75178742 Elizabeth Clare Prophet o Discipulo e a Senda

O DISCÍPULO E A SENDA DA MENSAGEIRA DA GFB ELIZABETH CLARE PROPHET Índice CAPÍTULO CAPÍTULO CAPÍTULO CAPÍTULO CAPÍTU

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O DISCÍPULO E A SENDA DA MENSAGEIRA DA GFB

ELIZABETH CLARE PROPHET

Índice

CAPÍTULO CAPÍTULO CAPÍTULO CAPÍTULO CAPÍTULO CAPÍTULO CAPÍTULO CAPÍTULO CAPÍTULO CAPÌTULO

I II III IV V VI VII VIII IX X

Chelas da Vontade de Deus: Chelas do Oriente e do Ocidente: Chelas no Caminho da Mestria Pessoal: Chelas do Núcleo de Fogo Branco: Chelas Centrados na Chama e Outros que Desejam o Mesmo. Chelas que Também Desejam Vir a Darjeeling: Chelas da Vontade da Liberdade, Os chelas que desejam tornar-se mensageiros dos deuses: Chelas que Acumulam um Impulso para um Propósito: Chelas suspensos na rede da consciência cósmica

CAPÍTULO I

Chelas da Vontade de Deus: Os altos pinheiros de Darjeeling agitam-se em contraste com a luz matinal. Nasceu um dia. É um dia de oportunidade. Tal como o conhecimento que ao não ser usado se perde, também o conhecimento destituído de amor é frágil. As brumas no sopé dos montes servem para regar a vida. E o amor do Espírito Santo nutre a alma em tempos de aflição. A senda que conduz à nossa morada é íngreme. O percurso está semeado de perigos desconhecidos; porém, os cumes do orgulho são mais escarpados que as alturas desconhecidas. Eu venho desimpedir o caminho para os chelas da vontade de Deus – para os que querem tornar-se chelas dos mestres ascensos. Deverá ficar claro desde o início que nem todos os que lêem as palavras dos mestres ascensos ou escutam a nossa palavra são necessariamente contados como chelas da nossa vontade. Deverá ficar bem claro que há requisitos. Como as lascas de madeira que voam quando os pinheiros da floresta são derrubados, assim sopram os ventos de Darjeeling. Que o chela indigno seja afastado da nossa senda. Nós abrimos caminho com um nobre propósito: o enobrecimento de uma causa e de uma raça. A Hierarquia disse também: "Que as lascas caiam onde caírem!" O olhar intenso do verdadeiro Mestre recai sobre os corajosos. Os de fraca vontade, incapazes de olhar para a sua própria imagem, mal podem receber o nosso olhar. Eu escrevo para os que têm vontade de mudar, pois a transmutação é o requisito desta hora. Dirijo esta série aos que avançam no vento do ciclo aquariano. Aos que desejam entrar na nova dispensação, mas não sabem que caminho tomar, eu digo: existe uma senda. Passo a passo, ela foi talhada pelos iniciados do fogo sagrado. Ao longo de milhares de anos, os devotos, de pés descalços, deixaram uma vereda sobre as rochas. Nós conhecemos o caminho. Também vós podeis conhecê-lo. Em apoio a Saint-Germain, Mestre da Era de Aquário, expoente da chama da liberdade para os homens, eu coloco a jóia da minha coroa no altar da Grande Fraternidade Branca, para que os que se perderam no caminho possam encontrá-lo de novo. Como dizem as Escrituras, "Há um caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim conduz à morte."1

O caminho que parece correto é o caminho da razão – não a do eterno Logos, mas sim a da consciência sujeita às leis da mortalidade. Por isso os seus caminhos são os caminhos da morte da consciência crística. Eu venho trazer vida na tradição do Mestre da Galiléia. Ele veio para que todos tivessem vida, e que a tivessem em abundância2. O seu caminho é o caminho da graça. A sua graça lubrifica os mecanismos da lei e a engrenagem dos dentes dos atos de justiça. Eu desejo libertar os que desejam ser libertos. Enquanto não reconhecem as trevas, os homens não procuram alcançar a luz. Assim, o primitivismo do materialismo e de uma civilização mecanicista continua sem ter quem o desafie. Para desafiar, os homens precisam de uma espada; e a espada é a Palavra sagrada da verdade para esta era. O Conselho de Darjeeling é uma unidade da Hierarquia. Eu sou o seu chefe. Entre aqueles que deliberam nas nossas câmaras contam-se Saint Germain, Maria, a Mãe, Jesus Cristo, o Mestre Kuthumi, Chananda, o Grande Diretor Divino, o Senhor Maitreya e o Mestre Ascenso Godfre. Com a assistência de muitos chelas não ascensos, servimos a causa da vontade de Deus entre os homens, nos governos das nações, nos conselhos econômicos, nos estratos sociais, nas instituições de ensino, e acima de tudo nos corações de diamante dos devotos. Os que vêem desmoronar-se a velha ordem procuram a nova. A senda do discipulado é o caminho de transição. Aos que desejam chegar à estação do novo ciclo fornecemos respostas e uma fórmula. E não há como voltar atrás. Naqueles em quem o egoísmo não desfigurou a visão do novo dia existe o desejo ardente de ser livre e de tornar essa liberdade acessível a todos. Foi esse o objetivo do Conselho de Darjeeling ao fundar a Summit Lighthouse em Washington, D.C., em 1958. Com começos humildes, embora a tocha da nossa confiança fosse passada por Deus e ancorada no coração de um grupo de devotos, construímos a nossa organização – um ramo exterior da Grande Fraternidade Branca, um fórum para a vontade de Deus, um foco para a pureza do seu núcleo de fogo. Mark Prophet – e mais tarde a sua chama gêmea Elizabeth – foi treinado por mim para ser um Mensageiro da hierarquia de adeptos composta por todos os que se graduaram na escola da Terra com menção honrosa. São os que se tornaram senhores das leis do seu próprio carma e que, procurando atingir a luz búdica, foram lançados da roda da reencarnação. São os mestres ascensos, cujas almas foram elevadas à gloria da vida universal e triunfante. Pelo seu esforço no caminho, pela excelência da sua autodisciplina e pela graça de Cristo, são os vencedores3. Não tendo sido achados em falta em nada, entraram em comunhão eterna com a fonte da realidade através do ritual da ascensão. Para ascenderdes ao plano da realidade como eles ascenderam, deveis armazenar na vossa alma o impulso de poder, sabedoria e amor. Para

transcender planos da consciência, para dar um salto gigantesco até chegar nos braços de Deus é preciso que haja um impulso. Por isso, fazei descer da nascente da vida, da fonte de chama viva que Deus Todo-Poderoso ancorou dentro do vosso coração, o impulso de fé, esperança e caridade. Quer sejais cristão, judeu, muçulmano, adepto do budismo zen, ou nada disso, ficai sabendo, vós que procurais uma realidade superior, que podeis caminhar na senda iniciática onde quer que estejais. Mas tendes vós que dar o primeiro passo. A minha responsabilidade é de orientar e guardar: a vossa, de seguir. Com todas as faculdades da mente, do coração e da alma, vós traçais o curso da vossa vida. Se assim o desejardes, os elos da Hierarquia e da iniciação por intermédio da Hierarquia podem ser sobrepostos à vossa trajetória. Se não desejais ser iniciados, se não ansiais substituir o velho homem pelo novo4, se não tendes o desejo de liberdade, não podereis magnetizar as moléculas do nosso momentum na senda, nem magnetizareis a mente do Grande Iniciador, que vos traz não somente as provas, mas também tudo o que precisais para passar nas provas. A Hierarquia vem revelar a verdade a esta era. Nós reunimos os átomos da autodeterminação. O novo ano é a porta aberta para a iniciação. O nosso chamado é dirigido aos muitos que amadureceram, que estão prontos para serem recebidos pela sua identidade críptica. Sim, porque os Senhores do Carma deferiram uma dispensação permitindo que um milhão de almas evoluindo presentemente neste planeta – um certo milhão cuja hora evolutiva chegou – recebam uma assistência acima do comum na senda da vida. Elas sentirão as emanações da nossa palavra. Saberão o que é a presença dos mestres ascensos. Embora invisível ainda, essa presença será claramente assinalada por uma orientação divina e por uma inspiração que conduzirá a soluções para problemas atuais no mundo. Dito esta série a chelas em todo o mundo por intermédio da nossa Mensageira, Elizabeth Clare Prophet, chamada por Saint Germain a ocupar o cargo de Mãe da Chama. Que todos aqueles a quem a chama da sua própria consciência impele a seguir a elevada estrada da realidade interior escolham seguir a senda dos eleitos de Deus. Foram estes que ao longo dos séculos e em todas as ocupações da vida, quer dentro da Igreja quer fora dela, escolheram as legiões da Sua vontade. Eles uniram-se para definir as leis da ciência, da matemática e a geometria da alma; dedicaram-se à cultura, à educação, às artes e à música devido ao desejo de se fundirem com as leis do cosmo que são a vontade do ser de todo homem. Que todos os que percebem a necessidade de alimentar a chama da consciência se preparem para colaborar com a Mãe da Chama e com os Mestres de Darjeeling, para a iluminação da raça através da autodisciplina do eu. EU SOU um mentor do Espírito, El Morya

CAPÍTULO - II

Chelas do Oriente e do Ocidente: A forma-pensamento para o ano de 1975 divulgada pelo Senhor do Mundo, Gautama Buda, na véspera do Ano Novo, é um imã da mente de Deus: "uma jóia multifacetada focalizando a chama da mente de Deus, uma gema que não é deste mundo, nem parecida com os cristais deste plano. No centro da jóia está essa chama da mente de Deus. [...] Esta jóia fica ancorada no plano etéreo do planeta, no retiro de Shamballa. E o fogo da mente de Deus ali focalizado servirá para acelerar a consciência da humanidade no caminho da verdade e na restauração do equilíbrio, da visão que imbui a mente com o amor que permite à vida comunicar uma gnose do Logos"1. Os sete santos Kumaras, senhores da chama de Vênus, são os patrocinadores do desenvolvimento mental da humanidade. Ao longo dos milhares de anos da história da Terra, eles têm surgido em certos momentos auspiciosos para elevar as energias da consciência, para acelerar a ação da mente crística, para polarizar as energias humanas nos chakras superiores. Assim, o ancorar (em todos os que fizerem o chamado) da jóia que é a réplica da mente de Deus – no nível etéreo, entre as glândulas pineal e pituitária – destina-se a ativar a chama do Logos para incrementar ainda mais as iniciações de um planeta e de um povo na senda da Hierarquia. Do mesmo modo que existem muitos aspirantes a chela no mundo, existem também muitos outros que poderiam ser chelas, mas que nada sabem sobre a senda ou sobre o discipulado. Há outros ainda que, por falta de contato exterior com os nossos representantes, caminham na terra como chelas, mas não sabem que o são nem que recebem a nossa orientação na senda. Que é, então, o discipulado? "Chela" é um termo que significa estudante ou discípulo de um mentor espiritual. Deriva do hindi "cela", por sua vez derivado do sânscrito "ceta", que significa escravo. Na tradição oriental do discipulado, reconhecida há milhares de anos como o caminho da mestria pessoal e da iluminação, aquele que deseja ver-lhe comunicados os mistérios da lei universal pede ao Mentor, conhecido pelo nome de guru e considerado como um mestre (ao longo dos séculos entre os verdadeiros gurus incluíram-se mestres ascensos e não ascensos), para servir a esse Mentor até ser achado digno de receber as chaves da sua própria realidade interior. O grande yogue Milarepa suportou muitas dificuldades na senda, incluindo a de desaprender os falsos ensinamentos dos seres das trevas que lhe haviam ensinado a manipulação de energias. Teve, assim, que superar a prática da magia negra e redimir o carma das suas más ações, que o levaram a descarregar a sua vingança sobre os vizinhos que o tinham privado do seu patrimônio, causando primeiro a morte de muitos deles, e depois um temporal de granizo que destruiu os seus campos de cevada prontos para o colheita.

Quando finalmente mereceu o direito de tornar-se chela de um mestre verdadeiro, o seu orgulho tinha sido despedaçado, e seguiu então humildemente o caminho da mestria. Na tradição oriental, o chela é escravo do mestre por uma boa razão – não para fazê-lo perder a sua verdadeira identidade, mas sim para substituir a sua pseudo-imagem pela Verdadeira Imagem da individualidade. Através da submissão, o chela tece dia após dia na sua consciência os fios da veste do seu mestre. A veste do mestre (à semelhança da tão procurada veste do Cristo) é sinônimo da consciência do mestre. Em troca duma obediência iluminada e de um amor auto-sacrificante, o chela recebe incrementos do mérito do seu mestre – da realização pessoal do Eu Verdadeiro conseguida pelo próprio mestre. Ao aceitar que a palavra do mestre é inviolável, o chela vê-lhe conferida a consciência crística do seu mestre, que é por sua vez o meio que permite ao chela derreter, através do calor fervente do fogo sagrado contido na consciência do mestre, os elementos mais degradantes do seu subconsciente e os momentuns do seu carma intransmutado. Assim, pondo de lado livre e deliberadamente os momentuns da sua consciência humana, o chela descobre que estes são rapidamente substituídos pela mestria do seu mentor, a qual, quando interiorizada, funciona como o imã que atrai a sua própria consciência superior e mestria. Os que observaram este processo comentaram, na sua ignorância, que os chelas do mestre ascenso, ou de mestres não ascensos, são de alguma forma hipnotizados, ou enganados, ou talvez até mesmo controlados como robôs. Não compreenderam a senda da renúncia. Não entenderam que a senda é um atalho para uma iluminação e liberdade que ainda vêm buscando no mundo, sem saberem que o mundo jamais poderá dar-lhes a liberdade e iluminação a que as suas almas aspiram. Assim, o que para uns é servidão, para outros é liberdade; o que para uns é liberdade, para outros é servidão. Na verdade todos os homens são prisioneiros do seu próprio carma, e todos os homens são libertados através do seu próprio carma. Isto significa que as causas que os homens puseram em movimento em encarnações passadas produzem os efeitos que reverberam no mundo de hoje, desde o nível pessoal até o planetário. E tudo o que parece fruto do acaso ou duma configuração astrológica tem uma única origem – atos do passado que, completando o círculo, retornam de acordo com a lei dos ciclos. O verdadeiro mentor ensina ao chela como fazer frente ao seu carma – passado, presente e futuro. Mostra-lhe como estudar a lei da causalidade na sua própria vida e como ligar circunstâncias indesejáveis do presente ao núcleo de ações e interações passadas com pessoas, familiares e com o mundo em geral. Assim, as reações do passado produzem as ramificações do presente. E passo a passo é ensinado ao chela como retirar do tecido da consciência os

fios enegrecidos semeados insensatamente no passado, para poder assim obter uma colheita mais abundante no carma do futuro. Para fazê-lo, o chela precisa transcender o seu estado de consciência anterior, caso contrário repetirá os mesmo erros. Para transcender esse estado, precisa trespassar o saco de papel da sua percepção finita – o beco sem saída da razão mortal no que se vem debatendo há séculos de encarnações. Assim, quando o discípulo está pronto para esse grande passo, o Mentor aparece. O Mestre Kuthumi escreveu uma vez a um aspirante a discípulo sobre "forçar" o mestre a aceitá-lo. Sim, pois deveis compreender que a lei cósmica obriga os mestres ascensos a aceitar como seus chelas aqueles que caminham e agem em conformidade com a vontade de Deus na senda da autodisciplina e da auto-imolação. Quando, por um serviço perseverante, o chela mostra que é de fato escravo da mente de brilho diamantino de Deus, recusando inclinar-se perante outros ídolos do eu inferior, ele acaba por encontrar-se frente a frente com um mestre ascenso ou não ascenso da Grande Fraternidade Branca ou com um dos nossos representantes em encarnação, que lhe fornecem certos ensinamentos e medidas práticas para atingir a meta da reunião, fazendo com que a consciência exterior se interligue com a consciência interior e que a alma expresse todo o potencial da sua Divindade inata. Como é freqüente o caso, os mestres ascensos permanecem atrás do véu, o que significa simplesmente que, devido a uma falta de entrega ou de desenvolvimento por parte do chela, eles mantêm um certo anonimato e preferem manter-se invisíveis para a consciência exterior, quase brincado de esconde-esconde com o chela. E esta é uma maneira de manter o chela numa busca fervorosa do guru; sim, porque é o esforço – o árduo esforço – para a unidade que distingue o vencedor. Ao longo dos séculos, foram os discípulos que aceitaram submeter-se totalmente no ritual conhecido como a "submissão ao amor" que fizeram progressos mais rápidos, e que conseguiram por vezes equilibrar, numa só encarnação, carma suficiente para assegurar a união nirvânica, a qual nós preferimos chamar ascensão na luz. Um exemplo foi João o Amado, que pelo seu amor pôde elevar-se acima dos doze, e foi o único discípulo a atingir a ascensão no final da missão na Galiléia. Ao meditardes sobre o vosso lugar na senda, sobre as circunstâncias da vossa vida – o que sois, o que desejais ser, onde estais e onde desejais estar – considerai o amor como o cumprimento da lei da senda do discipulado. E se desejais entrar nessa senda como um atalho para a autopercepção, deveis aceitar sem qualquer receio as suas palavras: "Quem achar a sua vida perdêla-á, e quem perder a sua vida por minha causa, acha-la-á."2 Quem pronunciou estas palavras presta hoje serviço com o Mestre Kuthumi no cargo de Instrutor Mundial. É um Mentor com milhares de seguidores – dos quais alguns são devotos, outros discípulos. Mas na acepção mais restrita da

palavra, os chelas de Jesus Cristo são poucos e só surgem de tempos em tempos. Por falta de amor e por não darem a vida pelos seus amigos, os aspirantes a chelas do Cristo, os que poderiam sê-lo, não chegam ao nível requerido para este elevado chamado. Do Templo da Vontade de Deus, bem alto nos Himalaias, repica o sino antigo. É um chamado aos humildes em todo o mundo, aos servos da vontade de Deus, e à vanguarda que deseja levar a civilização adiante para uma nova era. Morya convoca chelas do fogo sagrado que desejem tornar-se adeptos, seguidores que desejem tornar-se amigos de Cristo, expoentes da palavra da verdade viva, imitadores do Mestre e, finalmente, o coração, cabeça e mão da nossa comitiva cósmica. Buscamos o alinhamento planetário. Pretendemos inspirar e patrocinar, sermos um, trabalhar através de vós – sim, derramar a essência da nossa individualidade sobre corações erguidos, com o cálice da consciência elevado bem alto. Exigimos daqueles a quem queremos dar tudo o que somos, que dêem tudo de si. A questão é: estais dispostos e prontos a trocar o vosso eu inferior pelo nosso Eu Superior? A senda que muito dá, muito exige. Como dizeis no mundo, cada um recebe conforme paga. O preço é elevado, mas é que estais comprando a realidade suprema. EU SOU um guru de muitos chelas, e um chela do Guru único. Morya

CAPÍTULO – III

Chelas no Caminho da Mestria Pessoal: O que é a mestria de si mesmo? Para respondermos adequadamente a esta pergunta, temos primeiro que definir o eu. Sabei, ó chela da luz, que vós sois o que sois, independentemente do que pensais ser. A afirmação do Eu Verdadeiro de todo homem e mulher – a declaração do ser e da consciência – é EU SOU QUEM EU SOU. Do núcleo de fogo branco da individualização da chama divina, a Presença eterna declara a geometria da auto-realização. Um Deus nasceu. E desse Deus é lançada a autopercepção, como uma bola de identidade, para os planos da Matéria. A bola, um microcosmo de individualidade arremessada de mundos distantes, é uma extensão do Grande Espírito. É uma extensão da Individualidade Divina, da autopercepção noutras dimensões. A bola é um microcosmo tecido com os fios do grande Macrocosmo da consciência onipresente a que os homens chamam Deus. A bola da individualidade fica suspensa nessa consciência, ligada à sua fonte pelo fio de contato a que chamam cordão de cristal. E assim a bola da identidade – tal como no brinquedo infantil da bola que se arremessa e está presa por um fio elástico a uma raquete – é livre para deslocar-se no tempo e no espaço, embora permaneça sempre sujeita ao movimento da mão da Grande lei, que governa as suas idas e vindas em dimensões finitas. "Ó Senhor, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome em toda a terra! Puseste a tua glória sobre os céus. Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a luz e as estrelas que preparaste, que é o homem mortal para que te lembres dele; o filho do homem para que o visites? Contudo, pouco menor do que Deus o fizeste, e de glória e de honra o coroaste. Fazes com que ele tenha domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés." Para poder definir o eu para quem ainda não realizou o eu, devo usar termos que vos sejam compreensíveis na penumbra da vossa percepção presente, na esperança de que estes termos comuniquem ao eu exterior certas imagens do

eu interior, fornecendo-vos assim os fundamentos para uma percepção cada vez mais vasta do ser. Há uma parte do eu que é imutável. A essa parte da individualidade, que é o átomo permanente do ser, chamamos Presença do EU SOU. É a mônada da Individualidade suspensa nos planos do Espírito. É a Divindade individualizada como uma chama vivente, como um ponto de consciência, como uma esfera de identidade. Ela é Deus – o vosso Eu Divino. A meta da vida e da mestria pessoal é fundir-vos com esse átomo da individualidade que é a realidade absoluta. Estabelecemos assim o propósito da mestria pessoal. Mas não definimos inteiramente o eu, nem respondemos à pergunta do chela que inquiriu: "Qual o propósito da individualidade e do eu?" Respondendo a esta questão, o Senhor Buda disse: "Só quando realizares todo o potencial do teu ser é que compreenderás plenamente o propósito da individualidade." Estou, todavia, autorizado a explicar que a natureza de Deus como consciência é realizada nas infinitas freqüências do cosmo espiritual e também material em aspectos infinitamente diversificados da percepção do Eu Divino, e infinitamente unificados também. Por conseguinte, se fosse possível sintonizar a consciência de cada um de vós com as infinitas estações, ou freqüências da consciência de Deus, começaríeis gradualmente, ao longo de bilhões de anos-luz de individualidade autotranscendente, a obter uma perspectiva da constante que é Deus – um campo de energia que se autotranscende constantemente. E agora, abençoados chelas, para que não vos desespereis na senda da autodescoberta, deixemos por momentos as nossas reflexões sobre o infinito e vejamos que porção do Ser infinito foi realizada no campo de força imediato daquilo a que chamais o vosso eu. A semente desse eu teve, como é evidente, que ser originada no Grande Eu Divino, pois não poderia ter vindo de nenhuma outra fonte. Ao circular pelas esferas da grande Mônada da Vida, a semente da autoconsciência faz juntarem-se à sua volta novelos de luz – fio após fio, enrolado e fiado, fiado e enrolado, em torno do ponto de consciência, formando um campo de energia. E a semente torna-se uma alma, nascida da união do próprio Espírito com a vida*. E a alma é um sol em miniatura rodando em torno do sol central do Ser Universal. Compreendei que a vida que é Deus, que é o núcleo de fogo branco da consciência, está em perfeita polaridade – positiva e negativa. A esfera do Ser Divino é um átomo rotante, chamado Alfa-a-Ômega. Da rotação da polaridade do EU SOU O QUE EU SOU nasce a semente da alma. E à medida que esta circula pelos ciclos da Mônada, ela forma uma nova polaridade com o centro. E nasce o elétron da individualidade, de uma nova individualidade. Esse elétron, ao ser projetado do átomo do Ser de Deus, torna-se a materialização da chama divina. Com o eclodir da polaridade negativa do

primeiro átomo de individualidade nasceram a Matéria e o cosmo material – a contrapartida do Espírito e do cosmo espiritual. À medida que Deus Se foi multiplicando repetidamente na Presença do EU SOU (a centelha individualizada do ser), as sementes que se tornaram almas – as almas que foram projetadas dos planos do Espírito – tornaram-se almas viventes nos planos da Matéria. Do mesmo modo que a semente juntava à sua volta novelos de luz para formar a identidade da alma, também as almas emergentes juntavam à sua volta novelos de Matéria para formar os veículos da individualidade no tempo e no espaço – a mente, a memória, as emoções ligadas à forma física. Assim, velada em carne e sangue, a alma foi equipada para navegar no tempo e no espaço. Bilhões de semente de individualidade evoluem nos sistemas solares que atingem os remotos confins do cosmo material. Infelizmente, as almas que evoluem no turbilhão de energias a que chamais o vosso mundo não têm a perspectiva da sua origem no vasto além. Isto a que chamais o vosso eu é, por conseguinte, uma porção finita do infinito, um pequeno mundo de individualidade destinado a tornar-se um dia, por autorealização, o mundo mais vasto da individualidade. Através do livre-arbítrio, as almas do homem e da mulher podem fazer as suas experiências com as leis que governam o tempo e o espaço, e podem, como elétrons do sol central, decidir retornar ao núcleo de fogo branco do ser por conformidade com a mente de Deus. Sabe, ó chela da vontade de Deus, que o propósito da senda e do discipulado é permitir-te fazer com que a porção da individualidade que se separou do centro, que entrou no cosmo material, se alinhe eternamente com o átomo permanente do ser. Infelizmente, uma vez ocorrida a separação, a adaptação da alma às freqüências da Matéria fez com que, ao fim de milhões de anos de evolução, ela esquecesse a origem, o verdadeiro ser, e a integridade do eu. À medida que a memória da individualidade se foi obscurecendo cada vez mais devido às freqüências da Matéria, a mente, as emoções, a forma e a consciência material foram-se distanciando cada vez mais do imã interior da realidade, da Presença do EU SOU. E, gradualmente, esses vários revestimentos da consciência que envolveram a alma foram adquirindo uma identidade própria – e, mais que isso, uma pseudo-identidade. Esta pseudo-identidade foi moldada pela percepção da vida na Matéria, que pouco a pouco se tornou independente da percepção anímica interior do Verdadeiro eu. E os vários revestimentos de identidade produziram uma autoidentificação com base nas imagens espelhadas da individualidade refletidas de rosto em rosto, de vida em vida, sem que no entanto refletissem jamais o rosto da realidade, ou a vida que é Deus. "Agora vemos em espelho, de maneira obscura." Para nos dirigirmos a uma civilização baseada exclusivamente na pseudo-imagem da individualidade à qual chamamos imagem sintética – a imagem que é um impostor manufaturado do Eu Verdadeiro – e dizermos a essa civilização: "Aquilo que pensais ser não sois;

aquilo que pensais não ser, isso sois.", temos que apelar para a alma e para a memória distante da realidade que existe na alma. Fazemo-lo na certeza de que as almas que estão prontas serão aceleradas. "Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro." O nosso propósito, ó chela, com esta série de Pérolas de Sabedoria é pegar na vossa mão e fazer com que passeis suavemente da percepção exterior da mente, da memória e das emoções – sentimentos, percepções e impressões registrados através dos cinco sentidos, que estão ligados a uma existência material – para a percepção interna da alma através da disciplina das energias e da consciência. Esta porção da individualidade que investiste nessa percepção externa tem que ser retirada do exterior, e reinvestida na interna. Nesse ponto começamos a desenvolver a consciência anímica, a que se dá o nome de percepção solar. Recém-nascidos para a alma, deveis começar a aprender a perceber a vida com as faculdades da alma. Tal como os sentidos físicos, estes sentidos da alma, que permaneceram adormecidos durante eons, estão sendo ativados por correntes cósmicas e raios cósmicos para alinhar de novo aquilo a que chamais o vosso eu com o ponto de identidade que é, de fato, o vosso Eu Verdadeiro. Até nos reunirmos de novo para contemplar o eu finito tendo como pano de fundo o Eu Infinito, peço-vos que mediteis na interrogação do Salmista: "Que é o homem mortal para que te lembres dele; o filho do homem para que o visistes?" Pensai em como o ser brota do ser, sucessivamente, e em como as moléculas de individualidade emergem de outras moléculas de individualidade, que emergem ainda de outras moléculas de autoconsciência. Sim, porque para vos tornardes o Eu Verdadeiro, tendes que meditar sobre esse eu, sobre a sua origem e destino - as suas leis, a sua geometria. Dei-vos uma série de matrizes expansivas concebidas para fazer expandir, através da vossa meditação pessoal, a circunferência da autopercepção. El Morya

CAPÍTULO - IV

Chelas do Núcleo de Fogo Branco: Para podermos desenredar os fios de uma falsa identidade, vamos fazer um diagrama da individualidade. Como já expliquei, sois o que sois, independentemente do que pensais ser. Na realidade, sois uma chama vivente. A chama que está em cima é chamada Presença do EU SOU. A Chama que está embaixo é a centelha da vida ancorada no centro do ser. É uma chama trina do Eu Verdadeiro, a qual possui os atributos de fogo do poder, da sabedoria e do amor. Esta chama trina é o fogo de Deus que arde no plano da Matéria para sustentar a semente de identidade que foi e é uma alma vivente. Os muitos invólucros da consciência que rodeiam a alma – os campos de energia da mente e da memória, das emoções, dos sentimentos, da forma física, da consciência da forma, percepções e impressões – tanto polarizam a individualidade, através de uma percepção exterior, que esta percepção exterior acabou se tornando um eu sintético, diametralmente oposto ao Eu Verdadeiro. E a alma, que estava destinada a ser um reflexo do Espírito, tornou-se um espelho de um mundo que é um turbilhão de energias, bem diferente da sua realidade original, e por isso mesmo irreal. A alma tornou-se uma identidade perdida, perdida no tempo e no espaço. E tem que ser reencontrada. Tem que se encontrar em Deus. Assim, vemos a aflição da alma perdida nos campos de força de uma subconsciência – uma autopercepção que está abaixo do umbral da Autopercepção do Eu Divino, que declara:"EU SOU QUEM EU SOU." Uma vez que ao homem e à mulher foi concedida a dádiva do livrearbítrio e a dádiva da vida que é a chama trina, eles podem decidir conscientemente afirmar a lei da chama e a identidade da chama, e podem chamar a essa chama "meu Eu". Ao fazê-lo, o homem e a mulher retornam à polaridade divina. Ao fazê-lo, o homem e a mulher retornam ao assento da autoridade – da autoridade do Eu Verdadeiro, para obter domínio sobre o eu sintético. A partir desse ponto de auto-identificação, todos podem começar a conduzir os fios da identidade anímica em evolução para o núcleo central do ser, que é a chama à qual chamamos Deus.

Ora bem, há um aspecto do vosso ser que desejo dar-vos a conhecer. É o ponto da consciência que conhece o Eu que é Deus, mas que simultaneamente conhece o eu que é a alma em vias de tornar-se Deus. Conhece também todos os aspectos da consciência ligados à imagem sintética. A este ponto da individualidade chamamos Cristo Pessoal, ou Ungido. No diagrama da individualidade, ele é o mediador entre a parte do eu que evolui nos planos do Espírito, à qual chamamos Presença do EU SOU, e a parte do eu que evolui nos planos da Matéria, conhecida como a semente da identidade da alma. O Cristo Pessoal é o vosso verdadeiro eu. É o que sois realmente como indivíduos refletindo a individualidade de Deus. É a vossa verdadeira personalidade, que faz parte da personalidade de Deus. O Cristo Pessoal é o vosso mentor, o vosso Guru pessoal até o dia em que, fundindo-vos com esse eu, afirmais: "EU SOU o Cristo, EU SOU o mentor, EU SOU o guru." A separação em relação a esse eu, a essa realidade, só continua enquanto por vosso livre-arbítrio sustentais os componentes da imagem sintética. Ora bem, se sois o que sois, vejamos o que é que sois então. Nos planos da Matéria, sois um aglomerado de causas – passadas, presentes e futuras. Sois um campo de força – um campo de energia – um átomo complexo de individualidade, uma espiral organizada de identidade, um centro de percepção anímica evoluindo rumo à consciência do Eu Divino. Como campo de força de causação, sois carma acumulado, energia em polaridade masculina e feminina que tem que entrar em sintonia com a lei cósmica e com os ciclos cósmicos, para desse modo transcender os planos da Matéria e vencer as limitações do tempo e do espaço. Tendes o dom da consciência. A consciência que está centrada na chama da Vida ancorada no coração reconhece-se como Deus – como potencial ilimitado, como um ser que é infinito embora esteja ligado a uma matriz finita. A chama que sois é o fluxo da consciência que sempre foi e sempre será, e que até mesmo neste instante é o cumprimento da lei do vosso ser. A chama é a vossa consciência da continuidade; é a parte do Espírito que é imortal, que nunca nasceu, que é eterna. Na chama, sabeis que sempre exististes e que sempre existireis. Na chama está a fusão da vossa alma com o vosso Espírito na eternidade. Ela é a matriz do eterno agora que vos permite compreender a afirmação do Cristo: "Antes que Abraão nascesse, "EU SOU". Na chama, afirmais e enalteceis a absoluta perfeição do vosso ser. A chama é um sol em miniatura. Com somente um milímetro e meio de altura no homem ou mulher comum, ela é o magneto da vossa

individualidade em Deus. E eis que a vossa individualidade é a vossa indivisa dualidade embaixo como no alto! A chama é a Presença do EU SOU no alto, e é também a centelha da vida embaixo. E, assim, sois uma dualidade. Uma parte do eu – a parte que se encontra completamente realizada em Deus – vive no Espírito, e a parte do eu que ainda não se realizou completamente em Deus vive nos planos da Matéria. Essa parte é a alma. E a chama, a senhora ou lei do ser, é a guardiã da alma, do mesmo modo que a alma está destinada a tornar-se a guardiã da chama. A alma é a esfera de identidade que roda em torno do centro solar, do fogo sagrado. Mergulhando na chama como fonte de vida na Matéria, a alma também se conhece como Deus. Mas a percepção anímica inclui a memória de encarnações passadas e das interações com outras almas. A alma está rodeada de um campo de força eletrônico que contém a causa, efeito, registro e lembrança das energias cármicas que terão que ser equilibradas antes que a alma possa retornar ao plano da realidade, na Presença do EU SOU. Esse campo de força é chamado o cinto eletrônico. Pode ser representado esquematicamente como a metade inferior de um ovo que desce do umbigo (ou do plexo solar) até debaixo dos pés. Vede que a parte inferior do homem e da mulher está rodeada de um campo de força que contém todos os registros de envolvimentos da alma nos planos da Matéria cujas freqüências vibram abaixo do plano da percepção mental, e que por isso mesmo são chamados o subconsciente. Assim, o homem não costuma lembrar-se exteriormente das experiências da alma em vidas anteriores, pois estas são mantidas abaixo da superfície de percepção, nessa parte inferior do corpo etéreo. Os encontros diários do homem e da mulher nas ruas da vida são, na realidade, o desenrolar dos ciclos do carma – de forças positivas e negativas que fecham o círculo, para o ajuste de contas da lei do ser. Ao reencontrarem ódios e animosidades do passado e registros de interações violentas, às vezes as pessoas sentem que no seu contato com o próximo são tomadas de inveja, ira, ressentimento, ansiedade, ou qualquer outra das muitas reações negativas. Tais experiências mostram que certos compartimentos de energia mal empregados noutras vidas estão subindo do plano subconsciente até a superfície da consciência para restabelecer o equilíbrio interior dessas almas e entre as mesmas.

Enquanto isto ocorre, as pessoas devem aprender a arte da mestria pessoal. Têm que aprender a governar as energias em movimento que deixaram os maus hábitos do passado gravados em padrões de imperfeição. Acidentes, ferimentos, doenças súbitas, perturbações em negócios, na lar ou no matrimônio podem também ser sinal da descida de um carma transmitido através da reciclagem da energia do cinto eletrônico. Quando isto acontecer, ó chelas do núcleo de fogo branco, sabei que são provas para a vossa alma, e que é tempo de entrardes no núcleo da vida que é a chama! Centrados nessa chama, podereis então enfrentar essas espirais negativas em nome do vosso Cristo Pessoal e invocar a Presença do EU SOU, pedindo-lhe que ponha a chama em ação e que a faça percorrer o subconsciente para transmutar a causa e núcleo de todas as circunstâncias negativas. Fazendo isto, estareis praticando a arte e a ciência da transmutação. Estareis alterando a freqüência de energias desconectadas da fonte, permitindo que se unam de novo à fonte. E à medida que estas energias forem retornando à fonte, vossa percepção anímica as seguirá. Estareis liberando a energia aprisionada em padrões imperfeitos para que ela possa ser selada em padrões de perfeição. Cada vez que uma situação de desequilibro ocorrer na vossa vida deveis compreender, como chelas na senda, que se trata de uma oportunidade presente de corrigir um erro do passado. É assim que equilibrais o carma. É assim que libertais a alma do fardo da imagem sintética. A vida torna-se agora um desafio! E compreendeis que sois o que sois – uma chama vivente – independentemente do que pensais ser nesses momentos de encontro com as energias acumuladas que foram semeadas no passado. E assim se cumpre a lei: "Tudo o que o homem semear, isso também ceifará." Sede por isso alegres ceifeiros, pois sabeis perfeitamente que se lançardes as energias do carma na chama, obtereis uma colheita abundante de luz. Sim, porque encerrada nessas espirais de energia está a vida que é Deus. E quando essa energia contaminada entra em contato com a chama que está no vosso coração, ela é requalificada e enviada adiante para abençoar toda vida com perfeito amor, perfeita sabedoria, perfeito poder. Na nossa próxima mensagem estudaremos a chama violeta transmutadora e o que ela pode representar para o chela na senda da iluminação. Oh, aliviai-vos na luz do coração, à qual continuo prestando serviço! Morya

CAPÍTULO V

Chelas Centrados na Chama e Outros que Desejam o Mesmo. Entre os Mestres sou conhecido como um pragmático no mais autêntico sentido da palavra, pois estou interessado nas coisas práticas e nas exigências da hora presente. Os homens enfrentam um dilema. É um dilema da individualidade, da sociedade e da civilização. O Conselho de Darjeeling procura respostas para o dilema. Esquadrinhamos a mente de Deus, e depois a mente do homem. Interessa-nos aquilo que produz resultados – não uma filosofia de castelos no ar. Interessa-nos aquilo que produz resultados agora na detenção da maré do carma mundial e da degradação da imagem do Cristo, e também da imagem da Mãe Divina. Aos chelas que vêm bater à porta de Darjeeling perguntamos se compreendem a urgência das situações mundiais e a necessidade gritante desta hora. Se ainda não obtiveram essa perspectiva, recomendamos que busquem as disciplinas de outro retiro. Sim, porque aqui em Darjeeling oferecemos um programa superintensivo sobre o discipulado e a iniciação na senda para quem está disposto a seguir implicitamente as exigências do seu próprio Cristo Pessoal e a responder com uma chama que salta e olhos que resplandecem com os fogos entusiasmantes do discernimento anímico. Enviamos devotos da Mãe Divina. Treinamos emissários que vão representar a Fraternidade e que seguem até as grandes cidades do mundo para ensinar o caminho do sacrifício pessoal – como fez São Francisco – para maior glória do Cristo em todos. Vinde, pois; não temais aproximar-vos do fogo que arde na lareira, aqui na biblioteca do nosso retiro. Vinde agora e meditai sobre as chamas; vede como as salamandras de fogo dançam ao som da música da vontade de Deus, que é o tema da reunião da vossa alma com o plano original da vossa vida, o grande desígnio do destino. Vede com os padrões de cor azul, rosa e dourado tecidos no tapete oriental fazem lembrar a tapeçaria da mente de Deus tecida na vossa alma. Por isso confortai-vos No nosso cálice de alegria –

Um elixir de cristalina transparência Por mãos angélicas oferecido, Devas de legiões de anjos Que servem o coração diamantino de Maria E que vos convidam a ficar. Deixai que toque para vós um excerto das Melodias Irlandesas de Moore, um canto do meu coração que compus há muito para um ser querido. Dedico-o agora a todos os chelas do fogo sagrado que se preparam para essa transmutação e para renunciar à efêmera forma exterior, trocando-a pelo girassol interior e sempre florido do coração: "Acredita, Se Todos os Doces e Jovens Encantos." Sim porque o coração que amou de verdade a Deus nunca esquece o retorno dessa corrente de amor, que é refletida pela fonte da vida. E assim, a alma é "como o girassol que ao poente para o seu Deus volta o mesmo olhar que ao amanhecer"1. Ora bem, chelas da vontade de Deus que desejais tornar-vos chelas dos mestres ascensos, com a doçura do coração da vontade de Deus transporto-vos para dentro da veste dessa vontade, para que possais ver que o forro cristalino de azul-safira vem salpicado de tons rosadourado – um intenso amor pela sabedoria de Deus que inspira os Mestres de Darjeeling a acionar o chicote da disciplina. Tão grande é o nosso amor pela alma de Deus no homem que queremos libertarvos para poderdes contemplar o vosso destino imortal. Alguns vêm ao nosso retiro para serem treinados, mas com motivos que não são puros. Buscam o proveito próprio. Buscam poder, não para se glorificarem em Deus, mas sim para vanglória do eu sintético, ao qual não querem renunciar. O porteiro faz-lhes saber com cortesia que quem entra tem que deixar os sapatos do eu inferior à porta. Quem não está disposto a tirar os sapatos do eu ensombrecido não pode pisar este chão santificado. É tempo de entrarmos na câmara, decorada com motivos azuis e dourados, onde existe uma tela e assentos dispostos como num teatro. Sim, porque para compreenderdes a vossa senda, a vossa senda altamente pessoal para a salvação, é necessário terdes a perspectiva do vosso passado e de como criastes o presente – tanto em nível pessoal como planetário. Vinde, pois. E vejamos como, na magia da chama, havemos de descobrir os desígnios do destino da vossa alma. Entramos agora na câmara e tomamos os nossos lugares diante duma grande tela semicircular, na qual serão projetadas em todas as

suas dimensões as experiências de outras encarnações tiradas dos registros akáshicos. O grupo aqui reunido enquanto vos falo é composto por chelas não ascensos – alguns dos quais têm uma ligação exterior com o Retiro da Espiral da Ressurreição, em Colorado Springs, Colorado, e com a Summit University, em Santa Bárbara, Califórnia(*). Outros participantes deste grupo servem a vontade de Deus nas suas respectivas nações. Estes esperam pelo dia em que os ensinamentos dos mestres ascensos serão publicados no seu idioma, para que lhes seja possível ler e estudar, na sua consciência exterior de vigília, aquilo que estão recebendo aqui nos seus corpos sutis durante o sono. Um jovem casal que está se sentando agora vem acompanhado de um ser não ascenso de considerável mestria e grande estatua, a quem o conselho manifestamente reconhece. O casal trará ao mundo esta alma num futuro não muito distante. Faço esta digressão para fazer-vos notar este maravilhoso exemplo, em que um par unido em amor e no ritual sagrado do voto matrimonial foi selecionado pelo Conselho do Carma, e também por esta alma, para dar oportunidade de encarnar em um indivíduo avançado, para prestar serviço à humanidade, na certeza de que será criado num lar consagrado à verdadeira lei do Senhor. Aparecem agora na tela cenas da vida da antiga Trácia, e verificamos que nos encontramos no mercado de uma cidade esquecida onde hoje fica a Turquia. Dois mestres não ascensos caminham no meio da multidão sem ser reconhecidos. O povo está ocupado com as suas atividades diárias, com a compra de alimentos e mercadorias pelo melhor preço, enquanto os vendedores observam atentamente a passagem de moedas de mão em mão para saberem quanto renderá o dia de trabalho. Um grupo de devotos, incluindo alguns dos chelas reunidos agora no nosso retiro, entram no mercado. Nesta encarnação são místicos cuja devoção é para com o fogo, já que este representa o único Deus verdadeiro. Já tiveram que suportar o ridículo e o ostracismo dos seus pares. No momento em que surgem, uma peculiar configuração astrológica alinha certas forças de ódio no subconsciente da populaçao com uma amálgama de ódios coletivos focalizados em planos astrais. Mostramos aos chelas esta interação de campos de força em várias dimensões da Matéria, bem como o alinhamento de constelações, hierarquias solares e estrelas "fixas" e "móveis", e até que ponto estes campos de energia ampliam tanto a luz como as trevas no homem, e causam a ativação de certos níveis de carma de

encarnações mais antigas ainda do que as focadas presentemente na tela. Subitamente e sem aviso, como se fossem tomados de uma loucura e furor não totalmente seus, alguns indivíduos cuja relação mútuas parece ser ocasional unem-se como uma entidade única. Atuam como se fossem um só - a populaça – e com uma só mente - a mente coletiva. Começam a apanhar pedras e atiram-nas aos devotos. Os devotos ficam cercados. Sem se aterrorizarem, e sim calmamente centrados na chama que é o objeto da sua adoração, protegem a cabeça e o corpo, mas em vão. A multidão é brutal. Com um desejo de vingança e uma sede de sangue projetados pelas hordas astrais, ela cai sobre os chelas até estes sucumbirem. As suas almas abandonam o que resta das suas formas finitas, e os dois mestres não ascensos presentes elevam as energias foháticas dos seus chakras do coração para facilitar a transição das almas. A lei cármica não lhes permitira interferir com as circunstâncias que representavam uma convergência de muitas forças e uma exigência de equilíbrio por parte da Natureza. Pelo seu amor e mestria, eles criam um campo de força de luz permitindo que as almas sejam levadas em segurança para o retiro etéreo de Pallas Athena, por cima da Ilha de Creta. Fazemos recuar o drama na tela a fim de que todos possam examinar o jogo de forças e as linhas de carma que convergiram no momento em que os devotos entraram no mercado. Eles vêem como, num período bem mais antigo da história da Terra, em que haviam praticado uma religião de trevas, eles mesmos tinham sido levados a atos de fanatismo e excesso de zelo dos quais resultou a morte daqueles que retaliariam nesse dia na cidade esquecida da Trácia antiga. Revemos a mesma cena em câmara lenta. Utilizo o diamante que uso no indicador da mão direita para focalizar a ação do fogo sagrado na tela. O raio violeta que desce do coração da minha Presença é projetado através do diamante, e explode em mil milhões de chamas sobre essa cena na tela. Os chelas quase saltam das suas cadeiras ao verem a chama violeta consumir a causa, efeito, registro e lembrança – tanto nos registros akáshicos como no seu próprio subconsciente. A ação da chama violeta intensifica-se em resposta à invocação que dirijo à Presença do EU SOU de cada um: Em nome do Cristo Pessoal dos chelas, eu invoco o fogo de Deus Todo-Poderoso para que projete a ação transmutadora pela qual as trevas são transformadas em luz – o medo e ódio em

amor, a inveja em compreensão, e a vingança em vitória. À medida que anjos da chama violeta do retiro de Zadkiel direcionam as energias da chama, esta forma espirais de fogo no subconsciente de cada individuo que participou nesta infeliz interação de energias. Formam-se espirais de fogo semelhantes às lascas encaracoladas que caem da madeira quando é aplainada. Estas espirais sobem e descem, e tornam a subir e descer, intensificando a ação transmutadora. E agora explodem, formando um vasto círculo de energia, e depois retornam ao centro. Tudo isto constitui a ação – formação dos fogos da transmutação – um fogo flamejante que se movimenta para cima e para baixo, para dentro de para fora, seguindo os ciclos do carma individual no cinto eletrônico – uma esfrega, uma ebulição, uma energia borbulhante e altamente dinâmica. Assim é a diversidade da chama violeta! Episódio atrás de episódio, passo a passo, os anjos da chama violeta retiram o registro do corpo etéreo, os conceitos do corpo mental, as emoções do corpo astral, e as cicatrizes que ficaram na matriz física. Bem diante dos seus olhos, os chelas da vontade de Deus vêem o que pode ser feito pela gloriosa chama de Deus. Regozijam-se. Aplaudem. E os seus "Bravo!" expressam a liberação de energia nos seus chakras e uma nova liberdade na alma ocorridas com a remoção deste antigo registro das suas consciências. E agora, em resposta às invocações que os chelas fizeram à chama violeta, as salamandras de fogo e os anjos da chama violeta, trabalhando de mãos dadas, recapitulam o registro do ciclo em que as linhas de causação foram traçadas na existência anterior, que também mostra quando os chelas aprendem a lição de seguirem cegamente a quem é cego, e de não invocarem a sabedoria do Logos para que seja um contrapeso à tirania do ego. Na próxima semana continuaremos as nossas investigações sobre o fogo sagrado e a chama da liberdade – a energia violeta que constitui o distintivo da era de Aquário EU SOU pela liberdade através da transmutação, na vontade de Deus. El Morya

CAPÍTULO - VI

Chelas que Também Desejam Vir a Darjeeling: Os que assistiram no nosso retiro à projeção sobre os eventos na Trácia viram em primeira mão e pela primeira vez nesta encarnação a ação da chama violeta transmutando os registros do passado. Os homens que vivem no mundo atual julgam que os registros da história são o que são, e que não podem ser mudados. É porque não contaram com a chama violeta da transmutação.

Esta chama é a energia do fogo sagrado que o Mestre Ascenso Saint Germain oferece aos chelas da vontade de Deus nesta era. A dispensação permitindo que a chama violeta fosse posta à disposição dos discípulos neste século foi concedida pelos Senhores do Carma porque Saint Germain compareceu perante este augusto conselho para advogar, como defensor da humanidade, a causa da liberdade. Ofereceu aos Senhores do Carma o momentum da chama violeta armazenada no seu chakra do coração e no seu Corpo Causal como um impulso de energia luminosa a ser transmitido à humanidade, para que os homens pudessem praticar a alquimia da autotransformação pelo fogo sagrado.

A chama violeta vem sendo usada desde sempre nos retiros da Grande Fraternidade Branca no plano etéreo – o mais elevado plano da Matéria – dirigido pelos mestres ascensos; só são lá recebidos os chelas de maior mérito, a quem os mestres ensinam e preparam para o caminho iniciático. Os que mereciam – adeptos de diversas religiões, membros de sociedades secretas, comungantes das chamas das escolas de mistérios – aprendiam a existência da chama violeta depois de darem prova de abnegação como receptores e como transmissores de liberdade na senda da libertação da alma.

A chama violeta permaneceu, portanto, reservada a uma minoria de privilegiados até que Saint Germain compareceu perante os Senhores do Carma propondo que o conhecimento e a utilização da chama fossem concedidos a toda a humanidade. Falando perante o Tribunal do Fogo Sagrado como defensor dos que evoluem na Terra, afirmou corajosamente que a chama violeta revolucionaria a raça humana, transformando-a numa raça divina de seres livres como Deus.

Efetivamente, Saint Germain anteviu o aparecimento de uma “raça do EU SOU”1 cujos membros seriam os precursores da sétima raça-raiz, sob os auspícios do Grande Diretor Divino. Este abençoado mestre da liberdade, que patrocinara o nascimento da nação chamada Estados Unidos da América – este Guardião da

consciência crística que tinha andado pela Terra como protetor de Maria e Jesus, este São José, este Tio Sam2 – sabia desde há muito que a América, de Norte a Sul até incluir o continente inteiro, era a terra destinada a dar abrigo à Mãe Divina e à sua progênie.

Uma vez que ele estava destinado a ser o Mestre da Era de Aquário e o Deus da Liberdade da Terra, os Senhores do Carma aprovaram o plano com a seguinte estipulação: começariam a dar a chama violeta a um determinado núcleo de discípulos em encarnação que, em níveis interiores, se comprometeriam a empregá-la honradamente para abençoar e libertar todas as manifestações da vida. Se essa experiência resultasse, eles permitiriam que a existência da chama fosse divulgada ás massas.

Estou aqui para dizer-vos que a dispensação permitindo aos chelas invocar a chama violeta fora dos retiros da Grande Fraternidade Branca não poderia ter sido concedida se Saint Germain não tivesse colocado no altar da humanidade uma caução, o poder das energias da liberdade que acumulara na sua alma durante milhares de anos. Isto porque, como podereis compreender, os Senhores do Carma sabiam perfeitamente, quando concederam a dispensação através da intercessão deste ungido, que dado o livre-arbítrio e a tendência do homem para abusar dele, havia fortes possibilidades de que alguns viessem a abusar dessas energias sagradas tal como tinham feito no passado, nos dias da Lemúria e da Atlântida antigas. Se isso acontecesse, alguém teria de assumir a responsabilidade.

Saint Germain compreendeu perfeitamente este princípio da lei cósmica. Por amor ao pequeno grupo inicial e às multidões que acabariam por fazer magnífico uso da chama violeta, aceitou perder e sacrificar a parte do seu momentum que viesse a ser abusada, considerando esse abuso como uma despesa necessária no laboratório da consciência do homem. Saint Germain responsabilizou-se, assim, não apenas pelas experiências dos alquimistas do fogo sagrado com quem havia trabalhado pessoalmente ao longo dos séculos, como também pelas das multidões, que, enquanto não atingissem a iluminação da mente do Cristo e a focalização na chama crística necessárias para um emprego responsável da chama violeta, usariam e abusariam dos fogos alquímicos.

Vós, que viveis nas décadas finais deste século, sois os beneficiários do legado de Saint Germain, comprado por um preço3 – o irresistível amor do Mestre Saint Germain, que vos amou tanto, até mesmo antes de virdes à luz, que aceitou sacrificar uma parte da sua vida para que pudésseis viver na plenitude da consciência do vosso Eu Divino individual. Tendes também uma dívida de gratidão para com os fiéis dos primeiros tempos, que invocaram a chama com intensa pureza e devoção à causa da liberdade do homem e tornaram, assim possível a segunda fase da dispensação, através da qual tanto vós como inúmeras outras pessoas receberam em anos mais recentes o conhecimento da chama violeta.

Onde quer que estejais, quando lerdes as minhas palavras podereis começar a sentir a maravilhosa ação do fogo violeta correr-vos pelas veias, penetrando os diferentes níveis do templo físico – a rede sanguínea, o sistema nervoso, o cérebro – atravessando vigorosamente os chakras, rodopiando no corpo etéreo, percorrendo as páginas do registro escrito das vossas encarnações terrenas. Gradualmente e com todo o pormenor, a chama – inteligente, luminosa, guiada pela mente de Deus – liberta as energias de todos os abusos passados do fogo sagrado, elétron por elétron. Assim, nenhum jota ou til da lei do carma será omitido até que tudo se cumpra4 na liberdade do fogo violeta.

Se desejais ter o benefícios desta energia milagrosa, se desejais ser visitados pelo gênio da lâmpada da liberdade, o próprio Mestre Saint Germain, basta que o invoqueis. Sim, porque o Todo-Poderoso proferiu o Seu fiat, que tem força de lei cósmica: o chamado não pode ficar sem resposta! Trata-se, todavia, de um chamado muito especial. Não é uma exigência da consciência humana, mas sim uma ordem do vosso Verdadeiro Eu, do vosso ser verdadeiro, o mediador entre a presença do EU SOU e a alma.

Assim, declarais: “Em nome do Cristo Pessoal e em nome do Deus vivente, invoco as energias do fogo sagrado do altar do meu coração. Em nome do EU SOU O QUE EU SOU, invoco a chama violeta para que jorre do centro da chama trina, do núcleo de fogo branco da minha Presença do EU SOU, multiplicada pelo momentum do abençoado Mestre Ascenso Saint Germain. Peço para que essa luz penetre na minha alma e ative a lembrança da liberdade nela gravada, bem como o plano original do destino da minha alma. Peço para que a chama violeta da transmutação atravesse os meus quatro corpos inferiores e a consciência da minha alma para transmutar a causa e o núcleo de tudo o que é inferior à minha perfeição crística, tudo o que não está em harmonia com a vontade de Deus a meu respeito. Assim, eu mando que as línguas fendidas do fogo do Espírito Santo5 executem este mandato pela ação desse fogo sagrado, assim embaixo como no alto. E aceito que isto se cumpra nesta hora com todo o poder do Deus vivente, que declara agora mesmo dentro da minha alma: “EU SOU QUEM EU SOU”.

A chama violeta tem a sua origem no aspecto da luz branca chamado o sétimo raio. Ela é, na realidade, o aspecto do Espírito Santo que corresponde ao sétimo raio. Da mesma maneira que a luz do Sol, quando se refrata no interior de um prisma, forma um arco-íris de raios de sete cores, também a luz do Cristo se refrata na consciência do Espírito Santo para que o homem possa utilizá-la nos planos da Matéria. Cada um dos sete raios representa uma ação concentrada da luz de Deus com uma cor e freqüência próprios, que produzem uma determinada ação do Cristo no corpo, na mente e na alma. Estudaremos os outros seis aspectos do fogo sagrado á medida que avançarmos no nosso curso.

Examinemos agora o que acontece quando usamos o remédio do fogo violeta contra as circunstâncias rebeldes da consciência humana. Quando, como um ato de livre-arbítrio, invocais a chama violeta e lançais na chama essas situações

indesejáveis e teimosas, o fogo começa imediatamente a decompor as partículas de matéria que fazem parte de amálgama acumulada ao longo de centenas ou milhares de encarnações em que, por ignorância, permitistes que fossem registradas – através da vossa consciência, através da vossa atenção, de pensamentos e sentimentos, de palavras e atos – todas as circunstancias degradantes de que a raça humana é herdeira.

Penso não ser necessário enumerar todas as circunstâncias limitadoras, aparentemente inúmeras mas inteiramente finitas, lançadas nos éteres – projéteis da mente carnal – que encheram os vastos espaços entre os elétrons e o núcleo dos átomos com as opacidades da carnalidade humana. Acreditai ou não, mas essa energia pode tornar-se dura como cimento ou pegajosa como melaço quando fica gravada nos quatro corpos inferiores, produzindo rebeldia mental, dureza de coração, insensibilidade às necessidades do próximo, e criando uma massa espessa que não permite à alma receber as frágeis comunicações do Espírito Santo. O muro da opacidade do homem formado por camadas sobrepostas de abusos do fogo sagrado é tão espesso que ele nem sequer reconhece os mestres ascensos como seus libertadores, nem é capaz de entrar em contato com o abençoado Cristo Individual, o seu mediador pessoal de perfeição que confirmaria a realidade dos mestres ascensos.

Quando invocada a chama violeta liberta a substância espessa, penetrando e transformando essa escuridão em luz. Uma vez que todo estado humano é a adulteração de um estado divino, até o menor detalhe, a consciência humana transforma-se na divina e a energia que estava confinada em receptáculos de mortalidade fica livre para entrar nos alvéolos da imortalidade. E cada vez que uma fração de energia é libertada, uma fração do homem ascende ao plano da consciência divina.

Quando começardes a utilizar a chama violeta, experimentareis sentimentos de alegria, leveza, esperança e uma renovação da vida, como se o sol do vosso ser dissipasse nuvens de depressão. O férvido calor dos fogos violáceos da liberdade derrete literalmente as energias altamente malignas e úmidas da servidão humana. O Senhor Zadkiel, Arcanjo do Sétimo Raio, quis ter a certeza de que os chelas da nova era compreenderiam como é alegre a chama, e deu-lhe o nome de “cantante chama violeta”. Com efeito, esta presença flamejante faz com que os próprios átomos e moléculas do vosso ser “cantem” quando regressam à sua freqüência normal, passando assim a vibrar em “consonância” com a nota tônica do vosso ser. Esta nota tônica é o soar do acorde da vossa presença do EU SOU. E quando, pela ação da chama violeta, libertais as energias dos vossos quatro corpos inferiores, permitindo que responda a esse acorde, o mundo maravilhoso do microcosmo move-se em harmonia com o grande macrocosmo da vossa Presença do EU SOU e do Corpo Causal.

A chama violeta perdoa à medida que liberta, consome à medida que transmuta, elimina os registros do carma do passado (saldando assim as vossas dívidas para com a vida), uniformiza o fluxo de energias entre vós e os outros, e impele-vos

para os braços do Deus vivente. Utilizando a ação purificadora da chama violeta e sentindo-se esfregar e lavar as paredes do vosso corpo mental, ascenderei diariamente a níveis cada vez mais elevados da consciência do vosso Cristo Pessoal. Podeis fazer uma idéia da sua ação sobre o corpo dos desejos imaginando que as vossas emoções eram mergulhadas numa solução química líquida de cor púrpura que dissolvesse a sujidade acumulada durante dezenas de anos pelo invólucro do vosso mundo emocional.

Todos os dias e de todas as maneiras possíveis a chama violeta purifica e regenera as células do vosso corpo, as células da vossa mente e o glóbulo da vossa alma, polindo a jóia da consciência até esta resplandecer à luz do Sol, reluzente como uma pura molécula do ser oferecida no altar do fogo sagrado como dádiva digna do Senhor – a vossa oferta a Deus e ao homem. E haverá melhor dádiva do que a dádiva da individualidade? Ela é, realmente, a única coisa que tendes para oferecer. Assim, quando usais a chama violeta estais a sacrificar o eu empobrecido, o eu inferior, para que o eu verdadeiro possa aumentar as bênçãos da consciência de Deus através de mundos sem fim.

Recomendo que useis a chama violeta em nome de Saint Germain e na sua chama. E, usando as suas palavras, digo a todo aquele que desejar ser chela da vontade de Deus: try (tente). Sim, porque, como disse o Mestre Alquimista, a palavra “try” contém a fórmula sagrada do ser: Theos

= Deus; Rule = Lei; You = Você

Theos

+ Rule + You – A Lei de Deus Atuando como Princípio no Seu Ser (TRY)6.

Deixai que as energias da chama violeta revelem a vossa verdadeira identidade à medida que vão eliminando as incrustações do eu artificial. Deixai que a chama violeta realize em vós as obras de Deus. Até o nosso reencontro em Darjeeling, EU SOU El Morya Expoente da Liberdade da Vontade de Deus

NOTAS 1. As letras usadas para formar as palavras “I AM race” (“raça do EU SOU”) foram tiradas de “Á-M-É-R-I-C-A”. 2. Saint Germain foi numa das suas encarnações São José, o protetor de Maria e Jesus, e também o profeta Samuel; afetuosamente chamado Tio Sam ao encarnar o espírito da Liberdade para o povo americano.

3. 1 Co 6:20 4. Mt 5:18 5. Atos 2:3 6. A alquimia de Saint Germain (Rio de Janeiro, Record, 1996), pp. 103-4

CAPÍTULO – VII

Chelas da Vontade da Liberdade, EU SOU a vontade da chama. Transferistes a vossa obediência para o Mestre da Liberdade e para a todo-consumidora chama violeta? Se precisais ser volúveis, deixai pelo menos – e pisco o olho ao dizê-lo – que a corrente alternada da vossa afeição seja a alternância da vossa devoção entre os mestres ascensos conhecidos como os Chohans dos Raios!

Como me alegra ver a alegria nos corações dos devotos que descobrem a multiplicação do corpo do Senhor nos muitos mestres ascensos que atingiram a libertação ao cumprirem as leis do único Deus verdadeiro e ao entrarem na chama do Filho unigênito!

Vós, que descobristes a chama interior, descobristes enfim que o Cristo é como o sinete do vosso verdadeiro ser. Esta chama de Cristo é o sinal, a prova vivente de que sois filhos e filhas de Deus, para que ninguém tome a tua coroa1. Não permitais que alguém vos tire esse título. Eis que sois o Cristo para todo o sempre!2 Na chama de Cristo está a vossa reivindicação de individualidade em Deus, de imortalidade – de perpetuação do vosso ser para além da estrutura mortal e do tempo e espaço. O Mestre da Galiléia veio glorificar essa chama, veio estabelecer o exemplo de uma vida vivida no seio da chama. Assim, também vós viestes chamados por Deus para ser um exemplo para esta era, para deixar a vossa marca sobre a página, a marca da vida vivida em Deus, do amor cuja vontade vem do Cristo. Ao reivindicardes o potencial da chama crística, ao afirmardes a vossa individualidade em Deus, sabei que o fazeis com a absoluta autoridade da vossa Presença do EU SOU e do Espírito Santo. Sim, porque ele disse: “Isto é o meu corpo, que é entregue por vós.”3 Os fragmentos do corpo de luz do Logos eterno, a mesma “luz verdadeira que ilumina a todos os homens”4, são em toda a criação a plenitude do Cristo vivente que Deus, por tanto amar o mundo5, concedeu a todos os filhos e filhas. Compreendei que na dádiva da vida, na chama trina, o Senhor Deus deu a todos os Seus filhos, literalmente, a essência flamejante do Unigênito para que, entrando em conformidade com essa essência, o mundo pudesse ser salvo do pecado, da doença e da morte. “Nele vivemos, e nos movemos, e existimos (...) Somos também sua geração.”6 Nós somos os mestres ascensos. Somos os Chohans (Senhores) dos Raios. Cada um dos sete raios, que representam a manifestação de um

aspecto da consciência crística, é personificado por um mestre ascenso que se graduou nas salas de aula da Terra, que ascendeu à Presença do EU SOU O QUE EU SOU e ocupa o lugar de Instrutor no caminho da mestria pessoal num determinado raio, ou radiação, da mente crística. E assim, como Chohan do Primeiro Raio, ensinou a lei da vontade de Deus e a mestria da energia através do chakra da garganta, pela Ciência da Palavra Falada7. O Senhor Lanto, Mestre de Sabedoria, que ensinou o caminho da sabedoria na antiga China, ensina a senda da mestria através da iluminação, da definição e domínio no chakra da coroa. Paulo Veneziano, que numa encarnação foi o artista italiano Paolo Veronese, é o Senhor do Terceiro Raio do amor divino. Os seus discípulos aprendem a arte da manifestação da chama através da disciplina do amor e da mestria do fluxo das forças criativas, através do chakra do coração. O Chohan do Quarto Raio é o Mestre Serapis Bey – espartano como nenhum outro – cuja fogosa determinação salvou muitas almas das tolices da sensualidade. Os seus chelas refletem a intensidade do seu mestre, inabaláveis como são na sua dedicação à pureza, focalizada como luz da Mãe no chakra da base da espinha. Hilarion, devoto da verdade e cientista da nova era, esteve encarnado como São Paulo. Como Chohan do Quinto Raio, ele revela a senda da mestria através da ciência, da verdade, da cura e da visão imaculada de Deus, por meio do chakra do terceiro olho. A amada Nada, nossa Chohan feminina, que foi numa encarnação uma advogada defensora da justiça cósmica, presta serviço como Senhora do Sexto Raio, demonstrando o caminho de Jesus, o caminho do serviço humilde e da ministração, que adorna os talentos do próximo com a rosa da abnegação, e que faz desabrochar o potencial criativo através da mestria da energia em movimento no chakra do plexo solar. O seu lema é a regra de ouro: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-o vós também a eles.”8 Os chelas de Nada preparam o caminho para a Era de Ouro de Aquário sob Saint Germain. O Senhor do Sétimo Raio, que é o Mestre da Alquimia, ensina não somente os usos das energias e do espírito da liberdade, mas também, o caminho do ritual alquímico, que é um componente necessário da libertação da alma. O seu ritual está imbuído de vida e significado. No seu retiro na Transilvânia, ele revela a simbologia do ritual do átomo e as fórmulas dos ciclos da transferência da energia de Deus em manifestação no homem. Todos os homens nasceram para servir e tornar-se mestres de si mesmos num dos sete raios. O seu primeiro guru, portanto – depois do Cristo Pessoal, que é o verdadeiro mentor de todo homem e mulher é o Chohan do Raio sob o qual prestam serviço. Assim, aqueles que desejam ser chelas, que desejam praticar a senda da libertação da alma, ficarão satisfeitos em saber que existem sete sendas distintas da cristicidade, que uma dessas sendas é a que melhor se adapta à sua personalidade anímica e ao seu chamado interior, e que há uma segunda senda complementando a primeira. E, assim, poder-se-ia dizer que

nos sete raios tendes uma concentração principal e outra secundária de estudo e aplicação da lei da vossa conversão em Cristo. Ora bem, é a vossa suprema prerrogativa definir no vosso mundo e na vossa vida qual a senda que seguíreis no caminho de retorno ao Lar. À medida que fordes aprendendo mais sobre os mestres ascensos e os seus ensinamentos, à medida que escutardes os seus ditados gravados nas conferências trimestrais, à medida que lerdes e meditardes sobre as suas palavras, começareis a identificar o posicionamento da vossa alma numa das sendas dos sete raios. Compreendei também que para fazer a ascensão é exigido que armazeneis quantidade suficiente de luz branca nos vossos quatro corpos inferiores, pois a luz branca é a fonte de todos os raios de cores. É o núcleo de fogo da chama com a qual é tecida a veste nupcial9. O vosso momentum de luz branca é o meio que vos permite magnetizar a chama da ascensão na hora da vossa vitória. Para alcançar a mestria da luz branca, tendes que possuir uma certa mestria em todos os sete raios, porque, quando adquiris a mestria dos raios, eles conduzem-vos de volta ao centro da luz branca, ao prisma da consciência crística do qual vieram. Além disso, é impossível alcançar a mestria de um dos sete raios sem essa mestria ter repercussões, devido à unidade do núcleo de fogo branco, sobre outros aspectos da consciência crística. No entanto, o vosso elevado chamado como filhos ou filhas de Deus, ao qual chamamos labor sagrado – que inclui o aperfeiçoamento dos talentos que Deus colocou na vossa alma – será realizado no vosso raio principal com o apoio do secundário. Tudo o demais será um adorno desse propósito ígneo central. Toda alma escolhe por livre-arbítrio a senda da sua própria ascensão. A vossa alma já escolheu e desenvolveu um momentum considerável no raio do seu destino. Isso ocorreu quando a alma ainda percorria as esferas do Corpo Causal, antes de encarnar nos planos da Matéria. O Corpo Causal de todo filho ou filha de Deus reflete esse momentum maior de concentração do raio escolhido. Assim, podereis ouvir chelas dos mestres ascensos dizerem uns aos outros que são “do primeiro raio” ou “do segundo raio” ou “do quinto raio”. Ou podereis ouvi-los dizer: “Fulano tem grande momentum no quarto raio e no sétimo raio.” Isto é bom, porque quando identificais a Deus como uma chama, e como a personalidade da chama, é bom que identifiqueis amigos e chelas de acordo com a sua identificação com a chama, em vez de fazê-lo de acordo com a personalidade exterior ou com os momentuns de carma negativo. Aprendei, portanto, ó chelas do fogo sagrado, a ver-nos uns aos outros como chamas vivas. Aprendei a ver a alma e a intenção da alma. Aprendei a julgar pelo motivo do coração. Aprendei a aceitar-vos uns aos outros pelo que sois na verdade e na realidade – expoentes do Cristo investidos de

poder vindo do alto, imbuídos de amor do coração do Cristo, irradiando a sabedoria da chama cuja origem é a mente universal de Deus. Esta semana peço que façais um chamado, em nome do vosso Cristo Pessoal, a cada um dos Sete Chohans dos Raios, invocando a sua ajuda na senda. Podereis pedir para ser levados ao retiro de cada um deles em noites sucessivas10. No domingo à noite antes da hora de deitar podereis fazer o seguinte chamado, que adaptareis para cada uma das noites subseqüentes da semana. “Em nome do Cristo, o meu Eu Verdadeiro, apelo para o coração da Presença do EU SOU e para o anjo da Presença para que me conduzam, na minha alma e na minha consciência anímica, ao retiro de Paulo Veneziano no sul da França. Peço para receber as instruções da lei do amor e para que me seja dada a fórmula para a vitória da chama do amor no meu coração. E peço que todas as informações necessárias para o cumprimento do meu plano divino sejam comunicadas à minha consciência de vigília conforme for necessário. Agradeço-vos e aceito que isto se faça com todo o poder do Cristo ressurreto.” Na segunda à noite, devereis fazer o chamado para ser conduzidos ao Retiro da Vontade de Deus em Darjeeling, para que os vossos quatro corpos inferiores sejam impregnados e saturados com a vontade de Deus e com o padrão original para o vosso cumprimento dessa vontade. Na terça à noite, pedi para ser levados ao retiro de Hilarion sobre a Ilha de Creta para que vos seja ensinado ali o caminho da verdade, as revelações da verdade e as verdadeiras revelações de Jesus Cristo a esta era através do Apóstolo Paulo, o Mestre Ascenso Hilarion. Na quarta à noite, fazei o chamado para ser levados ao retiro de Jesus na Arábia, onde Nada vos instruirá sobre a mestria das emoções para o fluxo da paz e para o ancorar da chama do Príncipe da Paz em prol de toda a humanidade. Na quinta à noite, pedi para ser levados ao templo de Luxor para juntar-vos ali aos candidatos à ascensão que escutam as palavras de Serapis Bey e aprendem com o Redentor que vive na chama do coração. Na sexta à noite, pedi para ser levados à Gruta dos Símbolos, o retiro de Saint Germain no continente norte-americano, para poder ser saturados com a chama violeta ali focalizada e para poder começar a dominar o ritual do átomo para a era de Aquário. No sábado à noite, não deixeis de meditar sobre o Grande Teton, pedindo para ser levados ao Retiro do Royal Teton, onde aprendereis o caminho da sabedoria e as lições da ação iluminada para a precipitação da consciência crística sob a orientação do Senhor Lanto. Permito-me citar as palavras do Instrutor Mundial, Jesus Cristo, e peço-vos para seguir este ritual de chamados todas as noites das semanas em que estiverdes lendo as minhas Pérolas de Sabedoria: “Fazei isto em memória de mim.”11 Em memória do Grande Guru, envio saudações de Darjeeling, levadas pelos ventos do Espírito Santo do meu coração até o vosso. Morya

CAPÍTULO – VIII

Os chelas que desejam tornar-se mensageiros dos deuses: Mercúrio é um planeta de almas valentes que entraram no núcleo de fogo da disciplina da lei, cujas energias concentradas as tornam rápidas no marchar e no pensar1. Assim, o Deus Mercúrio, retratado com sandálias aladas e com as asas da mente, é o arquétipo do mensageiro dos deuses que transmuta o casco fendido e os chifres do deus Pan – um dos muitos disfarces de Satanás. Chelas na senda têm que conhecer o caminho. Jesus disse: “Sabeis para onde vou, e conheceis o caminho.” No entanto, Tomás inquiriu: “Senhor, não sabemos para onde vais; e como podemos conhecer o caminho?” A resposta do Ungido em todas as eras tem que ser: “EU SOU o caminho.”2 Sim, porque ele compreende, tendo realizado o Eu Divino como sua verdadeira identidade, que esse Eu Divino, cujo nome é EU SOU, é o caminho. E, por isso, quando ele afirma “EU SOU o caminho”, compreendemos que está dizendo: “Deus em mim é o caminho.”3 Estou preparando chelas para a meta de tornarem-se representantes da Hierarquia na nova era. Sim, os nossos representantes introduzem a nova era trocando o velho homem pelo novo4. Desejo transferir aos meus chelas o momentum da mestria que adquiri na mente mercuriana e de brilho diamantino de Deus. Sim, porque também eu vim sob a tutela do Deus Mercúrio; e, assim, tornei-me um transmissor da vontade de Deus, desacelerando as energias dessa vontade para seres menos evoluídos em muitos sistemas de mundos. O ser é eletrônico. Por este motivo dá-se também o nome de Presença Eletrônica à Presença do EU SOU. Ensinamos-vos a visualizar a Presença do EU SOU como a identidade flamejante de Deus, envolta em anéis esféricos que formam o chamado Corpo Causal; podeis, do mesmo modo, visualizar o ser que é vossa realidade divina como uma galáxia e luz, um campo de força espiritual de tremendo poder, sabedoria e amor cósmicos, que vos pertence. A consciência cósmica é a realização da individualidade como a galáxia de luz que declara, do centro do átomo do ser: “EU SOU QUEM EU SOU.” Para sempre ecoa pelos corredores da eternidade a fórmula do ser como matemática da Palavra falada: EU SOU QUEM EU SOU. Esta primeira equação do ser e da consciência é o fundamento da vossa experiência alquímica, que conduz à plenitude da vida que é Deus. Por isso eu digo, vinde comigo. Dilatai o campo da mente. Percorrei as estradas cósmicas que eu percorri, e que conduzem ao trono de Deus Todo-Poderoso. Para tornar-vos mensageiros dos deuses, precisais sair da consciência finita e

dos limites do dilema mortal. Precisais conseguir ver para além do eu finito, para além do vosso mundo liliputiano e, por comparação, perceber a vastidão do plano – a vastidão do ser de Deus, que podeis tornar vosso. Uma viagem ao centro do Sol para expandir o horizonte do coração e da mente – é o que proponho aos chelas que fizeram o chamado, que não recearam penetrar o fogo do coração nem ficar retidos na cápsula da minha identidade – um projétil capaz de fazer a viagem. Apressai-vos, pois partiremos do Templo da Vontade de Deus quando soara a meia-noite. Tal como o pequeno príncipe de Saint-Exupéry, estudareis ondas de vida de outros sistemas de mundos. E vereis, tendo como pano de fundo a inocência infantil da vossa alma, como seres que evoluem na Matéria se fecharam em compartimentos de consciência que os tornam inúteis enquanto não decidirem evoluir para uma dimensão do ser que inclui a percepção de que as outras manifestações da vida são iguais a elas. Para os homens romperem os ciclos de um mundo morto e moribundo, para os homens deixarem de identificar-se com as espirais de desintegração e, em vez disso, acompanharem as espirais de integração que conduzem à fonte da vida, é necessário que lhes seja dada uma nova perspectiva da vida. Esta última vem através da conceitualização da comensuração, pela qual a medida de um homem é comparada à medida de um cosmo. Olhai para as estrelas no alto, e compreendei que a identidade realizou ali a individualidade em Deus. Sabei que as estrelas no firmamento do Ser de Deus refletem a glória dos “dias mais antigos de Arte”5 – dos anos esquecidos do passado em que filhos e filhas de Deus, membros das primeiras raças-raiz deste e doutros sistemas de mundos, triunfaram na lei do Logos, em que venceram o tempo e o espaço e ascenderam ao plano da Realidade Divina, onde mantêm o corpo estelar e a consciência estelar de fogo concentrado, deixando uma réplica na Matéria para assinalar o ponto da vitória. As estrelas são a marca dos que venceram. Por conseguinte, também vós podeis dizer: “Venceremos. A Terra se tornará uma estrela. Os que evoluem na Terra serão livres.” É tempo de refletirdes seriamente sobre a natureza da expansão dos ensinamentos dos mestres ascensos. É necessário compreenderdes de que modo figurais na hierarquia de chelas não ascensos que prestam serviço à vontade de Deus. Quem pretende tornar-se mensageiro dos mestres ascensos a quem os homens identificaram como os deuses e deusas da mitologia antiga, por vezes atribuindo-lhes erroneamente características humanas – têm que aprender a comunicar-se com a humanidade no seu presente nível de desenvolvimento. Quando falais com uma criança, falais de forma simples e clara, e usando o vocabulário da criança. Assim, dirigimo-nos por vezes aos homens na

linguagem da sua época, e ocasionalmente vestimo-nos quase de acordo com a moda atual; no entanto conservamos a palavra do Logos quando falamos diretamente à alma na linguagem clássica do Espírito, que toda alma conhece, e conservamos também a “moda” da veste inconsútil de luz6. Vimos a todos os planos do ser, dirigimo-nos à freqüência da consciência que evolui rumo à integridade. Admoestamos os nossos chelas a fazerem o mesmo – a irem ao encontro da consciência da humanidade onde esta se encontra hoje, para suprir as necessidades desta hora, para responder às perguntas que carecem de resposta, e para abordar os assuntos da lei que são de interesse universal. Aqui e além, no deserto da consciência da humanidade, ouvireis a nossa voz falando através de mentores, profetas, estadistas, ou do filósofo no homem comum. Tende cautela para que o fogo que trazeis não chamusque as asas do aspirante que se prepara para o seu primeiro vôo sozinho, pois o fogo que trazeis é para aquecer o coração e derreter a dureza de coração. Que a cera da vela da individualidade seja consumida por terdes acendido uma chama que mantém a si própria. Que quem receia tornar-se escravo do mestre compreenda que não o permitiremos, a não ser que seja por seu livre-arbítrio. Só precisais tornar-vos escravos da lei do vosso próprio ser, escravos da vossa própria realidade. Cuidado, portanto, para que ao negardes, por medo, o mentor como o mestre, e ao rejeitardes o mestre como o mentor, não vos afundeis na escravidão da vossa própria mente carnal. Isso seria um domínio insensato. Deixarem-se dominar pelo seu próprio carma ou pelos ciclos da sua astrologia é, de fato, a loucura dos que estouvadamente saíram da senda. E puderam também precipitar-se no estreito desfiladeiro nas alturas dos Himalaias para o abismo do niilismo. Quem preserva e mantém o ego acima do Mentor e acima da lei nega a lei da sua própria realidade, com a qual o Mentor é sempre um só. Todos os dias escolheis alguém de quem sois o escravo. Espero que façais uma escolha sensata. Transmitimos um impulso para um propósito, para que o foguete da individualidade possa ser lançado rumo à galáxia da Realidade Divina. A energia do nosso impulso é uma dádiva, à qual a vossa determinação terá que responder com igual intensidade. Assim, quando a energia do vosso impulso com um propósito cósmico igualar o impulso depositado na vossa conta, a vossa alma se libertará da atração da gravidade do carma não transmutado de um planeta e dos seus habitantes. Dia após dia é-vos exigido que invoqueis do sol central do vosso ser energia suficiente para vencer a atração da gravidade do vosso carma pessoal não transmutado. Quando vos sentis pesados, empurrados pelas emoções da consciência coletiva, e dais convosco em simpatia com as desgraças do mundo, deveis permanecer alerta para detectar que o impulso da luz do vosso campo

de força áurico está diminuindo. É então que o fardo que carregais, que é na realidade o peso cármico de muitas almas, tem de tornar-se um fardo de luz. Somente através do uso da fórmula alquímica sagrada do Mestre Saint Germain podereis realizar a transmutação pela qual o fardo de trevas se converte no fardo de luz a que Jesus se referiu quando disse: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei... Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.”7 Realmente, quando possuís a fórmula sagrada codificada na palavra “try” (“tente”), também podeis dizer: “O meu jugo é suave.” O jugo do carma que estais autorizados a carregar em prol da humanidade é medido em função da vossa capacidade de demonstrar as leis da alquimia. A demonstração dessas leis tem que começar – e não há outro meio de fazê-lo – com a vossa invocação da chama violeta. Recomendo, por isso, vivamente a todos os que são sinceros na senda do discipulado que adquiram um conjunto de Orações, Meditações e Decretos Dinâmicos para a Revolução Vindoura na Consciência Mais Elevada8 e desenvolvam um momentum concentrado de aplicação da lei da chama violeta. Quando eu vier bater à porta, quero que venha saudar-me um chela vestido com o manto real de púrpura. Se desejais convidar-me a entrar na vossa casa, preparai o campo de força. Saturai-o com os fogos da liberdade, pois desejo respirar o ar puro da liberdade – e não o mofo da consciência humana em decomposição. Se desejais ser chelas de Morya ou de um dos chohans dos raios, fazei da vossa casa uma casa de luz. Que a vossa aura seja saturada pelos alegres fogos da liberdade. Desenrolai a passadeira violeta, e vede como os mestres virão ensinar-vos e guiar-vos nas sendas da justiça (o uso correto da lei) por amor do Seu nome9. Ora bem, chelas da vontade de Deus, alquimistas do fogo sagrado, gostaria que experimentásseis acumular um momentum de realidade, um foco concentrado de fogo sagrado suficiente para libertar a vossa alma dos campos de força da irrealidade. Gostaria que rompêsseis os laços da mortalidade. Intercedi, para que pudésseis receber as energias do nosso impulso. Vejamos quantos chelas conseguem igualar esse impulso por meio de invocações e de ardentes orações. Retornarei. Vigiai e orai. Morya.

CAPÍTULO – IX

Chelas que Acumulam um Impulso para um Propósito: Eu disse que o ser é eletrônico. A vossa Presença Eletrônica é um centro solar de energias de luz que giram velozmente e acumulam consciência. É um fogo que emite labaredas de contínuo. É um campo de força magnético que atrai a si o puro ser, a pura individualidade, fazendo aumentar, ciclo após ciclo, um ponto de percepção do Eu Divino, de percepção do ser como núcleo ígneo da vida. Aqui embaixo, nos planos da Matéria, a vida também é eletrônica. O homem é um campo de força complexo de energias que giram velozmente – moléculas de Matéria. Ele é uma fórmula química única, composta de muitos elementos químicos. O homem é uma equação física. Obediente às leis da física, ele movimenta-se no tempo e no espaço. A alma, todavia, não está presa pelo tempo nem pelo espaço, nem tampouco está limitada, na sua expressão, às leis da química e da física. A alma é um elétron do Grande Sol Central do ser. Descrevendo órbitas à volta da Presença do EU SOU, a alma é o elétron que tem a opção de escolher fazer a vontade de Deus. Vós, que decidistes fazer essa vontade, chamastes a vós mesmos chelas, e nós chamamos-vos chelas dos mestres ascensos. A senda que estais seguindo é, na realidade, a senda da lei que governa o elétron na sua órbita em torno do sol da Presença do EU SOU. Quem não está na senda, consciente ou inconscientemente, já não tem a liberdade de movimentar-se dentro, à volta e através das energias da Presença do EU SOU. Não venceu a gravidade da consciência coletiva. A sua alma não levantou vôo. Para se ter a liberdade de responder ás iniciações da senda, é preciso estar livre do magnetismo da mente carnal dos homens. “A inclinação da carne é morte, mas a inclinação do Espírito é vida e paz.” Com efeito, não pode haver chela nem senda a não ser que o elétron do ser seja livre para decidir retornar ao centro de Deus. O discipulado é a transição do plano da consciência coletiva para as alturas da consciência divina. A menos que o chela consiga armazenar luz suficiente na sua aura individual para mantê-lo livre para circular em torno do seu próprio centro solar, ele não é, por definição, um chela. Tendes por isso uma responsabilidade: é a responsabilidade de manter-vos tão cheios de luz que a qualquer hora do dia ou da noite possais deslocar-vos livremente, agentes livres do fogo sagrado – sem estar amarrados pelo vosso próprio sentimento de limitação ou pela limitação que outros possam procurar impor-vos. Tendes que ser livres de aceitar a realidade ilimitada do vosso ser. Não deveis permitir a ninguém que vos prive da liberdade de serdes ilimitados no vosso Eu Divino. Deus fez-vos livres, e deveis defender a lei do vosso ser e a vossa liberdade de criar de acordo com a imagem e semelhança da vossa Realidade Divina.

Do mesmo modo que precisais acumular o necessário impulso de luz para preservar a liberdade da vossa alma, para preservar a vossa alma em liberdade, também o planeta como um todo precisa reter o impulso de luz que o mantém em órbita, não somente em torno do centro solar físico deste sistema, mas também em torno do sol espiritual que é a fonte da vida para todas as ondas de vida no sistema. Todos os que conseguem preservar o impulso de luz requerido para manter-se livres tornam-se candidatos ao armazenamento das energias necessárias para manter livre o planeta. O peso do carma mundial nunca foi tão grande. A Mãe Divina intercede diante do Tribunal do Fogo Sagrado em defesa das crianças de Deus, para que a descida do carma destas não venha a destruir a própria plataforma da sua evolução. Como disse Thoreau: “De que serve uma casa, se não tivermos um planeta tolerável onde colocála?” Por isso dizemos: de que serve a senda iniciática, se a plataforma planetária deixar de poder sustentar os que nela evoluem? A senda iniciática é traçada, portanto, com duas linhas paralelas. A primeira é o homem atingindo a mestria pessoal no microcosmo do seu ser, e a segunda é o homem atingindo a mestria pessoal no Macrocosmo do corpo e consciência planetários. Aos chelas que armazenaram o impulso de energia necessário para manter a primeira linha de iniciação é dada a oportunidade de manterem a segunda. São tantos os que, no planeta Terra, ignoram as leis de Deus e a sua própria oportunidade de fazer qualquer tipo de progresso num sentido espiritual que a grande lei requer que em todas as eras haja uma pequena minoria que carregue o peso do carma planetário, para desse modo muitos poderem ter a oportunidade de vencer, no presente e no futuro, pelo fato de a plataforma planetária ter sido preservada. Jesus Cristo foi o salvador do mundo porque no momento da vitória ele manteve o equilíbrio em prol de toda a humanidade. Isto significa que o impulso de luz que acumulou dentro da sua aura foi suficiente para o equilíbrio de todos os pecados do mundo. Foi por ele ter mantido esse equilíbrio que vós, e toda a humanidade, tendes a oportunidade de evoluir aqui e agora. É a vossa vez agora. Chegou a vossa hora. Podeis agora unir as forças do vosso momentum de luz às do salvador do mundo, e podeis declarar: “Em Cristo EU SOU [Deus em mim] é o salvador do mundo!” E desse modo fazeis vir até vós as energias de salvação destinadas à preservação do planeta e dos seus habitantes. Enquanto vos mantiverdes cientes de quem sois realmente, daquilo que sois realmente, e de onde estais realmente, esta percepção verdadeira da individualidade vos permitirá manter um campo de força de consciência expandido que atrairá redes de luz, vindas do coração da vossa Presença do EU SOU. E através dela vos tornareis um resplandecente centro solar de luz aqui embaixo, nos planos da Matéria, tal como o sois de fato nos planos do Espírito. Se desejais preservar a senda da iniciação para vós próprios e para os vossos filhos, é do vosso interesse preservar a plataforma planetária. E, olhando para o mundo atual, podeis em verdade dizer, qualquer que seja a vossa perspectiva, que nem tudo corre bem com os homens.

Quem escolhe tornar-se um elétron de Deus tem de andar no meio dos homens, para que a luz da sua aura possa ser absorvida por almas carentes de luz. Cada alma que aprende a armazenar um impulso para a preservação do Macrocosmo tem também de unir-se a outras almas cujo campo áurico tenha uma intensidade semelhante. A Hierarquia requer que núcleos de almas se agrupem para combinar os seus campos eletrônicos, e reforçar, assim, o campo de luz umas das outras, a sua mútua determinação na vontade de Deus. Isto exige sacrifício – o sacrifício da consciência humana. A Hierarquia patrocinou muitos movimentos edificantes. Fundamos organizações no passado, mas os chelas deixaram sempre que diferenças de personalidade humana se interpusessem entre eles e o seu propósito cósmico. “Toda a vossa força está na vossa união” – em primeiro lugar, com o Eu Divino e, depois, uns com os outros. Os princípios da geometria precisam ser compreendidos quando tomais a decisão de unir-vos em prol da Hierarquia. Não podeis permitir que fofocas, equívocos ou idiossincrasias pessoais se interponham entre vós e o vosso serviço. Não precisamos de grupos divididos, nem de energias fragmentadas ou fracionadas. Precisamos de um corpo de devotos – Um Por Todos e Todos Por Um! Deveis compreender, portanto, que uma das primeiras iniciações na senda tem por objetivo demonstrar se o chela consegue ou não entender-se com outros chelas. O chela que se separa fisicamente do corpo de devotos que servem ao Cristo, e que se isola numa torre de marfim de orgulho espiritual e presunção, não pode ser escolhido para membro da Grande Fraternidade Branca. Fraternidade significa: “EU SOU o Guardião do Meu Irmão.” Este é o lema dos vencedores. Tendo vencido, eles disseram: “Somos responsáveis por quem ainda terá de vencer.” E por isso foi formada há muito a Grande Fraternidade Branca. Trata-se de uma fraternidade de seres ascensos e não ascensos, de seres que triunfaram e outros que estão ainda triunfando. E o termo “branca” significa que estão armazenando o impulso de energia necessário para um propósito cósmico e para o cumprimento desse propósito em todo um corpo planetário e em todo um sistema de mundos. O nosso impulso não se satisfaz em permanecer dentro dos confins de um único elétron. Esperamos que o nosso impulso seja suficiente para impelir o mundo inteiro para o núcleo de fogo branco do ser, para o padrão ígneo da geometria interna. Como poderemos nós expandir os ensinamentos dos mestres ascensos ou as atividades dos mestres ascensos, se nossos chelas implicam uns com os outros sobre a forma dos serviços ou sobre os decretos que deveriam ser feitos, ou sobre métodos de divulgação? Os nossos chelas têm de apresentar uma frente unida para o mundo. Os nossos chelas têm que demonstrar que o conhecimento da lei dos mestres ascensos conduz ao amor, à unidade e, sobretudo, a um desejo de ajudar e a uma compaixão uns pelos outros. Os chelas têm que ser a prova viva de que a lei dos mestres ascensos tem a solução para todas as necessidades – humanas e divinas. Lembrai-vos disto e escutai bem: se não conseguis entender-vos ou servir ao próximo ou a outro chela na senda, também não vos entendereis com os mestres ascensos nem lhes prestareis serviço. E por isso nós afastamo-nos dos que chamam a si de chelas, mas falham no seu serviço aos outros e na sua colaboração em estes.

Há também sempre o chela que diz hipocritamente a outro chela na senda: “Bem, eu amo o teu Cristo Pessoal, mas não suporto o teu humano.” Esse julga saber distinguir uma coisa da outra. Esses olham para o chela e vêem o humano. Pois eu vos digo que olheis outra vez e vejais em seu lugar o mestre que declarou: “quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes”. Acaso podeis dizer-me, de olhos nos olhos, que sabeis sempre quando é a consciência humana atuando, e quando é o mestre atuando através de um outro chela para pôr à prova o limiar do vosso orgulho, da vossa irritação? Nós não precisamos aparecer ao chela para pôr à prova a sua alma. Basta-nos usar outro chela para determinar qual o nível do sacrifício. De que porção do eu estais dispostos a abdicar para poderdes manter o privilégio de trabalhar lado a lado com outros cuja devoção à nossa chama pode ser bem maior que a vossa? Quando os chelas dos mestres ascensos demonstrarem a sua unidade na chama, verão como os seus ímpetos combinados de energia luminosa farão expandir a obra e trarão o planeta para a era de ouro. Retornarei para trazer-vos sinais da senda do triunfo da vossa alma. Regozijai-vos. Os mestres ascensos triunfaram sobre o mundo.

El Morya Khan Chohan do 1° Raio de Deus.

CAPÌTULO X

Chelas suspensos na rede da consciência cósmica Visualizai-vos saltando no trampolim da mente de Deus. Visualizai-vos saltando sobre a rede de energia que é pura inteligência – cordas translúcidas e brilhantes formando uma malha para a interação de identidades no seio da mente que é Deus, e por intermédio desta. Sim, visualizai-vos fazendo piruetas no vosso corpo etéreo, executando a ginástica mental e anímica que conduz a uma total auto identificação com o ser e consciência que é Deus. Desejo levar a mente do chela a dimensões cósmicas de individualidade, e por isso dou uma visualização para ampliar a vossa imaginação. Deixai que a bola da identidade salte fora dos limites da carne. Deixai que saia do corpo e retorne à vontade, como uma bola que vai saltando e percorrendo as milhas da Terra, avançando como um núcleo de energia sobre a superfície da Terra, lançando-se depois no espaço exterior, cobrindo o espaço interplanetário. Deixai-vos saltar ao longo das vias cósmicas, e entrar e sair dos planos da Matéria. Assim, a bola da individualidade é livre de explorar um cosmo; e embora a um milhão de anos-luz nos planos etéreos da consciência, ela consegue retornar num piscar de olhos ao templo corpóreo e à consciência corpórea evoluindo na Terra. Dai à vossa mente a liberdade de estar por toda parte na consciência de Deus. Dai à vossa mente a liberdade de passear na Sua. Dai aos vossos desejos a liberdade de se fundirem com o desejo de ser de Deus, e permiti que os vossos desejos assimilem os desejos do infinito. A Divindade engendra a criação. E o engendrar é o desejo de Deus de tornar-Se mais de Si mesmo. Assim, a alma deseja torna-se mais de Deus, e isso é legítimo. O discipulado consiste em como alcançar essa meta. Para serdes chelas na senda da realização de uma individualidade cósmica, é necessário que ensineis a mente a ser livre, a explorar e descobrir a sua individualidade em muitos planos do ser, a subir e descer com destreza a escada da consciência cósmica de Deus, como um astronauta se preparando para caminhar no espaço exterior, no espaço interior. Precisais, por isso, acostumar-vos a penetrar a vida fora do planeta e a retornar em seguida ao plano da vida prática, da vida física, onde respondeis ao desafio de manter em ordem as vossas contas, de manter

a vossa casa arrumada e limpa, de cumprir os vossos horários e manter o equilíbrio nas vossas relações patrão e empregado, marido e mulher, pai e filho, mãe e filha. Quanto mais desejais distanciar-vos do vosso ponto de individualidade na matéria, tanto mais ancorados nesse ponto precisais estar. Autodisciplina na lei do dia-a-dia, obediência às leis de Deus e do homem, rigor nos detalhes, precisão nos preceitos do Logos e da Mãe, são fatores que preparam a vossa alma e consciência para expandir e tentar alcançar as coordenadas da geometria superior da individualidade. À medida que avançais de plano em plano, os requisitos da lei tornam-se mais exigentes, e por isso mesmo a mestria do eu aqui embaixo é necessária para poderdes obter a mestria do eu no vasto além. Tudo está na preparação. Preparai-vos para encontrar o vosso Deus. Preparai-vos para encontrar o YOD flamejante. Preparai-vos para entrar no interior. Preparai-vos para o salto do interior para o exterior. Deus é tudo. Ele é o Tudo-em-todos. A senda do chela é a senda pela qual todos se tornam o Todo. Falei sobre átomos de individualidade que se reforçam mutuamente no tempo e no espaço, cujos corpos de luz são um momentum para equilibrar o carma planetário. Falei da necessidade de núcleos de almas formarem à sua volta novelos de luz, reforçando mutuamente os seus momentuns de luz. O círculo santificado do AUM é formado quando chelas dos mestres ascensos se reúnem para afirmar a vitória divina agora, para afirmar com ele: “EU SOU a luz do mundo: quem me segue (à luz do Cristo que EU SOU) não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” A voz do mestre faz eco na memória de todo devoto da chama: “Também vos digo que, se dois de vós concordarem na Terra acerca de qualquer coisa que pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus. Pois onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles.” Isto é o círculo santificado do AUM. Os chelas têm que atrair-se uns aos outros na chama de Deus. Os chelas têm de reunir-se para prestar serviço debaixo da Sua vara. Que em todas as cidades onde hajam chelas da vontade de Deus, estes se reúnam em nome do mestre. Que se reúnam para concordar, na Terra, que a luz do Cristo eterno triunfará nesta era, e que haverá uma implosão e explosão dessa luz nos corações de todos os homens. Tal como o Cristo entra em todos os corações revestido do seu corpo imortal de luz, que a reunião dos eleitos

seja a reunião dos elétrons para acolherem o Senhor Cristo no meio do círculo do AUM. Há muitos anos atrás, o Senhor Maitreya, representante do Cristo Cósmico, proferiu o Fiat em que afirmou que as invocações oferecidas a Deus Todo-Poderoso e aos exércitos celestiais, em nome do Cristo, e em nome da Presença do EU SOU, seriam respondidas pelo poder de dez mil-vezes-dez mil. Isto significa que todas as invocações feitas segundo o poder da Palavra falada ao Senhor, ou lei, do vosso ser, são multiplicadas por forças cósmicas, e a Terra recebe o impacto de luz desse chamado a um milhão de vezes sua força original. Esta fórmula geométrica é multiplicada também pelo quadrado do número de indivíduos que se reúnem para fazer invocações em nome da Presença do EU SOU. Enquanto o indivíduo que decreta sozinho (muito embora seja um só com Deus, a Presença do EU SOU ) possui o momentum de um, e apesar de um ser de fato uma maioria com Deus, quando dois ou três se reúnem em nome do Cristo, a ação de Luz dos dois é elevada ao quadrado, perfazendo o momentum de quatro, a ação de Luz dos três é elevada ao quadrado, perfazendo o momentum de nove, e assim sucessivamente, até que a ação de Luz de dez, elevado ao quadrado, passe a ser igual a cem, e a de cem ao quadrado igual a dez mil. Esta é a multiplicação do corpo do Senhor e a geometrização da sua consciência na Terra, tal como no céu. E assim, segundo a lei cósmica, os chelas da vontade de Deus e dos mestres ascensos não deveriam permitir que nada, ninguém, nem circunstância alguma, os demova de se reunirem regularmente para oferecerem as suas energias em invocações e decretos ao fogo sagrado para o alívio de situações mundiais – para a transmutação da dor e do desgosto, e da morte e da agonia. Quando os que se reúnem todas as semanas consagram as suas energias em serviço aos mestres ascensos, os seus complementos dentre os exércitos angélicos reúnem-se também para unirem as suas vozes às dos chelas não ascensos, e para multiplicarem o momentum embaixo tal como no alto. Quem participou das sessões de decretos em grupo que vêm sendo feitas ao longo dos anos em muitas cidades deste país, e em todo o mundo, pode ficar certo de que, pela sua constância na chama, manteve o momentum de luz necessário para a preservação do equilíbrio na sua comunidade, no seu estado, na sua nação, e até mesmo numa escala mundial. Ora, dado o relatório do Conselho do Carma, enviado aos Guardiães da Chama, num recente ditado do Grande Diretor Divino, peço para que os

chelas associados aos nossos grupos façam uma promessa a Saint Germain e aos Senhores do Carma de se reunirem regularmente, e sem falta, para sessões de decretos em grupo, e de reservarem uma manhã, tarde ou noite, por semana, à qual nunca faltarão, exceto em casos de extrema emergência. Em vista da situação mundial – da ameaça de guerra no Oriente Médio, da ameaça de grandes fomes e até mesmo de cataclismos sociais, econômicos e físicos – as legiões de luz de níveis cósmicos vieram para formar núcleos de energia, campos de força através dos quais poderá dar-se uma intensa transmissão de energia do universo espiritual para o material. Estes campos de força estão sendo estabelecidos por cima de todos os focos dos mestres ascensos, onde quer que hajam chelas que se reúnam em nome do Cristo, a serviço da Hierarquia, e à causa da liberdade. Estas redes de luz são estabelecidas de forma a coincidirem com o padrão do vosso campo de força embaixo, e a geometria é exata. Por isso, precisamos saber com quem podemos contar a qualquer hora do dia ou da noite. Assim, quer estejais sozinhos no vosso serviço, quer vos associeis às fileiras dos portadores de luz (o que seria preferível), escrevei qual o dia, hora e local da vossa reunião – marcando a hora em que as vossas invocações começarão e terminarão – para que a Hierarquia possa implementar este plano de reforçar as vossas invocações e decretos e unir esses núcleos através de linhas de força, através do elo de contato, através da rede de luz que foi designada como a antahkarana dos serviços mundiais. Esta antahkarana, um campo de energia da mente do próprio Deus, foi planejada de forma a conectar corações de luz pelo planeta afora, para que a qualquer hora do dia ou da noite os filhos da luz possam sintonizar-se com os exércitos do Senhor, com as legiões da luz e com o momentum da consciência crística armazenado no indivíduo e na matriz do grupo. E toda alma que se comprometer a fazer parte desta cadeia da Hierarquia, poderá também ver-se fortalecida, numa hora de prova, pela consciência unificada de todos os chelas na senda. Somente quem mantiver um momentum de serviço e souber guardar a chama da sua hora, continuará a fazer parte desta cadeia de unidade. Os que faltarem ao seu compromisso verificarão que, por determinação da lei cósmica, os exércitos angélicos se retirarão, e que, devido à sua falta de constância, a rede se desfará.

Seria melhor que vos comprometêsseis a realizar o serviço mínimo de que vos sabeis capazes – aquele que, tomando por medida a vossa atuação passada, estais certos de manter. Podeis e deveis, depois, aumentar o vosso serviço sempre que possível. Tereis assim a certeza de cumprir a vossa promessa aos exércitos do Senhor. Não os façais esperar, pois também eles assumiram compromissos, e guardam o Senhor seu Deus como um fogo abrasador, cuidando dos altares do Deus Altíssimo, de acordo com ciclos cósmicos, que servem para medir incrementos da eternidade. A dádiva do Rosário Escritural de Maria, a Mãe, para a Nova Era, que a Mãe Abençoada ditou à nossa Mensageira, e do “Vigiai Comigo”, a Vigília das Horas de Jesus, é, de fato, da maior importância para se manter um campo de força de luz no planeta, bem como os núcleos de centros solares. Estes, acrescidos de invocações diárias às hierarquias de luz e às chamas de Deus, tal como são feitas nas vossas Orações, Meditações e Decretos Dinâmicos para a Revolução vindoura na Consciência Mais Elevada, produzem a ação requerida pela Grande Lei, para a manutenção do equilíbrio em tempos de transição pessoal e planetária.... ...Este é, de fato, o milagre desta era – o milagre da transferência de energias cósmicas e de momentuns cósmicos pelo poder da Palavra falada. Vinde ser. Vinde ver o lugar onde o Verbo se fez carne dentro de vós. Vinde ver o lugar onde a vossa alma, como esfera de luz, salta no trampolim da mente de Deus. Espero saudar-vos pessoalmente através da Mensageira que focaliza o aspecto feminino do meu ser na Matéria.