e b a a m a r s u b i e n s u p r e m o d e m o d o distinto al d e u n bien p o r a d q u i r i r ? A h í está, e n t o d a s u a g u d e z a , el p r o b l e m a c r i s t i a n o d e l a m o r : u n a p a r t i c i p a ción esencialmente interesada d e u n a m o r esencialmente desinteresado, q u e d e b e llegar a ser d e s i n t e r e s a d a p a r a realizar su p r o p i a esencia y n o p u e d e t r a t a r d e p e r f e c c i o n a r l a sin destruirla. ¿ C ó m o salir d e esta d i f i c u l t a d ? V o l v i e n d o u n a v e z m á s a los p r i n c i p i o s . E l t é r m i n o d e l a b u s c a es u n a c t o d e a m o r p o r el q u e el h o m b r e a m a r á a D i o s c o m o D i o s se a m a . P o r c o n s i g u i e n t e , p u e d e d e c i r s e u n a v e z m á s q u e el p r o b l e m a s e r á p o r s i e m p r e i n s o l u b l e , o q u e y a e s t á r e s u e l t o . S i el a m o r d e D i o s n o e s t u v i e r a e n n o s o t r o s , j a m á s conseguiríamos p o n e r l o en nosotros. P e r o sabemos q u e está, puesto que somos esencialmente amores de Dios creados y q u e c a d a uno de nuestros actos, c a d a u n a de nuestras operaciones, están espontán e a m e n t e o r i e n t a d o s h a c i a el s e r q u e e s s u f i n a s í c o m o es s u o r i g e n . L a c u e s t i ó n , p u e s , y a n o es s a b e r c ó m o a d q u i r i r el a m o r d e D i o s ,

EL

AMOR

Y

S U

269

OBJETO

sino m á s b i e n l l e v a r ese a m o r d e D i o s a q u e t o m e c o n o c i m i e n t o d e sí m i s m o , d e s u o b j e t o , y d e l a m a n e r a e n q u e d e b e c o m p o r t a r s e r e s p e c t o d e ese o b j e t o . E n e s t e s e n t i d o , p o d e m o s d e c i r q u e l a ú n i c a d i f i c u l t a d p o r r e s o l v e r es l a d e l a e d u c a c i ó n , o, si se q u i e r e , d e l a r e e d u c a c i ó n p o r el a m o r . T o d o el esfuerzo d e la m í s t i c a cisterciense se d i r i g i ó , p u e s , a e s t e p u n t o p r e c i s o , y e r a e n v e r d a d el p u n t o c e n tral del d e b a t e : ¿ h a y u n c a m i n o q u e p u e d a c o n d u c i r al h o m b r e a q u e c o n t i n ú e a m á n d o s e a sí m i s m o a u n n o a m a n d o a D i o s s i n o p o r D i o s ? E l primer p u n t o q u e h a d e a c l a r a r s e , p a r a r e s o l v e r e s e p r o b l e m a , se r e l a c i o n a c o n l a n o c i ó n m i s m a d e l a m o r . ¿ E s a b s o l u t a m e n t e s e g u r o q u e t o d o a m o r d e s i n t e r e s a d o sea i m p o s i b l e ? ¿ N o sería m u c h o m á s cierto decir p o r lo c o n t r a r i o , q u e , p a r a ser u n a m o r v e r d a d e r o , t o d o a m o r d e b e s e r d e s i n t e r e s a d o ? L o q u e n o s o c u l t a el s e n t i d o a u t é n t i c o d e l v o c a b l o a m o r , es q u e s i e m p r e l o c o n f u n d i m o s m á s o m e n o s c o n el d e s e o p u r o y s i m p l e . A h o r a b i e n : es e v i d e n t e q u e c a s i todos nuestros deseos son i n t e r e s a d o s ; p e r o nos e x p r e s a m o s m a l diciend o q u e se a m a u n a c o s a c u a n d o se l a d e s e a . p a r a sí m i s m o ; l o q u e e n e s e c a s o s e a m a es u n o m i s m o , y l o d e m á s n o se . q u i e r e s i n o p a r a sí. L u e g o a m a r es c o s a m u y d i s t i n t a ; es q u e r e r u n o b j e t o p o r é l m i s m o , g o z a r d e s u b e l l e z a y d e s u b o n d a d p o r sí m i s m a s , s i n r e l a c i o n a r l a s c o n n a d a q u e n o s e a él. T o m a d o e n sí, s e m e j a n t e s e n t i m i e n t o e s t á i g u a l m e n t e a l e j a d o d e los e x c e s o s o p u e s t o s d e l u t i l i t a r i s m o y d e l q u i e t i s m o . E l a m o r n o a m a c o n m i r a s a u n a r e c o m p e n s a , p u e s t o q u e e n t o n c e s , p o r el m i s m o h e c h o , d e j a r í a d e s e r e l a m o r ; p e r o t a m p o c o se l e d e b e p e d i r q u e a m e r e n u n c i a n d o a la d i c h a q u e le d a la posesión d e su o b j e t o , p u e s e s a d i c h a le es c o e s e n c i a l ; si r e n u n c i a r a a l a d i c h a q u e le a c o m p a ñ a , el a m o r a c e p t a r í a d e j a r d e s e r e l a m o r . T o d o a m o r v e r d a d e r o es, pues, a u n tiempo desinteresado y recompensado; digamos más: s ó l o si es d e s i n t e r e s a d o p u e d e s e r r e c o m p e n s a d o , p u e s t o q u e el d e s i n t e r é s es s u e s e n c i a m i s m a . Q u i e n n o b u s c a e n el a m o r m á s p r e m i o q u e el a m o r , r e c i b e la d i c h a q u e éste d a ; q u i e n b u s c a e n el a m o r o t r a c o s a q u e el a m o r , p i e r d e a l a v e z el a m o r y l a d i c h a q u e é s t e d a . E l a m o r s ó l o p u e d e e x i s t i r , p u e s , si n o p i d e s a l a r i o , p e r o le b a s t a ser p a r a q u e sea p a g a d o . L a n o c i ó n d e u n a m o r a la p a r d e s i n t e r e sado y r e c o m p e n s a d o n o implica, p u e s , n i n g u n a contradicción, sino m u y p o r l o c o n t r a r i o ; "sin e m b a r g o , l a d i f i c u l t a d q u e n o s d e t e n í a no h a desaparecido todavía. El h o m b r e quizá p u d i e r a a m a r a Dios c o n d e s i n t e r e s a d o a m o r si p u d i e r a a m a r a D i o s o l v i d á n d o s e d e sí m i s m o ; p e r o l a c u e s t i ó n e s t á e n s a b e r si p u e d e o l v i d a r s e d e sí m i s m o , es d e c i r , si e n l a n e c e s i d a d e n q u e se h a l l a d e a t e n d e r p r i m e r o a s u s p r o p i a s n e c e s i d a d e s , l e es p o s i b l e d e s p r e n d e r s e c o m p l e t a m e n t e d e sí p a r a e n t r e g a r s e c o m p l e t a m e n t e a D i o s . 9

9

San

BERNARDO,

De diligencio

Deo,

cap. v n ;

edic. citada, págs.

32-34.

270

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

S e m e j a n t e c o n v e r s i ó n , e n el s e n t i d o f u e r t e y p r i m i t i v o d e l t é r m i n o , n o p u e d e c i e r t a m e n t e e f e c t u a r s e e n el p l a n o d e l a n a t u r a l e z a sola, y p o r c o n s i g u i e n t e n o d e p e n d e d e l o r d e n filosófico; p e r o es m e n e s t e r , p o r l o m e n o s , q u e l a n a t u r a l e z a s e a c a p a z d e s u f r i r l a y q u e l a filosofía n o s m u e s t r e e n q u é s e n t i d o es s u s c e p t i b l e d e p r e s t a r s e a ello. A h o r a b i e n : sobre ese p u n t o , fueren cuales fueren las diferencias q u e separan a la escuela cisterciense d e la escuela tomista, d e b e m o s comp r o b a r b a j o l a d i v e r g e n c i a d e los m é t o d o s y d e las t é c n i c a s u n a p r o f u n d a u n i d a d d e inspiración. Y a h e m o s visto q u e S a n B e r n a r d o y G u i l l e r m o d e S a i n t - T h i e r r y e n s e ñ a n q u e el h o m b r e se a m a e n p r i m e r l u g a r n e c e s a r i a m e n t e a sí m i s m o y q u e s ó l o p r o g r e s i v a m e n t e s e eleva al a m o r d e D i o s ; p e r o al m i s m o tiempo hicimos n o t a r q u e en eso n o h a y m á s q u e u n e s t a d o d e h e c h o , c o n s e c u e n c i a d e l a d e s v i a c i ó n i m p u e s t a p o r el p e c a d o o r i g i n a l a n u e s t r a s i n c l i n a c i o n e s n a t u r a l e s . D e s u y o , t a l c u a l s u c r e a d o r l o q u i s o , el h o m b r e a m a b a e s p o n t á n e a m e n t e a D i o s . m á s q u e a sí m i s m o , y p o r e s o u n a r e e d u c a c i ó n , u n e n d e r e z a m i e n t o del a m o r h u m a n o p a r a volverlo a su objeto n a t u r a l s o n c o s a s posibles. N o d e b e e x t r a ñ a r n o s , p u e s , q u e los m a e s tros cistercienses d i g a n q u e , a p e s a r d e la desviación d e nuestro a m o r viciado, su objeto p r o p i o sigue siendo la perfección del bien d i v i n o . I n v e r s a m e n t e , S a n t o T o m á s d e A q u i n o n o i g n o r a q u e el a m o r h u m a n o se a p a r t a d e m a s i a d o a m e n u d o h a c i a o b j e t o s i n d i g n o s d e su n a t u r a l e z a ; s a b e q u e d e h e c h o el h o m b r e c a í d o e n d e s g r a c i a se p r e f i e r e e s p o n t á n e a m e n t e a D i o s , p u e s t o q u e é s a es s u p é r d i d a d e la gracia divina, p e r o n o p o r eso deja d e recordar q u e t o d o a m o r c r e a d o es u n a p a r t i c i p a c i ó n d e l a m o r i n c r e a d o , lo q u e s u p o n e l a i d e n t i d a d d e su objeto. L a s dos posiciones clásicas d e l p r o b l e m a son, pues, substancialm e n t e la m i s m a , o, p o r m e j o r decir, n o h a c e n , sino u n a . Antes d e la c a í d a , el h o m b r e s a b e n a t u r a l m e n t e q u e d e b e a m a r a D i o s y c ó m o debe a m a r l o ; después d e la caída lo h a olvidado y d e b e aprenderlo d e n u e v o : " A m o r e r g o , u t d i c t u m est, a b a u c t o r e n a t u r a e n a t u r a l i tcr est a n i m a e h u m a n a e inditus, sed p o s t q u a m legem D e i amisit, a b h o m i n e est d o c e n d u s " . H e ahí p o r q u é Guillermo de Saint-Thierry q u i e r e e x p u l s a r a O v i d i o , ese m a l m a e s t r o , y e n c a r r i l a r el a m o r h u m a n o h a c i a D i o s c o m o h a c i a su objeto n a t u r a l . T o m a n d o la exp r e s i ó n d e u n a n t i g u o a u t o r , q u i e r e e s c r i b i r u n Anti Naso. N o o t r a es l a d o c t r i n a d e S a n t o T o m á s d e A q u i n o . P a r a é l , c o m o p a r a l o s c i s t e r c i e n s e s , e s n a t u r a l q u e e l h o m b r e a m e a D i o s m á s q u e a sí m i s m o . E s e a m o r p o r el c u a l el h o m b r e p r e f i e r e a D i o s p o r s o b r e t o d o l o d e m á s n o es t o d a v í a l a c a r i d a d : es l a d i l e c c i ó n n a t u r a l q u e la c a r i d a d p e r f e c c i o n a r á y a c a b a r á . S u p o n e r lo c o n t r a r i o , a d m i t i r 1 0

1

0

GUILLERMO

DE SAINT-THIERKY,

lat., i. 1 8 4 , c o l . 3 8 2 .

De natura

et dignitate

amoris,

I, 2 ;

Patr.

EL

que

el

que

una

hombre

el

la

naturaleza

y

para

después

a

llevarla

para

amar

nuestra

a

su a

Dios

i n c a p a z sin u n a hacia por de

su

amar

será

El

1

1

2

Dios

entre

problema las

niendo 1

a

por

a

sobre

.

El

el

amor

está

otra

lejos

de

parecen dos

.

Si

las

único

todas la

natural

1

las

Dios,

y

sería de

no

es,

que

la

aún

a

nos

queda

esta

de

que

tratamos

el

amor

natural

ser

sencillo.

del

Hasta

es

uno

amontonadas amor

a

ser

oriente

antinomia,

concepciones

a

y la

sí m i s m o

sido

porque

es n a t u r a l m e n t e

Responder

vez

gracia

llegado

a

haber

sobre en

pues,

ha

d e sus h e r i d a s

y

admitir

Dios

necesitamos

problema

admitir perversa,

naturaleza

porque

el h o m b r e cosas.

más:

la

cosas, sino

sería

natural

amor

a

hoy

la cure

qué

el

destruir 1

a

aún

alma

incapaz,

por

definitivamente

dificultades una

saber

2

el

debe

que primero 1

que

tiempo

naturaleza;

todas

suyo

más

en

271

OBJETO

mismo

perfección

sobre

objeto

es, p u e s ,

remover

brarnos,

que

verdadero

resolver

de

de

gracia

la

gracia

por sea

S U

al

triunfar

la

punto

naturaleza

ser

contra

hacer

sí m i s m o ,

Y

naturalmente

puede

amor

de

ama

propensión

según que,

se

AMOR

de

de a

li-

Dios.

esos

gusto,

esencialmente

capaz

cuestión

en opo-

irreduc-

" Q u i a igitur b o n u m universale e s t ipse D e u s , e t s u b h o c b o n o c o n t i n e t u r etiam ángelus, et homo, et omnis creatura, quia omnis creatura, naturaliter, s e c u n d u m id q u o d est, D e i e s t : sequitur q u o d , naturali dilectione, etiam ángelus e t h o m o p l u s e t p r i n c i p a l i u s d i l i g a t D e u m q u a m s e i p s u m . A l i o q u i n , si n a t u r a l i t e r p l u s s e i p s u m diligeret q u a m D e u m , s e q u e r e t u r q u o d n a t u r a l i s dilectio esset p e r versa et q u o d n o n perficeretur p e r c a r i t a t e m , sed destrueretur." Santo TOMÁS DE A Q U I N O , Sum. theol., I , 6 0 , 5 , R e s p . C f . Ibid., a d 1 ™ . " U n d e h o m o i n statu n a t u r a e i n t e g r a e dilectionem sui ipsius referebat a d a m o r e m D e i sicut a d finem, et similiter dilectionem o m n i u m aliarum r e r u m . Et ita D e u m diligebat plus q u a m seipsum et super omnia. Sed, in statu naturae c o r r u p t a e , h o m o a b h o c déficit s e c u n d u m a p p e t i t u m voluntatis rationalis, q u a e p r o p t e r c o r r u p t i o n e m n a t u r a e , s e q u i t u r b o n u m p r i v a t u m , nisi s a n e t u r p e r g r a t i a m D e i . E t ideo d i c e n d u m est q u o d h o m o , in statu n a t u r a e integrae, n o n indigebat dono gratiae superadditae naturalibus bonis, a d diligendum Deum n a t u r a l i t e r super o m n i a , licet indigeret auxilio D e i a d h o c e u m moventis. S e d in statu naturae corruptae, indiget h o m o , etiam a d hoc, auxilio gratiae n a t u r a m s a n a n t i s . " S a n t o T O M Á S DE A Q U I N O , Sum. theol., I - II *, 1 0 9 ,3, R e s p . Así, p r i m i t i v a m e n t e , el h o m b r e e r a n a t u r a l m e n t e capaz d e a m a r a Dios p o r sobre t o d o ; el ú n i c o socorro d i v i n o q u e e n t o n c e s n e c e s i t a b a e r a u n a m o c i ó n d i v i n a ejerciéndose sobre su naturaleza. L u e g o d e la caída, p o r lo contrario, p r i m e r o es m e n e s t e r q u e l a g r a c i a c u r e n u e s t r a n a t u r a l e z a , p a r a q u e é s t a p u e d a r e c i b i r l a a y u d a d e l a m o c i ó n d i v i n a . D e m o d o q u e e n lo sucesivo y a n o es m á s n u e s t r a n a t u r a l e z a s i m p l e m e n t e l a q u e p u e d e a m a r a Dios p o r sobre todas las cosas, sino n u e s t r a n a t u r a l e z a r e s t a u r a d a p o r l a gracia. R e s p e c t o d e lo q u e la c a r i d a d a g r e g a a l a m o r n a t u r a l d e D i o s p o r s o b r e t o d a s l a s c o s a s , v é a s e loe. cit., a d 1 ° ' . N u e s t r o a m o r n a t u r a l d e D i o s p o r s o b r e t o d a s l a s cosas se d i r i g e a D i o s t a l c o m o lo conocemos n a t u r a l m e n t e ; a h o r a b i e n : nuestro conocimiento natural lo a l c a n z a c o m o p r i m e r p r i n c i p i o y fin ú l t i m o d e l u n i v e r s o ; d e m o d o q u e c o m o t a l l o p r e f e r i m o s a t o d o lo d e m á s . A l r e v e l a r n o s q u e D i o s es el o b j e t o ú l t i m o d e n u e s t r a b i e n a v e n t u r a n z a , l a fe n o s p e r m i t e e n lo sucesivo q u e lo a m e m o s c o m o tal; el a m o r d e Dios c o m o objeto d e u n conocimiento beatificante posible y " s e c u n d u m q u o d h o m o h a b e t q u a m d a m societatem spiritualem c u m D e o " es just a m e n t e lo q u e l a c a r i d a d a ñ a d e a l a n a t u r a l e z a sobre ese p u n t o . a

íiJ-2

E L ESPÍRITU

DE L A FILOSOFÍA

MEDIEVAL

t i b i e s : e l a m o r físico y e l a m o r extático. Por u n a parte, un amor concebido a la m a n e r a greco-tomista, f u n d a d o en la inclinación n a t u r a l y n e c e s a r i a d e los seres a b u s c a r a n t e t o d o s u p r o p i o bien. P a r a q u i e n d e c l a r a s e g u i r e s t a c o n c e p c i ó n física, h a y identidad fun­ d a m e n t a l e n t r e e l a m o r a sí m i s m o y e l a m o r a D i o s , c o m o si e n r e a l i d a d fuese u n a sola y m i s m a cosa a m a r s e y a m a r a Dios, a m a r a D i o s y a m a r s e . L a c o n c e p c i ó n extática, p o r lo contrario, postularía el o l v i d o d e s í m i s m o c o m o c o n d i c i ó n n e c e s a r i a d e t o d o a m o r v e r d a ­ d e r o , d e a q u e l q u e c o l o c a l i t e r a l m e n t e a l s u j e t o " f u e r a d e sí m i s m o " y libera e n nosotros el a m o r p o r los d e m á s d e todas las a t a d u r a s q u e p a r e c e n unirlo a nuestras propensiones egoístas . E n realidad, cuan­ d o n o s referimos a los textos d e los m a e s t r o s d e l p e n s a m i e n t o m e d i e ­ val, n o es fácil d e s c u b r i r e n ellos u n a distinción t a n n e t a . Si sufrieron de esa contradicción interna, seguramente fué sin tener conciencia d e e l l o , y a u n p o d e m o s p r e g u n t a r n o s s i , e n lo m á s r e c ó n d i t o d e s u p e n ­ samiento, n o h a n negado constantemente su legitimidad. 1 3

L a r a z ó n p o r l a c u a l h a n p o d i d o e q u i v o c a r s e sobre eso es el error, hoy b a s t a n t e c o m ú n , sobre lo q u e al principio n o e r a sino u n a m e t á ­ f o r a , e l p r i m e r m o m e n t o d e u n a manuductio, y q u e demasiado a m e n u d o se h a i n t e r p r e t a d o c o n u n a literalidad desconsoladora. C u a n ­ d o q u i e r e h a c e r n o s c o m p r e n d e r p o r q u é el h o m b r e a m a n a t u r a l m e n t e a Dios p o r sobre todas las cosas, S a n t o T o m á s d e A q u i n o r e c u e r d a p o r l o g e n e r a l q u e si e l h o m b r e a m a n a t u r a l m e n t e s u p r o p i o b i e n , p o r eso m i s m o d e b e n e c e s a r i a m e n t e a m a r aquello sin lo c u a l su p r o ­ p i o bien sería imposible. A ú n m á s : t o d a cosa n a t u r a l d e p e n d e d e o t r a . D e m o d o q u e si p o r estar d o t a d a d e intelecto c o n o c e su d e p e n ­ dencia, n o p u e d e dejar d e preferir aquello d e lo cual d e p e n d e , antes q u e a sí m i s m a q u e es d e p e n d i e n t e , p u e s t o q u e a q u e l l o d e l o c u a l d e p e n d e es l a c o n d i c i ó n n e c e s a r i a d e su existencia. P o r e s o , v e r b i g r a ­ cia, v e m o s a la p a r t e e x p o n e r s e e s p o n t á n e a m e n t e al peligro p a r a a s e g u r a r l a c o n s e r v a c i ó n d e l t o d o . C u a n d o el c u e r p o está a m e n a z a d o , la m a n o v a al e n c u e n t r o d e l c u e r p o q u e lo a m e n a z a , p o r u n m o ­ v i m i e n t o n a t u r a l al q u e n o p r e c e d e n i n g u n a deliberación. E n efecto, t o d o o c u r r e c o m o si l a m a n o s u p i e r a q u e , p u e s n o p u e d e s u b s i s t i r separada del cuerpo d e q u e forma parte, defender ese cuerpo equi­ v a l e a d e f e n d e r s e a sí m i s m a . D e a h í l a f a m o s a d o c t r i n a l l a m a d a d e l a m o r físico, e n q u e l a r e l a c i ó n d e l b i e n d i v i n o a l b i e n h u m a n o 1 4

A q u í r e s u m o l i b r e m e n t e l a p o s i c i ó n d e R O U S S E L O T , Pour l'histoire de l'amour au moyen age ( C l . B a e u m k e r - B e i t r a g e , V I , 6 ) , M ü n s t e r , A s c h e n d o r f , 1 9 0 8 , p á g s . 1-6. P a r a l o q u e s e r e f i e r e a l a p o s i c i ó n t o m i s t a d e l p r o b l e m a , c o n s ú l t e s e s o b r e t o d o e l e x c e l e n t e t r a b a j o d e l P . H . D . S I M O N I N , Autour de la 1

3

solution téraire

thorniste du

moyen

du prabléme age,

VI

de l'amour,

(1931),

París,

e n Archives J. Vrin,

d'hist.

t i c u l a r m e n t e e l c a p . n i : La similitude cause de l'amour. S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , Sum. theol., I , 6 0 , 5 , R e s p . 1

4

doctrínale

1932, págs.

174-276;

et litpar­

EL

AMOR

Y

SU

OBJETO

273

se n o s r e p r e s e n t a c o m o l a d e l t o d o a l a p a r t e . S i e l h o m b r e a m a n a t u r a l m e n t e a Dios m á s q u e a t o d a o t r a cosa, y e n p r i m e r lugar m á s q u e a sí m i s m o , ¿ n o es s e n c i l l a m e n t e p o r q u e D i o s es e l b i e n u n i v e r s a l , e n e l c u a l t o d o o t r o b i e n p a r t i c u l a r se h a l l a c o n t e n i d o , d e l q u e el h o m b r e d e p e n d e e n s u e x i s t e n c i a , y q u e é s t e p r e f i e r e e s p o n t á n e a m e n t e a n t e s q u e a sí m i s m o c o m o l a c o n d i c i ó n n e c e s a r i a de su p r o p i a existencia y de su p r o p i a perfección? Algo h a y d e cierto en esta i n t e r p r e t a c i ó n d e la d o c t r i n a tomista d e l a m o r , p e r o e s e a l g o c o r r e el p e l i g r o d e v e r s e c o r r o m p i d o p o r o t r a c o s a q u e n o e s c i e r t a . L a m a n o es v e r d a d e r a y l i t e r a l m e n t e u n a p a r t e d e l c u e r p o ; d e m o d o q u e es m u y c i e r t o d e c i r q u e e n e s t e c a s o l a r e l a c i ó n d e l b i e n p a r t i c u l a r a l b i e n g e n e r a l es l a d e l a p a r t e a l t o d o ; p e r o e n c u a n t o nos c o l o c a m o s p o r e n c i m a d e este e j e m p l o b i o l ó g i c o p a r a l l e g a r a l n i v e l s o c i o l ó g i c o , es i m p o s i b l e a t e n e r s e a l a m i s m a f ó r m u l a s i n c o r r e r e l riesgo d e c a e r e n u n a g r o s e r a s i m p l i f i c a c i ó n . E l i n d i v i d u o es c i e r t a m e n t e u n a p a r t e d e e s e t o d o q u e se l l a m a C i u d a d , p e r o n o f o r m a p a r t e d e ella e n el m i s m o s e n t i d o e n q u e la m a n o f o r m a p a r t e d e l c u e r p o ; n o es u n a p a r t e n a t u r a l d e e l l a , y p o r e s o , si s e e x p o n e e n b i e n d e l a c i u d a d , y a n o l o h a c e e n v i r tud de u n a inclinación natural, sino como consecuencia de u n a decisión d e su r a z ó n . C o n o c i e n d o y j u z g a n d o el g é n e r o d e d e p e n d e n c i a q u e l o v i n c u l a a l a c i u d a d , d e c i d e q u e é s t a es p r e f e r i b l e p a r a él y s e e x p o n e l i b r e m e n t e p o r ella. Si l u e g o nos e l e v a m o s al p l a n o m á s s u p e r i o r d e l a d e p e n d e n c i a d e l h o m b r e a D i o s , es a b s o l u t a m e n t e e v i d e n t e q u e l a c o m p a r a c i ó n d e q u e h e m o s p a r t i d o n o es v a l e d e r a . E s c i e r t a m e n t e v e r d a d d e c i r q u e D i o s es e l b i e n u n i v e r s a l e n el c u a l se h a l l a c o n t e n i d o t o d o b i e n p a r t i c u l a r , p e r o l a r e l a c i ó n d e d e p e n d e n c i a q u e u n e el h o m b r e a D i o s n o p u e d e ser la d e la p a r t e al t o d o . D i o s n o es u n t o d o d e l q u e el h o m b r e s e r í a u n a p a r t e ; e l h o m b r e n o es u n a p a r t e d e l a q u e D i o s s e r í a el t o d o ; e l u n i v e r s a l d e q u e s e t r a t a d e b e e n g l o b a r a lo p a r t i c u l a r d e u n a m a n e r a m u y diferente a a q u e l l a p o r l a c u a l el c u e r p o c o n t i e n e a l a m a n o q u e se e x p o n e p o r d e f e n d e r l o , y, p o r u n a c o n s e c u e n c i a n e c e s a r i a , e l a m o r p o r e l c u a l e l h o m b r e a m a n a t u r a l m e n t e a D i o s m á s q u e a sí m i s m o d i f i e r e d e l instinto b r u t o q u e lleva a la m a n o a p r o t e g e r al c u e r p o ; h a s t a difiere d e l r a z o n a m i e n t o q u e m a n d a a l c i u d a d a n o a q u e se s a c r i f i q u e p o l l a c i u d a d ; p a r a s a b e r e n q u é c o n s i s t e e s e a m o r , es m e n e s t e r s a b e r p r i m e r o e n q u é s e n t i d o es v e r d a d d e c i r q u e D i o s es el b i e n " u n i v e r s a l " d e l c u a l el h o m b r e n o s e r í a s i n o u n c a s o p a r t i c u l a r . E n realidad, ocurre afortunadamente que nos bastará recordarlo sin q u e t e n g a m o s q u e e s t a b l e c e r l o . E n u n u n i v e r s o c r i s t i a n o , e n el q u e los s e r e s s o n c r e a d o s p o r e l S e r , t o d a c r i a t u r a es u n b i e n , a n á l o g o d e l B i e n . E n l a b a s e d e t o d o e s e o r d e n d e r e l a c i o n e s se h a l l a , pues, u n a relación f u n d a m e n t a l d e analogía q u e d a su sentido p r o p i o a c a d a u n a d e las relaciones d e r i v a d a s q u e l u e g o p u e d e n establecerse

EL

274

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

e n t r e l a c r i a t u r a y s u c r e a d o r . S i s e d i c e , p o r e j e m p l o , q u e D i o s es el b i e n u n i v e r s a l , se q u i e r e d e c i r n e c e s a r i a m e n t e q u e D i o s es el s o b e ­ r a n o B i e n , c a u s a d e t o d o b i e n . S i s e d i c e q u e c a d a b i e n es s ó l o u n b i e n p a r t i c u l a r , q u i e r e d e c i r s e n e c e s a r i a m e n t e , n o q u e esos b i e n e s p a r t i c u l a r e s son p a r t e s s e p a r a d a s d e u n t o d o q u e sería el B i e n , sino q u e s o n a n á l o g o s d e l B i e n c r e a d o r q u e les h a d a d o l a e x i s t e n c i a . E n ese s e n t i d o e s , p u e s , c i e r t o , d e c i r q u e a m a r u n b i e n c u a l q u i e r a es s i e m p r e a m a r su s e m e j a n z a a la b o n d a d d i v i n a , y c o m o esa s e m e j a n z a a D i o s es lo q u e h a c e q u e e s e b i e n s e a u n b i e n , p u e d e d e c i r s e q u e l o q u e se a m a e n É l es el s o b e r a n o B i e n . E n o t r o s t é r m i n o s : es i m p o s i b l e a m a r l a i m a g e n s i n a m a r a l m i s m o t i e m p o el m o d e l o , y si se s a b e q u e e s a i m a g e n n o es m á s q u e u n a i m a g e n , c o m o l o s a b e m o s , e s ' i m p o s i b l e a m a r l a s i n p r e f e r i r el m o d e l o . A h o r a b i e n : l o cjue v a l e p a r a el c o n j u n t o d e l a s c r i a t u r a s v a l e m u c h o m á s t o d a v í a p a r a el h o m b r e e n p a r t i c u l a r . Q u e r e r a u n o b j e t o , d e c í a m o s , es q u e r e r a u n a i m a g e n d e D i o s , es d e c i r , q u e r e r a D i o s ; a m a r s e a sí m i s m o , s e r á , p u e s , a m a r a u n a n á l o g o d e D i o s , es d e c i r , a m a r a D i o s . Si así es, la a n t i n o m i a q u e n o s e s t o r b a b a q u e d a a p a r t a d a . M o ­ v i d o s y d i r i g i d o s p o r s u b s t a n c i a s i n t e l i g e n t e s , los s e r e s d e s p r o v i s t o s d e c o n o c i m i e n t o n o p o r eso d e j a n d e o b r a r c o n m i r a s a f i n e s , y t i e n d e n e s p o n t á n e a m e n t e h a c i a lo q u e p a r a ellos es b u e n o . A h o r a b i e n : p a r a e l l o s , t e n d e r h a c i a l o q u e es b u e n o es i n d i f e r e n t e m e n t e d e s e a r su p r o p i a p e r f e c c i ó n o d e s e a r la s e m e j a n z a d i v i n a , p u e s su perfección consiste precisamente en parecerse a Dios. D e m o d o que si t a l o c u a l b i e n p a r t i c u l a r s ó l o es d e s e a b l e a t í t u l o d e s e m e j a n z a d e l b i e n s u p r e m o , el b i e n s u p r e m o n o p u e d e s e r d e s e a d o e n v i s t a d e t a l o c u a l b i e n p a r t i c u l a r , sino, p o r lo c o n t r a r i o , tal o c u a l b i e n p a r t i c u l a r d e b e serlo en vista del bien s u p r e m o . P o r consiguiente, p a r a t o d o s e r p u r a m e n t e f í s i c o , p e r f e c c i o n a r s e es h a c e r s e m á s s e m e ­ j a n t e a D i o s . Y c o n m a y o r r a z ó n es a s í t r a t á n d o s e d e u n a c r i a t u r a i n t e l i g e n t e c o m o e l h o m b r e , p u e s s u i n t e l i g e n c i a es l a q u e s o b r e t o d o le c o n f i e r e a l a v e z s u p e r f e c c i ó n p r o p i a y s u a n a l o g í a p r o p i a a D i o s . S i a eso a g r e g a m o s q u e le e s t á p r o m e t i d a l a v i s i ó n b e a t í f i c a , es d e c i r , u n e s t a d o e n q u e s u m e n t e p o d r á c o n o c e r a D i o s c o m o D i o s se c o n o c e a sí m i s m o , se c o n c e b i r á s i n t r a b a j o q u e el h o m b r e d e b e 1 5

1 6

S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , In II Sent., d i s t . I , q u . 2 , a r t . 2 , R e s p . , s o b r e todo la conclusión: " E t i d e o s i n g u l a r i m o d o D e u s est finis in q u e m tendit c r e a t u r a rationalis, p r a e t e r m o d u m c o m m u n e m q u o tendit in i p s u m omnis creat u r a i n q u a n t u m s c i l i c e t o m n i s c r e a t u r a d e s i d e r a t a l i q u o d b o n u m , q u o d est similitudo q u a e d a m divinae bonitatis. E t ex hoc p a t e t q u o d in o m n i b o n o s u m m u m 1 6

b o n u m d e s i d e r a t u r . " C f . Cont,

Gent.,

I I I , 19 y 2 0 .

S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , Cont. Gent., I I I , 2 4 , a d Sic igitur. A l f i n a l d e l p á r r a f o s i g u i e n t e , l a r e l a c i ó n d e l o s b i e n e s p a r t i c u l a r e s a l b i e n u n i v e r s a l se halla claramente definido en términos de analogía: " Q u a r t o a u t e m m o d o , rat i o n e s i r n i l i t u d i n i s a n a l o g i a e p r i n c i p i a t o r u m a d s u u m p r i n c i p i u m ; e t sic D e u s , q u i est e x t r a g e n u s , p r o p t e r s u u m b o n u m ó m n i b u s r e b u s d a t esse". 1 8

EL

AMOR

Y

SU

OBJETO

a l c a n z a r s i m u l t á n e a m e n t e , en u n solo y m i s m o a c t o , la c i m a d e su p e r f e c c i ó n y l a c u m b r e d e l a s e m e j a n z a d i v i n a q u e le es a c c e s i b l e . ¿ N o es e s t o d e c i r q u e l a c l a v e d e l p r o b l e m a d e l a m o r e s t á e n la n o c i ó n d e a n a l o g í a : ratione similitudinis analogiae principiatorurn ad suum principium, y q u e d e b e m o s v o l v e r , p a r a r e s o l v e r l o , a los p r i n c i p i o s f u n d a m e n t a l e s e c h a d o s p o r los m a e s t r o s d e l a e s c u e l a cisterciense? Pues d o n d e S a n t o T o m á s h a b l a d e similitud y de a n a logía, S a n B e r n a r d o y G u i l l e r m o d e S a i n t - T h i e r r y h a b l a n d e s e m e j a n z a y d e i m a g e n . L a c o n c e p c i ó n " f í s i c a " d e l a m o r , ¿ n o se j u n t a r í a a q u í a la concepción " e x t á t i c a " ? O m á s bien, ¿no' serían acaso u n a sola y m i s m a c o n c e p c i ó n f u n d a m e n t a l , d e s a r r o l l a n d o sus c o n s e c u e n cias según dos técnicas diferentes? 1 7

S ó l o el V e r b o es l a I m a g e n d e D i o s ; el h o m b r e sólo está h e c h o a i m a g e n d e D i o s . G r a n d e z a s e g u r a m e n t e m u y a l t a , p u e s t o q u e lo h a c e c a p a z de par ticipar en la m a j e s t a d y en la b i e n a v e n t u r a n z a d i v i n a s ; g r a n d e z a q u e a u n p o d e m o s d e c i r es i n s e p a r a b l e d e l h o m b r e , p u e s t o q u e le f u é c o n f e r i d a p o r el m i s m o a c t o c r e a d o r q u e le d í ó la existencia; p e r o g r a n d e z a q u e no deja de tener u n a posibilidad d e m i s e r i a , p u e s si e l h o m b r e n o p o d í a , s i n d e j a r d e s e r h o m b r e , p e r d e r s u a p t i t u d a lo d i v i n o , p o d í a p e r d e r , y e n r e a l i d a d l a p e r d i ó , l a r e c t i t u d p r i m i t i v a q u e le h a c í a a m a r l o d i v i n o . A l p e r d e r l a r e c t i t u d d e s u v o l u n t a d , el a l m a p e r d í a a l m i s m o t i e m p o l a p e r f e c c i ó n de su s e m e j a n z a divina. A h o r a b i e n : p o r u n a c o n s e c u e n c i a i n e l u c t a b l e , p u e s t o q u e s u e s e n c i a m i s m a es s e r u n a i m a g e n d e D i o s , el h o m b r e n o p o d í a llegar a ser d e s e m e j a n t e a D i o s sin ser d e s e m e j a n t e a sí m i s m o ; p e r o a l m i s m o t i e m p o , p o r u n a c o n s e c u e n c i a i n v e r s a y n o m e n o s n e c e s a r i a , b a s t a q u e el h o m b r e , a y u d a d o p o r l a g r a c i a , se d i r i j a a D i o s p a r a q u e a u n t i e m p o e n c u e n t r e l a s e m e j a n z a d i v i n a y l a c o n f o r m i d a d c o n s u p r o p i a e s e n c i a p e r d i d a s p o r el p e cado. A q u í alcanzamos, pues, p o r las vías clásicas d e la escuela cisterciense, la c o n c l u s i ó n q u e será la d e S a n t o T o m á s d e A q u i n o : et haec hominis est perfectio, sirnilitudo Dei . P e r o al m i s m o t i e m p o nos d a m o s c u e n t a d e c ó m o a s e g u r a la u n i d a d d e las dos formas del a m o r c r i s t i a n o q u e se n o s p r o p o n í a q u e d i s t i n g u i é r a m o s . P u e s si el h o m b r e es u n a i m a g e n d e D i o s , c u a n t o m á s l l e g u e a p a r e c e r s e a Dios, t a n t o m á s p e r f e c c i o n a r á su p r o p i a esencia. A h o r a b i e n : D i o s es l a p e r f e c c i ó n d e l s e r , q u e se c o n o c e i n t e g r a l m e n t e y se a m a t o t a l m e n t e . P a r a q u e el h o m b r e r e a l i c e p l e n a m e n t e s u s v i r t u a l i d a d e s y llegue a ser i n t e g r a l m e n t e él m i s m o , n e c e s i t a l l e g a r a ser esa p e r fecta i m a g e n de D i o s : u n a m o r de Dios p o r Dios. L a oposición q u e se s u p o n e e n t r e el a m o r d e sí y el a m o r d e D i o s n o t i e n e , p u e s , 1S

1 7

S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , Cont.

Gent,,

GUILLERMO

Epist.

III,

25,

ad:

Adhuc

unumquodque

tendit. 1

8

DE

SAINT-THIERRY,

Patr. lat., t. 1 8 4 , c o l . 3 4 8 .

ad jratres

de Monte

Dei,

II,

16;

276

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

n i n g u n a r a z ó n d e ser, p a r a q u i e n se m a n t i e n e e n el p l a n o d e la s e m e j a n z a y d e l a a n a l o g í a , q u e es el p l a n o m i s m o d e l a c r e a c i ó n . D e c i r q u e si e l h o m b r e s e a m a n e c e s a r i a m e n t e a sí m i s m o , n o p u e d e a m a r a D i o s c o n a m o r d e s i n t e r e s a d o , es o l v i d a r q u e a m a r a D i o s c o n d e s i n t e r e s a d o a m o r es p a r a e l h o m b r e l a v e r d a d e r a m a n e r a d e a m a r s e a sí m i s m o . T o d o e l a m o r p r o p i o q u e g u a r d e l o h a c e d i f e r e n t e d e e s e a m o r d e D i o s q u e es D i o s ; t o d o e l a m o r p o r sí m i s m o q u e d e suyo a b a n d o n e , lo hace, p o r lo contrario, semejante a Dios. Y p o r a h í s e h a c e s e m e j a n t e a sí m i s m o . C u a n t o m e n o s i m a g e n p a r e c e el h o m b r e , t a n t o m e n o s e s ; c u a n t o m á s p a r e c e , t a n t o m á s e s : ser consiste, p u e s , p a r a él, e n distinguirse lo m e n o s p o s i b l e ; a m a r s e , e n olvidarse lo m á s posible. E l h o m b r e alcanza su perfección última c u a n d o , s u b s t a n c i a l m e n t e d i s t i n t o d e s u m o d e l o , y a n o es s i n o e l s u j e t o p o r t a d o r d e l a i m a g e n d e D i o s . P e r o y a es h o r a d e b a j a r d e esas a l t u r a s , p u e s l a v i d a m o r a l n a t u r a l se d e s e n v u e l v e e n u n nivel m á s m o d e s t o . S a b e m o s ,qué f i n t r a s c e n d e n t e ofrece el C r i s t i a n i s m o a l h o m b r e ; v e a m o s q u é r e c u r s o s h a l l a e n sí m i s m o p a r a d i s p o n e r s e a recibirlo. 1 9

S a n B E R N A R D O , In Cant. Cant., 8 2 , 8 . G U I L L E R M O D E S A I N T - T H I E R R Y , Epist. ad fratres de Monte Dei, ibid. M a b i l l o n a t r i b u y e e s t e t r a t a d o a G u i ­ l l e r m o d e S a i n t - T h i e r r y , c o n t r a los q u e lo a t r i b u y e r o n y a s e a a S a n B e r n a r d o , a G u i g u e s I I e l C a r t u j o , a P e d r o d e l a G e l l e (Patr. lat., t . 1 8 4 , c o l . 2 9 7 - 3 0 0 ) . Por lo contrario, Massuet lo atribuye a Guigues (col. 299-308). Los argumentos d e M a s s u e t , q u e sigue a M a r t é n e , n o p u e d e n p r e v a l e c e r c o n t r a el h e c h o d e q u e e l a u t o r d e l a Epístola d a u n catálogo d e sus obras q u e n o p u e d e con­ c o r d a r sino c o n e l d e Guillermo d e Saint-Thierry. D o m A. W i l m a r t tiene, pues, m u c h a r a z ó n d e v o l v e r a l a o p i n i ó n d e M a b i l l o n ; v é a s e Revue Bénédictine, t. X X X V ( 1 9 2 3 ) , p á g . 2 6 4 , n o t a 3 . 1 9

CAPÍTULO LIBRE

ALBEDRÍO

XV

Y LIBERTAD

CRISTIANA

Q U E E L h o m b r e es l i b r e es u n a a f i r m a c i ó n t a n a n t i g u a c o m o e l p e n samiento cristiano mismo. E l Cristianismo n o h a inventado la idea de libertad ; e n caso d e necesidad h a s t a n e g a r í a h a b e r l o h e c h o . E n el s i g l o I I I r e n e o n o s r e c u e r d a q u e si l a E s c r i t u r a j u z g ó n e c e s a r i o " m a n i f e s t a r " la libertad, ésta es, sin e m b a r g o , u n a ley t a n a n t i g u a c o m o el h o m b r e m i s m o , q u e Dios p r o m u l g ó r e v e l á n d o l a : veterem legem libertatis hominis manif estavit. L a insistencia c o n q u e los P a dres d e la Iglesia subrayan l a i m p o r t a n c i a d e esta idea debe, sin e m b a r g o , atraer nuestra atención, así c o m o la n a t u r a l e z a m u y especial de los t é r m i n o s c o n q u e lo h a n h e c h o . 1

A l c r e a r al h o m b r e , D i o s le h a p r e s c r i p t o leyes, p e r o le h a d e j a d o d u e ñ o d e p r e s c r i b i r s e l a s u y a , e n el s e n t i d o d e q u e l a ley d i v i n a n o ejerce n i n g u n a violencia sobre la v o l u n t a d del h o m b r e . P u e d e decirse que, desde los albores d e l p e n s a m i e n t o cristiano, b u e n n ú m e r o d e t é r m i n o s f i l o s ó f i c o s , c u y a s e q u i v a l e n c i a s s o n i n s t r u c t i v a s p o r sí m i s mas, adquirieron derecho de ciudadanía. Dios h a creado al h o m b r e d o t a d o d e u n a l m a r a z o n a b l e y d e u n a v o l u n t a d , es d e c i r , c o n u n p o d e r d e elegir a n á l o g o al d e los ángeles, p u e s t o q u e los h o m b r e s , c o m o los á n g e l e s , s o n seres d o t a d o s d e r a z ó n . D e s d e ese m o m e n t o q u e d a e s t a b l e c i d o q u e l a l i b e r t a d es u n a a u s e n c i a a b s o l u t a d e sujeción, a u n f r e n t e a l a ley d i v i n a ; p e r t e n e c e a l h o m b r e p o r el h e c h o d e q u e es r a z o n a b l e , y se e x p r e s a p o r el p o d e r q u e su v o l u n t a d t i e n e d e e l e g i r : líber, rationalis, potestas electionis son términos q u e ya n o se s e p a r a r á n e n lo s u c e s i v o . T a m p o c o se s e p a r a r á n d e la 2

1

S o b r e l a s f u e n t e s g r i e g a s d e l a c o n c e p c i ó n m e d i e v a l d e l l i b r e a l b e d r í o se c o n s u l t a r á n c o n p r o v e c h o l o s t r a b a j o s d e M . W I T T M A N N , Die Ethik des Aris-

tóteles, R e g e n s b u r g , 1 9 2 0 ; Aristóteles und die Willensfreiheit, Fulda, 1 9 2 1 ; Die Lehre von der Willensfreiheit bei Thomas von Aquin historisch untersucht, e n Philos. Jahrbuch, t. X L ( 1 9 2 7 ) , p á g s . 170-188 y 2 8 5 - 3 0 5 . S e c o m p l e t a r á n los e s t u d i o s d e M . W i t t m a n n , e n l o q u e se refiere a l o s p r e d e c e s o r e s medievales d e S a n t o T o m á s , c o n O . L O T T I N , La théorie du libre arbitre depuis saint An-

selme, en

8', 2

jusqu'á

saint

Thomas

d'Aquin,

Lovaina, abadía del M o n t e César, 1929,

164 págs.

" I l l u d a u t e m , q u o d a i t : Quoties

volui coligere

filias

tuos et noluisti

(MAT.,

23, 3 7 ) veterem legem libertatis hominis manif estavit: quia liberum e u m Deus fecit a b initio, h a b e n t e m s u a m p o t e s t a t e m , sicut e t s u a m a n i m a m , a d u t e n d u m sententia D e i voluntarie, et n o n c o a c t u m a D e o . . . Et propter hoc consilium

278

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

tesis c e n t r a l q u e los h i z o a c e p t a r a l o s p e n s a d o r e s c r i s t i a n o s y les i m p u s o , c o m o si d i j é r a m o s , s u e m p l e o . D i o s h a c r e a d o a l h o m b r e libre, p o r q u e le d e j a l a r e s p o n s a b i l i d a d d e su fin ú l t i m o . E s libre d e elegir entre la v í a q u e lleva a la felicidad y la q u e c o n d u c e a u n a m i s e r i a e t e r n a ; el h o m b r e es u n l u c h a d o r q u e n o d e b e c o n t a r sólo c o n s u s p r o p i a s f u e r z a s , p e r o d e b e c o n t a r c o n e l l a s ; d u e ñ o d e sí m i s m o , d o t a d o d e v e r d a d e r a i n d e p e n d e n c i a — x a aiksijoúaiov—• c o l a bora eficazmente e n su destino . 3

En c u a n t o la n o c i ó n d e libertad fué s o m e t i d a al análisis reveló e x t r e m a c o m p l e j i d a d . L a filosofía d e Aristóteles p o d í a a y u d a r m u c h o p a r a a c l a r a r l a . T a l c o m o las c o n c i b e , las n a t u r a l e z a s s o n p r i n c i p i o s i n t e r n o s d e o p e r a c i ó n p a r a los seres e n q u i e n e s r e s i d e n ; t o d o ser n a tural manifiesta, p u e s , u n a v e r d a d e r a e s p o n t a n e i d a d , p o r lo m e n o s en el s e n t i d o d e q u e e n é l se h a l l a e l p r i n c i p i o d e s u s a c t o s . D e t e r m i n a d a a u n solo m o d o d e o b r a r e n los seres q u e n o e s t á n d o t a d o s de r a c i o c i n i o , l a n a t u r a l e z a a d q u i e r e c i e r t a i n d e t e r m i n a c i ó n e n los a n i m a l e s , a los cuales sus sensaciones p o n e n e n p r e s e n c i a d e u n a p l u r a l i d a d d e o b j e t o s p o s i b l e s ; e n t o n c e s d a n a c i m i e n t o a l o q u e se l l a m a el a p e t i t o , o e l d e s e o . E s a i n d e t e r m i n a c i ó n r e c i b e e n e l h o m b r e u n a c r e c e n t a m i e n t o c o n s i d e r a b l e p o r el h e c h o d e q u e está d o t a d o de u n i n t e l e c t o . C a p a z , e n c i e r t o m o d o , d e l l e g a r a s e r t o d a s las c o s a s , p o r el c o n o c i m i e n t o q u e d e e l l a s t i e n e , e l h o m b r e e n c u e n t r a a s u d i s p o s i c i ó n m ú l t i p l e s o b j e t o s , e n t r e los c u a l e s s u v o l u n t a d d e b e elegir-. D e m o d o q u e e n é l h a y p r i m e r o u n a v o l u n t a d espontánea d e i f i n q u e l e es n a t u r a l : l a f e l i c i d a d ; l u e g o , u n a d e l i b e r a c i ó n d e l a r a z ó n sobre los m e d i o s q u e d e b e e m p l e a r p a r a a l c a n z a r ese f i n ; p o r ú l t i m o , u n a c t o d e v o l u n t a d q u e elige u n o d e esos m e d i o s d e p r e f e r e n c i a a o t r o s . L a e l e c c i ó n , icpoaípeacc,, eleciio, ocupa u n lugar c e n t r a l e n l a m o r a l d e Aristóteles ; p r o n t o c o m p r e n d i e r o n los p e n 4

q u i d e m b o n u m d a t ómnibus. Posuit a u t e m in h o m i n e potestatem electionis, q u e m a d m o d u m et in angelis (etenim angeli rationabiles), uti h¡ q u i d e m q u i oboedissent, juste b o n u m sint possidentes: d a t u m q u i d e m a D e o , s e r v a t u m vero a b í p s i s . " I R E N É O , Adv. Haereses, I V , 3 7 , 1 ; Patr. gr., t . V I I , c o l . 1 0 9 9 . O R Í G E N E S , De principiis, I , Praef., 5, e n R O U E T DE J O U R N E L , Enchiridion patristicum, t. 4 4 6 , p á g s . 1 6 4 - 1 6 5 . S a n E F R É N , Hymni de Epiphania, 10, 14; op. ext., t. 7 0 4 , p á g . 2 4 8 . G R E G O R I O D E N r s A , Orat. catech., 3 1 ; op. cit., t . 1 0 3 4 , p á g . 3 8 (th ctúte^oúoiov). J U A N G R r s o s T O M O , In Genes, homiliae, 2 2 , I ; op. cit.., 3

t. 1 1 5 1 , p á g . 4 3 6 . In epist. ad Ephesios j x i aÚTCÍoúcriov), In epist. ad Hebraeos

homiliae, 4 , 2 ; op. cit., t . 1 2 0 4 , p á g . 4 5 8 homiliae, 1 2 , 3 ; op. cit., t . 1 2 1 9 , p á g . i m p o r t a n t e ) . J U A N D A M A S C E N O , De fide orthod.,

463 (misma noción; texto 2 , 3 0 ; op. cit., t . 2 3 5 9 , p á g . 7 4 1 (iá divina). El

término

De principiis,

la libertad y la

presciencia

aiteijoócjiov f u é p r o n t o t r a d u c i d o p o r liberum arbitrium 2 1 ) ; M . W I T T M A N N (art. citado, pág. 285) remite a J E R Ó N I M O , Adv. Pelag., 3 , 7 , y R u f i n o , t r a d u c i e n d o a O R Í G E N E S ,

(TERTULIANO,

igualmente

| p á g s . 2 8 0 - 2 9 2 ( e s t o s d o s a r t í c u l o s r a c i ó n e n el c a p í t u l o s i g u i e n t e ) .

serán

igualmente

tomados

en

conside-

A R I S T Ó T E L E S , Phys., lib. V I I , c a p . m (lect. V ) ; citado p o r S a n t o T O M Á S DE A Q U I N O e n l a f o r m a siguiente: " V i r t u s est dispositio perfecti a d o p t i m u m ; d i c o a u t e m p e r f e c t i , q u o d e s t d i s p o s i t u m s e c u n d u m n a t u r a m . " Sum. theol., M I " , 7 1 , 1, R e s p . 6

LEY

Y

MORALIDAD

CRISTIANA

2

9 9

y p o r e s o m i s m o , es e l r e s u l t a d o d e u n v i c i o , p u e s e l v i c i o e s e n c i a l es p r e c i s a m e n t e la carencia d e u n a perfección q u e la naturaleza exige, es d e c i r , l o c o n t r a r i o d e l a v i r t u d . D e f i n i r a s í l a v i r t u d y el v i c i o p o r e l a c u e r d o o e l d e s a c u e r d o c o n l a n a t u r a l e z a , n o es s o l a m e n t e p e r m a n e c e r e n l a p o s i c i ó n d e A r i s t ó t e l e s , sino t a m b i é n a c e p t a r lo q u e el m i s m o S a n A g u s t í n q u i s o e x p r e s a m e n t e c o n s e r v a r d e l n a t u r a l i s m o g r i e g o : omne' vitium eo ipso quod vitium est, contra naturam est. A q u í n o se t r a t a , p u e s , d e u n a i n v a s i ó n t a r d í a d e la teología c r i s t i a n a p o r el h e l e n i s m o , s i n o d e u n a p o s i c i ó n c o m ú n e n l a é p o c a p a t r í s t i c a y e n la E d a d M e d i a , p o r consiguiente esencial al p e n s a m i e n t o cristiano mismo. N a d a m á s clásico; pero, al agregarle aclaraciones técnicas tom a d a s a la m o r a l d e Aristóteles, S a n t o T o m á s se p o n d r á e n c o n d i c i o n e s d e s o b r e p a s a r a l m a e s t r o e n q u i e n se inspira. 7

8

E n e f e c t o , ¿ q u é es l a n a t u r a l e z a ? E s lo q u e c o l o c a a u n s e r e n s u e s p e c i e p r o p i a , y p o r c o n s i g u i e n t e es s u f o r m a . P e r o ¿ c u á l es l a f o r m a d e l c o m p u e s t o h u m a n o ? Y a s a b e m o s q u e es s u a l m a r a z o n a b l e . D e m o d o q u e l a r a z ó n es l a q u e c o n f i e r e a n u e s t r a n a t u r a l e z a s u c a r á c t e r p r o p i a m e n t e h u m a n o . S i e s t o es a s í , d e f i n i r l a v i r t u d y e l b i e n m o r a l c o m o lo q u e c o n c i e r t a c o n n u e s t r a n a t u r a l e z a e q u i v a l e a d e f i n i r l o s c o m o l o q u e c o n c u e r d a c o n la razón. I n v e r s a m e n t e , el m a l m o r a l , el p e c a d o y el vicio d e l q u e d e r i v a el p e c a d o , n o p u e d e n c o n c e b i r s e sino c o m o f a l t a s d e r a c i o n a l i d a d e n e l a c t o o e n el h á b i t o . C o m o q u i e r a q u e se encare la cuestión, siempre llegaremos a definir la moralidad, según l a f a m o s a f ó r m u l a d e C i c e r ó n , c o m o el h á b i t o d e o b r a r s e g ú n l o q u i e ren la razón y la naturaleza. E l m i s t i c i s m o d e D i o n i s i o el A r e o p a g i t a estaba bastante helenizado p a r a inspirarse en semejante concepción del b i e n y d e l m a l m o r a l : " E l b i e n , p a r a e l h o m b r e , es s e g u i r l a r a z ó n ; y e l m a l , p a r a e l h o m b r e , es a p a r t a r s e d e l a r a z ó n " . D e a h í l a d e t e r m i n a c i ó n ulterior d e la noción d e virtud a q u e nos lleva Santo T o m á s de A q u i n o : lo q u e h a c e b u e n o a l h o m b r e q u e lo posee, lo q u e h a c e b u e n a l a o b r a q u e el h o m b r e h a c e , h a c i é n d o l e c a p a z d e o b r a r s e g ú n s u n a t u r a l e z a , es d e c i r , s e g ú n l a r a z ó n . 9

1

0

S a n A G U S T Í N , De libero arbitrio, I I I , 1 4 , 4 1 ; Patr. lat., t . 3 2 , c o l . 1 2 9 1 . E l t e x t o e s c i t a d o p o r S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , Sum. theol., I'-II"", 7 1 , 1, R e s p . s S a n A G U S T Í N , De libero arbitrio, I I I , 1 3 , 3 8 ; Patr. lat., t . 3 2 , c o l . 1 2 9 0 . E l t e x t o e s c i t a d o p o r S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , Sum. theol., I ' - I I " , 7 1 , 2 , Sed contra. " N a m virtus est animi habitus, n a t u r a e , m o d o , rationi consentaneus." C I C E R Ó N , De inventione rethorica, I I , 5 3 ( c o m p a r a r op. cit., 5 2 , y A L C U I N O , De virtutibus, Patr. lat., t . 1 0 1 , c . 9 4 3 D ) . E l t e x t o e s c i t a d o e n f o r m a a l g o d i f e r e n t e p o r S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , Sum. theol., I " - I I " , 7 1 , 2 , a d 1™: " V i r t u s est habitus in m o d u m n a t u r a e , rationi c o n s e n t a n e u s . " " S e d c o n s i d e r a n d u m est q u o d n a t u r a uniuscujusque reí potissime est forma, s e c u n d u m q u a m res speciem sortitur. H o m o a u t e m in specie constituitur p e r a n i m a m rationalem. Et ideo id q u o d est contra o r d i n e m rationis, proprie est c o n t r a n a t u r a m hominis, i n q u a n t u m est h o m o ; q u o d a u t e m est s e c u n d u m 7

9

1 0

3oo

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

A simple vista, sin e m b a r g o , p a r e c e q u e esa definición n o p u e d e b a s t a r a u n c r i s t i a n o . M e j o r d i c h o , h a s t a es e v i d e n t e q u e n o p u e d e bastarle p o r q u e n o h a c e n i n g u n a m e n c i ó n d e Dios ni d e la relación, m a l a o b u e n a , q u e l a v i r t u d o el v i c i o n o p u e d e n d e j a r d e e s t a b l e c e r e n t r e la v o l u n t a d d e l h o m b r e y la d e su a u t o r . P o r eso e n c o n t r a m o s a m e n u d o e n l o s P a d r e s o e n los t e ó l o g o s d e l a E d a d M e d i a o t r a s definiciones, q u e p a r e c e n a la vez m á s d i r e c t a s y m á s cristianas, c o m o l a d e S a n A g u s t í n , q u e n o se h a n c a n s a d o d e r e p r o d u c i r : p e c a r es h a b l a r , o b r a r o d e s e a r c o n t r a la ley e t e r n a . . E n efecto, ¿ n o está l a ley d i v i n a p o r e n c i m a d e l a n a t u r a l e z a , y p o r c o n s i g u i e n t e n o es m e j o r d e f i n i r el p e c a d o p o r o p o s i c i ó n a l a ley q u e r i g e a l a n a t u r a l e z a a n t e s q u e c o n r e l a c i ó n a la n a t u r a l e z a q u e e s a ley r i g e ? S i n e m b a r g o , p u e s t o q u e l a s n a t u r a l e z a s d e b e n a D i o s el s e r n a t u r a l e z a s , p a r a e l l a s es u n a s o l a y m i s m a c o s a a p a r t a r s e d e sus p r o p i a s e s e n c i a s y f a l t a r a l a regla s e n t a d a p o r Dios al crearlas. T o d a r e c t i t u d d e la v o l u n t a d h u m a n a se m i d e , p u e s , e n s u a c u e r d o c o n l a v o l u n t a d d i v i n a a l m i s m o t i e m p o q u e e n su a c u e r d o con la r a z ó n . E n este sentido, p a r a e m p l e a r las vigorosas expresiones d e S a n A n s e l m o , h a y u n a v e r d a d de la v o l u n t a d c o m o h a y u n a d e l j u i c i o , y e n r e a l i d a d es l a m i s m a , p u e s t o q u e , t a n t o e n u n o c o m o e n o t r o c a s o , l a r e c t i t u d c o n s i s t e p a r a el h o m b r e e n a j u s t a r s e a l a ley d i v i n a , p a r a p e n s a r y q u e r e r c o m o d e b e . H a s t a h a y u n a v e r d a d d e l a s a c c i o n e s — q u i facit veritatem, venit ad lucera — p u e s hacer l a v e r d a d n o es s i n o h a c e r b i e n , es d e c i r , c o n f o r m a r su a c t o a la regla s e n t a d a p o r Dios, del m i s m o m o d o q u e h a c e r 1 1

1 2

1

3

r a t i o n e m , est s e c u n d u m n a t u r a m h o m i n i s , i n q u a n t u m est h o m o : ' B o n u m a u t e m h o r n i n i s est s e c u n d u m r a t i o n e m esse, et m a l u m h o m i n i s est p r a e t e r r a t i o n e m e s s e ' , u t D i o n y s i u s d i c i t , i v c a p . De Div. Nom. (lect. X X I I ) . U n d e virtus h u m a n a , q u a e h o m i n e m facit b o n u m et o p u s ipsius b o n u m r e d d i t , i n t a n t u m est s e c u n d u m n a t u r a m hominis, i n q u a n t u m convenit r a t i o n i ; v i t i u m autem i n t a n t u m est c o n t r a n a t u r a h o m i n i s , i n q u a n t u m est c o n t r a o r d i n e m r a t i o n i s . " S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , Sum. theol., 7 1 , 2, R e s p . " E r g o p e c c a t u m est, f a c t u m vel d i c t u m vel c o n c u p i t u m a l i q u i d c o n t r a a e t e r n a m l e g e m . L e x v e r o a e t e r n a est, r a t i o d i v i n a vel v o l u n t a s D e i , o r d i n e m n a t u r a l e m c o n s e r v a n j u b e n s , p e r t u r b a n v e t a n s . " S a n A G U S T Í N , Cont. Faustum manich., X X I I , 2 7 ; Patr. lat., t. 4 2 , c o l . 4 1 8 . L a p r i m e r a p a r t e d e l t e x t o e s t á e n P E D R O L O M B A R D O , Lib. II Sent., dist. X X X V , 1 (edic. Quaracchi, página 4 9 1 ) , en f o r m a l i g e r a m e n t e modificada. E n esta forma la cita S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , Sum. theol., I'-II", 7 1 , 2 , o b j . 4 . "Si igitur vituperatio vitiorum i p s a r u m e t i a m q u a r u m sunt vitia, n a t u r a r u m decus dignitatemque commendat, quanto magis Deus condiditor o m n i u m n a t u r a r u m e t i a m i n e a r u m vitiis l a u d a n d u s e s t ; c u m e t h o c a b illo h a b e a n t q u o d n a t u r a e sunt, et in t a n t u m vitiosae sint, in q u a n t u m a b ejus q u a e factae s u n t a r t e d i s c e d u n t . . . E t si a r s i p s a p e r q u a m f a c t a s u n t o m n i a , h o c e s t surnnia e t i n c o m m u t a b i l i s S a p i e n t i a D e i , v e r é s u m m e q u e est, sicut est, réspice q u o t e n d a t q u i d q u i d a b illa discedit. Q u i t a m e n d e f e c t u s n o n esset v i t u p e r a t i o n e d i g n u s , n i s i e s s e t v o l u n t a r i u s . " S a n A G U S T Í N , De lib. arbit., I I I , 1 4 , 4 2 ; Patr. lat., t . 3 2 , c o l . 1 2 9 1 - 1 2 9 2 . E l c o m i e n z o d e l t e x t o es c i t a d o p o r S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , Sum. theol, I " - I I " , 7 1 , 2 , a d 4"". 1 1

1 2

13

JUAN,

III,

21.

LEY

Y

MORALIDAD

3oi

CRISTIANA

1 4

m a l es f a l t a r a e l l a . B a s t a , p u e s , c o n r e c o r d a r q u e l a r a z ó n es l a o b r a d e D i o s , p a r a c o m p r e n d e r q u e i n f r i n g i r s u s p r e s c r i p c i o n e s es i n f r i n g i r las p r e s c r i p c i o n e s d i v i n a s . O b r a r c o n t r a las ó r d e n e s q u e la r a z ó n d i c t a es, a t r a v é s d e la n a t u r a l e z a , a t a c a r a l q u e la h a h e c h o : unde ejusdern rationis est quod vitium et peccatum sit contra ordinem rationis humanae et quod sit contra legem aeternam. N o hay, pues, d o s definiciones del p e c a d o , sino u n a sola, p u e s t o q u e v i o l a r las leyes d e l a r a z ó n , r e g l a i n m e d i a t a d e n u e s t r o s a c t o s , es v i o l a r l a r e g l a p r i ­ m e r a y f u n d a m e n t a l , e s a l e y e t e r n a q u e e n c i e r t o m o d o n o es s i n o l a razón de Dios. 15

1 6

R e d u c i e n d o a s í a l a u n i d a d l o s d o s p r i n c i p i o s r e g u l a d o r e s d e la a c t i v i d a d m o r a l , los p e n s a d o r e s c r i s t i a n o s s e p o n í a n e n c o n d i c i o n e s d e e n l a z a r los r e s u l t a d o s o b t e n i d o s p o r l a e s p e c u l a c i ó n c o n s u p r o p i a m e t a ­ f í s i c a d e l a c r e a c i ó n . S i n e m b a r g o , es n a t u r a l q u e e n l a z a r q u i e r e d e c i r a q u í s u b o r d i n a r , p u e s la r a z ó n h u m a n a n o llega a ser m o r a l m e n t e legis­ l a d o r a s i n o e n c u a n t o es " i n f o r m a d a " p o r l a l e y d i v i n a e n t o d o s s u s g r a d o s . A t í t u l o d e r a z ó n n a t u r a l , sigue los p r i n c i p i o s p r i m e r o s d e l a r a z ó n p r á c t i c a , a su vez s o m e t i d a a l a i l u m i n a c i ó n d i v i n a , r e g l a d e la conciencia m o r a l ; e n c u a n t o d i r i g i d o p o r D i o s h a c i a s u fin s o b r e ­ n a t u r a l , el h o m b r e se h a l l a s o m e t i d o e n s u r a z ó n a l a s O r d e n a n z a s d e l a r e v e l a c i ó n y a l a s i n f l u e n c i a s s e c r e t a s d e l a g r a c i a . D e m o d o q u e si es v e r d a d q u e l a ley n a t u r a l d e l a r a z ó n se r e d u c e a l a ley e t e r n a d e D i o s , n o es v e r d a d q u e l a ley n a t u r a l d e l a r a z ó n se r e d u z c a a l a s prescripciones de la r a z ó n n a t u r a l . E n otros t é r m i n o s : h a y m á s cosas o r d e n a d a s o p r o h i b i d a s al h o m b r e d e las q u e su r a z ó n le p r e s c r i b e o le p r o h i b e h a c e r ; p a r a q u e l o s d o s ó r d e n e s p u d i e s e n s e r c o n s i d e r a d o s 1 7

l * S a n A N S E L M O , De veritate, 3 - 4 ; Patr. lat., t . 1 5 8 , c o l . 4 7 1 - 4 7 2 . "Sic i g i t u r D e u s esse p r i m a c a u s a n o n a g e n s r e c t i t u d i n e m , a c t u s n o n r e c t u s n o n esset p e c c a t u m . " D U N S E S C O T O , Op. Oxon., I I , 34-37, 5 ( e d i c . Q u a r a c c h i , t. I I , p á g . 8 3 6 ; a r t . 9 0 3 , a). S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , Sum. theol., I * - H " , 7 1 , 2 , a d 4™. " H a b e t a u t e m a c t u s h u m a n u s q u o d sit m a l u s , e x e o q u o d c a r e t debita commensuratione. Omnis autem commensuratio cujuscumque rei attenditur per comparationem a d a l i q u a m r e g u l a m , a q u a si d i v e r t a t , incommensurata erit. R e g u l a a u t e m v o l u n t a t i s h u m a n a e est d ú p l e x : u n a , p r o p i n q u a et h o m o ­ g é n e a , scilicet ipsa h u m a n a r a t i o ; alia v e r o est p r i m a r e g u l a , scilicet lex a e t e r n a , q u a e e s t q u a s i r a t i o D e i . " S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , Sum. theol., r - I I " , 7 1 , 6, R e s p . E n el p l a n o d e l a c o n c i e n c i a m o r a l e n c o n t r a m o s l a m i s m a divergencia d e vistas e n t r e el a g u s t i a n i s m o y el t o m i s m o q u e h e m o s n o t a d o e n el p l a n o d e l c o n o c i m i e n t o i n t e l e c t u a l y r a c i o n a l . T o d o s los p e n s a d o r e s cristianos conc u e r d a n en a d m i t i r q u e la e v i d e n c i a d e las prescripciones d e la r a z ó n p r á c ­ t i c a e s t á s u s p e n d i d a d e l a i l u m i n a c i ó n d i v i n a , y e n el siglo XIII t o d o s d e c l a r a n s e g u i r a S a n A g u s t í n . P e r o los r e p r e s e n t a n t e s d e l a e s c u e l a f r a n c i s c a n a (San B u e n a v e n t u r a , P e c k h a m , R . M a r s t o n , e t c . ) se m a n t i e n e n m á s c e r c a d e l a g u s tinianismo verdadero, en que a d m i t e n u n a iluminación n a t u r a l sobreagregada a la luz del intelecto a g e n t e . S a n t o T o m á s y D u n s E s c o t o c o n f u n d e n , p o r lo contrario, la iluminación m o r a l con el intelecto a g e n t e e n su función práctica. 1 5

1

6

1

7

E

3o2

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

c o m o c o i n c i d e n t e s p u r a o s i m p l e m e n t e , s e r í a m e n e s t e r q u e el f i n n a t u r a l y el f i n s o b r e n a t u r a l d e l h o m b r e f u e s e n r i g u r o s a m e n t e i d é n t i c o s . S a b e m o s , p o r l o c o n t r a r i o , q u e n o es a s í ; l a ley e t e r n a e n v u e l v e , p u e s , a l a r a z ó n h u m a n a , y f u n d a y s a n c i o n a sus p r e s c r i p c i o n e s , p e r o l a e x c e d e p o r t o d a s p a r t e s ; y p o r e s o , si el f i l ó s o f o t i e n e el d e r e c h o d e d e f i n i r el p e c a d o c o m o l o q u e se o p o n e a l a r a z ó n , el t e ó l o g o n o l o t i e n e m e n o s en v e r e n ello sobre t o d o u n a ofensa a D i o s . Es m u y cierto q u e el o r d e n t e o l ó g i c o n o es e l o r d e n f i l o s ó f i c o , p e r o p o d e m o s p r e g u n t a r n o s si el o r d e n f i l o s ó f i c o m i s m o es a q u í t a l c u a l s e r í a s i n el o r d e n t e o l ó g i c o q u e le c o r o n a . N a d a es t a n c i e r t o c o m o q u e el p e c a d o es p r e v a r i c a c i ó n a l a l e y d i v i n a y d e s o b e d i e n c i a a D i o s , a n t e s p a r a el t e ó l o g o q u e p a r a el f i l ó s o f o . S i n e m b a r g o , p a r e c e i n e v i t a b l e q u e el filósofo cristiano m i s m o , c u a n d o llega a p r e g u n t a r s e p o r q u é t o d o a c t o cont r a r i o a l a r a z ó n es m a l o , se v e a l l e v a d o a u n a c o n t e s t a c i ó n p o r el e s t i l o . L a ley d i v i n a , t o m a d a e n s e n t i d o e s t r i c t o , n o s i g n i f i c a m á s q u e los m a n d a m i e n t o s d e D i o s , y l a t e o l o g í a m o r a l d e f i n e el p e c a d o s e g ú n e s t a l e g i s l a c i ó n ; p e r o si l a t o m a m o s e n s e n t i d o a m p l i o , e n g l o b a t o d a s las " i n f o r m a c i o n e s " d e la r a z ó n h u m a n a p o r la r a z ó n d i v i n a , inclusive l a c o n c i e n c i a m o r a l m i s m a . H e a h í p o r q u é el r a c i o n a l i s m o c r i s t i a n o a c a b a p o r i n t e g r a r s e a u n a m e t a f í s i c a d e l a ley d i v i n a ; d e s o b e d e c e r a l a r a z ó n es d e s o b e d e c e r a D i o s : t o d o p e c a d o es u n a p r e v a r i c a c i ó n . 1 8

1 9

1 8

" D i c e n d u m q u o d a theologis consideratur peccatum, praecipue secund u m q u o d est offensa c o n t r a D e u m ; a p h i l i s o p h o a u t e m m o r a l i , s e c u n d u m q u o d contrariatur rationi. E t ideo Augustinus convenientius definit p e c c a t u m ex h o c q u o d est c o n t r a l e g e m a e t e r n a m , q u a m ex h o c q u o d c o n t r a r a t i o n e m ; praecipue c u m per legem a e t e r n a m r e g u l e m u r in multis q u a e excedunt ration e m h u m a n a n ) , s i c u t i n h i s q u a e s u n t f i d e i . " S a n t o T O M Á S D E AguiNO, Sum. theol, I*-II", 7 1 , 6, ad 5 . C f . In II Sent. 35, 1, 2 , R e s p . L a diferencia e n t r e el p l a n o m o r a l y el p l a n o t e o l ó g i c o e s t á f u e r t e m e n t e s e ñ a l a d a p o r D U N S E S C O T O , Op. Oxon., I I , 3 4 - 3 7 , 2 , 8 ( e d i c . Q u a r a c c h i , t. I I , p á g . 8 1 5 , a r t . M

878, 1 0

c).

" Q u i d est p e c c a t u m nisi p r a e v a r i c a t i o legis d i v i n a e et c o e l e s t i u m i n o b e diencia p r a e c e p t o r u m ? E r g o in p r a e v a r i c a n t e p e c c a t u m est, sed in m a n d a n t e c u l p a n o n e s t : n o n e n i m c o n s i s t e r e t p e c c a t u m , si i n t e r d i c t i o n o n f u i s s e t . N o n consistente a u t e m p e c c a t o , n o n s o l u m m a l i t i a , sed e t i a m virtus fortasse n o n esset, q u a e , nisi a l i q u a m a l i t i a e fuissent s e m i n a , vel subsistere vel e m i n e r e n o n p o s s e t . " S a n A M B R O S I O , De Paradiso, V I I I , 3 9 ; Patr. lat., t . 1 4 , c o l . 2 9 2 . E l t e x t o f u é t r a n s m i t i d o a l a E d a d M e d i a y s o m e t i d o a l a r e f l e x i ó n d e los t e ó l o g o s p o r P E D R O L O M B A R D O , II Sent., d i s t . 3 5 , c a p . i : " E c c e p r a e v a r i c a t i o n e legis et i n o b e d i e n t i a m d e f i n i t A m b r o s i u s esse p e c c a t u m " (edic. Q u a r a c c h i , p á g . 4 9 2 ) . E l p r o b l e m a d e s a b e r lo q u e d e b í a e n t e n d e r s e p o r el v o c a b l o ley n o p o d í a n o ser d i s c u t i d o y resuelto h a c i e n d o e n t r a r e n la ley d i v i n a la ley n a t u r a l q u e de ella d e r i v a : " L e x a l i q u a n d o accipitur stricte pro lege scripta vel d a t a ; a l i q u a n d o l a r g e , p r o u t c o m p r e h e n d i t l e g e m n a t u r a e et l e g e m s c r i p t u r a e et legem gratiae. E t in p r a e d i c t a notificatione (Ambrosii) lex accipitur large." S a n B U E N A V E N T U R A , In II Sent., 3 5 , d u b . 4 ; e d i c . Q u a r a c c h i , t. I I , p á g . 8 3 7 . A b o r d a n d o el p r o b l e m a d e s d e o t r o p u n t o d e vista, S a n t o T o m á s l l e g a a u n a conclusión análoga: " L o q u i m u r a u t e m n u n c de actibus horninis; u n d e b o n u m et m a l u m in activus, s e c u n d u m q u o d n u n c l o q u i m u r , est a c c i p i e n d u m secund u m in q u o d est p r o p r i u m horninis i n q u a n t u m est h o m o . H a e c a u t e m est

LEY

Y

MORALIDAD

CRISTIANA

3o3

E n v a n o b u s c a r í a m o s u n a n o c i ó n d e e s e g é n e r o e n l a m o r a l de A r i s tóteles. A t e n t o e n definir las c o n d i c i o n e s d e la m o r a l i d a d , clasifica con m i n u c i o s o c u i d a d o los d i f e r e n t e s e r r o r e s q u e v i c i a n n u e s t r o s a c t o s , p e r o e n su análisis n u n c a v a m á s allá d e l a r a z ó n . E n l a b a s e d e t o d o s sus a n á l i s i s y d e los j u i c i o s q u e l o s c o n c l u y e n s e e n c u e n t r a e l p r i n c i p i o f u n d a m e n t a l d e S ó c r a t e s : t o d o m a l o es u n i g n o r a n t e . C o r r e g i d o , c o m p l e t a d o , m á s elástico p o r las necesarias precisiones d e detalle, no d e j a d e d i r i g i r l a m o r a l a r i s t o t é l i c a : " T o d o m a l o es i g n o r a n t e d e lo q u e d e b e r í a h a c e r y d e aquello d e lo q u e d e b e r í a a b s t e n e r s e ; p o r c u l p a d e u n e r r o r d e ese g é n e r o n o s h a c e m o s injustos y, g e n e r a l m e n t e hablando, m a l o s " . L o q u e está e n el o r i g e n d e l m a l , es, p u e s , u n a á(j.apirta o u n «[xápfiQtJ.a, e s d e c i r , u n e r r o r i n i c i a l d e j u i c i o , c u y o r e s u l t a d o será n o d a r e n el b l a n c o a q u e a p u n t a la acción. E n efecto, A r i s t ó t e l e s se r e p r e s e n t a a l h o m b r e c o m o e n t r e g a d o a l a p e r s e c u c i ó n d e u n a f e l i c i d a d , d e s d e l u e g o m u y r e l a t i v a , c u y a c o n q u i s t a es e l t é r m i n o d e l a v i d a m o r a l . S u s a c c i o n e s s o n b u e n a s c u a n d o l e a c e r c a n a ella, m a l a s c u a n d o l a a l e j a n ; d e t o d o s m o d o s , l a s n o c i o n e s d e b i e n y de m a l están e n él e s t r e c h a m e n t e v i n c u l a d a s a las d e é x i t o q d e fracaso. 2 0

H a y errores d e c o n d u c t a q u e n o dependen d e nosotros; son ignor a n c i a s c u y a c a u s a es e x t e r i o r a n o s o t r o s , d e l a s c u a l e s , p o r c o n s i g u i e n t e , n o s o m o s r e s p o n s a b l e s ; n o p o r eso d e j a n d e h a c e r n o s errar el b l a n c o : s o n f r a c a s o s p r o p i a m e n t e d i c h o s , e n t o d o c a s o f a l t a s de é x i t o y, si s e q u i e r e , i n f o r t u n i o s . C u a n d o l a c a u s a d e l f r a c a s o e s t á en n o s o t r o s , y a n o se t r a t a d e f o r t u n a a d v e r s a , s i n o d e f a l t a . D e m o d o q u e e n t r e l a falta m o r a l y la falta d e éxito n o h a y m á s diferencia que la d e las c a u s a s d e q u e d e p e n d e el f r a c a s o final d e l a c t o h u m a n o . Y n o c a m b i a r í a m o s su n a t u r a l e z a a g r e g a n d o a esas causas u n i m p u l s o q u e n o s a r r a s t r e a l m a l p o r d e s e o o p o r c ó l e r a ; el a c t o q u e de ello r e s u l t a es e n t o n c e s i n j u s t o , p e r o e s a i n j u s t i c i a s i g u e s i e n d o el e f e c t o d e u n a i g n o r a n c i a r a d i c a l d e l a q u e e l a c t o m a l o n o es s i n o la c o n s e c u e n c i a i n d i r e c t a . A u n si e l a c t o e s c o n s c i e n t e m e n t e q u e r i d o , d e l i b e r a d o , e l e g i d o l u e g o d e u n a d i s c u s i ó n q u e p e s a los m o t i v o s , s u m a l d a d e x p r e s a la injusticia d e l q u e lo lleva a c a b o ; y a n o es m a l o s o l a m e n t e el a c t o , s i n o e l h o m b r e ; s i n e m b a r g o , l a m a l d a d d e l h o m b r e m i s m o , la i n j u s t i c i a r a d i c a l q u e lo vicia p r e s u p o n e s i e m p r e el m i s m o e r r o r inicial d e l a r a z ó n . 1 L a v i r t u d es el h á b i t o r a z o n a b l e q u e n o s h a c e c a p a c e s de 2

ratio, u n d e b o n u m et m a l u m in actibus humanis consideratur s e c u n d u m q u o d actus c o n c o r d a t rationi i n f o r m a t a e lege divina, vel n a t u r a l i t e r , vel p e r d o c t r i n a m , v e l p e r i n f u s i o n e m ; u n d e D i o n y s i u s a i t ( i v c a p . de Div. Nom), quid a n i m a e m a l u m e s t p r a e t e r r a t i o n e m e s s e , c o r p o r i p r a e t e r n a t u r a m . " De malo, I I , 4 , R e s p . S e n o t a r á e n este t e x t o q u e el b i e n y el m a l m o r a l se d e f i n e n en relación a la razón i n f o r m a d a p o r la ley divina e n sus diferentes grados. 2»

ARISTÓTELES,

Etk.

Nte.,

III,

1,

1110

b

28-30.

1 S o b r e l a d i f e r e n c i a e n t r e áiíxr¡{xa, á¡mp'tT¡(j.ct y áSix.-rn¿a v é a s e A R I S T Ó T E L E S , Eth. Nte., V , 8 , 1 1 3 5 b 1 1 - 2 5 . C o n v i e n e n o t a r q u e l a áixap-ríjiia n o e s s i q u i e r a u n m a l m o r a l , p o r q u e n o d e p e n d e d e u n vicio y n o r e s u l t a d e l a injusticia 2

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

a l c a n z a r l a f e l i c i d a d , c o m o el vicio es el h á b i t o d e s r a z o n a b l e q u e n o s c o n d e n a a n o alcanzarla. E n todo eso n o h a y n a d a q u e nos someta a u n a ley m á s a l t a q u e l a d e l h o m b r e ; r e c o g e m o s los beneficios d e nuestra h a b i l i d a d , s o p o r t a m o s las consecuencias d e n u e s t r a t o r p e z a ; absorto e n la c o n t e m p l a c i ó n d e su p r o p i o p e n s a m i e n t o , el P r i m e r M o t o r i n m ó v i l n o legisla p a r a r e g l a r l a c o n d u c t a d e los h o m b r e s ; n o sólo n o es fácil r e p r e s e n t á r s e l o c o m o a u t o r d e u n a R e v e l a c i ó n s o b r e n a t u r a l y legislador d e u n D e c á l o g o , sino q u e , p u e s t o q u e n o es el c r e a d o r d e n u e s t r a s c o n c i e n c i a s , s i g u e s u v i d a d i v i n a s i n c r e a r d e s d e a d e n t r o l a ley que nos dirija, n i la luz q u e nos ilumine; nuestros errores n o s d a ñ a n sin q u e se e n c u e n t r e u n C r i s t o p a r a p a d e c e r p o r e l l o s ; el j u s t o p e r severa o el p e c a d o r se a r r e p i e n t e s i n q u e n i n g u n a d i c h a e n el cielo ¡acompañe su p e r s e v e r a n c i a o a c o j a su a r r e p e n t i m i e n t o ; al h o m b r e q u e d a l i b r a d a s u v i d a m o r a l y s u s c o n s e c u e n c i a s ; D i o s n o se i n t e r e s a en ello. E n P l a t ó n las cosas p a r e c e n o c u r r i r d i f e r e n t e m e n t e ; y a u n tiene q u e s e r n e c e s a r i a m e n t e a s í e n u n a f i l o s o f í a e n q u e l o s d i o s e s s o n los a u t o r e s d e l a n a t u r a l e z a y l a g o b i e r n a n p r o v i d e n c i a l m e n t e m e d i a n t e leyes. E n el p l a t o n i s m o , c o m o e n el c r i s t i a n i s m o , existe u n o r d e n d i v i n o q u e d o m i n a al o r d e n d e la m o r a l i d a d y lo define. E x p r e s á n d o s e e n el l e n g u a j e d e l m i t o , el filósofo r e c u e r d a l a a n t i g u a t r a d i c i ó n q u e q u e r í a q u e S a t u r n o , c o m p r o b a n d o l a i n c a p a c i d a d d e t o d o h o m b r e p a r a g o b e r n a r a los d e m á s c o n l a a u t o r i d a d c o n v e n i e n t e , s o m e t i ó las c i u d a d e s a intelig e n c i a s m á s d i v i n a s q u e l a s n u e s t r a s e h i z o d e esos D e m o n i o s p a s t o r e s d e h o m b r e s , c o m o los h o m b r e s s o n p a s t o r e s d e s u s r e b a ñ o s . A esos g u í a s divinos n o s s o m e t e m o s c u a n d o , s i g u i e n d o los p r e c e p t o s d e l a r a z ó n , les c o n f i a m o s p o r eso m i s m o l a c o n d u c t a d e n u e s t r a v i d a privada, d e nuestras familias o d e las ciudades d e q u e f o r m a n parte. N o h a y , p u e s , d i f e r e n c i a e n t r e o b e d e c e r a los dioses u o b e d e c e r " a la p a r t e i n m o r t a l d e nuestro ser" . Identifiquemos a S a t u r n o con el D e m i u r g o d e l Tirneo; ¿ n o e n c o n t r a m o s a q u í el equivalente del m u n d o c r i s t i a n o , d o n d e l a ley n a t u r a l d e l a r a z ó n n o es s i n o l a e x 2 2

del sujeto a c t u a n t e ( 1 1 2 5 a 1 7 - 1 9 ) ; la falta proviene entonces, y a sea d e u n error p u r a m e n t e accidental, de simple ignorancia o de error en la deliberación (1142 a 2 1 ) . L a m a l d a d m o r a l d e p e n d e , pues, d e la presencia d e u n vicio ( m a l h á b i t o e s t a b l e ) , c a u s a p e r m a n e n t e d e a c c i o n e s d e f e c t u o s a s ; se p u e d e n c o m e t e r i n j u s t i c i a s sin s e r i n j u s t o , m a l d a d e s s i n s e r m a l o ; p e r o t e n e r el juicio e q u i v o c a d o y l a v o l u n t a d d e s o r d e n a d a h a s t a el p u n t o d e elegir el m a l , e s s e r i n j u s t o : aSaoq; p e r v e r s o : u,ox6'Qpómejor intención del mundo se calcula mal el acto o falla la ejecución, pero aun en este caso la buena intención repercute a través d e la serie de actos que ella suscita; en cierto modo rescata su torpeza, absuelve su mediocridad, de modo que siempre queda algo fundamentalmente bueno, en lo que se hace mal, siempre y cuando se haga con buena intención . u

7

6

" O c u l u m ergo hic accipere debemus ipsam intentionem q u a facimus quidq u i d í a c i m u s : q u a e si m u n d a f u e r i t e t r e c t a , e t i l l u d a s p i c i e n s q u o d a s p i c i e n d u m est, o m n i a o p e r a n o s t r a , q u a e s e c u n d u m e a m o p e r a m u r , necesse e s t b o n a s i n t . . . N o n ergo q u o d q u i s q u e faciat, sed q u o a n i m o faciat, c o n s i d e r a n d u m est." S a n A G U S T Í N , De serm. Domini in monte, I I , 1 3 , 4 5 - 4 6 ; Patr. lat., t. 3 4 , c o l . 1 2 8 9 . " L u m e n d i c i t (Mat., 6, 2 3 ) b o n a m intentionem mentis, q u e o p e r a m u r " , Quaest. evang., I I , 1 5 ; t. 3 5 , c o l . 1 3 3 9 . Gf. Serm. 149, 1 2 , 1 3 - 1 3 , 1 4 ; t . 3 8 , c o l . 8 0 4 - 8 0 5 . Enarr. in Ps. 31, 2 , 4 ; t. 3 6 , c o l . 2 5 9 - 2 6 0 . . S o b r e l a s e x p r e s i o n e s " l u m e n " y " o c u l u s " , d e o r i g e n e s c r i p t u r a r i o , v é a s e S a n B U E N A V E N T U R A , In II Sent., 3 8 , 2, 2 , f u n d . 5 , 6 ; a r g . 3 , y Resp. a d a r g . 1 y 2 ; e d i c . Q u a r a c c h i , t . I I , p á g s . 8 9 2 - 8 9 3 . Gf. S a n t o T O M Á S DE A Q U I N O , Sum. theol, I" - I I " , 12, 1 y 2. S a n BUENAVENTURA: " I n a c t i o n e n a t u r a l i , i n q u a f o r m a est finis, b o n i t a s g e n e r a t i o n i s e t o p e r a t i o n i s a t t e n d i t u r p e n e s f i n e m e t f o r m a m ; e r g o c u m i n t e n t i o finis a e q u e sit essentialis m o r a l i a c t u i , u t n a t u r a l i , e t b o n i t a s a c t u s v o l u n t a t i s p c r t í n e a t a d m o r e s ; v i d e t u r , q u o d b o n i t a s v o l u n t a t i s e t r e c t i f i c a t i o p e n e s b o n i t a t e m finis h a b e a t a t t e n d i e t c o g n o s c i " . In II Sent., 3 8 , 1, 1, f u n d . 4 ; e d i c . Q u a r a c c h i , t. I I , p á g . 8 8 1 . " . . . n o n e s t o p u s m o r a l e , n i s i q u o d f i t e x ¡ n t e n t i o n e . " In II Sent., 4 0 , 1, 1, a d 6 ; t . I I , p á g . 9 2 2 . S a n t o T O M Á S DE A Q U I N O : "...bonitas v o l u n t a t i s e x i n t e n t i o n e f i n i s d e p e n d e t . " Sum. theol, I " - I I " , 1 9 , 7 , S e d c o n t r a . ". . . sola m a l i t i a i n t e n t i o n i s sufficit a d m a l i t i a m v o l u n t a t i s ; et i d e o e t i a m q u a n t u m m a l a e s t i n t e n t i o , t a n t u m m a l a e s t v o l u n t a s . " Sum theol, I" - I I " , 19, 8, a d 3 " ' . " V i r t u s p r i m a e i n t e n t i o n i s , q u a e est r e s p e c t u u l t i m i finis, m a n e t i n q u o l i b e t a p p e t i t u c u j u s c u m q u e r e í , etiamsi d e u l t i m o fine a c t u n o n cogitetur." I* - I I " , 1, 6 , a d 3™. D U N S E S C O T O , Quodlib., X V I I I , n . 4 y sig. a

a

7

" E s t i g i t u r i n t e n t i o a c t u s v o l u n t a t i s . " S a n t o T O M Á S DE A Q U I N O , Sum. theol, I " - I I " , 1 2 , 1, S e d c o n t r a . " E r g o i n r e b u s v o l u n t a r i i s , i d e m m o t u s e s t i n t e n t i o f i n i s e t v o l u n t a s e j u s q u o d e s t a d f i n e m . " Sum. theol, I - I I , 1 2 , 4 , S e d c o n t r a . " S e d v o l u n t a s p o t e s t velle a l i q u o d o b j e c t u m n o n p r o p o r t i o n a t u m fini i n t e n t o ; et sic, v o l u n t a s q u a e f e r t u r i n illud o b j e c t u m absolute c o n s i d e r a t u m n o n est t a n t u m b o n a , q u a n t u m e s t i n t e n t i o . " Sum. theol, I - I I " , 19, 8, Resp. " S e d quia etiam ipsa intentio q u o d a m m o d o pertinet ad a c t u m voluntatis, in q u a n t u m scilicet est r a t i o ejus, p r o p t e r h o c r e d u n d a t q u a n t i t a s b o n a e intentionis in volúntateme' Ibid. a

a

a

a 0

a

INTENCIÓN,

CONCIENCIA

Y

3ig

OBLIGACIÓN

L a e v i d e n c i a d e estas v e r d a d e s a d q u i e r e p a r a los p e n s a d o r e s cristianos t a l i m p o r t a n c i a , q u e c u a n d o el p r o b l e m a d e la definición técn i c a d e l b i e n y d e l m a l se p l a n t e ó e n s u s m e n t e s , f u e r o n e n s e g u i d a t a n l e j o s c o m o les f u é p o s i b l e e n l a d i r e c c i ó n d e u n a m o r a l de l a i n t e n c i ó n . E n el siglo x n , p r e g u n t á n d o s e q u é d e b e e n t e n d e r s e e x a c t a m e n t e p o r e l v o c a b l o p e c a d o , P e d r o L o m b a r d o c i t a a filósofos para q u i e n e s l o q u e c o n s t i t u y e e l p e c a d o e s l a s o l a m a l a v o l u n t a d , y n o el acto exterior . P a r a q u i e n r e c u e r d a la influencia q u e A b e l a r d o ejerc i ó s o b r e e s e t e ó l o g o , n o c a b e l a m e n o r d u d a r e s p e c t o d e l jefe de la e s c u e l a e n q u e é s t e p i e n s a . E l Scito te ipsum d e A b e l a r d o n o es de m e n o r importancia p a r a la historia de la moral, d e la q u e tiene p a r a la d e l a lógica su c o m e n t a r i o sobre Porfirio, y lo q u e su m o r a l p o n e i n m e d i a t a m e n t e e n e l p r i m e r p l a n o es l a i m p o r t a n c i a p r i m o r d i a l d e l c o n s e n t i m i e n t o i n t e r n o , s u p r e p o n d e r a n c i a s o b r e el a c t o que le s i g u e . U n a c o s a es p e c a r y o t r a l l e v a r a c a b o e l p e c a d o . Tan lejos lleva e s t a d i s t i n c i ó n , q u e , p a r a él, n o sólo n o d e b e l l a m a r s e p e c a d o , e n el s e n t i d o p r o p i o d e l t é r m i n o , l a m a l a a c c i ó n , s i n o que n i s i q u i e r a a g r e g a n a d a a l a g r a v e d a d d e l p e c a d o . L o que n o s h a c e v a c i l a r e n a d m i t i r l o es q u e a n u e s t r o a l r e d e d o r v e m o s c a s t i g a r l a s m a l a s a c c i o n e s m u c h o m á s q u e l o s p e c a d o s . P e r o si s e q u i e r e p l a n t e a r el p r o b l e m a d e s d e el p u n t o d e vista d e l a s leyes sociales, h a y q u e i r m á s lejos t o d a v í a , p u e s o c u r r e q u e l a ley c a s t i g a a c c i o n e s q u e n i s i q u i e r a s o n m a l a s , o t o l e r a o t r a s q u e l o s o n . E s p o r q u e l a ley n o m i r a a r e c o m p e n s a r el b i e n o a castigar el m a l , sino a m a n t e n e r el o r d e n e n l a s o c i e d a d . D e a h í l a i m p o r t a n c i a s u m a q u e l a l e y a t r i b u y e a l h e c h o d e q u e los actos delictuosos h a n sido llevados a c a b o o n o . N o s u c e d e lo m i s m o c o n D i o s ; o b s e r v a m e n o s lo q u e h a c e m o s , q u e el á n i m o c o n q u e lo h a c e m o s ; e n v e r d a d , p e s a n u e s t r a c u l p a b i l i d a d s e g ú n l a i n t e n c i ó n : veraciter in intentione nostra reatum pensat, y p o r eso j u s t a m e n t e , agrega A b e l a r d o , d e É l está escrito e n Jeremías q u e p r u e b a los r i ñ o n e s y el c o r a z ó n : " G o m o v e a m a r a v i l l a d o n d e n a d i e v e , a l c a s t i g a r e l p e c a d o n o m i r a l a a c c i ó n , s i n o la i n t e n c i ó n , a s í c o m o n o s o t r o s , p o r l o c o n t r a r i o , n o c a s t i g a m o s l a i n t e n c i ó n , que n o se n o s a l c a n z a , s i n o l a a c c i ó n , q u e c o n o c e m o s " . E n r e a l i d a d , p u e s , n o h a y m á s p e c a d o s q u e l o s d e l a l m a , y s u e s e n c i a se r e d u c e 8

9

8

" Q u o c í r c a , diversitatis hujus v e r b o r u m occasione, de peccato plurimi diversa s e n s e r u n t . Alii e n i m d i x e r u n t v o l u n t a t e m m a l a m t a n t u m p e c c a t u m esse e t n o n a c t u s esse b o n o , e t a D e o e t e x D e o a u c t o r e esse, m a l u m a u t e m n i h i l esse." PEDRO L O M A R D O , II Sent., 3 5 , 2 ; e d i c . Q u a r a c c h i , p á g . 4 9 2 . 9

A B E L A R D O , Scito te ipsum, c a p . v ; Patr. lat., t . 1 7 8 , c o l . 6 4 7 - 6 4 8 . C f . " J u x t a igitur haec d ú o , concupiscentiam carnis et concupiscentiam animae, quae praem i s i m u s , p r o b a t o r c o r d i s e t r e n u m d i c t u s e s t D e u s (Jer., 2 0 , 1 2 ) , h o c e s t i n s p e c tor i n t e n t i o n u m vel consensuum inde provenientium. Nos vero q u i hoc discuterc ac dijudicare n o n valemus, a d o p e r a m á x i m e j u d i c i u m n o s t r u m convertirnus, nec t a m culpas q u a m opera punimus, n e c in aliquo t a m quod ejus animae nocet, q u a m q u o d a l i i s n o c e r e p o s s i t v i n d i c a r e s t u d e m u s . " Op. cit., c a p . v i l , c o l . 6 4 8 - 6 4 9 .

J20

EL

ESPÍRITU

DE L A FILOSOFÍA

MEDIEVAL

a l á n i m o d e l a c t o m a l o , es decir-, a l e s p í r i t u q u e l e a n i m a , d e l m i s m o r n o d o q u e n o h a y b i e n m o r a l s i n o e n el á n i m o d e l c u a l l a a c c i ó n b u e n a es e n c i e r t o m o d o e l c u e r p o , ú n i c a q u e l a c a l i f i c a . Y ¿ q u é es l o q u e h a c e q u e l a i n t e n c i ó n m i s m a s e a b u e n a ? ¿ L a c o n v i c c i ó n de q u e hacemos bien? ¿ L a persuasión en q u e estamos de q u e agrada a D i o s q u e o b r e m o s c o m o o b r a m o s ? Disposiciones excelentes, sin d u d a , y n e c e s a r i a s , p e r o n o s u f i c i e n t e s , s i n e m b a r g o , si r e c o r d a m o s q u e existe u n a ley divina, r e g u l a d o r a s u p r e m a d e las intenciones y de las acciones. U n a c o n d i c i ó n ulterior es, p u e s , necesaria, p a r a llevar la noción d e m o r a l i d a d a su p u n t o d e c o m p l e t a d e t e r m i n a c i ó n . 1 0

N o es p o s i b l e h a c e r l o s i n o v i n c u l a n d o e l c o n c e p t o d e i n t e n c i ó n a l d e c o n c i e n c i a m o r a l ; p o r lo d e m á s , están e s t r e c h a m e n t e u n i d o s . A l llevar a ese p u n t o el p a p e l d e l a i n t e n c i ó n , los p e n s a d o r e s cristianos se p u s i e r o n a n t e u n a d i f i c u l t a d c o n s i d e r a b l e . L a r a z ó n h u m a n a es u n a y la m i s m a e n su ejercicio práctico y e n su ejercicio teórico. Por u n a parte, la iluminación divina la hace capaz d e pensar p o r principios rrecesarios; p o r o t r a p a r t e , la e x p e r i e n c i a i n t e r n a o sensible le p r o v e e l a m a t e r i a a l a c u a l se a p l i c a r á n esos p r i n c i p i o s . T a n t o si se t r a t a d e saber lo q u e s o n las cosas y constituir la ciencia, c u a n t o d e saber lo q u e d e b e n s e r n u e s t r o s actos y c o n s t i t u i r l a m o r a l , n o dispon e m o s s i e m p r e sino d e l a m i s m a r e g l a y d e los m i s m o s m a t e r i a l e s d e c o n s t r u c c i ó n . S i n e m b a r g o , c u a n d o se t r a t a d e d e t e r m i n a r el bien m o r a l , d e b e m o s t e n e r e n c u e n t a u n e l e m e n t o e s p e c i a l , q u e se i n t e r p o n e e n t r e l a p r o m u l g a c i ó n d e los p r i n c i p i o s p o r la r a z ó n y los juicios p a r t i c u l a r e s q u e d e ello d e r i v a n . E s l a c o n c i e n c i a . C o n ese v o c a b l o no e m e n d e m o s u n a f a c u l t a d d i s t i n t a d e l a v o l u n t a d o d e l a r a z ó n , s i n o urr a c t o , o m á s b i e n a c t o s , p o r l o s c u a l e s a p l i c a m o s el c o n o c i m i e n t o racional a n u e s t r a c o n d u c t a , a fin d e juzgarla. U n a s veces reconocemos sencillamente haber hecho o n o haber hecho alguna cosa, y entonces decimos q u e t e n e m o s corrciencia d e n u e s t r a acción u o m i s i ó n ; o t r a s v e c e s j u z g a m o s q u e es m e n e s t e r h a c e r t a l c o s a o n o ¡laceria: decimos entonces q u e la conciencia o r d e n a o prohibe obrar; otras, e n fin, volviendo sobre u n acto ya cometido, p a r a juzgarlo, l o a p r u e b a o l o c e n s u r a , y s u v o z es e n t o n c e s l a d e l r e m o r d i m i e n t o . 1 1

1 0

ABELARDO, Seito

te ipsurn, c a p . x i , c o l . 6 5 2 .

S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , Sum. theol., I , 7 9 , 1 3 , R e s p . C f . De veritate, X V I I , 1, R e s p . C f . O . R E N Z , Die Synderesis nach dem hl. Thomas von Aquin, B a e u m k e r - B e i t r á g e , X , 1-2, M ü n s t e r , 1 9 1 1 . L a t e r m i n o l o g í a m e d i e v a l n o está fijada sobre ese p u n t o y la posición tomista es e l a j u s t e d e u n a l e n t a e l a b o r a c i ó n . S a n t o T o m á s p o n e , e n e l o r i g e n d e todo, el intelecto, o luz n a t u r a l , q u e es u n a facultad. Esta facultad tiene d o s habitus n a t u r a l e s ; el d e los p r i m e r o s principios d e l c o n o c i m i e n t o : intellectus 1 1

principiorurn,

e l d e l o s p r i m e r o s p r i n c i p i o s d e l a a c c i ó n : synderesis

(Sum.

theol.,

I, 79, 1 2 ) . A l decir " n a t u r a l e s " q u i e r e decirse q u e n o tienen necesidad d e ser a d q u i r i d o s , sino q u e p e r t e n e c e n a t o d o ser inteligente e n c u a n t o tal. A p l i c a n d o los p r i n c i p i o s p r i m e r o s d e l i n t e l e c t o e n e l o r d e n t e ó r i c o , se o b t i e n e l a ciencia;

INTENCIÓN,

CONCIENCIA

Y

OBLIGACIÓN

321

D e esas tres f u n c i o n e s , l a s e g u n d a es p a r t i c u l a r m e n t e i m p o r t a n t e p a r a l a d e t e r m i n a c i ó n d e l b i e n m o r a l . P u e s t o q u e l a i n t e n c i ó n c a l i f i c a al a c t o , ¿ q u é h a r á l a v o l u n t a d e n p r e s e n c i a d e los j u i c i o s d e l a r a z ó n ? E l p r o b l e m a s e r í a sencillo si l a r a z ó n h u m a n a fuese i n f a l i b l e ; p e r o n o lo es. P o r c o n s i g u i e n t e , e n el s u p u e s t o d e q u e l a c o n c i e n c i a m o r a l se e q u i v o q u e e n l a a p l i c a c i ó n d e l o s p r i n c i p i o s a l d e t a l l e d e l a a c c i ó n , ¿ q u é d e b e r á h a c e r la v o l u n t a d ? S i o b e d e c e a la c o n c i e n c i a , h a r á el m a l ; p e r o si l e d e s o b e d e c e , o p t a r á c o n t r a l o q u e l a r a z ó n l e p r e s cribe c o m o b i e n , su i n t e n c i ó n será, p o r c o n s i g u i e n t e , m a l a , y el acto entero será t o d o m a l o . ¿ C ó m o salir d e esta dificultad? Los moralistas cristianos están d e acuerdo e n a d m i t i r q u e toda prescripción d e la conciencia obliga a la voluntad a conformarse a e l l a . P o r l o d e m á s , es u n a c o n s e c u e n c i a i n e v i t a b l e p a r a e l l o s , d e s d e el m o m e n t o e n q u e d e c i d e n q u e e l v a l o r d e l a c t o d e p e n d e d e l a i n t e n c i ó n q u e lo inspira. E l o b j e t i v i s m o g r i e g o , p a r t i c u l a r m e n t e t a i c o m o se e x p r e s a en la m o r a l d e Aristóteles, c e d e r á a q u í e n t o d a la l í n e a . Y a n o es e l o b j e t o t a l c u a l e s e n sí m i s m o , s i n o t a l c o m o l a r a z ó n lo p e r c i b e , e l q u e c a l i f i c a r á a l a v o l u n t a d . I n d i f e r e n t e e n sí m i s m o , será b u e n o o m a l o según lo represente la r a z ó n c o m o u n bien pos h a c e r o u n m a l p o r e v i t a r . B u e n o e n sí m i s m o , s e c o n v i e r t e e n m a l ; a p l i c á n d o l o s e n e l o r d e n p r á c t i c o , se. o b t i e n e l a conciencia. L a conciencia es, pues, u n juicio práctico sobre u n acto hecho o p o r hacer. U n a p r i m e r a a m b i g ü e d a d s e d e b e a q u e p u e d e d e s i g n a r s e u n habitas c o n e l n o m b r e d e l a c t o q u e a q u é l d e t e r m i n a . E n e f e c t o , e l habitus e s e l p r i n c i p i o d e l a c t o q u e d e é l d e p e n d e . H a o c u r r i d o , p u e s , y s i e m p r e p u e d e o c u r r i r , q u e se l í a m e " c o n c i e n c i a " a l a synderesis misma, principio del juicio de conciencia. Santo T o m á s r e m i t e , p a r a e s a r e d u c c i ó n d e l a c o n c i e n c i a a l a synderesis, a San JERÓN I M O , In Ezech., I , 6 ; S a n J U A N D A M A S C E N O , De fide orth., I V , 2 2 . T a m b i é n p a r e c e s e r e l e m p l e o q u e d e l v o c a b l o h a c e S a n A G U S T Í N , Enarr. in I's. 57, 1 ; Patr. lat., t. 3 6 , c o l . 6 7 3 - 6 7 4 . P u e d e d e c i r s e , p u e s , q u e e n e l s e n t i d o a m p l i o , c o n c i e n c i a significa l a posesión n a t u r a l d e los p r i n c i p i o s d e l a r a z ó n p r á c t i c a (synderesis), o, e n el s e n t i d o e s t r i c t o , s u a p l i c a c i ó n , p o r m e d i o d e j u i c i o s p a r ticulares, al detalle d e la c o n d u c t a m o r a l , q u e a q u é l l a a p r e h e n d e y c o m p r u e b a , prescribe o prohibe, aprueba o desaprueba. U n a s e g u n d a a m b i g ü e d a d , m u c h o m á s g r a v e p o r q u e r e c a e sobre el f o n d o d e l a c u e s t i ó n , s e d e b e a l a o p o s i c i ó n q u e a q u í c o m o e n o t r a s p a r t e s se e n c u e n t r a e n t r e el v o l u n t a r i s m o d e l a e s c u e l a a g u s t i n i a n a y el i n t e l e c t u a l i s m o t o m i s t a . E s q u e m á t i c a m e n t e p u e d e n d i s t i n g u i r s e así las p r i n c i p a l e s p o s i c i o n e s : A . Voluntarismo completo, tipo Enrique d e Gante. L a conciencia n o pertenece a la p a r t e cognoscitiva, sino a la p a r t e afectiva del a l m a . E n efecto, vemos a hombres q u e s a b e n lo q u e d e b e h a c e r s e y c a r e c e n d e c o n c i e n c i a p a r a h a c e r l o . E n t o n c e s d e f i n e l a synderesis como siendo " q u i d a m universalis motor, stimulans a d o p u s s e c u n d u m regulas universales legis n a t u r a e " , m i e n t r a s q u e l a conciencia es " q u i d a m particularis motor, stimulans a d opus s e c u n d u m d i c t a m e n rectae r a t i o n i s " . E . D E G A N T E , Quodlib. I, q u . 1 8 (in S a n B U E N A V E N T U R A , Opera omnia, Q u a r a c c h i , t . I I , p á g . 9 0 0 ) . H a y , p u e s , b a j o l a r a z ó n p r á c t i c a , u n m o t o r a f e c t i v o , y a s e a u n i v e r s a l (synderesis), y a s e a p a r t i c u l a r (conscieniia). B. Semiv o l u n t a r i s m o , t i p o S a n B u e n a v e n t u r a . L a conscientia es u n habitus i n n a t o d e la f a c u l t a d d e conocer, t o m a d a e n su función práctica, n o e n su función especul a t i v a . E l v o c a b l o c o n c i e n c i a d e s i g n a e n t o n c e s , y a s e a l a f a c u l t a d m i s m a q u e es

322

EL

malo

ESPÍRITU

e n sí m i s m o ,

DE LA FILOSOFÍA

se c o n v i e r t e

MEDIEVAL

e n b i e n , si e l j u i c i o

práctico

d e la

razón lo r e p r e s e n t a c o m o t a l a l a v o l u n t a d . T o m e m o s e j e m p l o s q u e , para los c r i s t i a n o s , c o r r e s p o n d e n m a n i f i e s t a m e n t e a c a s o s e x t r e m o s . "Creer e n C r i s t o es b u e n o e n sí, y n e c e s a r i o a l a s a l v a c i ó n , p e r o l a voluntad n o se i n c l i n a a h a c e r l o s i n o s e g ú n l a r a z ó n s e l o p r o p o n e ; por e s o , si la r a z ó n se l o p r o p o n e c o m o u n m a l , l a v o l u n t a d se i n c l i ­ nará c o m o h a c i a u n m a l , n o p o r q u e e n sí s e a u n m a l , s i n o p o r q u e accidentalmente e s u n m a l , a c a u s a d e l a m a n e r a c o n q u e l a r a z ó n

lo

aprehende"

1 2

. Santo

Tomás de A q u i n o

juzga,

pues,

que una

voluntad q u e s e i n c l i n a t a n t o hacia el b i e n c o r n o h a c i a e l m a l , p o r el hecho mismo q u e s e s e p a r a de la r a z ó n , a u n e r r ó n e a , es u n a m a l a voluntad. I n v e r s a m e n t e , e r a a todas l u c e s u n m a l p e r s e g u i r a l C r i s t o , y -nada puede h a c e r q u e s e m e j a n t e a c c i ó n f u e r a b u e n a ; s i n e m b a r g o , si quienes l o p e r s i g u i e r o n , a Él o a s u s d i s c í p u l o s , lo h i c i e r o n p o r q u e s u conciencia s e l o o r d e n a b a , sólo p e c a r o n p o r i g n o r a n c i a ; s u f a l t a hubiese sido más g r a v e si, c o n t r a r i a n d o l a s p r e s c r i p c i o n e s d e s u c o n ­ ciencia, los h u b i e s e n e x c u s a d o . A l a f i r m a r l o , A b e l a r d o n o d i c e n a d a que n o concuerde c o n lo q u e p r o n t o s e r á l a p o s i c i ó n t o m i s t a d e l : L 3

e l i n t e l e c t o , y a s e a e l habitus d e l o s p r i n c i p i o s p r á c t i c o s , y a s e a n l o s p r i n c i p i o s m i s m o s q u e e l habitus c o n t i e n e ( S a n B U E N A V E N T U R A , In II Sent., 3 9 , 1 , 1, r e s p . : edic. cit., t . I I , p á g . 8 9 9 ) . L o q u e S a n t o T o m á s l l a m a synderesis está, p u e s , i n c l u i d o , c o m o el m i s m o S a n t o T o m á s a d m i t e q u e e n rigor p u e d a h a c e r s e ; p e r o , e n S a n B u e n a v e n t u r a , l a m i s m a synderesis es m u y d i s t i n t a . É s t a es a l a a f e c t i v i d a d lo q u e e l b u e n s e n t i d o es a l a r a z ó n : "affectus h a b e t n a t u r a l e q u o d d a m pondus, d i r i g e n s i p s u m i n a p p e t e n d i s " (In II Sent., 3 9 , 2 , 1 , R e s p . ; t . I I , p á g . 9 1 0 ) . S e r e c o n o c e e l pondus a g u s t i n i a n o ; S a n B u e n a v e n t u r a c o l o c a , p u e s , l a synderesis e n la a f e c t i v i d a d : " D i c o e n i m q u o d synderesis dicit, illud q u o d s t i m u l a t a d b o n u m e t i d e o e x p a r t e a f f e c t i o n i s s e t e n e r " . In II Sent., 3 9 , 2 , 1 , p á g , 9 1 0 . G . V o l u n t a r i s m o t r a n s a c c i o n a l , t i p o R i c a r d o d e M i d d l e t o n : l a syn­ deresis p u e d e s i g n i f i c a r n u e s t r a i n c l i n a c i ó n n a t u r a l y n e c e s a r i a a l b i e n e n g e n e r a l ; e n t o n c e s es a f e c t i v a ; o l a p e r s u a s i ó n , n o n e c e s i t a n t e , d e l a r a z ó n q u e n o s inclina h a c i a el b i e n , y e n t o n c e s es i n t e l e c t u a l . L a c o n c i e n c i a es l a p r e s c r i p c i ó n d e l a r a z ó n p r á c t i c a ( t e x t o s e n E . H O C E D E Z , Richard de Middleton, Lovaina, 1 9 2 5 , p á g s . 2 2 6 - 2 2 9 ) . D . I n t e l e c t u a l i s r n o , t i p o T o m á s d e A q u i n o ; synderesis y con­ ciencia son, u n a y otra, del o r d e n cognoscitivo, a u n q u e práctico. L a posición t o m i s t a a c a b a d e s e r d e s c r i t a ; se l e p u e d e a g r e g a r , a p e s a r d e l o s m a t i c e s q u e l a s d i s t i n g u e n , D U N S E S C O T O , In II Sent., 3 9 , 1 ( l a synderesis e s t á e n l a p o r c i ó n s u p e r i o r d e l a r a z ó n , c o m o l o q u i e r e n S a n J e r ó n i m o y P e d r o L o m b a r d o ) ; In II Sent., 3 9 , 2 : l a synderesis es el " h a b i t u s p r i n c i p i o r u m " q u e p e r t e n e c e d e d e r e c h o a l a r a z ó n n a t u r a l p r á c t i c a ; l a c o n c i e n c i a es el " h a b i t u s p r o p r i u s c o n c l u s i o n i s p r a c t i c a e " q u e se d e d u c e d e esos p r i n c i p i o s . S o b r e l a h i s t o r i a d e e s a s n o c i o n e s , v é a s e D . O . L O T T I N , La syndérése chez les

premiers (1927),

d'Aquin, para 2

tate, 1 3

Ibid., págs.

franciscains de Paris, e n Revue La syndérése chez Albert

265-291.

no parecer

(1931),

1

maüres págs.

néo-scol. de Phil., t . X X I X le Grand et saint Thomas

t. X X X ( 1 9 2 8 ) , p á g s . 1 8 - 4 4 , y las n o t a s , d e m a s i a d o sugestivas b r e v e s , d e l P . T H . D E M A N , e n Bulletin thomiste, t. V I I I , 2

273-274.

S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , Sum,

XVII, 4. ABELARDO, Scito

te ipsum,

theol.,

I

a

c a p . x i v ; Patr.

- I I " " , 1 9 , 5 , C o n c l . C f . De

lat., t. 1 7 8 , c o l . 6 5 7 D.

veri­

INTENCIÓN,

problema: tiam, ergo

voluntas voluntas

CONCIENCIA

discordans discordans

Y

3a3

OBLIGACIÓN

a ratione errante est contra a ratione errante est mala.

conscien-

A q u í e s t a m o s , p u e s , t a n c e r c a c o m o es p o s i b l e d e u n a m o r a l d e la i n t e n c i ó n , e n e l s e n t i d o e s t r i c t o d e l a e x p r e s i ó n . S i l o s m o r a l i s t a s de la E d a d M e d i a n o l l e g a r o n h a s t a el k a n t i s m o , n o es p o r q u e n o c o n c i b i e r a n l a p o s i b i l i d a d d e s e m e j a n t e m o r a l , s i n o p o r q u e , l u e g o de c o n c e b i d a , l a r e c h a z a r o n . D e t o d o s e l l o s , el q u e m á s p a r e c e a c e r c á r s e l e es A b e l a r d o , p u e s t o q u e , c o m o h e m o s v i s t o , e l c u m p l i m i e n t o o n o c u m p l i m i e n t o d e l a c t o , p a r a é l , n o c a m b i a n a d a a l v a l o r de n u e s t r a s d e c i s i o n e s v o l u n t a r i a s . S i n e m b a r g o , n o f u é s e g u i d o e n ese p u n t o ; el r o b u s t o b u e n s e n t i d o y el r e a l i s m o d e los filósofos cristianos siempre rechazaron admitir q u e sea idénticamente t a n bueno querer d a r u n a l i m o s n a s i n d a r l a , c o m o q u e r e r d a r l a , y d a r l a ; o q u e sea t a n m a l o q u e r e r m a t a r a u n h o m b r e s i n m a t a r l o , c o m o q u e r e r matarlo, m a t á n d o l o . E l adulterio q u e el h o m b r e comete e n su corazón es u n v e r d a d e r o a d u l t e r i o , p e r o n o e s u n a r a z ó n p a r a a g r e g a r otro. A d e m á s — y e n e s t o e n c o n t r a m o s a A b e l a r d o d e a c u e r d o c o n todos los m o r a l i s t a s c r i s t i a n o s q u e l l e g a r á n d e s p u é s d e é l — , p o r m u y necesario q u e sea p o n e r l a en el c e n t r o d e la m o r a l i d a d , la intención d e l a c o n c i e n c i a n o b a s t a p a r a d e f i n i r l a . F u e r a y p o r e n c i m a d e lo q u e n o s p a r e c e b u e n o o m a l o , h a y l o q u e es b u e n o o m a l o . La c o n c i e n c i a t o r c i d a o b l i g a , es m u y c i e r t o , p e r o u n a c t o d i c t a d o por u n a c o n c i e n c i a r e c t a es m u y d i f e r e n t e d e l q u e d i c t a u n a c o n c i e n c i a e q u i v o c a d a , y es e l ú n i c o v e r d a d e r a m e n t e b u e n o . A d e m á s d e l d e b e r de obedecer a n u e s t r a conciencia, t e n e m o s el d e criticarla y r e e m p l a z a r n u e s t r a m a l a c o n c i e n c i a p o r u n a m e j o r c a d a v e z q u e s e a de temer u n error d e juicio. 1 4

P a r a t e n e r e n c u e n t a , c o m o se d e b e , e s t a n u e v a c o n d i c i ó n , es men e s t e r p o n e r e n e v i d e n c i a el p a p e l p r e p o n d e r a n t e q u e d e s e m p e ñ a la d e t e r m i n a c i ó n d e l o s f i n e s e n l a e c o n o m í a d e l a m o r a l c r i s t i a n a . Los A n t i g u o s n o i g n o r a r o n s u i m p o r t a n c i a ; m u y l e j o s d e e l l o ; el título 1 4

" Q u a l i u m i g n o r a n t i a e A p o s t o l u s q u i d e m c o m p a t i e n s a i t : Testimonium

perhibeo,

quod

aemulationem

Dei habent,

sed non secundum

scientiam

Mis

(Rom.,

X , 2 ) ; h o c est, m a g n u m fervorem h a b e n t e t desiderium in his faciendis q u a e D e o p l a c e r é c r e d u n t ; s e d q u i a i n h o c anirni sui zelo vel s t u d i o d e c i p i u n t u r , e r r ó n e a est e o r u m intentio, n e c simplex est oculus cordis, u t clare videre queat, h o c est, a b e r r o r e sibi p r o v i d e r e . D i l i g e n t e r i t a q u e D o m i n u s , c u m s e c u n d u m i n t e n t i o n e m r e c t a m vel n o n r e c t a m o p e r a distingueret, o c u l u m m e n t í s , h o c est, i n t e n t i o n e m , simplicem et quasi a sorde p u r a m , u t clare videre possit, a u t e con-

t r a r i o tenebrosam

vocavit, c u m diceret:

si oculus

tuus

simplex

fuerit,

totum

corpus tuum lucidum erit ( M a t t , V I , 2 2 ) ; h o c e s t , si i n t e n t i o r e c t a l u e r i t , t o t a massa o p e r u m i n d e p r o v e n i e n t u m , q u a e m o r e c o r p o r a l i u m r e r u m videri possit, erit luce d i g n a , h o c est b o n a ; sic e c o n t r a r i o . N o n est i t a q u e i n t e n t i o b o n a d i c e n d a , q u i a b o n a v i d e t u r , sed i n s u p e r q u i a talis est, sicut e x i s t i m a t u r ; c u m v i d e l i c e t i l l u d , a d q u o d t e n d i t , si D e o p l a c e r é c r e d i t , i n h a c i n s u p e r e x i s t i m a t i o n e s u a n e q u á q u a m f a l l a t u r . " A B E L A R D O , Scito te ipsum, c a p . x n ; Patr. lat-, t. 1 7 8 , c o l . 6 5 3 .

324

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

s ó l o d e l De finibus bonorum et malorum b a s t a p a r a r e c o r d a r q u e la c o n o c i e r o n . P e r o la dificultad q u e e n c o n t r a r n o s p a r a t r a d u c i r l o quiz á se d e b a a q u e , i m p r e g n a d o s c o m o e s t a m o s d e l e s p í r i t u c r i s t i a n o , n o s es d i f í c i l c o n c e b i r b i e n e s y m a l e s , j u s t a m e n t e p o r q u e p a r a n o s otros los b i e n e s y los m a l e s e s t á n d e f i n i d o s p o r los f i n e s m i s m o s . V a lo es así, h a s t a c i e r t o p u n t o , e n l a m o r a l d e A r i s t ó t e l e s ; h a s t a d e b i e r a d e c i r s e a b s o l u t a m e n t e , si l a m o r a l c r i s t i a n a n o e s t u v i e r a a h í p a r a m o s t r a r q u e sus c o n c l u s i o n e s , p o r a v a n z a d a s q u e f u e r a n , a ú n d e j a b a n c a m i n o p o r r e c o r r e r . T o d a s u m o r a l e n s e ñ a a l h o m b r e los m e d i o s d e a l c a n z a r s u fin ú l t i m o , es d e c i r , l a f e l i c i d a d , q u e c o n s i s t e e n v i v i r u n a v i d a e n t e r a s e g ú n l a m e j o r y l a m á s c o m p l e t a d e las virtudes h u m a n a s . L a diferencia está e n q u e la relación m i s m a d e l o s m e d i o s c o n los f i n e s n o es a q u í l o q u e s e r á p a r a los m o r a l i s t a s c r i s t i a n o s ; s u s c o n c e p c i o n e s d e l b i e n y d e l m a l los s e p a r a n . P a r a A r i s t ó t e l e s e x i s t e s e g u r a m e n t e u n a d e o n t o l o g í a ; h a y c o s a s q u e es menester h a c e r ; sólo* h a y q u e h a c e r l a s p o r q u e s o n r e q u e r i d a s p a r a a l c a n z a r c i e r t o f i n . E l q u e n o las h a c e se p a r e c e a l a r q u e r o t o r p e q u e p r e t e n d e a p u n t a r a u n b l a n c o y lo y e r r a . P e r o e s e f i n , q u e c a l i f i c a t o d a s las a c c i o n e s m o r a l e s d e los h o m b r e s , n o se o f r e c e a l a v o l u n t a d , e n Aristóteles, c o m o u n t é r m i n o p u e s t o p o r la ley d i v i n a , i m p u e s t o p o r u n c r e a d o r a sus c r i a t u r a s . D e m o d o q u e b i e n p u e d e h a b e r , y h a y c i e r t a m e n t e , r e l a c i ó n d e m e d i o a f i n , p e r o c i e r t a r e l a c i ó n , q u e es m á s b i e n d e c o n v e n i e n c i a q u e d e o b l i g a c i ó n . U n a ley s o l a o b l i g a , p o r q u e t i l a sola u n e ; p o r eso, e x p r e s i ó n d e la razón legisladora d i v i n a , la conc i e n c i a c r i s t i a n a p r e s c r i b e s i e m p r e l a a c c i ó n c o m o u n a obligación moral, n o c i ó n e m e p a r a n o s o t r o s es h o y t a n f a m i l i a r q u e o l v i d a m o s e n q u é t i e m p o a p a r e c i ó c o m o u n a n o v e d a d , y p o r q u i é n fué i n v e n t a d a . 1 5

Los p e n s a d o r e s cristianos t u v i e r o n , sin e m b a r g o , m u y c l a r a c o n c i e n c i a d e lo e m e a q u í a g r e g a b a n a l a m o r a l a n t i g u a . E l t e m i d o p r o b l e m a d e las v i r t u d e s d e los p a g a n o s y d e s u v a l o r n o les p e r m i t í a i g n o r a r la c u e s t i ó n . H e a q u í n o sólo i n d i v i d u o s , sino p u e b l o s , u n a h u m a n i d a d c a s i e n t e r a , v i v i e n d o e n la i g n o r a n c i a d e l a ley d i v i n a . Q u i z á h u b o , e n esa l a r g a historia, algo m á s q u e vicios. H a s t a sabem o s , sin d u d a a l g u n a , q u e h u b o v i r t u d e s ; p e r o t a m b i é n sabemos q u e e n la i g n o r a n c i a d é su v e r d a d e r o fin, e n q u e a q u e l l o s h o m b r e s v i v í a n , p u e s t o q u e i g n o r a b a n el E v a n g e l i o , n i u n a s o l a d e s u s a c c i o n e s p o d í a n a t u r a l m e n t e r e f e r i r s e al fin a q u e e r a d e b i d o . ¿ D i r e m o s , p u e s , q u e sus i n t e n c i o n e s e r a n m a l a s y q u e t o d o s sus a c t o s e r a n m a l o s ? L a n e c e s i d a d d e e x a m i n a r e s t a c u e s t i ó n o b l i g a b a a los filósofos c r i s tianos a d e s e m b a r a z a r la n a t u r a l e z a p r o p i a del v í n c u l o q u e u n e et a c t o a s u f i n e n l a m o r a l d e a q u é l l o s . U n a v e z m á s , l a i n v e s t i g a c i ó n t e o l ó g i c a t r a b a j a r í a a l a f i l o s o f í a c o m o u n f e r m e n t o y le ayudaría a desarrollarse. 16

A R I S T Ó T E L E S , Eth.

Nic,

i,

7,

1098 a

1-19.

INTENCIÓN,

CONCIENCIA

E n efecto; n o consideremos

Y

el p r o b l e m a

OBLIGACIÓN

sino e n la m e d i d a

en q u e

i n t e r e s a a l a n o c i ó n d e l b i e n m o r a l . L a p r i m e r a c o n s e c u e n c i a a q u e se llega a l p l a n t e a r l o es q u e los g r i e g o s y los l a t i n o s , p o r s u p r o p i o

paga-

n i s m o , se h a l l a r o n f u e r a d e l a s c o n d i c i o n e s r e q u e r i d a s p a r a el ejercicio de u n a moralidad

completamente

San Pablo dice d e Dios: no dice:

a ellos;

sino hacerle cuanto sino

es q u e r i d o

progresar

Esto es evidente.

Guando

(Rom.,

i r , 36),

p u e s n o h a y m á s q u e u n D i o s . ¿ Y q u é es g l o r i f i c a r l e

la mejor

alabanza,

m á s se a g r a n d a

mente

definida.

"'a É l l e d e b e m o s l a g l o r i a "

l a m á s alta, l a m á s universal?

y extiende

y respetado.

en la vida

su alabanza,

El género

mejor

tanto

humano

y m á s feliz,

no hace

c o n paso

entonces

constante

s e g u r o . P u e s si s e t r a t a d e v i d a y d e c o s t u m b r e s , l a ú n i c a c u e s t i ó n e n s a b e r c u á l es el s o b e r a n o b i e n d e l h o m b r e ,

a quien

tanto

autoridad mismo.

la razón

divina

¿Qué

en la medida

superior

a nuestra

p u e d e ser, e n efecto,

en q u e h e podido,

razón,

todo nos como esa

q u e é s e n o es s i n o

lo mejor

para

y

está

todo debe re-

ferirse, y n o v e o q u e h a y a o t r a cosa q u e buscar. A h o r a b i e n : muestra,

Pues

m á s ardiente-

Dios

el h o m b r e , sino lo

q u e l e h a c e b i e n a v e n t u r a d o , si a é l s e e n t r e g a ? S ó l o D i o s e s t a l , y n o podemos

entregarnos 1

caridad."

G

a É l sino

E l interés

p o r dilección,

q u e presenta

p o r el a m o r ,

ese trozo

n o se h a l l a

l a tesis a f i r m a d a , p u e s é s t a e s e v i d e n t e p a r a l a h i s t o r i a m e n o s c u a n t o e n la naturaleza

por l a

tanto

en

exigente,

d e l lazo q u e establece e n t r e el a c t o m o r a l d e i

cristiano y su fin. L o q u e los A n t i g u o s n o conocieron, n o es s o l a m e n t e la u n i c i d a d

del término

d e la vida

humana,

sino, p o r eso m i s m o

y

p o r l a m i s m a razón, la existencia d e ese t é r m i n o . E n u n a p a l a b r a : n o basta

decir

q u e se e q u i v o c a r o n

sobre

la naturaleza

d e l fin, d e l q u e

ellos m i s m o s d i c e n e m e d e p e n d e t o d a l a m o r a l ; h a y q u e l l e g a r a p r e g u n t a r s e si a l g u n a v e z c o n c i b i e r o n l a n o c i ó n d e f i n e n e l m i s m o q u e los p e n s a d o r e s

d e la E d a d

C u a n d o Aristóteles coloca la felicidad vida

completa

de hombre:

hace

verano—

incluye manifiestamente

mento

a la perfección

constitutivo

e n u n bien coextensivo a u n a

év pfo> T S A S Í W — p u e s

misma. C i e r t a m e n t e , l a felicidad acompaña

sentido

Media.

no

e n la vida

es p a r a él cosa d i s t i n t a d e l g o c e q u e

moral;

y substancial

u n a golondrina

el fin d e la v i d a

esta perfección, d e la felicidad

para misma.

él, es e l ele1

7

Sólo q u e ,

precisamente p o r esa razón, la felicidad n o debe ser m i r a d a como u n a realidad

trascendente

a la vida moral y q u e la perfecciona.

El único

fin q u e d e b e m o s p e r s e g u i r , e l q u e es v e r d a d e r a m e n t e el b i e n , es l a v i d a m o r a l m i s m a , el acto, o l a serie d e actos, q u e l a felicidad naturalmente.

E n u n a moral

d e esc género

siempre

será

recompensará m u y fuerte

la t e n d e n c i a a a c e n t u a r l a i m p o r t a n c i a d e l m e d i o . E s i n d u d a b l e q u e u n m e d i o s ó l o es b u e n o p o r q u e c o n d u c e a l f i n , p e r o n o es b u e n o San

AGUSTÍN,

Véase

De

mor.

eccl,

A . - D . SERTILLANGES,

I, art.

1 4 , 2 4 ; Patr. citado,

lat.,

pág. 282.

t.

32, col.

porque

1321-1322.

3a6

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

h a s i d o h e c h o c o n m i r a s a a l c a n z a r el f i n . Si el h o m b r e c u i d a s i n c e s a r q u e su c o m p o r t a m i e n t o sea c o m o lo q u i e r e n su n a t u r a l e z a y su r a z ó n , a l c a n z a r á p o r e s o m i s m o l a b e a t i t u d , p e r o s u m o r a l i d a d n o d e b e su valor a n i n g u n a intencionalidad. L a importancia preponderante que la n o c i ó n d e " c o n v e n i e n t e " a s u m i r í a p r o n t o en la m o r a l griega, gracias a los e s t o i c o s , se c o n c i b e , p u e s , f á c i l m e n t e . " E s t a n d o c o n s t i t u i d o s los m ó v i l e s iniciales d e tal s u e r t e q u e las cosas c o n f o r m e s a la n a t u r a l e z a d e b e n s e r , p o r sí m i s m a s y p a r a sí m i s m a s , a d o p t a d a s , y l a s c o s a s c o n ­ t r a r i a s d e b e n s e r , e n l a s m i s m a s c o n d i c i o n e s , r e c h a z a d a s , el p r i m e r o d e l o s c o n v e n i e n t e s ( a s í t r a d u z c o xaGrjxov) e s c o n s e r v a r s e e n s u c o n s ­ t i t u c i ó n n a t u r a l . " U n a v e z h e c h a e s t a e l e c c i ó n n a t u r a l , se c o n v i e r t e , c o m o e n A r i s t ó t e l e . - , e n v i r t u d , e s d e c i r , e n h á b i t o : el d e o b r a r e s p o n ­ t á n e a y c o n s t a n t e m e n t e c o r n o lo q u i e r e la n a t u r a l e z a . E l r e s u l t a d o de s e m e j a n t e a c t i t u d , c o m o b i e n lo vio C i c e r ó n , es q u e p o d r í a m o s c a e r e n l a t e n t a c i ó n c|e c r e e r e n l a e x i s t e n c i a d e d o s s o b e r a n o s b i e n e s : el fin d e l a c t o y el a c t o m i s m o q u e a él t i e n d e . P u e s t o q u e es m e n e s t e r s u p r i m i r u n o , el g r i e g o s u p r i m e el f i n . " E f e c t i v a m e n t e , c u a n d o h a ­ b l a m o s d e u n fin ú l t i m o e n la serie d e b i e n e s , e s t a m o s c o m o a l g u n o q u e t u v i e r a el p r o p ó s i t o d e d a r e n u n b l a n c o c o n u n a f l e c h a . E n s e m e ­ j a n t e c o m p a r a c i ó n , el t i r a d o r d e b e r í a e s f o r z a r s e p o r a l c a n z a r el b l a n c o , y, s i n e m b a r g o , e s f o r z a r s e p o r r e a l i z a r su p r o p ó s i t o s e r í a p a r a é l , si d e c i r s e p u e d e , su fin ú l t i m o , c o r r e s p o n d i e n t e a lo q u e l l a m a m o s , c u a n d o se t r a t a d e l a v i d a , el s o b e r a n o b i e n ; e n c u a n t o a d a r e n el b l a n c o , es c o s a q u e m e r e c e s e r e l e g i d a , y n o q u e se l a d e s e e p o r sí misma." E l xaOíjxov, el officium, tiende c a d a vez m á s a sobrepujar a l f i n , a t a l p u n t o q u e e n a d e l a n t e el m e d i o le u s u r p a s u l u g a r . N a d a m á s n a t u r a l , p u e s t o q u e el f i n d e l a m o r a l h e l é n i c a es i n m a n e n t e a l a vida m i s m a ; n a d a m e n o s satisfactorio p a r a u n cristiano, p a r a quien el f i n d e l h o m b r e es t r a s c e n d e n t e a l h o m b r e . D e g o l p e c o n f e r i r á a l fin s u v e r d a d e r a s u p r e m a c í a y l e s u b o r d i n a r á el m e d i o m u c h o m á s e s t r e ­ c h a m e n t e d e c u a n t o se h a b í a h e c h o h a s t a e n t o n c e s . 1

8

S a n A g u s t í n eligió, p u e s , e x c e l e n t e m e n t e su p u n t o d e a t a q u e c o n t r a l a m o r a l p e l a g i a n a , es d e c i r c o n t r a el h e l e n i s m o , a l r e p r o c h a r l e q u e a d m i t i e r a q u e p u d o h a b e r h a b i d o v i r t u d e s v e r d a d e r a s d o n d e el v e r ­ d a d e r o f i n d e t o d a v i r t u d d i g n a d e ese n o m b r e e r a d e s c o n o c i d o . " B i e n s a b e s q u e n o es d e s d e el p u n t o d e v i s t a d e los convenientes sino desde e l d e los fines c o r n o es m e n e s t e r d i s t i n g u i r l a s v i r t u d e s d e los v i c i o s . L o c o n v e n i e n t e es lo q u e d e b e h a c e r s e ; el f i n es el p o r q u é d e b e h a ­ cerse. D e m o d o eme c u a n d o h a c e m o s algo q u e n o p a r e c e ser u n p e c a d o , si el p o r q u é l o h a c e m o s n o es e s e p o r q u é d e b e m o s h a c e r l o , e s t a m o s c o n v i c t o s d e p e c a d o . N o r e p a r a s e n e l l o ; s e p a r a s , p u e s , l o s f i n e s d e los c o n v e n i e n t e s y p r e t e n d e s q u e d e b e n l l a m a r s e v i r t u d e s v e r d a d e r a s los , K

CICERÓN, De finibus, I I I , 6 , 2 0 - 2 1 . S i g o d e c e r c a l a t r a d u c c i ó n d e J . M a r t h a ( P a r í s , L e s B e l l e s - L e t t r e s , 1 9 3 0 , i. I I , p á g s . 1 8 - 1 9 ) , p e r o s i n s u j e t a r m e a e l l a .

INTENCIÓN,

CONCIENCIA i

Y

OBLIGACIÓN

a

convenientes sin sus fines." A g u s t í n h a b í a s u p e r a d o ese p e l a g i a n i s m o h e l e n i z a n t e d e s d e el c o m i e n z o d e su c o n v e r s i ó n , c u a n d o v i n c u l ó t o d a la m o r a l i d a d al m o v i m i e n t o interno d e u n q u e r e r q u e adhiere i n m u t a b l e m e n t e a Dios, f i n ú n i c o d e l h o m b r e , a t r a v é s d e las cosas p e r e c e d e r a s ; p e r o al excederle, h a b í a fijado p a r a siempre la esencia d e l a f i n a l i d a d m o r a l t a l c o m o los p e n s a d o r e s c r i s t i a n o s l a c o m p r e n d e n . P a r a ellos, d e c i r q u e l a b o n d a d d e l q u e r e r d e p e n d e d e l a i n t e n c i ó n d e l f i n , e s e x i g i r q u e s e o r d e n e d e s d e a d e n t r o , si n o c o n s t a n t e m e n t e , p o r l o m e n o s r e a l e i n t e n c i o n a l m e n t e , h a c i a el f i n s u p r e m o t r a s c e n d e n t e q u e e s D i o s . E s e s o b e r a n o b i e n o b j e t i v o y d i s t i n t o d e n o s o t r o s es l a v o l u n t a d d i v i n a , a l a c u a l el h o m b r e d e b e t e n e r l a i n t e n c i ó n d e c o n f o r m a r la suya. C a d a vez q u e q u e r e m o s cierto bien particular, m a t e r i a l m e n t e , d e b e m o s q u e r e r q u e esa elección esté al m i s m o t i e m p o conf o r m e c o n l a v o l u n t a d d i v i n a , f o r m a l m e n t e , p u e s e s a c o n f o r m i d a d es l a q u e l e c o n f i e r e s u v a l o r m o r a l . Rectum cor habet, qui vult quod Deus vult. 2

2

0

1

A s e n t a r s e m e j a n t e p r i n c i p i o es e n p r i m e r l u g a r a s e g u r a r l a u n i f i c a c i ó n c o m p l e t a d e l a v i d a h u m a n a . E n el c e n t r o d e t o d o e s t á e s a i n c l i n a c i ó n d e l a v o l u n t a d h a c i a el fin q u e la r a z ó n le m u e s t r a , esa fuerz a d e g r a v i t a c i ó n , e n u n a p a l a b r a , e s e pondus de que Santo Tomás ifl S a n A G U S T Í N , Cont. Iulian. pelagianum, I V , 3 , 2 1 ; Patr. lat., t . 4 4 , c o l . 7 4 9 . Pelagio constituye sobre este p a r t i c u l a r , c o m o e n m u c h o s otros, u n a experiencia c r u c i a l e n l o q u e se refiere a las r e l a c i o n e s d e l p e n s a m i e n t o g r i e g o y d e l p e n s a m i e n t o cristiano. S e ñ a l a el p u n t o d e s a t u r a c i ó n e n q u e el p e n s a m i e n t o cristiano se p i e r d e e n e l p e n s a m i e n t o g r i e g o . P o r e s o t o d o e l t e x t o a q u e a q u í se r e m i t e m e r e c e q u e se le estudie c o n c u i d a d o . A g u s t í n o b j e t a a Pelagio q u e el justo vive d e l a f e ; a h o r a b i e n : los p a g a n o s n o t i e n e n fe, l u e g o n o s o n justos. Si n o t i e n e n justicia, n o tienen n i n g u n a otra virtud. Pelagio replica, como verdadero discípulo d e los griegos, q u e el origen d e t o d a s las v i r t u d e s está e n el a l m a r a z o n a b l e : la p r u d e n c i a , la justicia, l a t e m p e r a n c i a y l a fuerza tienen, pues, su asiento e n n u e s t r o p e n s a m i e n t o , están e n él c o m o e n su l u g a r n a t u r a l , y p o r ellas somos b u e n o s , s e a c u a l s e a el fin q u e a q u é l l a s p e r s i g a n . L o s p a g a n o s n o p e r s i g u i e r o n el fin v e r d a d e r o , l u e g o n o l o o b t e n d r á n ; es d e c i r , n o s e r á n r e c o m p e n s a d o s , p e r o e s o n o q u i e r e d e c i r q u e n o f u e r o n b u e n o s : f u e r o n steriliter boni (loe. cit., a r t . 1 9 , col. 7 4 7 - 7 4 8 ) . A q u í t e n e m o s , p u e s , u n a m o r a l i d a d c o m p l e t a m e n t e i n d e p e n d i e n t e del fin y d e la intención q u e p u d i e r a vincularla. S a n Agustín, p o r lo contrario, r a z o n a c o m o v e r d a d e r o cristiano, c u a n d o h a c e d e p e n d e r el v a l o r m o r a l d e la v i r t u d , p o r consiguiente su esencia m i s m a , d e su s u b o r d i n a c i ó n al v e r d a d e r o fin, y con u n a palabra enlaza la m o r a l cristiana a su principio: " V e r a e quippe virtutes D e o serviunt in hominibus, a q u o donantur hominibus: D e o serviunt in A n g e l i s , a q u o d o n a n t u r e t Angelis. Q u i d q u i d a u t e m b o n i fit a b h o m i n e , e t n o n p r o p t e r h o c f i t , p r o p t e r q u o d f i e r i d e b e r é v e r a s a p i e n t i a p e r c i p i t , etsi officio videatur bonum, i p s o n o n r e c t o f i n e p e c c a t u m e s t . " Loe. cit., 2 1 , c o l . 7 4 9 . 2

0

Sobre este

der guten

discutido

Meinung,

punto, véase

e n Strassburger

Breisgau, Herder, 1 9 0 5 . Santo TOMÁS DE AQUINO, I" - I I " , a r t í c u l o . Cf. a r t . 4 , R e s p . y 9 , R e s p . 2

1

Ueber die Notwendigkeii Studien, V I I , 2 - 3 , F r e i b . i m

JOH. ERNST,

theologische

1 9 , 1 0 , Sed contra;

véase

todo

el

328

EL

habla

con

San

Fíjese

profunda

ESPÍRITU

Agustín, y

D E LA. F I L O S O F Í A

que

une

el

duraderamente

MEDIEVAL

hombre

esa

a

intención

Dios

por

el

a

fin,

y

su

amor. como

ella d e r i v a n t o d a s las afecciones h u m a n a s , ese a m o r sólo d e j a r á oíros

lugar 2

Dios. orden

3

a

alegrías,

Aún

más:

d e la c a r i d a d ,

partir

de

de

Agustín,

único

que

"fabricarse"

la

da;

convenientes,

qui

fecit

Ese

con

hacerlo

más

el h o m b r e

una

vida

relación

el

feliz.

2

y

que

esperanzas

bien

si s e

se d e r r a m a r á

a

ama

ya

feliz;

Él

n e c e s a r i o s . Ñeque

hominem:

llamamiento

o

las flores y los f r u t o s

ese m o m e n t o ,

que

puede

eleva,

ese a m o r

q u e d e él s a l e n c o m o A

tristezas, temores

si se

al

orientados elevado

en virtudes nacen

no

bien

hay facit

hombre

es

la

hacia el

raíz.

se la p i d e

a

4

Dios, y

más

único

que

hominem, el

2

expresión

"convenientes",

también

de

sobrenaturales,

según

beaturn

2

nos-

hasta

d e su c o m ú n

busca,

antes

sí q u e enim

ha

en

2

nisi

5

metafísico

sobre

el c u a l d e s c a n s a t o d a l a m o r a l j u d e o c r i s t i a n a , n o s l l e v a a n u e s t r o

punto

de partida 2

2

2

3

2

4

2

8

y pone

insistente, inevitable,

bajo

nuestra

vista

del p r i n c i p i o

el c a r á c t e r

propio

que

la

define.

" R e c t u m d i c i t u r esse c u j u s m é d i u m n o n e x i t a b e x t r e m i s . A c t u s a u t e m c o n s i d e r a t u r i n t e r d ú o , q u a e quasi s u n t ejus e x t r e m a , scilicet p r i n c i p i u m agens et f i n e m i n t e n t u m ; u n d e i n o p e r e v e l i n t e n t i o n e r e c t i t u d o esse d i c i t u r , s e c u n d u m q u o d opus a b a g e n t e egrediens n o n p r a e t e r g r e d i t u r o r d i n e m debiti finis; et ideo illius est dirigere cujus est i n f i n e m o r d i n a r e . S e d o r d i n a r e i n f i n e m contingit dupliciter: vel ostendendo finem vel inclinando in finem. Ostendere a u t e m finem rationis est, sed i n c l i n a r e in finem est v o l u n t a t i s : q u i a a m o r , i n q u o actus voluntatis exprimitur, est quasi q u o d d a r n p o n d u s a n i m a e , s e c u n d u m Augustinum." S a n t o T O M Á S DE A Q U I N O , In II Sent., 4 1 , 1, 1, R e s p . C f . S a n A G U S T Í N , Epist., 1 5 7 , 2 , 9 ; Patr. lat., t . 3 3 , c o l . 6 7 7 . De civ. Dei., X I , 2 8 ; t. 4 1 , c o l . 3 4 1 - 3 4 2 . " U n d e a m o r n a t u r a l i t e r est p r i m u s actus voluntatis et appetitus. Et, propter lioc, o r n n e s alii m o t u s a p p e t i t i v i p r a e s u p p o n u n t a m o r e m q u a s i p r i m a m r a d i c e m . N u l l u s e n i m d e s i d e r a t a l i q u i d , nisi b o n u m a m a t u m ; ñ e q u e a l i q u i s g a u d e t , nisi d e b o n o a m a t o ; o d i u m e t i a m n o n est, nisi d e e o q u o d c o n t r a r i a t u r r e i a m a t a e . E t similiter, tristitia et c a e t e r a h u j u s m o d i , m a n i f e s t u m est i n a m o r e m referri, sicut in p r i m u m p r i n c i p i u m . U n d e in q u o c u m q u e est voluntas vel appetitus, o p o r t e t e s s e a m o r e m . " S a n t o T O M Á S DE A Q U I N O , I , 2 0 , 1, R e s p . " Q u o d si v i r t u s a d b e a t a m v i t a m n o s d u c i t , n i h i l o m n i n o e s s e v i r t u t e m a f f i r m a v e r i m , nisi s u m m u m a m o r e m D e i . N a m q u e i l l u d q u o d q u a d r i p a r t i t a d i citur virtus, e x ipsius amoris vario q u o d a m affectu, q u a n t u m intelligo, dicitur. í t a q u e illas q u a t u o r v i r t u t e s , q u a r u m u t i n a m i t a sit i n m e n t i b u s vis, u t n o m i n a i n o r e s u n t o m n i u m , sic e t i a m d e f i n i r é n o n d u b i t e m , u t e t e m p e r a n t i a sit a m o r i n t e g r u m se p r a e b e n s ei q u o d a m a t u r ; j u s t i t i a , a m o r soli a m a t o servíens, e t p r o p t e r e a r e c t e d o m i n a n s ; p r u d e n t i a , a m o r e a q u i b u s a d j u v a t u r a b eis q u i b u s i m p e d i t u r , s a g a c i t e r s e l i g e n s . S e d h u n c a m o r e m n o n c u j u s l i b e t , s e d D e i esse d i x i mus, id est s u m m i boni, s u m m a e sapientiae, s u m m a e q u e concordiae. Q u a r e d e f i n i r é e t i a m s i c l i c e t , u t t e m p e r a n t i a m d i c a m u s e s s e a m o r e m D e o sese i n t e g r u m i n c o r r u p t u m q u e s e r v a n t e m ; f o r t i t u d i n e m , a m o r e m o m n i a p r o p t e r D e u m facile perferentem; justitiam, a m o r e m D e o t a n t u m seriventem, et ob hoc bene imper a n t e m caeteris q u a e h o m i n i subjecta s u n t ; p r u d e n t i a m , a m o r e m bene discern e n t e m e a q u i b u s a d j u v e t u r i n D e u m , a b iis q u i b u s i m p e d i r i p o t e s t . " S a n A G U S T Í N , De mor. eccl. calh., I , 1 5 , 2 5 ; Patr. lat., t . 3 2 , c o l . 1 3 3 2 . C f . Epist., 1 5 5 , I I I , 1 3 ; Patr. lat., t . 3 3 , c o l . 6 7 1 - 6 7 2 . lat.,

S a n A g u s t í n a p u n t a d i r e c t a m e n t e a C i c e r ó n , e n Epist., 1 5 5 , I , 2 - 3 ; Patr. t. 3 3 , c o l . 6 6 7 - 6 6 8 . L a f ó r m u l a c i t a d a se e n c u e n t r a e n 2 , c o l . 6 6 7 .

INTENCIÓN,

CONCIENCIA

Y

32

OBLIGACIÓN

9

E n c i e r t o s e n t i d o , es t o t a l e i n t e g r a l m e n t e i n t e r i o r , p u e s t o q u e l a c u a ­ l i d a d d e l a c t o h u m a n o d e p e n d e e s e n c i a l m e n t e d e l a i n t e n c i ó n q u e lo guía, y q u e l a i n t e n c i ó n m i s m a sólo d e p e n d e d e l a v o l u n t a d . L a v o ­ l u n t a d es l i b r e ; s i e m p r e e s t á e n s u p o d e r q u e r e r o n o q u e r e r , y a q u í le b a s t a q u e r e r p a r a t e n e r , p u e s l o q u e se l e p i d e e s s u q u e r e r m i s m o : ut nihil aliud ei quam ipsum velle sit habere quod voluit. E n ade­ lante la m o r a l está, pues, c o m p l e t a m e n t e i n t e r i o r i z a d a ; libre d e t o d a s las c o n d i c i o n e s exteriores y a u n i n t e r i o r e s q u e n o d e p e n d e n d e nos­ otros, lo está m u c h o m á s p r o f u n d a m e n t e q u e e n el estoicismo, p u e s t o q u e l a v o l u n t a d n o e s t á s ó l o l i b r e d e l m u n d o , s i n o d e sí m i s m a . E l s a b i o e s t o i c o s ó l o e s s a b i o si e s l i b r e ; e l s a b i o c r i s t i a n o e s s a b i o si s a b e q u e n o se b a s t a p a r a h a c e r s e libre, p e r o desea serlo. P o r eso l a n o c i ó n d e " b u e n a v o l u n t a d " a n u n c i a d a p o r el Evangelio e n la b u e n a n u e v a mis­ m a ( L u c a s , 2, 14.), a d q u i r i r á e n a d e l a n t e u n s e n t i d o n u e v o y a s u m i r á u n v a l o r i n c o m p a r a b l e . N o sólo b a s t a , sino q u e se b a s t a , p u e s t o q u e b a s t a a D i o s : nihil tam facile est bonae voluntati quam ipsa sibi; et haec sufficit Deo. D e m o d o q u e e l h o m b r e es a c a d a i n s t a n t e , p a r a D i o s , l o q u e es e n sí m i s m o , p e r o , i n v e r s a m e n t e , - a c a d a i n s t a n t e es e n sí m i s m o l o q u e e s p a r a D i o s , y é s e es e l o t r o a s p e c t o d e l a m o r a l cristiana. N a d a tenernos q u e n o lo h a y a m o s recibido. E n la universal c i r c u l a c i ó n d e l a m o r d e q u e S a n t o T o m á s h a b l a c o n D i o n i s i o , es D i o s m i s m o q u i e n h a c e q u e n u e s t r a v o l u n t a d se d i r i j a h a c i a É l , y p o r c o n ­ s i g u i e n t e t a m b i é n q u e s e a b u e n a ; a l a p a r t a r l a l i b r e m e n t e , sólo p o d e m o s hacerla mala. E n este s e n t i d o , t o d a n u e s t r a a c t i v i d a d m o r a l está r e g u l a d a , dirigida; su m e d i d a está e n Dios, y sin e m b a r g o , sigue siendo cierto decir q u e su f u e n t e es interior, p u e s t o q u e l a ley divina, q u e n o s rige, se expresa e n n o s o t r o s p o r el ó r g a n o d e n u e s t r a r a z ó n . 2

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L a m o r a l c r i s t i a n a se h a l l a , p u e s , c o l o c a d a e n t r e l a é t i c a g r i e g a y e l m o r a l i s m o k a n t i a n o , c o m o e n t r e d o s t é r m i n o s e x t r e m o s a los q u e c o n c i l i a s o b r e p u j á n d o l o s . D i g a m o s m á s b i e n q u e e l s e g u n d o d e esos t é r ­ m i n o s sólo existe p o r e l l a ; es u n s i m p l e p r o d u c t o d e d e s a g r e g a c i ó n . T a n t o la metafísica d e Descartes c o m o la moral d e K a n t n o hubiesen v i s t o e l d í a si l a f i l o s o f í a d e l a E d a d M e d i a n o h u b i e r a e x i s t i d o . U n a voluntad legisladora sometida a la del Legislador supremo, a u t ó n o m a sin e m b a r g ó , p u e s t o q u e t o d a r a z ó n es u n a e x p r e s i ó n d e la R a z ó n , es — y a lo h e m o s d i c h o — la esencia m i s m a d e la m o r a l cristiana. E n lo sucesivo p o d e m o s a g r e g a r q u e u n a m o r a l d e l a intención, e n t e r a m e n t e 26 S a n A G U S T Í N , De lib. arb.,

2? S a n A G U S T Í N , Sermo

I , 1 3 , 2 9 ; Patr.

7 0 , 3 , 3 ; Patr.

lat.,

t. 3 2 , c o l . 1 2 3 7 .

lat., t . 3 8 , c o l . 4 4 4 . D e a h í , e n e l

p l a n o d e l a v i d a religiosa, la i m p o r t a n c i a capital d e l a noción d e " c o n v e r s i ó n " p a r a l o s c r i s t i a n o s , y q u e n o se c o n c i b e s i n o e n f u n c i ó n d e u n a d o c t r i n a e n q u e la i n t e n c i ó n o c u p a u n l u g a r t a n c e n t r a l c o m o e n el C r i s t i a n i s m o . S a n A G U S T Í N , De peccatorum meritis et remissione, I I , 1 8 , 2 9 - 3 1 ; Patr. lat., t. 4 4 , c o l . 1 6 8 - 1 6 9 . " M o d u s a u t e m et m e n s u r a h u m a n a e virtutis h o m i n i est a D e o . " S a n t o T O M Á S DE A Q U I N O , Sum. theol., I " - I I * , 1 1 4 , 1, R e s p . 2

8

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9

a

33o

EL

ESPÍRITU

D £ L A FILOSOFÍA

MEDIEVAL

f u n d a d a s o b r e l a b u e n a v o l u n t a d , es d e c i r , s o b r e l a v o l u n t a d d e o b r a r p o r respeto a la ley m o r a l , n o carece d e vínculos c o n la doctrina q u e p r e s c r i b e a l h o m b r e , n o sólo q u e r e s p e t e l a l e y m o r a l , s i n o q u e l a a b r a c e c o n a m o r ; q u e n o s a t a a la m o r a l i d a d , y a ella nos obliga, p o r u n a razón, n o h o m o g é n e a ciertamente a la d e Dios, pero tampoco h e t e r ó n o r n a , p u e s t o q u e l a l e y n a t u r a l es el a n á l o g o c r e a d o d e l a l e y divina d e la q u e deriva. U n i é n d o s e a Dios d e intención, como c a d a d í a lo- h a c e ; p i d i e n d o q u e s u v o l u n t a d se h a g a e n l a t i e r r a , c o m o se h a c e e n el cielo, el cristiano recoge l e g í t i m a m e n t e l a h e r e n c i a d e l n a t u r a l i s m o griego, p e r o s e ñ a l a su c o n d i c i ó n t r a s c e n d e n t e y, p o r u n a d e esas a p a r e n t e s p a r a d o j a s d e l a q u e sólo l a v e r d a d t i e n e el secreto, J a i n t e r i o r i z a s o m e t i é n d o l a : Interior intimo meo et superior summo meo: "Alguno q u e sea e n m í m á s yo q u e yo". 3

0

T a n p r o f u n d a s d i f e r e n c i a s , e n el s e n o d e s e m e j a n t e c o n t i n u i d a d , n o d e j a n d e c r e a r serios t r o p i e z o s a l a historia. T o d o lo q u e l a m o r a l cristiana c o n s e r v a d e l a m o r a l g r i e g a reviste u n sentido n u e v o ; t o d o c u a n t o l a m o r a l c r i s t i a n a a ñ a d e a l a m o r a l g r i e g a p a r e c e n a c e r d e ella p o r u n a g e r m i n a c i ó n n a t u r a l , inevitable, casi necesaria. S e concibe, pues, q u e historiadores d e espíritu m u y diferente c o n c e d a n q u e la m o r a l antigua y la m o r a l m o d e r n a , separadas y unidas a la vez p o r la moral m e d i e v a l , d i f i e r e n toto coelo, y q u e sin e m b a r g o n o son e n m o d o a l g u n o contradictorias, sino q u e p o r lo contrario p u e d e n prestarse m u t u o a p o y o . D o n d e c e s a e l a c u e r d o es c u a n d o se t r a t a d e i n t e r p r e t a r l a n a t u r a l e z a d e ese a p o y o . S e g ú n u n o , la m o r a l griega es e s e n c i a l m e n t e u n eudemonismo racional. E n cuanto tal, permaneció ajena a toda noción d e ley m o r a l , d e obligación, d e deber, d e responsabilidad y d e m é r i t o , y d e b í a s e g u i r s i é n d o l o . D e o r i g e n j u d e o c r i s t i a n o , esas i d e a s son e s e n c i a l m e n t e religiosas; n u n c a d e b i e r o n i n t r o d u c i r s e e n l a filos o f í a , y e l e r r o r d e K a n t es h a b e r l a s i n t r o d u c i d o . E x p u l s a r l a s p a r a r e s t i t u i r l a s a l a r e l i g i ó n , d e l a q u e d e p e n d e n , es l a p r i m e r a c o n d i c i ó n d e u n r e g r e s o n e c e s a r i o a l a m o r a l g r i e g a , es d e c i r , a l a r a z ó n . S e g ú n o t r o , es i n e x a c t o d e c i r q u e e s a s n o c i o n e s s e a n d e e s e n c i a r e l i g i o s a , p u e s son esencialmente racionales, y p o r consiguiente p e r t e n e c e n d e pleno d e r e c h o a l o r d e n d e l a filosofía. C i e r t a m e n t e , los griegos n o las c o n c i bieron c l a r a m e n t e , p e r o p u d i e r o n concebirlas a p a r t i r d e sus principios, o c u a n d o m e n o s d e u n p e r f e c c i o n a m i e n t o p u r a m e n t e r a c i o n a l d e sus principios. ¿ P o r q u é , entonces, n o integrarlas al c u e r p o d e la moral, d e l a q u e d e t o d o s m o d o s f o r m a r á n p a r t e e n lo sucesivo? S e r í a salv a r d e l a m o r a l griega t o d o lo q u e d e ella m e r e c e ser salvado, conser3

3

0

San

AGUSTÍN,

Conf,,

I I I , 6,

1

1 1 ; edic.

Labriolle,

t.

I,

P . C L A U D E L , Ven d'exil, V I I , e n Théálre, t . I V , p á g . 2 3 8 . V . BROCHARD, La morale ancienne et la morale moderne, 3 1

págs.

53-54,

e n Revue

y

philo-

sophique, e n e r o d e 1 9 0 1 , p á g . 7. L a e x p r e s i ó n está i n t e r p r e t a d a p o r el P . A . - D . S E R T I L L A N G E S , art. citado, m a r z o d e 1 9 0 1 , p á g . 2 8 0 .

INTENCIÓN,

CONCIENCIA

Y

OBLIGACIÓN

v a n d o a l m i s m o t i e m p o l o s p r o g r e s o s q u e l a r e f l e x i ó n d e l o s filósolos q u e vinieron después le h i c i e r o n realizar. P a r a m u c h o s e s p í r i t u s s e r í a e x c e l e n t e c o s a v o l v e r a l o s g r i e g o s , pero es c a s i t a n i m p o s i b l e a t e n e r s e a e l l o s c o m o p r e s c i n d i r d e ellos. Quizá f u e r a c o n c e b i b l e l a e m p r e s a si l a i n t r o d u c c i ó n d e l a s i d e a s d e deber y d e l e y e n l a m o r a l h u b i e r a s i d o o b r a d e K a n t y se h u b i e s e produc i d o e n e l s i g l o x v m ; p e r o e l p r o p i o K a n t n o l a s c o n c i b i ó como racion a l e s s i n o p o r q u e l a f i l o s o f í a c r i s t i a n a l a s h a b í a r a c i o n a l i z a d o . Desde h a c e m u c h o s siglos h a n p e n e t r a d o t a n í n t i m a m e n t e e n l a s c o n c i e n c i a s , se h a n a d e n t r a d o t a n p r o f u n d a m e n t e , q u e u n a m o r a l q u e s e dijera r a c i o n a l y p r e t e n d i e r a n o t e n e r l a s e n c u e n t a p a s a r í a a n t e t o d o s por i g n o r a r l o q u e d e f i n e a l a m o r a l i d a d c o m o t a l y e s s u e s e n c i a misma. R e m i t i r a l a r e l i g i ó n e l d e b e r y l a c o n c i e n c i a s e r í a r e m i t i r l e toda la m o r a l , y n a d i e p i e n s a e n e l l o . P o r o t r a p a r t e , S c h o p e n h a u e r n o carecía e n t e r a m e n t e d e r a z ó n c u a n d o r e p r o c h a b a a K a n t e l q u e é s t e aprend i e r a e l d e b e r e n e l D e c á l o g o ; l o s v í n c u l o s r e l i g i o s o s d e e s t a noción s o n d e l o s m á s f u e r t e s , y n o se c o n c i b e c ó m o s e r í a p o s i b l e e s c r i b i r s u h i s t o r i a s i n t e n e r e n c u e n t a s u s o r í g e n e s j u d e o c r i s t i a n o s . N o dudo e n m o d o a l g u n o d e q u e e s r a c i o n a l y d e b e s e r m a n t e n i d a e n el c o r a z ó n m i s m o d e la f i l o s o f í a m o r a l . N o q u i e r o n e g a r q u e e n d e r e c h o los grieg o s h u b i e r a n p o d i d o c o n c e b i r l a ; s e n c i l l a m e n t e c o m p r u e b o como u n hecho q u e n o estaban e n condiciones d e concebirla. P a r a q u e la noción d e l a m o r a l y sus corolarios sean racionales, es s u f i c i e n t e — n o s d i c e n — c o n q u e s e c o n c i b a " a D i o s c o m o causa t o t a l y c o n s c i e n t e d e l a n a t u r a l e z a y d e l h o m b r e ; e n c u a n t o l a depend e n c i a d e n u e s t r o s e r c o n r e l a c i ó n a s u v o l u n t a d n o s p a r e c e establec i d a , e s t a m o s e n c o n d i c i o n e s d e c o n s t r u i r u n a m o r a l f i l o s ó f i c a basada e n l a i d e a del d e b e r " . N a d a m á s j u s t o ; m a s p a r a " v i n c u l a r la razón h u m a n a a l a r a z ó n d e D i o s " h a y q u e a d m i t i r p r i m e r a m e n t e la noción de creación, concebir a Dios corno u n ser único y todopoderoso, dispens a d o r d e l s e r y l e g i s l a d o r d e l m u n d o . C u a n d o se a d m i t e , c o n V. Broc h a r d , q u e l a n o c i ó n d e u n D i o s t o d o p o d e r o s o e i n f i n i t o n o es sólo una "revolución" , s i n o u n " g r a n p r o g r e s o " c o n r e l a c i ó n al Dios finito d e los griegos, n o h a y d e r e c h o a n e g a r q u e la i d e a d e obligación m o r a l e s f i l o s ó f i c a , p u e s e l l a e s u n a c o n s e c u e n c i a n e c e s a r i a ; p e r o cuand o n o s p i d e n q u e c o n s e r v e m o s l a m o r a l g r i e g a c o m p l e t á n d o l a "con la única noción q u e le falta: la d e l absoluto divino", es ú t i l s e ñ a l a r e x p r e s a m e n t e q u e l a m o r a l griega se convierte p o r eso m i s m o e n m o r a l c r i s t i a n a . P r e t e n d e r q u e u n a m o r a l sólo i n d e b i d a m e n t e p u e d e v i n c u larse a l p e n s a m i e n t o religioso, p o r q u e l a m o r a l es filosofía, es d e c i r u n a c o s a v e r d a d e r a si v i n c u l a r s i g n i f i c a d e d u c i r ; p e r o e n t r e l a s ideas h a y v í n c u l o s d i s t i n t o s a l o s d e l a d e d u c c i ó n l ó g i c a . El d e b e r n o se deduce 3

2

3 3

3

3 2 3 3 S I

4

A . - D . SERTILLANGES, art. citado, p á g . 2 8 6 . C f . p á g . 2 8 8 . V . BROOHARD, art. citado, p á g . 2 . A . - D . SERTILLANGES, art. citado, p á g . 2 9 2 .

332

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

d e u n a r e v e l a c i ó n , s i n o d e u n a d o c t r i n a d e l a c r e a c i ó n , q u e a s u v e z se d e d u c e d e u n a m e t a f í s i c a d e l S e r . E s t a m e t a f í s i c a d e l S e r n o se d e d u c e sino d e las exigencias racionales del p e n s a m i e n t o . Es m u y n a t u r a l , p u e s , q u e u n a m o r a l d e l a o b l i g a c i ó n n o esté j a m á s e n c o n t r a d i c c i ó n c o n l a m o r a l d e l o s g r i e g o s : l a h a b r í a n d e s c u b i e r t o ^ si h u b i e r a n p r o f u n d i z a d o s u m e t a f í s i c a . Y es a s i m i s m o n a t u r a l q u e s e m e j a n t e m o r a l d i f i e r a toLo coelo d e l a m o r a l g r i e g a : l o s g r i e g o s n o l a d e s c u b r i e r o n p o r n o h a b e r profundizado suficientemente su metafísica. ¿ P o r q u é n o la p r o f u n d i z a r o n m á s ? P o r q u e , s e g ú n l a p a l a b r a d e S a n t o T o m á s , los h o m b r e s n o a d e l a n t a n s i n o pedetentim por la vía de la v e r d a d . S i n d u d a alguna. Pero h a y paso y paso. M á s particul a r m e n t e h a y u n paso q u e la metafísica h a d a d o , p e r o q u e , sin e m b a r g o , n o l o h a d a d o s o l a : a l p r o f u n d i z a r el p r o b l e m a d e l s e r h a s t a e l p l a n o d e la e x i s t e n c i a , e n c a r r i l a b a a l a m o r a l p o r u n a n u e v a v í a . E s lo q u e p o r e l l a h i c i e r o n los P a d r e s d e l a I g l e s i a y l o s p e n s a d o r e s d e l a E d a d M e d i a . M u c h o les h u b i e r a s o r p r e n d i d o si se les d i j e r a q u e s u m o r a l n o e r a racional; p u e d e q u e luego d e algunas explicaciones admitieran que era "laica" , p e r o es d i f í c i l q u e s e n o s h a g a c r e e r q u e si e s a m o r a l laica difiere t a n t o d e la a n t i g u a , n a d a t i e n e q u e v e r e n ello el h e c h o d e q u e sus autores sean sacerdotes cristianos. A y u d á n d o n o s a restaurar, y si e s m e n e s t e r , a i n s t a u r a r l a n o c i ó n d e f i l o s o f í a c r i s t i a n a , el e s t u d i o del p e n s a m i e n t o m e d i e v a l q u i z á n o s a y u d e a l m i s m o t i e m p o a c o l m a r u n e n o r m e v a c í o d e la h i s t o r i a y a c o n c i l i a r p o s i c i o n e s filosóficas q u e defienden, c a d a u n a , u n aspecto d e la verdad. 3 5

35 ibid.,

pág.291.

CAPÍTULO LA EDAD

MEDIA

XVIII

Y LA NATURALEZA

N o HAY u n o s o l o d e l o s p r o b l e m a s q u e h e m o s t o c a d o t r a s el c u a l no se sienta la presencia d e otro, cuya discusión y solución p u d i e r o n parecer i n d e f i n i d a m e n t e diferidas. P o r lo m e n o s lo h a n sido i n t e n c i o n a l m e n t e . P o r t o d a s p a r t e s , e n l a f i l o s o f í a m e d i e v a l , el o r d e n n a t u r a l se a p o y a e n u n o r d e n s o b r e n a t u r a l , d e l q u e d e p e n d e c o m o d e s u o r i g e n y de s u f i n . E l h o m b r e es u n a i m a g e n d e D i o s , l a b i e n a v e n t u r a n z a q u e aquél d e s e a es u n a b e a t i t u d d i v i n a , e l o b j e t o a d e c u a d o d e s u i n t e l e c t o y d e s u v o l u n t a d es u n s e r q u e l e t r a s c i e n d e , a n t e q u i e n s e j u e g a su v i d a m o r a l y es q u i e n l a j u z g a . A ú n m á s : el m u n d o físico m i s m o , c r e a d o p o r D i o s p a r a s u g l o r i a , es t r a b a j a d o d e s d e a d e n t r o p o r u n a s u e r t e de a m o r ciego q u e lo m u e v e h a c i a su autor, y c a d a ser, c a d a o p e r a c i ó n d e c a d a s e r , d e p e n d e e n t o d o m o m e n t o , t a n t o e n s u e f i c a c i a c o m o en su e x i s t e n c i a , d e u n a v o l u n t a d t o d o p o d e r o s a q u e l o c o n s e r v a . S i e s t o es a s í , ¿ p u e d e t o d a v í a h a b l a r s e d e n a t u r a l e z a e n u n a f i l o s o f í a c r i s t i a n a , o no v a l d r í a m á s d e c i r , c o n M a l e b r a n c h e , q u e l a n a t u r a l e z a es u n a i d e a a n t i c r i s t i a n a p o r e x c e l e n c i a , u n r e s i d u o d e l a filosofía p a g a n a r e c o g i d o p o r teólogos i m p r u d e n t e s ? L o s pensadores d e la E d a d M e d i a n o lo c r e y e r o n , y se p u e d e p r e v e r , p u e s t o q u e a ellos r e s p o n s a b i l i z a M a l e b r a n c h e . C o m o los g r i e g o s , t i e n e n u n a n a t u r a l e z a , p e r o n o es e x a c t a m e n t e la m i s m a , y quisiera p r e g u n t a r m e q u é m o d i f i c a c i o n e s le h i c i e r o n sufrir. 1

P a r a s a b e r l o i m p o r t a elegir c o n c u i d a d o los testigos q u e se c o n s u l t a r á n . Dirigirse a místicos sería p l a n t e a r la cuestión a h o m b r e s q u e n o se i n t e r e s a n p o r l o q u e l a n a t u r a l e z a es, s i n o p o r l o q u e significa. P r e g u n t á r s e l o a los a u t o r e s d e l a p i d a r i o s o a r e c o p i l a d o r e s d e f á b u l a s d e a n i m a l e s es i n t e r r o g a r a u n a l m a n a q u e r o respecto d e l a ciencia d e s u t i e m p o . U n a v e z m á s , l o s ú n i c o s t e s t i g o s d e l a f i l o s o f í a de l a Edad M e d i a s o n s u s f i l ó s o f o s ; s i e m p r e q u e se c r e a g a n a r t i e m p o i m a g i n á n d o l a a p a r t i r d e sus escritores o h a s t a d e su historia será exponerse a los m á s c r u e l e s d e s e n g a ñ o s ; l o m á s p r u d e n t e s e r í a e v i t a r esas p e l i g r o s a s s i n u o s i d a d e s . D e h e c h o , l a n a t u r a l e z a m e d i e v a l e x i s t e , p e r o n o es 1

H . G O U H I E R , La vocation 1 1 2 - 1 1 3 . Cf., d e l m i s m o a u t o r ,

rience

religieuse,

de

Malebranche,

París,

J.

Vrin,

1 9 2 6 , págs.

La philosophie de Malebranche et son expéP a r í s , J . V r i n , 1 9 2 6 , p á g s . 3 9 3 - 3 9 7 ; La nature chrétienne.

334

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

n i l a d e l a filosofía g r i e g a n i l a d e l a c i e n c i a m o d e r n a , a u n q u e c o n s e r v a r a m u c h o d e la p r i m e r a y la s e g u n d a q u i z á h a y a g u a r d a d o algo. ¿ E n q u é consistió e x a c t a m e n t e ? 2

3

E n las filosofías d e l a E d a d M e d i a , c o m o e n las d e l a A n t i g ü e d a d , u n s e r n a t u r a l es u n a s u b s t a n c i a a c t i v a , c u y a e s e n c i a c a u s a las o p e r a c i o n e s y l a s d e t e r m i n a c o n n e c e s i d a d . L a N a t u r a l e z a n o es s i n o el c o n j u n t o d e las n a t u r a l e z a s ; sus a t r i b u t o s son, p u e s , la f e c u n d i d a d y l a n e c e s i d a d . T a n c i e r t o es e s t o , q u e los p e n s a d o r e s m e d i e v a l e s se a p o y a n s i e m p r e en la o b s e r v a c i ó n d e u n a n e c e s i d a d p a r a d e d u c i r d e e l l a l a e x i s t e n c i a d e u n a n a t u r a l e z a . C a d a v e z q u e es p o s i b l e c o m p r o b a r l a e x i s t e n c i a d e u n a c o n s t a n c i a , d e a l g o q u e s u c e d e ut in pluribus, p o d e m o s e s t a r s e g u r o s d e q u e esa c o n s t a n c i a t i e n e u n a c a u s a , y esa causa n o p u e d e ser sino la p r e s e n c i a de u n a esencia, o n a t u r a l e z a , cuya o p e r a c i ó n p r o d u c e r e g u l a r m e n t e e l f e n ó m e n o . P o r l a m i s m a r a z ó n es m e n e s t e r q u e la o p e r a c i ó n d e esa n a t u r a l e z a sea necesaria, p u e s t o q u e n o se l a s i e n t a s i n o p a r a e x p l i c a r l a c o n s t a n c i a o b s e r v a d a . L a r e l a c i ó n d e l a n o c i ó n d e n e c e s i d a d a l a d e n a t u r a l e z a es t a n t o m á s e s t r e c h a c u a n t o q u e p r o p i a m e n t e h a b l a n d o n o se d e m u e s t r a l a e x i s t e n c i a d e las e s e n c i a s ; la p e r c e p c i ó n sensible n o s m u e s t r a q u e h a y cosas cuyas operaciones son causadas p o r u n principio interno, luego p o r u n a esencia, y q u e r e r p r o b a r l o a d e m á s p o r la r a z ó n sería q u e r e r p r o b a r lo c o n o c i d o p o r lo d e s c o n o c i d o . P u e d e decirse, p u e s , sin e x a g e r a r , q u e se p e r c i b e l a n a t u r a l e z a e n s u n e c e s i d a d m i s m a , p u e s l a g e n e r a l i d a d n o s l a r e v e l a y l a g e n e r a l i d a d se f u n d a e n s u n e c e s i d a d : hoc enim est naturale quod similiter se habet in ómnibus, quia natura semper eodem modo operatur. D e m o d o q u e es f á c i l c o m p r e n d e r q u e , c u a n d o se 4

5

2

Véanse

moderne, P.

las curiosas

e n Revue

reflexiones

Internationale

de

V.

EGGER,

de l'enseignement

Science ancienne et science supérieur, 1 8 9 0 (dato del

M . Giison, profesor del gran seminario de Bourges). L a filosofía p r e s o c r á t i c a e s t á d o m i n a d a p o r la i d e a d e n e c e s i d a d . El p r i n c i p i o e n q u e se i n s p i r a es q u e " d e n i h i l o n i h i l i n n i h i l u m p o s s e r e v e r t í " , c o m o lo d i r á m á s t a r d e P e r s i o . S u p r o b l e m a c e n t r a l es, p u e s , l a d e t e r m i n a c i ó n d e la substancia estable de la que t o d o nace y a la q u e t o d o v u e l v e ; esta substancia p r i m o r d i a l es p a r a e l l o s l a n a t u r a l e z a : (púffi? ( E . B U R N E T , Vaurore de la philosophie grecque, P a r í s , P a y o t , 1 9 1 9 , p á g s . 1 1 - 1 4 ) . P l a t ó n n o h i z o s i n o s u b s t i t u i r la n e c e s i d a d d e esa s u b s t a n c i a m a t e r i a l p o r la del o r d e n i n t e l i g i b l e ; véase s o b r e e s e p u n t o e l l i b r o d e J . C H E V A L I E R , La notion du nécessaire . . ., p á g s . 69-98, y A. E . T A Y L O R , A Commentary on Plato's Timaeus, págs. 2 9 9 - 3 0 1 . A r i s t ó t e l e s , a u n c u a n d o m o d i f i c a l a e c o n o m í a d e l p l a t o n i s m o , p e r m a n e c e fiel a s u e s p í r i t u . Si p a r a él n o h a y m á s c i e n c i a q u e d e l o g e n e r a l , es p o r q u e e l hecho de que hay regularidad en acontecimientos, luego generalidad, atestigua p a r a él l a p r e s e n c i a d e u n a e s e n c i a , y q u e l a e s e n c i a es u n p r i n c i p i o n e c e s a r i o d e o p e r a c i o n e s ( J . C H E V A I . I E R , op. cit., p á g . 1 4 9 , n o t a 2 ) . T o d a l a f i l o s o f í a m e d i e v a l c l á s i c a , i n c l u s i v e el a v e r r o í s m o , se c o l o c a r á e n e l m i s m o t e r r e n o . S a n t o T o m á s se o p o n e e n e s e p u n t o a A v i c e n a , e n s u c o m e n t a r i o In II Phys., I, 1 , 8 ; e d i c . l e o n i n a , t. I I , p á g . 5 7 . S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , In VIII Phys., 8 , 1 5 , 7 ; e d i c . l e o n i n a , t. I I , pág. 4 2 2 . 3

1

6

LA

EDAD

MEDIA

Y LA

33

NATURALEZA

5

p l a n t e ó el p r o b l e m a d e l f u n d a m e n t o d e l a i n d u c c i ó n , D u n s E s c o t o n o t u v i e r a n e c e s i d a d d e b u s c a r o t r o sino este p r i n c i p i o : t o d o lo q u e s u c e d e r e g u l a r m e n t e e n v i r t u d d e u n a c a u s a es el efecto n a t u r a l d e esa causa. P a r a q u e u n a infracción a l a regularidad d e l o r d e n p u d i e r a producirse, sería m e n e s t e r q u e l a c a u s a n o fuese u n a n a t u r a l e z a : n o h a y m e d i o e n t r e la necesidad d e las naturalezas y la libertad d e las voluntades. 6

El universo medieval podía, pues, ser concebido como objeto d e u n a e x p l i c a c i ó n científica, e n el s e n t i d o e n q u e a u n h o y lo e n t e n d e r n o s . N o creo h a c e r m e n i n g u n a ilusión e n c u a n t o a l a extensión y la cua­ lidad d e la ciencia medieval, p e r o m e parece necesario distinguir entre el c o n o c i m i e n t o científico d e l m u n d o y el c o n o c i m i e n t o g e n e r a l d e l m u n d o q u e la ciencia interpreta. E l universo era m u y m a l conocido e n t o n c e s ; el p r o g r e s o d e los c o n o c i m i e n t o s , m u y difícil, p o r q u e l a física a r i s t o t é l i c a d e las c u a l i d a d e s e r a o b s t á c u l o a l n a c i m i e n t o d e u n a física d e l a c a n t i d a d . E l siglo , x i v p e r d i ó m u c h o t i e m p o e n c a l c u l a r i n t e n ­ sidades cualitativas, q u e hubiese sido m e n e s t e r cuantificar p a r a p o ­ derlas m e d i r . D i c h o esto, sigue siendo cierto q u e lo q u e h a r e t r a s a d o a l a E d a d M e d i a e n sus p r o g r e s o s n o h a sido u n a e s p e c i e d e tibieza en l a c r e e n c i a e n el d e t e r m i n i s m o universal. M u y al c o n t r a r i o , p o ­ n i e n d o a u n l a d o l a libre v o l u n t a d d e l h o m b r e , los filósofos y teólogos c o n c u e r d a n e n admitir u n determinismo 'astrológico universal. Santo T o m á s e s t i m a q u e l o s m o v i m i e n t o s d e los., c u e r p o s i n f e r i o r e s s o n c a u ­ sados p o r los d e los c u e r p o s celestes, y q u e los f e n ó m e n o s d e l m a n ­ d o s u b l u n a r s o n regidos p o r los m o v i m i e n t o s d e los a s t r o s . Alberto M a g n o y R o g e r i o B a c o n f u e r o n a u n m á s l e j o s ; d e h e c h o , este, ú l t i m o n o v a c i l a e n h a c e r el h o r ó s c o p o d e l a s r e l i g i o n e s , i n c l u s i v e el d e l a religión cristiana. P u e s t o q u e e n t o n c e s se a d m i t í a c o m ú n m e n t e u n a 7

8

6

D U N S E S C O T O , Op. Oxon., I , 3 , 4 , 9 . L a f ó r m u l a c o m p l e t a e s l a s i g u i e n t e : " Q u i d q u i d evenit, u t in pluribus, a b a l i q u a c a u s a n o n libera, est effectus n a t u ralis illius c a u s a e " . P u e d e h a b e r , e n efecto, r e g u l a r i d a d y c o n s t a n c i a sin n e c e ­ s i d a d , p o r e j e m p l o e n la a c c i ó n d i v i n a , p e r o e n t o n c e s se t r a t a d e u n p r o b l e m a diferente, del q u e D u n s Escoto reserva aquí la solución introduciendo la cláu­ s u l a : non libera. S o b r e los m é t o d o s de. r a z o n a m i e n t o e x p e r i m e n t a l e n D u n s

E s c o t o , v é a s e Avicenne et le point de départ de Duns Scot, e n Archives d'hist. doctr. et litt. du moyen age, 1 9 2 7 , p á g s . 1 1 7 - 1 2 9 . S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , Sum. 'theol., I , 115, 3, Resp. El artículo 4 re­ 7

s e r v a los d e r e c h o s d e l libre a l b e d r í o ; el a r t í c u l o 6 r e s e r v a los d e l a c a s u a l i d a d , tal c o m o l a c o n c i b e Aristóteles, p e r o n i á s lejos v e r e m o s q u e , p a r a u n filósofo cristiano, la casualidad m i s m a cae bajo o t r a determinación. T o d a v í a h a y astró­ logos, y q u e se i n t e r e s a n e n l a o b r a d e S a n t o T o m á s ; v é a s e P . C H O I S N A R D ,

Saint

Thomas

d'Aquin

et l'influence

des astres,

París, F . Alean, 1926.

8

L a a u t e n t i c i d a d d e l Speculum astronomiae, tradicionalmente atribuido a Alberto ..Magno, e s c o n t e s t a d a p o r e l P . M A N D O N N E T , Roger Bacon et le Specuiam astronomiae ( 1 2 7 7 ) , e n Revue néo-scolastique, t. X V I I ( 1 9 1 0 ) , p á g s . 3 1 3 - 3 3 5 . M e p a r e c e q u e l a c u e s t i ó n s i g u e a b i e r t a . Cf. P . G . M E E R S E M A N , Intro-

ductio De

in opera

todos

omnia

modos,

B. Alberti

tanto

si e l

Magni, texto

es

Beyaert, Brujas, de

Alberto

1 9 3 1 , págs.

Magno

como

de

132-138. Bacon,

336

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

d e t e r m i n a c i ó n d e los f e n ó m e n o s n a t u r a l e s , n o es e x t r a ñ o q u e s e c o n cibiera la idea d e u n estudio p r o p i a m e n t e científico d e l a naturaleza. R o b e r t o G r o s s e t e s t e d e j a m u y a t r á s l a física a r i s t o t é l i c a d e l a s f o r m a s c u a n d o las r e d u c e todas a la luz, c u y a ciencia d e p e n d e d e la óptica y f i n a l m e n t e d e l a sola g e o m e t r í a . R o g e r i o B a c o n sigue la m i s m a vía, y la insistencia c o n q u e r e c l a m a u n a ciencia e x p e r i m e n t a l , a u n q u e n a d a hiciera p o r constituirla, testimonia u n sentido justo d e lo q u e puede ser u n a d e m o s t r a c i ó n v e r d a d e r a m e n t e científica. D e m o d o q u e si los h o m b r e s d e a q u e l t i e m p o c o n o c i e r o n m a l l a n a t u r a l e z a , n o se e q u i v o c a r o n sobre los c a r a c t e r e s esenciales q u e h a c e n d e ella u n objeto d e conocimiento racional, y hasta p u e d e decirse q u e , en cierto sentido, si d i f i e r e d e l a n a t u r a l e z a g r i e g a n o es p o r q u e e s t é m e n o s d e t e r m i n a d a q u e ésta, sino p o r q u e lo e s t á m á s . 9

C u a n d o S a n t o l o m a s s e p r e g u n t a si el d e t e r m i n i s m o a s t r o l ó g i c o i m p o n e a los f e n ó m e n o s terrestres u n a n e c e s i d a d a b s o l u t a , c o n t e s t a q u e n o , p o r q u e m á s a l l á d e l o q u e el m o v i m i e n t o d e l o s a s t r o s d e t e r m i n a se e x t i e n d e e l v a s t o d o m i n i o d e l a z a r . T o d a s u a r g u m e n t a c i ó n se r e f i e r e a la filosofía d e Aristóteles, y n o sin r a z ó n , p u e s l a c a s u a l i d a d d e s e m p e ñ a i m p o r t a n t e p a p e l e n el peripatetismo. L a c a s u a l i d a d n o está c o n c e b i d a c o m o u n p u r o i n d e t e r m i n a d o , es d e c i r , c o m o a l g o q u e o c u r r i r í a sin c a u s a , y e n este s e n t i d o n o h a c e m e l l a e n el d e t e r m i n i s m o u n i v e r s a l ; p e r o es d e l o i n c o m p l e t a m e n t e d e t e r m i n a d o : l o q u e , c o n r e l a c i ó n a l a c a u s a e f i c i e n t e , es a c c i d e n t a l , p o r q u e n o es p r o d u c i d o p o r e l l a e n v i s t a d e u n f i n , o n o es el f i n p o r e l c u a l o b r a . L o f o r t u i t o es, p u e s , e n l a n a t u r a l e z a , l o q u e n o t i e n e f i n a l i d a d . E n c i e r t o s e n t i d o , p u e s t o q u e l a c a u s a f i n a l es l a c a u s a v e r d a d e r a , p o d r í a d e c i r s e q u e l o fortuito n o t i e n e c a u s a , p e r o esto sólo significa q u e h a y l a g u n a s e n el o r d e n t e l e o l ó g i c o y d e n i n g ú n m o d o q u e l a s h a y a e n e l d e l a c a u s a eficiente. P o r e j e m p l o : d o s series d e causas i g u a l m e n t e d e t e r m i n a d a s en c u a n t o a su eficiencia y a sus fines p u e d e n e n c o n t r a r s e sin q u e su e n c u e n t r o h a y a sido p r e v i s t o n i q u e r i d o : su intersección es u n accid e n t e . E s l o q u e s u c e d e c u a n d o d o s h o m b r e s , y e n d o h a c i a cierto sitio a l q u e a m b o s t i e n e n l a i n t e n c i ó n d e i r , se e n c u e n t r a n i n e v i t a b l e m e n t e , sin q u e t u v i e r a n l a i n t e n c i ó n d e e n c o n t r a r s e . E s lo q u e o c u r r e t a m b i é n c u a n d o el m a t e r i a l s o b r e e l q u e u n h o m b r e t r a b a j a n o s e p r e s t a a s u conserva u n interés de primer o r d e n p a r a la historia d e la cuestión. Se lo encont r a r á e n A L B E R T O M A G N O , Opera omnia, e d i c . B o r g n e t , t . X , p á g s . 6 2 9 - 6 5 1 . S o b r e e l d e t e r m i n i s m o a s t r o l ó g i c o d e R o g e r i o B a c o n , v é a s e Un fragment inédit de V'Opus Tertium", editado por P. Duhem, Quaracchi, 1 9 0 9 ,pág. 1 6 9 . S e e n c o n t r a r á n a l g u n a s i n d i c a c i o n e s s o b r e G r o s s e t e s t e e n La philosophie au moyen age, t. I I , p á g s . 4 7 - 5 0 . L a a p l i c a c i ó n t é c n i c a d e s u s i d e a s a l a r t e m e d i e v a l h a s i d o m a g i s t r a l m e n t e e s t u d i a d a p o r I I . F O G I L L O N , L'art des sculpteurs rornans, 1J

P a r í s , E . L e r o u x , 1 9 3 1 ; c a p . x : L'art

de géométrie au moyen age. S o b r e R o L'expérience physique chez Roger Bacon, contribulion á l'étude de la méthode et de la science experimentales au XIII' siécle, P a r í s , J . V r i n , 1 9 2 4 . gerio Bacon consúltese sobre todo R.

CARTÓN,

LA

EDAD

MEDIA

Y

LA

33 y

NATURALEZA

acción e n v i r t u d d e sus necesidades p r o p i a s : el p u n t o d e c o n j u n c i ó n entre lo q u e el artista quiere h a c e r y lo q u e se p u e d e h a c e r c o n la m a t e r i a q u e éste t r a b a j a , a u n q u e d e t e r m i n a d o p o r el a r t e d e u n o y la e s t r u c t u r a d e l a o t r a , p u e d e s e r a c c i d e n t a l . A h o r a b i e n : el a r t e n o h a c e sino imitar a la n a t u r a l e z a ; c o m o al artista, a la naturaleza le fallan a veces sus efectos; l a f o r m a tropieza c o n las necesidades ciegas d e la m a t e r i a y sólo p r o d u c e u n ser i n c o m p l e t o , u n m o n s t r u o . L o s monstruos son errores accidentales d e l a naturaleza, q u e u n concurso d e circunstancias imprevisibles i m p i d e alcanzar su fin. 1

0

L o m á s n o t a b l e es q u e e s a m i s m a p a r t e r e l a t i v a d e i n d e t e r m i n a c i ó n desaparece d e la naturaleza medieval. Absolutamente hablando, para u n p e n s a d o r c r i s t i a n o n o h a y n i c a s u a l i d a d n i m o n s t r u o s , p u e s si e s a s nociones p u e d e n y d e b e n m a n t e n e r s e e n el p l a n o m u y r e l a t i v o d e n u e s t r a e x p e r i e n c i a h u m a n a , p i e r d e n t o d o s e n t i d o c u a n d o s e d e s c r i b e el u n i v e r s o d e s d e el p u n t o d e v i s t a d e D i o s . L o f o r t u i t o , t a l c o m o lo c o n c i b e n l o s a n t i g u o s , es u n a n o c i ó n f a m i l i a r a S a n A g u s t í n : es t o d o lo q u e s e p r o d u c e s i n t e n e r c a u s a s o q u e n o d e p e n d e d e u n o r d e n r a c i o n a l : qui ea dicunt esse fortuita, quae vel nullas causas habent, vel non ex aliquo rationabili ordine venientes. Y e n u n universo cristiano, n a d a ocurre q u e n o sea e n n o m b r e d e u n orden racional y q u e n o r e c i b a d e él s u e x i s t e n c i a . E n l a c o n v e r s a c i ó n d i a r i a p u e d e h a b l a r s e sin e s c r ú p u l o d e la c a s u a l i d a d , p e r o p u e s t o q u e t o d o el m u n d o es o b r a d e D i o s y q u e n a d a d e l o q u e a q u é l c o n t i e n e s e s u b s t r a e a l a providencia, ¿cómo pensar q u e haya acontecimientos radicalmente f o r t u i t o s ? Nihil igitur casu fit in mundo; n a d a sucede p o r casualidad e n e l m u n d o : h e a h í e l v e r d a d e r o p u n t o d e v i s t a c r i s t i a n o s o b r e el orden universal. 1

1

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2

L o s filósofos d e l a E d a d M e d i a p u d i e r o n , p u e s , a c e p t a r e l p u n t o de vista d e Aristóteles y reconocerle validez condicionada. Boecio, e n l a c á r c e l , p i d e a l a f i l o s o f í a q u e l o c o n s u e l e , y é s t a l e c o n t e s t a e n el lenguaje d e Aristóteles. E n cierto sentido h a y casualidad. Si alguien d e s c u b r e u n tesoro m i e n t r a s c u l t i v a su c a m p o , se dice c o n r a z ó n q u e 1

0

Sobre la doctrina del azar e n Aristóteles, consúltese el c o m e n t a r i o d e O . H A M E L I N , Aristote, Physique, I I , P a r í s , J . V r i n , p á g s . 1 2 0 - 1 2 5 . L a c o n c l u s i ó n d e e s t a n o t a b l e n o t a es q u e , t a l c o m o lo c o n c i b e Aristóteles, " e l azar, e s a n a d a d e r a z ó n , d e b í a s e r p a r a él, a n t e t o d o , u n a n a d a d e f i n " . E n l o q u e se refiere a l a d e f i n i c i ó n d e los m o n s t r u o s c o m o " e r r o r e s d e l a n a t u r a l e z a " , véase A R I S T Ó T E L E S , Phys., I I , 8 , d e S a n t o T o m á s , l e c t . X I V ; e d i c . l e o n i n a , t . I I , pág. 95. 1

1

1

2

S a n A G U S T Í N , De

civ. Dei,

V , 1 ; Patr.

lat.,

t . 4 1 , c o l . 141.

" P o r r o illud b o n u m , cujus participatione sunt b o n a caetera q u a e c u m q u e sunt, n o n p e r aliud, sed p e r seipsum b o n u m est, q u a m d i v i n a m etiam provid e n t i a m v o c a m u s . N i h i l i g i t u r c a s u f i t i n m u n d o . " S a n A G U S T Í N , De dio. quaest. 83, q u . 2 4 ; Patr. lat., t . 4 0 , c o l . 1 7 . " U n d e e t i l l a v e r b a s u n t q u a e nulla religio dicere p r o h i b e t : forte, forsan, forsitan, fortasse, fortuito: quod t a m e n t o t u m a d d i v i n a m r e v o c a n d u m e s t p r o v i d e n t i a m . " Retract., I , 1, 2 ; t. 3 2 , c o l . 5 8 5 .

338

EL

ESPÍRITU

D E LA. F I L O S O F Í A

MEDIEVAL

lo e n c o n t r ó p o r c a s u a l i d a d , p u e s e l q u e e s c o n d i ó s u t e s o r o e n ese sitio y q u i e n lo e n c o n t r ó c o n c u r r i e r o n a ese d e s c u b r i m i e n t o sin q u e t u v i e r a n l a i n t e n c i ó n . E l a z a r es a q u í l a i n t e r s e c c i ó n a c c i d e n t a l d e d o s series d e c a u s a s d e l a s cuales n i n g ú n fin d e t e r m i n a el e n c u e n t r o . N i n g ú n fin humano; p e r o ¿ q u é decir d e los fines d i v i n o s ? N a d a d e lo q u e s u c e d e e s c a p a a su p r o v i d e n c i a ; l a m a t e r i a m i s m a , d e s d e q u e h a sido c r e a d a , n o p u e d e y a i n t r o d u c i r e n e l u n i v e r s o el e l e m e n t o d e c i e g a n e c e s i d a d , n i d e s e m p e ñ a r el p a p e l d e c a u s a a c c i d e n t a l q u e d e s e m p e ñ a b a e n el m u n d o i n c r e a d o d e A r i s t ó t e l e s . D e m o d o q u e y a n o h a y c a s u a l i d a d e n el p l a n o d i v i n o , p u e s t o q u e a u n el c o n c u r s o e n a p a r i e n c i a a c c i d e n t a l d e l a s series d e c a u s a s d e p e n d e d e l o r d e n i n v a r i a b l e establecido " p o r esta P r o v i d e n c i a a d o r a b l e , q u e dispone t o d o c o n su sab i d u r í a y h a c e q u e c a d a cosa llegue e n el t i e m p o y e n el l u g a r q u e le ha señalado". A g r e g u e m o s c o n S a n t o T o m á s , a esas conclusiones d e S a n Agustín y d e Boecio, q u e , c o m o ya n o h a y m á s casualidad absoluta, n o h a y más" monstruos absolutos. O b r a d e Dios, la naturaleza c r i s t i a n a n o c o m e t e f a l t a s ; l a m a t e r i a se p r e s t a a l a f o r m a t a n t o c o m o l o q u i e r e s u a u t o r , n i m á s n i m e n o s . L o s defectus naturae, c u a n d o se p r o d u c e n , s o n q u e r i d o s p o r D i o s e n vista d e c i e r t o f i n ; los m o n s t r u o s h u m a n o s , p o r e j e m p l o , n a c e n e n c o n s e c u e n c i a d e las leyes q u e g o b i e r n a n a l a n a t u r a l e z a c a í d a e n d e s g r a c i a , p e r o l o s filósofos p r e f i e r e n n e g a r los d e s i g n i o s d e D i o s a n t e s q u e c o n f e s a r q u e l o s i g n o r a n ; a c u s a n , p u e s , a l a n a t u r a l e z a d e s e r i r r a c i o n a l , e n lo q u e n o h a c e s i n o s e g u i r las leyes s u p e r i o r e s q u e le s o n i m p u e s t a s p o r Dios. 1

3

1

1

3

BOECIO,

De consolat.

Véase

también

tatione

editio

philos.,

su i m p o r t a n t e

secunda,

4

Patr.

l i b . V , p r o s a I ; Patr. lat., t . 6 3 , c o l . 8 2 9 - 8 3 2 . d i s c u s i ó n d e l e s t o i c i s m o e n In libr. de Interpre-

lat., t . 6 4 , c o l . 4 9 1 B - 4 9 5 A . C l a r a m e n t e se v e e n

e s e t e x t o , l o q u e t a m b i é n se d e s t a c a r á e n l o s d e S a n t o T o m á s ( v é a s e p á g . 3 4 2 , n o t a 1 9 ) , q u e l o s c r i s t i a n o s a d m i t e n e l a z a r a r i s t o t é l i c o , e n c u a n t o se o p o n e a l n e c e s i t a r i s m o e s t o i c o ; i n v e r s a m e n t e , si c o n c e d e n a A r i s t ó t e l e s l a e x i s t e n c i a d e l a z a r , se e n t i e n d e n c o n los estoicos p a r a r e l a c i o n a r lo c o n t i n g e n t e a u n a c a u s a superior. L o q u e les s e p a r a d e los estoicos es q u e e n l u g a r d e p o n e r en el origen del azar u n a necesidad, los cristianos ponen u n a libertad. H a b r á , pues, e n los cristianos, previsibilidad de futuros q u e seguirán siend o , s i n e m b a r g o , c o n t i n g e n t e s : op cit., c o l . 4 9 5 - 5 1 8 ( v é a s e p á g . 3 4 2 , n o t a 1 9 ) . Cf. S a n B U E N A V E N T U R A , In II Sent., 3 7 , 2, 2 ; e d i c . Q u a r a c c h i , t . I I , p á g s . 8 7 2 - 8 7 3 . S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , Cornp. theol., I , 1 3 7 ; e n Opuscula, edic. M a n d o n n e t , t. I I , p á g . 9 4 , y t a m b i é n l a p r o p o s i c i ó n c o n d e n a d a e n 1 2 7 7 : " Q u o d aliqua possunt casualiter evenire respectu causae p r i m a e ; et q u o d falsum est, o m n i a esse p r a e o r d i n a t a a c a u s a p r i m a , q u i a t u n e e v e n i r e n t d e n e c e s s i t a t e " ;

a r t . 1 9 7 , e n Chart. 1

Univ.

Paris, t . I , p á g . 5 5 4 .

4

San, A g u s t í n c o n o c e l a e x p r e s i ó n " n a t u r a e e r r o r e s " p a r a d e s i g n a r a los monstruos. S u t r a d u c c i ó n es, p o r lo d e m á s , m e j o r q u e " p e c c a t a n a t u r a e " , pues l o q u e l l a m a m o s p e c a d o n o es p a r a l o s g r i e g o s s i n o u n e r r o r , a n á l o g o a l o s q u e p u e d e c o m e t e r l a n a t u r a l e z a . V é a s e Cont. luí. Pelag., V , 1 5 , 5 3 , a Nec al-

ienáis...

; Patr.

lat., t . 4 4 , c o l . 8 1 4 . De civ. Dei, X V I , 8 , 1 - 2 ; t . 4 1 , c o l .

4 8 5 - 4 8 7 . S o b r e el p e c a d o o r i g i n a l y su r e l a c i ó n a l a existencia d e los m o n s t r u o s h u m a n o s : Op. imp. cont. lulian., I , 1 1 6 ; t. 4 5 , col. 1 1 2 5 . S a n t o T o m á s vincula d i r e c t a m e n t e a la c r e a c i ó n d e l a m a t e r i a p o r Dios el h e c h o q u e " n o n potest

LA

EDAD

MEDIA

Y

LA

33

NATURALEZA

9

Así, d o n d e el p e n s a m i e n t o g r i e g o tolera u n a i n d e t e r m i n a c i ó n q u e se e x p l i c a p o r u n a f a l t a d e r a c i o n a l i d a d , l a f i l o s o f í a c r i s t i a n a r e s t r i n g e ei d e t e r m i n i s m o n a t u r a l r e d u c i e n d o a l a s leyes d e u n a r a z ó n s u p e r i o r el a p a r e n t e d e s o r d e n d e l a n a t u r a l e z a . P e r o l o c o n t r a r i o n o es m e n o s cierto. D o n d e el p e n s a m i e n t o g r i e g o a d m i t e u n a n e c e s i d a d a n t i n a ­ c i o n a l , l a f i l o s o f í a c r i s t i a n a q u i e b r a e s a n e c e s i d a d p o r q u e es i r r a c i o n a l . C o n el m i s m o m o v i m i e n t o c o n q u e s o m e t e a leyes a l a c a s u a l i d a d , d e s c a r g a a l a n a t u r a l e z a d e l D e s t i n o , p u e s t o d o t i e n e u n a r a z ó n sufi­ ciente, pero n o p u e d e ser p r e c i s a m e n t e sino u n a R a z ó n . S a n A g u s t í n alzó varias veces s u v o z c o n t r a los q u e h a b l a n d e fata­ l i d a d e s , es d e c i r , d e a c o n t e c i m i e n t o s s o m e t i d o s a u n o r d e n n e c e s a r i o , i n d e p e n d i e n t e d e la v o l u n t a d d e los h o m b r e s y d e l a d e Dios. E n el m e j o r d e l o s c a s o s , el fatum p u e d e r e c i b i r u n s e n t i d o a c e p t a b l e . Si c o n ese v o c a b l o s e e n t i e n d e l a v o l u n t a d m i s m a d e D i o s e n c u a n t o pres­ c r i b e a l a n a t u r a l e z a leyes q u e é s t a d e b e seguir, n o h a y n a d a q u e d e c i r e n lo q u e se refiere a l a d o c t r i n a , y sólo se t r a t a d e u n a e x p r e s i ó n por corregir. L o s filósofos d e l a E d a d M e d i a s e a p o y a r o n a m e n u d o e n e s a l i c e n c i a . E l D e s t i n o a n t i g u o h a b í a p e s a d o d e m a s i a d o s o b r e el espíritu d e los h o m b r e s , p a r a q u e t u v i e r a n la a u d a c i a d e despedirlo sin t r a n s i g i r c o n él. B o e c i o n o r e t r o c e d i ó a n t e los g a s t o s d e u n a a r q u i ­ t e c t u r a c o m p l i c a d a p a r a c o n s e r v a r l e u n l u g a r e n el u n i v e r s o cristiano. L a providencia fué entonces la inteligencia divina misma, q u e c o m ­ p r e n d e e n sí t o d a s l a s c o s a s d e e s t e m u n d o , e s d e c i r , s u s n a t u r a l e z a s y las leyes d e s u d e s a r r o l l o . E n c u a n t o r e u n i d o e n l a s i d e a s d e Dios, el o r d e n u n i v e r s a l n o h a c e s i n o u n o c o n l a p r o v i d e n c i a ; e n c u a n t o p a r t i c u l a r i z a d o , f r a g m e n t a d o y c o m o q u i e n dice i n c o r p o r a d o a las c o s a s m i s m a s q u e él r i g e , e s e o r d e n p r o v i d e n c i a l t o m a e l n o m b r e de d e s t i n o . A s í , t o d o l o q u e e s t á s o m e t i d o a l d e s t i n o e s t á s o m e t i d o a la p r o v i d e n c i a , p u e s d e ella d e p e n d e c o m o l a c o n s e c u e n c i a d e p e n d e d e s u p r i n c i p i o , y a u n p u d i e r a a g r e g a r s e q u e m u c h a s cosas d e p e n d e n d e l a p r o v i d e n c i a y n o d e p e n d e n d e l d e s t i n o , p u e s l a p r o v i d e n c i a es e l c e n ­ t r o i n m ó v i l d e l a c i r c u n f e r e n c i a d o n d e se a g i t a n los seres; c u a n t o m á s 1

1

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6

s u a c a s u a l i t a s i m p e d í r i p e r i n d i s p o s i t i o n e m m a t e r i a e " , In VI Metaph., lect. 3 ; e d i c . C a t h a l a , 11. 1 2 1 0 y 1 2 1 5 . L o s defectus naturae deben caer también bajo la casualidad divina y l a ley e t e r n a : "Defectus q u i accidunt in rebus particularibus, q u a m v i s sint p r a e t e r o r d i n e m c a u s a r u m p a r t i c u l a r i u m , n o n t a m e n sunt praeter ordinem causarum universalium, et praecipue causae primae, quae Deus e s t , c u j u s p r o v i d e n t i a m n i h i l s u b t e r f u g e r e p o t e s t " . Sum. theol., I " - I I " , 9 3 , 5 , a d 3 . S o b r e el p e c a d o original y s u r e l a c i ó n a l a existencia d e los m o n s t r u o s h u m a n o s , op. cit., I * - I I , 2 1 , 1 , a d 1 " y 2 . S a n A G U S T Í N , De civ. Dei., V , 1 ; Patr. lat., t . 4 1 , c o l . 1 4 1 : " Q u i e a d i c u n t . . . fatalia, quae praeter D e i et h o m i n u m voluntatem, c u j u s d a m ordinís necessitate contingunt". S a n A G U S T Í N , De civ. Dei, V , 1 ; Patr. lat., t . 4 1 , c o l . 1 4 1 - 1 4 2 . E s t e t e x t o es e l p u n t o d e p a r t i d a d e l a s e s p e c u l a c i o n e s m e d i e v a l e s sobre l a i n t e r p r e t a c i ó n c r i s t i a n a d e l a n o c i ó n d e d e s t i n o ; a ese r e s p e c t o es d e c a p i t a l importancia histórica. m

a 0

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M

340

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

nos a l e j a m o s d e l o r d e n d e l t i e m p o p a r a a c e r c a r n o s a la d i v i n a eter­ n i d a d , t a n t o m á s s o n u n o s y s i m p l e s los designios d e D i o s . E n el límite — l l e g a m o s a é l — l a p r o v i d e n c i a h a a b s o r b i d o c o m p l e t a m e n t e al des­ tino. « Esa g r a n idea, q u e Boecio desarrolló e n u n lenguaje magnífico, p u d o maravillar a generaciones de pensadores y de poetas, pero no e n c o n t r ó p e r d ó n a n t e e l r i g o r m e t a f í s i c o d e S a n t o T o m á s . L a s falsas c o n n o t a c i o n e s q u e el v o c a b l o D e s t i n o c o m p o r t a lo a l e j a n definitiva­ m e n t e d e a p r o b a r s u e m p l e o . A q u e l l o s d e e n t r e los A n t i g u o s q u e a d ­ m i t e n u n a z a r absoluto, c o m o Aristóteles, p o r ejemplo, se v e n eviden­ t e m e n t e obligados a n e g a r el Destino. L o s q u e r e c h a z a n la casualidad y q u i e r e n s o m e t e r l o t o d o , a u n las cosas a p a r e n t e m e n t e fortuitas, a la i n f l u e n c i a n e c e s i t a n t e d e los c u e r p o s celestes, d a r í a n d e b u e n g r a d o el n o m b r e d e D e s t i n o a l a s l e y e s a s t r o n ó m i c a s . P e r o e s t á c l a r o q u e l o s actos h u m a n o s s o n libres y e n consecuencia e s c a p a n a esa necesidad. N o es m e n o s c l a r o q u e t o d o ese a p a r e n t e azar, q u e n i n g ú n destino explica, halla su razón d e ser e n la providencia divina. D e m o d o q u e en la m e d i d a e n q u e el destino p a r e c e ser útil p a r a explicar aconte­ c i m i e n t o s f o r t u i t o s , n o es m á s q u e e l e f e c t o p r o p i o d e e s a p r o v i d e n c i a ; p e r o c o m o el v o c a b l o significaría e n t o n c e s p a r a el c r i s t i a n o u n a cosa m u y d i s t i n t a d e lo q u e q u i e r e decir p a r a u n p a g a n o , lo m e j o r es evi­ t a r l o . G o r r i j a m o s n u e s t r o m o d o d e h a b l a r c o m o S a n A g u s t í n lo a c o n ­ seja, es d e c i r ; c o r r i j a m o s el v o c a b l o , c a l l á n d o l o . 1

8

1 7

" N a i a p r o v i d e n t i a est illa ipsa divina ratio i n s u m m o o m n i u m principe constituta, q u a e c u n e t a disponit; f a t u m vero inhaerens rebus mobilibus dispositio, p e r q u a m p r o v i d e n t i a suis q u a e q u e n e c t i t o r d i n i b u s . . . Q u o fit, u t o i n n i a quae lato subsunt, providentiae q u o q u e subjecta sunt, cui i p s u m etiam sujacet f a t u m . " B O E C I O , De consol, philosophiae, I V , p r o s a 6 ; Patr. lat., t . 6 3 , c o l . 8 1 4 - 8 1 5 . E l desarrollo d e b e leerse p o r entero. C o m p á r e s e B e r n a r d o Silvestre, que conserva el destino c o n su n o m b r e griego, a u n q u e s u b o r d i n á n d o l o también a la' p r o v i d e n c i a : " I m a r m e n e , q u a e c o n t i n u a t i o t e m p o r i s e s t , s e d a d o r d i n e m c o n s t i t u t a " , e n De mundi universítate; edic. Barrach, p . 32, I, 126-127. L a introducción de ese término parece atestiguar la influencia de Hermes Tris­ m e g i s t o ; v é a s e J . K R O L L , Die Lehren des Hermes Trismegistos (BaeumkerB e i t r á g e , X I I , 2 - 4 ) , M ü n s t e r i. W . , 1 9 1 4 , p á g s . 2 1 4 - 2 1 8 . E l a u t o r d e l a p ó c r i f o t o m i s t a De fato ( v é a s e n o t a s i g u i e n t e ) h a c e e x p l í c i t a m e n t e r e m o n t a r e s e t é r m i n o a H e r m e s T r i s m e g i s t o : op, cit., a r t . I I ; e d i c . M a n d o n n e t , t . V , p á g . 4 0 2 . S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , Compend. theol., I , 1 3 8 ; e d i c . M a n d o n n e t , t. I I , págs. 94-95. L o s textos d e S a n A g u s t í n y d e Boecio son c o m p a r a d o s y discu­ t i d o s p o r S a n B U E N A V E N T U R A , In II Sent., 1 4 , 2 , 2 , 3 , a d 1 " ; e d i c . Q u a r a c c h i , t. I I , p á g . 3 6 4 . S u c o n c l u s i ó n es l a m i s m a q u e l a d e S a n t o T o m á s . E s t a c o n ­ clusión r e p r e s e n t a e l p u n t o e n q u e d e s e m b o c a el p e n s a m i e n t o cristiano sobre e s t a c u e s t i ó n . E l a p ó c r i f o De fato, q u e s e h a l l a e n t r e l o s Opuscula de Santo T o m á s d e A q u i n o , fué a t r i b u i d o a A l b e r t o M a g n o p o r el P . P E L S T E R (Phil. Jahrbuch., 1 9 2 3 , p á g s . 1 5 0 - 1 5 4 ) : v é a s e P . G . M E E R S E M A N , Introductio in opera 1 8

ornnia

B. Alberli

Magni,

Brujas,

1931, p á g . 138. C o n menos

claridad

en la

a r g u m e n t a c i ó n , se i n c l i n a h a c i a l a s o l u c i ó n d e B o e c i o , a l a c u a l r e m i t e l a d e H e r m e s T r i s m e g i s t o (De fato, a r t . I I , M a n d o n n e t , p á g . 4 0 3 ) . E l d e s t i n o e s , p u e s , p a r a el a u t o r d e ese t r a t a d o , u n i n t e r m e d i a r i o e n t r e l a p r o v i d e n c i a y los

LA

EDAD

MEDIA

Y

LA

NATURALEZA

L a p r o f u n d a t r a n s f o r m a c i ó n i m p u e s t a a l a n a t u r a l e z a g r i e g a p o r la doctrina cristiana d e la creación y d e la providencia aparece claramente c u a n d o c o t e j a m o s las conclusiones q u e p r e c e d e n , p a r a aplicarlas juntas al p r o b l e m a d e los f u t u r o s c o n t i n g e n t e s . E n el s i s t e m a d e Aristóteles h a y f u t u r o s c o n t i n g e n t e s , p u e s h a y c a s u a l i d a d . L o q u e p o r e s e n c i a es a c c i d e n t a l , p o r el h e c h o m i s m o d e q u e e s c a p a al o r d e n d e lo n e c e s a r i o e n t r a e n e l d e l o c o n t i n g e n t e . A h o r a b i e n : s a b e r es c o n o c e r p o r las c a u s a s , y p u e s t o q u e l o f o r t u i t o es t a l e n c u a n t o n o t i e n e c a u s a , n o se lo p u e d e c o n s i d e r a r c o m o o b j e t o d e c i e n c i a , y a u n m e n o s d e p r e v i s i ó n . S i se l o p u d i e r a p r e v e r e s t a r í a d e t e r m i n a d o ; n o s e r í a , p u e s , c o n t i n g e n t e . E n el sistema estoico s u c e d e lo c o n t r a r i o ; l a p r e v i s i ó n d e lo p o r v e n i r es c o s a p o s i b l e y y a s a b e m o s q u é i m p o r t a n c i a a t r i b u í a n a l a a d i v i n a c i ó n , p e r o l a p r e v i s i ó n d e l o p o r v e n i r se b a s a b a e n l a d o c t r i n a del D e s t i n o , c u y a f u n c i ó n e r a p r e c i s a m e n t e e l i m i n a r d e l u n i v e r s o todo e l e m e n t o c o n t i n g e n t e . D e m o d o q u e , o s e c o n c e d e l a c o n t i n g e n c i a y se n i e g a q u e l o c o n t i n g e n t e s e a p r e v i s i b l e , o b i e n se a d m i t e q u e l a p r e v i s i ó n es p o s i b l e , y se n i e g a l a c o n t i n g e n c i a . P a s a n d o e n t r e l a s dos d i f i c u l t a d e s , l a filosofía c r i s t i a n a a f i r m a s i m u l t á n e a m e n t e l a c o n t i n gencia y su previsibilidad, p o r q u e disocia la noción d e contingencia de la d e azar, y la noción d e determinación d e la d e destino. S a n Agustín conocía demasiado bien a Cicerón p a r a q u e n o observ a r a l o s o b s t á c u l o s d e l o s filósofos a n t i g u o s s o b r e e s t a c u e s t i ó n . C i c e r ó n n o a d m i t e a l D e s t i n o ; a t a c a , p u e s , s u d o c t r i n a d e la a d i v i n a c i ó n y, p a r a destruirla m á s s e g u r a m e n t e , llega h a s t a sostener q u e t o d a ciencia d e lo p o r v e n i r es i m p o s i b l e , y a s e a e n e l h o m b r e , y a s e a e n D i o s . ¡ C a r o es p a g a r e s e p r e c i o p o r l a s a l v a c i ó n d e l a l i b e r t a d ! A q u í s e o p o n e n dos locuras: la afirmación del destino y la negación d e la presciencia divina; y sobre la negación d e la presciencia cree Cicerón p o d e r f u n d a r n u e s t r o libre a l b e d r í o . U n espíritu cristiano elige, p o r lo c o n t r a r i o , l a l i b e r t a d y l a p r e s c i e n c i a ; p u e s D i o s es c r e a d o r y p r o v i d e n c i a ; É l c r e ó l a s c a u s a s : s a b e , p u e s , q u é s o n y q u é h a r á n ; si c r e ó c a u s a s l i b r e s , s a b e t a m b i é n lo q u e esas c a u s a s libres h a r á n . A s í , e n el o r d e n físico, t o d o lo q u e resulta d e u n c o n c u r s o p a r a nosotros a c c i d e n t a l d e causas c a e b a j o l a p r e s c i e n c i a d e l D i o s p o r q u i e n esos c o n c u r s o s h a n s i d o d i s p u e s t o s ; e n el o r d e n v o l u n t a r i o , el h e c h o d e q u e D i o s p r e v é n u e s t r o s a c t o s libres n o sólo n o les i m p i d e s e r libres, sino q u e , p o r l o c o n t r a r i o , p o r q u e h a p r e v i s t o q u e c u m p l i r í a m o s a c t o s libres, los c u m p l i m o s . S u p r e s c i e n c i a es s u p r o v i d e n c i a p r o v e y e n d o a n u e s t r a l i b e r t a d , D i o s n o l a d e s t r u y e , l a f u n d a : proferto et illo praesciente est aliquid in nostra volúntate. E n n i n g u n a p a r t e , m e p a r e c e , se v e m e j o r q u e a q u í el acontecimientos, como en Boecio; pero el comentario q u e hace del philos. ( p á g . 4 0 4 ) d e b e c o n s i d e r a r s e c o n c a u t e l a , p u e s i n t r o d u c e e n de Boecio u n a doctrina astronómica e n l a q u e su autor n o h a b í a d u d a . C o m p a r a r c o n ese t r a t a d o el artículo 195 d e l a c o n d e n a d e

Univ.

Paris.,

t. I , p á g . 5 5 4 .

De consolal. las fórmulas p e n s a d o , sin 1 2 7 7 , Cliart.

342

EL

carácter era

ESPÍRITU

específico

irracional,

DE

LA

d e la filosofía

imprevisible,

se

FILOSOFÍA

cristiana.

convierte

MEDIEVAL

El azar

en

d e Aristóteles,

racional

y

d e s t i n o e s t o i c o e r a p r e v i s i b l e , p e r o e l i m i n a b a el a z a r y l a l a p r o v i d e n c i a p r e v é , c o m o el D e s t i n o , p e r o r e s p e t a Todo

entra

orden nada

al libre

de

en

todas

un

orden

racional

sin

alterar

su

de

nuestra

voluntad.

la contingencia.

esencia:

Nuestras

"De

que

mispara

p a r t e d e l o r d e n d e l a c a u s a , q u e es c i e r t o

Dios

y

en

son

contenido las

por anticipado

causas

que

presciencia,

lo

que

t o d a s las c a u s a s d e

nuestras voluntades cipado

su

de

éstas

entre

serían

pues

éstos h a c e n .

causas

voluntades que

las cosas, n o h a p o d i d o

esas c a u s a s , p u e s t o las

las

Así, el

de

lo

que

que

ha

9

el

queda

en efecto, f o r m a n está

1

voluntades

mas,

hombres

El

contingencia:

l a s c a u s a s es c i e r t o p a r a D i o s , n o se s i g u e q u e n o albedrío

que

previsible.

no

sabido

hacemos."

2

de

ha

0

los

sabido conocer

por

anti-

Todo

es

1 ;

' E l p r o b l e m a está c l a r a m e n t e discutido con relación al p e n s a m i e n t o griego, e n S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , In VI Metaph., lect. 3 ; edic. C a t h a l a , n . 1 2 0 3 y sig. Aristóteles a f i r m a q u e h a y c o n t i n g e n c i a y c a s u a l i d a d ; d e m o d o q u e c o n t r a él t i e n e , a l a v e z , a l e s t o i c i s m o q u e n i e g a l a c a s u a l i d a d e n n o m b r e d e l destino y al cristianismo q u e la niega en n o m b r e de la providencia. El estoicismo y el cristianismo están, en efecto, d e a c u e r d o p a r a eliminar todo azar absoluto; e s t o e s e v i d e n t e e n l o q u e r e s p e c t a a l a f i l o s o f í a e s t o i c a (In VI Metaph., 3, n . 1 2 0 4 y 1 2 1 5 ) . E n c u a n t o a l a fe c a t ó l i c a , a f i r m a p o r s u p a r t e " q u o d n i h i l fit t e m e r é sive f o r t u i t o in m u n d o , e t q u o d o m n i a s u b d u n t u r d i v i n a e p r o v i d e n t i a e . Aristóteles a u t e m hic loquitur d e contingentibus q u a e hic fiunt, in ordine ad c a u s a s p a r t i c u l a r e s , s i c u t p e r e j u s e x e m p l u m a p p a r e t " (loe. cit., n . 1 2 1 6 ) . P e r o a q u í l a v e r d a d e r a f i l o s o f í a se v u e l v e c o n t r a e l e s t o i c i s m o , p u e s d e l h e c h o d e q u e n a d a s u c e d e p o r c a s u a l i d a d desde; el p u n t o d e vista d e D i o s , n o r e s u l t a q u e t o d o e s t é s o m e t i d o a l d e s t i n o . L a s indispositiones materiae, q u e c a u s a n a los m o n s t r u o s , son c o n t i n g e n t e s a u n e n u n u n i v e r s o c r i s t i a n o e n q u e se las q u i e r e , y l a s l i b r e s d e c i s i o n e s d e l a s v o l u n t a d e s h u m a n a s s i g u e n s i e n d o l i b r e s , a u n si están previstas p o r u n a p r o v i d e n c i a infalible. El Dios cristiano es causa de todo el ser, y es m e n e s t e r , pues, q u e l o c o n t i n g e n t e m i s m o d e p e n d a d e É l . E n cierto s e n t i d o h a y n e c e s i d a d universal e n el cristianismo, c o m o e n el estoicismo, p e r o e s u n a n e c e s i d a d c o n d i c i o n a l : si a l g o h a s i d o p r e v i s t o p o r D i o s , e s o s e r á . A h o r a b i e n : la p r o v i d e n c i a q u i e r e a lo c o n t i n g e n t e c o m o c o n t i n g e n t e y a lo necesario c o r n o n e c e s a r i o (op. cit., n . 1 2 2 0 ) ; l o q u e e s c o n d i c i o n a l m e n t e n e c e s a r i o d e s d e el p u n t o d e v i s t a d e D i o s p u e d e , p u e s , s e r t a m b i é n c o n t i n g e n t e d e s d e el p u n t o de vista d e su c a u s a p r ó x i m a (n. 1 2 2 1 ) , d e m o d o q u e h a y previsión infalible en D i o s y c o n t i n g e n c i a r e a l e n l a s c o s a s . C f . In I Perihermeneias, lect. 1 4 . 2 0

T o d o s ios P a d r e s d e l a I g l e s i a y los t e ó l o g o s d e l a E d a d M e d i a c o n c u e r d a n e n v i n c u l a r l a n o c i ó n d e p r o v i d e n c i a a l a d e c r e a c i ó n (supra, c a p . v n i ) . Así, p u e s , l a m e t a f í s i c a d e l S e r es l a q u e h a c e p o s i b l e lu e x i s t e n c i a d e u n a c o n t i n g e n c i a y d e u n a libertad c u y a i n d e t e r m i n a c i ó n es, sin e m b a r g o , objeto de presciencia divina. E l principio d e la solución está p l a n t e a d o con fuerza i n c o m p a r a b l e p o r S a n A G U S T Í N , De civ. Dei, V , 9 y 1 0 ; Patr. lat., t . 4 1 , col. 1 4 8 - 1 5 3 . É s t e es u n e l e m e n t o n e c e s a r i o d e l a filosofía c r i s t i a n a y, c o m o t a l , u n a a d q u i s i c i ó n definitiva. P e r o ¿ q u é es l o q u e , e n el a c t o c r e a d o r , f u n d a l a c o n t i n g e n c i a y l a l i b e r t a d ? E l p r o b l e m a se p l a n t e a b a , y b i e n se e c h a d e v e r , e n l a s v a c i l a c i o n e s d e P E D R O L O M B A R D O , Lib. I Sent., d i s t . 3 8 ; e d i c . Q u a r a c c h i , p á g s . 2 4 0 - 2 4 5 . P o r eso h a y u n a historia teológica y filosófica d e l p r o b l e m a , sobre cuyo estudio sería útil volver. I* U n a p r i m e r a s o l u c i ó n e s l a q u e n o s o f r e c e l a f ó r m u l a a j u s t a d a p o r S a n t o T o m á s . D i o s es e l S e r , l u e g o c a u s a d e t o d o el s e r . L a c a u s a l i d a d d i v i n a , a l a

LA

EDAD

MEDIA

Y

LA

NATURALEZA

c o n o c i d o d e D i o s t a l c o m o e s , p o r q u e t o d o es o b r a d e u n a i n t e l i g e n c i a c r e a d o r a , q u e h a q u e r i d o lo n e c e s a r i o c o m o n e c e s a r i o , lo c o n t i n g e n t e c o m o c o n t i n g e n t e y lo libre corno libre. 2

1

cual n a d a escapa, debe p o r consiguiente producir lo necesario, pero t a m b i é n lo accidental, y a u n lo libre. E n esta posición vemos, pues, a la contingencia llegar al ser e n virtud d e l a eficacia c r e a d o r a t o m a d a corno tal. L o q u e S a n t o T o m á s p a r e c e q u e r e r p r o b a r , a u n q u e s u p e n s a m i e n t o es m á s c o m p l e j o , es sobre t o d o q u e D i o s puede c r e a r l o c o n t i n g e n t e : Sum. theol., I , 2 2 , 4 , R e s p . , y C'omp. theol., I , 1 4 0 , e n Opuscula, e d i c . M a n d o n n e t , t. I I , p á g s . 9 5 - 9 6 . C u a n d o l u e g o nos p r e g u n t a m o s c ó m o p u e d e Dios prever lo futuro contingente c o m o tal, basta r e c o r d a r q u e , p a r a Dios, todo está presente e n su e t e r n i d a d . N o prevé, sino q u e ve lo q u e v a a suceder c o m o d e b i e n d o suceder. E s t a r e s p u e s t a y a está lista e n BOECIO, De cons. phil., l i b . V , p r o s a 6 ; Patr. lat., t . 6 3 , c o l . 8 5 7 - 8 6 2 ( c f . Román de la Rose, v e r s o s 1 7 3 9 7 - 1 7 4 9 8 ) , y e s t á i n t e g r a d a e n s u s í n t e s i s p o r S a n t o T O M Á S DE A Q U I N O , Sum. theol., I , 2 2 , 4 , R e s p . Comp. theol., I , 1 4 0 ; edic. cit., t . I I , p á g s . 9 5 - 9 6 . 0

2 E s posible q u e al n o s e ñ a l a r b a s t a n t e n e t a m e n t e lo q u e a g r e g a b a a Aristóteles, S a n t o T o m á s hiciera n a c e r i n q u i e t u d e s sobre ese p u n t o . Su m o d e s t i a h a e q u i v o c a d o a a l g u n o s d e s u s sucesores. C o m o el d e Aristóteles, su D i o s es n e c e s a r i o ; p e r o , a d i f e r e n c i a d e l d e A r i s t ó t e l e s , s u a c t u a l i d a d i n f i n i t a h a c e d e él u n a v o l u n t a d c r e a d o r a libre. Santo T o m á s funda, pues, la posibilidad d e u n a contingencia c r e a d a y previsible sobre la eficacia c r e a d o r a d e D i o s ; funda la e x i s t e n c i a a c t u a l d e e s a c o n t i n g e n c i a e n l a l i b e r t a d d e D i o s . D u n s E s c o t o insiste sobre t o d o e n l a s e g u n d a p a r t e d e l p r o b l e m a . Éste p a r e c e t e m e r q u e al n o p o n e r expresamente la libertad de Dios e n el origen de la contingencia, parezcamos c a e r e n el n e c e s i t a r i s m o griego. D e a h í su s o l u c i ó n : " n u l l a c a u s a t i o alicujus c a u s a e potest salvare c o n t i n g e n t i a m , nisi p r i m a c a u s a p r o n a t u r i m m e d i a t e contingente!' causare, et h o c p o n e n d o in p r i m a causa p e r f e c t a m causalitatem, sicut catholici p o n u n t . P r i m u m a u t e m est causans p e r intellectum et voluntatem . . ." Op. Oxon., I , 3 9 , 1, 3 , 1 4 ( e d i c . Q u a r a c c h i , n . 1 1 1 8 , t. I , p á g . 1 2 1 5 ) . P o r l a m i s m a r a z ó n , D u n s E s c o t o s e o p o n e a l a s o l u c i ó n d e B o e c i o e n l o q u e se r e f i e r e a l a p r e s c i e n c i a d e los f u t u r o s c o n t i n g e n t e s . S a n B u e n a v e n t u r a h a b í a v a c i l a d o y a (In I Sent., 3 8 , 2 , 1 y s i g . ; e d i c . Q u a r a c c h i , t . I , p á g s . 6 7 5 y s i g . ) ; D u n s Escoto contesta q u e u n a ciencia q u e ve los futuros e n el p r e s e n t e b a s t a a definir u n a ¿ « - c i e n c i a ; t a m b i é n e n eso, el c o n o c i m i e n t o q u e D i o s tiene d e la d e t e r m i n a c i ó n e t e r n a d e s u v o l u n t a d d e b e d e s e m p e ñ a r u n p a p e l : op. cit., 8 y 9 ( e d i c . citada, n . 1 1 1 2 - 1 1 1 3 , p á g s . 1 2 1 0 - 1 2 1 2 ) . D u n s E s c o t o a c e n t ú a , p u e s , l a l i b e r t a d d i v i n a ; h a y u n a c o n t i n g e n c i a , e n el s e n t i d o d e l i b e r t a d r a c i o n a l , e n el o r i g e n de toda contingencia. 3 ' A m b a s soluciones del p r o b l e m a m e parecen completarse antes q u e oponerse. S a n t o T o m á s n o niega n a d a d e lo q u e D u n s Escoto afirma, y recíproc a m e n t e . A q u í v e m o s u n caso t í p i c o d e d o s filosofías c r i s t i a n a s , d i s t i n t a s c o m o filosofías, p o r q u e c a d a u n a d e ellas es u n m é t o d o d e f i n i d o d e e x p l o r a c i ó n r a c i o n a l d e l a m i s m a v e r d a d . L a c o n c i e n c i a d e e s a p r o f u n d a u n i d a d se p e r d i ó e n e l c u r s o d e las c o n t r o v e r s i a s d e escuela. U n escotista d e l siglo x v m n o t a r á : " E x t r i n s e c a m n o s t r a e l i b e r t a t i s r a d i c e m f a c i u n t p l e r i q u e d i v i n a m o m n i p o t e n t i a m ; aliis e s t i p s a D e i l i b e r t a s " . S u r e s p u e s t a a l a d i f i c u l t a d es q u e : "si m e n t e n o s t r a D e u m c o n c i p i a m u s o m n i p o t e n t e m , seclusa l i b é r t a t e , q u e m a d m o d u m ille n e c e s s a r i o tune ageret, i t a e t n o s " . H a y q u e situar, p u e s , l a raíz d e la l i b e r t a d , c o m o lo q u i e r e D u n s E s c o t o , antes e n l a l i b e r t a d d e D i o s , q u e e n s u o m n i p o t e n c i a : J . A . FERRARI, O . - M . C o n v . , Philosophia peripatética, V e n e c i a , 2* e d i c , 1 7 5 4 , p á g . 3 1 6 . E s t a f i l o s o f í a p e r i p a t é t i c a se o p o n e , p u e s , a q u i e n e s , " e q u o r u m n u m e r o habetur 2 1 S a n A G U S T Í N , De

civ.

Dei,

V , 9 , 3 ; Patr.

lat.,

t. 4 1 , c o l .

150-151.

344

E t

ESPÍRITU

DE LA FILOSOFÍA

MEDIEVAL

Esos principios n o s llevan a l u m b r a l d e u n a n o c i ó n m á s e x t r a ñ a a u n q u e las p r e c e d e n t e s , d e q u e e s t á n llenos los escritos d e los p e n s a d o r e s cristianos, y q u e los A n t i g u o s , d e a c u e r d o e n eso c o n m u c h o s espíritus m o d e r n o s , h u b i e s e n r e c h a z a d o e n su filosofía: el m i l a g r o . H a d e ser e v i d e n t e q u e l a E d a d M e d i a f u é l a e d a d d e los m i l a g r o s , puesto q u e a u n l o s h i s t o r i a d o r e s l o s a b e n . E l m i l a g r o q u e é s t o s c o n o c e n es a m e n u d o el falso m i l a g r o : p o r S a l i m b e n e s a b e m o s q u e los h a b í a , p u e s t o q u e e n P a r m a , e n 1 2 3 8 , f r a n c i s c a n o s y d o m i n i c o s intromittebant se de miraculis ¡aciundis. L o m á s f r e c u e n t e es e l m i l a g r o i n g e n u o , q u e se r e d u c e a lo extraordinario, lo s o r p r e n d e n t e , atestiguando p o r eso m i s m o l a i n t e r v e n c i ó n i n m e d i a t a d e D i o s . L o q u e l o s h i s t o r i a d o r e s n o v e n es eme el m i l a g r o , c u a n d o se l o e s t u d i a e n su n o c i ó n filosófica, a t e s t i g u a l a t p r e s e n c i a d e u n a n a t u r a l e z a , e n l u g a r d e n e g a r l a ; p e r o es u n a n a t u raleza específicamente medieval y cristiana, la m i s m a cuya relación c o n Dios acaba d e ser recordada. 2

2

P a r a u n P a d r e d e la Iglesia como S a n Agustín, la noción d e milagro n o presenta n i n g u n a dificultad particular. E n cierto sentido, t o d o es m i l a g r o . J e s ú s t r u e c a e l a g u a e n v i n o e n l a s b o d a s d e C a n a , y t o d o s se a s o m b r a n ; el a g u a d e l l u v i a se t r u e c a t o d o s los a ñ o s e n vino e n nuestros viñedos, y eso n o sorprende a nadie. S i n embargo, D i o s e s q u i e n c r e a l a l l u v i a , y l a v i ñ a y e l v i n o , p e r o es u n o r d e n de fenómenos regulares, al q u e estamos acostumbrados y cuya misma trivialidad impide q u e nos asombre. U n m u e r t o resucita a la palabra d e D i o s : g r a n e s t u p o r ; t o d o s los días n a c e n h o m b r e s , y se los insc r i b e e n el r e g i s t r o c i v i l c o m o l a c o s a m á s n a t u r a l d e l m u n d o . E n u n u n i v e r s o c r e a d o , el m i l a g r o es, p u e s , u n h e c h o s o b r e n a t u r a l , 2 3

Aristóteles, q u i c u m et libere o p e r a r i concederent, D e u m necessario a g e n t e m c o n s t i t u e b a n t " . E x t r a ñ o p e r i p a t e t i s m o . L o m á s e x t r a ñ o t o d a v í a e s q u e se l e h a y a t r a n s f o r m a d o e n o p o s i c i o n e s i r r e d u c t i b l e s d e los a c u e r d o s p r o f u n d o s . ¿ Q u i é n n o ve aquí q u e la noción m i s m a d e omnipotencia, esencialmente cristiana, implica l a n o c i ó n d e l i b e r t a d y b a s t a p o r sí s o l a a s e p a r a r d e l n e c e s i t a r i s m o a r i s t o t é l i c o a l a filosofía q u e l a e m p l e a ? D e a m b a s p a r t e s h a n c o m e t i d o l a f a l t a d e filosofar s o b r e filosofías e n v e z d e filosofar s o b r e los p r o b l e m a s ; d e s d e el m o m e n t o e n q u e se a p a r t a n d e l o r e a l p a r a n o p e n s a r s i n o e n l a s f ó r m u l a s q u e l o e x p r e s a n , se s a l e d e l ú n i c o c e n t r o d e u n i d a d p o s i b l e y l a f i l o s o f í a s e p i e r d e e n u n v e r b a l i s m o a n á r q u i c o . L o s t o m i s t a s y l o s e s c o t i s t a s s e e n t e n d e r í a n m e j o r si h a b l a r a n menos de Santo T o m á s y de D u n s Escoto, y m á s d e aquello d e q u e hablaron Santo T o m á s y D u n s Escoto. E . G E B H A R T , La renaissance italienne, 2 " e d i c , París, L . Cerf, 1 9 2 0 , págs. 1 2 4 - 1 2 5 . T a m b i é n h a b í a el m i l a g r o científico, descrito p o r Bacon, en s u Opas majus, p e r o e n t o n c e s y a n o se t r a t a d e u n a s u p e r c h e r í a , s i q u i e r a piadosa (cuyos efectos fueron funestos e n l a é p o c a d e l a R e f o r m a ) , sino d e tin m é t o d o apologético. 2

2

2 3

S a n A G U S T Í N , In Joan,

evang.,

VIII,

1 ; Patr.

lat., t . 3 5 , c o l . 1 4 5 0 .

Ibid.

I X , 1, c o l . 1 4 5 8 . De Trinitate, I I I , 5 - 6 ; t. 4 2 , c o l . 8 7 4 - 8 7 5 ; I I I , 8 , 1 3 - 1 5 ; col. 8 7 6 - 8 7 7 ; I I I , 9 , 1 6 - 1 9 ; col. 8 7 7 - 8 7 9 . E l rigor e x a c t o d e ciertas críticas m e i n v i t a a especificar q u e S a n A g u s t í n n o h a b l a d e u n e s t a d o civil, y q u e m e doy c u e n t a d e ello.

LA EDAD MEDIA Y LA NATURALEZA

345

p e r o es f i l o s ó f i c a m e n t e p o s i b l e : " E l m i s m o D i o s , p a d r e d e N u e s t r o S e ñ o r J e s u c r i s t o , h a c e p o r s u V e r b o t o d a s l a s c o s a s y p o r él r i g e a l m u n d o q u e É l h a c r e a d o ; e s o s p r i m e r o s m i l a g r o s l o s h i z o p o r su V e r b o - D i o s , e n sí m i s m o ; e n c u a n t o a l o s m i l a g r o s q u e l u e g o se p r o d u j e r o n , los h i z o p o r s u m i s m o V e r b o , h e c h o c a r n e y h o m b r e p a r a n o s o t r o s . P u e s t o q u e a d m i r a m o s lo q u e h i z o J e s ú s h o m b r e , a d m i r e m o s t a m b i é n l o q u e h i z o J e s ú s - D i o s " . E n t r e los priora rniracula y los posteriora rniracula n o h a y d i f e r e n c i a metafísica esencial: la omnipotencia divina basta igualmente p a r a explicarlos. 2 4

Sin e m b a r g o , c a e d e su peso q u e n i n g ú n p e n s a d o r cristiano piensa e n p o n e r l a s b o d a s d e G a n a e n el m i s m o p l a n o q u e u n a c o n t e c i m i e n t o l l a m a d o n a t u r a l ; s ó l o e n c i e r t o s e n t i d o t o d o l o q u e e s , es m i l a g r o s o . L a s o r p r e s a q u e l e g í t i m a m e n t e c a u s a el v e r d a d e r o m i l a g r o se d e b e a q u e é s t e se p r o d u c e f u e r a d e l c u r s o y d e l o r d e n h a b i t u a l e s d e l a n a t u r a l e z a : praeter usitatum cursum ordinemque naturae. Los f e n ó m e n o s m i l a g r o s o s n o s o n n e c e s a r i a m e n t e m á s a d m i r a b l e s e n sí q u e el e s p e c t á c u l o c o t i d i a n o d e l a n a t u r a l e z a ; g o b e r n a r a l m u n d o e n t e r o , t o m a d o e n s u c o n j u n t o y e n s u s m e n o r e s d e t a l l e s , es m u c h o m á s maravilloso que alimentar a cinco mil h o m b r e s con cinco mil p a n e s . L o q u e n o s a s o m b r a e n l a m u l t i p l i c a c i ó n d e los p a n e s n o es. p u e s , t a n t o l a m a g n i t u d c o m o l a r a r e z a d e l h e c h o : illud mirantur homines non quia majus est, sed quia rarum est . Elaborando un p o c o m á s esta n o c i ó n , S a n A g u s t í n llega, p u e s , a discernir dos ó r d e n e s d e la n a t u r a l e z a , s u p e r p u e s t o s y c o o r d i n a d o s : el q u e D i o s h a c r e a d o a l c r e a r las r a z o n e s s e m i n a l e s , e s o s g é r m e n e s d e t o d o s los s e r e s y a c o n t e c i m i e n t o s n a t u r a l e s f u t u r o s , y el q u e l a s a b i d u r í a d e D i o s es l a ú n i c a e n c o n o c e r , d e l q u e d e p e n d e n l o s m i l a g r o s p r o p i a m e n t e d i c h o s . P a r a q u i e n c o n s i d e r a el p r o b l e m a e n e s t e a s p e c t o , t o d a c r e a c i ó n q u e se a ñ a d e a la p r i m e r a es m i l a g r o s a , p e r o a u n e n t o n c e s e i m i l a g r o s ó l o es t a l p a r a n o s o t r o s , n o p a r a D i o s . S i n o s p a r e c e q u e v a c o n t r a el o r d e n d e l a n a t u r a l e z a t a l c o m o e s t á h e c h a , n o p u e d e i r c o n t r a e s e o r d e n d e s d e el p u n t o d e v i s t a d e D i o s q u e l a h i z o : cui hoc est natura quod fecerit . L a naturaleza, p a r a Dios, siempre s e g u i r á s i e n d o lo q u e Él hizo. 25

2 6

2 7

A s í , a t a d a p o r el r i g o r d e s u s p r i n c i p i o s , l a f i l o s o f í a c r i s t i a n a e n v í a los p r o d i g i o s y m a r a v i l l a s d e l a n a t u r a l e z a , c a r o s a l o s A n t i g u o s , a u n i r s e c o n los m o n s t r u o s e n el o r d e n i r r a c i o n a l , a l q u e a q u é l l a s u p e r a . U n m i l a g r o c r i s t i a n o n o es m á s p r o d i g i o q u e u n m o n s t r u o u n d e f e c t o S a n A G U S T Í N , In Joan, e l m u y h e r m o s o t e x t o d e De S a n A G U S T Í N , In Joan, Cf. S a n B E R N A R D O , In vig. col. 1 0 1 . S a n A G U S T Í N , De Gen. S a n A G U S T Í N , De Gen. 2

4

2

5

2

6

2

7

evang.,

1 ; Patr. lat., t. 3 5 , c o l . 1 4 5 0 . C f . X , 1 2 ; t. 4 1 , c o l . 2 9 1 . evang., X X I V , 1 ; Patr. lat., t. 3 5 , c o l . 1 5 9 3 . Nat. Dornini, s e r m . 4 , n . 3 ; Patr. lat., t. 1 8 3 ,

civ.

VIII,

Dei,

ad litt., ad litt.,

V I ,

17,

32;

P a t r . lat.,

V I ,

13,

24;

Patr.

t. 3 4 , col. 4 0 6 . 3 4 , col. 3 4 9 .

lat., t.

3 6

E L ESPÍRITU DE LA FILOSOFÍA MEDIEVAL

4

de la naturaleza. estar contra la

define: 2

sunt?

8

¿Cómo

lo q u e p r o c e d e d e la v o l u n t a d

la n a t u r a l e z a , p u e s t o q u e omnia

Para

simplemente

portenta

definir por

contra

naturam

completamente

precisar que,

tad de Dios, a u n a voluntad punto

que

a veces nos p r e g u n t a m o s ,

Edad

Media

plástica una

entre

precisa progresivamente

creado.

Santo

Tomás

del

sed

milagro

se r e d u c e

a

podría Creador

esse,

de

de

las m a n o s

leyendo

necesidad

la n a t u r a l e z a Con

dicimus

noción

si l a n a t u r a l e z a

Excesivamente subsiste

la

divina

misma

non

quedaba la

volun-

se r e d u c e , es d e c i r , a l o c o n t r a r i o d e

arbitrario.

si

la v o l u n t a d

a

y

Duns

creador,

los a g u s t i n i a n o s

metafísica

su c a r á c t e r

Aquino

del de

las

tal

de

la

esencias

de orden Escoto,

un

a

el

2 9

,

inteligible desarrollo

d o c t r i n a l a l c a n z a su t é r m i n o . El o r d e n

d e las c a u s a s s e g u n d a s

querido

.por

naturaleza;

hubiese

Dios

querido, orden estar

define otro

puede atado

existencia.

en

lo

orden

natural

completar por

Puesto

un

sucesivo el

orden

que

a

la

hubiera que

de

ha

causas

la n a t u r a l e z a

sido

posible;

establecido, segundas

si

Dios

si

pues que

de

lo

lo

quiere,

Dios Él

cristiana no procede

no

otro puede

reciben

de Dios

8

su por

" O m n i a q u i p p e p o r t e n t a c o n t r a n a t u r a m dicimus esse: sed n o n sunt. Q u o m o d o est e n i m c o n t r a n a t u r a m , q u o d D e i fit v o l ú n t a t e , c u m v o l u n t a s t a n t i u t i q u e C o n d i t o r i s c o n d i t a e rei c u j u s q u e n a t u r a sit? P o r t e n t u m e r g o fit, n o n c o n t r a n a t u r a m , s e d c o n t r a q u a m e s t n o t a n a t u r a . " S a n A G U S T Í N , De civ. Dei, X X I , 8 , 2 ; Patr. lat., t. 4 1 , c o l . 7 2 1 . " S i c u t e r g o n o n f u i t i m p o s s i b i l e D e o , q u a s v o l u i t i n s t i t u e r e , sic e i n o n e s t i m p o s s i b i l e , i n q u i d q u i d v o l u e r i t , q u a s ¡nstituit, m u t a r e n a t u r a s . U n d e i l l o r u m q u o q u e m i r a c u l o r u m m u l t i t u d o silvescit, q u a e m o n s t r a , o s t e n t a , p o r t e n t a , p r o d i g i a n u n c u p a n t u r . " Op. cit., X X I , 8 , 5 ; col. 7 2 2 . - " N u m q u i d h o c potest Deus agere, ut q u o d f a c t u m est, n o n fuerit? T a n q u a m si s e m e l c o n s t e i u t si f u e r i t v i r g o c o r r u p t a , j a m n e q u e a t f i e r i u t r u r s u s sit i n t e g r a . Q u o d c e r t e q u a n t u m a d n a t u r a m v e r u m est, s t a t q u e s e n t e n t i a ; f a c t u m q u o q u e a l i q u i d fuisse, e t f a c t u m n o n fuisse, u n u m i d e m q u e i n v e n i r i n o n p o t e s t . C o n t r a r i a q u i p p e i n v i c e m s u n t , a d e o u t si u n u m s i t , a l t e r u m e s s e n o n possit. N a m q u o d fuit, n o n p o t e s t v e r é dici q u i a n o n f u i t ; e t e d i v e r s o , q u o d n o n fuit, n o n r e d e dicitur q u i a fuit. Q u a e e n i m c o n t r a r i a s u n t in u n o e o d e m q u e subjecto congruere n e q u e u n t . H a e c porro impossibilitas recte quidem d i c i t u r , si a d n a t u r a e r e f e r a t u r i n o p i a m : a b s i t a u t e m u t a d m a j e s t a t e m s i t a p p l i c a n d a d i v i n a m . Q u i e n i m n a t u r a e dedit originem, facile, c u m vult, n a t u r a e tollit neccssitatem. N a m q u i r e b u s praesidet conditis, legibus n o n subjacet conditoris; et qui n a t u r a m condidit, n a t u r a l e m ordinem a d suae deditionis a r b i t r i u m v e r t i t ; q u i c u n q u e c r e a t a q u a e l i b e t d o m i n a n t i n a t u r a e subesse c o n stituit, suae dominationis i m p e r i o n a t u r a e obsequentis o b e d i e n t i a m reservavit. C o n s i d e r a n t i p l a ñ e l i q u i d o p a t e t q u o n i a m a b ipso m u n d i n a s c e n t i s e x o r d i o r e r u m conditor in quid voluit n a t u r a e jura mutavit, i m o ipsam n a t u r a m , ut ixa divtrim, q u o d a m m o d o contra n a t u r a m mutavit. N u m q u i d enim n o n cont r a n a t u r a m est m u n d u m ex nihilo fieri: u n d e et a philosophis dicitur, q u i a n i h i l e x n i h i l o f i t . " S a n P E D R O D A M I Á N , De divina omnipotentia, cap. xi; Patr. lat., t. 1 4 5 , c o l . 6 1 1 - 6 1 2 . " I p s a q u i p p e r e r u m n a t u r a h a b e t n a t u r a m s u a m . D e i s c i l i c e t v o l u n t a t e m . . . " Ibid. " S i c u t e n i m n o n a i t : 'Ego sum qui fui e t sum , s e d p o t i u s : 'ego sum qui sum: y qui est, misit me ad vos (Éxod., I I I , 1 4 ) , i t a procul dubio consequens est u t dicat: n o n e g o s u m q u i potui et possum; sed, q u i immobiliter et aeternaliter possum." C a p . x v ; col. 6 1 9 . 9

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MEDIA

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u n a e m a n a c i ó n necesaria, sino p o r la libertad d e su querer, siempre es d u e ñ o d e p r o d u c i r l o s e f e c t o s d e l a s c a u s a s s e g u n d a s s i n e s a s c a u s a s , o a u n d e p r o d u c i r efectos d e q u e esas c a u s a s s o n i n c a p a c e s . S i n e m b a r g o , h a s t a c u a n d o se l e d e f i n e e n r i g o r c o m o l o q u e t r a s c i e n d e r a d i c a l m e n t e las causas s e g u n d a s , luego t a m b i é n lo q u e es r a d i c a l m e n t e misterioso p a r a t o d a r a z ó n h u m a n a , el m i l a g r o conserva su r a c i o n a l i d a d d e s d e el p u n t o d e vista d e Dios. L o q u e n o d e p e n d e d e n u e s t r o o r d e n d e p e n d e d e l s u y o , d e l q u e d e p e n d e el n u e s t r o ; f a l t a n d o a l a ley n a t u r a l , D i o s n o h a c e s i n o s e g u i r o t r a m á s alta, c o n t r a la cual n o p o d r í a o b r a r e n n i n g ú n caso, p o r q u e se c o n f u n d e c o n É l . 3 0

P a r a e x p r e s a r e s e c a r á c t e r d i s t i n t i v o d e l a n a t u r a l e z a c r i s t i a n a los teólogos d e la E d a d M e d i a i n v e n t a r o n la expresión famosa "potencia o b e d e n c i a l " . T a n m a l c o m p r e n d i d a , h a s t a el p u n t o d e q u e a veces sólo se v e u n a suerte d e artificio i n v e n t a d o a d e s h o r a p o r teólogos e n a p u r o s , l a potentia obedentialis e x p r e s a , p o r lo c o n t r a r i o , u n asp e c t o p r o f u n d o d e l o r d e n n a t u r a l c r i s t i a n o . L o s f i l ó s o f o s d e la E d a d M e d i a p u d i e r o n ejercitar su talento dialéctico e n argucias sobre el s e n t i d o d e l t é r m i n o , p e r o n i n g u n o d e e l l o s p u d o n e g a r s e a a c e p t a r lo q u e él significa, a m e n o s d e r e n u n c i a r a c o n c e b i r e l m u n d o etl c r i s t i a n o . E n l o s u c e s i v o , l a n o c i ó n d e posibilidad tendrá siempre u n d o b l e sentido. P r i m e r o significa lo q u e p u e d e s u c e d e r d e s d e el p u n t o d e vista d e las causas n a t u r a l e s : h a y causas activas y sujetos pasivos l i s t o s p a r a s u f r i r s u s a c c i o n e s ; l o q u e p u e d e p r o d u c i r s e a s í e n ei o r d e n d e las causas s e g u n d a s c r e a d a s define el o r d e n d e l a posibilidad n a t u r a l . P e r o t a m b i é n significa o t r a cosa. E n u n universo c r e a d o , lo q u e las cosas p u e d e n h a c e r n o b a s t a p a r a definir t o d o lo q u e puede: suceder. P o r sobre el o r d e n especial d e la n a t u r a l e z a , c o m o dice S a n Buenaventura, h a y u n orden general q u e depende de la razón y de la v o l u n t a d d e D i o s . T o d o lo q u e D i o s solo p u e d e h a c e r d e l a n a t u r a l e z a , es l o i m p o s i b l e d e s d e el p u n t o d e v i s t a d e l a n a t u r a l e z a , p e r o es l o p o s i b l e d e s d e e l p u n t o d e v i s t a d e D i o s . L a p o t e n c i a o b e d e n cial es, .pues, p r i m e r o e s a p o s i b i l i d a d , i n h e r e n t e a la n a t u r a l e z a c r e a d a , d e llegar a ser lo q u e D i o s p o d r á y q u e r r á q u e llegue a ser. Posibilidad p u r a m e n t e pasiva y cuya m i s m a definición excluye q u e i m p l i q u e u n a a p t i t u d n a t u r a l a realizarse, posibilidad real, sin e m bargo, puesto q u e corresponde a lo q u e Dios hace d e la naturaleza, al p o d e r eme É l conserva d e actualizarla . 3 1

S 2

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ü

S a n t o T O M Á S DE A Q U I N O , Sum. theol., I, 1 0 5 , 6 , Resp. I , 1 0 5 , 7 , Resp. I, 1 1 5 , 2 , a d 4"'. Este ú l t i m o t e x t o es interesante c o n referencia a S a n Agustín. C f . L E I B N I Z , Discours de métaphysique, caps, vi-vu; edic. H . Lestienne, París, J . V r i n , págs. 3 2 - 3 5 . Leibniz vuelve a t o m a r , c o n implicaciones prop i a s , l a tesis c r i s t i a n a t r a d i c i o n a l . " D i c e n d u m q u o d est o r d o n a t u r a e specíalis e t generalis. O r d o n a t u r a e specialis t r a n s m u t a n potest et destruí, q u i a potest in a l t e r a m diíferentiam 3

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EL

ESPÍRITU

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FILOSOFÍA

MEDIEVAL

H a c e r e n t r a r d e ese m o d o l a p o t e n c i a o b e d e n c i a l e n u n o r d e n g e ­ n e r a l y d i v i n o e r a definir t é c n i c a m e n t e el l u g a r d e l m i l a g r o e n la n a t u r a l e z a . A p l i c a n d o esta n o c i ó n al p r o b l e m a d e la gracia, la teolo­ g í a m e d i e v a l a c a b a l a s í n t e s i s q u e se p r e p a r a b a d u r a n t e m u c h o s si­ glos y c o m p l e t a el c u a d r o s i s t e m á t i c o d e l u n i v e r s o c r i s t i a n o . L a i d e a era c o n t e m p o r á n e a del p e n s a m i e n t o cristiano. Así c o m o en cierto sentido, p a r a el cristiano, t o d o es m i l a g r o , así t a m b i é n , e n cierto s e n t i d o , t o d o es g r a c i a . E n r e a l i d a d , el e r r o r d e P e l a g i o n o es s i n o l a e x a g e r a c i ó n d e e s t a v e r d a d . C i e r t o q u e P e l a g i o , c o m o se d i c e a m e n u d o , e r a griego, pero n o e r a u n p u r o griego y su herejía misma n o t e n d r í a n i n g ú n s e n t i d o e n el p l a n o d e l n a t u r a l i s m o a n t i g u o . L o q u e lo s e p a r a d e los cristianos es la excesiva a t e n u a c i ó n d e l p e c a d o y t e l debilitamiento d e la gracia d e redención q u e caracterizan su d o c t r i n a ; p e r o l o q u e l e s e p a r a d e l o s g r i e g o s es q u e e s t á e b r i o d e g r a c i a h a s t a el p u n t o d e r e s o r b e r e n ella e n t e r a m e n t e a l a n a t u r a ­ l e z a . P e l a g i o r e p i t e s i n c e s a r q u e m e r e c e r p o r s u l i b r e a l b e d r í o es m e r e c e r p o r l a g r a c i a , y , e n e f e c t o , p u e s t o q u e es c r e a d o , e l l i b r e a l b e d r í o es y n o d e j a d e s e r u n a g r a c i a . S a n A g u s t í n d i o p r u e b a s d e l a m a y o r c l a r i v i d e n c i a al discernir la v e r d a d p a r c i a l , c u y a evi­ d e n c i a c e g a b a a s u a d v e r s a r i o , s o b r e t o d o l o d e m á s . P e l a g i o es u n a n t i m a n i q u e o r a d i c a l , p a r a q u i e n e l p e c a d o o r i g i n a l es u n r e s i d u o d e m a n i q u e í s m o ; l a n a t u r a l e z a c r e a d a es p a r a é l t a n t o t a l m e n t e b u e n a , q u e n a d a p u e d e c o r r o m p e r l a h a s t a el p u n t o d e h a c e r n e c e ­ saria u n a gracia s o b r e a g u d a a la q u e l a fundó. L o q u e S a n Agustín le r e p r o c h a e s q u e i g n o r e e l p e c a d o , p e r o n o l e r e p r o c h a q u e d i g a q u e l a n a t u r a l e z a es u n a g r a c i a . É s t a es u n a , p e r o P e l a g i o h a c e m a l e n o l v i d a r q u e h a y o t r a . A l a g r a c i a u n i v e r s a l p o r l a c u a l t o d a s las cosas s o n lo q u e s o n , se a g r e g a l a d e J e s u c r i s t o , l a q u e p e r t e n e c e e n p r o p i e d a d a los c r i s t i a n o s y c u y a i m p o r t a n c i a es t a l p a r a n o s o t r o s , res relabi, sed generalis n o n . Sic d i c e n d u m , q u o d specialis o r d o attenditur s e c u n d u m p o t e n t i a m n a t u r a e specialis, generalis o r d o s e c u n d u m p o t e n t i a m obed i e n t a e , q u a e e s t g e n e r a l i s : c o n t r a h u n c o r d i n e m n o n f a c i t [seil. D e u s ] , s e d c o n t r a a l i u m . " S a n B U E N A V E N T U R A , In I Sent., 4 2 , 1, 3 , a d 1™; e d i c . Q u a r a c c h i , t. I , p á g . 7 5 5 . " E x q u o p a t e t , q u o d p o t e n t i a p a s s i v a s i m p l i c i t e r attenditur s e c u n d u m causas superiores et inferiores. E t quia s e c u n d u m quid dicitur p e r defectuin respectu simpliciter, p o t e n t i a passiva, q u a e potest reduci a d a c t u m solum s e c u n d u m causas superiores, deficiente potentia activa creata dispon e n t e vel c o n s o n a n t e , est p o t e n t i a s e c u n d u m q u i d e t d i c i t u r p o t e n t i a o b e d i e n t i a e . E t d e h a c dicit A u g u s t i n u s , q u o d " i n costa e r a t , n o n u n d e fieret m u l i e r , s e d u n d e 'fieri posset', scilicet p o t e n t i a o b e d i e n t i a e . Possibile igitur, quod dicitur a potentia, n o n dicitur uniformiter, nec dicitur omnino aequivoce, sed analogice, sicut s a n u m : et ideo ejus acceptio d e t e r m i n a t u r p e r a d j u n c t u m . " In I Sent., 4 2 , 1, 4 , R e s p . ; e d i c . Q u a r a c c h i , t . I , p á g . 7 5 8 . E l t e x t o d e S a n A g u s t í n s e h a l l a e n De Gen. ad lilt., I X , 1 6 , 3 0 - 1 7 , 3 2 ; Patr. lat., X. 3 4 , c o l . 4 0 4 - 4 0 6 . P u e d e a g r e g á r s e l e Cont. Fausturn Manicheurn, XXVI, 3 ; t . 4 2 , c o l . 4 8 0 - 4 8 1 , p e r o h a y q u e n o t a r q u e l a e x p r e s i ó n : potentia obedien­ tiae, n o s e e n c u e n t r a n i e n u n o n i e n o t r o t e x t o d e S a n A g u s t í n .

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NATURALEZA

q u e l e r e s e r v a m o s el n o m b r e d e g r a c i a : l a q u e n o e s l a n a t u r a l e z a , p e r o la salva. Si Pelagio la h u b i e s e a d m i t i d o , n a d a le h a b r í a i m p e d i d o c e l e b r a r l a g r a c i a a la c u a l l a n a t u r a l e z a le d e b e el q u e exista, q u e es u n a , p e r o n o l a m a y o r : excepta ergo illa gratia, qua condita est humana natura (haec enim Christianis Paganisque communis est) haec est major gratia, non quod per Verbum hornines creati sumas,, sed qued per Verbum carnem factum fideles facti sumus . 3

3

T a m b i é n a q u í n e c e s i t a r o n m u c h o t i e m p o los teólogos p a r a ajustar dos nociones t a n e s t r e c h a m e n t e vinculadas c o m o las d e u n a n a t u r a l e z a g r a t u i t a m e n t e c r e a d a y u n a n a t u r a l e z a g r a t u i t a m e n t e rest a u r a d a . D e f i n i r u n a n a t u r a l e z a p u r a , s a b e r si a l g u n a v e z p u d o e x i s t i r c o m o t a l , estudiar e n ella las disposiciones d e las diversas gracias con q u e Dios la h a ornado, son otros tantos problemas p u r a m e n t e teológicos c u y a historia n o h e m o s d e seguir, p e r o el c o n c e p t o d e naturaleza q u e la gracia presupone depende directamente de la reflexión filosófica y d e l a h i s t o r i a d e l a filosofía. P o r lo d e m á s , y a l o h e m o s e n c o n t r a d o ; es e l q u e s e n o s o f r e c í a e n e l anima capax Dei de S a n Bernardo, d e S a n Anselmo y d e Santo T o m á s d e A q u i n o ; n o q u e d a m á s sino d a r l e u n n o m b r e filosófico y a c a b a r su d e s c r i p c i ó n llevando esa capacidad a la noción d e potencia obedencial tal como Santo T o m á s d e A q u i n o la describió . 3 4

L a c a p a c i d a d d e la n a t u r a l e z a es doble, y es la m i s m a B u e n a v e n t u r a a n a l i z a b a p a r a n o s o t r o s . E n a d e l a n t e es 33 S a n A G U S T Í N , Sermo 177,

6;

t.

XXVI,

3 3 , col. 7 6 7 ; 7,

V , 6 ; Patr.

col. 767-768.

Se

que San suficiente

lat,, t . 3 8 , c o l . 1 7 3 . C f . Episi. encuentran

interesantes

textos

p e l a g i a n o s e n e l Libellus fidei Pelagii, Patr, lat., t . 4 5 , s o b r e t o d o a r t . 1 3 , c o l . 1 7 1 8 . Pelagii dogmata, t . 4 5 , c o l . 1 7 0 1 , y m á s l e j o s III Dial, c o l . 1 7 0 6 . L a doctrina de Pelagio tario sobre las Epístolas

thirteen

Epistles

n o se a f i r m a s i n o m u y d i s c r e t a m e n t e de San Pablo: A . S O U T E R , Pelagius's

of St. Paul,

Cambridge

en su c o m e n Expositions of

U n i v e r s i t y P r e s s , t. I I , 1 9 2 6 . S e l a

adivina en ciertas observaciones d e las páginas 4 6 , 4 7 , 59, 6 0 , 76. Por lo c o n t r a r i o , se e x p o n e e n l o s f r a g m e n t o s d e t r a t a d o s d e P e l a g i o , h o y p e r d i d o s , q u e S a n A g u s t í n n o s h a c o n s e r v a d o , s o b r e t o d o De natura et gratia, 4 5 , 5 3 - 5 1 , 5 9 ; Patr. lat., t . 4 4 , c o l . 2 7 2 - 2 7 6 . E s t a i d e n t i f i c a c i ó n d e l a g r a c i a c o n l a n o c i ó n d e g r a t u i d a d , q u e p o r lo d e m á s e r a m u y n a t u r a l , ejerció i n f l u e n c i a d u r a d e r a s o b r e el d e s a r r o l l o d e l a t e o l o g í a . D e e l l o se e n c o n t r a r á n n u m e r o s a s h u e l l a s e n l o s t e x t o s e s t u d i a d o s p o r A . L A N D G R A F , Die Erkenntnis der heiligmachenden

Gnade in der Frühscholastik, e n Scholastik, t . I I I ( 1 9 2 8 ) , p á g s . 2 8 - 6 4 . Studien zur Erkenntnis des Uebernatürlichen in der Frühscholastik, e n Scholastik, t . I V (1939),

1-37, 189-220, 352-389. H . D O M S , Die Gnadenlehre des sel. B r e s l a u , 1 9 2 9 : v é a s e e n Bulletin thomiste, V I I I , 3 ( 1 9 3 1 ) , comparación del P. M . - J . Congar, págs. 303-306.

Albertus la

págs.

Magnas,

3* E l c a r á c t e r p r o p i o d e l a p o t e n c i a o b e d e n c i a l t o m i s t a y s u r e l a c i ó n a l concepto de n a t u r a l e z a son u n t e m a q u e el P . M . - D . C h e n u , O . P., h a desa r r o l l a d o a m e n u d o e n su e n s e ñ a n z a . Y o m i s m o t u v e el privilegio d e asistir a l a s p r o f u n d a s l e c c i o n e s q u e dio e n n o v i e m b r e d e 1 9 3 1 , e n e l Institute of Mediaeval Studies d e St. Michael's College, T o r o n t o . A q u í n o h a g o sino incorp o r a r su c o n c l u s i ó n a m i síntesis h i s t ó r i c a y t e n g o interés e n d e j a r l e la h o n r a sobre la luz q u e e c h a respecto de esta i m p o r t a n t e cuestión.

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FILOSOFÍA

MEDIEVAL

c o n c e b i r q u e t o d o el o r d e n s o b r e n a t u r a l se le a g r e g a a n á l o g a m e n t e a l m o d o e n q u e se le a g r e g a b a el o r d e n m i l a g r o s o . A d e m á s d e lo q u e l a n a t u r a l e z a es c a p a z e n sí m i s m a , h a y l o q u e é s t a es c a p a z de llegar a ser p o r la v o l u n t a d d e Dios. Es o b j e c i ó n c o r r i e n t e c o n t r a la t e o l o g í a m e d i e v a l a f i r m a r q u e al s o b r e a g r e g a r a la n a t u r a l e z a d e Aristóteles la g r a c i a cristiana, i n t e n t a b a u n a suerte d e c u a d r a t u r a del círculo. L a objeción v a l d r í a en la p e r s p e c t i v a c o m ú n m e n t e a d m i t i d a e n l a c u a l los t e ó l o g o s n o h a n h e c h o m á s q u e d a r a l a n a t u r a leza g r i e g a d e r e c h o d e c i u d a d a n í a e n l a filosofía c r i s t i a n a . D e la ¡púorsg d e A r i s t ó t e l e s es e f e c t i v a m e n t e c i e r t o d e c i r q u e es u n a n e c e s i d a d c e r r a d a e n sí m i s m a y q u e n a d a a u t o r i z a a a b r i r s e a las i n f l u e n c i a s d i v i n a s . P o r lo d e m á s , D i o s n o l a h a c r e a d o ; n o es o b r a suya; ¿ c o n q u é derecho, pues, p o d r í a disponer de ella? T a m b i é n la n a t u r a l e z a c r i s t i a n a t i e n e u n a e s e n c i a y u n a n e c e s i d a d ; n o las tiene n i m á s n i m e n o s q u e la n a t u r a l e z a g r i e g a ; si f u e r a m e n e s t e r e l e g i r , g u s t o s o d i r í a q u e . t i e n e m á s q u e l a n a t u r a l e z a g r i e g a , p u e s t o q u e se a p o y a e n l a n e c e s i d a d d e l S e r , d e l q u e p a r t i c i p a . T a n c i e r t o es e s t o , q u e D i o s m i s m o n o p o d r í a v i o l e n t a r las c o s a s s i n a t e n t a r c o n t r a las I d e a s , q u e s o n É l m i s m o . N o es n e c e s a r i o e s p e r a r a S a n t o T o m á s p a r a e n c o n t r a r t e ó l o g o s q u e l o c o m p r e n d a n . P o r p o c o q u e se l o h a g a sospechoso d e p a r c i a l i d a d en favor d e la n a t u r a l e z a , S a n Agustín m i s m o vio m u y bien q u e la n o c i ó n cristiana d e las I d e a s , concebidas c o m o el a r t e d e l V e r b o , a s e g u r a b a a l a s p a r t i c i p a c i o n e s f i n i t a s d e éstas u n a r i g u r o s a estabilidad. Dios n o h a e x a l t a d o a p i e d r a s o anim a l e s a l a v i s i ó n b e a t í f i c a ; p e r o e n s e g u i d a es m e n e s t e r a g r e g a r q u e esa n e c e s i d a d d e las esencias c r e a d a s , c i r c u n s c r i t a p o r lo q u e e l l a s p u e d e n h a c e r o s u f r i r e n el o r d e n n a t u r a l , p e r m a n e c e a b i e r t a a l o q u e D i o s p u e d e h a c e r de. e l l a s o c o n f e r i r l e s e n el o r d e n s o b r e n a t u r a l . C i c a d a s , t o d a v í a p u e d e n o b e d e c e r a l a v o l u n t a d d e su c r e a d o r si a é s t e l e p l a c e a m p l i a r l a s , y es p r e c i s a m e n t e l a e s e n c i a d e l i n t e l e c t o el p o d e r ser a m p l i a d o s i n p e r d e r s u e s e n c i a , o m á s b i e n p e r f e c c i o n á n d o l a . L a c a p a c i d a d d e visión beatífica es, p u e s , e n la n a t u r a l e z a h u m a n a a l g o m á s q u e u n v o c a b l o : es l a n a t u r a l e z a h u m a n a m i s m a , h e c h a a i m a g e n d e D i o s , d e q u i e n r e c i b e su p o d e r d e c o n o c e r . L a c a p a c i d a d d e l a g r a c i a t a m b i é n es m á s q u e u n a p a l a b r a , p u e s D i o s m i s m o n o p o d r í a c o n f e r i r l a a l a l m a si é s t a n o f u e s e s u s c e p t i b l e d e e l l o . S i n e m b a r g o , c u a n d o t o d o se h a d i c h o , h a y q u e d e t e n e r s e e n los l í m i t e s d e l a n a t u r a l e z a . É s t a o b e d e c e r á ad nutum si D i o s o r d e n a , p e r o n o p u e d e s i n o o b e d e c e r . A h o r a , n a d a d e lo q u e 3 5

3 6

S a n A G U S T Í N , Cont. Jul. Peiag., I V , 3 , 1 5 ; Patr. lat., t. 4 4 , c o l . 7 4 4 . " D ú p l e x capacitas attendi potest in h u m a n a n a t u r a : u n a q u i d e m secund u m ordinem potentiae naturalis, quae a Deo semper impletur, qui dat unicuiq u e reí s e c u n d u m s u a m c a p a e i t a t e m n a t u r a l e m ; alia vero s e c u n d u m o r d i n e m divinae p o t e n t i a e , cui omnis c r e a t u r a obedit a d n u t u m ; et a d h o c pertinet ista c a p a c i t a s (seil. gratiae); non autem Deus omnem talem capaeitatem naturae 3 5

3 6

LA

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MEDIA

Y

LA

NATURALEZA

351

en ella sea sobrenatural le atrae, y aún menos le exige: la potencia obedencial, por real que sea, permanece absolutamente pasiva; expresa ante todo el carácter distintivo de una naturaleza cristiana abierta hacia su creador. Ésa es la naturaleza que la Edad Media conoció. No contenía nada menos que la de los griegos o la de la ciencia moderna, pero esperaba mucho más. En un tiempo en que la vida religiosa penetraba todo con su influencia, la imaginación puede haberse complacido en ir más allá de los límites de esos órdenes jerárquicos, con riesgo de confundirlos a veces. Pero la razón de los filósofos no dejaba de estar ahí para señalarlos. Si fuera necesario encontrar una fórmula para condensar el resultado de más de diez siglos de meditación sobre ese problema, quizá pudiera sugerírnosla Santo Tomás de Aquino. Hablando de la naturaleza no racional, dijo a menudo que ésta era como un instrumento en las manos de Dios . El buen artesano utiliza sus herramientas según la naturaleza de éstas, y sin embargo no son sino sus herramientas, de que se sirve en vista de su fin. Ese carácter "instrumental" de la naturaleza cristiana ya no basta a definirla, cuando se trata del hombre. Un ser racional está dotado de voluntad; Dios mismo no emplea a una persona como si fuera un instrumento; ésta es libre, y respeta la libertad que Él mismo ha creado . Pero también puede moverla desde adentro, la invita y la llama; si las naturalezas brutas son tratadas por Él como instrumentos, las racionales lo son como "colaboradoras". El estudio metafísico de la noción cristiana de providencia nos llevó a esa conclusión, el de la noción de naturaleza nos muestra la posibilidad de ello; lo veremos todavía mejor volviendo a colocar al individuo en la sociedad y en la historia, donde se revela progresivamente la armonía de su naturaleza y de su fin. 3 7

3 S

i m p l e t : a l i o q u i m D e u s n o n posset f a c e r é i n c r e a t u r a nisi q u o d facit, quod falsum est, u t in I h a b i t u m est ( q u . 1 0 5 , a r t . 6 ) . Nihil a u t e m prohibet a d aliquid majus humanam naturam perductam esse post peccatum: Deus e n i m p e r i n i t t i t m a l a fieri, u t i n d e a l i q u i d melius e l i c i a t ; u n d e dicitur, R o m . 4 : Ubi abundavit delictum, super abundavit et gratia; unde et in benedictíone cerei p a s c h a l i s d i c i t u r : ' O felix c u l p a , q u a e t a l e m a c t a n t u m m e r u i t h a b e r e r e d e m p t o r e m . ' Sum. theol., I I I , 1, 3 , a d 3 . " E s t a u t e m c o n s i d e r a n d u m , q u o d in a n i m a h u m a n a , sicut in qualibet c r e a t u r a , consideratur d ú p l e x potentia passiva: u n a q u i d e m p e r c o m p a r a t i o n e m a d agens n a t u r a l e : alia vero p e r c o m p a r a t i o n e m a d agens p r i m u m , q u o d potest quamlibet c r e a t u r a m reducere in a c t u m a l i q u e m a l t i o r e m actu, i n q u e m r e d u c i t u r p e r agens n a t u r a l e , et h a e c c o n s u e v i t v o c a r i p o t e n t i a o b e d i e n t i a e i n c r e a t u r a . " Sum. theol., III, 1 1 , R e s p . ( y p o r e s o l a c i e n c i a d e C r i s t o e r a p o s i b l e : ibid., a d 1 " ' ) . C f . De m

virtutibus 3 7

3 8

in communi,

m

art. X , ad 1 3 .

S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , Sum. theol., I " - I I " , 1 , 2 , R e s p . S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , Sum. theol., I " - I I " , 6, 1, a d 3 " .

CAPÍTULO LA

EDAD

MEDIA

Y LA

XIX HISTORIA

A L O R I E N T A R a l a n a t u r a l e z a , y a l h o m b r e q u e n o es s i n o u n a p a r t e d e ella, h a c i a u n fin s o b r e n a t u r a l , el C r i s t i a n i s m o d e b í a n e c e s a r i a m e n t e m o d i f i c a r l a s p e r s p e c t i v a s h i s t ó r i c a s r e c i b i d a s y, h a s t a el s e n t i d o m i s m o d e l a n o c i ó n d e h i s t o r i a . S i n e m b a r g o , se a d m i t e c o m ú n m e n t e q u e ¡a E d a d M e d i a p e r m a n e c i ó c o m p l e t a m e n t e a j e n a a t o d a preocupación histórica y que, empleando u n a expresión recibida, le f a l t ó el " s e n t i d o " d e l a h i s t o r i a . I l u s t r e s e r u d i t o s s e h i c i e r o n f i a d o res d e e s t a e v i d e n c i a . P o r u n a e x t r a ñ a p a r a d o j a , l a e d a d q u e llam a m o s " M e d i a " , es d e c i r , e n l a q u e v e m o s e s e n c i a l m e n t e u n a t r a n s i c i ó n , no h a b r í a t e n i d o l a m e n o r c o n c i e n c i a d e l c a r á c t e r t r a n s i t o r i o d e las c o s a s h u m a n a s . M u y p o r l o c o n t r a r i o , " l o q u e m á s p r o f u n d a m e n t e l a c a r a c t e r i z a es s u i d e a d e l a i n m u t a b i l i d a d d e l a s c o s a s . L a a n t i g ü e d a d , s o b r e t o d o e n los ú l t i m o s siglos, e s t á d o m i n a d a p o r l a c r e e n c i a e n u n a d e c a d e n c i a c o n t i n u a ; los t i e m p o s m o d e r n o s , d e s d e s u s a l b o r e s , e s t á n a n i m a d o s p o r l a fe e n u n p r o g r e s o i n d e f i n i d o ; l a E d a d M e d i a n o conoció ni aquel desaliento ni esta esperanza. P a r a l o s h o m b r e s d e e n t o n c e s el m u n d o h a b í a s i d o s i e m p r e t a l c u a l lo v e í a n ( p o r eso sus p i n t u r a s d e la a n t i g ü e d a d n o s p a r e c e n grotesc a s ) , y así lo e n c o n t r a r í a el j u i c i o f i n a l " . A f i r m a c i o n e s e n m a s a , y q u e s o r p r e n d e r í a n si n o c o n o c i é s e m o s l a i n d i f e r e n c i a p r o f u n d a d e ciertos filólogos r e s p e c t o d e las i d e a s . D e m a s i a d o p o c o reales, según s u m o d o d e v e r , p a r a s e r o b j e t o s d e h i s t o r i a , l a s i d e a s se p r e s t a n a t o d o s los t r a t a m i e n t o s , y el m á s e x a c t o r i g o r e n l a c i e n c i a d e l o q u e l o s h o m b r e s d e l a E d a d M e d i a e s c r i b i e r o n se c o m b i n a a v e c e s c o n l o a r b i t r a r i o m e n o s e s c r u p u l o s o e n los j u i c i o s s o b r e l o q u e é s t o s p e n saron. l

L a v e r d a d , e n e s t o c o m o e n o t r a s c o s a s , es q u e si b u s c a m o s n u e s t r o c o n c e p t o d e la historia en la E d a d M e d i a , p o d e m o s d a r p o r seguro q u e n o l o e n c o n t r a r e m o s , y si l a a u s e n c i a d e n u e s t r a h i s t o r i a e q u i v a l e a la a u s e n c i a d e t o d a h i s t o r i a , p o d e m o s d a r p o r d e s c o n t a d o q u e la E d a d M e d i a n o t i e n e n i n g u n a . P o r lo d e m á s , p u d i e r a p r o b a r s e t a n f á c i l m e n t e , p o r el m i s m o m é t o d o , q u e n o t u v o p o e s í a a l g u n a , c o m o G . P A R Í S , La 1890, pág. 30. 1

littérature

francaise

au moyen

age, 2* e d i c , P a r í s ,

riachette,

LA

EDAD

MEDIA

Y

LA

HISTORIA

858

se creyó durante mucho tiempo; frente a las catedrales, que no tuvo ningún arte; y, como aún se sostiene, en presencia de sus pensadores, que no tuvo filosofía alguna. Por lo contrario, lo que conviene preguntarse es si no existiría una concepción específicamente medieval de la historia, a un tiempo diferente de la de los griegos y de la. nuestra, y sin embargo real. Esto puede suponerse a priori tratándose de un tiempo en que todas las conciencias vivían del recuerdo de un hecho histórico, de un. acontecimiento con relación al cual se ordenaba toda la historia anterior y del que databa el comienzo de una nueva era; un acontecimiento único, del que casi podría decirse que señalaba una fecha para Dios mismo: la encarnación del Verbo y el nacimiento de Jesucristo. Los hombres de la Edad Media quizá no sabían que los griegos se vestían de modo distinto al de ellos; lo más probable es que lo supieran, pero eso no les preocupaba; lo que les preocupaba era lo que los griegos supieron y creyeron; aún más, lo que no pudieron, ni saber ni creer. En un pasado remoto, luego de la historia de la creación y del pecado, se confundían las multitudes de hombres sin. fe ni ley; un poco más acá, el pueblo elegido, que vivió bajo la Ley, desarrollaba la larga sucesión de sus aventuras; por último, ya muy cerca, nacía el Cristianismo e inauguraba los tiempos nuevos, cuyo curso ya estaba jalonado por varios acontecimientos famosos, tales como la caída del Imperio romano y la fundación del Imperio de Carlomagno. ¿Cómo una civilización podría creer en la permanencia de las cosas cuando sus libros sagrados son dos libros de historia: el Antiguo y el Nuevo Testamento? Sería perder el tiempo preguntar a semejante sociedad si cambia y si de ello tiene conciencia; pero se le puede preguntar cómo cambia, es decir, de dónde viene, a dónde va, en qué sitio exacto se sitúa ella misma en la línea que une lo pasado con lo porvenir. El Cristianismo había fijado el fin del hombre más allá de los límites de la vida presente; al mismo tiempo había afirmado que un Dios creador no deja nada fuera de los designios de su providencia; tenía, pues, que admitir también que todo, en la vida de los individuos como en la vida de las sociedades de que forman parte, debía ordenarse necesariamente en vista de ese fin supraterrestre. Ahora bien: la primera condición para que tal ordenamiento se establezca es que el desarrollo de los acontecimientos esté regulado en el tiempo, y en primer lugar que haya un tiempo. Ese tiempo no es un cuadro abstracto en cuyo interior duran las cosas, o por lo menos no es sólo eso. Esencialmente, es cierto modo de ser, la manera de existir que conviene a cosas contingentes e incapaces de realizarse en la permanencia de un presente estable. Dios es el Ser; nada hay que Él pueda llegar a ser, puesto que nada hay que Él no sea; de modo que el cambio y la duración no existen para Él. Las cosas creadas, poi lo

354

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

contrario, son participaciones finitas del Ser; fragmentarias, como q u i e n d i c e , s i e m p r e i n c o m p l e t a s , o b r a n c o n el f i n d e c o m p l e m e n t a r s e ; c a m b i a n , p u e s , y p o r c o n s i g u i e n t e d u r a n . P o r eso S a n A g u s t í n c o n s i d e r a a l u n i v e r s o c o m o u n a s u e r t e d e d i s t e n s i ó n : u n a dislensio, cuyo t r a n s c u r s o i m i t a lo e t e r n o p r e s e n t e y la s i m u l t a n e i d a d t o t a l d e D i o s . A d e c i r v e r d a d , el h o m b r e se. h a l l a e n u n e s t a d o q u e n o es el d e D i o s n i el d e l a s c o s a s . N o es s i m p l e m e n t e a r r a s t r a d o , c o m o el r e s t o del m u n d o físico, e n u n flujo o r d e n a d o ; s a b e q u e está e n la m a r e a d e l o p o r v e n i r y p i e n s a e n l o p o r v e n i r . P e r m i t i é n d o l e r e c o g e r los i n s t a n t e s sucesivos q u e sin e l l a c a e r í a n e n l a n a d a , su m e m o r i a c o n s t r u y e u n a d u r a c i ó n , c o m o su v i s t a r e ú n e e n u n e s p a c i o l a d i s p e r s i ó n d e l a m a t e r i a . P o r el h e c h o m i s m o d e q u e r e c u e r d a , el h o m b r e r e s c a t a , p u e s , p a r c i a l m e n t e el m u n d o d e l o p o r v e n i r q u e lo a r r a s t r a , y se r e s c a t a c o n é l . P e n s a n d o e n el u n i v e r s o y p e n s a n d o e n n o s o t r o s m i s m o s , e n g e n d r a r n o s u n o r d e n del ser i n t e r m e d i o e n t r e la i n s t a n t a n e i d a d d e l s e r d e los c u e r p o s y l a p e r m a n e n c i a e t e r n a d e D i o s . S i n e m b a r g o , el h o m b r e p a s a , b a j o e s t a d é b i l e s t a b i l i d a d d e s u m e m o r i a q u e a s u v e z s e h u n d e e n l a n a d a si D i o s n o l a r e c o g e y l a e s t a b i l i z a . P o r e s o , l e j o s d e i g n o r a r q u e t o d o c a m b i a , el p e n s a m i e n t o c r i s t i a n o s i n t i ó h a s t a l a a n g u s t i a el c a r á c t e r t r á g i c o d e l instante. P u e s s ó l o él es r e a l ; e n él r e ú n e el p e n s a m i e n t o a l a v e z los d e s p o j o s a r r a n c a d o s a l n a u f r a g i o d e l o p a s a d o y l a s a n t i c i p a c i o n e s d e lo p o r v e n i r ; a ú n m á s : e n el i n s t a n t e es d o n d e e l p e n s a m i e n t o c o n s t r u y e s i m u l t á n e a m e n t e e s e p a s a d o y ese p o r v e n i r , d e m o d o q u e l a i m a g e n p r e c a r i a d e u n a p e r m a n e n c i a v e r d a d e r a , l e v a n t a d a p o r la m e m o r i a p o r encim a d e l f l u j o d e l a m a t e r i a , se v e l l e v a d a p o r él, a r r a s t r a n d o c o n s i g o el b o t í n e m e q u i s i e r a s a l v a r d e l a n a d a . A s í , el p a s a d o s ó l o e s c a p a a l a m u e r t e e n el i n s t a n t e d e u n p e n s a m i e n t o q u e d u r a , p e r o el in-stans es a l a v e z lo q u e s e m a n t i e n e e n lo p r e s e n t e y se d i r i g e h a c i a lo p o r v e n i r , d o n d e t a m p o c o p e r m a n e c e r á ; es t a m b i é n a q u e l l o c u y a i n t e r r u p c i ó n b r u s c a c i e r r a p a r a s i e m p r e u n a h i s t o r i a y fija u n d e s tino p a r a siempre. H a y , pues, p a r a todo p e n s a d o r de la E d a d M e d i a , h o m b r e s que p a s a n e n vista d e u n fin q u e n o p a s a r á . P e r o h a y m á s . A l a n u n c i a r l a " b u e n a n u e v a " , el E v a n g e l i o n o s ó l o h a b í a p r o m e t i d o a l o s j u s t o s u n a s u e r t e d e b i e n a v e n t u r a n z a i n d i v i d u a l , s i n o q u e les h a b í a a n u n c i a d o l a e n t r a d a e n u n R e i n o , es d e c i r , e n u n a s o c i e d a d d e j u s t o s , u n i d o s p o r los v í n c u l o s d e su c o m ú n b e a t i t u d . L a p r e d i c a c i ó n del C r i s t o fué p r o n t o c o m p r e n d i d a c o m o la p r o m e s a d e u n a v i d a social p e r f e c t a y e n l a c o n s t i t u c i ó n d e e s a s o c i e d a d se v i o e l f i n ú l t i m o d e su e n c a r n a c i ó n . T o d o c r i s t i a n o se r e c o n o c e , p u e s , l l a m a d o a f o r m a r p a r t e , c o m o m i e m b r o , d e u n a c o m u n i d a d m á s v a s t a q u e la c o m u n i d a d h u m a n a a l a e m e y a p e r t e n e c e . E x t r a ñ a a t o d a s las n a c i o n e s , r e c l u t a n d o a sus m i e m b r o s e n c a d a u n a d e ellas, la C i u d a d d e Dios

LA

se

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3

Lo

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sociedad

de

providen­

cuales

que

no

su

para

griegas,

las

mística,

bastaba

han

las

el su

construye

inscrito

una

que

de

y

y de

se

legislador,

bastaba

las v i r t u d e s

necesario

llama

Ésta

cuanto

para

dura, espera

invisible

. S i los c r i s t i a n o s

de

la

leyes

ha

ejemplo,

como

la

fundamento

2

mundo

que

arquitecto.

todas

su m o r a l

sobre

hombres: creador .

el

criaturas, lo

la

su

en

y Dios

355

el

se

más

humanas,

que durar es

el

tienden

llevándola

considerada

une

Dios

divina,

humildad,

lugar

con

ley

HISTORIA

de

celestial, y

ella

el h o m b r e

la

los a n t i g u o s

convierte

la

LA

medida

advenimiento

sociedades

como

porque

formar

su

Y

razón

ciudad

hombres,

las

a

más

piedras

hacia

asegurar

los

sociedad

a

las

expresamente

de

social

esa

son

dirección,

para

gando

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De

hombres

cia,

MEDIA

progresivamente

tiene

acabamiento. los

EDAD

el

se

reco­

absoluta

de

fundamental de

los

hom-

2

" E s t a u t e m a l i u s m o d u s c o m m u n i t a t i s a d q u a m o r d i n a t u r l e x h u m a n a ec ad q u a m ordinatur lex divina. L e x e n i m h u m a n a ordinatur a d c o m m u n i t a t e m civilem, quae est h o m i n u m a d invicem. H o m i n e s a u t e m o r d i n a n t u r ad invicem p e r exteriores a c t u s , q u i b u s h o m i n e s sibi i n v i c e m c o m m u n i c a n t . Hujusmodi a u t e m communicatio pertinet a d r a t i o n e m justitiae, quae est propria direc­ tiva c o m m u n i t a t i s h u m a n a e . E t i d e o lex h u m a n a n o n p r o p o n i t p r a e c e p t a , nisi d e a c t i b u s j u s t i t i a e ; e t , si p r a e c i p i a t a c t u s a l i a r u m v i r t u t u m , h o c n o n e s t nisi i n q u a n t u m a s s u m u n t r a t i o n e m j u s t i t i a e , u t p a t e t p e r P h i l o s o p h u m , i n Ethic, lect. I I . S e d c o m m u n i t a s a d q u a m o r d i n a t l e x divina, est h o m i n u m ád D e u m , vel in praesenti, vel in futura vita. E t ideo lex divina p r a e c e p t a p r o p o n i t d e ó m n i b u s illis p e r q u a e h o m i n e s b e n e o r d i n e n t u r a d c o m m u n i c a t i o n e m c u m D e o . " S a n t o T O M Á S DE A Q U I N O , Sum. theol., I* - I I " , 1 0 0 , 2 , Resp. 3

" O m n i s v i r t u s m o r a l i s e s t c i r c a a c t i o n e s v e l p a s s i o n e s , u t d i c i t u r i n II Ethic. (lect. I I I ) . S e d humilitas n o n c o m m e m o r a t u r a P h i l o s o p h o i n t e r virtutes q u a e sunt circa passiones; n e c e t i a m c o n t i n e t u r s u b justitia q u a e est circa a c t i o n e s . E r g o v i d e t u r q u o d n o n sit v i r t u s . A d q u i n t u m , d i c e n d u m q u o d P h i l o sophus intendebat agere de virtutibus, secundum quod ordinantur ad vitam civilem, i n q u a subjectio u n i u s h o m i n i s a d a l t e r u m s e c u n d u m legis o r d i n e m d e t e r m i n a t u r : et ideo continetur s u b justitia legali. Humilitas a u t e m , secun­ d u m q u o d est specialis virtus, p r a e c i p u e respicit s u b j e c t i o n e m h o m i n i s a d D e u m , p r o p t e r q u e m e t i a m alus h u m i l l a n d o s e s u b j i c i t . " S a n t o T O M Á S DE A Q U I N O , Sum. theol, I - I I , 1, a d 5 . E s a v i r t u d m o r a l d e h u m i l d a d , q u e s e i m p o n e a t o d o h o m b r e c o n v e n c i d o d e q u e vive e n u n u n i v e r s o c r e a d o y q u e es u n a c r i a t u r a , es u n a c o n s e c u e n c i a m o r a l d i r e c t a d e l a m e t a f í s i c a c r i s t i a n a . S u necesidad parece, a u n hoy, absoluta para toda moral, hasta simplemente h u ­ m a n i s t a , q u e q u i e r e s e r c o m p l e t a . V é a n s e l a s s u g e s t i v a s p á g i n a s d e I . BARBITT, On Being Creative, Boston, 1 9 3 2 , p á g . 16 y sig. a

a 0

36

EL

5

ESPÍRITU

DE LA FILOSOFÍA

MEDIEVAL

4

bres b a j o D i o s " . S a b e m o s lo q u e a esa n o c i ó n d e b e n la " r e p ú b l i c a de los e s p í r i t u s " , l a " s o c i e d a d e t e r n a " , y a u n l a " h u m a n i d a d " y el " r e i n o de los f i n e s " d e l a s f i l o s o f í a s d e L e i b n i z , d e M a l e b r a n c h e , d e C o m t e y d e K a n t ; el s u e ñ o d e u n a s o c i e d a d u n i v e r s a l y d e e s e n c i a p u r a m e n t e e s p i r i t u a l es el f a n t a s m a d e l a C i u d a d d e D i o s visit a n d o las r u i n a s d e l a metafísica. P o r lo d e m á s , e n este m o m e n t o no tenernos q u e considerarla sino p o r lo q u e n o s enseña d e la E d a d M e d i a y d e l l u g a r q u e é s t a se a t r i b u í a e n l a h i s t o r i a d e la civilización. L a p r i m e r a c o n s e c u e n c i a eme de e l l o s e d e r i v a , p a r a q u i e n l a e n c a r a d e s d e e s t e p u n t o d e v i s t a , es l a s u b s t i t u c i ó n p o r u n a n u e v a n o c i ó n d e l s e n t i d o d e d u r a c i ó n d e la d e l ciclo, o d e regreso e t e r n o , c o n q u e t a n b i e n se c o n t e n t a b a e l n e c e s i t a r i s r n o g r i e g o . E l h o m b r e tiene u n a historia individual, u n a verdadera "historia n a t u r a l " q u e se d e s a r r o l l a s e g ú n u n o r d e n l i n e a l , e n e l q u e l a s e d a d e s se s u c e d e n c o m o o t r a s t a n t a s e t a p a s p r e v i s t a s , h a s t a l a m u e r t e , q u e es s u d e s e n l a c e . E s t e p r o c e s o r e g u l a r d e c r e c i m i e n t o y d e e n v e j e c i m i e n t o es u n p r o g r e s o c o n s t a n t e d e la i n f a n c i a a l a vejez, p e r o l i m i t a d o p o r l a duración m i s m a d e la vida h u m a n a . A m e d i d a q u e crece en edad, cada h o m b r e a c u m u l a cierto capital d e conocimientos, perfecciona l a s f a c u l t a d e s d e c o n o c e r p o r m e d i o d e l a s c u a l e s l o s a d q u i e r e y se a c r e c i e n t a , p o r d e c i r l o a s í , t a n t o t i e m p o c u a n t o s u s f u e r z a s se l o p e r m i t e n . C u a n d o d e s a p a r e c e , n o p o r e s o se. p i e r d e n s u s e s f u e r z o s , p u e s l o q u e e s c i e r t o d e l o s i n d i v i d u o s es c i e r t o d e l a s s o c i e d a d e s , q u e les s o b r e v i v e n , y d e l a s d i s c i p l i n a s i n t e l e c t u a l e s y m o r a l e s , q u e sobreviven a las sociedades m i s m a s . P o r eso, S a n t o T o m á s lo h a n o t a d o a m e n u d o , h a y u n p r o g r e s o e n el o r d e n p o l í t i c o y s o c i a l , c o m o h a y u n o e n l a s c i e n c i a s y e n l a filosofía, b e n e f i c i á n d o s e c a d a g e n e r a c i ó n c o n l a s v e r d a d e s a c u m u l a d a s p o r las p r e c e d e n t e s , s a c a n d o 6

1

" S i c u t p r a e c e p t a legis h u m a n a e o r d i n a n t h o m i n e m a d q u a m d a m c o m m u i i i t a t e m h u m a n a i n , i t a p r a e c e p t a legis d i v i n a e o r d i n a n t h o m i n e m a d q u a m d a m c o m m u n i t a t e m seu r e p u b l i c a m h o m i n u m s u b D e o . " S a n t o T O M Á S D E A Q U I N O , Sum. theol., P - I I " , 1 0 0 , 5 , R e s p . L a c o n c e p c i ó n d e l a s seis e d a d e s d e l m u n d o , s e g u i d a s d e l a e d a d d e l reposo, fué l e g a d a a la E d a d M e d i a p o r S a n Agustín. L a s e d a d e s del m u n d o se s u c e d e n c o m o l a s e d a d e s d e l h o m b r e : De Genesi contra Munich., I, 2 3 , 3 5 - 4 1 ; Patr. lat., t. 3 4 , c o l . 1 9 0 - 1 9 3 ( s o b r e l a d e s i g u a l d a d d e l a s e d a d e s : loe. cit., 2 4 , 4 2 ; c o l . 1 9 3 ; s o b r e s u a p l i c a c i ó n a l a v i d a e s p i r i t u a l : 2 5 , 4 3 ; c o l . 1 9 3 - 1 9 4 . C f . Enarr. in Ps. 92, 1 ; Patr. lat., t. 3 7 , c o l . 1 1 8 2 . De div. quaest. 83, 5 8 , 2 ; t. 4 0 , c o l . 4 3 - 4 4 . E l p r o b l e m a se p l a n t e a b a d i f e r e n t e m e n t e en los siglos x n y x m , p u e s t o q u e a e s e e s q u e m a histórico h a b í a q u e i n t e g r a r t o d a l a h i s t o r i a d e s d e los t i e m p o s d e S a n A g u s t í n ; v é a s e H O N O R I U S A U G U S T O DUNENSIS, De imagine mundi, l i b . I I I , c o n t i n u a t i o ; Patr. lat., t . 1 7 2 , c o l . 6

186-188.

Patr.

HUGUES

lat., t .

reinados

ílexaem.,

DE SAINT-VÍCTOR

1 7 7 , col. 2 2 5 - 2 8 4 )

(Excerptionum

allegoricarum

lib.

XXIV,

s u b s t i t u y e las e d a d e s p o r los r e i n a d o s ; los s o n l u e g o d i s t r i b u i d o s e n t r e l a s é p o c a s p o r S a n B U E N A V E N T U R A , In c o l . 1 6 ; edic. Q u a r a c c h i , t. 5 , p á g s . 403-408.

LA

EDAD

MEDIA

Y

LA

HISTORIA

357

p r o v e c h o d e sus m i s m o s errores y t r a n s m i t i e n d o a las q u e le seguirán u n a h e r e n c i a a u m e n t a d a c o n s u s e s f u e r z o s . S ó l o q u e , p a r a l o s crist i a n o s , n o e s s u f i c i e n t e c o n s i d e r a r l o s r e s u l t a d o s a d q u i r i d o s p o r los i n d i v i d u o s , l a s s o c i e d a d e s o l a s c i e n c i a s . P u e s t o q u e e x i s t e u n fin p r o m u l g a d o p o r D i o s , h a c i a e l c u a l s a b e m o s q u e s u v o l u n t a d dirige a t o d o s l o s h o m b r e s , ¿ c ó m o n o r e u r i i r l o s a t o d o s b a j o u n a misma i d e a y o r d e n a r l a s u m a t o t a l d e s u s p r o g r e s o s h a c i a e s e f i n ? S ó l o tiene s e n t i d o c o n r e l a c i ó n a l f i n , p u e s t o q u e a é l t i e n d e y p u e s t o q u e la d i s t a n c i a q u e l o s e p a r a es su v e r d a d e r a m e d i d a . P o r e s o , p e n s a d o r e s c r i s t i a n o s h a b í a n d e l l e g a r a c o n c e b i r , c o n S a n A g u s t í n y Pascal, q u e t o d o el g é n e r o h u m a n o , c u y a v i d a s e p a r e c e a l a d e u n hombre ú n i c o , d e s d e A d á n h a s t a el fin d e l m u n d o , p a s a p o r u n a serie d e e s t a d o s s u c e s i v o s , e n v e j e c e s e g ú n u n a s u c e s i ó n d e e d a d e s , e n e l curso d e los cuales l a s u m a d e sus c o n o c i m i e n t o s n a t u r a l e s y s o b r e n a t u r a l e s n o c e s a d e a c r e c e r s e , h a s t a l a e d a d d e s u p e r f e c c i ó n , q u e s e r á e l d e su gloria futura . 8

A s í es c o m o h a y q u e r e p r e s e n t a r s e l a h i s t o r i a d e l m u n d o p a r a c o n c e b i r l a c o m o l a E d a d M e d i a l a c o n c i b i ó . N o es n i l a d e u n a d e cadencia continua, puesto q u e , p o r lo contrario, afirma la realidad d e u n p r o g r a m a c o l e c t i v o y r e g u l a r d e l a h u m a n i d a d c o r n o t a l , ni la d e u n progreso indefinido, puesto q u e afirma, contrariamente, q u e e l p r o g r e s o t i e n d e h a c i a s u p e r f e c c i ó n c o m o h a c i a u n f i n ; e s más b i e n l a h i s t o r i a d e u n p r o g r e s o o r i e n t a d o h a c i a c i e r t o t é r m i n o . De t o d o s m o d o s , n a d a a u t o r i z a a a t r i b u i r a los h o m b r e s d e l a E d a d M e d i a l a ¡ d e a d e q u e l a s c o s a s h a b í a n s i d o s i e m p r e l o q u e p a r a e l l o s eran y q u e el f i n d e l m u n d o l a s e n c o n t r a r í a i g u a l e s . T a l c o m o a c a b a cíe s e r d e f i n i d a , l a i d e a d e c a m b i o p r o g r e s i v o f u é f o r m u l a d a c o n extrem a d o v i g o r p o r S a n A g u s t í n y l o s p e n s a d o r e s c r i s t i a n o s q u e e n él se inspiran. E r a u n a idea nueva, pues n i e n Platón, ni e n Aristóteles, 6

" . . . Sic proportione universum genus h u r n a n u m , cujus t a n q u a m unius hominis vitam est a b A d a m usque a d finem hujus saeculi, i t a s u b divinae p r o videntiae legibus administratur, u t i n d ú o g e n e r a distributum a p p a r e a t . " S a n A G U S T Í N , De vera religione, X X V I I , 5 0 ; Patr. lat., t . 3 4 , c o l . 1 4 4 . C f . De civ. Dei, X , 1 4 ; Patr. lat., t. 4 1 , c o l . 2 9 2 . L a n o c i ó n se e x t i e n d e a l a c r e c i m i e n t o d e los c o n o c i m i e n t o s h u m a n o s , e n S a n B u e n a v e n t u r a : " D i c e n d u r n q u o d m u n d u s , h a b e t aetates s e c u n d u m s t a t u m p r a e s e n t e m . Q u o n i a m e n i m senescit m u n d u s , o p o r t e t e t i a m , q u o d f u e r i t j u v e n i s ; si e r g o h a b u i t s e n i u m , e t j u v e n tutem, ac p e r h o c intermedias aetates. Istae a u t e m aetates assignantur in statu illo s e c u n d u m p r o f e c t u m a d g l o r i a m ; u n d e c u m m u n d u s p a u l a t i v e profecerit in cognitione, sicut i n u n o n o m i n e assignantur aetates diversae, i t a e t i n m u n d o . " In IV Sent., 4 0 , d u b . 3 ; e d i c . Q u a r a c c h i , t . 4 , p á g . 8 5 4 . A q u í se trata siempre d e los progresos d e la h u m a n i d a d hacia su fin sobrenatural. Pero Pascal extenderá m á s tarde esa comparación a la adquisición progresiva d e l a s c i e n c i a s p o r l a h u m a n i d a d ; v é a s e Pensé es, e d i c . m i n o r , L . B r u n s c h v i c g , p á g . 8 0 y n o t a 1. S o b r e e l p a p e l d e s e m p e ñ a d o p o r l a E d a d M e d i a e n l a e l a b o r a c i ó n d e l a i d e a d e p r o g r e s o , v é a s e A . C O M T E , Systéme de politique positive. P a r í s , L i b r a i r i e p o s i t i v i s t e , 4 ' e d i c , 1 9 1 2 , t. 2 , p á g . 1 1 6 .

358

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

n i s i q u i e r a e n los e s t o i c o s e n c o n t r a r í a m o s e s a n o c i ó n , h o y t a n f a m i ­ liar, d e u n a h u m a n i d a d c o n c e b i d a c o m o u n ser colectivo ú n i c o , h e c h o m á s d e m u e r t o s q u e de vivos, en m a r c h a y en progreso constante h a c i a u n a p e r f e c c i ó n a l a q u e se a c e r c a s i n c e s a r . O r d e n a d a y e n t e ­ r a m e n t e p e n e t r a d a p o r u n a f i n a l i d a d i n t e r n a , diríase casi p o r u n a intención ú n i c a , l a s u c e s i ó n d e g e n e r a c i o n e s e n el t i e m p o n o e n c u e n ­ t r a s ó l o u n a u n i d a d r e a l ; p o r e l h e c h o d e q u e e n l o s u c e s i v o se ofrece al p e n s a m i e n t o c o m o algo m á s q u e u n e n c a d e n a m i e n t o de acontecimientos accidentales, a d q u i e r e u n sentido inteligible, y p o r e s o , a u n si d e b i e r a r e p r o c h a r s e a l a E d a d M e d i a d e h a b e r c a r e c i d o d e l s e n t i d o d e l a h i s t o r i a , p o r l o m e n o s h a b r í a q u e r e c o n o c e r l e el mérito d e h a b e r h e c h o c u a n t o p o d í a p o r a y u d a r al nacimiento d e u n a filosofía d e la h i s t o r i a . D i g a m o s m á s : ya t e n í a u n a , y en l a m e ­ d i d a e n q u e a ú n e x i s t e , l a n u e s t r a e s t á m á s p e n e t r a d a d e lo q u e se i m a g i n a de principios medievales y cristianos. 7

M u y b i e n p u e d e c o n c e b i r s e u n a h i s t o r i a filosófica a la m a n e r a d e V o l t a i r e y d e H u m e , es d e c i r , l i b r e d e t o d a i n f l u e n c i a c r i s t i a n a — o casi l i b r e — y n a d a i m p i d e l l a m a r filosofía d e l a h i s t o r i a a las c o n ­ c l u s i o n e s q u e d e e l l a se e x t r a i g a n . H a s t a p o d r í a m o s d u d a r d e q u e e n ese s e n t i d o h a y a h a b i d o u n solo g r a n h i s t o r i a d o r q u e n o t u v i e r a l a s u y a ; a u n e n Jos q u e n a d a h a c e n p o r e n u n c i a r l a f o r m a l m e n t e n o es m e n o s r e a l , y q u i z á es t a n t o m á s e f i c a z c u a n t o m e n o s c o n s c i e n t e d e sí m i s m a . P o r s u p a r t e , los c r i s t i a n o s se v e í a n o b l i g a d o s a e n u n ­ ciar c l a r a m e n t e la suya y desarrollarla en d e t e r m i n a d o sentido. E n p r i m e r l u g a r , d i f e r í a n d e l o s d e m á s h i s t o r i a d o r e s e n q u e se c r e í a n i n f o r m a d o s del c o m i e n z o y del fin d e la historia, d o s h e c h o s esen­ c i a l e s c u y a i g n o r a n c i a n o s ó l o i m p e d í a a los i n f i e l e s q u e c o m p r e n d i e ­ r a n s u s e n t i d o : les i m p e d í a l a s o s p e c h a d e q u e t u v i e r a u n s e n t i d o . D e m o d o q u e l o s c r i s t i a n o s se a t r e v i e r o n a i n t e n t a r l a s í n t e s i s d e l a h i s t o r i a t o t a l , p o r q u e c r e y e r o n e n l a B i b l i a y e n el E v a n g e l i o , e n el r e l a t o d e la c r e a c i ó n y e n el a n u n c i o del r e i n o de D i o s . T o d a s las t e n t a t i v a s d e l m i s m o g é n e r o q u e d e s d e e n t o n c e s se p r o d u j e r o n n o h i c i e r o n s i n o r e e m p l a z a r el f i n t r a s c e n d e n t e , q u e a s e g u r a b a l a u n i d a d d e la síntesis m e d i e v a l , p o r fuerzas i n m a n e n t e s diversas q u e n o son s i n o l o s s u b s t i t u t o s d e D i o s ; sin e m b a r g o , l a e m p r e s a es s u b s t a n c i a l m e n t e la m i s m a , y cristianos son quienes p r i m e r o la concibieron: 7

" D e u s i t a q u e s u m m u s et verus c u m V e r b o suo et Spiritu sancto, q u a e tria u n u m sunt, D e u s u n u s o m n i p o t e n s , creator et factor o m n i s a n i m a e a t q u e omnis corporis: . . . q u i n o n s o l u m c o e l u m et t e r r a m , n e c s o l u m a n g e l u m et h o m i n e m ; sed n e c exigui et c o n t e m p t i b i l i s a n i m a n t i s viscera, n e c avis p e n n u l a m , n e c h e r b a e flosculum, n e c arboris folium sine s u a r u m p a r t i u m conv e n i e n t i a et q u a d a m veluti p a c e d e r e l i q u i t : nullo m o d o est c r e d e n d u s r e g n a h o r n i n u m e o r u m q u e d o m i n a t i o n e s et servitutes a suae p r o v i d e n t i a e legibus a l i e n a s e s s e v o l u i s s e . " S a n A G U S T Í N , De civ. Dei, V , 1 1 ; Patr. lat., t. 4 1 , col. 153-154.

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HISTORIA

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d a r d e la totalidad d e la historia u n a explicación inteligible, q u e d é c u e n t a d e l origen d e la h u m a n i d a d y le asigne el fin. P o r m á s a m b i c i o s o q u e s e a , ese d e s i g n i o n o es, s i n e m b a r g o , suficiente, pues imposible es f o r m a r l o sin a c e p t a r las condiciones necesarias d e su realización. E s t a r seguro d e q u e u n Dios q u e c u i d a d e la m e n o r b r i z n a d e h i e r b a n o h a a b a n d o n a d o a l a z a r l a s u c e s i ó n d e los imperios, estar a d v e r t i d o p o r É l m i s m o d e l designio q u e su sabiduría p e r s i g u e g o b e r n á n d o l o s , es s e n t i r s e c a p a z d e d i s c e r n i r l a a c c i ó n d i rectriz d e l a p r o v i d e n c i a e n el d e t a l l e d e los h e c h o s y explicarlos p o r ella. C o n s t r u i r l a h i s t o r i a y e x t r a e r su filosofía, y a n o s e r á n sino u n a s o l a y m i s m a o b r a , p u e s t o q u e t o d o s los a c o n t e c i m i e n t o s v e n d r á n a c o l o c a r s e p o r sí m i s m o s e n e l l u g a r q u e l e s a s i g n a e l p l a n d i v i n o . T a l pueblo vivirá e n u n territorio configurado d e tal m a n e r a , estará d o t a d o d e t a l c a r á c t e r , d e tales v i r t u d e s o vicios, a p a r e c e r á e n tal m o m e n t o d e la historia y d u r a r á p o r u n tiempo determinado, según lo q u i e r e l a e c o n o m í a d e l o r d e n p r o v i d e n c i a l . Y n o sólo t a l p u e b l o , sino t a l i n d i v i d u o , o t a l religión, t a l filosofía . S i g u i e n d o a S a n A g u s t í n , l a E d a d M e d i a se r e p r e s e n t a b a , p u e s , l a h i s t o r i a d e l m u n d o c o m o u n h e r m o s o p o e m a , cuyo sentido es p a r a nosotros inteligible y c o m p l e t o desde q u e c o n o c e m o s el c o m i e n z o y el fin. S i n d u d a , e n m u c h a s d e sus p a r t e s n o se n o s a l c a n z a el sentido o c u l t o d e l p o e m a ; diríase q u e el "inefable m ú s i c o " h a q u e r i d o g u a r d a r su s e c r e t o ; sin e m b a r g o , desciframos lo suficiente p a r a estar seguros d e q u e t o d o t i e n e u n sentido, y p a r a conjeturar la relación d e cada acontecimiento c o n la ley ú n i c a q u e regula t o d a la c o m p o s i c i ó n . L a e m p r e s a es, 8

9

8

S a n A G U S T Í N , De civ. Dei, V , 1 0 , 1 - 2 ; Patr. lat., t . 4 1 , c o l . 1 5 2 - 1 5 3 . San Agustín m u e s t r a q u e Dios quiso las costumbres romanas, porque quería a s e g u r a r l a g r a n d e z a d e l i m p e r i o r o m a n o , t e r r e n o e n el c u a l se d i f u n d i r í a m á s t a r d e el C r i s t i a n i s m o . T o d o c u a n t o u n h i s t o r i a d o r m o d e r n o t e n d e r í a a explicar según el o r d e n d e las causas eficientes, está i n t e r p r e t a d o , pues, p o r S a n A g u s t í n , desde el p u n t o d e vista d e l a f i n a l i d a d . D e a h í el c a r á c t e r u n i f i c a d o , s i s t e m á t i c o y filosófico d e s u r e l a t o . 9

L a idea d e q u e la belleza del m u n d o es c o m p a r a b l e a l a d e u n p o e m a c a n t a d o p o r u n aedo divino fué t o m a d a p o r S a n Buenaventura a S a n Agustín: "...Sicut creator, i t a m o d e r a t o r , d o ñ e e universi saeculi pulchritudo, cujus p a r t i c u l a e s u n t q u a e suis q u i b u s q u e temporibus apta sunt, velut magnum carmen cujusdarn ineffabilis modulatoris excurrit, atque inde transeant in a e t e r n a m c o n t e m p l a t i o n e m speciei q u i D e u m rite colunt, e t i a m c u m t e m p u s e s t f i d e i . " Epist. 138, I, 5 ; Patr. lat., t . 3 3 , c o l . 5 2 7 . C f . " S i c i g i t u r t o t u s iste m u n d u s o r d i n a t i s s i m o d e c u r s u a s c r i p t u r a d e s c r i b i t u r p r o c e d e r é a p r i n cipio usque a d finem, a d m o d u m cujusdarn p u l c h e r r i m i carminis ordinati, u b i potest quis speculari s e c u n d u m d e c u r s u m temporis varietatem, multiplicitatem et aequitatern, ordinem, rectitudinem e t pulchritudinem m u l t o r u m divinorum judiciorum, procedentium a sapientia Dei gubernante m u n d u m . U n d e sicut nullus potest videre p u l c h r i t u d i n e m carminis, nisi aspectus ejus feratur super t o t u m versurn, sic nullus v i d e t p u l c h r i t u d i n e m ordinis et r e g i m i n i s universi, nisi e a m t o t a m s p e c u l e t u r . E t q u i a n u l l u s h o m o t a m l o n g a e v u s est, q u o d t o t a m possit videre oculis carnis suae, n e c f u t u r a potest p e r se p r a e v i d e r e , p r o v i d i t nobis Spiritus sanctus l i b r u m Scripturae sacrae, cujus longitudo commeiitur

36o

EL

ESPÍRITU

DE L A FILOSOFÍA

MEDIEVAL

pues, a r d u a y está llena d e riesgos, p e r o n o es falsa e n s u principio n i c o m p l e t a m e n t e i m p o s i b l e . P o r e s o v e m o s a p a r e c e r e n l o s filósofos cristianos e m p r e s a s históricas d e u n a a m p l i t u d h a s t a entonces desco­ n o c i d a , a b a r c a n d o l a t o t a l i d a d d e los h e c h o s accesibles y sistemati­ z á n d o l o s a la l u z d e u n p r i n c i p i o ú n i c o . L a Ciudad de Dios d e S a n A g u s t í n , s o b r e l a q u e v u e l v e P a b l o Orosio e n s u Historia, confiesa sin reservas u n a a m b i c i ó n q u e difícilmente h u b i e r a p o d i d o ocultar, p u e s t o q u e e r a s u r a z ó n d e ser. C o n s i d e r a n d o el c o n j u n t o d e su o b r a , e n l a é p o c a d e l a s Retractaciones, Agustín nos explica e n pocas p a ­ l a b r a s el s e n t i d o y el p l a n : " L o s c u a t r o p r i m e r o s d e esos d o c e libros contienen, pues, el n a c i m i e n t o d e las dos Ciudades, la d e Dios y la d e l m u n d o ; los c u a t r o siguientes, s u s p r o g r e s o s , y los c u a t r o ú l t i m o s , sus fines". E l m i s m o designio p r e s i d e m a n i f i e s t a m e n t e el Discurso sobre la Historia universal, e n el q u e Bossuet t o m a la o b r a d e Agus­ t í n p a r a uso d e u n f u t u r o r e y d e F r a n c i a . U n e x c e l e n t e h i s t o r i a d o r de B o s s u e t no h a d e j a d o d e v e r el e s t r e c h o p a r e n t e s c o d e e s t a o b r a con la n o c i ó n p a s c a l i n a d e l a h u m a n i d a d c o n c e b i d a c o m o u n h o m b r e único y, por e l l a , a t r a v é s d e A g u s t í n , c o n l a c o n c e p c i ó n c r i s t i a n a d e la h i s t o r i a : " L a i d e a d e l a Historia universal n o estaba solamente en P a s c a l ; e s t a b a e n t o d a s p a r t e s d e s d e los p r i m e r o s t i e m p o s d e l a I g l e s i a ; e s t a b a en A g u s t í n , e n P a b l o O r o s i o , e n S a l v i a n o ; e s t a b a a u n e n ese d e c l a m a d o r d e B a l z a c . L a d i f i c u l t a d n o e s t a b a e n c o n c e b i r l a , sino e n e j e c u t a r l a ; p u e s se n e c e s i t a b a u n a ciencia, u n p o d e r d e l espí­ ritu, u n a lógica, u n a habilidad increíbles. Basta ser cristiano p a r a m i r a r las cosas h u m a n a s d e s d e ese p u n t o d e vista; p e r o e r a m e n e s t e r ser B o s s u e t para c o n s t r u i r s e m e j a n t e t r a b a j o s o b r e e s t a i d e a " . N o puede d e c i r s e m e j o r ; a g r e g u e m o s s ó l o q u e l a s o l u c i ó n p u e d e i n v e r ­ t i r s e : bastaba s e r B o s s u e t p a r a c o n s t r u i r s e m e j a n t e t r a b a j o s o b r e e s t a idea, pero era m e n e s t e r s e r c r i s t i a n o para m i r a r l a s c o s a s h u m a n a s 1 0

desde ese p u n t o d e v i s t a . La i n f l u e n c i a d e l C r i s t i a n i s m o s o b r e l a c o n c e p c i ó n d e l a h i s t o r i a ha s i d o tan d u r a d e r a , q u e a ú n se d e j a d i s c e r n i r , d e s p u é s d e l s i g l o X V H , en p e n s a d o r e s que n o d i c e n s e g u i r l o y q u e h a s t a l o c o m b a t e n . N o es l a E s c r i t u r a la q u e g u í a el p e n s a m i e n t o d e C o n d o r c e t ; n o p o r eso deja de c o n c e b i r l a i d e a d e t r a z a r u n " c u a d r o d e c o n j u n t o d e los p r o se d e c u r s u i r e g i m i n i s u n i v e r s i . " S a n B U E N A V E N T U R A , Breviloquium, Prol., 2, 4 , e n Tria opúsculo, edic. Q u a r a c c h i , 1 9 1 1 , p á g . 17. D e ahí l a conclusión de S a n B u e n a v e n t u r a : " E t sic p a t e t , q u o m o d o S c r i p t u r a describit successiones t e m p o r u m ; e t n o n s u n t a c a s u e t f o r t u n a , s e d m i r a l u x e s t i n eis e t m u l t a e i n t e l l i g e n t í a e s p i r i t u a l e s . " In Hexaemeron, c o i . 1 6 , 3 0 ; e d i c . Q u a r a c c h i , t. 5 , pág. 4 0 8 . G . L A N S O N , Bossuet, p á g . 2 9 0 ; c i t a d o p o r G . H A R D Y , Le "De civitate 1

0

Dei"

source

principóle

du Discours

sur l'Histoire

universelle.

París,

Leroux,

1913, p á g . 3. P u e d e vincularse a la m i s m a tradición, d e l a q u e p a r e c e ser l a m á s r e c i e n t e e x p r e s i ó n , l a o b r a d e J . DU P L E S S I S , Le sens de l'histoire. La caravane humaine, Le Roseau d'or. París, Plon, 1932.

LA

EDAD

MEDIA

Y

LA

HISTORIA

gresos d e l espíritu h u m a n o " ; s u filosofía d e l a h i s t o r i a está v a c i a d a e n el m o l d e c r i s t i a n o d e l o s témpora et aetates, c o m o si l a s u c e s i ó n d e las " é p o c a s " estuviese e n a d e l a n t e r e g u l a d a p o r el p r o g r e s o q u e el D i o s c r i s t i a n o a s e g u r a b a , s i n e l D i o s c u y o l u g a r h a o c u p a d o . E s u n caso típico d e u n a c o n c e p c i ó n filosófica salida d e u n a revelación, q u e l a r a z ó n cree h a b e r i n v e n t a d o y q u e ésta vuelve c o n t r a la revel a c i ó n a q u i e n se l a d e b e . C o r n t e y s u s " t r e s e s t a d o s " , q u e p r e p a r a n u n a religión d e la h u m a n i d a d h a c e pensar a veces e n u n Agustín ateo, cuya C i u d a d d e Dios b a j a r í a del cielo a l a tierra . E l " p a n t e í s m o " d e S c h e l l i n g , a l a s e g u r a r d e s d e a d e n t r o l a s u c e s i ó n d e las e d a d e s d e l m u n d o — d i e Weltalter— sienta e n la base d e la m e t a física u n a i n m a n e n c i a d i v i n a c u y a h i s t o r i a n o h a r í a s i n o e x p l i c a r el d e s a r r o l l o e n e l c u r s o d e l t i e m p o . H e g e l v a m á s l e j o s t o d a v í a . Ese g e n i o f i r m e vio c l a r a m e n t e q u e u n a filosofía d e l a h i s t o r i a i m p l i c a u n a filosofía d e l a g e o g r a f í a ; l a i n c l u y e , p u e s , e n su p o d e r o s a síntesis, q u e d o m i n a e n t e r a m e n t e el p r o g r e s o d i a l é c t i c o d e l a r a z ó n . L o s g r i e g o s s i n t i e r o n m u y p r o n t o q u e el m u n d o físico e s t á r e g i d o p o r u n p e n s a m i e n t o ; H e g e l les r e c o n o c e e s t o , p e r o t a m p o c o i g n o r a q u e e s a i d e a n o se o f r e c i ó a los h o m b r e s s i n o m á s t a r d e , e n e l C r i s t i a n i s m o , c o m o aplicable a la historia. L o q u e éste r e p r o c h a a ia n o c i ó n cristiana d e p r o v i d e n c i a es, e n p r i m e r lugar, q u e sea esenc i a l m e n t e t e o l ó g i c a y q u e se p l a n t e e c o m o u n a v e r d a d c u y a s p r u e b a s no son de orden racional; y también, a u n p a r a quien la acepta como tal, el q u e s e a d e m a s i a d o i n d e t e r m i n a d a p a r a s e r ú t i l : p u e s la cert i d u m b r e d e q u e los a c o n t e c i m i e n t o s siguen u n p l a n divino, q u e n o se n o s a l c a n z a , n o n o s a y u d a p a r a n a d a a v i n c u l a r esos a c o n t e c i m i e n t o s p o r m e d i o d e r e l a c i o n e s i n t e l i g i b l e s . N o es m e n o s c i e r t o q u e si l a f i l o s o f í a h e g e l i a n a d e l a h i s t o r i a se n i e g a a g a r a n t i z a r l a v e r d a d — d i e Wahrheit— d e l d o g m a d e l a p r o v i d e n c i a , se c o m p r o m e t e a d e m o s t r a r s u r e c t i t u d : die Richtigkeit — . A g r e g u e m o s s ó l o q u e b i e n se l o d e b e , p u e s t o q u e d e e l l o v i v e . P u e s l o q u e H e g e l n o s o f r e c e es t a m b i é n u n D i s c u r s o s o b r e l a h i s t o r i a u n i v e r s a l e n el q u e l a d i a l é c t i c a d e la r a z ó n d e s e m p e ñ a el p a p e l d e D i o s ; su a m b i c i ó n d e d a r n o s u n a interpretación inteligible d e la t o t a l i d a d d e la historia lleva la señal e v i d e n t e d e u n t i e m p o e n q u e el C r i s t i a n i s m o h a b í a i m p r e g n a d o t a n p r o f u n d a m e n t e a l a r a z ó n , q u e lo q u e ésta j a m á s h u b i e r a s o ñ a d o e m p r e n d e r sin a q u é l , cree p o d e r h a c e r l o , y h a c e r l o sin él. l

l

1 2

E s t u d i a n d o así la c o n c e p c i ó n m e d i e v a l d e la historia, n o s v e m o s l l e v a d o s a p r e g u n t a r n o s c ó m o los p e n s a d o r e s cristianos s i t u a b a n su p r o p i a p o s i c i ó n r e l a t i v a m e n t e a los q u e les h a b í a n p r e c e d i d o y a los 1

1

A. Comte

inscribió

d e s u Bibliothéque l'ílistoire universelle Como 1

2

siempre, C o m t e HEGEL,

la

Ciudad

de

Dios

de

San Agustín

en

el

catálogo

a

positiviste au XIX siecle. L e a g r e g a : " L e Discours sur p a r B o s s u e t , s u i v i d e VEsquisse historique p a r C o n d o r c e t . " tiene aquí conciencia de las continuidades

Philosophie

der

Ceschichte,

Einleit.,

edic.

Reclam,

históricas. pág. 46.

36a

EL

ESPÍRITU

DE LA FILOSOFÍA

MEDIEVAL

que les s e g u i r í a n . C u a n d o a l c a n z a e s e g r a d o d e s i s t e m a t i z a c i ó n , l a filosofía d e l a h i s t o r i a d e b e n e c e s a r i a m e n t e a b a r c a r h a s t a l a h i s t o r i a de la f i l o s o f í a . E l c i c l o d e e s t a e n c u e s t a se c e r r a r á , p u e s , a q u í s o b r e sí m i s m o . V o l v i e n d o a l o q u e f u é n u e s t r o p u n t o d e p a r t i d a y p l a n t e a n d o a l a s d o c t r i n a s q u e f u e r o n o b j e t o d e esos e s t u d i o s l a m i s m a c u e s t i ó n q u e me p l a n t e é , q u i s i e r a p r e g u n t a r l e s si l a r e l a c i ó n q u e l a s une a las f i l o s o f í a s g r i e g a s s e les p r e s e n t a b a c o m o p u r a m e n t e a c c i d e n t a l , o si para e l l a s n o r e s p o n d e a n e c e s i d a d e s i n t e l i g i b l e s y n o se injerta a s u v e z e n el c o n j u n t o d e u n p l a n divino. La E d a d M e d i a n o n o s h a d e j a d o n i n g ú n Discurso sobre la historia universal de la filosofía, p e r o h a escrito fragmentos y sobre todo se .ha colocado e l l a m i s m a e n el c o n j u n t o d e esa h i s t o r i a p o s i b l e c o n m u c h o m a y o r c u i d a d o d e l q u e se s u p o n e . A q u e l l o s h o m b r e s n o se h u b i e r a n a s o m b r a d o si se l e s h u b i e s e d i c h o q u e v i v í a n e n u n a e d a d "media", es decir, . t r a n s i t o r i a . E l R e n a c i m i e n t o , q u e p r o n t o i n v e n t ó la e x p r e s i ó n , era t a m b i é n u n a edad " m e d i a " . L o m i s m o o c u r r e c o n l a n u e s t r a , y la ú n i c a q u e p u d i e r a ser c o n c e b i d a d i f e r e n t e m e n t e d e p e n d e menos de la h i s t o r i a q u e d e l a e s c a t o l o g í a . T a m p o c o s e l e s h u b i e r a mortificado diciéndoles q u e eran u n a generación d e herederos. N i en religión, n i en metafísica, n i e n m o r a l , creyeron h a b e r l o i n v e n t a d o todo: s u misma c o n c e p c i ó n de l a u n i d a d d e l p r o g r e s o h u m a n o les vedaba c r e e r l o . M u y p o r l o c o n t r a r i o , e n c u a n t o c r i s t i a n o s , y a u n en el orden s o b r e n a t u r a l , a c o g í a n t o d o e l A n t i g u o T e s t a m e n t o e n el

Nuevo, y se sentían a s í r e g i d o s p o r l a e c o n o m í a p r o v i d e n c i a l d e l a r e v e l a c i ó n . Á eso se d e b e que c u a n d o se h a b l a d e f i l o s o f í a c r i s t i a n a sea i m p o s i b l e separar e l A n t i g u o T e s t a m e n t o d e l N u e v o , p u e s el Nuevo se i n c o r p o r a a l A n t i g u o , a t a l p u n t o q u é e n t o d a s p a r t e s d i c e s e g u i r l e , a u n en l o q u e se refiere, " a l g r a n m a n d a m i e n t o " , y a l m i s m o tiempo l o c o m p l e t a . I m p o s i b l e s e r í a q u e r e r f u n d a r u n a f i l o s o f í a c r i s tiana b a s á n d o s e s o b r e el E v a n g e l i o s ó l o , p u e s t o q u e h a s t a c u a n d o no c i t a a l A n t i g u o T e s t a m e n t o , l o s u p o n e . P o r e s o , e n e l p l a n p r o v i d e n c i a l , t a l c o m o lo c o n c e b í a n los h o m b r e s d e a q u e l t i e m p o , l a p r e d i c a c i ó n d e l E v a n g e l i o i n a u g u r a u n a " e d a d " d e l m u n d o q u e sigue a las p r e c e d e n t e s , r e c o g e s u s f r u t o s , a g r e g a o t r o s , y e n l a c u a l ellos mismos s e h a l l a n c o l o c a d o s . P o r l o d e m á s , ¿ n o e s , e n e l p l a n o r e l i gioso, la e d a d ú l t i m a , p u e s t o q u e l a ú n i c a q u e e n a d e l a n t e p u e d e s u c e d e r l e es l a e t e r n i d a d d e l r e i n o d e D i o s ? Los f i l ó s o f o s d e l a E d a d M e d i a r e c o n o c e n i g u a l m e n t e q u e s o n h e r e d e r o s e n el o r d e n d e l c o n o c i m i e n t o n a t u r a l , p e r o s a b e n p o r q u é heredan. N i n g u n o d e e l l o s d u d a d e q u e , e n t r e u n a y o t r a g e n e r a c i ó n , hay progresos de l a filosofía. N o s d i s c u l p a m o s d e r e c o r d a r q u e n o ignoraron esa e v i d e n c i a , p e r o e s m e n e s t e r h a c e r l o , p u e s t o q u e d e e l l o se l e s a c u s a . B a s t a n t e h i s t o r i a d e l a f i l o s o f í a h a b í a e n A r i s t ó t e l e s , p a r a enseñarles q u e , " s e m e j a n t e s a n i ñ o s q u e e m p i e z a n a h a b l a r y b a l b u cean", l o s p r e s o c r á t i c o s n o d e j a r o n a s u s s u c e s o r e s s i n o i n f o r m e s

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e n s a y o s d e e x p l i c a c i ó n d e l a s c o s a s . S a n t o T o m á s , q u e n o s lo r e c u e r d a , t u v o l a s a t i s f a c c i ó n d e t r a z a r l a h i s t o r i a d e los p r o b l e m a s y d e m o s t r a r c ó m o los h o m b r e s , c o n q u i s t a n d o el t e r r e n o p a s o a p a s o — p e d e lentim— f u e r o n p r o g r e s i v a m e n t e a c e r c á n d o s e a l a v e r d a d . L o s crist i a n o s d e l a E d a d M e d i a t i e n e n c o n c i e n c i a d e q u e les i n c u m b e r e c o g e r los f r u t o s d e e s a c o n q u i s t a , q u e n u n c a es t o t a l , y d e e n s a n c h a r l a . P r o v i d e n c i a l m e n t e se v e n c o l o c a d o s e n e l p u n t o d e c o i n c i d e n c i a en q u e t o d a l a h e r e n c i a d e l p e n s a m i e n t o a n t i g u o , a b s o r b i d a p o r l a revelación cristiana, v a a multiplicarse al céntuplo. El r e i n a d o de C a r l o m a g n o i m p r e s i o n ó a los e s p í r i t u s c o m o e l a d v e n i m i e n t o d e l a edad d e l a s l u c e s : hoc ternpore fuit claritas doctrinae, escribe S a n B u e n a v e n t u r a e n p l e n o s i g l o x m . E n t o n c e s f u é c u a n d o se e f e c t u ó esa translatio studii q u e , e n t r e g a n d o a F r a n c i a el s a b e r d e R o m a y d e A t e n a s , e n c a r g ó a R e i m s , C h a r t r e s y P a r í s el i n t e g r a r e s a h e r e n c i a a l a d e la S a b i d u r í a c r i s t i a n a , a d a p t á n d o l a . N a d i e m e j o r q u e el p o e t a C h r é t i e n d e T r o y e s h a d i c h o q u é o r g u l l o s o s se s i n t i e r o n los h o m b r e s d e l a E d a d M e d i a d e s e r los g u a r d i a n e s y los t r a n s m i s o r e s d e l a civil i z a c i ó n a n t i g u a (Gligés, 2 7 - 3 9 ) . S e c o n c i b e q u e u n p o e t a f r a n c é s dei s i g l o x i l l o c a n t a r a , a u n q u e n o f u é él q u i e n i n v e n t ó el a t r i b u i r l o a su p a t r i a . L a ' a n t i g u a t r a d i c i ó n del c r o n i s t a a n ó n i m o d e Saint-Gal! le p r e c e d e , V i c e n t e d e B e a u v a i s l e s e g u i r á ; m á s d e u n t e s t i g o lo a c o m p a ñ a . G u a n d o u n i n g l é s c o m o J u a n d e S a l i s b u r y v e a P a r í s en 1 1 6 4 , antes de la e x t r a o r d i n a r i a floración doctrinal d e la q u e será s e d e s u f u t u r a U n i v e r s i d a d , n o v a c i l a s o b r e el c a r á c t e r p r o v i d e n c i a l d e l a o b r a q u e a l l í se d e s a r r o l l a : veré Dominus est in loco isto, et ego nesciebarn; e n v e r d a d , el S e ñ o r e s t á e n e s t e l u g a r , y y o n o l o s a b í a . L a E d a d M e d i a e r a , p u e s , l l e v a d a p o r s u p r o p i a f i l o s o f í a d e la historia a colocarse en u n m o m e n t o decisivo del d r a m a i n a u g u r a d o p o r l a c r e a c i ó n d e l m u n d o . É s t a n o c r e í a q u e los e s t u d i o s h a b í a n s i d o s i e m p r e l o q u e l l e g a r o n a s e r d e s d e G a r l o m a g n o , n i q u e n o deb i e s e n p r o g r e s a r n u n c a m á s . T a m p o c o c r e í a q u e el m u n d o , h a b i e n d o p r o g r e s a d o h a s t a el s i g l o x m , s e g u i r í a p r o g r e s a n d o indefinidamente p o r el s o l o j u e g o d e l a s f u e r z a s n a t u r a l e s y e n v i r t u d d e u n a s u e r t e d e v e l o c i d a d a d q u i r i d a . C o n s i d e r a n d o a la h u m a n i d a d b a j o la p e r s p e c t i v a q u e le es p r o p i a , p e n s a b a m á s b i e n q u e j a m á s h a b í a d e j a d o d e c a m b i a r d e s d e el t i e m p o d e s u i n f a n c i a , q u e s e g u i r í a c a m b i a n d o , p e r o t a m b i é n q u e se h a l l a b a e n v í s p e r a s d e l a g r a n t r a n s f o r m a c i ó n f i n a l . J o a q u í n d e F l o r a p u e d e a n u n c i a r u n n u e v o E v a n g e l i o , el d e l E s p í r i t u S a n t o , p e r o q u i e n e s al p r i n c i p i o le siguen a c a b a n p r o n t o p o r reconocer que, después del d e Jesucristo, j a m á s h a b r á otro E v a n g e l i o . L a r g a m e n t e p r e p a r a d a p o r los A n t i g u o s , l a f i l o s o f í a 1 3

1 3

D e s d e ese p u n t o d e v i s t a c o n v i e n e a p r e c i a r l a g r a v e d a d d e l a crisis a b i e r t a p o r J o a q u í n de Flora. Predicar u n Evangelio del Espíritu S a n t o era trastornar c o m p l e t a m e n t e l a e c o n o m í a d e las e d a d e s d e l m u n d o ; S a n B u e n a v e n t u r a se opone directamente a Joaquín afirmando que no habrá más nuevo Evangelio

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d e s p u é s d e i d e J e s u c r i s t o : In Hexaem., col. 1 6 : "Post novura testamentum n o n e r i t a l i u d . . . " ; e d i c . Q u a r a c c h i , t. V , p á g . 4 0 3 . M e d i s c u l p o d e n o d e c i r a q u í lo q u e l a filosofía c r i s t i a n a d e b e a l a s filosofías m u s u l m a n a s y j u d í a s . M i v e r d a d e r a e x c u s a es q u e lo i g n o r o , y m i c o n s u e l o , q u e n a d i e lo sabe. Estoy p e r s u a d i d o d e q u e e s a d e u d a es c o n s i d e r a b l e , p e r o n o se c o n o c e r á n i s u n a t u r a l e z a n i s u e x t e n s i ó n , m i e n t r a s n o se i n t e n t e con ellas a u n q u e sólo sea u n ensayo provisional p o r el estilo d e l q u e a c a b o d e i n t e n t a r r e s p e c t o d e l a filosofía c r i s t i a n a . L o q u e p u e d o d e c i r sobre el p a r t i c u l a r se l i m i t a a a l g u n a s c o n s i d e r a c i o n e s m u y g e n e r a l e s . E n p r i m e r l u g a r , m e p a r e c e i m p o s i b l e c o m p a r a r l a s d e f i n i e n d o l a filosofía c r i s t i a n a c o n r e l a c i ó n al E v a n g e l i o solo, a b s t r a c c i ó n h e c h a d e l A n t i g u o T e s t a m e n t o , p u e s el A n t i g u o está e n el N u e v o : " N o v u m e n i m T e s t a m e n t u m in v e t e r i v e l a b a t u r , v e t u s T e s t a m e n t u m i n n o v o r e v e l a t u r " ( S a n A G U S T Í N , Sexmo 160, 6 ; Patr. lat., t. 3 8 , c o l . 8 7 6 ) . P o r e s o h e e m p l e a d o c o n s t a n t e m e n t e l a e x p r e s i ó n t r a d i c i ó n j u d e o - c r i s t i a n a , y se d e s t r u i r í a l a e s e n c i a d e l C r i s t i a n i s m o p r o c e d i e n d o d e o t r o m o d o . A h o r a b i e n : los á r a b e s y los j u d í o s h a n t r a b a j a d o , c o m o los c r i s t i a n o s , a l a d o b l e l u z d e l A n t i g u o T e s t a m e n t o y d e l a filosofía griega. E s m u y n a t u r a l , p u e s , q u e sus t r a b a j o s a y u d a r a n m u c h o a l a filosofía c r i s t i a n a a c o n s t i t u i r s e . S i n e m b a r g o , si l o s f i l ó s o f o s d e l a E d a d M e d i a l e s d e b e n m u c h o e n l a e l a b o r a c i ó n t é c n i c a d e los p r o b l e m a s , n o les d e b e n n i n g u n o d e sus p r i n c i p i o s , q u e d e r i v a n t o d o s d e l a E s c r i t u r a y d e los P a d r e s d e l a Iglesia. D e m o d o q u e a m e n u d o h a b r á p a r a l e l i s m o sin t o m a r l e s n a d a . A d e m á s , a u n d o n d e s e l e s h a t o m a d o , h a b r á q u e p r e g u n t a r s e si n o h a h a b i d o t r a n s f o r m a c i ó n . L o s j u d í o s n o t i e n e n ni el C o r á n ni el E v a n g e l i o ; los m u s u l m a n e s t i e n e n el C o r á n ; los cristianos t i e n e n el E v a n g e l i o ; y éstas son f u e n t e s p r o b a bles d e divergencias. E n fin, h a b r á q u e t e n e r e n c u e n t a diferencias p r o f u n d a s e n l a s c o n d i c i o n e s e n q u e esas filosofías se e l a b o r a r o n . L o q u e l l a m o filosofía c r i s t i a n a es l a o b r a p r o p i a d e los teólogos cristianos t r a b a j a n d o e n n o m b r e del Cristianismo m i s m o y p a r a él. C r e o q u e , e n cierta m e d i d a , t a m b i é n sería e l c a s o d e l o s f i l ó s o f o s j u d í o s ; m e p r e g u n t o si p o d r í a d e c i r s e l o m i s m o d e l o s f i l ó s o f o s m u s u l m a n e s . L a f i l o s o f í a " á r a b e " n o es n e c e s a r i a m e n t e " m u s u l m a n a " : l a d e A v e r r o e s lo es m u y p o c o y sería c o s a d e saber h a s t a q u é p u n t o lo es l a d e A v i c e n a . D e t o d o s m o d o s , e s a h i s t o r i a n o s p o n d r í a e n p r e s e n c i a d e u n m o v i m i e n t o m u y diferente a l d e l p e n s a m i e n t o c r i s t i a n o ; e n el s u p u e s t o d e q u e h a y a existido u n a "filosofía m u s u l m a n a " , lo q u e m e inclino a creer, n o se p u e d e p r e v e r c o n c e r t e z a p o r a n t i c i p a d o e n q u é difiere d e e l l a o se le p a r e c e l a "filosofía c r i s t i a n a " . H a s t a p o r eso es n e c e s a r i a l a h i s t o r i a d e las

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una forma que, en lo esencial, será definitiva. Rogerio Bacon, por más que esté insatisfecho, piensa que la "gran obra" quedará pronto perfeccionada. Luego, los pensadores cristianos no ven más que una Edad de luz, en que la sociedad, cada vez más completamente cristianizada, se integrará siempre más completamente a la Iglesia, asi como la filosofía se hallará cada vez más completamente en el seno de la Sabiduría cristiana. ¿Cuánto durará ese tiempo? Ninguno de aquellos que se lo preguntan lo sabe, pero todos saben que se está representando el penúltimo acto. Más allá, es la horrorosa peripecia del reinado del Anticristo. Se ignora si el emperador Carlos f u é el último defensor que la Iglesia esperaba, o si tras él habrá de llegar otro. Lo único cierto es que, quienquiera haya sido o quienquiera deba ser, luego de la llegada del campeón supremo comenzarán las grandes tribulaciones: post quera fit obscuritas tribulat.ionum. Pero no durarán sino un tiempo. Así como la pasión de Cristo es una tiniebla entre dos luces, el último asalto del mal contra el bien terminará en derrota. Pronto se abrirá la séptima edad de la humanidad, semejante al séptimo día de la creación, preludio del reposo eterno del día que no tendrá fin: "Entonces bajará del Cielo esa Ciudad •—aún no la de arriba, sino la de aquí abajo— la ciudad militante, tan conforme a la ciudad triunfante como le es posible serlo en esta vida. La ciudad será construida y restaurada tal como era en su principio, y también entonces reinará la paz. Sólo Dios sabe cuánto tiempo durará esta paz" . 1 5

Consideraciones apocalípticas cuyo detalle interesa menos que el espíritu y la promesa que las corona. Pax, la paz a la sombra de la cruz; prometida por Dios mismo — p a c e m relinquo vobis, pacem meam do vobis—, cuyo triunfo la filosofía, por más radicalmente incapaz que sea de darla, puede por lo menos favorecer integrándose a la Sabiduría cristiana. Ahí es donde ésta trabaja a su modo en el acabamiento del plan divino y prepara en cuanto es capaz el advenimiento de la Ciudad de Dios. Pues ella enseña la justicia y permanece abierta a la caridad. En ese sentido, la filosofía medieval no ideas. S i n e m b a r g o , m e p a r e c e seguro q u e l a filosofía c r i s t i a n a h a d e diferir m e n o s d e l a d e los j u d í o s o d e l a d e los m u s u l m a n e s , d e c u a n t o difieren sus religiones. L a filosofía, p o r el h e c h o d e q u e es r a c i o n a l , t i e n d e a l a u n i d a d ; los m i s t e r i o s religiosos, a u n c u a n d o i n f l u y a n s o b r e ella, n o se l e i n c o r p o r a n ; e l a p o r t e religioso del Evangelio, e n r a z ó n d e su m i s m a p r o f u n d i d a d , l a d o m i n a d e m á s alto a ú n . P o r eso l a filosofía c r i s t i a n a p o d r í a a p a r e c e r s i m u l t á n e a m e n t e c o m o m á s rica q u e l a s d e m á s , p e r o m á s p o b r e r e s p e c t o d e l a r e l i g i ó n d e q u e se n u t r e , q u e l a s d e m á s r e s p e c t o d e l a s s u y a s . A p o y a d a e n l a s u b s t a n c i a d e u n misterio insondable, n o p u e d e tener ilusión a l g u n a sobre sus límites. 1

5

S a n B U E N A V E N T U R A , Collat. in Hexaemeron, X V I , 29-30; edic. Q u a r a c c h i , t . V , p á g . 4 0 8 . S o b r e e l t e m a De translatione studii, e n q u e a q u í se i n s p i r a S a n B u e n a v e n t u r a , v é a s e E . G I L S O N , Humanisme medieval et Renaissance, e n Les idees et les lettres, París, J. V r i n , 1932.

EL ESPÍRITU DE LA FILOSOFÍA MEDIEVAL

366

a p a r e c e s ó l o c o m o s i t u a d a e n l a h i s t o r i a ; e s t a b l e c i é n d o s e e n el e j e del p l a n d i v i n o , t r a b a j a p a r a d i r i g i r l a . D o n d e r e i n a la j u s t i c i a social p u e d e h a b e r u n o r d e n y u n a c u e r d o d e h e c h o e n t r e las v o l u n t a d e s . D i g a m o s , si se q u i e r e , q u e p u e d e h a b e r u n a e s p e c i e d e c o n c o r d i a ; p e r o l a p a z es algo m á s , p u e s d o n d e h a y p a z h a y c o n c o r d i a , p e r o n o b a s t a q u e h a y a c o n c o r d i a p a r a q u e r e i n e l a p a z . L o q u e los h o m b r e s l l a m a n p a z n o es s i n o u n i n t e r v a l o e n t r e d o s g u e r r a s ; el e q u i l i b r i o p r e c a r i o c o n q u e e s t á h e c h a d u r a t a n t o c o m o el t e m o r m u t u o i m p i d e q u e se d e c l a r e n l a s d i s e n s i o n e s . P a r o d i a d e l a v e r d a d e r a p a z , e s e m i e d o a r m a d o , q u e e s s u p e r f l u o d e s c r i b i r a los h o m b r e s de nuestros días, p u e d e m u y bien m a n t e n e r cierto orden, pero n o b a s t a a d a r l a t r a n q u i l i d a d a los h o m b r e s . P a r a q u e l a t r a n q u i l i d a d ¡eeine es m e n e s t e r q u e el o r d e n s o c i a l s e a l a e x p r e s i ó n e s p o n t á n e a d e u n a p a z í n t i m a e n el c o r a z ó n d e los h o m b r e s . Q u e t o d o s los p e n s a m i e n t o s e s t é n d e a c u e r d o c o n s i g o m i s m o , q u e t o d a s las v o l u n t a d e s e s t é n i n t e r i o r m e n t e u n i f i c a d a s p o r el a m o r d e l b i e n s u p r e m o , y c o n o c e r á n l a a u s e n c i a d e d i s e n s i o n e s i n t e r n a s , l a u n i d a d , el o r d e n d e s d e a d e n t r o : e n fin, u n a p a z h e c h a d e la t r a n q u i l i d a d n a c i d a en ese o r d e n : pax est tranquillitas ordinis. P e r o si c a d a v o l u n t a d c o n c e r t a r a c o n s i g o m i s m a , t o d a s c o n c e r t a r í a n e n t r e sí. e n c o n t r a n d o c a d a u n a su p a z e n q u e r e r lo q u e c a d a u n a d e las o t r a s q u i e r e . E n tonces n a c e r í a t a m b i é n u n a sociedad v e r d a d e r a , f u n d a d a sobre la u n i ó n e n el a m o r d e u n m i s m o f i n . P u e s a m a r el b i e n , es p o s e e r l o ; a m a r l o c o n u n a v o l u n t a d n o d i v i d i d a es p o s e e r l o e n p a z , e n l a t r a n q u i l i d a d d e u n goce estable q u e n a d a a m e n a z a . L a filosofía m e d i e v a l e m p l e ó t o d a s s u s f u e r z a s e n p r e p a r a r el r e i n a d o d e u n a p a z q u e e l l a n o p o d í a d a r . T r a b a j a n d o e n l a u n i f i c a c i ó n d e los e s p í r i t u s p o r la constitución de u n cuerpo de doctrinas aceptable a toda razón, quería a s e g u r a r la u n i d a d í n t i m a d e las a l m a s y su a c u e r d o e n t r e ellas. E n s e ñ a n d o a los h o m b r e s q u e t o d o d e s e a a D i o s , i n v i t á n d o l o s a q u e t o m a r a n c o n c i e n c i a , p o r e n c i m a d e la infinita m u l t i p l i c i d a d de sus acciones, d e l r e s o r t e s e c r e t o q u e los m u e v e , l a filosofía c r i s t i a n a los p r e p a r a b a p a r a q u e a c o g i e r a n en ellos el o r d e n d e l a c a r i d a d y d e s e a r a n su rein a d o u n i v e r s a l . ¿ D ó n d e e s t á l a p a z v e r d a d e r a ? E n el a m o r c o m ú n d e l v e r d a d e r o b i e n : vera quidern pax non potest esse nisi área appetitum veri boni. 1 6

1

7

O b r e r a d e p a z , l a filosofía d e l a E d a d M e d i a e r a t a m b i é n la o b r a d e la P a z , y p o r eso m i s m o e r a la o b r e r a . T o d a la historia t i e n d e h a c i a l a t r a n q u i l i d a d s u p r e m a d e l a r e p ú b l i c a d i v i n a , c o m o h a c i a su t é r m i n o , p o r q u e D i o s , c r e a d o r d e los h u m a n o s q u e h a c i a É l c a m i n a n e n el t i e m p o , es É l m i s m o P a z . N o l a a m e n a z a d a i n c e r t i d u m b r e d e u n a c o n c o r d i a p r e c a r i a corno la n u e s t r a ; ni siquiera a d q u i r i d a al precio 1 6

Santo

TOMÁS

DE

1 7

Santo

TOMÁS

DE A Q U I N O ,

AQUINO,

Sum. Sum.

theol., theol.,

II* - I I " , 2 9 ,

1,

ad

R A

1 .

I I " - I I " , 2 9 , 2 , a d 3°'.

LA

EDAD

MEDIA

36

Y LA HISTORIA

7

d e u n a u n i f i c a c i ó n i n t e r n a , p o r m á s p e r f e c t a q u e se l a q u i e r a c o n c e b i r . D i o s es P a z , p o r q u e es el U n o , y es e l U n o , p o r q u e es e l S e r . A s í , p u e s , c o m o c r e a seres y u n i d a d e s , a s í t a m b i é n c r e a p a c e s . A l o r i e n t a r h a c i a Él las inteligencias y las v o l u n t a d e s p o r el conocimiento y p o r el a m o r d e l c u a l h e m o s v i s t o q u e É l es e l o b j e t o s u p r e m o , D i o s c o n f i e r e a l a s c o n c i e n c i a s l a t r a n q u i l i d a d q u e l a s u n i f i c a y, u n i f i c á n d o l a s , l a s u n e . E f e c t o c r e a d o d e l a p a z d i v i n a — q u o d divina pax effective in rebus producit—, esa t r a n q u i l i d a d atestigua, pues, a su m o d o , la eficiencia c r e a d o r a d e u n a P a z s u p r e m a y subsistente a la eme d e b e su existencia: causalitatem effectivam divinae pacis. Sin duda, esa p a z divina no se n o s a l c a n z a , c o m o D i o s m i s m o s , p u e s t o q u e c o n É l s e c o n f u n d e : p e r o v e a m o s las participaciones finitas e n la u n i d a d d e las esencias, e n l a a r m o n í a d e l a s l e y e s q u e u n e n e n t r e sí a los s e r e s físicos y e n la, q u e l a s l e y e s s o c i a l e s se e s f u e r z a n p o r h a c e r r e i n a r e n t r e l o s h o m b r e s , p o r la razón. Pues la P a z lo p e n e t r a todo, d e cabo e n cabo, u n i e n d o f u e r t e m e n t e t o d a s l a s c o s a s e n t r e s í , y a t r a y é n d o l a s a sí c o n d u l z u r a , E n c a r a r l a filosofía c r i s t i a n a e n este a s p e c t o n o es, p u e s , sólo v e r l a t a l c o m o e l l a m i s m a se v i o e n l a h i s t o r i a ; es v e r l a e n l a o b r a , p u e s l a hizo. N o la hizo c o m o hubiese e m e n d o , n i siquiera la hizo siempre c o m o d e b i e r a , p u e s n o e r a s i n o u n a f i l o s o f í a , es d e c i r , u n a f u e r z a h u m a n a t r a b a j a n d o e n u n a o b r a m á s q u e h u m a n a . P o r lo m e n o s , t o d a la g r a n d e z a q u e l e g í t i m a m e n t e p u e d e atribuirse d e p e n d e d e la fidelidad d e q u e d i o p r u e b a s respecto d e su p r o p i a esencia. E l espíritu d e l a filosofía m e d i e v a l n o h a c e sino u n o c o n el d e l a filosofía c r i s t i a n a . F u é f e c u n d a , c r e a d o r a , m i e n t r a s se i n c o r p o r ó v o l u n t a r i a m e n t e a u n a S a b i d u r í a q u e vivía d e fe y d e c a r i d a d . L o s p e n s a d o r e s cristianos sint i e r o n h a s t a l a a n g u s t i a l a e s t r e c h e z d e los límites d e l a c r i s t i a n d a d m e d i e v a l : boni igitur paucissirni respecta rnalorum Christianorurn, et nulli sunt respectu eorum qui sunt extra statum salutis. Sin embargo, a u n e n e s e e s t r e c h o límite, l a filosofía c r i s t i a n a p o d í a vivir. M u r i ó p r i m e r o p o r s u s p r o p i a s d i s e n s i o n e s , y s u s d i s e n s i o n e s m i s m a s se m u l t i p l i c a r o n e n c u a n t o se t o m ó p o r u n fin e n l u g a r d e o r d e n a r s e h a c i a esa S a b i d u r í a q u e e r a al m i s m o t i e m p o su fin y su p r i n c i p i o . A l b e r tistas, tomistas, eseotistas, o c c a m i s t a s c o n t r i b u y e r o n a la r u i n a d e l a filosofía m e d i e v a l , e n l a m e d i d a e x a c t a e n q u e d e s c u i d a r o n l a i n v e s t i g a c i ó n d e l a v e r d a d p a r a a g o t a r s e e n l u c h a s estériles sobre el sentido de las fórmulas q u e la expresan. L a multiplicidad de fórmulas n o h u b i e r a t e n i d o i n c o n v e n i e n t e a l g u n o , m u y p o r l o c o n t r a r i o , si e l s e n t i d o c r i s t i a n o q u e a s e g u r a l a u n i d a d n o se h u b i e s e o b s c u r e c i d o y a v e c e s 1

8

1

1

8

1

9

9

S a n t o T O M Á S DE A Q U I N O , In de Div. Nom., c a p . x i , l e c t . 1 ; e d i c . M a n d o n n e t , t . 2 , p á g s . 6 0 1 - 6 0 2 . L é a n s e t a m b i é n l a s l e c c i o n e s 2 y 3 , ibid., p á g s . 6 0 5 ¬ 620, q u e enseñan c o n a m p l i t u d y sensible emoción los f u n d a m e n t o s metafisicos de la p a z cristiana. tium";

V é a s e t o d o e s t e t e x t o d e R . B A O O N , Un fragment inédit edic. P . D u h e m , Q u a r a c c h i , 1 9 0 9 , págs. 164-165.

de V "Opas

Ter-

368

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

perdido. En cuanto faltó, el pensamiento medieval no fué más que un cadáver inanimado, un peso muerto bajo el cual se hundió en el suelo preparado por él, único sobre el cual podía construir. Pues era el gran obrero de una cristiandad que no podía vivir sin él y sin el cual ésta no podía vivir. Por no haber sabido mantener la unidad orgánica de una filosofía verdaderamente racional y verdaderamente cristiana, la escolástica y la cristiandad se hundieron simultáneamente bajo su pro­ pio peso. * Hagamos votos por que al menos la lección no se pierda. No es la ciencia moderna, esa gran fuerza unitiva de los espíritus, la que des­ truyó la filosofía cristiana. Guando nació la ciencia moderna ya no había más filosofía cristiana viva para acogerla y asimilarla. Esta obrera dé paz murió de la guerra; la guerra nació de la rebelión de los egoís­ m o s nacionales contra la cristiandad, y esa misma revuelta, que la filosofía cristiana debió prevenir, vino de las disensiones internas que padeció por haber olvidado su esencia, que era de ser cristiana. Divi­ dida contra sí misma, la casa se derrumbó. Quizá sea tiempo todavía de intentar reconstruirla; mas, para que la filosofía cristiana renazca, es menester también que nazca una cristiandad nueva y que aprenda a mantenerse con sabiduría. Es el único clima en que puede respirar. 1

C A P Í T U L O XX LA

LLEGADOS mente No

al término

el deseo

para

EDAD

MEDIA

de esta

d e volvernos

tratar

Y LA

FILOSOFÍA

investigación hacia

d e justificarlos

experimentamos

ella p a r a

por última

extraer

sus

natural-

resultados.

v e z : es d e m a s i a d o

tarde;

antes bien p a r a definirlos, y quizá a n t e t o d o p a r a decir q u é n o p o d í a n ser, y p o r c o n s i g u i e n t e lo q u e n o s o n . H e p l a n t e a d o el p r o b l e m a d e la filosofía m e d i e v a l e n u n p l a n o piamente

histórico,

propiamente

y por tanto

históricas.

resultado inmediato

Ciertas

espero o

haber

falsas,

llegado

a

lo s o n h i s t ó r i c a m e n t e ,

d e b i e r a ser, a n t e t o d o , a f e c t a r

de q u e la

legitimidad

de

tal

y

la enseñanza

h i s t o r i a d e las filosofías m e d i e v a l e s . Q u i z á n o n o s h a y a m o s ciente' cuenta

enseñanza

pro-

conclusiones su

de la

dado

sufi-

presenta

un

verdadero problema. Si S a n Agustín n o hace m á s q u e repetir a Platón, si S a n t o

Tomás

comprendidas,

o Duns

Escoto

es p e r f e c t a m e n t e

sólo dicen inútil

teorías

estudiarlos;

d e Aristóteles por

mal

lo m e n o s

es

i n ú t i l d e s d e el p u n t o d e v i s t a d e l a h i s t o r i a d e l a filosofía, y l a exist e n c i a d e u n g r a n v a c í o e n t r e P l o t i n o y D e s c a r t e s se justifica p o r eso m i s m o . E l h i s t o r i a d o r s ó l o p u e d e r e f e r i r l o q u e h a s u c e d i d o ; si n o h a ocurrido nada comienzo

e n filosofía,

de la E d a d

e n t r e el final

Moderna,

el v a c í o

del pensamiento n o está

griego y el

e n la historia

sino

p o r q u e se h a l l a e n l a s c o s a s , y l a h i s t o r i a n o t i e n e n a d a q u e r e p r o c h a r s e . M u y d i s t i n t o s e r á si l o e s e n c i a l d e l a s c o n c l u s i o n e s p r e c e d e n t e s es v e r dadero. Santo

Supuesto Tomás

e n la E d a d conceda es

Media

alguna

enseñarla. 1

que San Agustín

o Duns

Escoto

posee u n objeto

importancia,

haya

agregado

algo

a Aristóteles, la historia propio;

recordando

a

Platón,

de la

se m e d i s c u l p a r á

que hay gente

cuyo

y

filosofía q u e le oficio

1

U n problema parecido se planteó respecto d e l a Historia del Arte en la E d a d M e d i a . E n s u a d m i r a b l e l i b r o s o b r e L'art des sculpteurs romans ( P a rís, E . L e r o u x , 1 9 3 1 ) , H . Focillon llegó a l a c o n c l u s i ó n d e q u e " l a plástica m o n u m e n t a l e n l o s s i g l o s XI y x n n o e s n i u n a s p e c t o l e j a n o y c o m o p r o v i n c i a l de las artes d e O r i e n t e n i u n a declinación d e l arte helénico". T r a t ó , pues, d e s e p a r a r " l o s c a r a c t e r e s d e s u a u t o n o m í a " ( I n t r o d u c c i ó n , p á g . 1 0 ; cf. p á g . 6 0 ) . E s e n c i a l m e n t e plásticos, los análisis d e H . Focillon n o p l a n t e a n l a cuestión de lo q u e la escultura medieval puede deber al Cristianismo. Sin embargo, se a c e r c ó a e l l a e n u n p a s a j e e n e l q u e e s c r i b e q u e e l a r t e r o m á n i c o " c r e a l a h u m a n i d a d q u e él n e c e s i t a . P e r o é s t a n o es p a r a él servil y g r o s e r a . L a

37o

EL

ESPÍRITU

Reconozcamos, secundaria,

DE

LA FILOSOFÍA

sin e m b a r g o ,

pues

MEDIEVAL

q u e ese p u n t o

los profesores

d e historia

sólo

tiene

h i s t o r i a , s e a n c u a l e s s e a n s u s i l u s i o n e s s o b r e el p a r t i c u l a r . cuestión y

es eme, q u e r i e n d o

habiéndolo

limitar son

doblemente

solidarias

fundan; bastan

dejan a

validez.

trazar

vana

y

Cristianismo demostrar en

un

será

hasta

para

comparativo

el

Saccas.

misma,

realmente de

de

y

semejante

aun

cuando

cambio,

investigación nada

si P l a t ó n

en

discusión,

ha

sido

debe,

pues,

tan

lejos

y si e n s e ñ a r o n

de

e n el m i s m o

c o n la antigüedad.

n i el d e s c u b r i m i e n t o ,

(pág. 4 3 ) . La

Historia

Arqueología

d e l a filosofía

en la Edad

de

se

Aún

la

Edad

al

Cris-

plantean

efectuada

la

es casi i m p o s i b l e

griego mismo

la

impre-

c o n el p e n s a m i e n t o

griego,

de

enseñado

sentido

su

sobre

aquello

autor. los

Si Platón

y Aristóteles

d e Dios. El h o m b r e

q u e se fueron

románico

opina

Media,

esté

descubriendo,

la autonomía

d e su

una

monon o es la

l u e g o d e siglos d e o l v i d o , d e l h o m b r e quizá

En

puntos

d e la Biblia, se h a c o m e t i d o

medieval

es

selec-

mostrar

El método

las intenciones

ya habían

p o r la influencia

prueba.

anterior

que

toma-

interpretación

de

griego

c o n Plo-

dar inevitablemente

injusticia

el

difícil

textos,

cuya

agrega.

y

misma

q u e el p e n s a m i e n t o

cristiano

u n a grave

Aristóteles

lo

he

contemporáneas, sucede

nombre

principales,

propia

comparar

de cotejar

suponiendo

evidencia,

como u n aspecto del pensamiento

descendencia guo"

esté y

descubierto

real injusticia ama

igual

su

medieval

¿Cómo

particulares

va-

que no

que no

lo q u e los filósofos

Por último,

lo q u e el p e n s a m i e n t o

sión d e q u e se c o m e t e

el

sean

la historia

lo m i s m o

del pensamiento

ción inicial d e algunos p r o b l e m a s con

a

éstas

q u e se

q u e es s u m a m e n t e

a hechos

merecer

problemas

indefinido.

Y

a

filosofía

pensamiento 2

se l l e g a r á

para

la

que aquí

Tratando

el q u e se a t i e n e

número

simultáneamente,

de

nada

es n a t u r a l

c o n trazarlo,

formas

arbitraria

para

prácticamente

entrega

quita

de

creo

las influencias?

Ammonio

conocieron

tianismo,

no

hablando,

se g a n a r í a

demasiado

Media

existencia

que nada

dos e n su materialidad

en

q u e las excede,

c o n ej fin del estoicismo, puesto

tino y su maestro

históricas

consideraciones

cuya

debido

Por u n a parte,

q u e esas

P o r lo demás,

obraron

medieval he

filosófico

cuadro

realmente,

cristiana,

suponiendo

históricamente

d e la

verdadera

d e la filosofía

filosofía

consideraciones

griega.

q u é sentido

más:

las

final

L a

un problema

pero

bien:

la

d e m i s conclusiones.

de

parte,

resolver,

la filosofía

sería

valor

abierto

Ahora

pretendido de

del

u n espíritu

c o n el d e

el a l c a n c e

p o r otra

lederas,

extraer

identificado

importancia

n o son la causa

anti-

como

la

objeto.

2

T a m b i é n p u e d e consultarse c o n p r o v e c h o , sobre ese p u n t o , el trabajo y a a n t i g u o d e l a b a t e D o o R i r , Du stoicisme et du christianisme consideres dans

leurs rapports,

leurs

différences

et l'influence

respective

qu'ils

ont exercée

sur

les mceurs, P a r í s , D u b u i s s o n , 1 8 6 3 ( e n 8 ' , 3 2 0 p á g s . ; a ú n se e n c u e n t r a e n la l i b r e r í a f i l o s ó f i c a d e J . V r i n ) . E l l i b r o l l e g a a l a c o n c l u s i ó n d e la i n f l u e n c i a d e l C r i s t i a n i s m o e n e l b a j o e s t o i c i s m o , p e r o l a s c o m p a r a c i o n e s d e t e x t o s en q u e e l a u t o r i n s i s t e , p o r m u y i n t e r e s a n t e s q u e s e a n , m u e s t r a n s o b r e t o d o los límites d e s e m e j a n t e m é t o d o .

LA

EDAD

MEDIA

Y

LA

371

FILOSOFÍA

teístas, si identificaron la noción de Dios con la noción de Ser y enseñaron la creación de la materia; si, como no se ha temido sostener, los motores inmóviles de Aristóteles, aunque increados, eternos y necesarios, no son sino Ángeles tomistas, creados en el tiempo y contingentes; si, al mismo tiempo que su ser, la relación que la mente y la voluntad del hombre mantienen con Dios es la de criatura a creador, de ser a Ser, tanto entre los griegos como entre los cristianos, entonces la tesis central de este libro es históricamente falsa y no hay más q u e rechazarla. Los historiadores tienen competencia para decirlo, con tai que consientan discutir el problema en el mismo plano en que ha sido planteado. Eso no es todo. Aun cuando la cuestión ha sido abordada partiendo de los hechos, la respuesta que le doy pretende traer una contribución positiva a un problema mucho más vasto que el del espíritu de la filosofía medieval: el de la filosofía cristiana. Aquí también importa precisar las posiciones, pues no siempre son tan netas como tenemos el derecho de esperar. La conclusión que se desprende de este estudio, o más bien el eje que la atraviesa de cabo a cabo, es. que todo sucede como si la revelación judeocristiana hubiese sido una fuente religiosa de desarrollo filosófico, siendo la Edad Media latina, en el pasado, ei testigo por excelencia de ese desarrollo. Esta tesis podrá ser tachada de apologética, pero, si es verdadera, el hecho de que pueda servir para fines apologéticos no le impide ser verdadera; si es falsa, no lo es porque se la pueda utilizar con ese fin. La cuestión es, pues, saber si es verdadera, cada cual quedando libre de utilizarla como le parezca. Lo q u e , 3

4

3

P o r eso n o h e d a d o a estas lecciones, c o m o l o p e n s é d u r a n t e mucho t i e m p o , e l t í t u l o d e Ensayo sobre la filosofía cristiana. N o sólo pienso q u e el p r o b l e m a d e l a filosofía c r i s t i a n a es m á s filosófico q u e h i s t ó r i c o , sino q u e , a u n e n el t e r r e n o d e l a historia p u r a , n o creo q u e h a y a el d e r e c h o d e i d e n tificar filosofía c r i s t i a n a y filosofía m e d i e v a l . H u b o e n l a E d a d M e d i a filosofías n o c r i s t i a n a s ( á r a b e s , j u d í o s , a v e r r o í s t a s l a t i n o s ) , y a u n q u e n o son c a r a c terísticas del espíritu d e l a E d a d M e d i a , d e d e r e c h o f o r m a n p a r t e d e su historia. P o r o t r a p a r t e , h a y filosofías c r i s t i a n a s n o m e d i e v a l e s , y a c o m o p r e p a r a t o r i a s d e éstas, y a inspiradas e n ellas. N o son, pues, las " c i r c u n s t a n c i a s " , a p e s a r d e lo q u e se d i g a , las q u e o r i e n t a r o n l a e l e c c i ó n d e este t i t u l o . 4

Sería u n e r r o r creer q u e los católicos d e b e n e c h a r s e c o n avidez sobre s e m e j a n t e tesis, p o r q u e p u e d e ser u t i l i z a d a c o n fines a p o l o g é t i c o s . Algunos d i r á n , p o r lo c o n t r a r i o , q u e e l catolicismo n o l a necesita, y n a d a es m á s cierto. H a s t a es d e m a s i a d o c i e r t o , p u e s l o es d e t o d a a p o l o g é t i c a , y n o d e b e m o s olvidar q u e la v e r d a d n u n c a tiene n e c e s i d a d d e apologías, sino nosotros, p a r a l l e g a r a e l l a . P o r l o d e m á s , h a y a p o l o g í a s f r a g u a d a s , e n l a s q u e se j u z g a q u e es b u e n o t o d o lo q u e p a r e c e dirigirse e n el s e n t i d o d e c i e r t a c a u s a ; perjudican a su v e r d a d antes q u e servirla. L a s h a y i n t e n c i o n a l m e n t e construidas, p e r o honestas ( a l g u n a s d e ellas a d m i r a b l e s ) ; son útiles, p e r o n o fund a n l a v e r d a d y necesitan m á s d e ésta, q u e ésta d e aquéllas. P o r último, las h a y q u e s o n hallazgos y q u e e l e s t u d i o d e l o s h e c h o s h a i m p u e s t o a u n a c o n ciencia a l a q u e todo p r e v e n í a c o n t r a ella. E s el caso d e estas lecciones, q u e n o t o m a r o n esta f o r m a sino l e n t a m e n t e y e n c o n t r a d e lo q u e yo e s p e r a b a . A c e p t o , p u e s , a . la v e z el r e p r o c h e d e los q u e m e t r a t a n d e apologista, p u e s

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por lo contrario, la colocaría fuera de la filosofía y fuera de la misma historia de la filosofía, sería sostener que, si es verdadera, todo lo que ha sufrido, directamente o no, la influencia de una fe religiosa ha dejado por eso mismo de tener un valor filosófico. Pero éste no es sino un postulado "racionalista" directamente contrario a la razón; porque, en fin, si ha habido una filosofía medieval, ésta no invoca más que su valor racional; de modo que no nos libraríamos de ella ignorándola a priori, o criticando en su lugar los contrasentidos que con ella se cometen. Una filosofía puede invocar una revelación y ser falsa, pero no porque en ella se inspire, sino porque es una mala filosofía: los errores de Malebranche, tan profunda y auténticamente cristiano, serían buen ejemplo de ello; pero una filosofía puede inspirarse en una revelación y ser verdadera, y, si es verdadera, es porque es una buena filosofía. A partir del momento en que la razón se tornara exclusivista, perdería el derecho de juzgar. ¿Debo decir que no me ilusiono en cuanto a la eficacia de mi observación? Ésta no cambiará en nada las posiciones establecidas, pero autoriza cuando menos a pedirles que sean francas y acepten ellas mismas las consecuencias que derivan de sus principios. En nombre del postulado que yo contesto podrá negarse a los sistemas elaborados por los pensadores de la Edad Media el título de filosofías, pero si se establece que sus posiciones maestras les pertenecen en propiedad y no son una simple herencia de los griegos, habrá que reconocer al mismo tiempo que todo cuanto las metafísicas clásicas heredaron de la Edad Media, a partir del siglo xvu, basta para ponerlas ipso fado fuera de la filosofía. No bastará con que una tesis metafísica haya olvidado su origen religioso para que se. transforme en racional. Había que espulsar, pues, de la filosofía, al mismo tiempo que de su historia, con el Dios de Descartes, el de Leibniz, el de Malebranche, el de Spinoza, el de Kant, pues tanto éstos como el de Santo Tomás no existirían sin el del Antiguo y Nuevo Testamento, Augusto Comte tendría entonces razón: la metafísica de los modernos no sería sino la sombra proyectada de la teología medieval, y sin serio inconveniente podrían relegarse una y otra a una rama de la arqueología mental, puesto que han sido sobrepasadas. Lo que dejaría de ser franco sería pretender que el valor de las metafísicas modernas se debe a que están desvinculadas de toda inspiración religiosa, cuando de ella han nacido y se nutren, y negar audiencia a las metafísicas de la Edad Media, porque tienen l a honesn o p u e d o sostener la f e c u n d i d a d filosófica del C r i s t i a n i s m o sin h a c e r su a p o logía, y d e los q u e m e d i c e n q u e el C r i s t i a n i s m o n o l a necesita, p u e s mis libros n o e x i s t i r í a n sin él, q u e e x i s t i r í a lo m i s m o sin éstos. L o ú n i c o q u e m e p a r e c e e q u i t a t i v o a g r e g a r e s q u e si e l C r i s t i a n i s m o e j e r c i ó verdaderamente i n f l u e n c i a e n e l d e s a r r o l l o d e l a f i l o s o f í a , q u e e s t o l e h o n r e o n o , es u n h e c h o . L a historia tiene, pues, el deber de señalarlo y la discusión debiera limitarse a l a r e a l i d a d d e ese h e c h o .

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t i d a d d e confesar q u e d e ella n a c i e r o n y se n u t r i e r o n . Si la i g n o r a n c i a e n q u e h o y se m a n t i e n e a las f i l o s o f í a s d e l a E d a d M e d i a n o t i e n e o t r o s m o t i v o s , t o d o l a a u t o r i z a a e x t e n d e r s e a los t i e m p o s m o d e r n o s ; a u n m e a t r e v o a p r e d e c i r l e o t r a s c o n q u i s t a s , si, e l i m i n a n d o d e l p e n s a m i e n t o griego t o d o c u a n t o éste d e b e a i n f l u e n c i a s religiosas, se d e j a l l e v a r h a c i a el p a s a d o . T o m e m o s , p u e s , a l a f i l o s o f í a d e l a E d a d M e d i a t a l c u a l se p r e s e n t a a n o s o t r o s y r e c o n o z c a m o s , a d e m á s , q u e e l p r o b l e m a se b a s t a , p u e s a q u é l l a ofrece al h i s t o r i a d o r d e las i d e a s u n e s p e c t á c u l o b a s t a n t e sorp r e n d e n t e p a r a q u i e n t r a t a d e c o m p r e n d e r l o . E s i m p o s i b l e a b r i r las Sumas teológicas o los Comentarios sobre las Sentencias sin e n c o n t r a r l o s r e p l e t o s d e t e x t o s c u y o o r i g e n g r i e g o n o es d u d o s o y d e g l o s a s s o b r e esos t e x t o s . L a b i b l i o t e c a d e u n t e ó l o g o m e d i e v a l c o n t e n í a e n p r i m e r lugar la Biblia; luego Aristóteles; después comentarios sobre A r i s t ó t e l e s , c o m o los d e A l b e r t o M a g n o o l o s d e S a n t o T o m á s ; p o r ú l t i m o , si s u s m e d i o s se l o p e r m i t í a n , s u p e r c o m e n t a r i o s q u e c o m e n t a b a n los c o m e n t a r i o s , c o m o J u a n d e J a n d u n h i z o c o n A v e r r o e s , y, c e r r a n d o el t o d o , u n m o n t ó n d e C u e s t i o n e s d i s c u t i d a s p a r a s a b e r l o q u e t o d o e s o q u e r í a d e c i r . A l m i s m o t i e m p o , p o r p o c o q u e se l o s m i r e c o n c u i d a d o , esos c o m e n t a r i o s d e j a n l a i m p r e s i ó n d e t a l l i b e r t a d q u e a m e n u d o h a n s i d o a c u s a d o s d e i n f i d e l i d a d . P o r lo d e m á s , ¿ c ó m o n o h a b í a d e s e r así, p u e s t o q u e , t r a t á n d o s e d e l m i s m o t e x t o , n o d e j a n d e c o n t r a d e c i r s e ? C a d a c u a l e n c u e n t r a s i e m p r e e n el i n a g o t a b l e a r s e n a l d e A r i s tóteles la frase q u e n e c e s i t a p a r a j u s t i f i c a r su p r o p i a p o s i c i ó n . Es q u e , s e g ú n l a f r a s e d e u n v i e j o a u t o r , " l a n a r i z d e l a a u t o r i d a d es d e c e r a : se le d a v u e l t a d e l l a d o q u e u n o q u i e r e " . ¿ A q u i é n se e n g a ñ a , p u e s , a q u í ? O b i e n l a E d a d M e d i a t o m ó e n serio a l a filosofía g r i e g a , y d e b e reconocerse e n t o n c e s q u e la i n t e r p r e t a c i ó n q u e d e ella nos d a n o es n i f i l o s ó f i c a m e n t e c o h e r e n t e , n i h i s t ó r i c a m e n t e f i e l ; o b i e n i a o b r a e m e a q u é l l a p e r s e g u í a n o t e n í a r e l a c i ó n a l g u n a c o n l a d e los griegos, y entonces, ¿ p o r q u é S a n B u e n a v e n t u r a y S a n t o T o m á s , en vez d e d e d i c a r s e v a l i e n t e m e n t e a la c o n s t i t u c i ó n d e u n a filosofía específic a m e n t e c r i s t i a n a , o r i g i n a l y n u e v a , se v i s t i e r o n c o n j i r o n e s a r r a n c a d o s al p e n s a m i e n t o a n t i g u o , a riesgo d e p a r e c e r cristianos disfrazados d e g r i e g o s , es d e c i r , h o m b r e s q u e y a n o s e r í a n n i g r i e g o s n i c r i s t i a n o s ? S i n e m b a r g o , m e n o s c r i s t i a n o s o m e n o s g r i e g o s , n o h u b i e s e n s i d o filósofos. L a E d a d M e d i a es u n t o d o b a s t a n t e c o m p l e j o p a r a q u e e n e l l a p u e d a n e n c o n t r a r s e las e x p e r i e n c i a s cruciales n e c e s a r i a s a la verific a c i ó n d e s e m e j a n t e s hipótesis. P u e d e s a b e r s e lo q u e h u b i e r a sido la e n s e ñ a n z a d e l a f i l o s o f í a e n l a s U n i v e r s i d a d e s d e l s i g l o x m si a q u é l l a se h u b i e s e s u b s t r a í d o d e l i b e r a d a m e n t e a l a s i n f l u e n c i a s d e l m e d i o c r i s t i a n o . A v e r r o e s i n t e n t ó el e x p e r i m e n t o c o n e l I s l a m ; los a v e r r o í s t a s l o r e n o v a r o n s i n d e s c a n s o e n t i e r r a s d e c r i s t i a n d a d . E l r e s u l t a d o es s a b i d o : c o m p l e t a e s t e r i l i d a d filosófica. P u e d e d i s c u t i r s e y sin d u d a

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se d i s c u t i r á s i e m p r e l a f i d e l i d a d d e l a i n t e r p r e t a c i ó n d e a q u é l l o s , p u e s n o t e n e m o s m e n o s A r i s t ó t e l e s d e los q u e l a E d a d M e d i a c o n o c i ó ; p e r o é s a n o es l a c u e s t i ó n , p u e s si se les p u d i e r a p r o b a r q u e le h a n a g r e g a d o a l g o , esos h o m b r e s , c u y o i d e a l m i s m o e r a u n a a u s e n c i a t o t a l de o r i g i n a l i d a d , q u e d a r í a n c o n s t e r n a d o s . ¡ R e c u é r d e n s e las invectivas de Averroes c o n t r a Avicena, cogido en flagrante delito de "inventar" a l g o ! L a filosofía g r i e g a c o n a g r e g a d o d e la r e v e l a c i ó n c r i s t i a n a sobrevivió, p u e s , e n esa m e z c l a d e Aristóteles y d e n e o p l a t o n i s m o , d u r ó v a r i o s siglos, d e s d e el x m h a s t a el x v i , y a l a f e c h a n o se c o n o c e u n a i d e a o r i g i n a l s a l i d a d e e l l a . S i se l a m e n t a q u e l a E d a d M e d i a , e m p l e a n d o l a f i l o s o f í a g r i e g a , n o se p r i v a r a d e a b a n d o n a r s u l e t r a , o si, i n v e r s a m e n t e , p a r a c o m o d i d a d d e l a h i s t o r i a a m i g a d e las s i m p l i f i c a c i o n e s l i n e a l e s , q u i e r e v e r s e u n a E d a d M e d i a e n t r e g a d a a l m á s sist e m á t i c o p s í t a c i s m o , a h í e s t á n los a v e r r o í s t a s p a r a s a t i s f a c e r l o s . E l " i p s e d i x i t i s m o " les es p r o p i o , p e r o n o l o es d e S a n B u e n a v e n t u r a , ni de S a n t o T o n l á s de A q u i n o . N a d a g a n a n c o n e l l o , p u e s p r e c i s a m e n t e es lo q u e se les r e p r o c h a en n o m b r e del espíritu crítico. I n s p i r á n d o s e e n Aristóteles y en Platón, d e c l a r a n d o s e g u i r s u s p r i n c i p i o s , l o s filósofos c r i s t i a n o s e x t r a e n d e esos principios consecuencias en q u e ni Platón ni Aristóteles pensaron j a m á s ; t o d a v í a m á s : consecuencias q u e n o h u b i e r a n tenido c a b i d a en sus s i s t e m a s sin a r r u i n a r l o s . T a l es p a r t i c u l a r m e n t e el c a s o d e l a f a m o s a distinción de esencia y de existencia, necesaria, en cualquier sentido q u e se l a e n t i e n d a , p a r a c r i s t i a n o s , i n c o n c e b i b l e e n la f i l o s o f í a d e A r i s t ó t e l e s . D e s d e el p u n t o d e v i s t a d e u n p e r i p a t e t i s m o c o n s e c u e n t e , l a n o c i ó n d e p o t e n c i a es s o l i d a r i a c o n la d e m a t e r i a ; t o d o lo i n m a t e r i a l es, p u e s , u n a c t o p u r o , es d e c i r , u n d i o s . P a r a u n f i l ó s o f o c r i s t i a n o , u n s e r i n m a t e r i a l n o es t o d a v í a u n a c t o p u r o , p u e s t o q u e e s t á e n p o t e n c i a r e s p e c t o d e su p r o p i a e x i s t e n c i a ; p o r eso S a n t o T o m á s , a m p l i a n d o l a n o c i ó n d e p o t e n c i a l i d a d , l a disocia, d e l a m a t e r i a l i d a d ; e n l u g a r d e i d e n t i f i c a r l a c o n c i e n o m o d o d e s e r , el d e l a m a t e r i a , l a e x t i e n d e a l a m a t e r i a m i s m a . D u n s E s c o t o v a m á s allá. E n su deseo d e a s e g u r a r u n a r e a l i d a d p o s i t i v a a t o d o s l o s e l e m e n t o s d e los seres c o m p u e s t o s , o p e r a s o b r e l a n o c i ó n d e a c t o la m i s m a d i s o c i a c i ó n q u e S a n t o T o m á s h a b í a e f e c t u a d o c o n l a d e p o t e n c i a . T a l c o m o é s t e la concibe, la m a t e r i a está d o t a d a de u n a a c t u a l i d a d p r o p i a , y c o m o su d i s t i n c i ó n c o n la f o r m a e x i g e q u e sea i n m e d i a t a y r a d i c a l m e n t e d i f e r e n t e , se le a t r i b u i r á u n a a c t u a l i d a d q u e s e r á l a d e l a p o t e n c i a m i s m a ; c o n s e c u e n c i a ineluctable, p i e n s a D u n s Escoto, d e la noción c r i s t i a n a d e c r e a c i ó n , p u e s si l a m a t e r i a es c r e a d a , es s e r , y si es ser, es a c t o , o e n a c t o . A h í t e n e m o s , p u e s , u n a r i s t o t e l i s m o e n el q u e , e n n o m b r e d e u n a m e t a f í s i c a a j e n a a é l , n i l a p o t e n c i a se u n e a l a m a t e r i a l i d a d ni. l a f o r m a a l a a c t u a l i d a d . ¿ N o es f u n d a r la m e t a f í s i c a s o b r e u n c o n t r a s e n t i d o , y, c o n l a m e t a f í s i c a , l a física, l a p s i c o l o g í a y l a m o r a l q u e e n e l l a se i n s p i r a n ?

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El h e c h o n o p u e d e n e g a r s e , p e r o h a y q u e i n t e r p r e t a r l o . Si q u i e r e d e c i r s e q u e , t o m a d a s e n sí y d e s d e u n p u n t o d e v i s t a p r o p i a m e n t e d o g m á t i c o , las c o n c l u s i o n e s d e S a n t o T o m á s o d e D u n s E s c o t o son d i s c u t i b l e s , n a d a es m á s e x a c t o . E n c u a n t o filósofos, d e p e n d e n d e l d e r e c h o c o m ú n , y p u e s t o q u e sus d o c t r i n a s s e d a n c o m o r a c i o n a l e s , q u e d a n s o m e t i d a s al j u i c i o d e la r a z ó n . P e r o , e n p r i m e r lugar, a n t e s d e t e n e r el d e r e c h o d e j u z g a r l a s , h a y q u e c o m p r e n d e r l a s ; n a d a m e n o s l i s o n j e r o , p a r a el q u e a e l l o se e n t r e g a , c o m o el c o m e n t a r i o s o b r e el contrasentido. Pero s u p o n g a m o s q u e la doctrina por discutir sea realm e n t e c o m p r e n d i d a , ¿ c ó m o p o d r í a r e p r o c h á r s e l e el n o h a b e r s e e n c e r r a d o en u n sistema ya h e c h o , al q u e a b i e r t a m e n t e t o m a b a c o m o p u n t o d e p a r t i d a ? S e r í a t a n t o c o m o d e c i r q u e M a l e b r a n c h e y S p i n o z a no s o n filósofos p o r q u e , d e c l a r a n d o q u e s i g u e n a D e s c a r t e s , s a c a r o n de s u m é t o d o c o n s e c u e n c i a s q u e él m i s m o n o h a b í a p r e v i s t o . E s difícil q u e F i c h t e p a s e p o r el r e s u l t a d o d e u n a s i m p l e e q u i v o c a c i ó n s o b r e el sent i d o a u t é n t i c o d e l k a n t i s m o ; l a o b j e t i v a c i ó n d e l q u e r e r , i n t e n t a d a po! S c h o ' p e n h a u e r , ¿ e s u n p u r o e r r o r s o b r e l a Crítica de la razón práctica: Q u e r e r h a c e r u n a c r í t i c a d e l o s s i s t e m a s , q u e a u n t i e m p o y d e s d e el m i s m o p u n t o d e v i s t a s e a h i s t ó r i c a y f i l o s ó f i c a , es r e a l i z a r u n a c o n t r a d i c c i ó n e n los t é r m i n o s . T o d a f i l o s o f í a p r o c e d e d e o t r a y d e e l l a se d i s t i n g u e ; b i e n p u e d e l a c r í t i c a h i s t ó r i c a m o s t r a r c ó m o p r o c e d e y cu q u é s e n t i d o se d i s t i n g u e , p e r o n e g á n d o l e el d e r e c h o d e d i s t i n g u i r s e la d e s t r u i r í a a l a vez q u e a su o b j e t o . Si la a p r e c i a c i ó n d o g m á t i c a d e los s i s t e m a s d e s c r i t o s p o r la h i s t o r i a es de o r d e n d i s t i n t o a l d e l a h i s t o r i a m i s m a , n a d a se h a b r á p r o b a d o c o n t r a l a f i l o s o f í a c r i s t i a n a c o n p r o b a r q u e l a s f i l o s o f í a s g r i e g a s de las q u e es p r o l o n g a c i ó n r e v i s t e n u n a s p e c t o n u e v o . L o q u e h a b r í a que p r o b a r , p a r a c o n d e n a r l a s c o m o f i l o s ó f i c a m e n t e i n c o n s i s t e n t e s , es q u e el p r o b l e m a d e l s e r y d e l d e v e n i r n o e r a u n p r o b l e m a f u n d a m e n t a l e n las d o c t r i n a s d e P l a t ó n y d e A r i s t ó t e l e s . S i p u d i e r a m o s t r a r s e q u e n i uno n i o t r o d e e s o s p e n s a d o r e s i n t e n t ó l a d i s t i n c i ó n d e lo n e c e s a r i o y d e lo c o n t i n g e n t e , a s o c i ó las n o c i o n e s d e n e c e s a r i o y d e r e a l , d e c o n t i n g e n c i a y d e p o s i b l e , s u b o r d i n ó el o r d e n d e l o c o n t i n g e n t e a u n o r d e n de lo n e c e s a r i o q u e e x p l i q u e s u r e a l i d a d p o r lo m i s m o q u e f u n d a su i n t e l i g i b i l i d a d , se h a b r í a h e c h o m u c h o p a r a h a c e r i m p r o b a b l e l a c o h e r e n c i a d e l a f i l o s o f í a c r i s t i a n a . P e r o si, p o r l o c o n t r a r i o , es v e r d a d q u e los g r i e g o s se h a b í a n p l a n t e a d o y a el p r o b l e m a d e l p r i n c i p i o d e l s e r , ¿ c ó m o n e g a r q u e los filósofos c r i s t i a n o s p e r m a n e c i e r o n e x a c t a m e n t e e n l a mism a l í n e a a h o n d a n d o el p r o b l e m a d e l o r e a l h a s t a el d e l a e x i s t e n c i a y h a c i e n d o , p o r v e z p r i m e r a , q u e l a n o c i ó n d e a c t u a l i d a d e x p r e s a r a su p l e n o s e n t i d o ? T a l es, m e p a r e c e , l a o b r a p r o p i a d e l a f i l o s o f í a c r i s t i a n a ; t o d a s sus a u d a c i a s p a r t e n d e a h í , y d e a h í q u e s e a u n a f i l o s o f í a v e r d a d e r a , c u y a a c c i ó n e x c e d e los l í m i t e s d e l a E d a d M e d i a y c o n t i n u a r á e j e r c i é n d o s e m i e n t r a s h a y a h o m b r e s p a r a c r e e r e n la e x i s t e n c i a d e l a m e t a f í s i c a . S ó l o q u e , p a r a c o n v e n c e r s e d e l a e x i s t e n c i a de una

36 7

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

f i l o s o f í a m e d i e v a l , es m e n e s t e r e s t u d i a r a s u s r e p r e s e n t a n t e s ; q u i e n se c o n t e n t e c o n r e p e t i r , b a s á n d o s e e n l a fe d e l a a u t o r i d a d , q u e los h o m b r e s d e a q u e l l o s t i e m p o s f u e r o n c a u t i v o s d e l a a u t o r i d a d , o les r e p r o c h e , e n n o m b r e d e l a l i b e r t a d d e c o n c i e n c i a , q u e r e c h a z a r a n s o m e t e r s e a la l e t r a d e A r i s t ó t e l e s , t e n d r á s i e m p r e r a z ó n , c o m o se l a p u e d e t e n e r u n a v e z d e c i d i d o a m a n t e n e r u n a tesis a l p r e c i o d e t o d a s las i n c o h e r e n c i a s . El e s p í r i t u c r í t i c o a s í c o n c e b i d o t i e n e t o d a l i c e n c i a , s a l v o c o n t r a sí m i s m o ; p u e d e p r e f e r í r s e l e o t r o i d e a l : el d e u n e s p í r i t u b a s t a n t e l i b r e p a r a s o m e t e r s e a l a e v i d e n c i a d e los h e c h o s , sin t r a t a r n u n c a d e t e n e r r a z ó n c o n t r a la r a z ó n . S i n e m b a r g o , s ó l o se e v i t a l a m i t a d d e l a o b j e c i ó n c o n r i e s g o d e s u c u m b i r b a j o l a o t r a . Si el p e n s a m i e n t o d e l a E d a d M e d i a g o z ó d e esa i n d e p e n d e n c i a y vivió u n a v i d a v e r d a d e r a m e n t e filosófica, ¿ q u é relac i ó n r e a l p u e d e t e n e r c o n l a r e l i g i ó n ? E n u n a p a l a b r a : si a q u é l n o t r a i c i o n ó a la f i l o s o f í a , ¿ c ó m o p o d r í a n o h a b e r t r a i c i o n a d o a l C r i s t i a n i s m o ? V a n o sería o c u l t a r s e la g r a v e d a d d e ese r e p r o c h e , a u n q u e q u i z á n o sea imposible d e f e n d e r al p e n s a m i e n t o m e d i e v a l . P e r o tal vez p u d i e r a p r e g u n t a r s e p r i m e r o a q u i e n e s n i e g a n su e x i s t e n c i a , p o r q u é n o io h a c e n e n n o m b r e d e d o s p r i n c i p i o s c o n t r a d i c t o r i o s . P u e d e c o m p r e n d e r s e q u e se les r e p r o c h e el h a b e r d i s u e l t o l a e s e n c i a d e l a filosofía p a r a dejarla p e r d e r en la de la religión. Es t a m b i é n u n a objeción i n t e l i g i b l e q u e , i n v e r s a m e n t e , se l e r e p r o c h e e l h a b e r d e j a d o q u e se pierda la esencia del Cristianismo p a r a reducirlo a n o ser m á s que u n a f i l o s o f í a ; l o q u e d e j a d e s e r l o es q u e se le o b j e t e a m b a s a l a v e z . S i los p e n s a d o r e s d e l a E d a d M e d i a f u e r o n t a n filósofos q u e c o m p r o m e t i e r o n l a e s e n c i a d e l C r i s t i a n i s m o , ¿ c ó m o n o t o m a r e n s e r i o sus s i s t e m a s , y c o n q u é d e r e c h o se los e l i m i n a r í a d e l a h i s t o r i a d e l a filos o f í a ? P e r o si, p o r el c o n t r a r i o , s a c r i f i c a r o n l a f i l o s o f í a a l a s e x i g e n c i a s r e l i g i o s a s d e l C r i s t i a n i s m o , ¿ c ó m o se les r e p r o c h a r í a , a d e m á s , d e n o h a b e r sido cristianos? E n t r e esas o b j e c i o n e s c o n t r a d i c t o r i a s p a s a la v e r d a d histórica, ver- • d a d e r a p o r q u e es c o n f o r m e a l a r e a l i d a d d e los h e c h o s . E l r e p r o c h e d e h a b e r s a c r i f i c a d o d e m a s i a d o a l a f i l o s o f í a es, a l a v e z , el m á s t r i v i a l y el m á s a n t i g u o d e los q u e se h a n h e c h o a los filósofos c r i s t i a n o s . A u n h o y el p r o t e s t a n t i s m o j u z g a q u e es s u d e b e r " r e a c c i o n a r c o n t r a l a i n v a s i ó n d e l e s p í r i t u p a g a n o e n l a I g l e s i a " y q u e é s e f u é u n o d e los p r i n c i p a l e s f i n e s q u e se p r o p u s i e r o n l o s r e f o r m a d o r e s d e l s i g l o x v i . N a d a m á s cierto; innumerables textos de L u t e r o p o d r í a n atestiguarlo si n e c e s a r i o f u e r a . P e r o l a o b j e c i ó n , a u n c u a n d o p u e d e r e c i b i r u n s e n t i d o e s p e c í f i c a m e n t e p r o t e s t a n t e , n o es n e c e s a r i a m e n t e p r o t e s t a n t e e n su e s e n c i a . M a l e b r a n c h e n o e r a p r o t e s t a n t e y s i n e m b a r g o se q u e j a a m a r g a m e n t e del c a r á c t e r p a g a n o d e la escolástica, esa "filosofía de 5

" A . L E C E R F , De la nature

de la connaissance

religieuse,

P a r í s , 1 9 3 1 , p á g . 7.

LA

EDAD

MEDIA

Y

377

LA FILOSOFÍA

6

la serpiente". Erasmo no era y jamás quiso ser luterano, pero eso no le impidió que protestara, con Lutero, contra la mixtura de Aristóteles y del Evangelio hecha en la Edad Media por Alberto Magno, Santo Tomás y Duns Escoto; también para éste la "filosofía del Cristo" es el Cristo sin la filosofía, es decir, el Evangelio. Pero, desde la Edad Media, San Pedro Damián todos los antidialécticos, aun los papas, no habían esperado la Reforma para prevenir solemnemente a los teólogos del peligro en que ponían a la fe haciéndose filósofos. ¡ Con que vigor Gregorio IX recuerda a los maestros de teología de la Universidad de París que la filosofía, esa sirvienta de la teología, está en situación de convertirse en una sirvienta dueña! Esos doctores en teología, que debieran ser teólogos, ¿no son acaso simples "teofantes"? Con ellos la naturaleza se antepone a la gracia, los filósofos reemplazan el texto inspirado por Dios, el arca de la alianza tiene tratos con Dagon, y, a fuerza de querer confirmar la fe por la razón natural, hacen inútil a la fe misma, puesto que no habría ningún mérito en creer lo que la razón podría demostrar. Que esos doctores en teología no se las den de filósofos —nec philosophos se ostentent—; he ahí la solemne advertencia, a la Universidad de París, del papa que hizo cuanto pudo por protegerla y salvarla de sí misma. Los testimonios son demasiado numerosos y proceden de lados demasiado distintos, para no atestiguar la presencia de un obstáculo real y fundado en la naturaleza de las cosas; tratemos, pues, de situarlo exactamente y de determinar su naturaleza. Tomada en su esencia, la objeción es ante todo de orden religioso y, sea cual sea la concepción del Cristianismo que la inspira, es una objeción cristiana. El peligro contra el cual previene a los filósofos cristianos es el de llevar al hombre al plano del naturalismo antiguo, por un olvido fatal del Evangelio y de San Pablo, es decir, de la gracia. En sí, nada más justo; nadie que de corazón defienda los intereses del Cristianismo pensará en negar la utilidad, ni siquiera la necesidad permanente de la advertencia. Ne evacuetur crux Christi; eliminarlo, sería eliminar al Cristianismo; pero hay que cuidar que de esa verdad 7

0

H . G O U H I E R , La vocation de Malebranche, P a r í s , J . V r i n , 1 9 2 6 , c a p . iv, págs. 1 0 8 - 1 1 4 . A ú n p u e d e decirse m á s . H u b o p o r lo m e n o s u n protestante, a m i g o d e Luis d e l a Forge, q u e n o a c e p t a r a l a negación d e l a eficacia d e las causas segundas p o r de la Forge y Malebranche. P u e d e verse el relato d e u n a d e e s a s d i s c u s i o n e s c o n d e l a F o r g e , e n J A C . G U S S E T I U S , Causarum primae et secundarum realis operatio rationibus confirmatur et ab objectionibus defenditur. De his apología fit pro Renato des Cortes adversas discípulos ejus pseudonymos, Leovardiae, Frac. Halma, 1 7 1 6 . E s a conversación, importante p a r a la historia de L . de la Forge, está referida e n págs. 6 - 1 7 . E l autor afirma, contra Malebranche, q u e la doctrina d e las causas segundas n o tiene ningún carácter específicamente p a g a n o : págs. 153-195. GREGORIO I X , 7 d e j u l i o d e 1 2 2 8 , e n Chart. Univ. París, t . I , p á g s . 1 1 4 - 1 1 6 , y É . G I L S O N , Études de philosophie medié vale, E s t r a s b u r g o , 1 9 2 1 , p á g . 4 5 , nota 1. 7

EL ESPÍRITU DE LA FILOSOFÍA MEDIEVAL

378

n o se d e d u z c a n e x i g e n c i a s i n c o m p a t i b l e s c o n o t r a s y e s p e c i a l m e n t e c o n l a v e r d a d d e l a f i l o s o f í a . E r a s m o p r o t e s t a , e n n o m b r e d e l a filosofía, c o n t r a la c o n t a m i n a c i ó n d e l E v a n g e l i o p o r la filosofía d e la E d a d M e d i a ; quiere hacernos retroceder, p o r encima de D u n s Escoto, d e S a n t o T o m á s y d e S a n B u e n a v e n t u r a , a la letra del texto s a g r a d o . Supongamos que tiene razón; admitamos también que hay verdadera u t i l i d a d e n r e c o r d a r a los f i l ó s o f o s c r i s t i a n o s q u e l a f i l o s o f í a n u n c a d e b i e r a h a c e r l e s o l v i d a r el E v a n g e l i o ; ¿ c o n q u é d e r e c h o a g r e g a E r a s m o q u e el E v a n g e l i o m i s m o es u n a f i l o s o f í a ? S i l o s c r i s t i a n o s n o t i e n e n d e r e c h o a m á s sino al E v a n g e l i o y a la Iglesia, n a d a f a l t a a su C r i s t i a n i s m o , pero ¿es s e g u r o q u e t a m b i é n t e n d r á n u n a filosofía? P o r q u e , o n o se v e r á e n el E v a n g e l i o s i n o u n m o r a l i s m o n a t u r a l , l o q u e s e r í a s u p r i m i r l e el c a r á c t e r r e l i g i o s o y a n i q u i l a r a l C r i s t i a n i s m o so p r e t e x t o d e s a l v a r l o ; o b i e n s e m a n t e n d r á el c a r á c t e r s o b r e n a t u r a l y r e l i g i o s o d e l E v a n g e l i o , y e n t o n c e s ¿ c ó m o p o d r í a s o s t e n e r s e t o d a v í a q u e es u n a f i l o s o f í a ? S i se q u i e r e - e s t a r d e a c u e r d o c o n s i g o m i s m o , es m e n e s t e r ir m á s allá d e E r a s m o y b u s c a r o t r a p o s i c i ó n . 8

L a d e L u t e r o e r a t o d a v í a m á s c u r i o s a : t e n í a p o r lo m e n o s el m é r i t o d e l a f r a n q u e z a . P a r a é l , " l a m o r a l d e A r i s t ó t e l e s c a s i e n t e r a es el p e o r e n e m i g o d e l a g r a c i a " . E n a d e l a n t e n o h a y m á s c o m p r o m i s o . N o sólo el C r i s t i a n i s m o n o e s u n a f i l o s o f í a , s i n o q u e j a m á s h a b r á f i l o s o f í a , e s a stultitia, q u e p u e d a d e c i r s e c o m p a t i b l e c o n el E v a n g e l i o . P o c o s , a u n e n t r e s u s d i s c í p u l o s , l l e g a n a ese e x t r e m o . S i n e m b a r g o , a u n e n el m o m e n t o e n q u e i n t e r i o r m e n t e se r e c h a z a n sus conclusiones, y c u a n d o se r e c h a z a n c o n t o d a f u e r z a , n o se p u e d e o l v i d a r l a v i e j a v e r d a d q u e G r e g o r i o I X y t a n t o s t e ó l o g o s d e l a E d a d M e d i a t u v i e r o n el c u i d a d o d e q u e n o se p e r d i e r a : el c a r á c t e r r a d i c a l m e n t e t r a s c e n d e n t e d e l C r i s t i a n i s m o , c o r n o r e l i g i ó n , c o n r e l a c i ó n a t o d a filosofía g e n e r a l m e n t e c u a l q u i e r a , y a la filosofía c r i s t i a n a e n p a r t i c u l a r . É s t e es u n p u n t o s o b r e el c u a l c o n v i e n e i n s i s t i r , p u e s s u d e s c o n o c i m i e n t o es el o r i g e n d e los m á s s u t i l e s y d u r a d e r o s e r r o r e s . D e s d e el p u m o de vista de L u t e r o y de u n l u t e r a n i s m o consecuente — r a r a avis—, n o h a y m a l a i n t e r p r e t a c i ó n p o s i b l e , p u e s t o q u e el C r i s t i a n i s m o , t a l c o m o él l o c o n c i b e , l e p r o h i b e t e n e r u n a f i l o s o f í a d e l a n a t u r a l e z a . M a s p a r a t o d o s los q u e , s i n n e g a r l a l e g i t i m i d a d d e l a f i l o s o f í a , q u i e r e n q u e e l C r i s t i a n i s m o se i n c o r p o r e a e l l a e n t e r a m e n t e , l a n o c i ó n d e f i l o sofía c r i s t i a n a s e g u i r á s i e n d o s i e m p r e c o m o u n s u e ñ o , f l o t a n d o e t e r n a m e n t e e n l a b r u m a d e los p o s i b l e s y c o n d e n a d a , p o r s u p r o p i a e s e n c i a , a n o r e a l i z a r s e n u n c a . L a filosofía c r i s t i a n a , d i c e n , j a m á s existió, t o d a vía n o e x i s t e , p e r o p u d i e r a e x i s t i r , sin d u d a n a c e r á p r o n t o ; p r o n t o , a m e n o s q u e l a v i d a l l e g u e a f a l t a r l e a l s o ñ a d o r a n t e s q u e s u s u e ñ o se c o n v i e r t a e n r e a l i d a d . Q u i z á s e a p o r q u e el o b j e t o d e s u s d e s e o s n o 8 K.

Le moyen age et le naturalisme antique, et littéraire du rnoyen age, t. V I I ( 1 9 3 2 ) .

GILSON,

doctrínale

en

Archives

d'hist.

LA

pertenece en

al

orden

la filosofía

EDAD

de

los

medieval

MEDIA

Y

posibles.

lo q u e

en

LA

FILOSOFÍA

Esos

379

insatisfechos

ella b u s c a , p e r o

no

encuentran

tampoco

lo

encon-

t r a r á n e n ellos m i s m o s , p o r q u e n o p u e d e existir. Q u e r r í a n u n a q u e fuese v e r d a d e r a m e n t e racional,

pero

en

la q u e

u n a filosofía, se i n t e g r a r í a n

es decir, p u r a y todas

constituyen

entre

la

esencia

la n a t u r a l e z a

religiosa:

el

drama

y la gracia, la v i d a

rigurosamente

las e x p e r i e n c i a s

d e n t e s y p r o p i a m e n t e s o b r e n a t u r a l e s , q u e s o n lo p r o p i o d e l y

filosofía

íntimo

secreta de

que

trascen-

Cristianismo se

desarrolla

la c a r i d a d ,

los m i s -

terios d e la v i d a d i v i n a en D i o s y e n nosotros, y t a n t o s o t r o s t e m a s los

cuales

vano

el

Cristianismo

integrar

en

esa

filosofía

y e n la c u a l la a u s e n c i a tenerla

por

cristiana.

dejaría de

de

ser

cristiana

la filosofía

lo

que

siempre

es, en

que

intentan

vísperas

cristiana ya nacida

de les

sin en

nacer, impide

9

' L a e m p r e s a h a sido i n t e n t a d a m á s d e u n a vez y a ú n lo será, s e g u r a m e n t e . P u e d e e n c o n t r a r s e u n e j e m p l o t í p i c o e n e l e n s a y o d e V . G I O B E R T I , Della filosofía della rivelazione, publicado p o r G . Massari, Stati Sardi, Torino, y Franc i a , C h a m e r o t , 1 8 5 6 , e n 8 ' , X X X V I I I , 3 9 7 p á g s . S i n e m b a r g o , es u n p r o b l e m a s a b e r h a s t a q u é p u n t o l a filosofía p u e d e i n s p i r a r s e e n e l d o g m a cristiano. T a n i n t r é p i d a m e n t e racionalista, M a l e b r a n c h e n o t e m i ó ir m u y lejos e n esa d i r e c c i ó n ( H . G O U H I E R , La vocation de Malebranche; c a p . v : La notion de philosophie chrétienne; este c a p í t u l o es e x t r e m a d a m e n t e i m p o r t a n t e ) , y sin e m b a r g o , él m i s m o n o c r e y ó q u e t o d o e l d o g m a p u d i e s e ser m a t e r i a d e e s p e c u l a c i ó n filosófica. L a e l e c c i ó n q u e hizo es f u n c i ó n d e s u p r o p i a filosofía (op. cit., p á g . 1 6 0 ) . A u n e n l a E d a d M e d i a l a l i s t a d e l a s credibilia y de las demonstrabilia n o es l a m i s m a e n S a n A n s e l m o , S a n t o T o m á s y D u n s E s c o t o , y n o d i g a m o s d e O c k h a m . E s q u e v a r í a l a i d e a q u e esos t e ó l o g o s t i e n e n d e lo q u e e s u n a d e m o s t r a c i ó n . L a f i l o s o f í a c r i s t i a n a , t a l c o m o l a d e s c r i b o , n o e s un s i s t e m a ; la cuestión n o es, p u e s , susceptible d e u n a r e s p u e s t a única, p e r o ei esfuerzo colectivo q u e l a filosofía c r i s t i a n a r e p r e s e n t a p r e p a r a e s t a r e s p u e s t a . U n a historia d e c ó m o fueron concebidas esas relaciones e n t r e l a fe y l a razón e n l a E d a d M e d i a p e r m i t i r í a d e s p e j a r e l e j e m e d i o a l r e d e d o r d e l c u a l se e f e c t u a r o n e s a s o s c i l a c i o n e s . P o r l o d e m á s , e l p r o b l e m a s i g u e a b i e r t o y es m u y p r o b a b l e q u e u n d o g m a , t a l el d e l a E n c a r n a c i ó n , a u n p e r m a n e c i e n d o d o g m a y misterio, sugiera ahondamientos racionales de ciertos aspectos d e m a s i a d o p o c o o b s e r v a d o s d e l a r e a l i d a d física, p s i c o l ó g i c a , e s t é t i c a y m o r a l . S i n e m b a r g o , e s o s a h o n d a m i e n t o s d e b e r á n b a s t a r s e r a c i o n a l m e n t e a sí m i s m o s p a r a ser i n t e g r a d o s a l a filosofía p r o p i a m e n t e d i c h a , y n o s e r á n u n a r a c i o n a l i z a ción del misterio, sino u n a racionalización d e lo real m e d i a n t e u n a razón q u e l a fe a d v i e r t e d e u n m i s t e r i o . E s d e s o b r a s a b i d o el p a p e l q u e el d o g m a d e l a T r i n i d a d d e s e m p e ñ ó e n l a psicología y l a estética d e S a n Agustín. E s u n o d e los n u m e r o s o s puntos q u e h a b í a p e n s a d o e x p o n e r , p e r o q u e l a n e c e s i d a d d e a t e n e r m e a los t e m a s directores m e hizo omitir. L a E n c a r n a c i ó n p o d r í a d e s e m p e ñ a r u n p a p e l análogo. L o q u e e q u i v a l e a decir q u e l a filosofía c r i s t i a n a n o es v e n e r o a g o t a d o , o , t o d a v í a m e j o r , q u e , p o r e l h e c h o m i s m o q u e se c o m u n i c a c o n e l m i s t e r i o , es p o r e s e n c i a i n a g o t a b l e c o m o é l . N o h a g o , p u e s , n i n g u n a o b j e c i ó n a l o q u e t a n b i e n d i c e G . M a r c e l e n l a s p á g i n a s s e ñ a l a d a s e n l a s Notas bibliográficas. A m i j u i c i o , l a ú n i c a l í n e a d e d e m a r c a c i ó n q u e i m p o r t a m a n t e n e r es l a q u e s e p a r a u n a racionalización d e l d o g m a , c o n la e v a c u a c i ó n d e l misterio q u e ella s u p o n e , d e l a f e c u n d a c i ó n d e la r a z ó n p o r el d o g m a . L a p r i m e r a e m p r e s a es, en m i opinión, ilegítima. L a teología e m p l e a conceptos racionales p a r a definir y situar el m i s t e r i o ; n o p u e d e t e n e r p o r o b j e t o h a c e r l o c o m p r e n s i b l e . Aristó-

38o

EL

ESPÍRITU

DE LA FILOSOFÍA

MEDIEVAL

J u s t a m e n t e p o r q u e e s t á n a u s e n t e s d e e l l a es u n a f i l o s o f í a , filosofía, jamás

y

porque

es

existirá la d e

contradictorio

ellos. H a y

que

que

se

integren

resignarse; u n a

a

y sólo

una

filosofía,

una

filosofía, aun

t i a n a , b i e n p u e d e t e n e r u n l u g a r e n el edificio d e la s a b i d u r í a

cris-

cristiana

— ¡ c o n t i e n e t a n t a s o t r a s c o s a s ! — p e r o n u n c a s e r á su e q u i v a l e n t e .

Pedir

a l a p a r t e q u e a l a p a r d e p e r m a n e c e r fiel a su e s e n c i a a b s o r b a el t o d o , es d e s t r u i r a u n t i e m p o el t o d o y l a p a r t e . D e m o d o q u e si a l a cristiana de la porque

en

Edad

Media

se le r e p r o c h a q u e n o h a y a

sus e s p e c u l a c i o n e s

sobre

la

naturaleza,

filosofía

sido

cristiana,

la m a t e r i a

primera,

l a u n i d a d o ¡a p l u r a l i d a d d e las f o r m a s , n o se v e n a d a q u e s e a d e i n t e r é s esencial p a r a

la o b r a d e s a l v a c i ó n , o, i n v e r s a m e n t e , p o r q u e e n ella

parece

encontrado

haber

un

lugar

lo q u e

es d e

interés

esencial

no

para

l a o b r a d e s a l v a c i ó n , se m u e s t r a s e n c i l l a m e n t e q u e n o se e n t i e n d e n i lo que

es

el

Cristianismo

ni

lo

que

es

la

filosofía.

Los

pensadores

de

t e l e s j a m á s s i r v i ó p a r a " e x p l i c a r " l a t r a n s u b s t a n c i a c i ó n sino p a r a d e c i r lo q u e se r e q u i e r e p a r a q u e h a y a t r a n s u b s t a n c i a c i ó n . L o q u e r e p r o c h o a l a t e n t a t i v a d e G i o b e r t i y a las d e m á s d e l m i s m o g é n e r o e s q u e d e j e n c r e e r q u e el C r i s t i a n i s m o p u e d e l l e g a r a s e r u n a filosofía. E s q u e r e r f u n d a r u n a filosofía c r i s t i a n a s o b r e l a s u p r e s i ó n d e l C r i s t i a n i s m o , q u e es s u f u n d a m e n t o . P o r lo contrario, el d o g m a n o p i e r d e n a d a d e su trascendencia a c u d i e n d o e n auxilio de la r a z ó n , n i t a m p o c o la g r a c i a a y u d a n d o al h o m b r e ; p e r o a u n e n esto h a y que distinguir. L a r e v e l a c i ó n n o h a p r o p u e s t o a los h o m b r e s sólo m i s t e r i o s : es u n a d o c t r i n a c o m ú n e n los teólogos q u e el D e c á l o g o h a f o r m u l a d o m u c h a s v e r d a d e s y a n a t u r a l m e n t e conocibles p o r la razón o la conciencia (existencia de Dios, principios d e l a justicia m o r a l , e t c . ) . Estas v e r d a d e s , q u e están y siguen estando p r o m u l g a d a s , p u e d e n ser i n t e g r a l m e n t e racionalizadas, p u e s t o q u e p o r esencia s o n h u m a n a m e n t e i n t e l i g i b l e s . C o n t i e n e o t r a s , q u e se r e f i e r e n a h e c h o s e s e n cialmente misteriosos p a r a nosotros, p e r o d o n d e la razón ve l a ú n i c a solución posible; luego t a m b i é n solución r a c i o n a l m e n t e necesaria d e sus problemas. P o r e j e m p l o , l a c r e a c i ó n , h e c h o m i s t e r i o s o e n si, e s n e c e s a r i a m e n t e afirmada por la razón c o m o única solución posible del problema del origen radical del ser. D i o s g u a r d a s u m i s t e r i o , p e r o el h e c h o m i s m o d e ese a c t o m i s t e r i o s o es u n a e x i g e n c i a d e l a r a z ó n t o m a d a e n su e m p l e o filosófico, É s e es e l t e r r e n o d e elección d e l a filosofía c r i s t i a n a , p o r q u e e n él p u e d e m a n i f e s t a r s e a l a vez c o m o p l e n a m e n t e filosófica y p l e n a m e n t e c r i s t i a n a . E s t a m b i é n a q u e l e n el c u a l , s i n p r e t e n d e r c o l m a r l o , h e t r a t a d o d e m a n t e n e r m e . S e r í a salir d e él especular sobre la T r i n i d a d , la E n c a r n a c i ó n o a u n ciertas m o d a l i d a d e s de la c r e a c i ó n . R a c i o n a l m e n t e , l a c r e a c i ó n podría ser e t e r n a ; t a n m i s t e r i o s o es q u e lo s e a c o m o q u e n o l o sea, p e r o es r a c i o n a l q u e lo sea. Y e n d o a ú n m á s lejos, h a y d o g m a s c u y a e s e n c i a el h o m b r e es i g u a l m e n t e i n c a p a z d e c o m p r e n d e r , ni siquiera de m o s t r a r q u e son r a c i o n a l m e n t e exigibles c o m o hechos. P a r a algunos, t a l el a c t o d e l i b e r t a d s u p r e m a q u e es l a E n c a r n a c i ó n , la i d e a m i s m a d e n e c e s i d a d r a c i o n a l es c o n t r a d i c t o r i a . N a d a p r u e b a q u e l a filosofía n o p u e d a g a n a r n a d a m e d i t á n d o l o s , y hasta p u e d e q u e meditándolos sea c o m o llegue a p e r c i b i r el s e n t i d o p l e n o d e sus m á s p r o f u n d a s v e r d a d e s ; p e r o el h e c h o d e q u e a g r e g u e n a l a filosofía p e r s p e c t i v a s t r a s c e n d e n t e s , q u e la c o m p l e t a n , n u n c a d i s m i n u i r á e n n a d a el c a r á c t e r misterioso d e lo d a d o r e v e l a d o . L a T r i n i d a d o l a E n c a r n a c i ó n n o p u e d e n , p u e s , i n t e g r a r s e a l a filosofía, c o m o l a s n o c i o n e s de creación, de conciencia, de ley m o r a l o de intención. D e p e n d e n e n propio d e l a teología, y p o r eso n o las h e a b o r d a d o e n este estudio.

LA

EDAD

MEDIA

Y

LA

FILOSOFÍA

38i

la E d a d M e d i a e n t e n d i e r o n m u y b i e n u n o y o t r a , y p o r eso, prosig u i e n d o r e s u e l t a m e n t e la e s p e c u l a c i ó n griega, consiguieron h a c e r l a p r o g r e s a r . S i d e e l l o se d u d a , ¿ n o es p r e c i s a m e n t e p o r q u e se b u s c a a l a f i l o s o f í a m e d i e v a l d o n d e n o p u e d e e s t a r , es d e c i r , e n l a r e l i g i ó n ? Dícese q u e e n la h i s t o r i a d e la filosofía n o existe u n solo p r i n c i p i o a u t é n t i c a m e n t e c r i s t i a n o q u e los f i l ó s o f o s d e l a E d a d M e d i a y, p o r m e d i a c i ó n d e ellos, la p r o p i a filosofía, d e b a n a la Biblia. A u n c u a n d o esto f u e r a cierto, ¿ q u é p r o b a r í a c o n t r a la existencia y la o r i g i n a l i d a d d e la filosofía c r i s t i a n a ? A b s o l u t a m e n t e n a d a . L o s c r i s t i a n o s q u e e r a n , q u e r í a n s e g u i r s i e n d o o a s p i r a b a n a s e r filósofos, d i e r o n p r u e b a s d e i m á s e l e m e n t a l b u e n j u i c i o n o d i r i g i é n d o s e a l E v a n g e l i o p a r a buscare n él c o n q u é f u n d a r u n a s e c t a q u e se a ñ a d i r í a a l a s d e m á s s e c t a s f i l o s ó f i c a s . L o s h i s t o r i a d o r e s q u e c o m p r u e b a n q u e el E v a n g e l i o n o h a c a m b i a d o b r u s c a m e n t e e l e s t a d o d e los p r o b l e m a s p s i c o l ó g i c o s , físicos, m e t a f í s i c o s o m o r a l e s , n o h a c e n , p o r s u p a r t e , s i n o a d m i t i r el h e c h o e v i d e n t e d e q u e el C r i s t i a n i s m o n o h a m o d i f i c a d o l a f i l o s o f í a a g r e g a n d o u n n u e v o sistema a antiguos sistemas, sino trascendiéndolos todos. L a " b u e n a n u e v a " e r a el a n u n c i o d e l a p r o m e s a d e s a l v a c i ó n . N o e r a , p u e s , l a c l a v e d e l a m a t e r i a p r i m e r a q u e el E v a n g e l i o p o n í a e n m a n o s d e los h o m b r e s ; t a n t o a n t e s c o m o d e s p u é s d e l a l l e g a d a d e l C r i s t o , los filósofos n o h a l l a b a n a s u d i s p o s i c i ó n m á s d a t o s t é c n i c o s q u e los r e s u l t a d o s p a c i e n t e m e n t e a c u m u l a d o s p o r l a l a b o r d e l o s g r i e g o s ; si d e a h í p a r t i e r o n , se d e b e a q u e é s e e r a e l ú n i c o p u n t o d e p a r t i d a p o s i b l e p a r a e l l o s . L a f i l o s o f í a d e los c r i s t i a n o s es y n o p o d í a s e r o t r a s i n o u n a c o n t i n u a c i ó n d e l a f i l o s o f í a g r i e g a . A g r e g u e m o s s ó l o q u e si, c o n e l l o s y p o r e l l o s , é s t a c o n t i n ú a , es p r e c i s a m e n t e p o r q u e e r a n c r i s t i a n o s . S u r e l i g i ó n n o les t r a í a u n a f i l o s o f í a n u e v a , p e r o h a c í a d e e l l o s h o m b r e s n u e v o s . E l n u e v o n a c i m i e n t o q u e se h i z o e n e l l o s d e b í a p r e p a r a r el r e n a c i m i e n t o d e l a filosofía, q u e t a m b i é n t e n í a g r a n n e c e s i d a d d e r e n a c e r . E l p e n s a m i e n t o d e P l a t ó n y d e A r i s t ó t e l e s , el d e D e m ó c r i t o y d e E p i c u r o , l a d i s c i p l i n a m o r a l d e l e s t o i c i s m o h a b í a n d a d o sus f r u t o s . N o d i g a m o s q u e esos p e n s a m i e n t o s e s t a b a n m u e r t o s : S é n e c a , E p i c t e t o , M a r c o Aurelio v e n d r í a n a c o n t r a d e c i r n o s , p e r o ya n o p o d í a n d a r sino f r u t o s d e u n a n u e v a e s p e c i e , y c a d a v e z q u e e n los p r i m e r o s siglos d e l a e r a c r i s t i a n a el v i e j o á r b o l p a r e c e r e v e r d e c e r p o r u n a n u e v a s a v i a , es q u e u n a v i d a r e l i g i o s a l o a n i m a . A m e n u d o es l a v i d a c r i s t i a n a ; Plotino m i s m o , q u e la rechazó, fué, al m i s m o t i e m p o q u e Orígenes, a l u m n o d e a q u e l A m r n o n i o S a c c a s q u e , t a n t o c o m o sus discípulos, n o i g n o r a b a l a e x i s t e n c i a d e l C r i s t i a n i s m o . C u a n d o los filósofos c r i s t i a n o s p o n e n m a n o s a l a o b r a , el E v a n g e l i o q u i z á t i e n e y a a l g o q u e v e r e n los n u e v o s c o l o r e s c o n q u e se v i s t e el p e n s a m i e n t o p a g a n o . S e lo d i s c u t e , se l o r e f u t a , p e r o los f i l ó s o f o s p a g a n o s t i e n e n c o n c i e n c i a d e s u existencia, c o m o d e u n a fuerza q u e c u e n t a y c o n la q u e h a y q u e c o n t a r . ¿ Q u é o c u r r i r á c u a n d o , a s u v e z , los c r i s t i a n o s v u e l v a n a los p r o b l e m a s filosóficos p a r a a b o r d a r l o s c o n u n e s p í r i t u n u e v o ? S e g u r a m e n t e n o

38a

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

b u s c a r á n e n e l l o s el s e c r e t o d e s u v i d a r e l i g i o s a : l a f u e n t e e s t á e n o t r a p a r t e ; p e r o n o p o d r á n i m p e d i r q u e l a v i d a r e l i g i o s a d é p á b u l o a la d i s c u s i ó n y p r e p a r e l a s o l u c i ó n . L o s filósofos d e l a E d a d M e d i a n o h i c i e r o n s i n o e s o : c o n t i n u a r o n l a o b r a e m p e z a d a e n el s i g l o u y l a a c e r c a r o n a su p u n t o d e p e r f e c c i ó n . Si h a y c o n t i n g e n c i a r e a l d e l a filosofía, a u n c r i s t i a n a , c o n r e l a c i ó n al C r i s t i a n i s m o , ¿ p o r q u é existió, p u e s ? E n o t r o s t é r m i n o s , ¿ p o r q u é la E d a d M e d i a c r i s t i a n a t u v o u n a filosofía? F á c i l sería c o n t e s t a r a esta p r e g u n t a d i c i e n d o s e n c i l l a m e n t e q u e d e b í a h a b e r u n a filosofía e n c u a n t o h u b i e r a c r i s t i a n o s f i l ó s o f o s . N a d a les o b l i g a b a a f i l o s o f a r , n i t a m p o c o h a b í a n a d a q u e les i m p i d i e r a h a c e r l o . S i n e m b a r g o , é s t a n o s e r í a m á s q u e u n a r e s p u e s t a s u p e r f i c i a l . L a v e r d a d es q u e , d e h e c h o , si n o e n d e r e c h o , l a e x i s t e n c i a d e u n a filosofía c r i s t i a n a e r a i n e v i t a b l e , q u e a ú n l o es h o y y s e g u i r á s i é n d o l o m i e n t r a s h a y a c r i s t i a n o s q u e p i e n s e n . E s t a i n e v i t a b í l i d a d n o s u r g e d e l a e s e n c i a d e l C r i s t i a n i s m o , q u e es u n a g r a c i a , sino d e l a p r o p i a n a t u r a l e z a d e lo q u e éste c o l m a , p u e s lo q u e é s t e c o l m a es u n a n a t u r a l e z a y é s t a es e l o b j e t o p r o p i o d e l a filosofía. E n c u a n t o u n c r i s t i a n o r e f l e x i o n a s o b r e el s u j e t o p o r t a d o r d e l a g r a c i a , se h a c e filósofo. S i d e los t a n d i v e r s o s a n á l i s i s q u e o s h e s o m e t i d o m e a t r e v i e r a a e x t r a e r l a c o n c l u s i ó n d e sus c o n c l u s i o n e s , d i r í a q u e el r e s u l t a d o e s e n c i a l d e la filosofía c r i s t i a n a - e s la a f i r m a c i ó n m e d i t a d a d e u n a r e a l i d a d y d e u n a b o n d a d i n t r í n s e c a d e l a n a t u r a l e z a , q u e los g r i e g o s s ó l o p u d i e r o n p r e s e n t i r , p o r n o h a b e r c o n o c i d o el o r i g e n y el f i n . N o se m e o c u l t a el a s p e c t o p a r a d ó j i c o d e s e m e j a n t e t e s i s , p e r o a h í e s t á n los h e c h o s , y u n c o n t r a s e n t i d o c l á s i c o n o d e j a d e s e r u n c o n t r a s e n t i d o . ¿ A c a s o n o es c o m e t e r u n o , t o m a r l o q u e los P a d r e s d e l a I g l e s i a y los filósofos d e l a E d a d M e d i a d i c e n d e la c o r r u p c i ó n d e la n a t u r a l e z a , p o r lo q u e é s t o s p i e n s a n d e e l l a ? S i n e m b a r g o , es l o q u e se h a c e ; y h a c i é n d o l o n o se c o m e t e u n s i m p l e e r r o r d e v a l o r a c i ó n s o b r e l a i n t e n s i d a d d e u n s e n t i m i e n t o , s i n o q u e se les a t r i b u y e u n o q u e n o e x p e r i m e n t a b a n y se les n i e g a u n o c u y a a u s e n c i a , si n o lo h u b i e s e n s e n t i d o , les h u b i e r a e x c l u i d o d e l C r i s t i a n i s m o t a l c o m o e l l o s lo c o m p r e n d í a n . ¿ C ó m o h a p o d i d o p r o d u c i r s e s e m e j a n t e e r r o r d e p e r s p e c t i v a ? L a s c a u s a s son sin d u d a m ú l t i p l e s y m u y c o m p l e j a s , p e r o h a y p o r lo m e n o s u n a c u y a a c c i ó n n o d e j a l u g a r a d u d a s : el c a m b i o d e p e r s p e c t i v a s o b r e l a e s e n c i a d e l C r i s t i a n i s m o , q u e se p r o d u j o a p a r t i r d e l a R e f o r m a y q u e el j a n senismo ayudó a difundir y a confirmar. L o q u e n o es c i e r t o d e l C r i s t i a n i s m o m e d i e v a l l o es, e n e f e c t o , d e l d e los r e f o r m a d o r e s . N i los j u d í o s , n i los g r i e g o s , n i los r o m a n o s , a q u i e n e s se p r e d i c ó el E v a n g e l i o c r e y e r o n q u e esa p r e d i c a c i ó n s i g n i ficara la n e g a c i ó n d e la n a t u r a l e z a , a u n c a í d a en desgracia, o la neg a c i ó n c o r r e l a t i v a d e l l i b r e a l b e d r í o . M u y p o r lo c o n t r a r i o , e n los p r i m e r o s siglos d e l a I g l e s i a , s e r c r i s t i a n o e r a e s e n c i a l m e n t e m a n t e n e r s e a igual d i s t a n c i a e n t r e M a n e s , q u e n e g a b a la b o n d a d r a d i c a l d e la

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naturaleza, y Pelagio, q u e n e g a b a , c o n las heridas q u e ésta h a b í a recibido, la necesidad d e la gracia p a r a curarla. S a n Agustín mismo, a u n q u e la c o n t r o v e r s i a a n t i p e l a g i a n a hizo d e él el D o c t o r d e la g r a c i a , t a n t o p o d r í a l l a m a r s e t a m b i é n el D o c t o r d e l libre a l b e d r í o , p u e s luego d e e m p e z a r a e s c r i b i r u n De libero arbitrio antes d e conocer a Pelagio, j u z g ó n e c e s a r i o e s c r i b i r u n De gratia et libero arbitrio e n lo m á s recio d e l a d i s p u t a p e l a g i a n a . P a r a e n c o n t r a r u n De servo arbitrio hay que llegar a L u t e r o . C o n la R e f o r m a a p a r e c e p o r vez p r i m e r a esta conc e p c i ó n r a d i c a l d e u n a g r a c i a q u e salva al h o m b r e sin c a m b i a r l o , d e u n a justicia q u e rescata a la naturaleza corrupta sin restaurarla, d e u n Cristo q u e p e r d o n a al p e c a d o r las h e r i d a s q u e se h a h e c h o , p e r o n o las c u r a . A h o r a b i e n : a m e d i d a q u e el t i e m p o t r a n s c u r r í a y q u e el catolic i s m o m e d i e v a l p e r d í a i n f l u e n c i a , se p r o d u j o , p o r u n a s i n g u l a r ilusión d e p e r s p e c t i v a , e l h e c h o d e q u e se l l e g a r a a c o n f u n d i r l o c o n e s e c r i s t i a n i s m o d e los r e f o r m a d o r e s , q u e e r a su n e g a c i ó n m i s m a . A p a r t i r d e ese m o m e n t o , l a o b r a e n t e r a d e l a f i l o s o f í a m e d i e v a l s ó l o p o d í a p a r e c e r u n a h i p o c r e s í a , i n c a p a z , d e s d e l u e g o , d e e n g a ñ a r a n a d i e , o, e n la hipótesis m á s indulgente, c o m o u n error ingenuo. P a r a quien supone, e n efecto, q u e la E d a d M e d i a n o a d m i t e la persistencia estable d e la n a t u r a l e z a bajo el p e c a d o q u e la hirió, ¿ c ó m o c o m p r e n d e r q u e s u s filósofos p u d i e r a n s e r i a m e n t e q u e r e r u n a física, u n a m o r a l , u n a m e t a f í s i c a , e n fin, b a s a d a e n e s a física y e n e s a m o r a l ? P u e s t o q u e , p o r h i p ó t e s i s , t o d o l o q u e p a r a l o s g r i e g o s e r a el o b j e t o p r o p i o d e l a especulación r a c i o n a l h a d e j a d o d e existir, ¿ a q u é p o d r á e c h a r m a n o l a filosofía? D e n a d a s e r v i r á o b j e t a r q u e d e h e c h o h a h a b i d o filósofos e n l a E d a d M e d i a ; si c r e y e r o n s e r l o , n o p u e d e n h a b e r l o s i d o , p u e s s u c r i s t i a n i s m o l e s v e d a b a el a c c e s o a l a f i l o s o f í a . E f e c t i v a m e n t e , e s o s e r í a v e r d a d si s u p o s i c i ó n r e l i g i o s a h u b i e s e s i d o t a l c o r n o la d e s c r i b e n . D o n d e n o h a y v o l u n t a d libre, n o h a y l u c h a c o n t r a los vicios o la c o n q u i s t a d e las v i r t u d e s , y n o q u e d a l u g a r a l g u n o p a r a la m o r a l . D o n d e el m u n d o n a t u r a l está c o r r o m p i d o , ¿ q u i é n p e r d e r í a el t i e m p o leyendo la Física d e Aristóteles? C o m o dice L u t e r o : t a n t o vald r í a elegir la Basura c o m o t e m a d e desarrollo retórico. E n resumen: n o h u b i e r a h a b i d o f i l o s o f í a m e d i e v a l si l o s p r i m e r o s c r i s t i a n o s h u b i e s e n c o m p r e n d i d o su religión c o m o L u t e r o d e b í a c o m p r e n d e r la s u y a ; lejos d e p r o m o v e r l a o b r a d e los p e n s a d o r e s griegos, h a b r í a n p r o h i b i d o c o m o 1

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" D e i n d e q u o d P h y s i c a Aristotelis sit p r o r s u s inutilis m a t e r i a o m n i p e n i t u s aetati. C o n t e n t i o q u a e d a m est totus liber super re nihili et, velut assumpto a r g u m e n t o , r h e t o r i c a e x e r c i t a t i o n u l l i u s u s u s , nisi velis e x e m p l u m rhetoricae d e c l a m a t i o n i s c e r n e r é , u t si d e s t e r c o r e v e l a l i a r e n i h i l , i n g e n i u m e t a r t e m quis exerceat. I r a D e i voluit tot saecula his nugis et eisdem nihil intellectis h u m a n u m genus o c e u p a r i . . . Ejusdem farinae et metaphysica et d e anima sunt." L U T E R O , a Spalatino, 13 d e m a r z o d e 1 5 1 9 ; edic. W e i m a r , Briefwechsel, t. I , p á g . 3 5 9 . E l 2 3 d e f e b r e r o d e 1 5 1 9 ( t . I , p á g . 3 5 0 ) , p r o p o n e q u e se s u p r i m a u n c u r s o s o b r e l a L ó g i c a t o m i s t a y se l o r e e m p l a c e p o r l e c c i o n e s s o b r e l a s Metamorfosis d e Ovidio, libro I.

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éste la lectura y no habrían visto en la filosofía sino una plaga pestilente, justa venganza en el hombre, de un Dios irritado. La única dificultad contra esta tesis, pero es real, consiste en que de hecho la posición de los cristianos de la Edad Media era exactamente a la inversa. Bien lo sabía Lutero, y es lo que nunca les perdonó. Para él, todos los filósofos y teólogos medievales son paganos que creen que el pecado original dejó subsistir la naturaleza y que, una vez restablecida por la gracia, vuelve a ser capaz de obrar, de progresar, de merecer. San Buenaventura y Santo Tomás hubiesen quedado algo sorprendidos al oír que los trataban de paganos, pero hubieran aceptado todo lo demás, y, desde el momento en que se comprende ese punto, la existencia de una filosofía medieval aparece tan natural como debía* parecerlo su condenación al iniciador de la Reforma. Les hacía falta, por todas las razones que impedían a Lutero tener una. Defensores acérrimos de la gracia, no lo eran menos de esa naturaleza creada por Dios, doblemente • preciosa después que un Dios murió para salvarla. No serán ellos quienes nos dejen ignorar, al mismo tiempo que su miseria, la grandeza del hombre. Cuanto más conozca su dignidad, tanto mejor sentirá su gloria, y hasta, para que pueda referirla a Dios, es menester que la conozca: "Tener lo que se ignora tener, ¿qué gloria h a y en eso?" La pregunta es de San Bernardo, y podemos estar seguros de que jamás. pecó por exceso de indulgencia. hacia la naturaleza. Ahora bien: si la obra de la creación no está abolida, nada más útil para esos teólogos que acercarse a ella para interrogarla sobre su autor, o, como pacientes médicos, tratar de descubrir su forma original bajo los males que la desfiguran, para enseñarle los remedios. Pero, ¿cómo aplicar esos remedios sin conocer la anatomía del alma, y cómo conocer el alma sin el cuerpo, el cuerpo sin el universo de que forma parte:' Ciertamente, no es necesario saber esas cosas para predicar la salvación, ni para recibirla, pero si llegara a constituirse una "ciencia saludable", es decir, una teología, ¿ cómo, enseñando a salvar al mundo, se desinteresaría del mundo al cual quiere salvar? 1 1

Ahora bien: la ciencia para la salvación de ese mundo que el Evangelio quiere salvar no se halla en el Evangelio. No era ésa la misión tanto del Antiguo Testamento como del Nuevo. De modo que para los pensadores de la Edad Media todo ocurría como si cargasen con la doble responsabilidad de mantener una filosofía de la naturaleza, a la par que edificaban una teología de lo sobrenatural, integrando la primera a la segunda en un sistema coherente. Suponer a priori que la obra era demoledora es olvidar una vez más el principio en que se inspiraba toda su empresa. ¿Cómo habían de pensar que la ciencia de la gracia podía estorbar a la de la naturaleza, puesto que la gracia 1

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págs.

S a n BERNARDO, 12-13.

De

diligencio

Deo,

11;

edic.

Watkin

W.

Williams,

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EDAD

MEDIA

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sólo estaba ahí para perfeccionar a la naturaleza, luego de haberla restaurado? Pero, inversamente, no siendo la naturaleza sino el sujeto y punto de aplicación de la gracia, ¿cómo la ciencia de una, correctamente conducida, había de entrar en conflicto con la ciencia de la otra? Lo único eme podía hacerse era probar; para probar era indispensable partir de la única filosofía conocida, la de los griegos, y al mismo tiempo era imposible mantenerse en ella. Los Padres de la Iglesia y los filósofos de la Edad Media arrancaron de ella, pues, en los dos sentidos del término; para ellos Platón y Aristóteles fueron acjuello de que se parte y de lo cual, al partir, se separa, pero también fueron aquello de lo cual, al dejarlo, se lleva algo consigo. Mientras el hombre Platón y el hombre Aristóteles se inmovilizaban en el pasado de la historia, el aristotelismo y el platonismo siguieron viviendo una vida nueva, colaborando en una obra para la cual no sabían que habían sido designados. Gracias a ellos la Edad Media pudo tener una filosofía. Ellos le enseñaron la idea — p e r f e c t u m opus rationis—; le señalaron, con los problemas maestros, los principios racionales que dirigen su solución y aun las técnicas por las cuales se justifican. La deuda de la Edad Media con Grecia es inmensa, y esto es de sobra sabido; pero la deuda del helenismo con la Edad Media no es menor, y esto se desconoce; pues la filosofía griega no dejaba de tener algo que aprender de esa religión que la Edad Media enseñaba; el Cristianismo le permitió que hiciera nueva carrera comunicándole su propia vitalidad. De ahí el carácter tan particular que presenta la filosofía de la Edad Media, que a veces causó asombro. Cuanto más leemos los comentarios medievales sobre Aristóteles, tanto más nos convencemos de que sus autores sabían exactamente a qué atenerse en cuanto al sentido de lo que hacían. Santo Tomás puede escribir páginas sobre la Metafísica sin decirnos jamás que Aristóteles no enseña la creación del mundo, ni que la niega. Bien sabe eme Aristóteles no la enseña, pero lo que le interesa es ver y mostrar que aun cuando Aristóteles no tuvo conciencia de esa verdad capital, sus principios, permaneciendo lo que eran, no son incapaces de contenerla. Pero no lo son sino con la condición de sufrir un ahondamiento que él mismo no había previsto, y profundizarlos de ese modo es hacerlos todavía más conformes con su propia esencia, porque es hacerlos más verdaderos. En este sentido es cierto decir cjue no se interesan en la filosofía griega como historiadores. El Aristóteles de la historia implica sus fracasos con el mismo título eme sus éxitos; está hecho menos de la verdad que sus principios pueden encerrar, que de la verdad que vio en sus principios; ésta le envuelve, pues, con toda su grandeza, pero también con sus límites. Y lo mismo ocurre con Platón. Lo que los filósofos de la Edad Media les piden es, por lo contrario, todo y nada más que aquello por lo cual son verdaderos; donde aún no lo son completa-

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m e n t e , c ó m o p u e d e n llegar a serlo. E l a b o r a c i ó n d e l i c a d a , a veces sutil, pero en la cual S a n B u e n a v e n t u r a , S a n t o T o m á s de A q u i n o y D u n s Escoto d a n s i e m p r e p r u e b a d e e x t r e m a firmeza. N a d a artificial hay e n sus m é t o d o s , p u e s n u n c a f u e r z a n los p r i n c i p i o s c o n v i o l e n c i a q u e a m e n a c e d e s t r u i r l o s , p e r o los a m p l í a n c u a n t o es m e n e s t e r p a r a h a c e r l e s d e c i r t o d o l o q u e p u e d e n d e c i r y h a c e r l e s e n t r e g a r l a t o t a l i d a d d e su v e r d a d . L a e d a d d e los c o m e n t a r i s t a s , c o m o g u s t a l l a m á r s e l e s , fué s o b r e t o d o l a e d a d d e l o s filósofos c o m e n t a r i s t a s . N o h a y q u e c e n s u r a r l e s , p u e s , a l a v e z , q u e t e n g a n s i n c e s a r el n o m b r e d e A r i s t ó t e l e s e n los l a b i o s y c o n s t a n t e m e n t e l e h a g a n d e c i r l o q u e é l n o h a d i c h o . N u n c a se l a s d i e r o n d e h i s t o r i a d o r e s , p e r o q u i s i e r o n s e r filósofos, y a m e n o s q u e se e x i j a • — D i o s n o l o q u i e r a — q u e l a f i l o s o f í a e s t é p o b l a d a e x c l u s i v a m e n t e p o r h i s t o r i a d o r e s d e l a filosofía, la h i s t o r i a n o tiene n a d a que reprocharles. ¿ Q u é h a y , p u e s , e n la a c t i t u d d e los m a e s t r o s m e d i e v a l e s , q u e nos o f e n d a o n o s m o l e s t e ? N a d a , q u i z á , sino su m o d e s t a d o c i l i d a d p a r a i n s t r u i r s e e n l a f i l o s o f í a a n t e s d e t r a b a j a r e n s u p r o g r e s o . S i e s o es u n c r i m e n , l o c o m e t i e r o n , y y a n o t i e n e r e m e d i o . C r e y e r o n q u e l a filosofía n o p o d í a ser la o b r a d e u n h o m b r e , c u a l q u i e r a sea su genio, sino que, c o m o l a c i e n c i a , p r o g r e s a p o r l a p a c i e n t e c o l a b o r a c i ó n d e las g e n e r a c i o n e s q u e se s u c e d e n , c a d a u n a d e l a s c u a l e s se a p o y a e n l a p r e c e dente, p a r a excederla. "Somos —decía Bernardo de Chartres—• como e n a n o s s e n t a d o s e n los h o m b r o s d e g i g a n t e s . D e m o d o q u e v e m o s m á s c o s a s q u e los A n t i g u o s , y m á s l e j a n a s , p e r o e l l o n o se d e b e n i a la a g u d e z a d e n u e s t r a vista, ni a n u e s t r a estatura, sino a q u e nos llevan y nos a l z a n c o n su g i g a n t e s c a a l t u r a . " H e m o s p e r d i d o esa n o b l e m o d e s t i a . M u c h o s c o n t e m p o r á n e o s n u e s t r o s q u i e r e n p e r m a n e c e r e n el suelo; p o n i e n d o su gloria e n n o ver n a d a m á s , a m e n o s q u e sea p o r ellos m i s m o s , se c o n s u e l a n d e su e s t a t u r a c o n v e n c i é n d o s e d e q u e son viejos. T r i s t e vejez a q u e l l a q u e p i e r d e la m e m o r i a . Si f u e r a cierto, c o m o se h a d i c h o , q u e S a n t o T o m á s f u é u n n i ñ o y D e s c a r t e s u n h o m bre, estaríamos m u y cerca de la decrepitud. A n h e l e m o s m á s bien que l a e t e r n a j u v e n t u d d e l o v e r d a d e r o n o s c o n s e r v e l a r g o t i e m p o e n su i n f a n c i a , l l e n o s d e e s p e r a n z a e n l o p o r v e n i r y d e f u e r z a p a r a e n t r a r e n él.

APÉNDICE AL CAPÍTULO XIV NOTA SOBRE LA COHERENCIA DE LA MÍSTICA CISTERCIENSE

COHERENCIA de la doctrina del amor en San Bernardo ha sido formalmente puesta en tela de juicio por un historiador cuya opinión en esas materias no puede ser desdeñada . Decir que la doctrina del amor no es perfectamente coherente en el autor del De diligencio Deo es decir que la doctrina mística del más grande místico del siglo X I I carece de coherencia. Si aquí emprendemos la discusión de semejante conclusión, no es porque no admiremos un espíritu como el deplorado P. Rousselot, pues no es posible tener trato con él sin amarle, pero se trata de la unidad y de la inteligibilidad de una doctrina sin la cual la Edad Media no sería para nosotros lo que es. El guía de Dante hacia el éxtasis místico, ¿llegó o no a ponerse en claro sobre el fundamento de su propia síntesis mística? Tal es la cuestión que la crítica del P. Rousselot nos invita a discutir. Pero, en primer lugar, ¿cuál es su crítica? Planteado en términos abstractos, el "problema del amor" podría formularse así: "¿Es posible un amor que no sea egoísta? Y, si es posible, ¿cuál es la relación de ese puro amor hacia los demás con el amor a sí mismo, que parece ser el fondo de todas las tendencias naturales?" Todos los pensadores de la Edad Media conciertan en considerar el caso del amor de Dios como el caso tipo de este problema, pues todos estiman que sólo Dios es el fin beatífico del hombre; pero cuál es la relación del amor con el fin hacia el cual tiende, es un punto sobre el que dichos místicos parecen, por lo contrario, vacilar entre dos respuestas posibles. De hecho, dos conceptos del amor los dividen: el del amor físico, que también pudiera llamarse greco-tomista, y el del amor extático. El concepto físico, es decir, "natural" del amor, se encuentra en los pensadores "que fundan todos los amores reales o posibles sobre la necesaria propensión que los seres de la naturaleza tienen a buscar su propio bien. Para estos autores, entre el amor de Dios y el amolde sí mismo hay una identidad fundamental, aunque secreta, que

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1

en

P.

ROUSSELOT,

Pour

Beitrage-Baeumker,

VI,

l'histoire 6,

du probléme

Münster;

1908.

de

l'amour

au moyen

age,

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DE L A FILOSOFÍA

MEDIEVAL

h a c e d e él l a d o b l e e x p r e s i ó n d e u n m i s m o a p e t i t o , el m á s p r o f u n d o o el m á s n a t u r a l d e todos, o, p a r a decirlo m e j o r , el ú n i c o n a t u r a l " . M u y p o r l o c o n t r a r i o , el c o n c e p t o extático del amor "es tanto m á s a g u d o e n u n a u t o r c u a n t o m á s c u i d a d o p o n e e n c o r t a r t o d o s los v í n c u l o s q u e p a r e c e n u n i r el a m o r p o r l o s d e m á s a l a s i n c l i n a c i o n e s e g o í s t a s : e l a m o r , p a r a los c a m p e o n e s d e e s t a e s c u e l a , es t a n t o m á s p e r f e c t o , t a n t o m á s amor, c u a n t o m á s c o m p l e t a m e n t e f u e r a d e sí m i s m o p o n e a l s u j e t o " . C o m o se v e , a q u í n o se t r a t a d e d o s sistem a s opuestos, sino m á s bien d e d o s tendencias d e sentido contrario y, e n r e a l i d a d , c u a n d o e l P . R o u s s e l o t s e p r e g u n t a c u á l d e l a s d o s d o m i n a e n S a n B e r n a r d o , t i e n e q u e c o n t e s t a r q u e u n a y o t r a . E n el De diligendo Deo, l a c o n c e p c i ó n f í s i c a d o m i n a , p e r o e n l o s Sermones s'óbre el Cantar de los cantares prevalece la concepción e x t á t i c a , y p o r e s o , d e s d e l u e g o , " s u d o c t r i n a n o es p e r f e c t a m e n t e c o h e r e n t e " *. ¿Es absolutamente seguro? 2

3

E n p r i m e r l u g a r , p a r e c e d i f í c i l d i s t r i b u i r e n d o s g r u p o s los t e x t o s d e S a n B e r n a r d o y a t r i b u i r a c a d a u n o d e esos g r u p o s c i e r t a s o l u ción del p r o b l e m a del amor. P a r a conservar la terminología del P. R o u s s e l o t , es i n c o n t e s t a b l e q u e e l c o n c e p t o físico d e l a m o r se h a l l a e n e l De diligendo Deo, y h a s t a d e s e m p e ñ a u n p a p e l e s e n c i a l , p e r o n o se p u e d e c o m p r e n d e r e s e p a p e l s i n c o n o c e r e l s e n t i d o e x a c t o d e l a terminología d e S a n B e r n a r d o ni colocar esa doctrina e n el conjunto del t r a t a d o . A h o r a b i e n : p a r a d e t e r m i n a r i n m e d i a t a m e n t e el s e g u n d o p u n t o , es l o c i e r t o q u e e l c o n c e p t o e x t á t i c o d e l a m o r s e e n c u e n t r a d e s a r r o l l a d o y a e n 1 1 2 6 , e n e l m i s m o De diligendo Deo, d o n d e s e n o s p r o p o n e l a f ó r m u l a m á s c r u d a d e l a c o n c e p c i ó n física d e l a m o r . M á s e x a c t a m e n t e a ú n : e n el e s c r i t o m í s t i c o m á s a n t i g u o q u e n o s h a d e j a d o S a n B e r n a r d o , s u Epístola de Caritate ( 1 1 2 5 ) , es d o n d e u n o y o t r o c o n c e p t o se e n c u e n t r a n j u n t o s . E n e l m i s m o c a p í t u l o , y a pocas lincas d e distancia, S a n B e r n a r d o afirma q u e nuestro a m o r " c o m i e n z a n e c e s a r i a m e n t e p o r nosotros m i s m o s " , y q u e el fin d e est: a m o r d e sí m i s m o es e n t r a r e n l a d i c h a d e D i o s , d e t e n d e r e n t e r a m e n t e h a c i a D i o s , d e e n t r a r " c o m o o l v i d á n d o s e d e sí d e m a n e r a m a r a v i l l o s a , y c o m o s e p a r á n d o s e e n t e r a m e n t e d e s í " . ¿ C ó m o sostener, después d e esto, q u e el c o n c e p t o extático sea, e n S a n B e r n a r d o , 5

2

P . R O U S S E L O T , op. cit., p á g s . 1 - 4 . '•• P . R O U S S E L O T , op. cit., p á g . 5 , n o t a 1 . * P . R O U S S E L O T , op. cit., p á g s . 4 9 - 5 0 . '•> De diligendo Deo, c a p . x v ; e d i c . W a t k i n W . W i l l i a m s , C a m b r i d g e , U n i versity Press, 1 9 2 6 , p á g . 6 5 , 1 . 1 4 - 1 5 , y p á g . 6 6 , 1 . 1 8 - 1 9 . S a n B e r n a r d o a g r e g ó a s u De diligendo Deo u n a p a r t e d e l a c a r t a d i r i g i d a a G u i g u e s I I e l C a r t u j o e n c o n t e s t a c i ó n a l e n v i ó d e s u s Meditaciones. E s t a c a r t a es l a Epist. XI d e l a e d i c i ó n M a b i l l o n . E l De diligendo Deo n o r e p r o d u c e m á s q u e la p a r t e d o c t r i n a l , l a q u e e m p i e z a e n l a s e g u n d a frase d e l a r t . V I I I d e la c a r t a : " I l l a s i q u i d e m vera et sincera est c a r i t a s . . . " y t e r m i n a al final del M't, I X : " . , . r n i s e r a t i o n i s a í í e c t u s . " E s c r i t a a l r e d e d o r d e u n a ñ o a n t e s q u e e l

NOTA

SOBRE

LA

COHERENCIA

38o,

6

el producto de un desarrollo tardío? Y ¿cómo no preguntarse si las "intuiciones" de que se le acusa haber carecido, y los "ilogismos" que se le reprochan, no serían más bien cosas de su historiador que de San Bernardo? Ésa es la cuestión que conviene examinar, definiendo primeramente el sentido de los términos que emplea San Bernardo, en su De diligendo Deo. ¿Qué quiere decirse cuando se habla de un amor natural en una doctrina como la de San Bernardo? Para él, como para San Agustín, la naturaleza del hombre designa siempre al hombre en su estado concreto, es decir, tal cual Dios lo creó. El vocablo naturaleza no s e opone, pues, en él al vocablo gracia; antes bien, debe decirse que lo evoca. La realidad es la misma para San Agustín y para San Bernardo que para Santo Tomás; ni unos ni otros creen en la existencia de un estado de pura naturaleza, en que el hombre habría subsistido, aunque sólo fuese un instante, sin los dones de la gracia; pero la terminología tomista y la terminología agustiniana no son la misma. Para Santo Tomás, los conceptos sirven para analizar lo concreto; llama, pues, naturaleza del hombre a la esencia misma del hombre concebido como animal racional, con todo lo que pertenece a esta esencia y nada más que lo que le pertenece. En esas condiciones, cuando un tomista habla de un amor natural del hombre, entiende con ello un amor humano en cuanto tal, sin intervención de la gracia. Para San Agustín y San Bernardo, los conceptos sirven para designar lo real en su complejidad concreta, aún no analizada; de modo que si hablan de un amor natural, el vocablo naturaleza no excluye necesariamente la gracia, puesto que Dios creó al hombre en estado de gracia y aun cuando el hombre la perdió, todavía puede recuperarla. En una palabra: San Bernardo nunca habla de la naturaleza sino como en posesión de la gracia o con capacidad para recibirla. Apliquemos ese principio al análisis de los textos. ¿Es natural al hombre empezar por amarse a sí mismo? Sí; el De diligendo Deo lo afirma. Pero ¿en qué sentido es natural? No es un precepto que Dios nos impone; lo que a ello nos obliga es el estado en que se encuentra necesariamente colocada una naturaleza enferma y débil. Lo que San Bernardo llama el amor carnal — a m o r carnalis—, es decir, el amor de nosotros mismos por nosotros mismos, es, pues, ei De diligendo Deo, p a s ó a f o r m a r l o s c u a t r o ú l t i m o s c a p í t u l o s ( c a p s , x n - x v ) . Véase la declaración de S a n B e r n a r d o : " M e m i n i m e d u d u m a d sanctos fratres C a r t u s i e n s e s s c r i p s i s s e e p i s t o l a m . . . " De diligendo Deo, X I I ; edic. cit., p á g . 5 8 . W. W. Williams hace observar q u e en lugar d e utilizar el término caritas, c o m o e n l a c a r t a , S a n B e r n a r d o e m p l e a m á s b i e n e l t é r m i n o amor e n e l De diligendo Deo. 6

F á c i l s e r í a d e m o s t r a r q u e , i n v e r s a m e n t e , e n l o s Sermones sobre el Cantar de los Cantares, S a n B e r n a r d o n o o l v i d ó e l a m o r l l a m a d o físico; c l a r o se v e r á más adelante.

3qo

EL

ESPÍRITU

DE LA FILOSOFÍA

MEDIEVAL

punto de p a r t i d a n e c e s a r i o d e toda la e v o l u c i ó n u l t e r i o r d e l a m o r , no porque D i o s nos lo i m p o n g a , n i p o r q u e s e a e n sí u n a c o s a e x c e ­ lente, sino p o r q u e s i n e s e a m o r n i s i q u i e r a p o d r í a m o s s u b s i s t i r . P a r a poder amar a D i o s h a y q u e vivir, y p a r a v i v i r h a y q u e a m a r s e a sí mismo . De m o d o q u e es p r i m e r a m e n t e u n h e c h o y, p a r a e m p e z a r , nada rnás que eso. El hombre se e n c u e n t r a , p u e s , en l a s i g u i e n t e s i t u a c i ó n : D i o s l e 7

prescribe que lo a m e p o r s o b r e t o d a s l a s c o s a s y , d e h e c h o , l a f r a g i ­ lidad de la n a t u r a l e z a h u m a n a le o b l i g a a a m a r s e a sí m i s m o e n primer lugar. Para c o m p r e n d e r l a r a z ó n d e e s t a c o n t r a d i c c i ó n , c o n ­ viene tomar en c o n s i d e r a c i ó n l a c a u s a d e l a e n f e r m e d a d h u m a n a . Ahora bien: sobre este p u n t o , San B e r n a r d o s e e x p r e s a c o n b a s t a n t e claridad para q u e no sea posible e q u i v o c a r s e r e s p e c t o d e s u p e n s a ­ miento. El amor carnal no es una orden de D i o s , t a m p o c o es u n a falta, pero es el r e s u l t a d o de una falta. Porque s o m o s c a r n a l e s y nacernos de la c o n c u p i s c e n c i a d e la carne, es m e n e s t e r n e c e s a r i a ­ mente que nuestro a m o r , o nuestra c o d i c i a , p u e s e s l o m i s m o , comience por la carne. Ese a m o r , o esa c o d i c i a , p o d r á n l u e g o s e r modificados por la g r a c i a y dirigidos según e l o r d e n q u e c o n v i e n e hacia el más elevado f i n e s p i r i t u a l ; p e r o u n h o m b r e n a c i d o d e l 8

9

pecado no empieza p o r l o e s p i r i t u a l , s i n o p o r l o a n i m a l y l o c a r n a l .

En otros t é r m i n o s : la n e c e s i d a d de h e c h o e n q u e n o s h a l l a m o s d e dirigir primero n u e s t r o a m o r h a c i a n o s o t r o s m i s m o s r e s u l t a d e q u e hemos nacido de l a c o n c u p i s c e n c i a , y é s t a m i s m a es c o n s e c u e n c i a 7

" S e d q u o n i a r n n a t u r a fragilior a t q u e i n f i r m i o r est, ipsi p r i m u m i m p e r a n t e necessitate, cornpelletur i n s e r v i r e ; et est a m o r carnalis, q u o a n t e o m n i a h o m o d i i i g i t s e i p s u m p r o p t e r s e i p s u m . " De diligencio Deo, c a p . v i n ; e d i c . W a t k i n W . W i l l i a m s , p á g . 4 2 . M i e n t r a s e s t e a m o r d e sí m i s m o s e l i m i t a a l a o b t e n c i ó n d e l o s b i e n e s n e c e s a r i o s a l a v i d a , m i e n t r a s se m a n t i e n e " i n n e c e s s i t a t i s á l v e o " , n a d a t i e n e q u e r e p r o c h a r s e . S i , c o m o es s u p r o p e n s i ó n n a t u r a l , t i e n d e a l o s u p e r í í u o , se h a c e p e l i g r o s o y m a l o . D e m o d o q u e es s u n e c e s i d a d l a q u e f u n d a su legitimidad. S a n B e r n a r d o n o d i s t i n g u e e n t r e amor y cupiditas. Sigue u n a terminología c l á s i c a , l a d e S a n A g u s t í n , p a r a q u i e n l a cupiditas n o es sino el a m o r m i s m o e n su aspiración h a c i a el o b j e t o a m a d o : " A m o r ergo inhians habere quod a m a t a r , c u p i d i t a s e s t . . . , p r o i n d e m a l a s u n t i s t a , si m a l u s e s t a m o r ; b o n a , si b o n u s . " S a n A G U S T Í N , De civit. Dei, X I V , 7 ; Patr. lat., t . 4 1 , c o l . 4 1 0 . Si n o s a t e n e m o s a t o d o ese capítulo, v e r e m o s q u e S a n A g u s t í n r e h u s a o p o n e r caritas, dilectio y amor. H a y u n a m o r b u e n o , y e n este c a s o , el a m o r es c a r i d a d o d i l e c c i ó n ; lo q u e p u e d e o p o n e r el a m o r a l a c a r i d a d n o es q u e a q u é l s e a a m o r , s i n o q u e s e a m a l o . Y l o m i s m o e n c u a n t o a cupiditas. Si el a m o r e s b u e n o , e l d e s e o e s b u e n o . P u e d e h a b e r , p u e s , u n d e s e o d e l a c a r i d a d , y es la aspiración m i s m a d e l a c a r i d a d h a c i a Dios. 8

8

" V e r u m t a m e n q u i a carnales sumus, et de carras concupiscentia nascimur, n e c e s s e e s t c u p i d i t a s v e l a m o r n o s t e r a c a r n e i n c i p i a t , q u a e si r e c t o o r d i n e dírigitur, q u i b u s d a m sui gradibus duce gratia proficiens, spiritu t á n d e m consummabitur, quia n o n prius quod spirituale, sed quod anímale, deinde quod

s p i r i t ü a l e . " De diligendo

Deo, c a p . x v , p á g . 6 5 .

NOTA

SOBRE

LA

3 I

COHERENCIA

9

10

del pecado original . El amor carnalis es, pues, el amor por el cual comienza necesariamente una carne que en adelante está vendida al pecado; el amor natural de sí mismo es el amor que se ha vuelto natural para una humanidad caída en desgracia; sólo que, si se toma así la naturaleza en su estado concreto, y en cierto modo histórico, no es suficiente considerar su caída; pues su caída sólo se mide con relación a una gracia, y como lo que ha conservado de esa gracia forma también parte de su naturaleza, no se puede describir completamente el amor natural del hombre sin tener en cuenta a la vez su miseria y sus posibilidades de reparación. El hombre no es la imagen de Dios, pues no hay sino una Imagen de Dios: el Verbo. Pero el hombre es una imagen de esta Imagen, y por eso dice la Biblia que ha sido hecho: ad imaginem. Lo que esta expresión significa es que el hombre ha sido creado por Dios en un estado de gran dignidad y capaz de participar de la majestad divina: celsa creatura in capacítate majestatis. Ésa es su grandeza, y puesto que le ha sido conferida por el acto creador mismo, es inseparable de él. Sin duda, la grandeza del alma no es idéntica al alma; pero es como su forma; ahora bien: por una parte, nulla forma est id cujus est forma, de modo que el alma es distinta de lo que hace su grandeza, pero, por otra parte, no puede perder su forma sin dejar de ser ella misma, de suerte que no se puede concebir que se la separe nunca . En cambio, esta alma no sólo ha sido creada capaz de las cosas celestiales, sino deseosa de estos bienes: appetens supernorum, y, en eso, fué creada en un estado de rectitud. Al perder esta rectitud por el pecado, se encorvó hacia las cosas terrenales; de modo que, de recta, se convirtió en curva; pero, aun perdiendo su rectitud, no perdió su grandeza, porque todavía guarda su forma, y, aun en su miseria, sigue siendo etiam sic aeternitatis capax. Si así no fuera, si la grandeza congénita del alma estuviese suprimida por el pecado, no le quedaría ninguna esperanza de salvación, pues, para ella, perder su grandeza sería perder esa capacidad de las cosas celestiales que la constituye: non superesset spes salutis; nam si desinat magna esse, et capax . He ahí, pues, lo que para nosotros es estar 1 1

v

1

0

1

1

¿

N o sólo l a expresión " d e carnis c o n c u p i s c e n t i a " n o d e j a l u g a r a d u d a alguna, sino q u e el " q u i a carnales s u m u s " remite n a t u r a l m e n t e al texto d e S a n P a b l o : " S c i m u s e n i m q u i a lex spiritualis est, e g o a u t e m carnalis s u m , v e n u m d a t u s s u b p e c c a t o " (Rom,, V I I , 1 4 ) . E s t e t e x t o e s e l c o m i e n z o d e l f a m o s o desarrollo sobre la i n c a p a c i d a d del h o m b r e p a r a hacer el bien q u e él desea. D e m o d o q u e n o h a y d u d a p o s i b l e s o b r e e l s e n t i d o d e carnalis, n i d e concupiscentia, y se t r a t a b i e n d e l a q u e es u n a c o n s e c u e n c i a d e l p e c a d o . S a n BERNARDO, In Cant.

12 In

Cant.

Anima ad imaginem

Cant.,

Cant.,

s e r m o 8 0 , a r t . 5 . Patr.

80, 3. Tenemos, pues,

Magna quo capax aeternorum (forma animae)

el siguiente

Recta quo appetens supernorum

lat.,

t. 1 8 3 , c. 1 1 6 8 .

esquema: Curva quo appetens terrestrium

3Q2

Ei

ESPÍRITU

DE LA FILOSOFÍA

MEDIEVAL

h e c h o s a i m a g e n d e D i o s ; ¿ c u á l es l a s i g n i f i c a c i ó n d e i m a g e n c o n relación al a m o r místico?

d e ese e s t a d o

E n p r i m e r l u g a r n o s p e r m i t e c o m p r e n d e r lo q u e e n n o s o t r o s está v i c i a d o , l u e g o t a m b i é n l o q u e es m e n e s t e r r e f o r m a r p a r a r e s t i t u i r e n n o s o t r o s l a n a t u r a l e z a h u m a n a p r i m i t i v a , y , por eso mismo, perm i t i r q u e el h o m b r e se e n t r e g u e a l a b r a z o m í s t i c o d e l V e r b o : ut ad amplexus Verbi fidenter accedat . L o q u e permanece semejante a D i o s , d e s p u é s d e l p e c a d o , es l a g r a n d e z a d e l a l m a , s u f o r m a . L o d e s e m e j a n t e es l a e n c o r v a d u r a d e l a l m a h a c i a l a t i e r r a , l a p é r d i d a d e s u r e c t i t u d . M i e n t r a s el a l m a e r a r e c t a , a m a b a a D i o s y n o o b e d e c í a a m á s ley q u e l a d e l a m o r d i v i n o ; d e s d e el m o m e n t o e n q u e a m a las cosas t e r r e n a l e s se esclaviza a l a ley d e t e m o r y p i e r d e la l i b e r t a d d e l a m o r . N o es q u e el t e m o r a n i q u i l e s u l i b r e a l b e d r í o , p u e s i d é n t i c o a l a v o l u n t a d , es y s e g u i r á s i e n d o i n d e s t r u c t i b l e ; d e m o d o q u e destruye, a ú n m e n o s la v o l u n t a d , p e r o l a reviste e n cierto m o d o con u n a vestimenta q u e la cubre y bajo la cual desaparece p o r cierto tiempo la libertad espiritual del bien c o n q u e la h a b í a d o t a d o el a m o r : non tamen ut libértate pro púa nudaretur, sed superindueretur. L o s m a l e s d e q u e el a l m a s u f r e e n t o n c e s n o r e e m p l a z a n a l o s b i e n e s n a t u r a l e s q u e r e c i b i ó d e s u c r e a d o r , p e r o se l e a g r e g a n y perturban, deforman u n orden que no pueden a n i q u i l a r . 1 S

1 4

U n a c o n s e c u e n c i a c a p i t a l d e e s e d e s o r d e n es q u e a l h a c e r s e d e s e m e j a n t e a D i o s , el a l m a , c u y a e s e n c i a m i s m a es s e r s e m e j a n t e a D i o s , se h a c e d e s e m e j a n t e a sí m i s m a . F a l s a y t r a i d o r a a s u p r o p i a e s e n c i a , q u e es s e r u n a n á l o g o d i v i n o , c e s a a l a v e z d e p a r e c e r s e a D i o s y d e p a r e c e r s e a sí m i s m a : unde anima dissimilis Deo, unde dissimilis et sibi i®. A h o r a b i e n : c o n s c i e n t e d e sí m i s m a , n o p u e d e i g n o r a r n i l a c a p a c i d a d d e g r a n d e z a q u e subsiste e n ella, c o m o i n h e r e n t e a su n a t u r a l e z a , n i l a p é r d i d a c r u e l d e l a g r a n d e z a d e q u e es n a t u r a l m e n t e c a p a z . E n o t r o s t é r m i n o s : a ú n se s i e n t e s e m e j a n t e a D i o s y fiel a su p r o p i a e s e n c i a , p u e s t o q u e subsiste su a p t i t u d a lo d i v i n o , p e r o a l m i s m o t i e m p o se s i e n t e i n f i e l a D i o s y a s u v e r d a d e r a e s e n c i a ; d e a h í el c r u e l d e s g a r r a m i e n t o d e l a l m a e m e , s i n t i é n d o s e t o d a v í a s e m e j a n t e y v i e n d o q u e e n p a r t e es d i f e r e n t e , e x p e r i m e n t a h o r r o r d e sí m i s m a , q u e es l o t r á g i c o í n t i m o d e l a v i d a d e l p e c a d o r A partir d e ese m o m e n t o , el a l m a d e s e a r e c o b r a r su p l e n a s e m e j a n z a a Dios y a sí m i s m a e l i m i n a n d o l a d e s e m e j a n z a q u e a u n t i e m p o l a s e p a r a L a c u a l i d a d d e magna La

doctrina

13 In Cant.

e s i n s e p a r a b l e ; l a s d e recta y d e curva s o n s e p a r a b l e s .

de San Bernardo

Cant.,

está

aquí

m u y cerca

de la de San

Anselmo.

8 1 , 1 ; c. 1 1 7 1 c .

1 1

In Cant. Cant., 8 2 , 4 - 5 : " I t a q u e b o n i s n a t u r a e m a l a a d v e n t i t i a d u i n n o n s u c c e d u n t , sed a c c e d u n t , t u r p a n t u t i q u e e a , n o n e x t e r m i n a n t , conturbante, n o n d e t u r b a n t " . Patr. lat., t. 1 8 3 , c . 1 1 7 9 - 1 1 8 0 .

» In Cant. re h Cant.

Cant., Cant.,

8 2 , 5 ; c. 1 1 7 9 . 8 2 , 6 ; c. 1 1 8 0 .

NOTA

SOBRE

LA

3g3

COHERENCIA

d e u n o y d e o t r a . S ó l o p o r l a c a r i d a d y l a g r a c i a lo p u e d e . A h o r a b i e n : r e c o b r a r l a c a r i d a d n o es s o l a m e n t e v o l v e r a s e r s e m e j a n t e a D i o s , l u e g o a sí m i s m a ; es t a m b i é n , p u e s t o q u e el a l m a se c o n o c e y se v e í n t i m a m e n t e e l l a m i s m a , v e r a D i o s e n l a i m a g e n p o r fin r e s t a u r a d a p o r l a g r a c i a y e n l a q u e e n a d e l a n t e se m i r a c o m p l a c i d o . De a h í ese t e x t o m a g n í f i c o d o n d e t o d a s l a s i d e a s m a e s t r a s d e l a m í s t i c a c i s t e r c i e n s e se e n t r e c r u z a n c o n ' p o d e r o s a d e n s i d a d : " C i e r t a m e n t e es s o r p r e n d e n t e y a d m i r a b l e la s e m e j a n z a q u e a c o m p a ñ a a la visión d e D i o s , o m á s b i e n , es esta visión misma [así, l a similitudo participada p o r e l a l m a se i d e n t i f i c a a q u í c o n l a visio, c o m o si f u e r a u n a m i s m a c o s a v e r a D i o s y h a c e r s e s e m e j a n t e a él], y c o n eso q u i e r o d e c i r in caritate. E s a v i s i ó n es l a c a r i d a d : caritas illa visio; e l l a es l a s e m e j a n z a . ¿ Q u i é n n o se m a r a v i l l a r í a d e e s a c a r i d a d d e u n D i o s d e s p r e c i a d o q u e n o s l l a m a a É l ? S i n d u d a es c o n r a z ó n r e p r e n d i d o a q u e l m a l o , q u e r epr es entába m o s c o m o u s u r p a n d o la semejanza de Dios, p u e s a m a n d o l a i n i q u i d a d n o p u e d e a m a r a D i o s n i a sí m i s m o . P u e s e s t á e s c r i t o q u e a r r i a r l a i n i q u i d a d es o d i a r s u a l m a . D e s a p a r e c i d a , p u e s , l a i n i q u i d a d q u e c a u s a e n t r e el a l m a y D i o s e s a d i f e r e n c i a p a r c i a l [ p u e s l a g r a n d e z a d e l a l m a , s u c a p a c i d a d d e D i o s , le q u e d a ] h a b r á e n t r e ellos p e r f e c t a u n i ó n e s p i r i t u a l , m u t u a visión y a m o r r e c í p r o c o . L l e g a n d o lo q u e es p e r f e c t o , d e s a p a r e c e l o q u e sólo es p a r c i a l , y e n t r e D i o s y el a l m a h a b r á u n a m o r c a s t o [ t o t a l m e n t e desinteresado] y c o n s u m a d o , p l e n o conocimiento, vista manifiesta, c o n j u n c i ó n sólida, sociedad indivisible, semejanza perfecta. E n t o n c e s el a l m a c o n o c e r á a D i o s c o m o é s t e l a c o n o c e ; le a m a r á c o m o É l l a a m a ; el esposo h a l l a r á la d i c h a e n la esposa, c o n o c i e n d o y c o n o c i d o , a m a n d o y a m a d o , J e s u c r i s t o n u e s t r o S e ñ o r , q u e , s i e n d o D i o s , es b e n d e c i d o p o r s o b r e t o d a s las c o s a s p o r los siglos d e los s i g l o s " . 1 7

P a r a q u i e n c o m p r e n d e esc p u n t o c e n t r a l , l a c o h e r e n c i a d e l a m í s t i c a c i s t e r c i e n s e a p a r e c e p l e n a m e n t e y l a s a n t i n o m i a s q u e se c r e e n p e r c i b i r se d e s v a n e c e n . P r e g ú n t a s e c ó m o es p o s i b l e c o n c i l i a r el a m o r d e sí m i s i n o c o n el a m o r d e D i o s . P e r o e n e s o n o h a y d i f i c u l t a d a l g u n a . P a r a u n s e r q u e es u n a i m a g e n , c u a n t o m á s se a s e m e j a a D i o s , t a n t o m á s fiel es a sí m i s m o . A h o r a b i e n : ¿ q u é es D i o s ? D i o s es a m o r : Deus caritas est ( I J o a n . , I V , 8) ; es d e c i r , q u e s i e n d o e s e n c i a l m e n t e c a r i d a d , v i v e d e c a r i d a d . S u c a r i d a d es É l , l u e g o es s u v i d a , y e n c i e r t o s e n t i d o p u e d e d e c i r s e t a m b i é n q u e es s u ley. L a mística cisterciense está e n t e r a m e n t e suspensa d e u n a teología de la T r i n i d a d , c u y a i d e a c e n t r a l p a r e c e ser q u e D i o s m i s m o v i v e d e u n a ley y q u e l a l e y q u e r i g e l a v i d a í n t i m a d e D i o s es el a m o r . E l P a d r e e n g e n d r a al H i j o , y el v í n c u l o q u e u n e a l H i j o a l P a d r e , c o m o u n e el P a d r e a l H i j o , es el E s p í r i t u , q u e es s u m u t u o a m o r . L a c a r i d a d es, p u e s , c o m o q u i e n d i c e el v í n c u l o q u e a s e g u r a l a u n i d a d «

In Cant.

Cant.,

8 2 , 8 : Patr.

lat., t . 1 8 3 , c . 1 1 8 1 .

3 .i

EL

9

ESPÍRITU

DE L A FILOSOFÍA

MEDIEVAL

de la vida divina, y p o r a h í la p a z divina, la bienaventuranza d i v i n a ; n o u n a c a r i d a d q u e s e a g r e g a a D i o s , s i n o q u e es substantiam Mam divinam; la substancia divina misma. E n nosotros, y particip a d a , l a c a r i d a d y a n o es l a s u b s t a n c i a d e D i o s , p e r o e s s u d o n . T o d o o c u r r e c o m o si D i o s m i s m o v i v i e r a d e u n a l e y s u b s t a n c i a l —nec absurdum videatur quod dixi etiam Deum vivere ex lege— y c o m o si e s t a l e y d e a m o r , p a r t i c i p a d a p o r l a s c o s a s , f u e s e l a l e y eterna, creadora y directora del universo, pero m á s particularmente del h o m b r e , e n el q u e r e i n a corno c a r i d a d . " C u m ipsa q u o q u e lex o m n i u m s i n e l e g e n o n sit, n o n t a m e n a l i a q u a m s e i p s a , q u a e t s e i p s a m , etsi n o n c r e a v i t , r e g i t t a m e n " ; h e a h í la clave d e b ó v e d a teológica d e toda l a o b r a ; p u e s e l s i e r v o v i v e t a m b i é n d e u n a l e y , e l t e m o r , p e r o q u e n o es l a ley d e D i o s ; t a m b i é n el m e r c e n a r i o vive d e u n a ley, q u e e s u n a l e y d e a m o r , p e r o , p u e s t o q u e e s l a l e y d e l a m o r d e sí m i s m o , v i v e s o m e t i d o a u n a l e y q u e é l m i s m o s e h a h e c h o , y q u e p o r c o n s i g u i e n t e n o es l a l e y d e D i o s . S ó l o q u e n i el s i e r v o n i el m e r c e n a r i o p u e d e n i m p e d i r q u e la ley d i v i n a exista; n i siquiera p u e d e n h a c e r q u e l a s l e y e s q u e se h a n d a d o n o e s t é n s o m e t i d a s a aquélla. Prefiriendo su p r o p i a v o l u n t a d a l a d e Dios, el h o m b r e quiso, c o n v o l u n t a d p e r v e r s a , i m i t a r a s u c r e a d o r , es d e c i r , g o b e r n a r s e p o r su p r o p i a l e y , p e r o a l r e c h a z a r l a l e y d i v i n a d e l a c a r i d a d , l a t r a n s f o r m ó e n ley p e n a l q u e le a b r u m a . E l justo, p o r lo c o n t r a r i o , a l asum i r e l d i v i n o y u g o d e l a m o r , n o e s t á m á s bajo u n a l e y , p e r o , s i n e m b a r g o , t a m p o c o e s t á sin l e y : non sub lege, nec sine lege. P e r o l a l e y q u e é l h a c e s u y a es l a d e D i o s m i s m o ; c o n s e n t i d o m u y p r o f u n d o c a d a d í a p i d e a D i o s q u e su v o l u n t a d se h a g a así e n la t i e r r a c o m o e n e l c i e l o , es d e c i r , q u e a s í c o m o D i o s v i v e e t e r n a m e n t e d e l a m o r d e su p r o p i a perfección, así t a m b i é n l a v o l u n t a d d e l h o m b r e n o q u i e r a a q u í a b a j o n a d a m á s q u e la perfección d e Dios. P e r o a m a r a D i o s c o r n o É l s e a m a es v e r d a d e r a m e n t e e s t a r u n i d o a É l d e v o l u n t a d , r e p r o d u c i r e n sí l a l e y d i v i n a , v i v i r c o m o D i o s , s e r s e m e j a n t e a D i o s ; e n u n a p a l a b r a : d e i f i c a r s e . L a m a r a v i l l a e s q u e t a m b i é n es llegar a ser, o volver a ser u n o m i s m o , e n c o n t r a r d e nuevo la esencia m i s m a del h o m b r e realizando su fin, eliminar r a d i c a l m e n t e la desemejanza dolorosa q u e separa al alma d e su verdadera naturaleza. Al p e r d e r lo q u e h a c e q u e n o s e a ella sino e n p a r t e , v u e l v e a e n c o n trarse t o d a , t a l c o m o e r a al salir d e las m a n o s d e Dios. ¿ D ó n d e está, p u e s , la oposición i n t e r n a q u e se cree v e r e n t r e el a m o r d e Dios y 1 S

1

1

9

8

"Dicitur ergo recte caritas e t D e u s e t D e i d o n u m . I t a q u e caritas d a t carit a t e m , substantiva a c c i d e n t a l e m . U b i d a n t e m significat, nornen substantiae e s t ; u b i d o n u r n , q u a l i t a t i s . " De gradibus humilitatis, c a p . xu; edic. Cambridge, p á g . 6 1 , 3 - 4 . Cf. S a n A G U S T Í N , De Trinitate, X V , 1 9 , 37. 1 9

Cant,

De gradibus V I I I , 3.

humilitatis,

c a p . x u ; e d i c . c i t a d a , p á g . 6 1 , 7 - 9 . C f . In

Cant.

NOTA

SOBRE

LA

COHERENCIA

e l a m o r d e sí m i s m o ? E l h o m b r e es t a n t o m á s p l e n a m e n t e c u a n t o m á s p l e n a m e n t e es u n a m o r d e D i o s p a r a D i o s .

395 él m i s m o ,

L a s e g u n d a a n t i n o m i a n o resiste al e x a m e n m á s q u e la p r i m e r a . E s m u y c i e r t o d e c i r q u e el é x t a s i s c i s t e r c i e n s e es a l a v e z a n i q u i l a m i e n t o y plenitud, p e r o ¿ c ó m o ver e n esta doble aserción simultánea u n a desviación o u n a dificultad i n t e r n a del p e n s a m i e n t o de San Bern a r d o ? E n p r i m e r l u g a r , los t e x t o s c i s t e r c i e n s e s n o h a b l a n d e a n i q u i l a m i e n t o , s i n o s ó l o d e c a s i a n i q u i l a m i e n t o , y h a y q u e v e r q u é se e n c u e n t r a a n i q u i l a d o : l a d e s e m e j a n z a . E l h i e r r o e n r o j e c i d o e n el f u e g o p a r e c e n o s e r m á s q u e f u e g o ; el a i r e a t r a v e s a d o p o r l a l u z p a r e c e n o s e r m á s q u e l u z ; p e r o el h i e r r o , q u e n o es s i n o el s u j e t o p o r t a d o r d e l f u e g o , el a i r e , q u e n o es s i n o e l s u j e t o p o r t a d o r d e l a l u z , a ú n e s t á n a h í p a r a l l e v a r l o s . E s t a s c o m p a r a c i o n e s , t o m a d a s a M á x i m o el Confesor, y q u e v i e n e n d e m á s lejos t o d a v í a , significan la persistencia d e l h o m b r e b a j o la c a r i d a d , a n t e s q u e su exclusión. B a s t a p e s a r las e x p r e s i o n e s q u e u t i l i z a S a n B e r n a r d o p a r a v e r e x a c t a m e n t e los l í m i t e s m á s a l l á d e los c u a l e s a q u é l l a s n o s p r o h i b e n i r : l a g o t a d e a g u a , m e z c l a d a a l v i n o , deficere a se tota videtur; p a r e c e disolverse. Así t a m b i é n , b a j o la a c c i ó n d e la gracia, la v o l u n t a d del h o m b r e parece disolverse y p a s a r a la v o l u n t a d de Dios, pero de m a n e r a m i s t e r i o s a : quodam ineffabili modo. Así t a m b i é n , p o r ú l t i m o , h a s t a d o n d e n a d a d e l h o m b r e q u e d a e n el h o m b r e , l a s u b s t a n c i a d e l h o m b r e está a salvo y lo e s t a r á a u n e n la visión b e a t í f i c a : manebit quidem substantia, sed in alia forma . E n u n a p a l a b r a : la substanc i a d e l a l m a es i n d e s t r u c t i b l e ; e s t a r a n i q u i l a d o e n D i o s es p e r d e r s u p r o p i a v o l u n t a d , es d e c i r , l a v o l u n t a d s e p a r a d o r a q u e h a c e a l h o m b r e a l a v e z d i f e r e n t e d e D i o s y d e sí m i s m o ; d e m o d o q u e es l l e g a r a ser, al m i s m o t i e m p o q u e u n a i m a g e n p e r f e c t a d e D i o s , u n a plen i t u d h u m a n a . L a c a r i d a d c o m i e n z a esta restauración del h o m b r e ; el é x t a s i s l a r e a l i z a c u a n t o p u e d e s e r r e a l i z a d a e n e s t a v i d a ; l a v i s i ó n b e a t í f i c a la a c a b a . 2 0

P o r c o n s i g u i e n t e , es f á c i l c o m p r e n d e r e l c a r á c t e r p r o p i o d e l a m i s tica cisterciense; descansa e n t e r a m e n t e sobre u n esfuerzo consciente p a r a c o m p l e t a r la s e m e j a n z a n a t u r a l del a l m a a D i o s p o r u n a conform i d a d sin cesar m á s p l e n a m e n t e r e a l i z a d a d e la v o l u n t a d h u m a n a a l a v o l u n t a d d i v i n a . A m a r a D i o s es h a c e r d e m o d o q u e D i o s se a m e e n n o s o t r o s c o m o se a m a a sí m i s m o . T a l es el v e r d a d e r o s e n t i d o del casamiento místico: "Talis conformitas m a r i t a t a n i m a m V e r b o , c u m c u i v i d e l i c e t s i m i l i s , e s t p e r n a t u r a m , s i m i l e m n i h i l o m i n u s se e x h i b e t p e r v o l u n t a t e m , d i l i g e n s s i c u t d i l e c t a e s t . E r g o si p e r f e c t e d i l i g i t , n u p s i t . " E l a b r a z o m u t u o d e D i o s y d e l a l m a es l a u n i ó n m i s m a d e sus v o l u n t a d e s : " C o m p l e x u s , p l a ñ e , u b i i d e m v e l l e et nolle i d e m u n u m facit s p i r i t u m de d u o b u s " . A m o r m á s fuerte q u e 2

0

De

diligencio

Deo,

X;

edic. citada, págs.

49-50.

3g6

EL

ESPÍRITU

DE LA FILOSOFÍA

MEDIEVAL

el respeto, que es a sí mismo su causa y su fruto, puesto que es el amor del Amor mismo; amor desigual, puesto que el hombre es desigual a Dios, pero puede por lo menos querer ser total, y aun puede serlo, puesto que Dios lo da y no hacemos sino restituírselo . Toda la doctrina del amor desinteresado (castus) y sin embargo recompensado depende de que ¡a caridad no es sólo el amor del alma por un ser que la ama, sino por la substancia misma del amor, fin más allá del cual no hay otro fin. Si he descrito la mística de San Bernardo como una mística cisterciense es que en efecto la encontramos en cuanto a la esencia en los demás representantes de la misma escuela. Guillermo de SaintThierry, cuya grandeza es injustamente desconocida, expresó con siiígular vigor el papel de la gracia en la restauración de la imagen y la identidad profunda del acto por el cual el hombre llega a ser él mismo al hacerse semejante a Dios: "Cuando nos amas, sólo por ti nos aínas, del mismo modo que la regla muy verdadera de la justicia suprema tampoco nos permite amar nada fuera de ti. Y, ciertamente, el amor de aquel que ama a Dios, si la gracia es grande, puede ir hasta el punto en que no te ame, ni se ame por sí mismo, sino a ti y a sí mismo por ti solo. Por ahí se halla reformado a tu imagen, en que lo creaste, tú que, en la verdad de tu naturaleza soberana y en la naturaleza de tu verdad, no puedes amar nada, ni al hombre, ni al Ángel, ni a ti mismo, sino por ti" Ahora bien: llegar a ser semejante a Dios es, para el hombre, satisfacer los deseos de su verdadera naturaleza: "Ipse enim imago Dei est. Et per hoc quod imago Dei est, intelligibile ei fit, et se posse, et deberé inhaerere ei cujus imago est" 2 3 . p ro llegar a ser semejante a Dios es querer lo que Dios mismo quiere: "Velle autem quod Deus vult, hoc est jam similem Deo esse. Non posse velle nisi quod Deus vult, hoc est jam esse quod Deus est, cui velle et esse idipsum est" . Entonces ya no hay más que dar un último paso para reconocer que una imagen que alcanza la perfección de la semejanza, alcanza, por definición, su propia perfección. El autor de la Epístola no tarda en perfeccionarla: "Et haec est hominis perfectio similitudo Dei; ser semejante a Dios, he ahí la perfección para el hombre. No querer ser perfecto es un delito. Es menester, pues, nutrir siempre la voluntad para esa perfección, prepararla al amor, obligar a la voluntad, para que no se disipe en cosas ajenas. Guardemos al amor de su corrupción, pues para eso sólo hemos sido creados y vivimos: para ser 21

e

2 4

2 1

2

t.

In Cant.

Cant.,

8 3 , 2 - 3 ; Patr.

2

lat., t. 1 8 3 , c . 1 1 8 2 .

G U I L L E R M O DE S A I N T - T H I E R R Y , De 1 8 4 , e. 3 7 2 .

2 3

Epist.

2

Op.

4

ad fratres cit.,

II,

de Monte

3, 1 5 ; c.

Contemplando

Dei, I I , 2 , 5 ; Patr.

348B.

Deo,

I V , 9 ; Patr.

lat.,

lat., t. 1 8 4 , c . 3 4 1 - 3 4 2 .

NOTA

SOBRE

LA

COHERENCIA

s e m e j a n t e s a D i o s h e m o s s i d o c r e a d o s a s e m e j a n z a d e D i o s " . Desp u é s d e eso n o es n a d a e x t r a ñ o q u e l a d i v i n i z a c i ó n d e l h o m b r e se h a g a p o r la u n i ó n d e su v o l u n t a d a l a v o l u n t a d d i v i n a e n el a b r a z o d e l a c a r i d a d , y q u e l a v i s t a d e D i o s v a y a a c o m p a ñ a d a s i e m p r e de u n a c o n f o r m i d a d m á s e s t r e c h a d e l a i m a g e n a s u m o d e l o ; "Simílit u d i n e ei a p p r o p i n q u a n s , a q u o l o n g e f a c t u s est p e r d i s s i m i l i t u d i n e m ; e t sic e x p r e s s i p r e m v i s i o n e m e x p r e s s i o r s e m p e r s i m i l i t u d o c o m i t a t u r " . S i es así, n o s ó l o se h a l l a a s e g u r a d a l a c o h e r e n c i a i n t e r n a de la m í s t i c a cisterciense, sino q u i z á t a m b i é n , e n c i e r t a m e d i d a , la c o n t i n u i d a d histórica y d o c t r i n a l d e la mística m e d i e v a l . L a c o n c e p c i ó n f í s i c a o " g r e c o - t o m i s t a " d e l a m o r m e r e c e sin d u d a el n o m b r e de fís i c a , p e r o c o n l a c o n d i c i ó n d e q u e c o n ello se e n t i e n d a u n a n a t u r a l e z a c r i s t i a n a c r e a d a a i m a g e n d e s u c r e a d o r , es d e c i r , m u y p o c o g r i e g a y m u y t o m i s t a . P a r e c e q u e se h a a b u s a d o a l g ú n t a n t o d e l a c é l e b r e c o m p a r a c i ó n e n t r e el a m o r d e l h o m b r e p o r D i o s y el a m o r de la p a r t e p o r el t o d o . P u e s el h o m b r e e s u n a p a r t e d e l a c u a l D i o s s e r í a el t o d o , s i n o u n a n á l o g o , u n a s i m i l i t u d d e s u p r i n c i p i o , y p o r eso, s e g ú n l a f ó r m u l a c é l e b r e d e l Contra Gentes, I I I , 24: " P r o p t e r hoc igitur t e n d i t in p r o p r i u m b o n u m , q u i a tendit in d i v i n a m similitud i n e m " . Si es así, l a n o c i ó n d e i m a g e n c u y o p a p e l d o m i n a hasta l a f i l o s o f í a d e l a n a t u r a l e z a y o r i e n t a el d e s e o d e t o d o s e r c r e a d o , d e b e a s e g u r a r e n el t o m i s m o , c o m o e n l a m í s t i c a c i s t e r c i e n s e , la c o n v e r g e n c i a d e la perfección p r o p i a del h o m b r e y d e su c o m p l e t a sumisión a la v o l u n t a d d i v i n a . L o s f r a g m e n t o s d e la historia m e j o r c o m p r e n d i d a q u i z á t i e n d a n p o r sí m i s m o s a r e c o n s t i t u i r u n a u n i d a d . 2 5

2 C

25

Op.

2a Op.

cit., I I , 3 , 1 6 ; c. 3 4 8 c. cit., I I , 3 , 1 8 ; c. 3 5 0 A.

NOTAS

BIBLIOGRÁFICAS PARA

A

LA

H I S T O R I A

D E

En

las

obras

notas

citadas

pletamente; noción y

de

que en

siguen

ni siquiera

no

he

pretendido

los

textos

a

los q u e

ladas das

de

están son

para

que

suficientemente

1.

AGUSTÍN

sino

he

según

indicada

en

"Obsecro quae

el

aclarar

los

por

han

o

Las

las

giran

obras

seña-

ediciones

cita-

posición

está

omitidos.

encontrar

gentium,

e n otros

quam

nostra

sapientiae impiorurn,

didicimus

in vera

verae

pietatis

sanctaque

Pelag.,

I V , 1 4 , 7 2 ; Patr.

q u e los p r o f e t a s

lat.,

son presentados

philosophia,

spiritum"

t. X L I V , como

vel

Christiana,

significatur h o c n o m i n e . . . E r u b e s c a m u s i n t e r i m variis disputationibus carnem, et contra carnem concupiscere

studium

notaao pasajes:

amor

qui

quandoquidem

un

expresiones

propio,

es r a r a e n S a n A g u s t í n ; n o l a h e se l a p u e d a

la

estrictamente,

cuya

sido

de

escribirse

presentan

cristiana

autores,

las

com-

sencillamente,

que

su sentido.

de

dadas

historia

limitado

cronológico;

philosophia

philosophia,

la

d a r l e su n o m b r e

notas,

quizá

t e , n o n sit honestior

de

señalado

he

algunos

( S a n ) . — L a expresión

u n a est vera

He

sido

todavía

filosofía

orden

las

u n a sola vez, a u n c u a n d o

estaría

Me

q u e , sin

utilizado;

bibliografía

han

manos,

expresión

y pueden

una

completa

las

historia.

la

ni

historia

en

N O C I Ó N

referencias

esbozarla.

aquellos

dispuestas

hallará sus

Esa

esa

noción

L A

C R I S T I A N A

bibliografía

tenido

emplean

esa

las

una

he

equivalentes, ya sea a alrededor

se

pues

siquiera

que

cualquiera

y a sea

no

cristiana.

entre interés

D E

F I L O S O F Í A

este t o m o ,

filosofía

S E R V I R

(Galat.,

et contra

spiritum

V , 1 7 ) . Cont.

col. 774. Compárese

este

los v e r d a d e r o s filósofos

lulian.

texto, e n el

d e los israelitas:

" I p s i eis e r a n t p h i l o s o p h i , h o c est, a m a t o r e s s a p i e n t i a e , ipsi s a p i e n t e s , ipsi logi, ipsi p r o p h e t a e , ipsi doctores probitatis 42,

3 . C f . Op.

cit.,

32, donde

f i r i o , c o m o l a philosophia

a t q u e p i e t a t i s " . De

porque

"universalem

" P o r r o si p a u c i s d i v i n i t u s d a t u m

serias

vitae

unicum

luendas miseriarum

exilium,

poenas

satis

est verae philosophiae

et hinc

esse d a m n a t u m " ;

op.

apparet cit.,

significa mosa

pars

I, caps.

en San Agustín

fórmula,

la Religión

repetida

1-29. E n s u m a ,

sino religión más tarde

es l a v e r d a d e r a

parece

cristiana,

por Erigena

filosofía.

H e aquí

genus

ad

2 2 , 6. U n a a b u n (véase N ° 7 ) ¡

q u e filosofía

lo q u e concordaría y Malebranche

el texto

Por-

animae

contra mi-

humanum

XXII,

theo-

XVIII,

contra

continet viam

d a n t e c o l e c c i ó n d e textos e n e s e s e n t i d o se h a l l a r á e n A . VÍCTOR edic. J. Fabre,

Dei,

la religión cristiana está presentada,

verissima,

liberandae". hujus

civ.

cristiana

no

c o n su fa-

(véase

de S a n Agustín,

N* 8 ) : c o n el

4oo

EL

ESPÍRITU

comentario de Erigena: quod

est h u m a n a e

DE LA FILOSOFÍA

MEDIEVAL

"Sic enim, ut ait sanctus Augustinus, creditur et docetur,

s a l u t i s c a p u t , n o n a l i a m esse p h i l o s o p h i a m , i d e s t , s a p i e n t i a e

studium, et aliam religionein,

c u m hi, q u o r u m

sacramenta nobiscum cummunicant."

doctrinam

verae religionis, q u a s u m m a et principalis o m n i u m r e r u m liter

colitur,

veram

et

esse

rationabiliter

philosophiam

esse v e r a m p h i l o s o p h i a m . " lat.,

t. C X X D ,

2.

religionem,

causa, Deus, et

exponere?

conversimque

humi-

Conficitur

veram

inde

religionem

J . E S C O T O E R I G E N A , De praedestinatione,

( D . ) . — E n c h i r i d i o n militis

omnia.

Cap.

regulas

I, 1;

Patr.

col. 357-358.

ERASMO

Opera

investigatur,

veram

non approbamus, nec

" Q u i d est a l i u d d e p h i l i s o p h i a t r a c t a r e , nisi

Ludguni

II. U t i l i d a d

Batav,

para

detenerse, y a u n menos

Christiani,

e n Desid.

Erasmi

Roter.

1 7 0 4 . E n fol., t. V , c o l . 2 - 6 6 .

el joven

d e iniciarse

permanecer

e n l a filosofía

en ella. D e c l a r a

seguir

griega,

p e r o sin

a S a n Basilio, S a n

A g u s t í n y S a n J e r ó n i m o . L a p o e s í a d e H o m e r o y d e V i r g i l i o es a l e g ó r i c a : " B r e viter, o m n e m E t h n i c a m l i t t e r a t u r a m delibare profuerit,

s i q u i d e m i d fíat,

u t dixi,

et annis idoneis e t modice, tune cautim et c u m delectu; deinde cursim et peregrinantis,

non habitantis

Christum

referantur"

Cap.

ni.

biduría

Toda

postremo,

quod

est p r a e c i p u u m ,

si o m n i a

verdadera

sabiduría

viene

del Cristo;

— Ratio

ad

Él es la v e r d a d e r a Sa­

( c o l . 9 - 1 2 ) . Este escrito g i r a a l r e d e d o r d e l a i d e a d e filosofía

sin a b o r d a r l o col.

more;

(col. 7-8).

cristiana,

directamente.

seu methodus

compendio

perveniendi

ad veram

iheologiam,

t. V ,

75-138.

La

teología

"Christi clándole sofos

opuesta

coelestem demasiada

la

filosofía

e introducidos

mentarios

a

filosofía

philosophiam"

griega.

por el Cristo

escolásticos

y

griega;

es

una

"philosophia

coelestis";

(col. 8 3 D ) , y n o hay q u e corromperla

el olvido

Dogmas (84E). de

nuevos,

Protesta

desconocidos

contra

las propias

el a b u s o

Escrituras

mez­

d e los filó­ d e los c o ­

( 1 3 2 D ; cf.

133

F-138 c ) . E r a s m o culpa sobre todo a Escoto y a O c k h a m , pero habla c o n respeto de

Santo Tomás

— Paraclesis, col.

e n ese escrito.

id est adhortado

ad christianae

philosophiae

studium,

t. V ,

137-144.

Este La

breve

tratado

"philosophia

es el m á s i m p o r t a n t e

Christi"

es o l v i d a d a

o

quiere volverlos

a l C r i s t o , q u e es el ú n i c o

donde

"prima

se h a l l a

d e l a filosofía non

dicam

Christianae

cristiana:

"...id

corrumpimus:

texto

de Erasmo

ridiculizada doctor

philosophiae

sobre

p o r sus

negari

cuestión.

( 1 3 9 B - D ) ; e n el b a u t i s m o es professio"

(140D).

q u o d est in Christiana Philosophia

sed quod

la

contemporáneos;

n o n potest, a d paucos

Definición praecipuum,

homines con-

t r a h i m u s r e m , q u a C h r i s t u s nihil v o l u i t esse c o m m u n i u s . H o c p h i l o s o p h i a e in

affectibus

situm

verius

afflatus potius q u a m autem

aliud

stauratio

Sobre

bene conditae

gines

de

la posición la

in syllogismis, vita

eruditio, transformatio

est Christi

gelios y los escritos

quam

philosophia, naturae?"

París, Alean,

ipse

(142 CD). C o n t r a

erasmiana

del problema,

moderne.

París,

religieuse

Christi,

et son action

1 9 2 6 ; c a p . i, Philosophie

J.

quam

ratio"

renascentiam

( 1 4 1 F ) . N O se e n c u e n t r a

p a r t i c u l a r m e n t e c a p . I V : Philosophia

me, sa pensée

magis q u a m

quam

apostólicos

théologie

est magis

(141 E). "Quid vocat,

Gabalda,

quam

( 1 4 3 AD).

A. HUMBERT,

1911. E n

Les

12°, 3 5 8

págs. 1 7 9 - 2 2 3 . A . RENAUDET,

d'aprés

sa correspondance

du Christ

et reforme

in-

sino e n los E v a n ­

los escolásticos

consúltese

genus

disputatio,

ori­

págs.; Éras-

(1518-1521).

religieuse.

NOTAS

3.

Catechismus

concilii

t u m i n t e r se d i f f e r u n t 4.

SUÁREZ

párrafo deberé

5.

Vives,

JAVELLUS

XXI

prae

X X V , comienzo,

epitome

operis:

oculis

habeam

sin

Efectivamente, y

philosophiam

e n Opera

omnia.

moralem

certas

partes

Aristotelis,

distinctae

Platonis

. ..

Lugduni,

(Bibl. n a t , R . 9 4 6 ) . (art.),

M.-D. CHENU,

e n Revue

El P. Ghenu agregarse

constituir

Aristóteles

segundo

1 6 4 6 . E n fol., 7 6 8 págs. e índice

chrétienne,

Puede

el

consúltese

(la primera edición

teología.

nostram

ministram",

unioersam in

véase

" I t a vero in hoc opere

paginación.

Javelli

t. V I I I , c o l . 5 3 5 - 5 3 6 . D e l m i s m o

propuesto

(1597),

totius

Theologiae

O . P . — In

(1932).

Erasmo

tamen

ac divinae

(CHRYS.),

Javelio

philosophie t.

Disputationes

discursus

philosophiam

H. de la Garde, catholique,

esse,

1 8 6 1 ; t.

christianam Sobre

et

ago, ut semper

christianam

París,

p a r s I , c a p . II, a r t . 6 : " I n h o c e n i m m u l -

Philosophia et hujus saeculi s a p i e n t i a . . . " , etc.

( F r . ) . — Metaphysicae

d e l a o b r a , e n Ratio

philosophum

et

Tridentini,

Christiana

401

BIBLIOGRÁFICAS

des

nota

autor:

sciences

e n e l Dic.

Notepour

philosophiques

con razón

de

et

q u e el título

de

que todo

es u n a m o r a l ;

ocurre

como

cristiana"

está

vinculada

aún más por Platón;

si e s t e

fué sugerido

dominico

respondiendo

hubiese

de

Erasmo.

por medio

esencialmente • religiosa

philosophia

et

philosophiae

christianae

que:

( p á g s . 3 7 8 - 6 6 5 ) , l a p a r t e I , 1 : De moralis.

L a moral

celsitudine

cristiana vence

3",

es

382); obra

más completa 5", f e c u n d a

comprende

(págs.

380-381) ;

en resultados

el estudio

del Espíritu

Santo,

de

(págs.

d e las virtudes

christiana, justitia christiana", dones

4", p u r a

excelentes

todo

obras,

(págs. 381¬

El cuerpo

y cardinales

e t c . ) , d e los siete p e c a d o s

d e las b u e n a s

por-

(pág. 380) ;

error

382-387).

teologales

todo, divinae

a las d e m á s

1°, d e p e n d e d e D i o s ( p á g . 3 7 9 ) ; 2 " , s u s i n t é r p r e t e s c o n c u e r d a n

de

y más

parenética q u e dialéctica. E n c u a n t o al espíritu q u e la anima, véase sobre e n Christiana

por

es u n a

se

al deseo

con la antigüedad

es sencilla,

la

théologiques,

d e J a v e l i o es d e 1 6 4 0 ) y q u e e s t a filosofía

u n a "filosofía

théol.

l'histoire

de la

("prudentia

capitales, d e los siste

de las Siete

Bienaventuranzas

y del S o b e r a n o Bien. L o d e m á s del v o l u m e n r e p r o d u c e dos escritos anteriores d e Javelio:

Philosophia

el p u e b l o c r i s t i a n o )

civilis

christiana

sus m i e m b r o s y sus f u n c i o n e s ) . 6. En

BALZAC

(la ciudad

y l a Philosophia

( H o n . GUEZ

oeconomica

cristiana,

el príncipe

cristiano,

christiana

(la familia

cristiana,

Cf. N " 1 4 : GOUDIN.

DE).—Socrate

chrétien.

París,

A.

Courbe,

Particularmente: chases Santo

de

Discours

religión:

Tomás

cinquiesme,

" ¿ Y según

d e los ú l t i m o s

los t r a t a r a s e g ú n e l h u m o r por

vuestro

tiempos

para

De

la

trop

parecer

ser el Apóstol

grande

(Dios)

a los sucesores

d e éstos y los c o n v i r t i e r a

sus silogismos y s u dialéctica?

sido elegido

Ese Santo Tomás

de la nación

subtilité

no

habría

dans enviado

d e Aristóteles,

para

a su m o d o ; p a r a de la Escuela

(págs.

1 0 6 - 1 0 8 ) ; Discours

cualquier

precio...

que

no entiendo.

¿no

se m e p e r m i t i r á

La

humildad,

(págs. zón

dijo

270-307) : "Quiero

lo q u e he entendido;

eso a n t a ñ o

desconocida

d e l a física

A este

tratado

habrá

relaciones

de la

sixiesrae

seguir

admiro

a

(págs.

para

autoridad

s e a g r e g a r á l a Apologie

Moisés

a ú n m á s lo

d e u n filósofo

cristiana?"

d e Aristóteles, es esencial

douziesme,

el que

d e los peripatéticos, q u e a ú n n o

q u e lo diga d e la metafísica

Discours

(págs. 320-326).

(págs.

H e admirado

Alguien

virtud

278-282).

onziesme

les

ganarlos

¿no

e s t a b a b i e n s o m e t i d a y d o m i n a d a . . . ? " , e t c . ( p á g s . 7 2 - 7 3 ) . C f . Discours a

1652.

12".

pagano; 275-276).

comprenderla y

contre

de la rale

docteur

402

EL

de

Louvain,

ensayos

págs.

dirigidos

E l Socrate

ESPÍRITU

355-396,

a

DE LA FILOSOFÍA

y

Descartes,

chrétien,

todo

el

resto

MEDIEVAL

del volumen,

que contienen

especialmente

observaciones

sobre

la

los

cuestión.

e n e l q u e c o m ú n m e n t e n o se v e sino u n e j e r c i c i o d e r e t ó r i c a ,

t o m a c i e r t a u n i d a d c u a n d o se l o e s t u d i a e n f u n c i ó n

d e l p r o b l e m a d e l a filosofía

cristiana. 7.

AMBROSIUS VÍCTOR

stiana

Ambrosio

L a filosofía

( A N D R É S M A R T Í N , d e l O r a t o r i o ) . — Philosophia

Víctore

theologo

collectore.

cristiana está identificada

es u n m o s a i c o

d e textos

tomados

París,

1667, 5 tomos

c o n l a filosofía d e S a n A g u s t í n . L a o b r a

a San Agustín

y agrupados

según

un

s i s t e m á t i c o . L a n o c i ó n d e filosofía c r i s t i a n a está e x p l i c a d a e n el P r e f a c i o : vero

(scil.

mérito scppum

n o n esse

castum seu

philosophiam)

dici posse facile nisi

ac sincerum

religionem

habita

veritatis

ipsamque

sapientiam

adjutorio,

in philosophorum

Respecto

a la obra

sui ratione, id

est, veri

naturalem,

intellectualis

in h o c statu,

mentibus

de Ambrosio

Víctor,

aliquo

J.

8.

Vrin,

1926, págs.

MALEBRANCHE

christianam

H . GOUHIER,

que

su mejor

habría

La

( N . ) . — L a e x p r e s i ó n "filosofía

historiador

de

Malebranche.

d e los p a g a n o s " n o es r a r a

seguro

es u n t e m a

define

cuéntrase con frecuencia "filosofía

verdadera"

su d o c t r i n a

como

de su

u n a "filosofía vocation

"filosofía

cristiana"

se e n c u e n t r e

"filósofos p a g a n o s " y "filósofos

p a g a n a " , p e r o l o q u e él o p o n e

( M A L E B R A N C H E , Recherche

este t é r m i n o , q u e t o d o historiador quisiera

l a filosofía

señalar

verdadera

de

de

sería

Mórale,

éste es u n

9.

(véase

considerará

más arriba:

de

especie:

I, 2, 1 1 ) . A

e n sus obras. E n -

Prefacio).

menos

"filosofía

Como

éste c o -

intencionalmente

necesario c u a n d o

se t r a t a

d e él.

es, e n

efecto,

d e los cristianos

S a n AGUSTÍN),

es d e c i r ,

d e l g é n e r o filosófico,

" L a Religión

es l a

la

filosofía

del q u e la

filosofía

es l a v e r d a d e r a

que encontremos

filosofía"

la expresión

(Traite

e n su

pluma,

problema.

SPIZELIUS

sive En

la otra

que

Malebranche,

c r i s t i a n o s " ; se e n c u e n t r a

a esta última

la vérité,

c o n eso q u e l a filosofía

a secas, sin epíteto, y n o u n a especie pagana

cristiana

de

n o c í a b i e n a A . V i c t o r , p o d e m o s p r e g u n t a r n o s si n o h a e v i t a d o Quizá

(Aristóteles

pensamiento,

( v é a s e op. cit., p á g s . 1 0 8 - 1 6 4 ) . S i n e m b a r g o , n o e s t o y

de que la expresión

también

t a n característico

c o n u n g u i ó n " . H . G O U H I E R , La

pág. 127. N a d a m á s justo

vocation

411-420.

aristotélica)

q u e escribir

gratiae

obtinere".

1 9 2 6 , p á g s . 7 8 - 7 9 . E n c u a n t o a. l a s r e l a c i o n e s d e

e n la p l u m a d e M a l e b r a n c h e ; su oposición a lo q u e éste designa así y la escolástica

superare;

divinae

et perfectionem

consúltese

et

amorem

vires

M a l e b r a n c h e c o n A . V i c t o r , v é a s e H . G O U H I E R , La philosophie París,

Dei

"Sapientiam

n o n sine

sese e x p l i c a r e

illius f i n e m

summique

creaturae

orden "Ipsam

Philosophiam

ac proprium

Cf. v o l . I , c a p . v i :

naturales

París, J. Vrin,

Ghristianam

quisquís v e r u m

aeternae,

meminerit".

christianam

de Malebranche.

finis

concesserit,

chri-

en 12'.

( T H . ) . — Literatus

conversione

literatorum

felicissimus,

comrnentarius.

sacrae

metanoeae

Augustae

proselytus;

Vindelicorum,

1685.

16", 5 5 5 p á g i n a s . Este

noción

volumen,

ornado

d e filosofía

a u t o r : Pius literati ceram

pietatem

c o n u n frontispicio

cristiana,

hominis

manuductio,

Subraya la necesidad

contiene

interesante

al final

para

el siguiente

secessus, sive a profanae

doctrinae

edit. altera, priore emendatior,

de renunciar

a la vanidad

la historia escrito

del

vanitate

de la mismo

ad sin-

1685,págs. 401-547.

d e l siglo p a r a

a l c a n z a r l a filo-

sofía c r i s t i a n a ; r e ú n e t e x t o s d e S a n Basilio, T e ó f i l o d e A n t i o q u í a , J u s t i n o

mártir,

NOTAS

Agustín,

Hilario, d e Poitiers, J u a n

Bernardo. figura,

L a inspiración

p o r lo demás,

10.

BIBLIOGRÁFICAS

THOMASSIN

et solidement

Crisóstomo,

es n e t a m e n t e

en apéndice,

págs.

( L . ) . — L a méthode

la philosophie

San Efrén,

erasmiana;

de

Erasmo

548-551.

d'étudier

par rapport

San Jerónimo, San

u n fragmento

et d'enseigner

a la religión

chrétiennement

chrétienne

et aux

Écritures.

o

París, M u g u e t ,

1685. E n 8 , 754 páginas.

Insiste d e s d e el c o m i e n z o h a s t a el fin s o b r e el e s t r e c h o p a r e n t e s c o d e l a filosofía d e los a n t i g u o s c o n l a d e los c r i s t i a n o s . E l e s t u d i o d e l a filosofía

antigua

es u n a p r o p e d é u t i c a a l a r e l i g i ó n c r i s t i a n a . S e ñ a l a s i n i n s i s t i r m u c h o e n ello, s u s divergencias eventuales c o n l a "filosofía La

cristiana"

(lib. I I , c a p . xrx, pág.5 0 5 ) .

expresión está t o m a d a e n u n sentido bastante v a g o :

Divinidad

y d e u n a belleza inmortal

q u e u n filósofo

todos los objetos naturales q u e se p r e s e n t a n 11.

FERRARI

(Jos. ANT.),

veteres,

et recentiores

Joannis

Dunsii

Philosophiae seligere

subtilium a

edic.

philosophos,

principis.

firmioribus

an

vagari

per

u r g e n t e p a r a el filósofo

(ibid,).

comperta

experientia.

maestro, pero

sectas

philosopho

Contestación,

unicam

sí:

"thesis

( t . I , p á g . 1 9 ) . E s t e d e b e r es

cristiano, porque

n e c e s i t a u n a filosofía

L a s t r e s f u e n t e s d e l a f i l o s o f í a s o n : divina necesita u n sistema

( p á g . 2 0 ) . Este de

Hales,

fides,

sistema

Alberto

uno, para

escapar

es el p e r i p a t e t i s m o

Magno,

a la confusión

sospechado y a u n condenado:

de

Aquino,

Juan

Duns

San Vicente

Ferrer

ut absinthium"

h a dicho:

peripateticam 12.

(JAC.).-—Historia

critica

christianae,

(pág. 2 8 ) , pero

de la fe. H a y q u e r e c o m e n d a r , p u e s :

a catholicis doctoribus expositam"

BRUCKERI

Aristóteles

"Aristotelem

(pág. 2 6 ) . Por eso, comparadas con

la teología, las opiniones d e Aristóteles son "vilia e t h u m i l i a " p u e d e n servir a l a v e r d a d

Escoto

(pág. 24), que

e t A v e r r o e m fuisse p h i a l a s i r a e D e i , p r o j e c t a s s u p e r a q u a s s a p i e n t i a e amarae

d e las

( p á g . 2 2 ) y e x p u r g a d o d e sus errores p o r Tomás

fueron a la vez enemigos del Filósofo y d e l Catolicismo. C i e r t a m e n t e ,

sunt

ratio,

(qu. V , p á g . 2 1 ) , abierto,

(pág. 2 3 ) . Ferrari defiende a Aristóteles c o n t r a L u t e r o y R a m u s

unde factae

potest,

evidens

Así, p u e s , el filósofo cristiano n o j u r a r á p o r la p a l a b r a d e

por lo d e m á s , a las verdades nuevas Alej.

fué

adversus rationibus

" u t Philosophiae u n i t a t e m t e n e a t , q u a e a d fidei u n i t a t e m , q u o m o d o

conferat" un

peripatética propugnata

Christiano ornnes?

haec Recentiorum opinionibus passim adversatur" una:

en

Venetiis, a p u d T h o m a m Bettinelli, 1 7 5 4 .

q u . I V : Expediatne

philosophandi,

particularmente

debe buscar

(pág. 737).

aumentada.

praeludium;

sedara

a sus sentidos"

O . M . G o n v . •—Philosophia

praesertim

Scoti

3 vols. g r . e n 8", 2

" S o n esos rayos d e l a

cristiano

"Philosophiam

(pág.32).

philosophiae,

t. I I I . L i p s i a e , 1 7 6 6 .

E l t o m o I I I es i m p o r t a n t e p a r a l a h i s t o r i a d e l a filosofía c r i s t i a n a . S o b r e el e m p l e o d e esta expresión p o r los P a d r e s d e l a Iglesia y sus historiadores, las p á g i n a s 2 4 3 - 2 4 4 244-247). sofos

véanse

( n u m e r o s a s r e f e r e n c i a s ) . E s t a expresión es i m p r o p i a

N i Jesucristo,

n i los Apóstoles,

ni siquiera

S a n Pablo,

fueron

(págs. filó-

(págs. 2 4 7 - 2 6 8 ) . C a r á c t e r ecléctico d e l a filosofía d e los P a d r e s , c o n citas

muy bien

escogidas

( p á g s . 3 1 6 - 3 2 1 ) . L a filosofía

d e los P a d r e s

es casi

y n o h a c o n t r i b u i d o sino m u y p o c o al p r o g r e s o d e l a s a n a filosofía

(págs.

estéril 365¬

3 6 6 ) . C r í t i c a severa d e l a filosofía escolástica, su m é t o d o , s u e s p í r i t u y sus resultados 13.

(págs. 869-912). ANDRÉ

( P a d r e ) . — CEuvres.

E l t o m o I s e i n i c i a c o n u n Éloge

. París,

1766, 4

historique

vols.

du P. André,

cuyo

autor

es el

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

abate Guyot. Noto, e n las págs. V I - V I I , las indicaciones siguientes: " P a r a rem e d i a r t a n t o a b u s o e s t a b l e c i ó u n n u e v o p l a n , q u e i n t i t u l ó : Philosophie chréúenne. E n él s e e n c u e n t r a u n a l a t i n i d a d p u r a , u n o r d e n m u y h e r m o s o e n l a s cuestiones, casi t o d a s ellas discutidas s e g ú n el m é t o d o d e los g e ó m e t r a s , y sobre todo ese gusto d e l a religión y d e u n a s a n a m o r a l , q u e d e b e n o c u p a r las primicias del espíritu y del corazón." El abate Guyot agrega q u e dicha o b r a no h a sido i m p r e s a , s i n o q u e " e s e c u r s o d e filosofía f u é d i c t a d o e n los p r i n c i p a l e s colegios d e p r o v i n c i a s , y e n P a r í s e n el Colegio L o u i s - l e - G r a n d , p o r varios p r o fesores. . . N o es sino u n esbozo d e lo q u e este a u t o r n o s h u b i e r a d a d o e n ese g é n e r o , si e l t i e m p o o c i r c u n s t a n c i a s f a v o r a b l e s l e h u b i e s e n p e r m i t i d o r e t o c a r y perfeccionar su o b r a " . — Neuvíéme Discours, sur la mémoire, e n CEuvres, t. I , p á g . 3 6 0 : " E l P r í n c i p e d e los Filósofos cristianos, así c r e e m o s q u e d e b e m o s l l a m a r a S a n A g u s t í n . . . E r a n m e n e s t e r l u c e s m á s p u r a s y m á s e x t e n s a s q u e las d e l a filosofía p a g a n a p a r a disipar t a n espesas tinieblas." — Quatorziéme Discours, sur les idees, e n CEuvres, t . I I , p á g s . 1 8 9 - 1 9 0 : l a m o r a l c r i s t i a n a y e l Ego sum qui sum. C f . Seiziéme Discours, p á g s . 2 4 7 - 2 5 2 , t o d a l a m o r a l r e d u c i d a a c u a t r o p r i n c i p i o s q u e s e d e d u c e n d e l Ego sum. — Premier Discours, sur l'idée de Dieu, e n CEuvres, t. I I I , p á g s . 1 - 5 4 : t e o l o g í a n a t u r a l f u n d a d a e n l a i d e a d e S e r y e l Ego sum qui sum; s o b r e t o d o p á g s . 4 4 y sigs. C f . Second Discours, sur la nature de l'entendement divin, p á g s . 5 7 - 1 0 8 . 1 4 . G O U D I N ( A N T . ) . — P h i l o s o p h i a thomistica, juxta inconcussa, tutissimaque Divi Thomae dogmata. M a t r i t i , T y p i s S o c i e t a t i s , 1 7 9 6 . 4 v o l s . e n 8*. V é a s e t . I , D i s s e r t a t i o p r a e l i m i n a r i s , a r t . I I I : Philosophia necessaria est hornini. . . , p á g s . 6 - 1 2 . G o u d i n r e c u e r d a q u e A v e r r o e s , A v i c e n a y A l g a z e l d e s p r e ciaron el C o r á n y c r e y e r o n a Aristóteles m á s q u e a M a h o m a . S o b r e este p u n t o r e m i t e a J A V E L I O , Phü. christ., I I , t r a c t . 5 , c i r c a f i n e m ( p á g . 9 ) . V é a s e t a m b i é n t. I V , Metaphysica, disp. I I , q u . 4, art. 5, 3" concl., págs. 3 0 5 - 3 0 6 : " A d d u n t praeterea q u i d a m , Philosophum C h r i s t i a n u m . . . " , p á g . 306. El texto de Javelio, a l q u e r e m i t e G o u d i n , s e h a l l a e n l a Philosophia christiana, P a r s . I I , tr. 6, c a p . v i , p á g . 4 4 9 . J a v e l i o e x p l i c a e n ese l u g a r q u e los m u s u l m a n e s y los j u d í o s , c u y a falsa r e l i g i ó n o b s c u r e c i ó l a r a z ó n n a t u r a l , p u e d e n l i b r a r s e d e sus falsas Leyes p r a c t i c a n d o l a filosofía: " S i c u t fecerunt A v i c e n n a e t Averroes, q u i cura essent M a h u m e t a n i , p o s t q u a m instructi fuerunt in philosophia, despexerunt legem ejus".

Cf.

N'

5:

JAVELLUS.

1 5 . S A N S E V E R I N O ( G . ) . ' — P h i l o s o p h i a e christianae compendium, 1 0 ' edic. Ñapóles, 1800. El epígrafe del libro invoca la f ó r m u l a "philosophia ancilla theologiae". N o h e e n c o n t r a d o d e f i n i c i ó n e s p e c i a l d e l a filosofía c r i s t i a n a . L a o b r a es u n b u e n m a n u a l d e filosofía t o m i s t a . D i s c u t i e n d o las relaciones d e l a r a z ó n y d e l a fe, m a n t i e n e l a d i s t i n c i ó n f o r m a l d e l a filosofía y d e l a teología, p e r o r e q u i e r e l a r e v e l a c i ó n c o m o socorro moral n e c e s a r i o a l a r a z ó n e n l a i n v e s t i g a c i ó n d e l a v e r d a d filosófica. E x p r e s a m e n t e d e c l a r a seguir l a s decisiones d e l C o n c i l i o d e l Vaticano (pág. 2 7 8 ) . , < — ÉUments de la philosophie chrétienne comparée avec les doctrines des philosophes anciens et des philosophes modernes, traducido del latín por A. C . A v i g n o n , A . C o r i o l a n o , 1 8 7 5 , 1 8 7 6 , 3 vols. e n 8», 8 6 1 , 6 7 7 y 9 0 0 p á g i n a s . L a filosofía c r i s t i a n a es u n e c l e c t i c i s m o a b a s e d e f e : " E l m é t o d o filosófico e m p l e a d o p o r l o s P a d r e s f u é e l m é t o d o ecléctico, o electivo, con la particula-

NOTAS

ridad su

d e q u e la revelación

filosofía,

que para

distingue

Cousin,

al

moderna de

sobre

el

a l a f e (ibid.).

radicalmente

q u e considera

comienza

el

como

"absurdo

con Descartes,

es

a partir

sucesivamente

cayó

e n los errores

listas

y políticas",

q u e la razón

natural

principal pues,

un

de

debe

o n o salirse

auxiliar

moral

de

Hartmann,

todas

aquellos

wahren

y

sigue

o bien

de constituirla.

para

no

802-803).

una

antiqua

comparata,

oder;

Philosophie,

Geschich-

zu einander

dargestellt.

Leipzig,

y 488 págs. construir

u n a teología

S u libro

filosóficas

et nova

u n a teología

científica

n o se d i r i g e

para

dudar,

científica.

es i m p o s i b l e ,

a los creyentes,

a los cuales

quiere

encontrada

tal cual

en la Escritura.

quebrantable

d e t o d o el s i s t e m a es l a a f i r m a c i ó n

principio

es

indemostrable,

confunde

c o n el principio

zar,

aun cuando

Judenthums, filosóficos

implicados

también y

tienen

d e q u e n o distingue paulinianos;

el

todos

los

sapienciales,

Rückert in-

de Dios;

este

principios;

el análisis

Testamento

(Die

a

presen-

(pág. 3 5 ) . A u n hoy podemos

Antiguo

o

se

utilid e los

Lehre

des

E l estudio, m u y m i n u c i o s o , d e los e l e m e n t o s

e n el N u e v o des

como

sino

El fundamento

de la existencia

d e los libros en

312-467).

Ansichten

los escritos

verdadero,

aparte

implicados

t. I , p á g s .

theologischen

pero

de la moralidad

no trata

filosóficos

ciencia

obra.

p a r a creer. Filosofía cristiana significa, p u e s , p a r a

elementos

la

y el

desmayar-

págs.

siendo

de

de

el primero

una

natural

orden

el p o d e r

t a r r a z o n e s filosóficas teología

raciona-

de

exterior

(t. I ,

esta

Philosophie,

Se p r o p o n e

porque,

razones

cum

consultar

Beziehungen

teología.

necesidad

q u e tienen

camino"

tanto

las ciencias

que no tenga

que

autonomía

c o n los

al auxilio

de

filosofía

la

las verdades

en su a y u d a

Sanse-

degeneró

a todas

es p o r lo t a n t o

christiana

aún no he podido

religión

y a es h o r a

"proclamó

gracias

filosofía,

1 8 2 5 . 2 v o l s . e n 8», X I I - 4 6 7

esta

regla

d i s t i n t a d e l a fe, a u n c u a n d o se r i j a s o b r e s u e n s e ñ a n z a .

nach ihren

Distingue Siéntese bien

pero llamar

la

la

eclecticismo

" l a filosofía

descubrir

R Ü C K E R T ( L . J . ) . — Christliche

te und Bibel

y

es, a d e m á s ,

(pág. X X X ) . L a

cuando

del recto

C í t a s e d e l m i s m o a u t o r , Philosophia vol. e n 8 ' ; pero

del

q u e h a n infectado

descubrirlos,

que la razón

racional y formalmente

16.

decir,

sí"

de ese m o m e n t o

el p o d e r

puede

sus investigaciones

Es,

en

(t. I, pág. 8 0 1 ) . " L a Revelación auxiliar

edificio,

N* 39, pág. X X X . N o hay que creer tenga

ninguna;

Revelación en

cristiano

( p á g . 7 9 9 , 1 ) , ni c o n los tradicionalistas,

descubrir

el

partía

Cf. a r t . 2 6 , p á g s . X X - X X I I .

eclecticismo

pues

morales

levantaban

de donde

( t . I , p á g . X I ) . L a filosofía

su enseñanza",

que

6

cual

todas sus investigaciones"

ellos u n a p r e p a r a c i ó n

verino

4°5

cristiana, o l a fe, e r a el principio

el f u n d a m e n t o

dirigía

BIBLIOGRÁFICAS

entre

a pesar

Testamento

(Systematische

Testaments,

t.- I I , p á g s .

los Sinópticos, de algún

Darstellung 109-437)

el Evangelio

desorden,

der

adolece

de San

aun hoy puede

Juan

prestar

servicios. 17.

BKANIS

laviae,

Grassii

Universitat Sólo cuya

Bibliothek,

tardíamente

existencia

nos fué posible fesor de

la

(CHRIST. Barthii

doctor

JUL.).—De

e t socii Breslau,

hemos

teníamos

Universidad

de

Philos.

tenido

noticia

ver gracias

J. Koch

notione

impensis,

p o r el prefacio

a la extrema Branis

es

este

notable

de H . Ritter,

Christ, el

Bratis-

(Staats-und

1460.) de

amabilidad

doctor

christianae.

12°, 118 págs.

I , octubre

conocimiento

y del profesor Breslau.

philosophiae

1825. En

único

de nuestro director

trabajo,

pero

colega

de la

historiador

que

por

de sólo

el p r o -

biblioteca nosotros

406

EL

conocido tiana.

q u e hiciera

Como

Todo

ESPÍRITU

DE LA FILOSOFÍA

u n esfuerzo

serio p o r definir

el m u n d o

admite

cristiana?

no cristiana, una

la noción

este l i b r o es r a r o e i n t e r e s a n t e , h a r e m o s la existencia

cristiano y d e u n a poesía cristiana; filosofía

MEDIEVAL

Porque

pero

todo

d e filosofía

d e él a m p l i a s

d e u n a historia

cristiana,

cris-

citas.

de un

arte

¿por q u é no hablar, p o r analogía, d e u n a

el m u n d o

l o q u e es l a filosofía

sabe

q u é es l a filosofía

cristiana,

c u e s t i ó n difícil. T r e s posiciones diferentes

o a u n si é s t a

en

cuanto

es posible, es

son concebibles respecto d e este

problema. 1" Lo

L a filosofía

de u n hombre expresa

q u e es v e r d a d

autem

modo

en general

et christianismus

cipit; christiano

certam

igitur philosopho

phus, certus competit nsqueunt,

sensum

consentiré

necesse

cierta m a n e r a

es v e r d a d

sentiendi

et quatenus

christianum

est, atque

et sensum

hujusmodi

este p r i m e r

¡científica 2*

sentido:

e fide

Posición

cionalizada,

contraria:

hubiera

razón,

podía

un n o m b r e especial dirá

partido

sino

hace

racionalizarse,

en

el q u e l a fe n a c e

De

donde

ordinem 3' a

esta

segunda

fidei

tradita,

tamen

Contra

estas

la vinculación

contradictorio mismo

se d e b e

golpe

de un

se e n v í a

posición

resulta

cristiana

ideam

a

la

como

tur,

simulque

queat" 4' que

Mientras

filosofismo cristiana

solí

fidei

christiana

redacta

de

es q u e

exposición sistemática.

doctrina

est

demónstrala,

in

(págs. 6 - 7 ) .

u n a tercera.

a

cada

Si

u n o d e esos

racional

primera para

que, para

in qua

digna

de u n a simple

rationalibus

la fe

cristiano,

esta

exposición

y fundado

posición,

pues

dogmas.

Es, pues,

e n la fe

(pág. 7 ) .

si e l s i s t e m a

todas las demás. Así, de la primera

cristiana,

es imposible:

esse scientiae,

sino

sistema

la fe. S i e n d o c o n t r a d i c t o r i a s

sofía

un

philosophia

alza

de con

a q u e es r a c i o n a l , n o sólo e n l o q u e r e s p e c t a

d e los d o g m a s ,

hablar

q u e u n a filosofía

segunda en

n o partió

d e la fe. S u característica

scientificum se

ra-

del Cristia-

( p á g . 4 ) . P a r a salir d e a q u í se

argumentis

dos conclusiones

methodo

p o r q u é ser distinguida

e n u n a filosofía

posible:

ideoque

"fit

ser enteramente

a u n antes

que aun cuando

¿ E n q u é difiere

nullisque

r a c i o n a l sería u n a filosofía resulta

pudiera

más que

el q u e n a c e

posición

systematicurn,

l a fe es s i s t e m á t i c a ,

Del

tenemos

a la razón.

razón

christianus,

es cosa m u y distinta.

del conocimiento;

e n ella

en

est" (pág. 3 ) .

d e la regla de fe? E n q u e d a de ella u n a interpretación

christiana,

de

u n a filosofía,

no

est

por la razón

cristiana

ese n o m b r e es el c o n o c i m i e n t o histórica

cristiana

d e c u a l q u i e r o t r a filosofía

no

la fe g o b i e r n a

sensus

d e ella, n o tiene

q u e , e n e f e c t o , l a filosofía

su fe

nun-

sentimiento

(pág. 4 ) .

ser c o n c e b i d a

sin é l ; p e r o

haber

christiana

provectus

si l a d o c t r i n a

podido

nismo, en todo caso la

philosoei inesse

se p r o r s u s

(págs. 2 - 3 ) . Este

transforma

prae-

christiana

christiano sane distinguendus

philosophia

ad scientiam

y

inter

philosophia,

"Pari

et

et quatenus

philosophícum

hominis

e n l a f e ; el q u e c r e e

philosophus christianus et a n u d o En

et continet

christianus

querer.

particular:

sensus, e t q u i a d ú o sensus inter se discrepantes

suum

se f u n d a

en

rationem

c u p a n d a est, q u i p p e q u i a e x sensu est c h r i s t i a n o " cristiano

d e sentir y de

del cristiano

estas

reserventur;

debe

ser r a c i o n a l ;

cristiana,

debe

dos exigencias, concluyamos

"Dicendum omnia

s e r filosofía,

s e r u n a filosofía enim

dogmata scientiae

igitur,

simul quae

christianam

rationi

reapse

de la

apoyarse

q u e l a filo-

e s t , philosophiam

christiana

fuera

posición

vindicen-

existere

ne-

(pág. 9 ) . Solución

está

del problema:

reservado

es u n a a c t i v i d a d

a

el Cristianismo

depende

l a fe, y e n eso n o h a y n a d a

d e la razón

dirigida hacia

de la razón imposible.

a

Toda

la par ciencia

u n objeto. E n el caso del Cristia-

NOTAS

407

BIBLIOGRÁFICAS

n i s m o , el o b j e t o es i n f i n i t o ; e n c u a n t o h a y c i e n c i a d e t a l o b j e t o , h a y e c u a c i ó n entre

la

siempre

razón

y

ese objeto,

p o r perfeccionar.

puede

expresarse

en

pero

De

ningún

en

cuanto

ahí resulta conocimiento

la historia

libros,

sino

sea algo

"viventem

wicklung),

i m o ipsius

ejus

unius

infiniti

está

infinito

solamente

de tal modo

disjecta

ac solidae

objecti

lo

no

por

la

q u e l a his­

( p á g . 1 6 ) . P a r a esto es m e n e s t e r

m á s q u e l o s membra

illam,

de

sino

definidos,

toria sea la única forma d e su manifestación

esa ecuación

ciencia

definido,

vinculación y el progreso d e conocimientos que

es i n f i n i t o ,

que la

q u e se h a l l a n

philosophiae

e n los

evolutionem

manifestationem

(Ent-

exhibentem"

(pá­

g i n a 2 0 ) . S i e m p r e q u e d a , p u e s , u n l u g a r p a r a l a fe m á s a l l á d e l a r a z ó n e n l a filosofía

cristiana;

la

adecuación

entre

la

ciencia

y

su objeto

infinito

se p r o d u c i r á e n e l m á s a l l á . M i e n t r a s t a n t o , f e y r a z ó n s e d i s t i n g u e n , y reaccionan

u n a sobre otra

(pág. 2 2 ) . Conclusión:

Philosophia

sólo

cohabitan

christiana

est

actio (sive eam rationalem dicas, sive spiritalem) totam historiam christianarn pervadans, qua ratio infinitara essentiam Christianismi, fidei manifestatam, in essentiam suam recipit et convertit, atque ideo se ipsam suamque naturam in fide magis magisque agnoscit ( p á g . 2 4 ) . Branis

anuncia

christlichen

su intención

Geistes

(véase

de

escribir

breves estudios históricos, a m e n u d o San

Justino

(págs.

u n a : Entwicklungs-Geschichte

art. sig.). El resto

26-40),

de la obra

sugestivos, sobre l a noción

Ireneo

(págs.

41-72),

des

es u n a sucesión

de

d e filosofía

Tertuliano

en

(págs.

73¬

alten

und

118).

— Uebersicht rnittleren Es

Zeit.

des Entwicklungsganges

der Philosophie

in der

Breslau, 1842.

un esquema

d e la realización

d e l a Idea

cristiana

en la historia.

Los

p u e b l o s se d i v i d e n e n d o s c a t e g o r í a s , d e l a q u e u n o s c o n s i d e r a n a l a n a t u r a l e z a , los o t r o s a D i o s c o m o el p o d e r en la realidad rística está

común

d e todos los pueblos p a g a n o s

determinado

judaismo, cuanto

determinador.

Esas dos categorías

por

lo

natural...

y p o r a h í se a p a r t a

se o p o n e ,

Dios,

de todos

contrario,

los d e m á s

es q u e , e n s u c o n c i e n c i a

es cosa q u e h a l l e g a d o p o r lo contrario,

esencia

simple,

la

pueblos

inmediata,

diente,

determinado su origen

a ser, a b s o l u t a m e n t e

en la voluntad

es el único nada

todos los seres p r o c e d e n judaismo,

expresan

es q u e , e n s u c o n c i e n c i a , l o d i v i n o

P o r lo

característica mucho

está

absoluta

q u e n o h a llegado noche

en la luz original

el p o d e r

e

decisión.

de la

libre

natu­

absoluto

Para

de la necesidad

de

deter­

impotente;

a ser, a b s o l u t a m e n t e

m á s q u e p o r s u libre de la remota

y

está

él, t o d a la

dependiente

del

menos

lo natural

m i n a d o e n su existencia y en su esencia p o r lo divino. P a r a raleza

se

histórica c o n c r e t a p o r el j u d a i s m o y el h e l e n i s m o . " L a c a r a c t e ­

el

de

su

indepen­

paganismo,

natural;

voluntad

para

de

el

Dios"

(pág- 2 4 ) . Los

Padres

interesaron el c r i t e r i o

de la

Iglesia

no

tuvieron

sino p o r la aprehensión de su verdad

filosofía

intelectual

propiamente

dicha;

no

del dado revelado, y para

es el h e c h o d e q u e e r a d a d o

(pág. 3 6 5 ) . L a

se

ellos

actitud

d e é s t o s f r e n t e a l a fe e r a a n á l o g a a l a d e u n físico m o d e r n o f r e n t e a l a n a t u r a l e ­ za

( p á g . 3 6 5 ) . E s u n e r r o r c r e e r q u e el p e n s a m i e n t o griego, e j e r c i e r a

esencial e n la formación pensamiento

enteramente

influencia

d e l d o g m a c r i s t i a n o , p u e s se t r a t a b a d e u n m u n d o d e l nuevo:

kaum geahnte Gedankewelt"

" E m e vóllig neue, v o n d e r alten

( p á g s . 3 8 8 - 3 8 9 ) . L a filosofía escolástica

Philosophie correspon­

d e al m o m e n t o e n q u e l a c o n c i e n c i a c r i s t i a n a se h a c e e s p e c u l a t i v a

(pág.397).

U n a p á g i n a i n t e r e s a n t e sobre l a l i b e r t a d d e e s p í r i t u d e los filósofos

escolásticos;

408 y

EL

aún:

" D i e Scholastiker

Reformaíion" Dogma de

ESPÍRITU

Aristóteles

griegos

recht

MEDIEVAL

eigentlich

escolástica

no

( p á g . 4 0 4 ) . Aristóteles

idea

d e u n a escolástica

consecuencia debe

desecharse

pensamiento por

(pág. 4 0 6 ) . E n Santo

cristiano:

la E d a d

Media

a los escritos

determinaciones

también

ha

"Si puede

como

decirse

articulado debe

a partir

acceso

de

plenamente

con penetración

menos

l a filosofía

su origen antigua,

a

pasó

conciencia

de Santo

elaborada.

a

la

rigor

salvo

moderna escolástica,

(pág. 4 4 0 ) .

al estado

esta

del

atribuido

filosofía

metafísica

conciencia

se y e r g u e

productora

procede

d e la escolástica

cristiana

como interno

d e los c u a l e s , la

U n sistema particular

y científico la fuerza

Edad

404-405).

interés

cristiano"

Tomás

de la

(págs.

lo esencial

que

el advenimiento

la

que en la obra

nada

era

l a d e los

un impulso

d e Aristóteles,

conceptos,

del pensamiento

d e esta sección

el

en especulación

de

parcialmente,

elaborada

al principio

designado

todo

ambos

a

accidentalmente

y no de

Tomás,

teóricos

generales

conservado

esencialmente

su filosofía

" P o r a h í p u e d e explicarse el p r o f u n d o

algunas

de

era opuesta

desarrollado

d e Aristóteles

del

del pensamiento

m á s q u e el p e d a g o g o

q u e se h a b r í a

del descubrimiento

vor der

arbitraria

la coalición

medieval

n o h a sido

Protestanten

el núcleo

e n la escolástica;

q u e la Weltanschauung

M e d i a , p e r o n i s i q u i e r a se h a p o d i d o c o m p r e n d e r La

die

es u n a colusión

(pág. 4 0 1 ) . L o que forma

n o se e n c u e n t r a

puesto

LA FILOSOFÍA

waren

(pág. 398). L a

y de Aristóteles

imposible,

DE

de

ante

p u d o ser

especulativo, se

convierte

pensamientos,

nosotros,

de la razón

que no

especulativa

que

y q u e s i n e m b a r g o , p o r t o d o s u e s p í r i t u , es o p u e s t o a

esta

filosofía. P u e s l a v i d a q u e le a n i m a n o se e n c e n d i ó al c o n t a c t o d e l a n a t u r a l e z a , sino

de la idea

cristiana, y su verdad

la exterioridad tiano, y

de Dios

u n a creación

su exacta

del ingenio

contrapartida,

comprensiva poco

con relación

y

tan

por hacer

tan atrevida

fué construido

completa,

en

fundamental al m u n d o .

que ha

ese dominio,

y

n o es la i n m a n e n c i a ,

Este

como

sistema

el panteísmo

por Santo

dejado

a

es f u e n t e

Tomás

inagotable

"La

obra

de

Santo

deísmo es el r e s u l t a d o "El

tercer

estadio

Tomás

es el p u n t o

culminante

supremo"

(pág.4 5 5 ) .

de

no

contener

podía

el

de

manera

completa

respectivamente el c o n c e p t o penetrarlo,

e n la obra su p r o p i o

no puede debe

teología

pero

como

encierra

muy

enseñanza

aún

la

escolástica;

de

la

su c o m p l e m e n t o

su

exigencia

el q u e se e x p r e s a d e

u n a ciencia

q u e l a filosofía,

tan

venideros

d e T o m á s . Filosofía y teología conservan

ser. L a

dominar,

reconocer

precristiano

(págs. 454-455).

cumplimiento

d e q u e se h a h a b l a d o , y ese c u m p l i m i e n t o es j u s t a m e n t e

cris-

de manera

los t i e m p o s

hoy, c o m o e n el t i e m p o e n q u e i n s p i r ó a Leibniz su t e o d i c e a "

sino

d e deísmo

aunque

esencial.

e n ella

divina,

que

sea incapaz

de

Inversamente,

la

filosofía r e i n a e n u n o r d e n d e v e r d a d p u r a s u r g i d a d e l p o d e r n a t u r a l d e l a r a z ó n , que

pertenece

tural

plemento obra la

directamente

de Dios,

pero

necesario

que a de

de la escolástica

enseñanza

cristiana,

a

toda

razón

fuera

su vez l a teología

su c o n t e n i d o alcanzó

aquí

el espíritu

de toda

debe

suprarracional.

Y

su p e r f e c c i o n a m i e n t o . se f e c u n d ó ,

hizo

revelación

reconocer

suya

del mismo Pues

455-456).

N o garantizo

la exactitud

p u e s c r e o q u e es el p e n s a m i e n t o ais christliche cristiana de

esta

Philosophie

ausgeboren.

(pág. 4 5 6 ) . Poco obra.

mismo

importa.

literal

de esta

(das Denken)

al

la idea

l u e g o d e e l a b o r a r l a dio n a c i m i e n t o , e n e l d e í s m o , a l a f i l o s o f í a ginas

como

sobrenael

com-

golpe

la

profundizar preñante,

cristiana"

y

(pá-

obstétrica

histórica,

e l q u e e s im

Theismus

Dio a l u z e l l a m i s m a s u f o r m a d e f i l o s o f í a La

escolástica

es, p a r a

él, el

artesano

NOTAS

El

pensamiento

damentales, 18.

moderno

está

p o r el p a n t e í s m o

MOLENKAMP

condicionado,

precristiano

in Academia

en

Academiae

409

como

p o r sus elementos

y el deísmo

( G . ) . — Commentatio

theologicam Aúnales

BIBLIOGRÁFICAS

qua

Rheno-Trajectina

cristiano

respondetur

propositam

Rheno-Trajectinae.

Utrech,

fun-

(pág.459).

ad

quaestionem

anno

MDCCCXXVIII,

J . Altheer,

1 8 3 0 . E n 8".

V I I I - 156 págs. Debemos de

la

la comunicación

biblioteca

Academia

de

la

de Utrecht

sanae

rationis

ritate

confirmaret,

varia

adhiberet,

giae,

dicitur,

quae

nomine,

premiada, Jesús de

y

paso

ab

Ipso

quoque

singulasque (págs.

ejus

Jesús

filósofos

griegos:

alma

de

y

tribuye

a

19.

79-84);

natural

cristiana"

además,

griega

La Tan ginas

FEUERBACH en

( L . ) . — Ueber

L.

Feuerbachs

Philosophie filosofía absurdo 52-57).

No

que la

filosófico.

se a

habla

diferencia

Edad

6 3 ) ; pensar, actividad

la

doctrina (págs. por

los

inmortalidad

conocidas

cristiana

todo

et

mundum

doctrina

126-153).

pero

(pá-

respecto

La

este

expresión

trabajo

desde

con-

und Lüge"

filosofía,

como

el

(págs.

(pág.

1 3 3 ) . Es esencia

pues,

destruirlo

aun de medicina

cristiana

de (edic.

sino

no

Fr.

Jodl.

oder

"positi-

se

contradecir

"Alie

sino

a

no

burgués

la

razón;

de Feuerbach

matemática

(pápara

se

equivocó

de la de

t. V I I , págs.

en

Reforma.

contrabando ejercer

Speculation es n i ni

religión

ist ni

gentilhombre

racionalizarlo

se dirige

cristiana,

es d e

justamente

religioso, es

religiose

religiosa ni

razón.

del Cristianismo

introduce

es

la

hipocresía,

cristianos

de u n espíritu

no

de

cristiana

Hegel

paganos, en tiempos

(pág. 6 6 ) .

citada,

por

El mismo

los p u e b l o s

de vista

gentilhombre

sistemas

de

al p a g a n i s m o

( p á g . 1 3 4 ) . L a crítica reales

ciencia

58-59).

en

filosofía

del d o g m a

und

depende

( p á g . 7 2 ) . U n a filosofía

Burgués

Bolin

christlichen

como

cristiana

a los filósofos

hereje

W.

der

Beziehung

Unchristlichkeit

q u e sólo

cristiana

aparece

la

edic.

in

der

128-153.

filosofía

el p u n t o

irreligiosa,

Werke,

pág.

Christenthum

Vorwurf

C f . Kritik

que separa

Media,

Eitelkeit

pero

de

L a filosofía

Durante

y

(págs.

por

curat,

d e esta

ya

natural

und

independiente

l a filosofía

en q u e vuelven

la

ibíd.,

d e filosofía

el m o m e n t o

absurdos

alia

desconocidas

verdades

gemachten

41-109.

u n a ciencia

es h a b l a r

creyendo

una

traída

quo totum hv

hoc

que fué

perfectionibus :

omnia

de

teología

Philosophie

samtliche

(1838); es

su odio

(pág.

la

humano,

ac

d e lo singular,

p o r el a u t o r ,

Philosophie

1 9 0 3 , t. V I I , p á g s .

disimular orden

genere

ementheolo-

elucidarla.

Stuttgart, ven"

qua et

aucto-

et

L a doctrina

verdades

o contemporánea

n o es e m p l e a d a

de

denique,

confirmaron de

divina

de G. Molenkamp,

" d e D e i vita

providencia

por la

consolandos

propagaret;

fundamento

enseñaron

la

traderet,

del sujeto. cura,

Director

Christianam, c u m

( p á g . 2 5 ) . Exposición

Dios,

superior

auf den der Hegelschen (1839),

de

creación,

et vero

del

propuesto

homines

notitiam

de regimine

apóstoles

Condición

la teología

"filosofía

la

provida

complectitur"

unidad

puré

ad

los p r o b l e m a s de

sujeto

doctrinam

L a disertación

conservat;

los

(págs.

88-98).

condito;

La

profuisse,

las divisiones

interesa

partes

26-44).

ginas

a paso

la amabilidad El

decreta

permultorum

valde

a

"Probetur,

illustraret,

meruisse."

ánimos

75-79). del

naturali

sus apóstoles

mundo

nostros

ad

texto

Utrecht.

divinis

ratione

atque

optime

sigue

raro de

e r a el s i g u i e n t e ;

de D e o rebusque

dandosque quoque

d e este

Universidad

a

menudo

de botánica 154-178):

es, a

cristiana

Kritik

der

4io

EL

christlichen

Medicin)

razón

n o está

20.

RITTER

J.

promesa

renovación

de la vida de

la

la philosophie

toda

chrétienne,

chrétienne,

de

considerar

provocó

que

razón

se

hablar

de

íntimo

por

de

"Llamamos

del

Edad

bajo

a

la

n o basta

sufrió

nuestra

determinó es

"una

d e u n a filosofía

33-34).

la

la

relación

relación

e n los

mientras

que

"Aristóteles

sólo

escolástica,

se a c e r c a b a i n f i n i t a m e n t e

abarca

del espíritu

entre

pagana,

Defi-

filosofía

q u e ella

la misma

de

la

menester

(págs. 20-22).

filosofía

d e desarrollos

las obras

con que

(pág. 18). Continuidad

cristiana

(págs.

trans-

influencias;

históricos q u e l a difusión

cristiana

de

otras

Cristianismo

y

impo-

sino u n a

(pág. 15). Para

de su historia:

los griegos

hablar

era

l a filosofía,

(pág. 3 2 ) . Diferencia

entre

d e su pensamiento,

sobre

motriz"

q u e l a sucesión

exterior

esperanza

cristiana,

el curso

la fuerza

u n a filosofía

la forma

1-41. L a

de la

Se constituyó

Esta

también

influencia todo

en la humanidad" n o se p u e d e

sobre

trad.

n o es u n a filosofía,

y d e l a filosofía

c o n l a filosofía

todo.

tal, obró

pues

d e los m o v i m i e n t o s

porque

influyó

la

cristiana:

cristianos; puede

sin-

t. I , p á g s .

una más profunda

el n o m b r e

y rigió

moderna

p o r la única

la religión

cuanto

cristiano como

llamada

esencialmente

cristiano

en

merezca

filosofía

d e l a filosofía

cristiana",

ante

con Dios.

y fundando

p o r el Cristianismo,

el espíritu

d e l a filosofía

la

a los h o m b r e s p o r el E v a n g e l i o , es decir,

en unión

entera; griega

"presupone

dicha

se inspiran

traída

eterna

nueva

influida

expresión

fondo

su violencia:

de la philosophie

(pág. 9 ) . El Cristianismo

vida

filosofía

sido

deriva

modo

1 8 4 3 , 2 v o l s . e n 8*.

de

nueva

l a filosofía

esta

esencia

de

Notion

los griegos

formando

nición

e n cierto

Histoite

Ladrarige,

de la b u e n a

sible p a r a

esta

excusa

MEDIEVAL

parte.

q u e e n sus pensamientos

influencia

que

DE LA FILOSOFÍA

c r i s t i a n a es l a d e los P a d r e s d e l a I g l e s i a y d e los filósofos

Media,

thaya

París,

I, cap. i:

filosofía

la

; esto

d e su

(ENRIQUE). —

TRULLARD. Libro

ESPÍRITU

q u e , p o r el

a los P a d r e s

de la

I g l e s i a " ( c a p . i r , p á g . 4 7 ) . Considérations genérales sur l'idée et le développe•ment historique de la philosophie chrétienne, t r a d . p o r A U G . N I C O L Á S . P a r í s , 1851,

1 vol. en 8 ' (Bib. N a t . , A. 4 9 2 0 8 ) .

21.

TRULLARD

Prefacio

Traducción

y de la religión; presenta lejos

evidentemente

independiente

siempre sentación

Esta obra de

verdadero" ni siquiera

de ésta"

(ibid.);

lo q u e el a r t e e n lo finito"

(AUG.).—Études

París, Poussielgue, dedicatoria

ningún

de apologética, del autor

cuyo

el E v a n g e l i o ;

de la

religión,

legítimamente

procla-

por m á s q u e tenga,

es a la ciencia,

siendo

el arte

la

será repre-

(pág. X V ) .

sur le Christianisme,

26* edic.

5 3 1 , 5 7 8 , 599 págs.

éxito fué considerable, v a p r e c e d i d a

se h a l l a

filosofía

inversa n o

(pág. X I V ) ; "la puede

" l a religión,

philosophiques

a sus e x colegas

1843. L o q u e e n ésta

esencial

y la proposición

1 8 8 5 , 4 vols. e n 16», X X X I - 4 6 0 , del foro

opuesta

l l a m a " f i l o s o f í a c r i s t i a n a " , s i n o filosofía en

Distinción

a l a filosofía,

lado

de lo infinito

Foucher.

I-XXXV. Quinet.

p o r l a filosofía,

a l a filosofía

NICOLÁS

a Edgardo

" l a religión supone

d e ser supuesta

marse

22.

1 8 4 3 , t. I , p á g s .

dedicada

Luis

Un mot sur la relation de la croyance avec la science. d e H . R I T T E R , Histoire de la philosophie chrétienne.

(J.).—

d e su traducción

París, J. Ladrange,

S e ñ a l a d o p o r el a b a d

a l a "filosofía

creyente.

cf. t . I I I , c a p . 1 9 , p á g s .

de Burdeos, fechada

por una en

marzo

racionalista"

n o se

L a filosofía c r e y e n t e se i n s p i r a

545-578:

el l l a m a d o

eclecticismo

cristiano, q u e s e p a r a la v e r d a d d e l e r r o r es, e n r e a l i d a d , revelación

(pág.5 7 3 ) .

NOTAS

T.

I V , págs. 458-494:

no viene

a unirse

incorporación" dumbre

du Christianisme

a la razón

el

alma

humana,

de la razón"

l'ordre

estorbo

para

la

además

pone

a su alcance verdades

p o r lo

" h a puesto

resumen:

contrario,

intellectuel:

si p u e d o

que, progresivamente,

(pág. 4 7 5 ) . E n

razón;

dans

p o r yuxtaposición,

(pág. 4 7 1 ) . El Cristianismo

en

damentos

Fruits

BIBLIOGRÁFICAS

le

" L a fe

así, sino p o r

u n principio

estabilizó el

de

todos

Cristianismo

asegura

q u e de otro

decirlo

fun­

n o es u n

sus p r o p i a s

modo

certi­

los

riquezas

le escaparían

y

siempre"

(pág. 4 7 6 ) . 23.

Pío

texto

I X . — Alocución

pág.

4 4 1 ; t.

—

Caria

"Tuas

libenter",

edic.

— Syllabus

cit.,

t.

24.

MATTER

lite

historia

de

errorum

edic.

esté u n i d a no

n o es v e r d a d e r a

Buhle,

De

Gérando

existe

y

religión

en

alguno

(pág.

34;

nunca

es posible

la

cf.

expresión

sofía de

gran

como

bien: a

fe

6-7).

y no

Pero

"filosofía

en

DENZINGER-

es

y donde

que,

ni y

" S i l a religión y l a filosofía

que

su

en

sepa­

una

cosa

netamente, razón

objeto

en

"no

el

mismo,

para

él l a

indiscernible bajo

Edad

para

la

y se

mezcla

d e l a filo­

Media,

entonces

fuerte

otra,

( p á g . 7 ) . P o r eso

religiosa la

es

humana"

d e u n a d e las d e l a significa

se u n i e r o n

es b a s t a n t e

la

en teoría"

v)

de

Cristianismo

de

siendo

se h a c e

q u e sucedió

d e l a filosofía

el

es prácticamente

l a filosofía

su alianza

él,

las ideas

(caps,

lo

d e éstas e n las histo­

distingue

creación

sus dominios

la religión

la

págs.

" N o h a y filosofía

ser d e razón,

para

una

avec

a u n a teología, o, p o r último,

de un

razón;

rapports

sino e n sus relaciones

q u e hacer la historia

agrega

cristiana"

(pág. 8 ) . Es

q u e sólo

Tennemann.

enteramente

se d i s t i n g u e n

ses

y posible

(pág. 11). Matter

filosofía;

de hecho, donde

religión

debe

filosofía,

"distinguir

y

dans

la separación

la historia

existió"

una

e n la teología,

la

se

y

págs.

fácilmente

histórica

es h a c e r

jamás

principio,

tan

t. 1 6 4 3 ,

1 8 5 4 . E n 16", x n - 4 3 2

o bien opuesta

a u n a teología. D e m o d o

modo

de 1854;

16* e d i c ,

1 8 6 3 ; texto

la philosophie

(pág. 2 ) . Protesta contra

d e la teología,

que

diciembre

8 d e diciembre d e 1864; e n

París, Hachette,

n o sea, o salida d e u n a teología, rada

de

p á g . 4 6 7 : I I , 14. de

chritienne.

Brucker,

de

modernorum,

cit.,

d e l a filosofía

la teología"

rias

21 de diciembre

( M . ) . — Histoire

depuis

"La

9

Symbolorum,

1681, pág. 455.

seu collectio

DENZINGER-BANNWART,

religión

quadam",

Enchiridion

1644, pág. 442.

BANNWART,

con

"Singulari

e n DENZINGER-BANNWART,

influencia y

fué

un

confundieron,

conducir

al

mundo"

(pág. 9 8 ) . 25.

OZANAM

( A . F . ) . — La

París, J . Lecoffre,

Es la décimoprimera Su

intención

está

es l u c h a r

fundada

filosofía según

en

asciende

dos vías:

se e l e v a r o n

nismo

vino

aquello ginas cación

a

CEuvres

completes.

d e u n c u r s o s o b r e l a civilización

contra

la influencia

de Gibbon.

desciende

( t . I , p á g . 3 6 2 ) . L a filosofía

a la fe"

y misticismo

a la verdadera las fuerzas

el espíritu

Objetar

idea del

humano

al Cristianismo

es r e p r o c h a r l e

(págs.

de

en el siglo

L a filosofía

u n a fe. " L a teología

renovar

del dogma

en

de la razón

sin lo cual

366-367).

chritienne,

359-395.

lección

dogmatismo

tóteles

philosophie

1 8 5 5 , t. I , págs.

la

363-364).

d e Dios

(págs.

espíritu

humano,

n o obra,

a

la

sobre

ni

"El

todo

y

la

procede Aris­

Cristia­ dándole

certidumbres"

a l a filosofía

su fuerza.

razón

Ni Platón

365-366).

dándole

que reduce

lo q u e hace

fe

V.

cristiana

a la

(pá­ verifi­

A u n los puros

no

412

EL

progresan nismo

sino gracias

traía

diversas entre

vías

que a

obra.

Santo

desde

el siglo

26.

de

v

cristo

CEuvres

cuyos

visión

mana,

días,

el conjunto

todo

Cristia-

entre las

la

cristiano,

Malebranche,

cristiana

elección cris-

pero

San

continuarán

a la cual

más profunda,

está

su

suspendido,

d e la civilización m o -

decía,

para

emanada por A.

VENTURA volumen

religión

política

(10 de

Poussielgue,

como

hijo

d e filosofía

de trazar.

del mundo,

divinas.

humana.

de su propia

el C r i s t i a n i s m o

tenía

que ya

enteramente

de un hermano

ante

de la verdad

el

unió

relaciones

su título

de

y de u n a her-

mundo

p o r la razón

poseía, se

con ella

de

extrajo

esencia,

hecho cristiano conservaba

el n o m b r e

Pero

la m i r a d a

D e ellas

de las creencias

nada

Jesu-

y siempre fué,

de golpe bajo

páginas

cristiana

N o es q u e

de la sociedad

cayó

mayor

E l filósofo

definirse

el n o m b r e

acabo

mismo

sin p e r d e r

y

a

sí

y p o r el

mismo,

Evangelio,

d e Dios, y p o r el E v a n g e l i o , o t r a o b r a d e l m i s m o

DE

RAULICA

( J O A Q . ) . — La

III:

Traite

Declara

des

seguir

philosophie

Todo

préambules

lo

nuevo

es r e v o l u c i o n a r i o "

579-623.

sentido

Ésta

es l a filosofía p o r Dios

común.

Su método universales

zar

p o r creer

llegar

(t.

I I , págs. 596-597).

verdades

para

naturales, el S e ñ o r

Dios."

chrétienne.

pedestal o divina,

e s diabólica

al

a

"sólo

coasiste punto

París,

n o se t r a t a

filosofía

la verdad como

fué

la

las verdades

d e la ciencia,

d e l a fe l a b a s e

tradicioo

comensaber" e n las

ciencia

sobrenaturales:

q u e n o sirve

II,

sea antigua,

sea

conservarla,

a

pesar

de

todas

las

a la razón

del hombre

pág. 623). L a

debe

filosofía moderna,

(t. I , págs. L X - L X I ) ; se u n e a l a ciencia q u e A d á n

(t. I, p á g . G X V ) . P a r a

pri-

ciencia

sino d e l a fe h u m a n a

y el p e n s a m i e n t o pagana,

y

del

toda

(t.

en

nuevo

del d o g m a cristiano, n o tiene

Dios"

a l a filosofía

lo

entre

a l a fe e n l a s v e r d a d e s

n o funesta, de

en tomar

leído

I I I sección, t. I I ,

se c o n s i d e r a

y hacer

a la defensa

cuando

que toda

ser

lo nuevo

Todo

Distinción cristiana,

de partida

de las ciencias,

pensamiento

debe

"Todo

es a b s u r d o .

que, sabiendo

se s u b o r d i n a

se o p o n e

filosofía

los h o m b r e s ,

a comprender,

explicación, a la confirmación, de

philosophie,

estricto:

d e l a filosofía

como

el ú n i c o D i o s

d e ser, es v a n a , frivola,

en

Naturalmente,

pero

la

(t. I, p á g . X X V I ) .

revelada

nales, las creencias

de

el t r a d i c i o n a l i s m o

(t. I I I , p á g . 1 9 1 ) . M é t o d o

mitivamente

Dios

París,

Forest.

es h e r é t i c o .

teología

cristiana,

philosophiques

politiques.

1 8 6 1 , 3 vols. i n 8", C X V - 4 7 7 , 6 2 3 , 2 0 8 p á g s .

primeramente.

"Siendo

et

e n esas

u n a certeza

juntos

es d e c i r ,

Comunicado 27.

les études

el Evangelio

p o r el l a d o p o r d o n d e

p o r la razón

Gaume,

el c i m i e n t o

l a filosofía,

cristiano,

sur

desde el origen

se r e c o n o c i ó

y mezclándolos se

filósofo

de

"El

elegir

del eclecticismo

d e l filósofo

Leibniz,

y caracteres

cuando

semejanza y de afinidad.

que

tipo

metafísica

ésta existía

la razón

entonces

filósofo,

servir

es e l

señores, p o r q u é he d a d o

ora luminosa,

al C r i s t i a n i s m o

del

para

(pág. 367). Tenemos

philosophiques

principios

llegó Jesucristo,

hombres,

págs.

tienden:

252-253.

p o r saber,

oscurecida,

desde

en

la cual

la libertad

" E s a es l a n o v e d a d

Descartes,

nuestros

sea su f u n d a d o r ;

cuando

El

conducir"

( M . D . ) . —- Discours en

t. V I I , págs.

l a filosofía

de

hasta

1859),

"Queda

una

Tomás,

LACORDAIRE

1872;

y

debían

hacia

daba

MEDIEVAL

(pág.395).

agosto

los

ella

y e l misticismo:

"Es la grande y poderosa

derna"

FILOSOFÍA

y, c o n ella,

(pág. 3 6 8 ) . S a n Agustín

Anselmo,

ora

D E LA

a su fe e n l a m e t a

la certidumbre

el dogmatismo

tiano"

a

ESPÍRITU

recibió torpezas

NOTAS

del h o m b r e , que

Dios

sobrepasa

Divina

suscitó p r o v i d e n c i a l m e n t e

en grandeza,

Trinidad.

Tomás"

Estos

nalismo", q u e cree está e n haberse más

está

verdad por

la fe"

(t. I,

raison

París Véase

sobre

rio

et

págs.,

t.

S. Aurelii

El vocablo introducido

en

la

raison

Neoperipateticorum, institutum

fuit,

raison

iluminación

verdad

" n o se

debe

predicadas 5

en 8 ,

XVI-547,

La

de Santo

A.

raison

philosophique des siécles

Tomás

VÍCTOR

chen chrétiens.

(pág. 4 7 ) .

(A. M a r t i n ) ,

con

el

título:

París, D u r a n d , 1863. del título; pero contra

todos

e l Praeloquium,

filosóficos:

aliorumque

(pág. V I ) . Al negar

"Hoc

id

Fabre

d e q u e se c r e a

de

haber-

nonnullorum

genus

portentorum,

la idea innata

y el materialismo.

el temor

fechado

los neotomistas,. culpables

los errores

el ateísmo

ante

ninguna

la

Conferencias

d e l ontologismo, y c o n t r a ellos r e i m p r i m e

christiana,

toda

Tomás,

philosophique

Pseudotraditionalium,

favorecieron

ellos l a v e r d a d

de

desaparece

his scopus"

Agustín

no inventó

1 8 5 4 . 3 vols.

conferencia:

Philosophia.

teología

catholique.

Gaume,

La

violentos ataques

la

de

la de Santo T o -

se i n v e n t a ) ; recibió Santo

Santo

(t. I, p á g . 1 1 4 ) .

I, Primera

"christiana"

1862, contiene

" S a n Agustín

y

el "semi-racio-

3* e d i c .

(J.).-—Reedición

Augustini...

S a n Agustín

a refutar

algo; la grandeza

en

humana

lo q u e n o es l a

d e l a fe, como

Así también,

p o r su exégesis t e n d e n c i o s a

FABKE

título

16-17).

y

de Trinidad todo

Pablo,

inventar

Aristóteles.

Segunda conferencia:

Interesante

del

a

el a ñ o 1 8 5 1 . París,

todo

San

en nombre

d e l filósofo"

VIII-602

les Anciens;

puede

se r e c i b e

philosophique

durante

XLVIII-591,

28.

opuesto

págs.

son

e n gloria,

el libro está consagrado

a Platón

la verdad

el teólogo

— La

en

hombres

que la razón

en haberse (pues

distinguir en

tres

opuesto

" u n a especie

en sublimidad,

(t. I, pág. 2 ) . T o d o

4l3

BIBLIOGRÁFICAS

de Dios

reivindica

A. Victor,

y la contra

eliminando

en un tratado

de

teología

(pág. X I I ) . 29.

JACQUINOT

dans

l'étude

129

págs.

Ataca las

y

lismo (cap.

de

algunos

Cousin,

aux

historia

decisiones

et

Langres,

théories

rationalistes

Chapelet,

1 8 6 3 . E n 8%

d e l filosofismo liberales

de

e n el siglo

eclécticos

es el c a p . i v :

(págs. 91-121). de la

xvm

la

de

pide

Dios.

del

Luis

philosophie

El autor

Ciudad

y

Lamartine,

La

( c a p . i) ;

Restauración:

del liberalismo

1 8 3 0 : Thiers,

e n el espíritu

bajo

sociaBlanc

chrétienne

q u e se

enseñe

Sus reivindica-

e n las decisiones d e lo q u e él l l a m a el " C o n c i l i o d e A m i e n s " , cuya

respecto

fecha a

la

exacta

ignoro,

enseñanza

de

pero

la

posterior

historia

a

1848, cuyas

reproduce

Jacquinot,

124-129. BRENTANO

cheim,

( F R . ) . — Die

1 8 6 7 . E n 8", 2 5 2

—Ueber Classe

y

(cap. n ) ; las teorías

revolución rationalistes

obispos, con

históricas

más importante

théories

c i o n e s se a p o y a n

30.

la

inspirándose

de

chrétienne

Lecoffre

historiadores

A. Thierry de

in). L a parte

reunión

París,

tablas.

después

opposée

págs.

(Abate).—Philosophie

l'histoire.

las concepciones

teorías

Guizot,

la

de

den

Creationismus

d. K a i s . A k a d .

—• Offener Schrift Duncker

über

.Brief die

Psychologie

des

Aristóteles.

des

Aristóteles.

Sitzungsberichte

d. W i s s e n s . , v o l . C I , 1 fase. W i e n ,

an

Lehre

und Humblot,

Mainz,

F r . "Kir-

págs.

Herrn des

Professor Aristóteles

Dr. von

1 8 8 3 . E n 8», 3 6

Eduard der

págs.

Zeller,

Ewigkeit

d.

hist.

1882. Tirada des

aus

Anlass

Geistes.

pililos. aparte. seiner Leipzig,

414

EL

— Aristóteles 1911.

Lehre

vom

DE LA FILOSOFÍA

Ursprung

des

MEDIEVAL

menschlichen

Geistes.

Leipzig,

Veit,

E n 8", V I I I - 1 6 5 p á g s .

— Aristóteles En

ESPÍRITU

und

seine

Weltanschauung.

Leipzig,

Quelle

u n d Meyer, 1911.

8% V I I I - 1 5 3 p á g s .

Las

obras

de Fr. Brentano

contienen

u n a reconstrucción

y sistemática d e Aristóteles, q u e acerca m u c h o

a la vez

histórica

su d o c t r i n a al C r i s t i a n i s m o . E s el

m á s i n t e r e s a n t e e s f u e r z o h e c h o e n e s e s e n t i d o . L a Carta

abierta

es u n a respuesta

a l a m e m o r i a d i r i g i d a c o n t r a el s e g u n d o d e los e s c r i t o s d e B r e n t a n o q u e a c a b a n d e s e r c i t a d o s ; E D . ZELLER,

Ueber

die

des

d.

preuss.

Geistes,

e n Sitzungsber.

kgl.

Lehre

des Aristóteles

Akad.

d.

von

der

Wissenschaften

Ewigkeit zu

Berlín.

Sitzung d e r philos. histor. Classe v o m 7 D e c . Berlín, 1 8 8 2 , col. X L I X , p á g . 1033. 31.

CO NCILIO DEL V A T I C A N O . — Constitutio

abril de Texto págs.

de fide catholica

(24 de

e n DENZINGER-BANNWART,

edic.

cit.,

i.

1 8 7 6 , p á g . 4 7 4 ; t.

1795-1800,

477-480.

32. 2"

dogmática

1870).

HAVET

edic,

( E R N E S T O - ) . — Le

1 8 7 3 , 4 vols.

Christianisme

" . . . n o h a y filosofía

et

ses

origines,

cristiana,

París,

A.

y el Cristianismo

Lévy, no ha

h e c h o m á s q u e h e r e d a r l a filosofía d e l a A n t i g ü e d a d " ; t. I I , p á g . 2 9 1 . Cf., t. I I , p á g . 3 0 0 ; t. I V , p á g . 4 1 0 . 33.

TÁLAMO

( S A L V . ) . — L'aristotélisme

la philosophie. un

Études

sacerdote

critiques.

d e l a diócesis

Traducción

útil

nella

la

scolastique

c o n los d a d o s

cuando

l'histoire

edición

della

filosofía;

las doctrinas Cita

la 3 ' edición

de la escolástica

d e l filósofo

34.

L E Ó N X I I I . — E n c í c l i c a Aeterni Christiana

ad

mentern

scholis

catholicis

logica.

griego están

e n des-

n u m e r o s o s t e x t o s i n t e r e s a n t e s y es

instauranda,

Romae, Forzani,

Patris

sancti

( 4 d e a g o s t o d e 1 8 7 9 ) : De

Thomae

Aquinatis

r e p r o d u c i d a e n S. Thomae

doctoris Aquinatis

Philo-

Angelici Su?nma

de enseñar

(MATEO, X X V I I I ,

19)'. L a

filosofía

le interesa p a r t i c u l a r m e n t e p o r q u e d e ella d e p e n d e la j u s t a i n t e r p r e t a c i ó n otras ciencias. Sin d u d a 4 ) , pero no desprecia

la religión

cristiana

l o s adjumenta

L a f i l o s o f í a e s u n a preparación a la interpretación

está f u n d a d a

humanos,

l a fe

(I

d e los c u a l e s

es l a

filosofía.

sigue

su propio

a los m i s t e r i o s , l a filosofía

el o r d e n

humana

de la autoridad

propiamente

mens

certis

erroribus, et m u l t a r u m qui

método,

aunque

ayuda

d e l a fe c o n t r a l a s falsas debe subordinarse

sin substraerse

a la

natural,

a la autoridad

di-

(pág. 4 2 9 ) .

El reconocimiento en

Cor.,

a la fe, p r u e b a a l g u n a s d e sus v e r d a d e s y

teología en su objeto y sus m é t o d o s ; e n c u a n t o a las v e r d a d e s del o r d e n filosofía

de las

sobre

d e l a s o t r a s . E s a d e m á s u n a defensa

filosofías. E n l o q u e se refiere la

in theo-

1 8 9 4 , t. V I .

L a Iglesia tiene la obligación

vina

ita-

respecto

consultarlo.

sophia

II,

de

italiana por

París, Vives, 1876.

storia

d e la revelación.

dans

de la segunda

1900. Insiste sobre la i n d e p e n d e n c i a

de Aristóteles, sobre t o d o acuerdo

de Le Mans.

d e L'Aristotelismo

l i a n a es d e S i e n a ,

de

Traducido

philosophiae

philosophantur:

filosófico.

finibus,

iisque

no mengua En

efecto,

satis

la dignidad a

angustis,

conclusa

r e r u m ignorationi est obnoxia"

studium

c u m obsequio

quandoquidem

fidei

divinarum

de la razón, aun

diferencia

pluribus

(pág. 4 2 9 ) ; "quapropter

christianae

veritatum

de la fe: " C u m teneatur,

conjungunt,

splendor,

animo

ii

optime

exceptus,

NOTAS

4*5

BIBLIOGRÁFICAS

ipsam juvat intelligentiam; cui n o n m o d o nihil de dignitate litatis, acuminis, firmitatis p l u r i m u m "sidus a m i c u m "

addit"

detrahit, sed nobi-

( p á g . 4 2 9 ) ; l a fe es p a r a l a r a z ó n

( p á g . 4 3 0 ) . L a historia p o n e

en evidencia

la colaboración

de

l a filosofía e n l a o b r a d e l a t e o l o g í a e n l o s P a d r e s y los Escolásticos, p r i n c i p a l mente Santo Tomás y San Buenaventura.

M u e s t r a t a m b i é n c u a n útil p u e d e ser

l a fe a l a r a z ó n : " E t s a n e p h i l o s o p h o r u m v e t e r u m , q u i fidei b e n e f i c i o

caruerunt,

e t i a m q u i h a b e b a n t u r sapientissirni, i n p l u r i b u s d e t e r r i m e e r r a r u n t . Nobis

enim,

intern n o n n u l l a vera, q u a m saepe falsa e t absona, q u a m m u l t a i n c e r t a e t d u b i a tradiderunt

de

gubernatione, de

vera

u l t i m o fine

hominis

doctrinis, q u a r u m sarium" filosofía

de

prima

cognitione,

aeternaque

beatitudine,

notitia nihil

(pág. 4 3 0 ) . D e donde

la necesidad

rerum

de malorum

origine, causa

de virtutibus

mundi

et vitiis,

magis est h o m i n u m de restaurar

de

et principio, aliisque

generí

necea-

la enseñanza

de la

escolástica, siguiendo sobre todo al m á s g r a n d e m a e s t r o d e la Escuela:

Cf.:

de Aquino.

Litterae

Thoraae

DEL

ratione,

vera certaque

Santo T o m á s s.

divinitatis

de divina futurorum

apostolícete,

Aquinatis

PRADO

quibus

profitenda

cita u n importante

Coristitutiortes

confirmantur. fragmento

Societatis

Romae,

Jesu

de

doctrina

X X X decembris, 1892.

( N ' 49), pág. XVII.

Se refiere

al

carácter a u n tiempo aristotélico y cristiano del tomismo. 35. E H R L E

Restauration (1880), págs.

( F r . ) . — Die pápstliche Encyklika vom 4 Aúgust 1879 und día der christlichen Philosophie, e n Stimmen aus María Laach, t . X V I I I 13-28;

292-317;

388-407; 485-498. Sobre

la noción

cristiana, q u e el a u t o r a p r u e b a sin reservas, véanse sobre t o d o p á g s . 36.

( T . M . ) . — Essai

ZIGLIARA

plaques,

sur le traditionalisrne,

trad. A. MURGUE. Lyon, Vitte,

Contra

Ventura:

"Sí, ciertamente

en

1 8 8 0 , t. I , págs.

es r e n u n c i a r

de

filosofía

16-22.

CEuvres

philoso-

1-291.

a l a r a z ó n , es d e s c o n o c e r

la

historia y a nosotros m i s m o s q u e r e r a f i r m a r q u e el h o m b r e p u e d e , p o r sus prc. pias fuerzas perfecto, lejos

y e n el orden

que la nueva

tradición

social,

escuela;

está

d e t e o l o g í a natural, decimos

afirmamos

bien

e n l a imposibilidad

moral,

moral—

e n el o r d e n

alto

en estas

conocimiento

de

dar un

a u n con la

tratado

perfecto

separada

de la teodicea

al e r r o r . . .

Pero

d e la posibilidad

afirmar

absoluta

cristiana

va

necesariamente

lo contrario

del

n o es r e n u n c i a r "filosofía

a

cristiana"

tradicionala

razón",

no

aparece

páginas.

STIRLING

University Gifford 407

a ese

q u e l a filosofía,

moral

p á g s . 2 4 3 - 2 4 4 . Cf. p á g s . 2 8 5 - 2 9 1 . L a e x p r e s i ó n

37.

llegar

si n o l a e s c l a r e c e l a l u z d e l a r e v e l a c i ó n c r i s t i a n a y c a t ó l i c a ;

q u e l a filosofía

•—de n e c e s i d a d lismo

de la posibilidad

elocuentemente descrito p o r V e n t u r a . Sobre ese p u n t o iremos a ú n m á s

( J . H . ) . — Pnilosophy

and Theology

( T h e first

Lectures). Edinburgh, T . a n d T . Clark,

Edinburgh

1 8 9 0 . E n 8», X V I -

págs.

Véase especialmente 21-40.

Stirling pasa

la I I lección

sobre la noción

p o r el p r i n c i p a l i n t r o d u c t o r

d e teología natural,

de Hegel

en

págs.

Escocia.

3 8 . G O N Z Á L E Z ( Z . ) . — Histoire de la philosophie, trad. G. DE PASCAL; t . I I : Philosophie chrétienne. P a r í s , L e t h i e l l e u x , 1 8 9 0 - 1 8 9 1 . 4 vols. e n 8", X L I I - 5 5 2 , 5 3 8 , 4 9 2 , 5 2 8 págs. A d m i t e u n " m o v i m i e n t o filosófico-cristiano, m o v i m i e n t o d e a l i a n z a e n t r e l a filosofía y el C r i s t i a n i s m o " ( p á g . 3 ) . " D e b e

armonía y de distinguirse la

416

EL

filosofía

ESPÍRITU

esencialmente

DE

LA

FILOSOFÍA

c r i s t i a n a y l a filosofía

MEDIEVAL

accidentalmente

cristiana"

(t. I I ,

p á g . 4 ) . L a filosofía a c c i d e n t a l m e n t e c r i s t i a n a es l a q u e h a sufrido, e n u n g r a d o cualquiera, tianismo en

este

la influencia

que haya sentido,

del Cristianismo;

escapado

puede

a

atraerse

a esta

mente

filosofía

" E n este

a l a filosofía

patibles c o n las v e r d a d e s f u n d a m e n t a l e s Frente

n o h a y filosofía

su influencia:

cristiana

per

cristiana

posterior

sentido,

ciertos

al

y

sistemas

d e la religión de Jesucristo"

accidens

"se yergue

Cris-

solamente incom-

(pág. 5 ) .

l a filosofía

esencial-

c r i s t i a n a , l a filosofía q u e c o n o c e y q u e p r o f e s a " l a existencia d e u n Dios

personal, infinito,

trascendente,

providencial,

remunerado!',

creador.

"Todo

sis-

t e m a q u e r e c h a z a t o d a s estas tesis, o sólo a l g u n a s d e e l l a s . . . p o d r á s e r l l a m a d o cristiano e n u n s e n t i d o s e c u n d a r i o , s e g ú n el m á s o el m e n o s d e ideas

cristianas

q u e c o n t e n g a , p e r o n o se le p u e d e l l a m a r filosofía c r i s t i a n a e n s e n t i d o

absoluto."

39.,

STOCKX

Kirchenváter. La

Geschichte

(ALE.). —

der christlichen

Philosophie

tur Zeit

filosofía

no depende

sino

de la razón.

É s e es s u c a r á c t e r

esencial

r e v e l a c i ó n c r i s t i a n a n o p o d í a c a m b i a r n a d a , p u e s t o q u e l a filosofía h a b r í a p o r e s o m i s m o d e ser filosofía

(Einleit., 5, p á g . 2 ) . Pero la revelación

enormes

dificultades

de

la

especulación

racional

poniéndola

y la cesado

h a des-

e m p e ñ a d o el p a p e l d e u n p r i n c i p i o d i r e c t o r d e l a i n v e s t i g a c i ó n filosófica. las

der

Mainz, 1891.

Alivia

en

guardia

c o n t r a el error, p u e s t o q u e t o d a c o n t r a d i c c i ó n e n t r e r a z ó n y revelación es signo de

un

error:

Offenbarung

" I n solcher

Weise

z u m leitenden

also

ist f ü r

die Philosophie

Princip geworden"

die

d e q u e y a n o t e n í a q u e t e m e r el e r r o r , l a filosofía p o d í a c o n s a g r a r s e a

la sola

nicht

exploración

gekannter

d e lo v e r d a d e r o :

Kraft

und

"Sie kónnte

Sicherheit

eine

christliche

( E i n l . , 7, p á g . 3 ) . P o r el h e c h o

neue

daher

enteramente

mit neuer,

Entwickelung

So e n s t a n d also i m G e g e n s a t z e z u r a n t i k - h e i d n i s c h e n eine n e u e , — d i e Philosophie" La

(Einl.,

filosofía

christliche

7-8, pág. 3 ) .

d e los P a d r e s f u n d a

r e l a c i o n e s c o n l a filosofía poráneas:

bisher

inauguriren.

"Das Leben

l a filosofía

cristiana.

Ésta n o deja

g r i e g a , ni t a m p o c o c o n las filosofías

der Menscheit

de tener

paganas

ist j a ein c o n t i n u i r l i c h e s " .

contem-

P o r e s o se

m a n t i e n e n las relaciones. L o q u e el p e n s a m i e n t o c o n t e n í a d e v e r d a d e s fué recog i d o e i n t e g r a d o al c u e r p o d e l a filosofía Ganze nado

der Christlichen y combatido.

Philosophie

Stóckl

es algo

cristiana

("aufgenommen

hineinverarbeitet");

m á s preciso

lo

u n d in das

demás

fué

elimi-

e n s u s Schlussbernerkungen,

pág. 4 3 3 : "Nichts ging verloren von alledem, w a s d e r menschliche Geist ergründet; durch

aber Alies erhielt erst seine w a h r e B e d e u t u n g

Einfügung

in d a s Ganze

tribuyó poco a fortificar

d e r christlichen

su posición es q u e sus f u n d a d o r e s

6, p á g . 4 3 3 ) . L a p o s i c i ó n d e S t ó c k l p a r e c e c o n c o r d a r Santo Tomás 40.

ROLFES

zur Weit La fuentes

de

( E U G . ) . —

interpretación

Die aristotelische

fueron

santos

(ibid.,

en lo esencial c o n la de

correcta

de Aristóteles

(pág. 2 0 2 ) . E n consecuencia,

u n a interpretación

vom Verhdltnisse

es casi

imposible

a los c o m e n t a r i o s tiende

Gottes

van naturalmente

sin a c u d i r de Santo

a las Tomás

a acercar las dos doctrinas

de Aristóteles m á s francamente

(pág. 2 2 ) . Los comentarios

de Aristóteles

Aujfassung

Berlín, M a y e r u n d Miiller, 1892. E n 8 ' , 2 0 3 págs.

escolásticas, y m á s p a r t i c u l a r m e n t e

Brentano

manas

Vollendung

L o q u e n o con-

Aquino.

und zum Menschen,

de Aquino adopta

de

u n d seine

Speculation".

6, bisher

de Rolfes

e n el mismo

a

cristiana

sus traducciones

sentido.

y

a ú n q u e la ale-

NOTAS

41.

CAIRD

tures, en

( J O H N ) . — The

Glasgow,

1892-1893,

8», C X L I - 2 3 2

Fundamental

1895-1896).

y VII-297

417

BIBLIOGRÁFICAS

Ideas

of Christianity

Glasgow,

nuestras

ideas

lidad de separar más

elevada

es i n d e p e n d i e n t e radicalmente

tarea

aún

hoy puede

vida futura. Caird, 42.

naturaleza

Trinidad,

de

(el valor

de tipo

creación, pecado

fe y r a z ó n

lo q u e afirman

es u n excelente

filosófica

CAIRD

l a s Gifford

( E D U A R D O ) . — The

Andrews,

1890-1891

en

8", X V - 4 0 0

ejemplo

d e lo q u e

sobre

Encarnación,

el

conte­

Redención,

todo

John

Lectures.

Evolution

1891-1892).

y VII-234

sobre

de la religión

y

(la

intuitivamente

anselmiano

y gracia,

imposibi­

E l tomo I contiene u n i m p o r t a n t e estudio de E d . C a i r d sobre

St.

of

Religión

Glasgow,

(Gifford

J. Maclehose,

Lectures,

1893. 2

vols!

págs.

las lecciones

y las diferentes

I

a I I I sobre

maneras

la posibilidad

d e definir

su esencia.

d e u n a ciencia El cuerpo

o b r a e s t u d i a la e v o l u c i ó n d e l a religión d e s d e los orígenes h a s t a el de la

vols.

filosófico

su fuente;

y revelación) ; págs. 31-54: es justificar

cristianas). Esta obra

del que h a editado

Véanse

razón

ser u n a reflexión

nido del d o g m a :

de la

d e l a filosofía

la fe y l a e x p e r i e n c i a

1899, 2

págs.

V é a s e t. I , p á g s . 3 - 3 0 : r e l i g i ó n n a t u r a l y r e l i g i ó n r e v e l a d a de

(Gifford L e e -

J. Maclehose,

de la

Cristianismo

Reforma.

— The

Evolution

Glasgow,

1900-1901

y XI-377

págs.

of Theology y

in

the

1901-1902).

Greek

Philosophers

Glasgow,

V é a s e s o b r e t o d o , t. I , 1* l e c c i ó n :

La

(Gifford

1 9 0 4 . 2 vols.

relación

en

de la religión

Lectures,

8', con

XVII-382 la

teología.

E l c u e r p o d e l a o b r a e s t u d i a l a e v o l u c i ó n d e l a t e o l o g í a g r i e g a d e s d e los o r í g e n e s hasta Plotino. L o s capítulos consagrados a l a teología de Aristóteles son particu­ larmente 43.

interesantes.

ELSER

( K . ) . — Die Lehre

s t e r i. W e s t . , A s c h e n d o r f f s c h e Ensayo Zeller están

En

d e las cuestiones

N* 3 0 ) . L a s c o n c l u s i o n e s al final

PFLEIDERER

de la obra,

págs.

8», t. I , 3 3 1 p á g s . ,

1894-1895).

la

redención

cristiana

idealismo

del Cristianismo

primitiva,

and

philosophie

el apóstol

45.

de Lutero

HARNACK

sitát

Berlín

Esta

en

mente

el j u d a i s m o , el h e l e n i s m o

Mün-

págs. Brentanoy

juiciosas,

Religión W.

(Gif­

Blackwood.

el

y pesimismo) ;

Evangelio,

la

judío

comunidad

y cristiano,

el

cristia­

Cf.

del mismo

autor,

el

Religions-

Grundlage. Wesen millar.

más que toda un moralismo

L a influencia

(naturaleza del hom­

optimismo

de Agustín y de la Iglesia r o m a n a ,

del protestantismo.

Se^eO*

es p o r e s e n c i a

dichos.

y del m u n d o

des

Christentums,

aller F a c u l t á t e n i m Wintersemester

obra h a hecho

tianismo

y

(AD.).—Das

gehalten.

of

and London,

y naturalismo,

Pablo,

auf geschichtlicher

vor S t u d i e r e n d e n

muy moderadas

Development

Edinburgh

nismo d e los alejandrinos, el cristianismo cristianismo

Gottes.

VIII-228

1 8 9 4 ; t. I I , 3 5 6 p á g s . , 1 8 9 4 .

y educación,

preparación

Wirken

210-225.

Estudia la concepción religiosa del h o m b r e bre,

das

por la controversia

del autor,

( O T T O ) . — Philosophy

Lectures, Edinburgh,

iíber

1893. En

suscitadas

1

(véase

resumidas

44. ford

de ajuste

des Aristóteles

Buchhandlung,

Leipzig, otra

Vorlesungen

an der Univer-

1 9 0 8 . E n 8", X V - 1 8 9

p o r difundir

religioso

d e l a filosofía

sechzehn

1899-1900 la idea

sin t e o l o g í a

griega

págs.

d e q u e él Cris­

ni d o g m a s

transformó

el

propia­

Cristianismo

418

EL

en catolicismo

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

( X I l e c c i ó n , p á g s . 1 2 5 - 1 2 8 ) . E l c a t o l i c i s m o g r i e g o es m á s

q u e cristiano

( X I I lección, pág. 1 3 7 ) . Su intelectualismo lo lleva

a confundirse c o n la filosofía

( X I I I lección, pág. 1 4 3 ) . L a posición de

equivale a ver en t o d a tentativa, por expresarlo filosóficamente,

griego

prácticamente

una

Harnack

corrupción

de la esencia d e l C r i s t i a n i s m o . N i q u é decir tiene q u e , d e s d e ese p u n t o d e vista, la noción 46. en

d e filosofía

BLONDEL

matiére

cristiana

( M . ) . — Les

d'apologétique

probléme

religieux,

599-616; IV, mayo V I , julio de

la

Anuales

págs. 337-347; I I , febrero de

imposible.

exigences

et

en

es

de

de

rationnelles

méthode

de

de

la

philosophie

la pensée dans

chrétienne.

I,

l'étude

enero

1896, págs. 467-482; I I I , marzo de

1896, págs. 131-147; V, junio de

1896, págs.

contemporaine

philosophie

du

de

1896,

1896,

1896, págs.

págs.

255-267;

337-350.

" D e ello r e s u l t a t a m b i é n q u e , a u n e n el s e n o d e u n a s o c i e d a d c r i s t i a n a , y a u n cuando

tenernos

ante

los ojos el o r g a n i s m o

preceptos, debemos continuar

completo

de

los d o g m a s

respetando escrupulosamente

d e t i e n e el a l c a n c e d e l a filosofía. E s i n d u d a b l e q u e p a r a d e t e r m i n a r las insuficiencias

y de

d e n u e s t r a n a t u r a l e z a , y p a r a ir h a s t a el fin d e las

e s o es t a n t o

más

necesario

desconfiar

d o m i n i o s y c o m p e t e n c i a s , y d e encontrar e n el s e n t i d o e n q u e tiana'

al C r i s t i a n i s m o o

1896, pág.

sophia

la m e d i d a

sobre

613).

(ibid.,

pág.

exactamente otra

según

judicatura

Non

y con

ni

una

por

instancias

lo

cristiana:

ha

esta palabra,

ignoran

adjutrix, parte,

no

de

instrucconfundir

hallar.

non

tiene en

o

lo

no

nisi ha

científicamente

habido

todavía,

se

crisaplica

realidad

excluyen"

adjutrix

l a filosofía

Pues,

'la filosofía

es d e c i r , q u e la filosofía

consiguiente

razón,

tentación

el C r i s t i a n i s m o

que

nisi

"Por

mayor

t é r m i n o s , u n a filosofía

en que

mismos

libera

616).

limitada,

parte,

los

la

m á s d e l o q u e se p u e d e

se e n t i e n d e

n o existe m á s q u e la física c r i s t i a n a :

perio de

ordinariamente

de

im-

(marzo

libera

philo-

sido h a s t a

ahora

constituida. . .

según

el r i g o r

a l a q u e l l e v a este n o m b r e n o le

n i f i l o s ó f i c a n i c r i s t i a n a m e n t e ; si p u e d e h a b e r u n a q u e l o m e r e z c a

Por

de

(mayo de

híbrido, págs. — Pour nale

le

de

sa

enteramente,

1 3 4 ) . S o b r e l a filosofía m e d i e v a l y su

doctrine

centenaire

de

philosophique, de

1930

(37»

— Y morale,

(pág.

a-t-il

une

de

saint

Revue

de

métapkysique

año, N* 4 ) , págs. Agustín

es el i n i c i a d o r y a n i m a d o r

cristiana'"

la morí

en

este sentido f u n d a m e n t a l ,

cesores)

Augustin:

l'unité et

origí-

de

morale,

423-469.

(sea c u a l sea el a p o r t e

d e sus

del 'pensamiento católico' y de la

ante-

'filosofía

468). philosophie

octubre-diciembre

chrétienne?, de

1931

(38'

en año,

Revue

de

N* 4 ) ,

métapkysique

págs.

et

para

ella el

publicada

p o r l o s Aúnales

ferido ver intitulados

derecho de

al

t í t u l o d e filosofía.

philosophie

chrétienne

"En

apologética;

1896, en

una

carta

(que siempre hubiera

'Annales catholiques de p h i l o s o p h i e ' ) , sostuve, con

intrepidez, de la que m e

de

599-606.

N i e g a , c o n t r a las o b j e c i o n e s d e É. B r é h i e r , h a b e r h e c h o u n a o b r a reivindica

d i s c u l p o , q u e e n el r i g o r d e los t é r m i n o s

c r i s t i a n a n o e x i s t e ' . " " C a m b i o d e o p i n i ó n s o b r e ese j u i c i o d e m a s i a d o (pág.

son

carácter

135-137. quinziéme

octubre-diciembre "En

1896, pág.

los

corresponde

t o d a v í a se e s t á p o r c o n s t i t u i r . Y l o s d o s p r o b l e m a s s o n s o l i d a r i o s , o a u n n o sino u n o "

se

precisamente

d e l a r a z ó n o d e l o s r u e g o s d e l a v i d a , e s e e s p e c t á c u l o es i n f i n i t a m e n t e tivo; por

los

los l i m i t e s d o n d e

'la

pre-

juvenil filosofía

sumario..."

605).

— La

philosophie

chrétienne

existe-t-elle

comme

philosophie?

Carta

publicada

NOTAS

como de

Apéndice

1 9 3 1 ,págs.

e n Bulletin

BIBLIOGRÁFICAS

de la Société

frangaise

de philosophie,

N i e g a q u e el p r o b l e m a p u e d a s e r l e g í t i m a m e n t e rico

marzo-junia

86-92. planteado

e n el plano

( p á g . 8 7 ) . R e c u e r d a q u e n u n c a t o m ó p o r c u e n t a suya el a p e l a t i v o

cristiana" acuerdo

( p á g . 8 7 , n o t a ) . S u filosofía,

espontáneo y profundo

ricamente

el problema

histó-

"filosofía

" s i n proceder d e u n a revelación, está e n

c o n el Cristianismo"

es c o m p r o m e t e r

al mismo

(pág. 8 8 ) . Plantear

t i e m p o filosofía

y

histó-

revelación:

" P u e s , so c o l o r d e u n a c e r c a m i e n t o c l a n d e s t i n o , e s t a h i b r i d a c i ó n sirve los i n t e r e s e s e s e n c i a l e s d e u n o y o t r o c ó n y u g e s . E n e f e c t o , si, c o m o la historia provee al laboratorio d e la reflexión tianismo, en la promiscuidad

d e los h e c h o s

u n a intermediaria

filosófica

públicos

datos tomados

(sic)

(sic),

al Cris-

o de las experiencias

privadas, lo h a c e despojándolos forzosamente de su originalidad s o b r e n a t u r a l . . " (pág. 8 9 ) . Sin embargo,

en q u é sentido

es concebible

hechos cristianos e n el organismo filosófico": — Le 177

de

la

philosophie

catholique.

la "invisceración

d e IOÍ

91-92. París,

Bloud

et

Gay, 1932,

págs.

I. y

probléme

págs.

E n la investigación

el p r o b l e m a

Les

exigences

d e l p u n t o e n q u e se e n c u e n t r a n

religioso

(extractos

rationnelles

. . .).

y comentarios

El método

de la providencia

l a filosofía c a t ó l i c a visto p o r u n t e ó l o g o filósofo y los complementos

q u e ésta p i d e ) . E s t a d o

católica

y condiciones

término

"filosofía

47. 234

LOISY

probables

cristiana"

actual

del problema

l'Église.

católica",

París,

A.

filosófico

1896

sobre

o el p r o b l e m a

(favorece

p o r el d e "filosofía et

de

(la obra del Cardenal

d e u n a solución

( A . ) . — L'Evangile

el p r o b l e m a

de la carta

de

Dechamps

de la

filosofía

la substitución

del

pág. 172, nota

1).

Picard,

1 9 0 2 . E n 12",

págs.

Discusión

m u y ajustada

del libro

de Harnack

(N

?

4 5 ) . Indica

q u e la teoría

e x p u e s t a e n esas c o n f e r e n c i a s s o b r e l a e s e n c i a d e l C r i s t i a n i s m o es l a q u e d o m i n a e l Lehrbtich

der

Dogmengeschichte

del mismo

autor, y q u e e n vez de

haberla

deducido de la historia, h a interpretado simplemente la historia según esa teoría (págs. I X - X ) .

Señala la necesidad

tianismo

definir

para

helenismo

al Cristianismo

imposibilidades todo págs. 48.

históricas

d e tener e n cuenta toda la historia del Cris(págs. X I V - X V ) .

p o r los Padres,

tal como

Contra

la substitución

la concibe

d e e s t a t e s i s , v é a s e c a p . i v , Le

del

Harnack,

y las

chrétien,

sobre

dogme

140-142.

LABERTHONNIERE

P. Lethielleux, de

su esencia

( L . ) . —

Le réalisme

chrétien

s. d . E n 1 6 " , 2 1 9 p á g s . 4 * e d i c .

et Vidéalisme

(El permiso

para

grec.

París,

imprimir

es

1904.) Hay

(pág.

abierta

oposición

10). La Edad

es el d e p o n e r

se c o n c i b a n

191-214). entre

Sostiene

el h e l e n i s m o

— Notre

(págs.

y los filósofos

( p á g . 1 2 ) . L a filosofía

y la movilidad

con agudeza y profundidad

de ambos

griegos

d e esta griega

(págs.

obra (págs.

65-102).

e n el Cristianismo

(págs.

l a tesis d e l a o p o s i c i ó n

radical

y el cristianismo.

Programme.

París, Bloud,

se c o n c i b a n

la libre

1 9 0 5 (Annales

(pág. 1 1 ) . Este

de Philosophie

chrétienne,

5-31). iniciativa

c r e y e n t e . S e n e c e s i t a a l a v e z intellectus lectum

cristianos

(pág. 1 1 ) . El objeto

3 7 - 6 4 ) . L a oposición

la inmutabilidad

7 7 ' a ñ o , 4* serie, t. I , p á g s . Cómo

los p e n s a d o r e s

trató de paliarla

al descubierto esa oposición

14-35). El Cristianismo Cómo

entre

Media

artículo está

d e l filósofo quaerens

firmado:

La

y la cordial

fidem

y fides

Redacción.

docilidad quaerens

dei intel-

420

EL

ESPÍRITU

DE

LA

FILOSOFÍA

MEDIEVAL

4 9 . D E W U X E ( M . ) . — Introduction á la philosophie néo-scolastique. París, F , A l e a n , 1 9 0 4 . E n 8», 3 5 0 p á g s . " H e a h í p o r q u é n o h a y u n a f i l o s o f í a c a t ó l i c a , a s í c o m o n o h a y u n a ciencia católica. P e r o h a y f i l ó s o f o s q u e c r e e n , e n m a t e r i a r e l i g i o s a , e n t a l d o g m á t i c a , del m i s m o m o d o q u e h a y químicos o m é d i c o s q u e son al m i s m o t i e m p o católicos, protestantes, judíos. L a neoescolástica se constituye al m a r g e n d e t o d a p r e o c u pación confesional, y asignarle u n fin apologético es confundirlo t o d o " ( p á g . 2 5 4 ) . Gf. e n l a t r a d u c c i ó n i n g l e s a d e e s t a o b r a : Scholasticism oíd and new, l a m i s m a afirmación ( p á g . 1 9 8 ) , a p o y a d a p o r las n o t a s del t r a d u c t o r , P . Coffey: " T h i s is q u i t e t r u e a n d q u i t e c o n s i s t e n t w i t h t h e n e g a t i v e a n d m a t e r i a l s u b o r d i n a t i o n of p h i l o s o p h y t o t h e o l o g y i n s i s t e d o n a b o v e , p . 1 9 2 " . E l t r a d u c t o r h a c e o b s e r v a r , a d e m á s , q u e e n t o n c e s n o se v e q u é d e r e c h o p o d r í a n t e n e r c i e r t o s s i s t e m a s a l l a m a r s e católicos (pág. 194, nota). 50. D E christianae. 6 5 9 págs.

L

PRADO

Friburgo

( F r . N . ) , O . P . — D e veritate fundamentali philosophiae (Suiza), Société Saint-Paul, 1 9 1 1 . 1 vol. en 8°, X L V -

L a f i l o s o f í a d e S a n t o T o m á s m e r e c e e l t í t u l o d e cristiana (págs. X V I - X I X ) . Es aristotélica e n c u a n t o a su m é t o d o , ecléctica e n c u a n t o a su c o n t e n i d o ( p á g . X X ) . Está enteramente suspendida a la idea de Dios concebido como causa p r i m e r a ( p á g . X X I I ) . L a v e r d a d f u n d a m e n t a l d e l a filosofía c r i s t i a n a d e S a n t o T o m á s , f o r m u l a d a e n e l De ente et essentia, p u e d e r e s u m i r s e a s í : Primum Ens est Actas Purus, omnia vero alia entia constant ex potentia et actu; l o q u e s i g n i f i c a : "Solus Deus est suum esse; in ómnibus autem alus differt essentia rei el esse ejus. . . E n t h e s i s f u n d a m e n t a b a t o t i u s p h i l o s o p h i a e D . T h o m a e , q u a e Philosophia Christiana jure mérito denominatur" (pág. X X X ) . Esta doct r i n a d e l a d i s t i n c i ó n d e l a e s e n c i a y d e l a e x i s t e n c i a se e n c o n t r a b a m á s o m e n o s i n d i c a d a e n A r i s t ó t e l e s , e n P l a t ó n y e n e l Líber de causis, p e r o l a p r i n c i p a l fuente d o n d e S a n t o T o m á s la bebió "est ipsa notio D e i p r o u t traditur in S. S c r i p t u r a e t e x p l i c a t u r a P a t r i b u s " ( p á g s . X X X V - X X X V I ) . E l t e x t o d e l É x o d o , I I I , 1 3 , e s c a p i t a l a e s t e r e s p e c t o ( p á g . X X X V I I ) , p u e s e n é l se i n s p i r a e s t a tesis q u e c o n t o d o d e r e c h o se c o n s i d e r a corno el f u n d a m e n t o m i s m o d e l t o m i s m o (págs. X X X V I I I - X X X I X ) . E l c u e r p o d e la o b r a está c o n s a g r a d o al e s t u d i o filosófico d e l a d i s t i n c i ó n r e a l d e l a esencia y d e l a existencia. C a s i es inútil s e ñ a l a r el a c u e r d o f u n d a m e n t a l e n t r e las conclusiones d e l P . d e l P r a d o y l a s d e e s t a s Gifford Lectures. E l c o n o c i m i e n t o d e l De veritate fundamentali se l o d e b o a l a a m a b i l i d a d d e J . M a r i t a i n , c o n q u i e n d i s c u t í a l a i d e a d i r e c t r i z d e estas lecciones, y le a g r a d e z c o , e n t r e otras cosas, q u e m e p e r m i t i e r a c o m p r o b a r este a c u e r d o . 51. WEBB (CLEM. C. O x f o r d , C l a i e n d o n Press,

Studies in the History of Natural 1 9 1 5 . 1 v o l . e n 8», V I - 3 6 3 p á g s .

J.). —

Theology.

Introduction lo the History of Natural Theology; véanse sobre todo págs. 35 y sigs., sobre las r e l a c i o n e s d e l a r a z ó n y d e l a r e v e l a c i ó n , p á g i n a s m u y p e n e t r a n t e s e n q u e se discute el p u n t o d e vista d e Pfleiderer. E l c u e r p o d e la o b r a e s t u d i a : la t e o l o g í a n a t u r a l d e P l a t ó n ( c o m p a r a d a c o n el m o r a l i s m o k a n t i a n o , p á g s . 1 2 6 y sigs.) y l a t e o l o g í a n a t u r a l d e la E d a d M e d i a : A n s e l m o , A b e l a r d o , Santo T o m á s de Aquino, R a i m u n d o Sebond, Pomponazzi, Herberto de Cherbury. — God and Personality, Gifford Lectures, First course. A b e r d e e n , F o r t h e U n i v e r s i t y , 1 9 1 9 ( y O x f o r d U n i v e r s i t y P r e s s ) . 1 v o l . e n 8", 2 7 5 p á g s .

NOTAS

— Divine

Personalily

and

421

BIBLIOGRÁFICAS

Human

Life,

Gifford

Lectures, 2 n d . course.

Ibid.,

1 9 2 0 . E n 8», 2 9 1 p á g s . Un

Dios

personal

es u n Dios

con quien

son posibles

relaciones

personales.

E l C r i s t i a n i s m o es l a ú n i c a r e l i g i ó n q u e lo a f i r m a . E l p r i m e r o d e estos d o s t o m o s estudia la noción de personalidad así c o m o l a d e p e c a d o sobre

el p r o b l e m a

(The

divina, su relación con la noción de creación,

Problem

que plantean

of Sin,

t. I , p á g s . 1 8 4 - 2 1 2 ) , s u i n f l u e n c i a

las relaciones

entre

la religión

y la

filosofía.

El t o m o segundo considera a la p e r s o n a l i d a d

h u m a n a , a la luz de la noción de

personalidad

científica,

divina,

en la vida

económica,

estética,

moral,

política

y religiosa. No he podido Philosophy 52.

c o n s u l t a r o t r a o b r a d e C l . C . J . W e b b , The

to the

Christian

particuliérement

Debt

of

Modern

Oxford, 1929.

( J . ) . — La notion

CHEVALIER

décesseurs,

Religión.

du nécessaire

chez Platón.

chez Aristote

et chez ses pré-

París, F . A l e a n , 1 9 1 7 . E n 8", 3 0 4 págs.

Interesa directamente al p r o b l e m a d e las relaciones entre el p e n s a m i e n t o

griego

y el p e n s a m i e n t o cristiano. L a d o c t r i n a d e lo necesario está e n el c o r a z ó n d e l a filosofía

griega

y se o p o n e

a la noción

cristiana

de libertad.

Lo que

faltaba

a los a n t i g u o s es l a n o c i ó n d e u n D i o s c r e a d o r ; al a c e p t a r e s t a n o c i ó n , el C r i s t i a ­ n i s m o t r a n s f o r m a b a la n o c i ó n filosófica d e l ser, d e l a i n t e l i g i b i l i d a d y a u n d e l a personalidad. Véase sobre todo la conclusión de la obra, págs. —Trois

conférences

d'Oxford.

Aristote.

Pascal.

Newman.

183-189.

Paris, Éditions

Spes,

v

1928. E n 12 , 80 págs. Véase particularmente Aquino

o la idea

la primera

de creación.

conferencia:

Aristóteles

y Santo

Tomás

A pesar d e l a i d e n t i d a d d e las fórmulas

de

que em­

p l e a n , Aristóteles y S a n t o T o m á s " s o n d o s ríos q u e c o r r e n p o r o p u e s t a s v e r t i e n t e s " (pág.

9 ) . L a separación

ni s i q u i e r a a t e n u a r l a :

que hay entre

ellos es t a l " q u e n a d a

puede

aboliría,

u n abismo infinito n o p u e d e ser c o l m a d o p o r algo

finito"

(pág. 1 0 ) . V u e l v e a t o m a r las conclusiones d e l a o b r a p r e c e d e n t e y las desarrolla: l o c o n t i n g e n t e es i n i n t e l i g i b l e s e g ú n A r i s t ó t e l e s , i n t e l i g i b l e s e g ú n S a n t o T o m á s , y llega a serlo gracias a la c r e a c i ó n final

de Aristóteles

y el D i o s

(págs.

poder

16-17). Oposición

creador

de Santo

entre el Dios

Tomás

(págs.

causa

18-21).

Oposición entre sus concepciones de la ciencia y de la inteligibilidad; lo singular, q u e e s l o r e a l , e s t a m b i é n e n sí, p o r q u e l o e s p a r a e l D i o s c r i s t i a n o , e l s u p r e m o inteligible 53.

(pág, 2 5 ) .

SCHELER

und Aufbau.

(M.).—Krieg

Leipzig, 1916.

" E s g í e b t i n d i e s e m S i n n e u n d g a b n i e e i n e c h r i s t l i c h e P h i l o s o p h i e , sofera m a n unter

diesen

Worten

nicht, wie üblich, eine

griechische

Philosophie m i t christ-

lichen O r n a m e n t e n , sondern ein aus d e r Wurzel u n d d e m Wesen des christlíchen Grunderlebnisses durch selbstdenkerische Betrachtung u n d Erforschung entsprungenes Gedankensystem versteht." 54.

MORE

the Council I.

The El

( P . E . ) . — The Greek

of Chalcedon Religión alma

y

Tradition from the Death (399 B. C. to 451 A. D.).

of Plato.

der Welt

(Pág. 411).

of Sócrates

to

a

Princeton University Press, 1 9 2 1 . E n 8 , 352 págs.

la justicia;

Dios;

providencia;

creación;

el

m a l ; la

vida

religiosa. II.

Hellenistic Aristipo.

Philosophies. Epicuro.

P r i n c e t o n University Press, 1923. E n 8 ' , 3 8 5 págs.

Cínicos

y estoicos.

Epicteto.

Plotino.

Diógenes.

422

EL

III.

The

IV.

Christ

ESPÍRITU

of the

t e n i d o este

libro

Christ

Word.

the

Gnosticismo;

DE LA FILOSOFÍA

New

Testament.

El conjunto

Princeton

sabelianismo

nación,

cuya

University

y

del Logos.

TJniversity Press.

Press,

arrianismo;

está

a pesar

observable.

1927. E n

arrianismo;

griega; la doctrina

dominado

continuidad,

es h i s t ó r i c a m e n t e

doctrina más

d e estos estudios

helénica

Princeton

Esta

Por más importante

continuidad

d e q u e existe u n a

cristiano está

de la

sido

el papel

Bajo

la influencia

medieval,

se i n t r o d u j e r o n

del lega-

elementos

d e l a fe c r i s t i a n a . S e c o t e j a r á n estas c o n c l u s i o n e s c o n l a s o b s e r v a c i o n e s aunque

55.

enteramente

independientes,

d e C H . G U I G N E B E R T , Le

et moderne.

París, Flammarion,

MATTHEWS

( W . R . ) . — Studies

miilan

a n d Co., 1921.'En

¿Hay

u n a filosofía

diferencia

esencial

in Christian

8°, X I V - 2 2 8

cristiana?

entre

1922, págs. 70-71,

extraños original análogas,

christianisme

Philosophy.

London, Mac-

existe u n a religión

y filosofía

cristiana y no hay

(pág. 3 0 ) ; en cierto

sentido son

idénticas. "Puesto q u e n o podemos establecer u n a distinción radical entre y filosofía, n o s v e m o s o b l i g a d o s a a d m i t i r q u e u n a y o t r a e s t á n unidas" Sobre

( p á g . 3 3 ) . T a l es l a c o n t e s t a c i ó n

el c o n t e n i d o

d e esta filosofía

a la cuestión

cristiana,

cristiana del universo; c a p , v, Personalidad 56

GILSON

philosophie

(É.).—La

médiévale.

N, B. — E s t e t r a b a j o clusión

es c i e r t a :

agustiniana. además,

signification

Estrasburgo,

Pero

agregar

y no menos

con Santo

derechos en

acción,

aunque

su esfuerzo

todo:

Vista

du

thomisme,

e n Eludes

de

al fondo, su con-

"cristiana"

de Santo

123-124),

que la

Tomás

parece

filosofía

h a y el

querer

filósofo

decir q u e ,

d e m e n o s , lo q u e n o es c i e r t o . L a v e r d a d es cristiana

de donde

en estado

(pág. 35).

cap. n,

76-124.

n o es m e n o s

(págs.

l a filosofía

filosofía,

A d e m á s , e n ese t r a b a j o a

historique

q u e " e n el h o m b r e

el cristiano"

Tomás

en cuanto

planteada

sobre

divina; c a p . vi, L a idea de creación.

1 9 2 1 ,págs.

tomista

e n los a g u s t i n i a n o s , h a y el filósofo que

véase

religión

indisolublemente

p l a n t e a u n p r o b l e m a real y, e n c u a n t o

l a filosofía

me-

306-309.

págs.

Sí; pues

religión

por la

desempeñado

e n e l C r i s t i a n i s m o , q u e e n sí m i s m o s s o n i n ú t i l e s y a j e n o s a l a i n s p i r a c i ó n

dieval

Encar-

asegurada

q u e haya

y d e la escolástica

y Lao-

del Logos.

por la idea

del dogma

8 ' , 343 págs.

Antioquía

t a r d e p o r O c c i d e n t e , es m á s bien i n f o r t u n a d o .

lisino r o m a n o

(No he

en mis manos.)

dicea; Calcedonia y la tradición tradición

MEDIEVAL

menos

adquiere

no resulta

distinto,

plena

conciencia

q u e l a filosofía

en S a n Agustín

d e sus

n o esté y a

y sus discípulos.

h a b l é c o m o si l a o r i g i n a l i d a d d e S a n t o T o m á s s e d e b i e r a

por no "ceder

sistemáticamente

a las solicitudes

de la fe" (pág.

1 2 3 ) , e n t a n t o q u e h o y m e p a r e c e m á s b i e n q u e se d e b e a e s a l i b e r t a d d e j u i c i o — q u e e s u n o d e l o s r a s g o s s a l i e n t e s d e s u g e n i o — c o n q u e vio q u e l a f e " i n s t a l a b a l a filosofía larse

sola. Y

e n ella", m u c h o

porque

estaba

tradicionalismo,

s u modernismo

a

dentro

Santo Tomás

más completamente

profundamente se m o s t r ó

de la familia

de cuanto

arraigado

fecundo.

cristiana,

consiguió

a l a fe, p o r q u e

E n suma,

ese t r a b a j o

aunque

insta-

era un mantiene

no muestra

bastante

e n q u é le p e r t e n e c e .

— Le thomisme.

Introduction

au systeme

Thornas

d'Aquin.

1 9 2 7 : Le docteur

de la philosophie,

págs. 42-57. Véanse particularmente págs. 49-50,

que aún m e parecen — La philosophie tique

chrétien,

de saint

J. V r i n , 3* e d i c ,

p á g s . 3 4 - 4 1 ; Foi et raison.

v e r d a d e r a s y p e r m i t e n explicarse el p l a n de saint

de la philosophie

Bonaventure.

naturelle,

págs.

París, J. Vrin, 89-118.

París, L'objet

explicaciones

del libro.

1 9 2 4 ; c a p . n : La

cri-

NOTAS

— Introduction á l'étude de saint Premier degré: la Foi, p á g s . 3 1 - 4 3 .

BIBLIOGRÁFICAS

Augustin.

París, J. Vrin,

42 Ó 1 9 2 9 ; I , c a p . 1:

— L'idée de philosophie chez saint Augustin et saint Thomas d'Aquin, en Acta Hebdomadae augustinianae-thomisticae. Turín-Roma, Marietti, 1 9 3 1 , págs. 74-87. 57. MARITAIN ( J . ) . — L'esprit de Descartes, e n l a s Lettres, 1° de febrero d e 1 9 2 2 , p á g . 1 8 2 ; " ¡ A y ! , u n a f i l o s o f í a n o d e b e s e r cristiana, d e b e s e r verdadera, y s ó l o e n t o n c e s e s v e r d a d e r a m e n t e c r i s t i a n a . N o d e b e s e r a m a b l e , n i a u n frente al m e j o r y m á s piadoso c o r a z ó n ; n o debe estar h e c h a a la m e d i d a de u n sentimiento, a u n del m á s elevado y puro, ni siquiera del 'sentimiento cristiano'; d e b e e s t a r h e c h a a l a m e d i d a d e l o q u e e s ; e s t a m o s a q u í e n p r e s e n c i a d e inflexibles y celosas exigencias del o b j e t o . " E n l a c o n t i n u a c i ó n del artículo ( 1 ° d e m a r z o d e 1 9 2 2 , p á g . 4 0 7 ) , l a filosofía d e S a n t o T o m á s es c a l i f i c a d a d e "filo sofía c r i s t i a n a " .

— Le thomisme et la civilisation, e n Revue de Philosophie, t. X X V I I I ( 1 9 2 8 ) . p á g . 1 1 0 : " E n sí l a filosofía n o e s t á f u n d a d a y e s t a b i l i z a d a s i n o s o b r e l a s p u r a s n e c e s i d a d e s i n t e l i g i b l e s q u e se i m p o n e n a l a r a z ó n . P e r f e c t a m e n t e d i s t i n t a d e l a teología, q u e tiene p o r o b j e t o el d a d o r e v e l a d o , su p u n t o d e a p o y o n o es e n m o d o a l g u n o u n a creencia religiosa, sino l a sola evidencia del objeto y l a adhesión d e l a i n t e l i g e n c i a a t o d a l a r e a l i d a d n a t u r a l m e n t e a p r e h e n s i b l e . L a filosofía t o m i s t a v a l e c o m o filosofía, n o p o r q u e es c r i s t i a n a , s i n o p o r q u e es d e m o s t r a t i v a m e n t e verdadera. Aristóteles, su p r i m e r f u n d a d o r , n o e r a c r i s t i a n o . . . " — De la sagesse augustinienne, e n Mélanges augustiniens o Revue de Philosophie, t . X X X ( 1 9 3 0 ) , p á g s . 7 3 9 - 7 4 1 . P a r t i c u l a r m e n t e : " P a r a q u e l o s n o m b r e s q u e e m p l e a m o s r e s p o n d a n a l a s r e a l i d a d e s , d e b e m o s l l a m a r filosofía cristiana a u n a filosofía p r o p i a m e n t e d i c h a , a u n a s a b i d u r í a q u e se d e f i n a c o m o l a o b r a p e r f e c t a d e l a r a z ó n . . . P e r o p o r q u e d e h e c h o el sujeto h u m a n o n o p u e d e llegar a l a i n t e g r i d a d d e l a s s u p r e m a s v e r d a d e s n a t u r a l m e n t e c o n o c i b l e s si n o r e c i b e a y u d a d e lo a l t o , d i c h a filosofía exige d e s a r r o l l a r s e , e n el s u j e t o , e n c o n e x i ó n vital c o n l a fe, q u e , sin e n t r a r e n su t e x t u r a ni servirle d e criterio positivo, d e s e m p e ñ a f r e n t e a e l l a e l p a p e l d e p r i n c i p i o r e g u l a d o r e x t r í n s e c o , veluti stella rectrix; c o n l a t e o l o g í a , q u e , u t i l i z á n d o l a c o m o u n i n s t r u m e n t o , l a c o r r o b o r a , y con la sabiduría del Espíritu Santo, q u e sobrenaturalmente, la conforta tamb i é n e n e l a l m a d e l c r i s t i a n o . " Mélanges augustiniens, págs. 4 0 9 - 4 1 0 . — E l m i s m o p u n t o d e v i s t a se h a l l a c o m p l e t a m e n t e d e s a r r o l l a d o e n e l Bulletiu de la Société franqaise de philosophie, i n f o r m e d e l a sesión d e l 2 1 d e m a r z o de 1 9 3 1 . Esta exposición m e parece la m á s rigurosamente exacta q u e razonablem e n t e p u e d a esperarse d e esta cuestión. P a r a u n a discusión d e la posición de J . C h e v a l i e r ( N ' 5 1 ) , v é a s e J . M A R I T A I N , La philosophie bergsonienne, 2* edic. París, M . Riviére, 1 9 3 0 , Apéndice. 58. JULES D'ALBI ( O . F. Cap.).—Saint Bonaventure et les luttes doctrinales de 1267-1277. París, Giraudon, 1 9 2 3 . E n 1 6 ' , 2 6 0 págs. " M i e n t r a s q u e d e m a s i a d o exclusivamente guiado p o r Aristóteles, F r . T o m á s se c r e e e n p o s e s i ó n d e c o n c l u s i o n e s n u e v a s y d e f i e n d e v a l i e n t e m e n t e r e g r e s i o n e s que t o m a p o r c o n q u i s t a s . . . " ( p á g . 1 2 ) . " J u d í o s , astrólogos, m a n i q u e o s , albigenses, maestros seculares, averroístas, h e r m a n o T o m á s , q u i e n q u i e r a obscurece l a c l a r i d a d d e l a o r t o d o x i a es d e s p i a d a d a m e n t e s e ñ a l a d o . B u e n a v e n t u r a n o t i e n e más q u e u n a preocupación: m a n t e n e r en todo su esplendor la v e r d a d teológica c o m p r o m e t i d a p o r las audacias de Siger y sus émulos, o p o r las regresiones

424

EL

inadmisibles

de Tomás

libro, véase "Decir

ESPÍRITU

DE LA FILOSOFÍA

de Aquino"

la conclusión

(págs.

d e l a Revue

e n q u é el t o m i s m o

constituía

MEDIEVAL

242-243).

d'histoire

Gf. p á g . 2 5 6 . S o b r e e s e

franciscaine,

1924, pág. 5 1 0 :

u n progreso, y a u n u n progreso

filosófico

c r i s t i a n o , es l o q u e n o d e s e s p e r a m o s p o d e r h a c e r u n d í a , m e j o r d e c u a n t o sabido hacerlo. Mientras

tanto, recordemos q u e quizá

correríamos

hemos

el peligro d e

h e r i r a l p e n s a m i e n t o c r i s t i a n o e n s u p r o p i a v i d a , si d e s c o n o c i é r a m o s l o q u e d e s u realidad profunda expresan u n San Buenaventura o u n Santo T o m á s de Aquino." 59.

MANDONNET

( P . ) , O . P . — E n Bulletin

thomiste,

El orden q u e debe seguirse e n l a exposición cado

por Santo

Tomás:

lógica, m a t e m á t i c a ,

1924, págs.

d e l a filosofía física,

132-136.

t o m i s t a es el indi-

moral, metafísica,

teodicea,

y n o el o r d e n t e o l ó g i c o , q u e es i n v e r s o . S i g u i e n d o e l o r d e n t e o l ó g i c o e n parecemos

deducir

atributos.

Además,

l a filosofía

nos entorpecemos

es c o n t i n g e n t e ;

n o se p u e d e

empezar

mundo.

p o r el

.V. B. — Concedo

totum.

q u e e n s e ñ a r l a filosofía para exponer último P.

Pero

la existencia

con grandes

deducir

al m u n d o

Santo

a pueros,

a priori:

Tomás

dificultades,

de Dios,

caso

hay dos métodos entonces

e n el q u e figurarán

matemáticas?),

posibles:

tendremos

manual

u n a Lógica,

que son en realidad

mundo pues,

e n el cual h a y seguirse

e n 1 9 3 1 . E n este

el orden

d e filosofía

u n a Física

l a filosofía

el

d e exposición q u e debe

1" Seguir

un

pues

describe el o r d e n

y n o el o r d e n

filosofía,

d e D i o s y sus

y es menester,

a a d u l t o s c u l t o s el s e n t i d o d e su p r o p i a filosofía

Mandonnet;

Thomae,

de un dato

indicado ad

p o r el

mentem

(¿pondremos

Divi

t a m b i é n las

de Aristóteles y n o la de

Santo

T o m á s . 2* N o c o n s e r v a r s i n o l o q u e e s o r i g i n a l e n e l p e n s a m i e n t o d e S a n t o T o m á s , el c o n j u n t o Ahora

de las doctrinas

bien:

q u e son suyas, p o r q u e

e n l o q u e se m o s t r ó

creador

d e e l l a s se m o s t r ó

es casi s i e m p r e

creador.

e n lo q u e concierne

a D i o s y al h o m b r e , es decir, d o n d e e x a m i n ó los p r o b l e m a s griegos a l a l u z d e l a fe cristiana. Si lo q u e se q u i e r e h a c e r

es esto, se c o m p r o b a r á

sus

nacimiento

obras

teológicas

son el l u g a r

de

naturalmente que

de su p e n s a m i e n t o

filosófico

o r i g i n a l . L o s C o m e n t a r i o s sobre Aristóteles p r e p a r a n los m a t e r i a l e s d e l a síntesis, p e r o l o q u e l e s d a f o r m a y h a c e l o s e l e m e n t o s d e l a s í n t e s i s tomista ración

cristiana

de las Sumas.

seguir

se p l a n t e a

en términos

Desde

ese m o m e n t o ,

el p r o b l e m a

es l a inspi-

del orden por

nuevos.

E n efecto, d e l a s S u m a s y C u e s t i o n e s p u e d e n e x t r a e r s e los e l e m e n t o s que

éstas c o n t i e n e n

mente

Santo

muy

según

legítimo, y espero q u e alguien

razonarse a

y reconstruirlos

distintamente: Tomás;

bien

hechos,

me

pero

lo h a r á ,

l a filosofía

aburre

cuando

el m i s m o

tal c o m o

Santo

Tomás

llegar

a comprenderla

leerán

también

m e sedujo.

lo d e m á s ;

puede

continuarse.

m e interesa

puntos

esenciales,

providencia,

su filosofía? sólo

la noción

ahí

se

puede

cuando

Algunos

Supongamos,

Siguiendo

Respuesta:

tomista?

leo están

lo eme n o

Mostrándosela

la Suma,

que la amen,

el o r d e n ,

del tomismo

e s p o n t á n e a m e n t e , es c o m o l l e g u é a p r e g u n t a r m e : donde

tomistas.

M e gustó

si c o n s i g o

lo d e m á s . H e a h í p o r q u é seguí

éxitos,

perfecta-

a hacerlo. Pero

¿ c ó m o c o m u n i c a r é a los d e m á s el g u s t o

m e i n s p i r ó p o r l a filosofía

h e leído

filosóficos

Es

m e interesa

m u y fastidiosos.

y tal como

u n a ley. Si p a r e c e q u e l a e n s e ñ a n z a brillantes

Tomás

leo los m a n u a l e s

los e n c u e n t r o

él m e la m o s t r ó

d e l a filosofía.

o volverá

de Santo

es i m p o s i b l e , q u e m i caso n o s e a ú n i c o ; que

el o r d e n

pero n o hago

p o r los m a n u a l e s a

Santo

Tomás

ha y

lugar,

la

encuentra;

p o r ejemplo,

de persona,

el verbum

mentís,

¿qué

porque sobre

en la

sabríamos

para quizá

d e ello obtenido

siguiéndolo

¿ p o r q u é es e n s u s o b r a s

en primer

y

otros

teológicas numerosos

creación,

la

si n o t u v i é -

NOTAS

425

BIBLIOGRÁFICAS

r a m o s m á s q u e sus C o m e n t a r i o s sobre A r i s t ó t e l e s ? D e d o n d e esta o t r a ¿ p o r q u é n o se l a e n c u e n t r a s i n o a h í ?

Respuesta:

pregunta:

p o r q u e a h í es d o n d e

nació.

Así l l e g u é a c o n c e b i r l a i d e a d e q u e lo q u e m e i n t e r e s a b a e n S a n t o T o m á s era. el

espectáculo

todo un

de la fecundidad

su esplendor. método,

doctrina

y

fidei

observación

Seguir

filosófica

el o r d e n

particularmente

apropiado

a y u d a a l perfectum nació el presente

Última cuestión: dificultades?

del Cristianismo

de la S u m a cuando

opus rationis

manifestándose

es, pues,

n o el m é t o d o ,

se q u i e r e

mostrar

en sino

cómo

la

a alcanzar su perfección. D e esta

libro.

¿ e l o r d e n t e o l ó g i c o t r a n s p o r t a d o a l a filosofía,

N o m e he dado cuenta

d e ello. I m p o r t a

crea

grandes

poco que "aparentemos"

d e d u c i r l a f i l o s o f í a d e l a t e o l o g í a , si n o s e h a c e . E n c u a n t o a d e c i r q u e l o d e m á s se d e d u c e

de un dato

a priori,

la existencia

de Dios,

o b j e c i ó n si s e e m p i e z a p o r l a s demostraciones comienzan Aún

¿cómo

se s o s t e n d r í a

p o r l a p r u e b a d e q u e l a e x i s t e n c i a d e D i o s n o es u n d a t o a

habría o t r a cuestión m u c h o

teles n o supo

que hasta

m á s interesante.

la existencia

la

d e la existencia d e Dios, las cuales Según

de la materia

Santo

Tomás,

es c o n t i n g e n t e ;

priori'r Aristó-

si

Santa

T o m á s lo s u p o , ¿ n o es p o r q u e r e c i b i ó d e l a Biblia u n a n o c i ó n d e l S e r d i s t i n t a a

la q u e encontró

recibir

e n Aristóteles?

d e la Biblia

v o c a b l o contingente, sario?

¿Por

Santo

Tomás

P.

la n o c i ó n

que en y

— L'augustinisme filósofo,

le diré

cuando

Entrego dónde

I , 2 , 3 , Sed bonaventurien,

48-54. Particularmente: un

d e q u e se t r a t a

Aristóteles?

hasta

Sum. theol.,

AQUINO,

es v e r d a d ,

¿ n o es i g u a l m e n t e

para

saber

útil

q u é significa

el

y útil s a b e r q u é es l a c o n t i n g e n c i a p a r a p r o b a r al S e r n e c e -

qué la contingencia

Mandonnet;

Si esto

del Ser necesario

esta

está

de partir cuestión

n o es l a m i s m a e n a

la

la respuesta:

sagacidad

Santo

contra. e.n Bulletin

" M . G . se e s f u e r z a

n o h a y e n él s i n o

thomiste,

marzo

por mostrarnos

u n teólogo,

d e 1926, págs.

en Buenaventura

y el caso

de San

v e n t u r a n o e s m á s q u e el d e S a n A g u s t í n y d e t o d o s s u s v e r d a d e r o s (pág. 5 2 ) . " ¿ Q u i é n

del

TOMÁS DE

n o v e , sin m a y o r

información,

a

Buena-

discípulos"

q u e si B u e n a v e n t u r a

niega

la l e g i t i m i d a d d e l a d i s t i n c i ó n f o r m a l e n t r e filosofía y t e o l o g í a , p r á c t i c a m e n t e ai m e n o s , e n su p e n s a m i e n t o y e n s u s escritos, ese d o b l e guirse f o r m a l m e n t e ? " N.B.

— ¿Quién

n o v e , sin m a y o r i n f o r m a c i ó n ,

n i e g a q u e l a d i s t i n c i ó n formal sin d e j a r

esperar

permiso

no puede

que Santo Tomás

e n t r e l a fe y l a r a z ó n p u e d a

a c t i v i d a d d e l a r a z ó n s e p a r a d a d e l a f e en la práctica? negarlo

objeto

d e ser u n filósofo,

del P. M a n d o n n e t

¿por

para

Y si S a n t o T o m á s

qué San Buenaventura

hacer otro

no era totalmente

indigno

del título

de Aquino

traducirse por u n a

tanto?

Pero

sino q u e se l o t o m ó , y a n t e s q u e él S a n A g u s t í n , q u i e n , a p e s a r diga,

distin-

(pág.5 4 ) .

d e filósofo.

Siento

puede

habría

de

n o lo esperó, d e l o q u e se

entre

el

ilustre

h i s t o r i a d o r y yo u n d o b l e d e s a c u e r d o , q u e m e aflige, p e r o t e m o q u e sea i r r e m e diable : tengo a S a n Agustín y a S a n B u e n a v e n t u r a S a n t o T o m á s p o r u n filósofo 60.

RIMAUD

de la méthode chives

de

( J . ) . — Thomisme

pour

philosophie).

avoir

le droit

París,

p o r filósofos

cristianos y a

cristiano.

et métkode. Que devrait étre un Discours de se diré thomiste? ( B i b l i o t h é q u e d e s Ar-

G. Beauchesne,

5

1925. E n 8 , 2 7 6 - X X X V

págs.

U n o d e los fines p r i n c i p a l e s d e l a o b r a e s m o s t r a r q u e el t o m i s m o " e s u n aristotelismo e n c u a n t o a su forma, u n a d o c t r i n a n u e v a a base d e aristotelismo en c u a n t o a su o b j e t o " ( p á g . 1 4 3 ) . Sobre las diferencias entre el aristotelismo y el t o m i s m o , véanse p a r t i c u l a r m e n t e p á g s . 137-144.

426

EL

61. G.

DIÉS

ESPÍRITU

( A . ) . — Autour

Beauchesne,

de

el

575-603.

Tiende

Cristianismo; 62.

DURET

tailles

directes,

nicado El

por H.

de

cristiana envuelve

1*, c u a n d o

cristiana,

adherir

Padres

a

la

y Doctores

63.

BREHIER

moyen

age.

"En

l'art

no

entre

chrétien;

sabiduría

todo

increada;

de

caso,

durante

cristiana

esos

propia

original

el

de ayuda

(ibid.). desarrollo

palabra,

la

cinco

y distinta

este

el

a

es l a v o c a c i ó n

desarrollo

del

philosophie;

primeros una

"en San Agustín

u n a concepción él

conoce,

Plotino"

positivo

y

cristiana."

i.

la

única

realista,

casi

en

110 u n a v e r d a d ,

sino

problema

fe

la

los

christiana. L'antiquité

et

le

de nuestra

era no hay intelectuales

capítulo

nuestro

d e la acción,

con

tal como

influido

por

pensamiento

en una

de métaphysique

et de

al

cuál

modo en

el

confesión

eficacia:

por

mismo;

lo p l a n t e a

no

positiva

ha

u n a filosofía es

de

su

la a

La

filosófica

sistemática

social

Hegel

"impo-

y coherente"

en

(pá-

es t a n

el

firme

cristiana

Cristianismo

(pág. 1 5 7 ) . E n

conduce Blondel

doctrina

espíritu

inseguridad

n o es u n a filosofía busca

Platón

su

y a la

el r a c i o n a l i s m o

tiene

Blondel, n o tiene

Ale-

lógicamente trató más

(pág. 1 6 0 ) ; por

lo

es

filosofía

de

de

el

con San

cristiana,

filosofía

pesar

sido

única

u n a completa

contemporánea,

u n a filosofía

es s u p a r t e

dogma.

tomismo,

de organización

del Cristianismo

comu-

siguientes

( p á g . 1 3 5 ); ni siquiera

p o r lo contrario,

época

especulativo; en las

y los

Cristianismo

encontramos,

del Cristianismo

que

El

u n a filosofía toda

del paganismo."

n o es n a d a

x r x el tradicionalismo

la

valores

y material

d e la investigación

u n principio

(pág. 1 5 9 ) . En apologética

inserta

él

en

pierde

el siglo

interpretación

l a filosofía una

misma

entienden

T . I, pág. 4 9 4 .

nuevo

cuanto

de fundar

de la En

con

que

desemboca

absoluta

censura

Feuerbach

I :

todavía

a sí

n o fué fuertemente

no hay de ningún

a los resultados

150-154). la

cristiana;

es d e c i r , e n

de

del Cristianismo,

del universo

1 5 0 ) . E n el cartesianismo, la

filosofía

siglos

e n este

filosófico?

filosófico

(pág. 1 4 0 ) . E n

en lo q u e respecta sibilidad

lo

d e l a d e los p e n s a d o r e s

filosófico

intelectual

Agustín;

nacer

Les

tabla

y, r e s u m i e n d o

pensamiento

de u n movimiento

decir,

enseñanza

sapientia

la vez espiritual

del pensamiento del Cristianismo

iniciador

mania,

y

varios

Una

cristiano,

sentido

sacra,

pues, mostrar,

q u e n o h a y filosofía

¿Cuál

alcanza

renunciando

— Y a-t-il une philosophie chrétienne? e n Revue morale, a b r i l - j u n i o d e 1 9 3 1 , p á g s . 1 3 3 - 1 6 2 .

(págs.

álbum

3", m á s p r o f u n d a m e n t e

e n sus comienzos,

mutua

"Esperamos,

advenimiento

que

de Platón,

1 9 2 7 (comu-

sentido.

c o n la

creada

en

implicando

I , pág. 4 9 3 . " E l Cristianismo,

gina

París,

de Platón

al

análogo;

de

e n el o r d e n

d e doctrina

(£.).—Histoire

u n esfuerzo

nidades"

lugar

la sabiduría

hablan

sino

plenamente

de la revelación;

es decir,

es

de

religión

introducción

profundidades

ocupa

T.

que

y La

la religión

Wépion-sur-Meuse,

es u n í v o c o ,

concuerda

cuando

fundamentalmente

y

d'histoire.

París, F . Alean, 1 9 2 7 .

filosofía

en

et

d e ese género.

estatuario.

varias

cuando

la dependencia

es l a s a b i d u r í a

el

págs. 5 2 3 - 5 7 4 ,

ensayos

de

Charlier,

filosofía

realidad,

vista*! y b a j o

que

critique

por A. Forest).

cristiana:

una

de

u n paralelo

u n o d e ios mejores

2', más profundamente

para

Essais

de Platón,

a establecer

( G . ) . — Thiorie

término

planos es

Platón.

MEDIEVAL

1 9 2 7 . E n 8 » , 6 1 5 págs.

V é a s e s o b r e t o d o : Le Dieu págs.

DE LA FILOSOFÍA

de

a

hacer

parentesco demás,

relación

"el

especial

NOTAS

con

el C r i s t i a n i s m o "

pre

vanos

de

él; pero

hablar

(pág. 161). Conclusión:

del Cristianismo

de

fórmulas

n o se p u e d e

p o r fijar

hablar

una matemática

de

L.

Feuerbach

o

427

BIBLIOGRÁFICAS

"Hemos

u n o d e esos

d e u n a filosofía

de

u n a física

visto

los ensayos

momentos, cristiana

cristianas"

(N* 19, p á g . 4 0 9 ) , y

de

para

como

siem-

apoderarse

n o se

puede

( p á g . 1 6 2 ) . Cf. M.

de

Wulf

las

(N* 49,

pág. 4 2 0 ) . 64.

CHENU

(M. D.), O. P . —En

Bulletin

thomiste,

enero

de

1928, pá-

gina 244. "Bien

vemos

y d e l orden 41):

q u é quiere

teológico

u n a filosofía

sobrenatural, que

ni

a

razón

la

Aquino Santo tizar fin

su c o n t e n i d o son e n

este

lo

punto,

de Aquino

su o b e d i e n c i a filosofía

pura

racional

en

para

no

desarrollar

gralmente tiene

propia

se

no

orden

contenido

q u e encerrarse

puede

conservar

otros,

tanto

l a fe

Este

haber

el o r d e n

sobre

interés,

tener

u n a filosofía

cristiana,

un

n o teológico.

Quizá

y más netamente es el filósofo

"comprueba

todo

poder a

su c a r á c t e r filosófico.

menos

y . . .

afirma

sobrenatural",

la razón

a

que

mejor

no

netamente

q u e u n a filocristiano.

la verdad

tiempo

carácter

cristiano.

su

modos,

pudiera

d e u n a teología, su c a r á c t e r

toda

no ha enseñado filosófica?

a

¿Cuál

es

decir,

I

capacidad, q u e l a fe

2° Si d e S a n

es filósofo,

son

¿Quizá

tenderse

"tanto

q u e los tres

es filósofo? t r e s filósofos

unos

como

otros",

son igualmente

filósofos

cristianos

P e r o si h a y d o s q u e n o s o n f i l ó s o f o s , cristianos?

cristianos?

y q u e u n o solo ¿cómo la suma

en

cristiano,

A n s e l m o , S a n B u e n a v e n t u r a y S a n t o T o m á s , sólo este ú l t i m o los tres,

nos-

directriz

rechazar

puramente

a

influencia

a lo sobrenatural",

que

El Sin

histórico,

llegado

de todos

al contacto

tiene

inte-

que no

ser cristiana.

puramente

la

filosofía

"abierta

y q u e al m i s m o

descubrir

para

P o r lo demás, dos preguntas:

q u e c o n s t r u y ó u n a filosofía

que

ayuda

resaltara

al decir

d e vista

e inconvenientes; aun nacida

afirma

e n el cual- h a

esta

cuando,

manifestar

y

d e su carácter

observar a

marcha

cristiana

y para

haUna

sobrenatural."

un punto

q u e confiere ventajas

su

teológico

de exposición

(quisiéramos

encerrando

razón

intrínseca

que permite

exponerse orden

cuadro

desde

teológico

la razón,

puede

en u n

tiempo

filósofo.

comprueba

poder

e n sis

al m i s m o

es

sólo

garan-

es sólo

pura

libertad

completamente

n o es u n a señal

más cuanto

método

cristiana

y de

cristianos;

y esa razón,

cristiano

filosofía

racionales,

Tomás

a u n provisionalmente

impreciso),

capacidad,, todo tiene

filósofos

dejándoles

u n a filosofía

que desdc

de la naturaleza

Buenaventura,

término

con toda

n o es, ni

demuestra

teológico impuesto

otros, y

con lo

distinción,

filosófico,

esa naturaleza

autonomía,

d e sus exigencias

de exposición

embargo,

en

su propio toda

como

esta

u n a filosofía

Y p o r e s o , filósofo

teológico;

el r i g o r

tiene

su

d e este

convierte

B. — E l R . P . C h e n u

sofía

unos

en su obrar,

y

continuidad,

e n el t e r r e n o

Anselmo,

racionales

1 9 2 7 , p á g s . 34¬

Pero

por u n a concepción

definiendo

esquema

que rechazar

N.

de

tanto

supo,

el e q u i v o c o

un

en

razón.

p o r lo cual

sino

a lo s o b r e n a t u r a l .

descubierto

casi

d e l a sola

sobrenatural.

( e n su ser, e n su conocer,

ber

contacto,

3" edic,

es c r i s t i a n a n o p o r el o r d e n

a

ú l t i m o ) , su eficacia

en

aquello

racional,

abiertas

Tomás

en

d e l o s principios

thomisme,

e n el análisis, insostenible

es c r i s t i a n a . U n a filosofía afuera

Le

justiciable

doctrinalmente,

de

esa distinción

que permanece

aun quedando

se r e v e l a r í a ,

histórica

explicar

( e n É . GILSON,

¿cómo

deba

en-

de entre

ellos

d e ellos

daría

428

EL

65. La

FOREST

vie

ESPÍRITU

DE LA FILOSOFÍA

(A.).—Autour

intellectuelle,

octubre

de

de

la. notion

Rimaud.

Compara

e n e l Tractatus de

obediencia

filosofía tiana

la posición

y

de salvación;

cristiana,

bajo

que no modificaba que

66. En

la

fe

no

q u e se p r o p o n e n

al

visión a

sino

en

Gouhier, doctrina

en

imágenes

niega q u e haya u n a " L a enseñanza

lo a d m i t i m o s ;

d e l u n i v e r s o físico, un

Spinoza

una

traducir

É. Bréhier

dominio

nuestro

H.

la fe c o m o

q u e se l a a c l a r e .

espíritu

n o sólo

É. Gilson,

d e u n a filosofía,

nuestra

abría

no hace

Guando

pide

chrétienne,

con la q u e adoptaba

concebida

el teólogo

la forma

admitirse nuestro

siendo

la proposición

es e x a c t o verdades

L. Brunschvicg,

piensa en conceptos,

n o se p r e s e n t a b a

philosophie

122-133.

de É . Bréhier

theologico-politicus,

lo q u e el filósofo

de

1928, págs.

Analiza las posiciones d e É. Bréhier, J.

MEDIEVAL

de

pero

no

verdades

consentimiento,

sino

cris-

también puede nuevas,

también

a

asentimiento." D E BRIIYNE

(E.).—

Saint

Thomas

d'Aquin.

París, G. Beauchesne, 1928.

8», 3 4 8 p á g s . "Si

a

en la Edad

todos

tiana."

MONNOT de la Cité

París,

Puede

"definirse

con

el

nombre

bajo

organización lación.

Y

diferencias pectivas

68.

de

lo

BAUDRY

cris-

le

XI*

Philosophie. p á g s . 153¬

inteligible

(abstracción

d e ellos, b a j o

su

en

que

se

Pero

común,

a

y

esfuerza

sus

conveen

de la pesar

del

la

reve-

d e las

fin

(saber

sus oposiciones contrarios",

la

esco-

trabaja

a los datos

rechazo)

bajo

filosofía

diferencias,

razón

cristiana.

ese g é n e r o

res-

p á g . 182

especies?).

( R . ) , C . S S . R . — Saint t. X I I I , "leyendo

otra

de u n o y otro,

o

y u n a filosofía

la

sometido

es el q u e h a c e

d e l a fe y d e la

agustinianismo. . . ;

de

aun-

d e los

con claridad

una a

de

en sistema común

que pone

diferentes,

comparativo

NT* 2 ,

Augustin,

las publicaciones

interesantes

( J . ) . — Le

para

probléme

grecque

de

philosophe

(10 de noviembre

de

del centenario";

la noción de

á

l'ére

et

de

chrétienne.

págs.

las páginas

d e filosofía

Vorigine

Platón

chrétien,

1931),

en

La

220-235. 225-235

cristiana.

l'éternité París,

du

monde

Les

Belles-

1 9 3 1 . E n 8'," 3 3 3 p á g s .

Ningún

griego

ni

filósofo

P o r eso debían

problema

teológico.

y

Cuadro

q u e sus innegables ejercicio

decir:

la philosophie

ex nihilo.

tomismo...

presupuesto

particularmente

Lettres,

de

particularmente

a las relaciones

oponerse

común:

también

mejor

Reflexiones,

Este

común

filosofía

d'aprés

Archives

dos concepciones

nos parece

tiempo,

u n a filosofía

KREMER

69.

philosophique

y cristianas".

que pueden

género

ese g é n e r o

intellectuelle,

dans

del universo,

no hubo

Augustin.

cristiana según

cuadro

de

del dado

hacen

seria

synthése

y tomista, referente

al m i s m o un

sabiduría),

son

cristiana

católica,

142-185. Véanse

filosóficas

agustiniano

manifestar,

niencias

vie

l a filosofía

las concepciones

lástica

de

sur saint

1930, págs.

(pág. 181). "Este

mirada

(¿no

e n Études

esencialmente

dos sistemas,

o

u n a teología

180-185.

ambas

razón

por

u n a concepción

( P . ) , S . J . — Essai de Dieu,

G. Beauchesne,

155 y p á g s . que

hubo

si h u b o

Pág. 12.

67. livre

Media

los c r e y e n t e s ;

El

fué

para

Cristianismo,

antiguo

todos los

acabar

griegos

heredero

llegó

nunca

por admitir un de

problema la

a

la

noción

la eternidad esencialmente

tradición

judía,

dio

de

creación

del universo. religioso nuevo

y

im-

NOTAS

pulso

a

las discusiones

42y

BIBLIOGRÁFICAS

cosmogónicas

y

ofreció

u n a solución

satisfactoria

del

problema, 70.

ANDRIAN

katholischen

Importantes Vigile,

( L . ) . — Die

Dichters.

extractos,

4 ' cuaderno,

Sobre

l a filosofía

siado

la lectura

miento 71.

entre

págs.

véanse ensayos

comunes bien

grecque

la aserción

de

c o n l a filosofía intelectuales

común,

Cómo griega

a

y

la

et

Nunca

en

du

toui.

se r e c o m e n d a r á

sobre

la relación

e n Essai

chrétienne.

según

en

París,

creencia

dema-

del pensa-

sur

les

rctp-

J . Vrin,

193.i,

Tomás

tanto

pueden

des

decir

(págs.

por San Agustín

notion

faits.

de

y

un

" u n conjunto

de

cristiana"

q u e .siguen

como

(pág. 177).

a

Platón

"La

a

Tomás,

sino

es el c r i t e r i o

y la

religiosa"

(pág.1 9 6 ) .

chrétienne,

2 7 de marzo

y

especulación

por Santo

philosophie

de las

tienen

de

en la

Recae

1931 (XI año),

19-22.

Informe

crítico

marzo

págs.

de

21-22.

de

esencia". y

necesidad,

en

un

u n a definición

puramente aunque

desde

lo c o n c r e t o ,

respondiendo

nociones

cristiana al d a d o

a

"está

ningún

actualmente

formalmente

punto

o

vista

positivo.

cristiana

extrínseca,

a

concepto

pudiéramos

ni puramente

extrínseca"

de

el

toda

del de

sino

tendencia

e s , si s e q u i e r e ,

73.

tholica.

(pág.

WUST

Respuesta

Verlag

a u n artículo

2 ) . No

considerando se

pasiva,

puede

las

llegar

n o sería

ni

intrínseca,

intrínseca,

aunque cuya

en lo sobrenatural.

pero

lo

como

n o p o r eso es

Esta menos

2 2 ) .

( P E T E R ) . — Zum

Paderborn,

de

c r i s t i a n a es u n a filosofía

n o e x p l í c i t a y l a t e n t e , es l a d e d e s e m b o c a r

nada"

estático

la diferencia

tendencia,

potencia

afecta

cristiano."

cristiana

potencialmente

materialmente

( p á g . 2 1 ) . " L a filosofía simple

análisis filosofía

en

veces

dogmática. y no

n o sea

dinámico,

en la cual

intrínseca,

se d a a

influencia

tomista

del 21

conclusiones

extrínseca

Sin embargo,

llamar

también

philosophie

a la cual

es p u r a m e n t e

q u e u n filósofo

contenido que

d e la filosofía

extrínseca

el

de

sus propias

tomista,

cerrada

revelado

de eliminar

aspecto

frangaise

presenta

l a filosofía

" N o es c o n t r a d i c t o r i o

pues,

abstracto

frente

d e l a Société

del artículo

filosofía,

filosofía

dependencia

"Hay,

d e l a sesión

1 9 3 1 . El autor E n cuanto

nombre

puro

cristia-

elementos

cristianos,

179-196).

d e filosofía

Bruselas,

y

de la diversidad

los escritores

c o n la fe, q u e d e ese m o d o

(Iví.).—La et

pesar

cristiano

e n los misterios

q u e los s o b r e p a s a n

idees

n o h a y filosofía

lo q u e se l l a m a l a filosofía

de la verdad, en materia

des

la cual

el pensamiento

(pág. 1 7 5 ) . A

e n la

de un acuerdo

D E CORTE

págs.

(IX,

traducidos

hiérarchisée

Christianisme,

pensée

original

Santo

par

suprema

72.

a

et

griega

n o fué utilizada,

catholique

no

la

beneficio

norma

su

87-101.

e n q u e se a l i m e n t a n

q u e consiste

S a n Agustín

Aristóteles

Su

L'ordonnance

m u y profundos

É. Bréhier,

tesis r a c i o n a l e s q u e c o m p o n e

el

d e G h . d u Bos, h a n sido

págs.

eines

159-198.

corrientes

de

Weltbild

Antigüedad.

(pág. 1 7 4 ) . H a y algo

con

rationales

u n d F . Pustet, 1 9 3 0 .

el t í t u l o :

( R E G Í S ) . — Hellénisme

la pensée

Contesta na

con la

JOLIVET

ports

con prefacio

cristiana,

des Alls,

J. Kósel

1 9 3 1 , bajo

d e estos

cristiano

Standeordnung

München,

conozco

este

Begriff

einer

christlichen

des Winfriedbundes, d e HERM. artículo,

1 9 3 2

Philosophie,

(I,

Z E L T N E R , e n Zwischen pero

parece

referirse

1),

págs.

den

en

Ca-

37-44.

Zeiten,

directamente

1931 a

la

480

EL ESPÍRITU

cuestión.

L a posición

cristiana? ser

sino

es

decir,

el

n o es sencillamente

toda

filosofía

cristiana,

la razón

74.

deja

que

es

una

objeto propio Dios

es

el o b j e t o

(pág. en

como

de

3 9 3 ) . L o demás,

(págs.

acusar

pues

el

por

cristiano

du

a

Christianisme,

Aristóteles

natural

de

de

Santo

eficiente, la

393-401,

simple

Tomás de

ser, e n

de

sujetos:

1 ) . Los atributos (pág. 3 9 2 ) . El

n i c a u s a final

dependencia

n o tiene

tiene

Aristóteles,

ni u n a colección

( p á g . 3 9 0 ,nota

en

politeísmo

es u n a

1 ) . E l ser, e n c u a n t o

a los d e l p e n s a m i e n t o

mismo,

en

pág. 386-402.

d e Aristóteles

3 8 9y nota

general

págs.

cris-

llamado

q u e se l e p l a n t e a n

cristiana,

1932),

e l politeísmo

n o es n i c a u s a

mundo

cristiana"

u n a filosofía

d e seres divinos e n el sentido

n o se l i m i t a n

el

y

philosophique

T o m á s , n o es ni u n sujeto

de Dios p o r el m u n d o está,

eternas,

(pág. 3 8 8 ) . L a teología

de la metafísica

a ser u n a

filosofía

es, c o m o h o m b r e ,

U n a filosofía

injusticia"

Tomás,

y los Angeles

la

puede

extracristiana,

ese f i n ; llegar en

filosofía

no

(pág.4 3 ) .

u n a pluralidad

de Aristóteles

que

a cuestiones

( 1 0 de marzo

"grave

Santo

Aristóteles y e n S a n t o Dios

a

filosofía

extracristiana

( A . - D . ) . — L'apport 4" año

de palabras

saber,

responder

d e ser u n h o m b r e "

3 8 7 ) . Según

cuestión a

a

SERTILLANGES

Estjma

toda

filosofía,

u n a filosofía

d e q u e es h o m b r e .

vie intellectuelle,

(pág.

haber

pero

precisamente como

una

mí, la contestación

extracristiana, pues todo hombre

eterna

mismo

tampoco

por

e n sí, t i e n d e

MEDIEVAL

así: " ¿ E s posible

Para

posible,

perfeccionarse,

3 8 ) ."...Puede

hecho

La

se r e s u m e

ésta:

t i a n a . U n a filosofía por

P. Wust

¿ N o e s e n sí u n c o n t r a s e n t i d o ?

filosofía (pág.

de

DE LA FILOSOFÍA

de

relación

primera,

un

puesto

libre

directa

del amol-

decreto

c o n el

libro

discusión. 75.

MARGEL

marzo El

de

(G.).—• Informe

aporte

cristiano

valor

absolutamente

sobre

bases

quiere. sino

puramente

donde

e s u n auxiliar único, todo la

de

que

cristiano"

para que

entiendo

para

de

la razón: encuentra

pasaje),

filosofía

des

revelado,

Jeunes,

1 5 de

paradoja,

el

o

d e resolver

si s e

cristiana

aun

aceptado,

No

de

cualquiera el d a t o

decir

cristiana partida

posible, q u e es l a E n c a r n a c i ó n " sentiría

n o es

bastante

susceptible

si n o c r i s t i a n a ,

en de

la

tomar

p o r lo m e n o s

en

un

por

hecho

( p á g . 3 1 2 ; véase

inclinado de

revelación

definirse

ontológico

ate-

exacta,

que

m e parece

desde

de

revelado

en esa medida

basta

y

constituirse

escándalo,

admitido

puro, deja,

punto

"...me

de

q u e n o h a y filosofía

por un procedimiento

" U n a filosofía su

" d e significación

susceptible

es n o sólo

esa paradoja,

cristiana

u n a conciencia,

Revue

y sin restricción. P o r lo c o n t r a r i o ,

(pág. 3 1 2 ) .

sin análogo

ese n o t a b l e

noción

trata

la

a pensar

ese e s c á n d a l o

d e ocultar

dato

A h í está

de la razón o del espíritu

filósofo

hecho

es u n

dispuesto

e n q u e e l filósofo

u n a dialéctica

el

humanas.

estaría

Nouvelle

a toda experiencia

con desatinada gratitud

ese e s c á n d a l o , un

l a filosofía

esa paradoja,

el m o m e n t o

ser

a

La

308-314.

trascendentes

Por mi parte

s i n o abrazado nuar

en

1 9 3 2 ( I V , 3 ) , págs.

a

admitir

que

un

sentido

más

impregnada

de

Cris-

tianismo, pero p o r eso m i s m o capaz d e a p r e h e n d e r el desarrollo d e las doctrinas según puro

perspectivas y simple"

que n o coinciden

(pág. 3 1 4 ) . Este

elevada

y

se v i n c u l a

perdido

hasta

(ibid.).

"El problema

sin

la noción

duda

e n estos

filosófico

absolutamente

desarrollo "a

esta

tiempos

c o n las d e l h i s t o r i a d o r m á s

participa

Historia

de excesiva

que plantea

en la vida

sagrada

de

y brutal

la existencia

religiosa m á s la

que

hemos

secularización"

misma

d e u n a his-

NOTAS

t o r i a d e l a filosofía

es d e a q u e l l o s q u e e n n u e s t r o s

los m á s i n c a p a c e s blema

76.

t. X X

Inclina posible,

a

78. La

si s e p u e d e

de

79.

MARC

80.

hecha decir

afirman.

de la

la

El

religiosa

artículo

en

de

la

chrétienne

notion

de

chrétienne?,

en

exposición

philosophie

et

la

philosophie (mayo

agregados,

chrétienne,

théologie,

en

chrétienne,

de 1 9 3 2 ) ,

el

frangaise

de la cuestión

los elementos

texto

de

define,

m i posición,

"Este

reconocimiento

duda,

de verdades

de

la

incapaz

l a filosofía

n o tiene

sentido que

para

sino

atestiguar

pero

de

la

es

Permítaseme de cuanto

el p u n t o de

la

primero

d e v i s t a filosófico

es ese t r a b a j o

no

L a simpática

podía

condiciones al

clarividencia

tomado

de posibilidad

encuentro.

"cristiano" el

haber

Tomemos

mi

de Maritain

fórmula

en

d e su objeto. un

sistema

un

dado

observador

es u n a filosofía,

luego

obra

de

primero

Si

la

cris-

¿ E s nece-

historia

cristiana

es

q u e le

de y

e n el

m u y bien haría

de la razón;

que yo

negar

q u e lo es.

su autor

es

alma obser-

preguntemónos

reconocer

vista

verda-

que a m i vez quiero

filosofía;

se p u e d e

está

porque

intrínsecamente,

el p u n t o

L o más "vital"

h a discernido

por

d e filosofía

y de la gracia

sentido

la

n i el m á s

el

cristiana históricamente

D e modo

y , si l o e s , e n q u é c a r a c t e r e s

en

carácter,

y desde

de demostrar.

de la revelación

Maritain:

dejadas

pero 'mo-

c r i s t i a n a es posible, y q u e l o e s , c o m o l o h e d i c h o , acaba

de J.

d e la historia.

u n a filosofía

reales

caracteri-

capaz, y

filosofía?

pueda

como o

q u e la noción

d e vista

de

yo No

doctrinal,

relaciones

ignoradas

n o es el ú n i c o

d e l filósofo, p u e s t o q u e sin él n o h a b r í a filosofía vable.

establezcan

es 'físicamente'

e n efecto,

existencia

cristiano. E s lo q u e J . M a r i t a i n

Revue

153-186

q u e la revelación

el m á s manifiesto

historia

a la vez desde el p u n t o

deramente

antes

p o r sí s o l a

desde

se t r a t a

Para

y e n sus límites, el juicio objetivas

(pág. 1 5 9 ) . H e dicho,

recordar

vie

d e la cuestión.

pues, enteramente,

en su pureza,

cristiana;

sario

es d e c i r ,

lo implica.

Acepto,

nociones

de reunir

tiana

l a filosofía

colaboran.

de

La

comunicaciói»

mejor

doctrinal

que u n a y otra

que la razón

vital,

calificada

lo llama,

e n sus ventajas

ralmente'

considerar"

en

en

págs.

philosophie.

mucho

d e u n a solución

es m e n e s t e r

en el cual

zando

de

Revue

París, Desclée de Brouwer, 1 9 3 3 .

1 9 3 1 a l a Société

a la razón

el sujeto

n o es

siguiente

filosofía.

philosophie

t. X X X I V

chrétienne.

que e n cierto sentido

esclarecer

Revue

353-385.

probléme

con importantes

de

hacerlo,

q u e u n a filosofía

qu'une

(ibid.),

Nouvelle

sólo n o c r e o q u e e l p u n t o d e vista h i s t ó r i c o e x c l u y a el p u n t o d e vista sino

esta-

901-909.

q u e lo

págs.

en

pro-

católicos,

21-27.

( J . ) . — De

de nuevo,

q u e esta

págs.

(sic)

philosophie

de philosophie,

en marzo

pudiera

parecen

es u n

1 9 3 3 , págs. 9 - 2 0 .

la philosophie

Toma

filósofos

Philosophie,

u n a religión

(BR.).-—Le

( A . ) . — La

MARITAIN

— De

y yo

sacar

1 9 3 3 , págs.

néo-scholastique

et

Blondel

t. 3 9 ( 1 9 3 2 ) ,

intellectuelle,

intellectuelle,

y

( M . ) . — Qu'est-ce

mor.,

D E SOLAGES

vie

sin e m b a r g o ,

q u e nosotros,

de 1 9 3 2 ) ,

con Bréhier

J. Maritain

SOURIAU et

y

( R A M Ó N ) . — Religión

pensar

se p r e g u n t a r á

mét.

fundamental...

(1« de mayo

contra

77.

días los especialistas

o a u n d e sospechar;

a considerar d e frente y c o n m i r a d a sin desfallecimiento"

FERNÁNDEZ

frangaise,

de

de plantear

absolutamente

mos obligados

BIBLIOGRÁFICAS

las

salirle si

es

Para

cristiano,

43 a

EL

pero

su

cristianismo,

filosofía,

esta

observar

desde

he

interna

afuera:

q u e sólo

cristiana. si

acción

esta

L a conclusión fórmula,

o

confusión pues,

vable

sino

trable

p o r la historia,

debe

pues,

cristiana

es

y no vale

y

pero

una

acuerdo

Entre

phie

a la influencia

he

estoy

dispuesto

chrélienne

a

Pero

debieran

cambiarlas. obser-'

su noción

de hacerlo

posición, o,

puede

J.

Maritain.

p o r lo

contrario,

con É . Bréhier observable,

demos­

q u e la

con

filosofía

M.

Blondel,

(en el supuesto d e q u e sea posible)

no

revelación.

c i t a r é , e n el o r d e n

et philosophie,

filosofía

objetivamente

de

d e M . B l o n d e l , y l a p r i m e r a e d i c i ó n d e L'esprit

médiévale,

hacerlo,

de

es positivamente

acaba

decir

puede

emplear,

así su existencia,

como

históricamente

de la

sólo

posible

d e las premisas.

podido

su para

c o n la reve­

la noción

l o s a n á l i s i s c r í t i c o s d e q u e h a n s i d o o b j e t o Le probléme

eatholique,

sophie

que

con él. M i

q u e el c a r á c t e r c r i s t i a n o d e u n a filosofía debe n a d a

sólo l a h i s t o r i a

precisión,

serlo

q u e n o s es

y l a filosofía a

sobre

q u e poseemos

n o es u n a r e a l i d a d

si e s v e r d a d

realidad

influencia

los datos

q u e su existencia

de

la

medio

en función

que, establecida

p o r falsa,

sido

sentido

sólo

análogas

y debe

enteramente

no

y como

dar un

cristiana

e n sí m i s m a

ser tenida

podía

d e su m i s m a

p o r la historia,

analizada

Estoy,

a causa

haya

El único

sin l a r e v e l a c i ó n

de hacer,

vale

q u e l a filosofía

MEDIEVAL

es, pues, c o m p a r a r

las fórmulas

Diré,

que

d e ella.

l a filosofía

l a historia

crear

ser

distinto

Es lo q u e h e t r a t a d o

dicho

DE LA FILOSOFÍA

p o r m u y eficaz

es e s e n c i a l m e n t e

descubrir lación.

ESPÍRITU

e n q u e los h e r e c i b i d o :

e n Études,

1932, págs.

la

philoso­

de la

philo­

J. HUBY,

Sagesse

5 1 3 - 5 3 3 . X . , Une

philoso­

phie chrétienne est-elle rationnellement concevable? Est-elle historiquement réalisée? État acluel de ce débat, e n Revue des études historiques, 1 9 3 2 , págs.

389-393.

philosophie

E N R . GASTELLI,

chrétienne,

La notion

Études

de la philosophie

Réflexions

critiques

philosophiques,

chrétienne.

sur

le

Marseille,

Le probléme

probléme

1932.J.

de

la

GUIRAUD,

de la philosophie

eatho­

lique, e n La Croix, 1 2 - 1 3 d e j u n i o d e 1 9 3 2 . É T . B O R N E , Le probléme de la philosophie eatholique, e n Bulletin Joseph Lotte, j u n i o d e 1 9 3 2 , p á g s . 4 2 8 - 4 3 0 . CARLOS M . CERVETTI, É. Gilson y la noción de la filosofía cristiana, e n Cri­ terio,

mayo

y junio

de

Problem

der christlichen

de

de

abril

diévale,

al

e n Kólnische artículo

e n La vie eatholique,

de la philosophie

Téqui,

La

1932, volumen

(Juvisy,

L'esprit

sophie

la

christlichen

philosophie

chrétienne,

de M. Blondel

mé­

probléme

et les con-

e n Revue et

se e s t u d i a

Journées

universelle, la

pensée

septiembre d e 1932. contemporaine,

el p r o b l e m a

d'études

París,

e n sí m i s m o

y en

Thomiste,

11 d e sept. d e 1 9 3 3 ) . P a r í s , E d i c . d u Cerf, Bibliografía,

p á g s . 165¬

de philosophie

t. 3 5 ( 1 9 3 3 ) ,

chrétienne,

págs. 539-554.

e n Archives

du probléme

journée

chrétienne,

e n Vie intellectuelle,

MEYER, S . J . , Autour et positif,

der

d e 1 9 3 2 (obje­

de la Société

et la notion

philosophie,

de

Zum

viernes, 2 2

2 3 d e j u l i o d e 1 9 3 2 . M . DE GANDILLAC,

1 6 9 . Gf. F . VAN S T E E N B E R G H E N , La deuxiéme

thomiste

Problem

31 de mayo

le liare récent

chrétienne

e n el c u a l

c o n j u n t o . La philosophie II

d'aprés

médiévale,

philosophie

O . F . M.,

Volkszeitung,

1 4 d e m a y o d e 1 9 3 2 . F . M O U R R E T , Le

eatholique

JOLIVET,

martes,

p r e c e d e n t e ) . — É T . BORNE,

de la philosophie

R.

BOHNER,

O . S . G , Zum

troverses

L'esprit

PHIL.

e n Kólnische

Volkszeitung,

e n La vie eatholique, actuelles,

Aires.

Philosophie,

1 9 3 2 . J O H . BRINKMANN,

Philosophie, ciones

1932, Buenos

e n Revue

SERTILLANGES

t. X X I V

de la philosophie

de Philosophie,

d'études

de la

Société

néo-scolastique

( A . D . ) , De

la

de philo­

( 1 9 3 3 ) , págs. 9-20. B. R o -

chrétienne.

t. X , c u a d e r n o

Essai

critique

4 , 1 9 3 4 , págs. 1-64.

NOTAS

433

BIBLIOGRÁFICAS

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Nte.),

Concepto

de

la filosofía

cristiana.

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Aires,

Gotelli,

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estudio

de conjunto

sobre la cuestión; bibliografía,

págs.

488-491).

ÍNDICE DE NOMBRES

ABELARDO 320,

(PEDRO).

16,

319,

228,

234, 235, 238, 239, 282, 283,

289,

2 9 1 , . 29.2,

357,

412,

420, 427.

ADÁN.

AGUSTÍN

412.

(SAN).

16-18

21,

23,

24,

32,

33, 3 5 , 37, 39, 42, 4 4 , 4 6 , 60¬

63,

69, 71, 75, 77, 78, 81, 90, 99,

100,

108,

146,

148-151,

110,

180-183, 216,

116-132, 155,

186,

134, 138¬

188,

236,

66,

140,

147, 148,

152, 161, 162,

176-178,

181,

183-189,

191,

316¬

193,

196-200,

202,

204-206,

208,

348-350, 354,

225,

379,

383, 389,

402-404,

412,

(SAN).

185,

187,

201,

206, 260, 335, 336, 340, 373,

377,

403. '

ALCUINO.

DE

ALEJANDRO

DE. H A L E S .

AFRODISIO.

79,

128,

ALFARIC

AMBROSIO

(SAN).

AMBROSIO

117.

VÍCTOR

AMOS.

33,

SACCAS.

399,

ANDRÉ

MARTÍN,

402,

(PADRE).

BACON

147.

BALZAG

ANSELMO

DE C A N T O R B E R Y

38-40,

44,

148,

403.

(L.). 429.

46,

340-344,

369-371, 401-404,

417,

420,

408, 411, 421,

423¬

v.).

60,

162,

255,

256.

285.

36. 30,

31,

51,

198, 316. 23,

373,

87,

185,

374, 404. (IBN

74,

GEBIROL).

75,

78,

87,

187, 189. 88,

185¬

202, 251, 259, 334, 364, 374,

(FRANCISCO). (ROGERIO).

45,

241, 335, 336, (J.-L.

GUEZ

244. 1 0 8 , 1 0 9 , 1 1 i, 365, 367. DE).

401. (SAN).

66-69,

350¬

373-381.

404.

BACON 118,

267,

288, 296.

413.

370, 381.

ANDRIAN

17,

188,

160.

ANAXÁGORAS.

(H.

AVICENA.

63, 302.

265,

429, 430.

AVICEBRÓN

(ANDRÉS

ORATORIO).

AMMONIO

386,

ATENÁGORAS.

364, 35,

364,

416,

AVERROES'.

185 (P).

GAZALI O ALGAZEL. 4 0 4 .

DEL

385,

163,

403.

285,

335-338,

383,

ARNOBIO.

255.

61,

283,

299, 303, 310, 312, 317, 321,

362,

ARNIM

259-261,

282,

357,

425,

96.

299.

ALFARABÍ.

255-257,

278-280, 298,

87-90,

227, 229, 234, 235, 241, 242.

413-414,

ALEJANDRO

187,

246,

324-326,

267.

CLAIRVAUX.

99,

168,

417, 418, 422, 425, 426, 429.

DE

92,

127,

413,

ALCHER

6,5,

262,

394,

MAGNO

59,

287-291,

256,

390,

ALBERTO

37,

55-57,

1 1 9 , 1 2 1 , 122,.

306-308,

(PSEUDO).

18, 23, 34,

76-85,

299-301,

AGUSTÍN

16,

48-50,

112, 118,

297

399, 400,

14,

46,

102,

296,

369,

421.

191, 215,

285,

337-346,

30.

79.

72-74,

238-240,

364,

(G.).

101,

189,

280-282,

356-361,

ARISTIPO.

ARISTÓTELES. 42,

267,

318, 325-330,

300, 301, 349, 379

(SAN).

38,

266,

V

ARCHAMBAULT ARÍSTIDES

178,

163-167,

219, 223, 224, 226, 228, 229,

232-234,

Ai

310,

322, 323, 420.

93,

16, 130,

BARBITT BARTH

(IRVING). (H.).

215.

235.

230,

360,

436

ÍNDICE

BARTH

(K.),

215.

BARTHOLOMEUS BARTOLOMEI

DE

(T.

160.

BARUZI

(J.).

M.).

(SAN).

BAUDRY

(J.).

BAUDUX

(B.).

433.

400,

55,

402.

433.

BEETHOVEN.

(H.).

127.

73.

23.

BERNARDO

DE

GLARAVAL

(PSEUDO).

59,

DE

105,

CLARAVAL

115,

125,

218-222,

261-266,

276,

287,

281,

387-392,

BERNARDO

SILVESTRE.

BLANC

345,

396,

DE

BEUZART

134,

289,

395,

(SAN).

269,

BERNARDO

206,

207,

209,

228,

229,

233,

242,

246,

281,

282,

288,

289,

301,

302,

318,

343,

347,

363,

365,

42,

207,

CALLAS.

210,

(H.).

131,

384,

CASTELLI

Y

426,

431,

337-341,

(C.

401,

(J.

429.

B.).

220,

(CH.).

BRANIS

(CH.

118,

197,

418,

BRINKMANN

405.

14,

19, 426, 162,

(JOB,). (V.).

(J.). (SAN).

BRUNSCHVICC

77,

(R.). 37,

(E.

DE).

328,

65, 106,

DE

432.

COFFEY

414,

417.

Cohorlatio

298,

COLLIN 330,

331.

67-69, 108,

126,

129,

130,

154,

155,

165-171,

143,

COMBES COMTE 357,

213,

220,

229,

42,

45,

72,

76,

79,

109, 145, 177,

101,

162,

297,

299,

335. 363.

405. 230.

111,

296,

341. ALEJANDRÍA

(P.).

(SAN).

58.

330.

DE

ALEJANDRÍA

(P.).

(SAN).

420.

ad Graecos, (R.). (A.). (A.).

230. 25,

361,

42,

CONDORCET.

47,

M.-J).

57,

COPÉRNICO.

80,

COUSIN

43,

256,

356,

372.

CONOAR

(P.

77, 80. »

114.

CONSTANTINO. 16,

349,

79.

429,

428.

(SAN).

31,

41,

79,

TROYES.

CICERÓN.

413,

411.

(L.). 428.

(P.).

CIBOULE

326,

56,

(PROF.).

428,

115.

357,

BUENAVENTURA

54,

432.

195,

403,

37,

17,

421.

DE

CLEMENTE 20,

15,

(J.).

334,

CLAUDEL

J.).

213.

D.).

427.

CIRILO

(FR.).

99,

361.

164.

BRÉHIER • ( £ . ) .

60-62,

360,

16.

BOYER

BRUYNE

230,

432.

426.

(P.). (M.

CHRIST

432.

.' 432.

M . ) .

(H.).

CHRÉTIEN

432.

283.

336.

163.

CHARLIER

418,

294.

365.

(ENR. ).

CECILIO.

340.

134,

ARTAU.

(R.).

CERVETTI

386.

.

363,

CARRERAS

349,

417.

(J.).

CARTÓN

135.

DU).

BOUCHITTÉ.

265,

334.

CARLOMAGNO.

275,

284-286,

(PHIL.). (ÉT.).

BRUNO

415,

200.

CHOISNARD

BRÜCKEK

386,

199,

215,

343.

BROCHARD

384,

417.

CHEVALIER

117,

378,

(ED.).

213,

432.

BRENTANO

373, 427.

(J.).

270,

403.

GHARTUES.

(MAURICIO).

BOSSUBX

360,

CAIRD

CHENU

(CH.

340,

359,

CAIRD

CHARRON

BORNE

338,

357,

(E.).

413.

BOHNER

322,

356,

411.

117.

BOEHMER

321,

BURNET

(P.).

BOECIO.

210,

348,

BUHLE.

(LUIS).

BLONDEL

96,

204, 222,

CALVINO

222. BERNARDO

58,

201, 217,

95.

BERKELEY.

Bos

189, 214,

423-425,

428.

VENERABLE.

BERGSON

201.

24.

BASILIO

EL

BARBERIS.

NOMBRES

310-312,

BARUC.

BEDA

DE

115,

360,

349.

163.

244.

(V.).

111,

116,

146,

148,

DALBIEZ

(R.).

185,

187,

DANIEL..

135.

405,

113.

413.

361.

'

;

ÍNDICE DANTE.

83,

DAVID

DE

84,

141,

DINANT.

DECHAMPS

(P.).

DE

(M.).

CORTE

DELLA DEL

VOLPE

PRADO

DEMAN

49.

105.

91,

415,

420.

322.

161,

'

100,

101,

124,

299,

329.

232,

236,

222,

61-63,

228,

254,

O EL TIRANO. 21,

73,

22,

86,

25,

87,

32, 98,

118. 62, 111,

112,

215,

216,

229,

232,

243,

294,

295,

369,

372,

375,

386,

402,

405,

412.

DIELS

(P.).

(H.). (A.).

344,

346,

369,

386,

403.

FAYE

53,

90,

DE

53,

91.

55,

(J.).

FERNÁNDEZ FERRARI

336,

157,

158,

(SANTO).

(RAMÓN).

(A.-M.).

FEUERBACH

(L.).

FICHTE.

(FR.).

ELÍAS.

224.

ELSER

(K.).

76,

(H.).

336,

(A.).

(SAN).

57,

58,

66,

(LUIS

403.

426,

427.

117,

146.

GARIN

417. 118,

GANTE.

195, 262, 33,

162. 246,

381,

75,

85,

87,

189,

DE).

ASÍS

DE

SALES

(M.

(P.).

378,

400,

401,

327. 16,

124,

223,

DUNS).

130,

45, 102,

132,

18,

38,

(SAN).

228.

227,

DE).

432. 228.

295. 69.

(E.).

GÉRANDO

(DE).

(B.).

344.

294,

188,

189,

378,

422,

411.

183. 295.

(É.).

22,

201,

42,

43,

202,

427,

311,

(V.).

379,

380.

GLOREUX

(P.).

204,

205.

GOETHE.

99,

185,

365,

377,

333,

377,

428.

GIOBERTI

29.

GOUDIN

(Z.).

415.

(ANT.).

59,

64-

104,

116,

GOUHTER

149,

379,

143,

(SAN).

217,

GEBHART

GILSON

55.

88, 89, 97, 127,

377.

410.

262.

GONZÁLEZ

(JUAN

LA).

DE

(A.).

GIBIEUF.

421.

377,

ERIGENA.

DE

177.

GEYER

321.

421.

381, 34,

(U.

68, 80,

369.

428.

(LUIS).

GARDEIL

415.

48,

DE

122-124,

409,

343, 304.

215,

400.

ESCOTO

74,

412,

FULGENCIO.

226.

(JOH.).

399,

15,

JUDÍO.

206,

135,

403.

ESCOTO

298,

48.

EL

GAUNILON.

EMPÉDOCLES.

ERNST

304,

375.

FRANCISCO

334.

EHRLE

ERCILLA

431.

294,

FESTUGIÉRE

GANDILLAG

(V.).

ERASMO.

69.

367.

403.

EPICURO.

65,

18.

426.

105,

EPICTETO.

55,

426.

100.

DE N I S I B I S

ENRIQUE

413.

(J.-A.).

FRANCISCO

ECGER

158.

370.

(]'.).

(G.).

278,

377-379,

349.

(P.).

DURANTEL

EFRÉN

375,

343,

65.

52,

FOUCHER

ECKHART.

294,

335,

201.

FORGE

DURET

248-253.

322,

374,

399,

DE).

FENELÓN.

FILÓN

GUZMÁN

(ABATE).

DUHEM

246,

285-287,

318,

54,

174. 217,

48. 52,

(H.).

DOÜRIF

241,

171, 215,

316.

(E.

201, DOMS

170, 214,

281-283, 308,

FOREST DOMINGO

240,

302,

FOCILLON DIES

167, 207,

301,

FILOLAO.

DESCOQS

155,

258,

FERCHI.

(R.). 69,

(SAN).

153,

DIONISIO EL V I E J O

68,

199-202,

FABRE

297,

66,

154,

433.

AREOPAGITA

DESCARTES

151, 177,

EZEQUIEL.

DlÓGENES. 4 2 1 . DIONISIO

3

4 7

EUSEBIO.

381.

N.).

NOMBRES

257,

429.

(G.).

(TH.).

(O.

419.

48,

(N.).

DEMÓCRITO. DERISI

387.

105.

(CAKD.).

DEGHAHME

DE

(H.).

402,

401, 23,

428.

39,

404. 151,

438

ÍNDICE

GREGORIO 183,

DE

214,

NISA

223,

(SAN).

GRISON

IX.

377,

(SAN).

58,

63.

(M.).

26.

GUIGNEBERT

(CH).

GUIGUES

EL

II

422.

DE

AUVERNIA.

GUILLERMO

DE

AUXERRE.

GUILLERMO

DE

263,

276,

74,

96.

61.

OCKIIAM.

275,

GUIRAUD

45,

236,

SAINT-THIERRY.

276,

(J.).

261,

396.

432.

413.

GUSSETIUS GUYOT

(CHRYS.). 4 0 1 , 4 0 4 .

JENÓFANES.

48.

JENOFONTE.

214.

98,

102, 104,

(ABATE).

377,

(O.).

(G.).

281, 308.

280,

HARNACK HAVET

22,

(AD.).

66,

35,

90,

HERBERT

241,

(SAN).

HOCEDEZ

(E.).

HOMERO.

310,

HONORIUS

DE

400. O

AUGUSTODU-

HUMBERT

(A.).

(£>.).

287,

96, 289,

278, ISAAC

93,

31,

97,

106,

356.

95,

ISIDORO

38, DE

JAEGER,

50.

(SAN).

DAMASCENO

278,

138, 278,

(SAN).

61-63,

123,

281, 309, 321.

JUAN

DE J A N D U N .

JUAN

DE S A L I S B U R Y .

JUAN

FILOPONO.

JULES

D'ALBI. DE

373. 14, 363.

188.

423.

ECLANIA.

129,

131, 256,

327, 338, 399.

JUSTINO

(SAN).

39,

180,

51,

20, 316,

29-33,

36,

37,

402, 407.

21, 24, 43, 66, 92, 209, 243,

77,

116,

117,

238.

138. SEVILLA

(SAN).

(ABATE).

413.

206.

163,

313,

KLEUTGEN.

314,

329-331,

19.

KOCH

(Jos.).

405.

KORS

(J.-B.).

133.

KOYRÉ

(ALEX.).

KRAUS

(J.). 202.

KREMER JACQUINOT

32, 37, 72, 75,

393, 405. CRISÓSTOMO

KANT.

358.

407. ISRAELI.

ISAÍAS.

20, 25,

400.

23,

(SAN).

118, 119,

76.

244, IRENEO

79,

121, 138, 144, 265, 300, 344,

289,

432.

283,

77,

429, 432.

267.

JULIÁN

SAINT-VÍCTOR.

282,

HUME

403.

356.

(J.).

220,

58,

322.

D'AUTUN

NENSIS.

179,

403.

38. 143,

32, 33,

178,

(J.). 135.

(SAN).

JUAN (SAN).

29,

169,

(E.). 220.

JUAN

340.

POITIERS

HIPÓLITO

HUBY

420.

28,

DE F L O R A . 3 6 3 .

165,

345,

242.

GHERBURY.

27, 160,

(R.). 53,

110,

36.

HILARIO DE

24, 115,

363, 364, 393, 403, 412, 421.

JOWET.

426.

130, 278,

351,

JUAN

415,

62,

230, 256, 293, 344, 345, 348,

JOSUÉ.

417-419.

TRIMEGISTO.

HERMIAS.

337.

414.

409,

33,

DE

HERMES

200,

61,

224,

JOVY 20,

361,

HERÁCLITO.

HUGO

56,

(ERNESTO).

HEGEL.

(SAN).

293, 316, 321, 322, 400, 403.

JOLIVET

360.

59, 97,

128, 130,

170, 171, 174, 200, 202, 207,

134,

HARDY

127,

154,

JOERGENSEN

404.

123,

215,

JOAQUÍN

(JAC).

HAMELIN

315, 319.

JESUCRISTO. DE

149, 228, 236, 433.

131.

JERÓNIMO

400.

GUILLERMO

GUIZOT.

(B.).

JANSENIO.

JERÓNIMO DE M O N T E F O R T I N O ,

CARTUJO.

388.

270,

(W.). 88.

JEREMÍAS.

GUILLERMO

379,

JAMES

JAVELIO

334.

158.

GUÉROUXT

NOMBRES

JANSEN

378.

(ABATE).

GROO.

138,

278.

GREGORIO NACTANCENO GREGORIO

58,

DE

KROLL

67.

(R.). 428. (J.). 340.

356, 372.

ÍNDICE LABERTHONNIÉRE LACORDAIRE

(L.). 89, 419.

(M.

LACTANOIO.

D . ) .

36,

LAGRANGE

37,

LAMARTINE.

413.

114. V . ) .

(A.).

116, LEÓN

24,

376. 80,

86,

414.

CONFESOR.

65,

(H.).

(A.).

LONGPRÉ

347.

58,

LOTTIN

(OD.).

LUCRECIO. LUTERO

283,

322. 329.

161.

376-378,

383,

134,

384,

MAHOMA.

276,

280,

403,

294,

417.

MAINE

388.

DE

44,

BIRAN.

MALAQUÍAS.

66-69,

80,

39,

95,

114.

23-25,

(P.).

MOLINA.

294.

(P.

MARC MARCO

44,

85,

129, 382. 51,

159,

267.

41,

60,

61,

79,

83,

39,

114.

149,

226,

NOEL

(L.). 433.

NUMENIO.

OLIVI

VÍCTOR.

45.

59.

53.

(FR.).

(PEDRO

97. JUAN).

143,

149,

226,

236. 65,

75,

183,

OROSIO

(PABLO).

OVIDIO.

261, 270, 383. (A.

278,

38Í.

360.

F.). 411.

AMBROSIUS

(SAN).

15,

27-29,

32-35,

115,

128,

139, 153,

178,

179,

240,

253,

288-290,

349,

377,

391,

403,

413,

( G ) .

352.

PARÍS 117.

D . ) .

107, 421. 410.

228,

326. VER

(CARD.).

(A.

PABLO

(ANDRÉS),

(J.).

90.

183.

NOCK

OZANAM

276. (J.).

(E.).

ORÍGENES.

430.

301.

MARTHA

NAVILLE

OLGIATI 160,

381.

(ROGER).

MARTÍN

(G.). 51, 59,

228,

379,

(J.).

MARTÉNE.

MARTIN

16,

162, 420, 423, 431, 432.

MARSTON 233,

15,

431.

(©,).

MARITAIN 140,

117,

AURELIO.

MARCEL

(R.). 55, 83.

MURRAY

D'AUTRECOURT.

185, 335, 338, 340, 343,

(A.).

421.

NICOLÁS

412.

(SAN).

76,

372,

356,

(P.).

25.

432.

(AUG.).

402,

37,

55,

NICOLÁS

333,

MARCOS

E.). (F.).

24,

217.

NEWMAN

399,

MANES.

213,

145,

229,

425.

(W.-P.).

MONTAIGNE.

143,

166,

424,

428.

39, 52, 53, 55,

379,

162,

224,

409.

137,

149-151,

100,

64, 120,

171, 210,

98,

375-377, MANDONNET

159,

(G.).

MONNO

NEMESIO.

93,

62,

364.

72.

MALEBRANCHE.

61,

95.

MUGNIER

85,

163.

59,

100, 102, 105,

141, 156,

MORE

404.

MAIMÓNIDES.

395.

335, 340.

37,

58,

68, 72, 83,

MOURRET MABILLON.

54,

MONTAGUE 131,

G.).

(FÉLIX).

MOLIERE.

159, 267,

( M . ) .

422.

( M . ) . 59.

MOLENKAMP 201.

277,

(SAN).

226,

420.

419.

(ÉPHR.).

R.).

(P.

53

121,

75.

145, 149,

(W.

EL

MOISÉS

26.

267,

239.

MÁXIMO

MINUCIO

32,

73,

218,

(M.). 411.

MEERSEMAN

66,

51,

160,

414.

MATTHEWS

MEUNIER

(A.).

159,

316,

233-236,

92,

LESTIENNE

LUCAS

315,

MATTER 108.

360.

25,

XIII.

LOISY

(SAN).

277,

143, 347, 356, 372, 408, 412.

LESSING.

LODS

(A.). 433. 276.

228,

(P.).

(G.).

MASNOVO MASSUET,

M A T E O D'AQUASPARTA.

(CH.

LANSON

NOMBRES»

MATEO 75.

(A.). 349.

LANGEVIN

LEIBNIZ.

163.

50, 54, 55,

LANGLOIS

LECERF

412.

39,

(M.-J.).

LANDGRAF

DE

PARMÉNIDES.

52.

81,

160, 163, 176, 325,

417.

440

ÍNDICE

PASCAL

(BL.).

217-220, 360,

24,

229,

113-116,

230,

DE

179, 213,

265, 266, 351,

PASCAL

( G . DE).

(JUAN).

129, 340.

PERRAUT

D'ABLANCOURT.

349, 383.

RIMAUD

37.

417,

(J.). 425, 428. (H.).

420.

246,

238.

(L.). 56,

115, 346,

LOMBARDO.

302,

276. 287-300.

319, 322, 342.

PINEAU

(J.

B.).

PLANTEFOL PLATÓN.

14,

48,

76-80, 118,

16,

87, 127,

30, 59,

88,

165-168,

80, 34,

62,

90,

134,

Ross

36-38, 66,

92,

71,

100,

DE

JOURNEL.

43,

ROUSSELOT

72,

RÜCKERT

112,

171,

176,

180-188,

196, 208, 225, 229, 232,

RUFINO.

SABRIÉ SACY

(J.-B.).

364,

369, 370, 374, 375, 381, 385,

SALIMBENE

401,

411, 413, 420, 426, 429.

SALOMÓN.

161.

SALUSTIO

(EL

SALVIANO.

360.

288,

PLUTARCO.

PORFIRIO.

PUECH

310, 357,

360. 118-121,

181, 230, 232, 369, 381,

48,

POMPONAZZI.

PROCLO.

304-306,

35, 37, 54, 67, 90,

421, 426.

77,

SAINT-PIERRE 111,

54,

117.

134, 319.

180.

RAIMUNDO

SEBOND.

(P.).

REMBRANDT.

106.

403.

(F.). 83. 106.

420.

86,

59, 119.

(G.). 404, 405.

( M . ) . 14, 421:

SCHMIDT

(M.). 217. (P.

W.).

SÉNECA.

36,

(A.-D.).

298, 325, 330,

95.

(D.-E.).

SHOREY

(P.).

143, 200. 55.

( C . ) . 19.

SIGER DE B R A B A N T E . 423.

331, 375.

430, 432.

SHARP

SIERP

75.

(A.).

195, 381.

SHAKESPEARE. LULIO.

DE).

SCHELLING. 3 6 1 .

331,

(E.). 410.

RAVAISSON

287, 388.

344.

FILÓSOFO).

SCHOPENHAUER

RAIMUNDO

RAMUS

75,

213.

(FRA.).

SERTILLANGES QUINET

272,

(BERNARDINO

SANSEVERINO

SCHMAUS

420.

51,

63,

112.

SCHELER

77. ( A ) .

62,

213.

( M . DE).

267,

165,

199,

278.

260,

146,

196,

J.). 405.

235, 240, 241, 246, 247, 259,

417,

58,

(P.). 33,

(L.

234,

DU).

162,

157, 158, 160, 162,

170,

(J.

66,

179, 215, 216, 278.

193,

PLOTINO.

432.

D . ) .

191,

PLESIS

74,

162, 416.

(BL.).

(W.

ROÜET

112.

50-56,

50,

200.

34.

(L.).

(E.).

ROMEYER

226, 282,

(M.-D.).

186. ROLFES

GELLE.

108, 109, 239,

157.

ROLAND-GOSSELIN (SAN).. 15,

283.

GROSSETESTE.

336.

ROBÍN

411.

LA

178, 210, 405,

(A.). 76.

ROBERTO

377.

PEDRO

24, 89,

410.

163.

DAMIÁN

207, 216,

230.

R O B E R T O DE M E L U N .

(O.).

143, 322.

SAINT-VÍCTOR.

220, 224-226,

RIVAUD

(J.).

PEDRO DE

46,

DE

RITTER

(J.). 294.

IX.

PEDRO

348,

334.

PIEPER Pío

327,

(R.).

112.

RICARDO

PELSTEK.

PICHÓN

(A.).

18, 143, 149, 201,

PELAOIO.

PFLEIDERER

195.

320.

R I C A R D O DE M I D D L E T O N .

219,

PETEAU

(CH.).

(O.).

(El). 7 9 .

301.

PERSIO.

(A.). 400.

RENOUVIER

REYMOND

415.

de Hermas

PECKHAM

RENAUDET

RENZ

421.

Pastor

NOMBRES

16, 85, 162, 185,

ÍNDICE SILVESTRE

DE FERRARA.

SIMÓN

DE T O U R N A I . 2 0 6 . (H.

SÓCRATES.

D . ) . 272.

33, 36, 196, 199, 200, 213,

214,

217-230,

SOLAGES

(BR.

SOURIAU

( M . ) . 431.

SOUTER

303.

214-217,

222,

238-240,

243, 246-249,

258,

260, 265, 266, 270-272,

275,

277, 279, 281, 282,

SpALATINO. 3 8 3 .

355, 375,

STIRLING

(J.

STOCKL

( F . VAN). 4 3 2 .

H.). 415.

( A . ) .416.

SUÁREZ

(FR.).

SYNAVE

(P.).

90,4 0 1 .

TAULER.

157,

32, 36, 180. 226.

TAYLOR

(A.

E.).

5 1 ,

55,

76, 100,

TERTULIANO.

377-379,

de Aristóteles. DE

TOMÁS'

77, 80,

21-24,

DE Y O R K . 2 0 0 .

TOSSAINT

( C . ) .28.

TRULLARD

(J.). 4 1 0 .

82-85,

DE

RAULICA.

VICENTE

DE

VICENTE

FERRER

BEAUVAIS.

412,415. 363.

(SAN). 4 0 3 .

(P.). 4 5 .

VIRGILIO. 4 0 0 . DU

FOUR. 2 2 2 . 115, 116, 358.

(WATKIN

42-46, 70,

87-91,

72,

WULF

(SANTO). 50, 74,

15-18,

54-56, 75,

93, 96-104,

Wust

221, 262,

( A . ) . 276. 109.

WITTMANN

AQUINO

W.).

388-390.

WITELO.

( L . ) .4 0 3 .

420, 421.

294.

WILMART

413.

33,

(CL. G. J.).

WICLEF.

384,

(AUGUS.). 4 1 3 .

64-66,

389-401,

427, 429, 430.

WILLIAMS

DE V R I E B E R G . 1 0 9 .

DE

384-386,

425,

WEBB

31,

(G.). 105, 226.

THOJÍASSIN

59,

186.

ANTIOQUÍA.

128, 163,402.

THIERS.

332,

3 4 6 ,3 4 7 , 349-351,

28, 134, 180, 278,407.

Teología

THIERRY

311-313,

327-329,

TOMÁS

VOLTAIRE.

TEÓFILO

THIERRY

286-289,

4 0 8 , 4 1 2 , 4 1 3 , 4 1 5 , 4 1 6 , 420¬

VITAL

334.

TENNEMANN. 4 1 1 .

Í27,*

320-322,

252¬ 2 7 4 ,

403,

VIGNAUX

158, 181,

THÉRY

308, 309,

232,

44, 45.

(S.). 4 1 4 .

TACIANO.

226-228,

3 5 6 , 3 6 3 , 3 6 6 , 3 6 7 , 3 6 9 , 372¬

VENTURA TÁLAMO

306,

334-338, 340-344,

( T . ) .402.

165-175, 197,201¬

211,

316-318,

66, 372, 375,428.

162,

236,

SPINOZA.

STEENBERGHEN

155,

181, 185, 188-193,

292-302,

DE). 4 3 1 .

(A.).349.

SPIZELIUS

146-153,

177,

(YVES). 4 3 3 .

44 i

NOMBRES 143,

44.

SIMÓN

SIMONIN

DE

( M . ) . 277, 285, 286.

( M . de). (P.).

1 6 , 4 2 0 ,4 2 7 .

4 2 9 ,4 3 0 .

58,

77-80,

107-109,

113,

116, 120, 121, 123-125,

127,

128,

130, 132, 133, 138-140,

142,

Zeller Zeltner Zigliara

(Ed.).

162, 414,417.

(Herrn.). 4 2 9 . ( T . M . ) ) . 415.

BIBLIOTECA DEL

CINCUENTENARIO

El ocio y la vida intelectual Josef Pieper

Psicología abierta Joan Baptista

Torelló

La unidad de la experiencia filosófica Etienne

Gilson

Charlas en televisión a

Ángel M.

García

Dorronsoro

El trabajo intelectual Jean

Guitton

La idea psicológica del hombre Viktor E.

Frankl

Fundamentos de Filosofía Antonio

Millán-Puelles

La fe ante el reto de la cultura contemporánea Josef Pieper

Ética del quehacer educativo Garlos Cardona

Pescador

Léxico filosófico Antonio

Millán-Puelles

Las Corres de Cádiz Federico Suárez El espíritu de la Filosofía Medieval Etienne Gilson Introducción a Tomás de Aquino. Doce lección JosefPieper Introducción a la metafísica Rafael Gómez Pérez La vida en España en tiempo de los godos José Orlandis Una teoría de la fiesta josef Pieper Filocalía o Amor a ia Belleza Pedro Antonio Urbina L a minoría cristiana Rafael Gómez Pérez

•

E S T E LIBRO, P U B L I C A D O EDICIONES RIALP, S . ALCALÁ, 2 9 0 . 2 8 0 2 7

POR A.,

MADRID,

S E T E R M I N Ó D E I M P R I M I R E N A N Z O S , S. FUEN LABRADA EL D Í A 16

(MADRID),

DE NOVIEMBRE DE

2009.

L.,